4 CENTRO DE REFERÊNCIA DE ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL ANTÔNIA VALDELICE DOS SANTOS OLIVEIRA SERVIÇO SOCIAL E A OFICINA DE CIDADANIA São Paulo 2012 5 ANTÔNIA VALDELICE DOS SANTOS OLIVEIRA SERVIÇO SOCIAL E A OFICINA DE CIDADANIA Monografia apresentada ao Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, como requisito para o título de Aprimoramento Profissional em Serviço Social. Orientadora: Débora Vieira de Almeida Coorientadora: Márcia Eleodório São Paulo 2012 ANTÔNIA VALDELICE DOS SANTOS OLIVEIRA 6 AGRADECIMENTOS Primeiramente, quero agradecer a Deus por me ter dado perseverança, iluminação e sabedoria, para que fosse possível a construção desse trabalho. Ao meu esposo que me ofereceu todo a sua força, com seu carinho e compreensão. À categoria do Serviço Social que sempre me incentivou e procurou dar força durante o processo do aprimoramento. A Yara, Psicóloga, que nos momentos de fragilidade pessoal, me ensinou como superar as dificuldades que possam surgir na vida profissional. À Márcia, Assistente Social, agradeço de coração, pelas palavras de apoio e orientação que serviram como ferramenta para o meu amadurecimento como pessoa e profissional. À Débora, minha Supervisora do Aprimoramento, é uma profissional e tanto. Levo para minha vida como espelho a sua experiência, competência e ética. Às minhas colegas Aprimorandas, camaradas desta jornada, foi um grande prazer compartilhar o trabalho e as reflexões. A solidariedade nas horas que necessitei e quando achava que não dava conta dessa caminhada, e os momentos de brincadeiras que ficarão marcados para sempre nas minhas lembranças. 7 RESUMO O presente estudo tem como objetivo ressaltar a importância da contribuição do Serviço Social na construção da cidadania dos usuários em tratamento em uso abusivo ou dependência das substâncias psicoativas. A pesquisa mostra como o trabalho do Assistente Social se configura e está relacionado com as garantias dos direitos sociais, se remetendo à matéria prima de trabalho, que é a questão social, onde se expressa à dependência química. Sob esse aspecto, é de relevância buscar uma reflexão referente à atuação do profissional no campo sócio-ocupacional do serviço de saúde na área mental. É um desafio constante, porque repercute no cotidiano do fazer profissional, ser criativo e a busca de novas formas que possam atender as demandas solicitadas pelos indivíduos que têm o direito de buscar o tratamento com qualidade. A pesquisa foi realizada na Oficina de Cidadania, um espaço criado para auxiliar os usuários a reverem e poderem refletir seu papel de cidadãos novamente na sociedade. Palavras - Chave Dependência Química. Serviço Social. Cidadania. 8 JUSTIFICATIVA Este projeto de pesquisa se justifica pela necessidade de se fazer um estudo sob as possíveis contribuições do Serviço Social na construção da cidadania dos indivíduos portadores de transtornos mentais decorrentes do uso abusivo e dependentes de substâncias psicoativas. Escolhi o tema por curiosidade e indagação, de modo a identificar e refletir nesse estudo, a importância da cidadania como possibilidade de transformação social e política dos sujeitos que estão envolvidos com o uso de drogas. Objetivos: O objetivo geral O objetivo do trabalho visa descrever as possíveis contribuições do Serviço Social na construção da cidadania dos indivíduos portadores de uso abusivo de substâncias psicoativas em tratamento no CRATOD. Objetivos Específicos: Estudar as determinações contextuais que implicam o envolvimento do homem ao uso de substâncias psicoativas. Analisar a cidadania como possibilidade de transformação social do sujeito na superação da dependência química. Refletir sobre o trabalho do Assistente Social e sua contribuição na Oficina de Cidadania. 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................04 1. RELAÇÃO DO HOMEM COM DROGAS......................................................................05 1.1 Conceitos...............................................................................................................................05 1. 2 O Consumo de Drogas e seus reflexos na vida social............................................................07 2. CIDADANIA............................................................................................................................11 2.1 Definição e Contexto histórico................................................................................................11 2. 2 A Conquista da Cidadania entre a década de 60 e 80 até os tempos atuais...........................14 3. O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL......................................................................16 3. 