formas farmacêuticas

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FORMAS FARMACÊUTICAS
INCIFAR
1
FORMA FARMACÊUTICA
É a forma pela qual o fármaco é
administrado ao paciente, ou seja, a
forma de apresentação do
medicamento.
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A forma farmacêutica é
definida pela:
 Via de administração;
 Necessidades do paciente, relação paciente
doença defini-se a melhor via de
administração;
 Características físico-químicas do fármaco;
 Fórmula e equipamentos disponíveis.
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Devem atender os seguintes atributos:
 Conter a quantidade adequada de fármaco;
 Ser livre de materiais estranhos (matérias-
primas aprovadas);
 Liberar o fármaco na quantidade e com a
velocidade adequada;
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Devem atender os seguintes atributos:
 Ser formulada de acordo com a via de
administração a que se destina;
 Ser bem aceita pelo paciente (ausência de
efeitos indesejáveis sabor agradável e
estético)
 Ser adequada a estabilidade do fármaco;
 Fornecer ação farmacológica ótima.
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São classificadas em:
sólidas, semi-sólidas, líquidas
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FORMAS FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS
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CÁPSULAS
 são formas
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farmacêuticas sólidas
com invólucro duro ou
mole, de forma e
capacidade variáveis,
contendo normalmente
uma dose unitária de
um ou mais
ingredientes ativos.
 Destinadas a
administração oral.
Vantagens
 Fácil deglutição,
 Fácil identificação (algumas são
serigrafadas)
 Farmaceuticamente elegantes
 Mascaram de forma eficaz sabores e
odores desagradáveis,
 Fácil formulação,
 Para crianças a cápsula pode ser aberta, e
o conteúdo disperso em água
 Boa estabilidade
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Vantagens
 Versatilidade: pode-se preparar doses
pequenas, individualizadas
 Apresentam boas características de
biodisponibilidade (geralmente o invólucro
se dissolve rapidamente no estômago.
 Permite elaboração de sistema de
liberação prolongada, e liberação entérica
 Protegem o fármaco de agentes externos
(pós, ar, luz, etc).
 Boa resistência física
 Boa aceitação pelo paciente.
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Desvantagens
 Não é fracionável (não pode ser partida)
 Dificuldade de se conseguir
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uniformidade de peso em cápsulas
duras
 Fácil adesão à parede do esôfago,
devem ser ingeridas com bastante água
 Necessidade de garantir temperatura e
umidade relativa do ar para
manipulação e conservação.
 Restrição de uso para pacientes com
Classificação:
 Cápsulas duras
 Cápsulas moles
 Cápsulas gastrorresistentes / liberação
entérica
 Cápsulas de liberação prolongada
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Cápsulas duras
 Forma cilíndrica, arredondada nos
extremos
 Formada por duas partes: corpo (mais
longo) e a tampa (mais curto)
 Diversos tamanhos e cores
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TAMANHO
CÁPSULA
VOLUME
(mL)
Lactose
(mg)
00
0,95
600 - 800
0
0,67
500
1
0,48
350
2
0,37
250
3
0,27
170
4
0,20
150
Cápsulas moles
 Constituídas de uma única parte
 Disponíveis em diversos formatos e
tamanhos
 Possuem maior flexibilidade (glicerina e
sorbitol)
 Fácil deglutição
 Maior biodisponibilidade do princípio ativo
 Preparação complexa, necessita de
maquinário
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Cápsulas Gastrorresistentes
Liberação Entérica
 Devem resistir ao fluido gástrico e liberar
seus ingredientes ativos no fluido intestinal
 Cápsulas são cobertas com um filme
gastrorresistente
 O princípio ativo se encontra em grânulos
gastrorresistentes (pellets)
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Cápsula de liberação modificada
 O conteúdo ou o invólucro contém
excipiente especial com a finalidade de
modificar a velocidade que o princípio ativo
é liberado.
Exemplo de excipiente para liberação modificada:
(HPMC– Hidroxipropilmetilcelulose - Methocel®)
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COMPRIMIDOS
 São preparações farmacêuticas de
consistência sólida, formas variadas, obtidas
por meio de compressão, contendo
substância(s) ativa(s) com ou sem
adjuvantes adequados e revestidos ou não.
