Tanto a Radioterapia como a Quimioterapia podem causar alguns sintomas ou efeitos adversos. Alguns dos mais frequentes são: falta de apetite, fadiga, náuseas, vómitos ou queda de cabelo. Estes sintomas podem ser reduzidos com medicação adequada e terminam após o final do tratamento. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Ao longo do processo de doença oncológica, muitas são as dúvidas que vão surgindo. Não tenha medo de colocar questões ao seu médico. As hormonas são substâncias naturais fabricadas pelas glândulas no nosso organismo. A Hormonoterapia utiliza as hormonas naturais ou os fármacos que as bloqueiam, para tratar certos tipos de cancro, como por exemplo o cancro da mama e da próstata. Estes tumores precisam das hormonas para crescer, logo se impedirmos que estas substâncias cheguem às células cancerosas, vamos lentificar ou parar o crescimento tumoral. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Rua Professor Lima Basto, 1099-023 Lisboa Tel. Geral: 217 229 800 Website: www.ipolisboa.min-saude.pt TRATAMENTOS diagnóstico e tratamento da GAM_015 | Gabinete de Audiovisuais e Multimédia - IPOLFG | Imagem: www.gettyimages.com | Edição: Junho 2008 HORMONOTERAPIA Actualmente estão a surgir novas modalidades de tratamento que utilizam fármacos que apenas atingem as células malignas, como por exemplo a Herceptina, um anticorpo monoclonal, já disponível para tratar alguns tipos de cancro da mama, em que há expressão de um antigénio HER2Neu, a que este anticorpo se liga, inactivando apenas as células malignas e com menor toxicidade. EM ONCOLOGIA CIRURGIA A Cirurgia é a modalidade terapêutica mais antiga, utilizada no tratamento do cancro. Em cada cinco doentes três serão submetidos a cirurgia. Durante a operação o cirurgião procura extirpar o tumor na sua totalidade, tendo o cuidado de retirar alguns tecidos e células sãs circundantes, definindo uma margem de segurança, para que o tumor não reapareça mais tarde nessa zona. A Cirurgia está indicada em tumores pequenos, localizados, potencialmente curáveis, como por exemplo o basalioma, um tipo de cancro da pele, que geralmente se cura, apenas com cirurgia. Se o tumor se espalhou apenas para os gânglios linfáticos regionais pode ainda estar indicada a intervenção cirúrgica. Se o cancro não foi totalmente removido ou há risco de disseminação para outros órgãos, as opções de tratamento incluem outras modalidades terapêuticas, como Radioterapia, Quimioterapia ou ambas. A Radioterapia utiliza ondas de alta energia, tal como os raios -x (ondas invisíveis que podem atravessar todas as partes do corpo), levando à lesão e destruição das células cancerosas. Em alguns casos pode ser muito eficaz e levar ao desaparecimento completo do cancro, quando este se encontra localizado. Está indicada em alguns tumores sólidos e deve ser utilizada em pequenas áreas, de modo a evitar a lesão dos tecidos e células sãs. Também pode ser utilizado para destruir tumores antes da cirurgia, permitindo então a sua remoção total. O tratamento com radiações e indolor e é geralmente diário, durante alguns minutos, por um período variável (algumas semanas), consoante o tipo de tumor. A pele na zona tratada fica por vezes mais sensível e irritada. Os efeitos colaterais da Radioterapia são geralmente temporários e variam consoante a área do corpo irradiada. Por vezes são necessários tratamentos tópicos, que serão prescritos pelo seu médico radioterapeuta. Durante o tratamento e aconselhável o repouso, uma dieta equilibrada e aumento de ingestão de líquidos. QUIMIOTERAPIA O tratamento do cancro depende de vários factores, nomeadamente do tipo de tumor e do seu estadiamento, que é determinado pela avaliação da extensão da doença (tamanho do tumor, existência de dissemi-nação à distância). RADIOTERAPIA PRINCIPAIS MODALIDADES DE TRATAMENTO A Quimioterapia é uma modalidade de tratamento sistémico, frequentemente utilizada em Oncologia. Enquanto a Cirurgia e a Radioterapia removem e destroem as células cancerosas numa área específica, localizada, a Quimioterapia actua a nível sistémico, isto é em todo o organismo. Esta terapêutica tem como objectivo destruir as células cancerosas que metastizaram, ou seja, que foram para órgãos distantes do tumor primitivo. (Ex: Cancro da mama que atingiu os ossos, pulmões). Pode ser administrada isoladamente ou em associação com outros tratamentos, como a Cirurgia e a Radioterapia. Actualmente a designação de Quimioterapia engloba mais de 100 fármacos diferentes, que podem ser administrados em monoterapia ou em associação, obedecendo a determinadas regras; estas associações de fármacos, com diferentes mecanismos de acção, podem levar à destruição de maior número de células malignas e reduzem a probabilidade de aparecimento de resistência aos fármacos. Estes medicamentos podem ser tomados via oral, embora sejam geralmente administrados por via endovenosa, em Unidades devidamente equipadas com câmaras de fluxo laminar, por enfermeiros experientes.