1 A Oficina de Cidadania no CRATOD..............................................................................19 3.2 Metodologia de Pesquisa.........................................................................................................22 3.3 Resultados ..............................................................................................................................23 4. DISCUSSÃO...........................................................................................................................23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................26 ANEXOS........................................................................................................................................29 10 INTRODUÇÃO A presente pesquisa tem como objetivo ressaltar a importância da construção de um espaço onde o Serviço Social discuta a cidadania, com os pacientes dependentes químicos. Tendo em vista que a relação do homem com as substâncias psicoativas envolvem aspectos biológicos, psicológicos e sociais. O primeiro capítulo apresenta uma breve discussão referente ao contexto histórico, da relação do homem com o uso drogas e compreender o porquê da busca pelo o uso da substância química como uma forma de enfrentamento da expressão da realidade. No segundo capítulo, discorro sob o conceito de cidadania, a sua importância para o homem e como se deu sua conquista, nas décadas de sessenta e oitenta até os tempos atuais. No terceiro capítulo, é abordada a importância do trabalho do Assistente Social na sua ação interventiva. Nas atividades do Intensivo é fundamental que o profissional proponha o resgate novamente da cidadania, trabalhando a questão da responsabilidade enquanto ser social no mundo, tanto no individual como no coletivo e a percepção como sujeito de sua história, desmistificando a dependência química. Uma doença crônica, tratável e que possibilita a reabilitação psicossocial. Por fim, a opção de fazer a descrição das atividades realizadas pela equipe técnica de Serviço Social na Oficina de Cidadania. Dialogar com os pacientes que trazem elementos para realizar uma leitura embasada na apreensão da realidade dos sujeitos sociais que enfrentam no seu cotidiano a dependência química. 11 1. RELAÇÃO DO HOMEM COM AS DROGAS Desde que o homem surgiu na terra, se organiza em sociedades, cria suas formas de sobrevivência para suprir suas necessidades. A partir daí, aparece suas primeiras experimentações e curiosidades em relação às plantas e vegetais que podem cultivar determinado prazer. “As “pinturas rupestres”, dentre outros vestígios arqueológicos, remontam à “devoção” anímica de diversas culturas neolíticas a vegetais e fungos com propriedades psicotrópicas.” (ALBUQUERQUE, 2010, p. 13) Essa apropriação do homem com o uso de substâncias psicoativas deriva do primitivo e depende de variáveis históricas que se expressam na cultura cotidiana e ritualística de cada sociedade. Para entender essa complexidade, se faz necessário refletir e analisar a questão do homem e sua relação com uso de substâncias psicoativas. 1.1 Conceitos O homem é um animal racional que se distingue de todos os outros animais, pelo dom da palavra, através da linguagem articulada, da inteligência e da razão. Mesmo sendo um ser capaz que supera outras espécies, está sempre a procura de algo que possa oferecer-lhe bem-estar e prazer. Esse homem traz no seu cotidiano configurações históricas e construídas por meio da convivência em sociedade e pela capacidade de criar seus próprios códigos, num propósito a fim de buscar a alimentação, o conforto, segurança e consumo. “O uso de substâncias psicoativas acompanha a existência dos seres humanos desde tempo imemoriais e, como uma narrativa mítica, esse uso é ressignificado em sintonia com as 12 vicissitudes da história, ora com aspectos ritualísticos, ora com aspecto utilitário, criando, todavia uma relação simbiótica1 entre a substância e o sujeito que a utiliza”. (ALBUQUERQUE, 2010, p.13) Nessa premissa os sujeitos expressam e estabelecem seus próprios estilos de vida, procurando respostas que deem sentido ou que possam preencher determinado vazio. Os mesmos associam a droga com o consumo. “Consumir é um código de expressão de significados culturais que revelam aspectos importantes da ideologia, das representações e das imagens sociais”. (MEDEIROS, CANCINI, 1997; HALL, 1997; VELHO, 1973; OLIVEN, 2002; ROCHA, BARROS; 2003 p.169) Em contrapartida, o indivíduo usuário de substâncias psicoativas não percebe quanto o consumo pode acarretar uma série de problemas, chegando afetar os valores morais e culturais, em nome de um desejo momentâneo e prazeroso e que “constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade”. (MARQUES E CRUZ, 2000, p.32). Vale ressaltar que essa reflexão prossegue para fomentar a discussão no que se refere o entendimento da relação do Homem com as drogas e consequências futuras para o mesmo. Portanto a questão das drogas traz para a atualidade algumas discussões quanto aos seus conceitos diversos e significados. Já se sabe que o uso de drogas psicotrópicas existe desde o período neolítico2. Porém com o passar dos anos, o uso adquire também um caráter recreativo e 1 O conceito de simbiose entre plantas e seres humanos é descrito por Terence Mackena (1995) como o relacionamento entre duas espécies que confere benefícios mútuos a seus membros. Para o autor, a sobrevivência e a evolução das espécies vegetais psicoativas e da espécie humana se deram a partir do sucesso e do estímulo que uma conferiu à outra e vice versa. (essa nota encontra na própria referência p. 13) 2 O Período Neolítico também conhecido com a idade da Pedra Polida foi a fase da pré-história que ocorreu entre 12 mil e 4 mil a.c. O início deste período é marcado com o fim das glaciações (época em que quase todo planeta ficou 13 abusivo e o Homem passou a produzir drogas psicotrópicas sintéticas buscando efeitos específicos, não terapêuticos. A palavra droga apresenta variáveis em suas definições e ao mesmo tempo a dicotomia: ora o seu consumo beneficia o Homem (efeitos medicinais) ora produz malefícios (substâncias que alteram toda a estrutura e funcionamento do organismo). “Atualmente, a medicina define droga como qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.” (CEBRID, 2004, p. 70). 