FOLICULOGÊNESE: FOLÍCULO PRIMORDIAL: Possui uma camada de células epiteliais achatadas em torno do ovócito. Todas as meninas já nascem com todos os folículos primordiais. Esse folículo não secreta hormônios nem responde aos hormônios da reprodução. Para que ocorra o desenvolvimento desses folículos é necessária a ação de fatores de crescimento, em especial o IGF - Fator de crescimento similar a insulina. (insulina like) e o estimulo do FSH (Hormônio Foliculo Estimulante) ocorre a transformação da monocamada de células em células cúbicas e passe a ser um folículo primário. FOLÍCULO PRIMÁRIO: Possui uma camada de células e essas não são mais achatadas, são cubóides. Não produz hormônios esteróides. Passa a responder às gonadotrofinas. Na presença de FSH o folículo primário se desenvolve e passa a crescer. FOLÍCULO EM CRESCIMENTO: 1) Proliferação das camadas celulares ou formação da Granulosa 2) Diferenciação da Teca folicular 3) As células da granulosa produzem a zona pelúcida que é formada por três tipos de proteínas PZP1; PZP2 e PZP3 (casca do óvulo), essa camada protege contra a penetração de mais de um espermatozóide. É responsável pelo bloqueio da poliespermia. Na Fecundação, após a entrada de um espermatozóide a zona pelúcida se modifica por ação de grânulos cortiças eliminados pelo ovócito e impede a penetração de outros espermatozóides. 4) O ovócito cresce 5 vezes o tamnho inicial por deposição de substancias nutritivas no seu citoplasma (vitelo) FSH - estimula a produção de hormônios esteróides – estradiol pelas células da granulosa. A secreção de fluído vai se acumulando entre as células foliculares formando antros (buracos), formando o folículo pré-antral. FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL: acúmulo de líquido entre as camadas celulares e formação de vários antros. Quando a quantidade de líquido é muito grande irá formar uma grande cavidade, união de vários antros formando o folículo antral FOLÍCULO ANTRAL ou Folículo de Graaf: Acontece a formação de uma membrana basal entre a camada granulosa e a da teca. Ocorre a formação do " cumulus oóphoros" que é um pedúnculo de células que mantém o ovócito projetado no interior do folículo. A camada de células que fica ao redor do ovócito é chamada de "corona radiata" . O folículo de Graaf deixa de ser dependente de FSH e passa a responder ao LH. Somente os folículos antrais são capazes de ovular. PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS NO FOLÍCULO ESTRADIOL ou ESTRÓGENOS As células da teca produzem andrógenos, esses passam pela membrana basal e na camada da granulosa esses andrógenos são transformados pela ação da aromatase em estradiol OU ESTRÓGENOS. INIBINA Quanto maior for o folículo, maior a quantidade de inibina produzida A inibina possui ação parácrina - inibindo o desenvolvimento dos folículos vizinhos. DINÂMICA FOLICULAR Consideremos dia 14 do ciclo sexual o dia da ovulação O folículo se rompe (ovulação), ocorre extravasamento mínimo de sangue e após isso ocorre a luteinização do folículo (parte que fica no ovário). Até o Corpo lúteo se organizar temos um aumento gradativo da progesterona. Quando o Corpo Lúteo está bem formado a Progesterona atinje um platô Se não ocorre a fecundação ocorre a descamação e eliminação do endométrioe liberação daprostaglandina, a PGF 2. Por mecanismo de contra-corrente a prostaglandina é levada pelas veias até o CL e causa a destruição do CL (acontece a diminuição gradativa de progesterona). As ovulações ocorrem em ovários alternados. RECRUTAMENTO FOLICULAR Um a dois dias após a ovulação acontece o recrutamento, vários folículos primordiais passam para folículos primários e começam a crescer em resposta ao FSH e ao estradiol. Conforme aumenta o estradiol, aumenta o FSH, a partir de um determinado ponto quanto maior a quantidade de estradiol menor a quantidade de FSH. Conforme os folículos crescem, produzem estradiol e quando a concentração está alta diminui a concentração de FSH (Folículo pré-antral) SELEÇÃO FOLICULAR Conforme os folículos crescem diminui a resposta ao FSH, então vão ser selecionados os folículos maiores e os menores entram em atresia. Aparece o folículo dominante e ocorre a produção de inibina, que vai inibir a proliferação dos folículos próximos. Níveis baixos de de Progesterona levam a um padrão de liberação de LH em pulsos com baixa amplitude e alta freqüência. O folículo dominante necessita de LH, continua crescendo e produzindo mais estrógeno. O estradiol faz um Feed back positivo, reprimindo o FSH e consequentemente a Adenohipófise libera o LH. Quando temos menor quantidade de progesterona, o intervalo dos pulsos de LH diminui e a concentração de LH aumenta. O pico pré-ovulatório de LH acontece devido aos baixos níveis de progesterona e aumento do estrógeno. Para que aconteça o pico pré-ovulatório é necessário que ocorra tmbém um nível alto de estradiol. O pico de LH faz com que haja aumento de líquido e produção de hialuronidase que vai dissolver o ácido hialurônico que é o semento das células do folículo e ocorre o rompimento do folículo e ovulação. Formação do Corpo Lúteo Após a ovulação o espaço ocupado pelo folículo é preenchido com as células da granulosa e teca que sofrem hiperplasia e hipertrofia formando uma pequena glândula neste local,o Corpo Lúteo. Esta ação se dá sob os efeitos do LH. Este hormônio estando transitoriamente em concentração mais elevada no plasma sanguineo atua para transformar estas células em células luteínicas. Estas células modificadas agora são capazes de sintetizar a progensterona. Destruição do Corpo Lúteo A lise do Corpo Lúteo ocorre devido a liberação de uma prostaglandina de origem uterina a PGF2, a qual destrói o Corpo Luteo e este se transforma em uma cicatriz chamada Corpo Albicans. Com isso ocorre um declínio da Progesterona o que desencadeia um novo ciclo. Profa Maria Dalva Cesario Departamento de Morfologia Disciplina de Embriologia