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Classificação:
USO INTERNO:
 Comprimidos mastigáveis
 Comprimidos convencionais
 Comprimidos efervescentes
 Comprimidos sublinguais
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Classificação:
USO EXTERNO:
 Comprimidos vaginais
 Comprimidos para dissolução
TIPOS DIVERSOS:
 Multicapas (compressão por 2 ou mais
etapas)
 Revestidos (entéricos ou de liberação
controlada)
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Vantagens:
 Boa estabilidade físico-química
 Simplicidade e economia na preparação (larga





21
escala)
Precisão de dosagem
Fácil administração
Fácil manuseio
Representam mais de 50% de toda produção
industrial
A mais popular forma farmacêutica
Desvantagens
 Processo industrial
Dependendo do modo de preparo do
comprimido temos:
 Comprimidos baixa friabilidade (esfarela
fácil) e dureza (quebra fácil)
 Custo alto (revestidos, liberação modificada)
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Comprimidos revestidos
Podem ser de 2 tipos:
 Drágeas:
revestimentos com
açúcar
 Comprimidos
revestidos:
revestimento por
película
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Comprimidos revestidos
Vantagens
 Estabilidade: proteção física e química (luz,
umidade, oxigênio)
 Marketing: estética (apelo visual)
 Biodisponibilidade: controle da liberação do
fármaco
 Organoléptica: mascarar odor / sabor
desagradável
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Pós
 São misturas íntimas e secas
de fármacos e/ou outras
substâncias finamente
divididos.
 Podem ser empregados:
 uso interno (pós orais)
 uso externo (pós tópicos)
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PÓS
 Permitem a prescrição precisa da dose
individual
 Mais estáveis que preparações líquidas
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Pós
 Tamanho reduzido das partículas permite uma




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dissolução nos fluidos orgânicos mais rápida que
as formas compactadas (comprimidos).
Maior biodisponibilidade
Menor incidência de irritação gástrica
Maior facilidade de deglutição (pacientes
pediátricos e geriátricos)
Podem ser administrado através de sondas
gástricas em pacientes hospitalizados.
Desvantagens:
 Substâncias podem deteriorar quando
expostas a condições atmosféricas.
 Partículas finamente divididas tem uma
superfície de contato maior quando exposta
a condições ambientais
 Fármacos com sabores desagradáveis não
são convenientemente mascarados
 Maior tempo de preparo
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Classificação:
 Pós simples: uma única substância
 Pós compostos: mistura de mais de uma
substância
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SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS
 São formas farmacêuticas de consistência
firme, de forma cônica ou ogival, destinadas
a aplicação retal, vaginal (óvulos) .
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SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS
 São obtidos por
solidificação ou
compressão, em
moldes, de massa
adequada, contendo
substâncias
medicamentosas
 São preparados para
amolecer, fundir,
dissolver ou desintegrar
na temperatura
corporal.
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Ação:
 Ação mecânica: deve-se ao estímulo do reflexo da
defecação, decorrente da presença de um corpo
estranho no reto. Exemplo: supositórios laxativos
de glicerina.
 Ação local: ação tópica na mucosa anoretal.
Exemplo: supositórios anti-hemorroidários
 Ação sistêmica: o fármaco passa para a circulação
geral, produzindo efeito sistêmico: Exemplo:
hormônios, analgésicos, antipiréticos, sedativos,
antieméticos, etc.
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Vantagens:
 Alternativa para fármacos de uso sistêmico
que não podem ser ingeridos via oral
 Fármacos ineficazes quando administrados
por via oral (efeito de primeira passagem,
ação do suco digestivo)
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Vantagens:
Exemplo:
 Progesterona, pode ser administrado tanto
por via retal como por via vaginal, e possui
um efeito sistêmico
 Fármacos que causam náuseas quando
administrados via oral
 Fármacos com características organolépticas
desagradáveis
34
35
Desvantagens:
 O início da atividade terapêutica é muitas
vezes mais tardio que as outras vias
 A quantidade total de princípio ativo
absorvido pode ser inferior se comparado
com outras vias
 A absorção é irregular
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FORMAS FARMACÊUTICAS
LÍQUIDAS
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SOLUÇÕES
 São preparações líquidas que contêm uma
ou mais substâncias químicas dissolvidas
(molecularmente dispersas) em um solvente
adequado ou em uma mistura miscível de
solventes. Podem ser destinadas para uso
oral, tópico ou parenteral.
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SOLUÇÕES TÓPICAS
 Destinam-se a aplicação tópica (uso externo)
 São conhecidas como loção
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SOLUÇÕES TÓPICAS
 Seus principais solventes são:
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NOME DA SOLUÇÃO
Hidróleos (Soluções aquosas)
Alcoóleos (Soluções
alcoólicas)
Eteróleos (Soluções etéreas)
Soluções acetônicas
SOLVENTE
Água purificada
Etanol, álcool isopropílico
Gliceróleos (Soluções
glicéricas)
Outras
Glicerina
Profa Muriel Bucci
Éter
Acetona
Propilenoglicol, Sorbitol,
Polietilenoglicóis (PEG), etc
SOLUÇÕES SATURADAS
 São soluções nas quais a quantidade máxima
de soluto é dissolvida em uma determinada
quantidade de solvente, após a qual não
pode mais dissolver o soluto.