1.2 O Consumo de drogas e seus reflexivos na vida social Do ponto de vista de alguns autores, é necessário considerar a definição do que se entende por complicações sociais. “Frequentemente implica um fracasso em cumprir adequadamente um papel social esperado.” (EDVARDWARDS G. MARSHALL E. J. COOK C.C. 1999, p.69). Quando o sujeito não consegue cumprir de forma adequada as regras sociais e a lei, sente dificuldade em conviver com outras pessoas e com a família; nesse caso, surgem os problemas no relacionamento entre pais, cônjuge, filhos, entre outros. Assim como também, perde a noção da responsabilidade e muitas vezes, já não sabe qual é o seu papel dentro do núcleo da família. Em relação ao trabalho, aparecem vários problemas que podem afetar a vida do indivíduo, como: “Absenteísmo (faltas), afastamentos e licenças médicas, situações de risco pessoal e coletivo, acidentes de trabalho, ineficiência no desempenho de suas tarefas, comportamento inadequado” e outros. A sensação de incapacidade e potencial para resolver os problemas mais coberto de gelo) e termina com o desenvolvimento da escrita na Suméria, região da Mesopotâmia. www.suapesquisa.com/pesquisa/neolítico. 14 comuns que são: falta de pagamento da prestação, aluguel ou imposto. A única solução para driblar, ou aliviar a situação de rua é buscar uma vaga em equipamentos sociais, chamados “Centros de Acolhida e/ou Albergues”, pensões, alojamentos e rede de apoio. No entanto, a pessoa coloca-se num patamar diferente, e logo surge a figura do dependente químico, “que procura desenvolver estratégias de sobrevivência para poder suportar a situação de exclusão social”. Sob essa questão, o caso mais comum e que passa a ser despercebido pela sociedade é o homem e a mulher alcoolista. Conforme a ressalva dos autores. O beber excessivo frequentemente começa numa idade precoce e depois segue um curso acelerado. Logo depois dos 30 anos, a bebida torna-se uma influência destrutiva dominante, e esse homem começa a se destacar até de outros bebedouros pesados da força de trabalho ocasional, passa a ser preso por embriagues com uma frequência alarmante, treme violentamente todas as manhãs, e finalmente passa a fazer parte do bando de bêbados do parque, repartindo sua cachaça, cerveja ou outra bebida barata. (E DWARD, MARSHALL & COOK, 1999, p.73). Além desses problemas, há o sujeito que “dorme embaixo da ponte”, e que vive o resultado dramático de uma “complicação social”, já constituída por muitos fatores, como é a questão socioeconômica e o desemprego. Muitas vezes, a ausência de bens e serviços, pode levar também o indivíduo a buscar o uso de drogas para aliviar um pouco o sofrimento do seu cotidiano. Dessa forma, para o sujeito que está em situação de rua e em condições de insalubridade, sair dessa situação é impossível, parece que não há uma solução, tudo se torna interminável. “Geralmente a pessoa que está nesta condição tende ser mais alienada. E seu pessimismo é reforçado por respostas que indicam que na verdade a consideramos excluída, sem esperança e fora de qualquer alcance.” (COOK, 1975, p.73) Nesse sentido, é necessário ressaltar que as “complicações sociais” se expressam de maneiras diversas, que se estabelecem de forma complexa e estão relacionadas com várias áreas da vida da população usuária de drogas. De acordo com o autor: 15 O quadro é típico de alguém que começou com poucas vantagens e muitas desvantagens. O alcoolista sem ocupação é, com esmagadora frequência, uma pessoa com origens na classe trabalhadora subprivilegiada; o comerciante ou o homem de negócios que se envolve com a bebida e passa a ter dificuldades raramente segue nesta direção. (COOK, 1975, P. 73) Sob o histórico de vida do dependente químico e configurações presentes, o que contribui mais para o desencadeamento de uma “complicação social” por muito tempo; é um conjunto de problemas imbricados entre si, como a situação de estar na rua, muitas vezes impede o indivíduo de ter acesso às necessidades básicas, tais: alimentação, banho, troca de roupas e outros. Para o autor, “é mais fácil cair nessa degradação do que encontrar uma saída. Ao deixar o Hospital ou o Centro de Desintoxicação, a única amizade ou o apoio disponíveis podem ser oferecidos por um retorno à companhia dos Bêbados do Parque”. (COOK,1975, p.72). Nessas condições o dependente químico fica exposto à violência, ao perigo urbano, aos riscos de contrair doenças e sem pelo menos ter o direito de privacidade, vivendo em situação de risco social. No caso particular do usuário ou dependente de drogas, sobretudo das ilícitas, que em nossa sociedade é estigmatizado, o acesso ao mercado