Linfoma tem alto índice de cura, mas é preciso ficar alerta O linfoma é uma neoplasia maligna que tem origem nas células do sistema linfático, desenvolvendo-se em linfonodos – chamados popularmente de gânglios linfáticos – encontrados em diferentes partes do corpo humano, principalmente no pescoço, axila e virilha. O oncologista clínico do IOP, Dr. Johnny Francisco C. Camargo, explica que existem dois tipos de linfomas: o linfoma de Hodgkin – um terço dos casos – e o linfoma não-Hodgkin – dois terços dos casos –, sendo diferenciados pelos tipos de células encontradas, pelo comportamento biológico existente e pela resposta aos tratamentos realizados. Na maioria dos casos de linfomas, a origem é desconhecida, porém uma das causas principais é o resultado de mudanças nos genes presentes nas células ou no DNA, resultando na morte celular ou atrapalhando a divisão das células do organismo. Os linfomas possuem altos índices de cura, porém, quanto mais cedo diagnosticados, melhores serão os resultados. Com a grande taxa de cura, é de extrema importância que as pessoas fiquem atentas aos principais sintomas. Entre os mais comuns estão o cansaço ou fraqueza, febre, sudorese, perda de peso, dores no corpo e o surgimento de nódulos no corpo. “O prognóstico é bastante variável dentro de cada grupo, portanto é preciso procurar um especialista para que a situação seja avaliada individualmente, uma vez que a subdivisão é bastante ampla”, afirma Dr. Johnny Camargo. Alguns linfomas são pouco agressivos, enquanto outros necessitam de tratamento imediato com a utilização de quimioterapia ou radioterapia. Em casos mais raros, pode ser necessária a realização de transplante de medula óssea. A chance de sucesso do tratamento depende de certos fatores, como a idade do paciente e o estágio em que a doença é diagnosticada. Assim como outros setores da oncologia, os tratamentos de linfomas estão em franca evolução e com um campo vasto de pesquisa, além de novas drogas e estratégias. No entanto, possuir hábitos saudáveis continua sendo uma das principais formas de prevenção. “Igual a outros tipos de câncer, uma alimentação saudável, por exemplo, pode reforçar as defesas do sistema imunológico e auxiliar na proteção para evitar o desenvolvimento dos linfomas”, finaliza.