de trabalho é extremamente limitado. Essa limitação dificulta sua inserção social, retroalimentando a marginalidade, o risco, os interesses políticos, religiosos, clínicos, jurídicos e ideológicos da exclusão social, registrados na ordem de um processo provocado pela vulnerabilidade social. ( MEDEIROS,2008, p.172) Os indivíduos têm que estar conscientes dos prejuízos causados pelas drogas, já que uma vez instalada a dependência por um período prolongado, os comprometimentos físicos, psicológicos e sociais tendem a ser mais evidentes. Torna-se difícil para o dependente, sentir-se motivado para o tratamento e durante esse período adquirir ferramentas e criar estratégias para manter-se abstinente. Para Medeiros, se faz necessário enfrentar os problemas referentes à questão da dependência química, não dá para fechar os olhos diante da realidade. É preciso acreditar na 16 recuperação dos sujeitos que procuram um caminho que os levem de volta para a vida. Para que isso aconteça, é preciso que haja apoio suficiente tanto das Instituições Públicas, Privadas e Sociedade Civil. A interação dessas variáveis resulta em fatores de prejuízo moral que afetam diretamente os indivíduos, dificultando ainda mais o acesso aos serviços, à educação, à proteção e em especial, no caso das drogas dependências, ao mercado de trabalho. O trabalho é dispositivo fundamental no processo de integração social, pois é por meio dele que o sujeito se sente incluído socialmente. (MEDEIROS 2010, p.172) Mas, só é possível a reinserção social desses cidadãos, a partir do momento que se compreenda os seus códigos de vivência cotidiana, desde os conflitos urbanos onde se configuram as drogas, o qual “dificulta sua reinserção social, retroalimentando a marginalidade”. Por outro lado, os indivíduos precisam buscar estratégias de fortalecimento para driblar os riscos do seu cotidiano e poder se organizar em “movimentos reivindicatórios dos direitos de cidadania”. 2 CIDADANIA Para entender o que é cidadania e como se deu seu desdobramento num significado de importância para o Homem enquanto ser social, é necessário trazer subsídios que possam contribuir para reflexão desse trabalho. 2.1 Definição e Contexto histórico “O conceito de cidadania possui laivos conservadores históricos, desde a postura grega, que preservava como cidadãos somente um pequeno grupo de elite, a postura liberal, que admite como cidadãos os que possuem capital e poder.” (DEMO,1988, p.70) 17 A cidadania tem como primazia a realização dos direitos conquistados pelo Homem e através da sua organização, participação e lutas sociais, construído por um longo processo na história da Humanidade. E esses direitos tiveram seu marco inicial e oficial através da Revolução Francesa. Segundo Couto “inaugurou outra dimensão para as ideias liberais, cuja base esteve assentada na Tríade Liberdade, Fraternidade e Igualdade defendida pelos revolucionários franceses como patamar de vida para todos os cidadãos, em qualquer país, difundindo a ideia do Liberalismo para o mundo.” (COUTO, 2006, p.39) Sob esse ideário, dava-se uma nova abertura política para as sociedades e suas relações entre os indivíduos. Segundo Gentilli “A cidadania expressou a evolução de ideias que conceberam a origem da ordem social liberal, na qual se tornou possível o reconhecimento de direitos a atores sociais, antes excluídos da disputa do poder.” (CENTILLI, 1998 p.144). Portanto, a construção da Cidadania faz-se a partir do momento que os indivíduos sintamse responsáveis pelas decisões políticas procurando criar suas mobilidades de acordo com seus interesses coletivos. Com o processo de “organização dos estados democráticos modernos, implica num sistema na participação política através do processo eleitoral, com base no sufrágio Universal e na condição de membro da sociedade civil regulada por dispositivos legais.” (GENTILLI,1998, p. 144 ) . A cidadania passou pelo processo de evolução no reconhecimento dos direitos, por conta de transformações ocorridas, frente à “industrialização e urbanização”. Mas foi a partir da organização, que a antiga forma de cidadania, passaria por mudanças de cunho formal e jurídico, a romper com a ideia conservadora de que a cidadania pertence somente a uma pessoa ou um determinado grupo. 18 . Com o “processo de desenvolvimento das sociedades modernas e industrialização capitalista.” foi possível desmontar antigas relações de servidão, característico do sistema feudal. No entanto, foi necessário criar uma nova relação entre as classes sociais do período vigente. Sob essa premissa, “trata-se do reconhecimento social da necessidade de constituir, na forma de direitos civis - referentes à liberdade de ir e vir, de imprensa. De pensamento, de fé, de propriedade, e de constituir contratos válidos”. (MARSHALL, 1967, p. 65) De acordo com Gentilli, foi no século XIX que “o desenvolvimento social e cultural da sociedade burguesa ocorreu, também o progresso tecnológico e científico”. Ainda nesse período permitia-se que as classes populares participassem da “troca de mercado” e que contribuíssem com o funcionamento social. Para as sociedades modernas, era conveniente e próprio manter a mais-valia, numa relação de troca e que propusessem os governos dessa época intervir no controle sob as camadas sociais mais pobres, oferecendo a essa população “direitos e benefícios sociais”. Dessa maneira foi se “consagrando os padrões de bem estar, nos quais o Estado passou a assumir a saúde, previdência, educação, habitação e assistência social para os trabalhadores e para os seguimentos da sociedade.” (CERRONI apud GENTILLI 1998, p.149). Foi a partir do século XX, que o “direito e a proteção social” passam a ser reconhecidos pelo Estado, garantindo o acesso para todos os indivíduos. Através da influência do sufrágio universal, concretizou-se uma nova civilização na “sociedade moderna”; onde todos os homens e mulheres participam como “sujeitos de direitos”. Segundo Demo, a Declaração de 1789 faz referenciar os direitos de cidadania, que postula também a questão ético-política, como elemento norteador das instituições que procura dar respaldo por meio dos “sentidos jurídicos, políticos e morais” aos indivíduos. 19 Cidadania é a qualidade social de uma sociedade organizada sob a forma de direitos e deveres majoritariamente reconhecidos. Trata-se de uma das conquistas mais importantes na história. No lado dos direitos repontam os ditos direitos humanos, que hoje nos parecem óbvios, mas cuja conquista demorou milênios, e traduzem a síntese de todos os direitos imagináveis que o homem possa ter. (DEMO, 1988 p.. 70) Com a luta dos trabalhadores, os direitos passam por várias mudanças, tanto do ponto de vista político como econômico. Pode trazer outras pautas para a discussão e novas implicações referentes à questão da “cidadania social como conferência de direitos.” No entanto, a cidadania só se concretiza por meio da atuação da participação do Homem nas questões que lhes dizem respeito, como o acesso aos bens e serviços, os quais só podem ser assegurados e garantidos aos indivíduos, se houver de fato as “políticas de proteção e de redistribuição sociais na forma de provimento de serviços ou de rendas complementares”. (GENTILLI, 1998, p.152) Nesse contexto, é preciso lembrar que o reconhecimento da cidadania e da emancipação humana, envolve implicações. Há incompletude e que muitas vezes passam por algumas pressões, o qual não se efetiva de forma integral os direitos dos trabalhadores. Sob a afirmação da autora, “os direitos sociais3 são necessário por possibilitarem, aos seus beneficiários, o acesso às oportunidades e condições (anteriormente referidas), sem as quais seria impossível o estabelecimento de equidade, dado as desigualdades sociais nas sociedades capitalistas.” (GENTILLI, 1998, p.153) 2. 2 A Conquista da Cidadania Brasileira entre as décadas de 60 e 80 até os tempos atuais 3 Artigo 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 20 Para entender o processo histórico da construção da cidadania no Brasil busca-se a base teórica em Arim Soares do Bem. O mesmo vem ressaltar como foi o desenvolvimento e como se disseminou na sociedade brasileira, a luta pela conquista dos direitos e emancipação política dos sujeitos sociais. E foi a partir do século XX, que os grupos organizados, se apoiaram nos movimentos sociais. Esse período tinha como marco histórico, “uma grande unidade (...) aglutinando forças sociais” (SOARES Apud, GONH, 1995, p.18) assim como os levantes e insurreições ocorridas na primeira metade desse século. “Fundamentais para a construção da cidadania sócio política do País.” Os movimentos sociais se constituem como espaços nacionalistas ainda pouco organizados, que não possuíam ainda um caráter consolidado e fundamentado no “político-ideológico”. Dentro desse contexto, foram acontecendo algumas mudanças no País, que decidiriam o rumo e acontecimentos, que procuravam trazer novas perspectivas para o cenário atual nesse período. (...) Depois da segunda guerra mundial nos Estados Unidos, e na década de 60 no Brasil, (...) os movimentos sociais fazem parte de um processo social e histórico de luta de classes no âmbito das demandas sociais – movimentos pela saúde, pela educação, por transportes, por moradia – através dos quais as classes subalternas buscam reafirmar ou construir sua identidade social, e a identidade de seus membros como cidadãos. (...) a partir de condições dignas de existência. (...). (ALONSO, 1994, p.77) Segundo Alonso, os movimentos sociais foram a alavanca para a emancipação política dos cidadãos, que reivindicavam pela efetivação dos direitos e melhores condições de vida. Era uma razão pela qual, questionada pela população, referente ao papel do estado que apenas exercia o seu controle, sem considerar os interesses das classes subalternas, que lutaram por um lugar na sociedade, tendo direito de decidir e se organizar de forma coletiva. A conquista de a cidadania dar-se a partir do momento em que os indivíduos sintam-se responsáveis pelas decisões políticas e organização social na busca pela democracia. Mas, perpassa também pela questão do ser diferente 21 em relação ao pluralismo, onde o indivíduo tem o direito de recusar-se a aceitar os padrões impostos pela ideologia do sistema de “economia de lucro” que reforça a imagem e o individualismo reprodutivo mantido pelo sistema capitalista. Portanto, o direito de expressar-se é reconhecido quando os grupos coletivos ou particulares, independentemente das questões étnico-culturais em que se encontram, ou como venha a afirmar na maneira de pensar e se colocar. É preciso valer por meio das reinvidicações políticas e lutas da sociedade civil organizada; que têm como anseio as mudanças tanto no “plano técnico-econômico, como político e social”. Essas reivindicações surgem através de demandas que se expressam por meio das necessidades e interesses dos sujeitos sociais. “que defendem causas relacionadas à fome, a ecologia, aos movimentos populares, aos direitos da mulher, dos negros e minorias raciais, às crianças, à prevenção e tratamento da Aids, aos direitos dos índios, dos homossexuais e entre outras”. (GENTILLI, 1998, p.161) Nesse contexto, essas expressões fazem parte de uma nova organização na sociedade, que precisam ser reconhecidos e legitimados, na forma de seguimentos sociais e que deve possibilitar aos cidadãos a emancipação dos seus direitos. “Como é o caso dos sociais e assistenciais” (GENTILLI, 1998, p.156). 3. O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL O Serviço Social tem sua formação na história de luta de classes. Ora pensa no conservadorismo e manutenção do capital, ora tem sua idealização para um projeto de ruptura da ordem instituída. A profissão se constituiu para dar resposta às necessidades advindas de questões políticas e econômicas. É no processo de Reconceituação, que o Serviço Social busca as ciências humanas e 22 sociais, se aproxima da teoria social de Marx4 e, através do método Materialismo Histórico Dialético, é possível realizar a leitura da realidade, o qual traz respostas políticas que sintoniza o Serviço Social no tempo presente e futuro. Como ressalta Iamamoto (2010, p.22), As mudanças históricas estão hoje alteradas tanto na divisão técnica do trabalho na sociedade, quanto a divisão técnica do trabalho no interior das estruturas produtivas corporificadas em novas formas de organização e de gestão de trabalho. Sendo o Serviço Social uma especialização do trabalho na sociedade, não foge a esses determinantes, exigindo apreender os processos macroscópicos que atravessam todas as especializações do trabalho, inclusive, o Serviço Social. O Serviço Social rompe com a velha prática da vocação e da ajuda, para poder ser reconhecida como “profissão especializada no trabalho coletivo e inscrito na divisão e técnica do trabalho de nível superior, regulamentada no Brasil pela lei 8.662/1993”. Portanto sob as afirmações, foi necessário refletir e discutir sob a profissão. É pensar a realidade, criando estratégias de intervenção para os fatos que estão postos e que ameaçam a “estabilidade social.” formam uma categoria que tem ousado sonhar, que tem ousado ter firmeza na luta, que tem resistido aos obstáculos, porque aposta na história, construindo o futuro, no presente.” (IAMAMOTO, 2010, p. 80) No âmbito dos limites e possibilidades da intervenção profissional, contribuirá para que os indivíduos vitimizados pela política “econômica-cultural e social excludente”, possam construir novamente seus espaços de autonomia e decisão. O profissional do Serviço Social é desafiado constantemente a fazer uma leitura crítica tanto do seu trabalho, como da conjuntura presente. Atua na equipe multiprofissional, “buscando promover a inclusão social dos usuários de drogas pela adoção de uma abordagem de atenção integral que 4 Economista, cientista social e revolucionário socialista. Alemão Karl Heinrich Marx nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História nas universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das ideias de Hegel. Acesso: 15/01/2012 às 18h00 23 estimule a qualidade de vida e o exercício pleno da cidadania” (DOMINGOS E MACHADO, 2003 p.01) Dentro da Instituição, o Assistente Social tem como atribuição, articular e executar as políticas publicas junto ao serviço de rede de proteção social, onde tenha como prioridade o acesso do usuário no atendimento ao tratamento do uso de substâncias psicoativas. Os objetivos profissionais têm uma interface com os programas e as políticas sociais. “São as questões afetas à cidadania, entendida como reconhecimento ao valor do indivíduo, como respeito à igualdade dos seres humanos, direito inalienável do indivíduo governar sua vida e tomar decisões que lhe são concernentes, são valores que sempre foram defendidos pela tradição do Serviço Social”. (GENTILLI, 1998, p. 172) Portanto, o trabalho do Assistente Social na área da dependência química, implica-se em buscar novas respostas de intervenção e trazer como proposta ao indivíduo construir o seu projeto de vida, a fim de resgatar novamente a dignidade, trabalhando a questão da responsabilidade enquanto ser social no mundo. É sair da condição de dependente químico e se perceber como sujeito de sua própria história. O profissional “atua no campo social, a partir de aspectos particulares da situação de vida dos usuários dos serviços, partindo de expressões concretas das relações sociais no cotidiano da vida dos indivíduos e grupos” (DOMINGOS E MACHADO). Conforme a reflexão acima é preciso ressaltar que o compromisso profissional está embasado com um projeto ético político, o qual se posiciona em favor da equidade, da justiça social e universal. E através dos direitos humanos, é possível consolidar a cidadania por meio da participação política da classe trabalhadora. No dizer da autora, “Teimamos em reconhecer a liberdade como valor ético central, o que implica desenvolver o trabalho profissional para reconhecer a autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais, reforçando princípios e práticas democráticas”. (IAMAMOTO, 2010, p.141) 24 3. 1 A Oficina de Cidadania no CRATOD A Oficina de Cidadania iniciou-se no dia dez de junho de dois mil e onze. Sob a coordenação de uma Assistente Social, com a colaboração de aprimorandos e estagiários de Serviço Social e profissionais de outras áreas como Psicólogo, Terapeuta Ocupacional. O Projeto Piloto foi idealizado com o objetivo de proporcionar aos pacientes a construção de uma nova identidade, a luz do Serviço Social e ressignificar a identidade da própria categoria na instituição. A atividade seria destinada aos pacientes em início de tratamento ou que reiniciaram com dia da semana e horário estabelecido, compondo a grade de atividades da modalidade de tratamento denominada como intensivo.5 Um grupo aberto, com público flutuante e frequente numa média de 30 a 40 pacientes. Atividade 1 Tema: “O que é ser cidadão” A Atividade foi realizada em dois momentos, o primeiro com reflexão e discussão sobre o tema. O segundo, representação através de escrita. Concluíram que, ser cidadão é ter família, moradia, trabalho, alimentação, participação na comunidade, saúde, vida digna, respeito, direito de ir e vir, contribuir para a sociedade e ser honesto. 5 Parágrafo único. Define-se como atendimento intensivo aquele destinado aos pacientes que, em função de seu quadro clínico atual, necessitem acompanhamento diário. Portaria GM n.º 336, de 19 de fevereiro de2002. 25 Atividade 2 Tema: “Apresentação do gráfico com os dados coletados na atividade anterior” Realizada também em dois momentos. A partir dos itens, trabalho e moradia, representados no gráfico com maior pontuação, foi proposto ao grupo discorrer sobre o assunto. Ressaltando-se que é importante conhecer as leis para lutar pelos seus direitos. Na sequencia exibiu-se um vídeo sobre cidadania. Após a reflexão sobre o vídeo, finaliza-se com a frase, “Cidadania é inclusão social”. “A droga é uma doença social”. Gráfico: Referente à atividade “O que é ser cidadão” SER CIDADÃO 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 SER CIDADÃO Fonte: Oficina de Cidadania. CRATOD/2011 Atividade 3 Tema: “Qual a situação atual de moradia” Solicitou-se que os participantes representassem através da escrita. Após a elaboração, aberto para discussão. 26 Concluíram que havia necessidade de um projeto de vida, que pudesse proporcionar melhores condições de moradia. Atividade 4 Tema: “O que é ser cidadão” Focalizado a questão do trabalho, priorizaram-se dois elementos, no primeiro instante ressaltou-se a importância da documentação, o processo de emissão e o respectivo cuidado na sua manutenção. Em seguida, foi trabalhada com o grupo a linha do tempo, o qual enfocaria a parte profissional, onde trazia as habilidades e experiências adquiridas pelos participantes. Atividade 5 Tema: “Painel de Direitos” A atividade tinha como proposta, fazer uma reflexão, utilizando fichas para responder à frase: “o que falta na sua vida”. Concluíram que faltavam os direitos sociais básicos: saúde, moradia, educação e trabalho. Direitos específicos como: paz, amor e família. 3. 2 Metodologia 27 A Pesquisa descrita é qualitativa, a partir da observação crítica da participação dos indivíduos na Oficina de Cidadania (Modalidade do Intensivo). Com vistas a identificar as contradições do cotidiano desses sujeitos sociais. Partindo desse princípio, expressa compreender a realidade social, saindo do aparente para a essência, ou seja, da totalidade para a singularidade, visando um aprofundamento teórico reflexivo dentro do Materialismo Histórico Dialético, o qual coloca-se como opção para desvendar o movimento da realidade. 3.3 Resultados Através da observação e dos relatos dos participantes pode-se inferir que houve apropriação do espaço para discutir e refletir sobre questões do cotidiano dos dependentes químicos, no que tange a Cidadania. As atividades proporcionaram conhecimentos sobre os direitos e também sobre os deveres. Possibilitou a troca de informações sobre bens e serviços existentes. Desmistificou a doença, dialogando com os participantes sobre a possibilidade de reabilitação psicossocial. De que forma esses participantes vão utilizar o que absorveram nas Oficinas de Cidadania, para a construção de um projeto de vida é algo muito particular e não dá neste momento para dizer se será a curto, médio ou longo prazo. 4. DISCUSSÃO 28 Esse trabalho tem como contribuição trazer ao espaço sócio-ocupacional da Instituição de Saúde e apresentam elementos norteadores e de embasamento teórico que analisa a relação do indivíduo com o uso de drogas, situação de vida e possíveis mudanças para a construção de um projeto de vida. Através da literatura foi possível trazer, alguns pontos onde se configuram os fenômenos que diz respeito à realidade dos sujeitos sociais. O estudo realizado sob a luz e análise do movimento da sociedade e relações sociais existentes, não tem a pretensão de esgotar o assunto em questão, mas pode dar abertura para outras possibilidades de pesquisas. Para o Serviço Social, é de muita relevância poder buscar novas formas de atuação profissional para o campo de trabalho, o qual se insere a saúde mental e como a dependência química é expressão da questão social e não constitui um problema isolado, já que é matéria de trabalho do Assistente Social. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi exposto neste trabalho, incluído a pesquisa que fora realizada e estudada sobre a temática proposta. A conclusão que se tem, é que a situação do Homem e sua relação com o uso de drogas, provém de um processo histórico, dentro de uma série de fatores que envolvem a sua dinâmica, tanto no processo individual como coletivo. Dentro de uma realidade que é tão complexa, foi percebido que as drogas ocupam um lugar na vida dos usuários até acarretar um prejuízo maior, desde o relacionamento familiar, até a parte profissional. . 29 A partir do projeto proposto pelo Serviço Social, entende-se que o espaço da oficina de cidadania pode incentivar os pacientes a pensarem que eles nunca deixaram de ser cidadãos, mas que podem sentir-se incluídos nas relações sociais novamente, a partir do momento que tomarem a decisão de deixar as drogas, para poder construir o projeto social de vida, buscando superar a dependência química. Cabe apontar que a ideia de criar-se a oficina de cidadania foi de muita relevância, o que demonstra como elemento cooperador na Instituição, e o quanto pode auxiliar na reabilitação psicossocial dos usuários. Sendo assim, dar mais significado ao trabalho do Assistente Social, que realiza sua ação profissional condizente e de acordo com o “pleno exercício” e suas respectivas atribuições, o qual legitima sua atuação em consonância com o projeto ético político, onde propõe uma nova ordem societária. Nessa perspectiva, é desafiador para o Assistente Social fazer sua prática, de maneira qualificada e humanizada; onde o mesmo precisa apropriar-se do conhecimento técnico, teórico metodológico e ético político. É tarefa da profissão, propor alternativas de ação com criatividade, senso crítico e domínio da comunicação para que a população tenha acesso aos serviços sociais básicos, buscando entender e como buscar os direitos numa perspectiva de efetivação da cidadania. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COUTO, Berenice Rojas. O direito social e a assistência na Sociedade Brasileira: uma equação possível? 2ª edição. São Paulo: Cortez, 2006 P. 33 – 73.. CONSELHO REGIONAL DO SERVIÇO SOCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Legislação Brasileira para o Serviço Social: coletânea de leis, decretos e regulamentos para instrumentação do (o) Assistente Social / organização. 9ª Região – 3. Ed. Ver.; atual., e amp., até dezembro de 2007 – São Paulo: O Conselho, 2007. CENTRO BRASILEIRO DE INF. S. DROGAS PSICOTRÓPICAS / Departamento de Psicobiologia, Universidade Federal de São Paulo. 2004 DEMO, Pedro. et. al. Participação é conquista: noções de política social participativa / Pedro Demo. São Paulo: Cortez: autores associados, 1988. DOMINGOS, Rosa Maria Soares. MACHADO, Ednéia Maria. SEMINÁRIO NACIONAL, ESTADO E POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL. REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA UNIVERSIDADE DE MARINGÁ: A DEPENDÊNCIA QUÍMICA COMO ESPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL. jun/2003. Disponível em: cac_ php-unioeste.br/.../trabalhos/assistência%20social/.../ Acesso: 04 de fevereiro. 2012 EDWARDS, G. MARSHALL, E. J. COOK, C. C. – Complicações sociais do Beber Excessivo: O tratamento do Alcoolismo: um guia para profissionais de saúde. Porto Alegre: Artmed; 1999. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa / coordenação Marina Baird Ferreira , Margarida dos Anjos; equipe Elza Tavares Ferreira...[et al]. 3. ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. 31 GENTILLI, Raquel de Matos Lopes. Representações e práticas: identidade e processo de trabalho no serviço social / Raquel de Matos Lopes Gentilli. .. São Paulo: Veras, 1998. IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 19ª ed. São Paulo: Cortez, 2010 __________. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 4ª ed. São Paulo ; Cortez, 2010.. MARY, Jane Paris Spink ALONSO, Luiza Klein., et., al., Orgs. Movimentos Sociais e Cidadania: A contribuição da Psicologia social. In; A CIDADANIA EM CONSTRUÇÃO UMA REFLEXÃO TRANSDISCIPLINAR. São Paulo: Editora Cortes, 1994. MARQUES, Ana Cecília Petta Roselli. CRUZ, Marcelo S. O adolescente e o uso de drogas. Rev. Bras. Psiquiatria; (supl II): 32-6, 2000 SAPORI, Luiz Flávio. MEDEIROS, Regina. (orgs) Crack: Um desafio social / Belo Horizonte: Ed. PUC Minas, 2010. 220 p. SOARES. DO BEM, Arim. A centralidade dos movimentos sociais na articulação entre o Estado e a sociedade brasileira nos séculos XIX e XX. Revista Educação e Sociedade, vol. 27, nº 97. Campinas: set./dez. 2006. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br Sites pesquisados: www.anvisa.gov/levis/portarias/466_98htm WWW.suapesquisa.com/pesquisa/neolítico.htmAcesso: 21/11/2011 www.suapesquisa.com/pesquisa/marx