 Após a saturação a quantidade excedente de
soluto irá se precipitar.
 Uso em farmácia:
 Solução saturada de ácido cítrico (correção
pH em formulações de uso externo)
41
42
SHAMPOO
 São preparações de uso cosmético ou
eventualmente medicinal que se apresentam
na forma de líquido, gel, emulsão, contendo
agente tensoativo com poder detergente,
umectante, emulsionante e espumante; com
o qual se assegura a limpeza do cabelo,
deixando-o suave, brilhante e fácil de
manejar.
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SOLUÇÕES ORAIS
 Administração oral (USO INTERNO)
 Um ou mais ingredientes ativos dissolvidos
em água ou em um sistema água cosolvente.
 Adjuvantes
 Estabilidade (antioxidantes,
conservantes)
 Palatabilidade (edulcorantes e aromas)
 Viscosidade
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Tipos de soluções orais
 Xaropes
 Edulitos e Melitos
 Elixires
 Misturas
 Gotas orais
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Vantagens das soluções orais:
 Os ativos são mais rapidamente absorvidos
 Fácil de engolir
 Homogeneidade na dose, independente da
agitação
 Possibilidade de adicionar co-solventes para
melhorar a solubilização de fármacos.
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Desvantagens:
 Difíceis de transportar
 Menor estabilidade fisico-química e microbiológica
 Solubilização realça o sabor do fármaco
 Doses administradas podem variar, pois o paciente
não tem acesso a sistemas de medida de volume
preciso (conta-gotas, copo medida, etc)
 Caseiro: colheres são de tamanhos diferentes
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XAROPE
 São preparações aquosas concentradas à base de
açúcar
 Com ou sem agentes flavorizantes
 Com ou sem substâncias medicinais
 Apresentam não menos que 45% (p/v) de sacarose.
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Vantagens:
 Boa conservação: por conterem alta
quantidade de açúcar (solução hipertônica)
desidratam os microorganismos, que sofrem
plasmólise.
 São apropriados para fármacos
hidrossolúveis.
 Possibilitam a correção do sabor da
formulação (efeito edulcorante).
49
Desvantagens:

50
Contra-indicados para pacientes diabéticos
(preparações isentas de sacarose)
EDULITOS
 solução oral sem açúcar
 Pode ser edulcorada e aromatizada.
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MELITO
 Uso do mel no lugar do açúcar
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ELIXIR
 São preparações líquidas hidroalcóolicas,
límpidas, adocicadas, flavorizadas, com teor
alcóolico entre 20 a 50%.
 Menos doces e viscosos que o xarope
 Menos efetivos no mascaramento do sabor
 Podem conter co-solventes: glicerina,
propilenoglicol
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ELIXIR
 Vantagem: fármacos solúveis em água e
fármacos solúveis em álcool.
 Desvantagem: restrição para crianças e
adultos que devem evitar o uso de álcool.
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MISTURAS
 Termo genérico utilizado para várias
preparações líquidas de uso oral
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GOTAS ORAIS
 Soluções ou suspensões orais próprias para
administração em pequenos volumes
 Utensílios: conta-gotas, frasco gotejador
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COLUTÓRIO
 Líquido medicamentoso que se aplica sobre
as gengivas e mucosa oral
 Líquido para gargarejo
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SUSPENSÃO
 Sistema bifásico composto por uma fase
sólida finamente dividida( fase interna,
descontínua ou dispersa), dispersa em uma
fase líquida (fase externa, contínua ou
dispersante).
58
SUSPENSÃO
 As partículas sólidas são insolúveis na fase
líquida e tendem a sedimentar.
 A fase líquida possui uma certa consistência,
pode ser aquoso ou oleoso (ex. óleo de
amendoim)
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VANTAGENS:
 Preparo de soluções com fármacos insolúveis
em água
DESVANTAGENS:
 Precisa ser bem formulada e preparada
 Partículas sólidas tamanho reduzido: garante
a uniformidade da formulação (dose
distribuida de forma homogênea) e diminui a
velocidade de sedimentação
 Deve sedimentar lentamente e ressuspender
facilmente com agitação
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FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
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GEL
 Géis são sistemas semi-sólidos que
consistem em suspensão de pequenas
partículas inorgânicas ou de grande
moléculas orgânicas interpenetradas por um
líquido” (USP , 2005)
 Dispersão de um sólido (polímero) em um
líquido (água) formando um excipiente
transparente ou translúcido.
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Principais componentes do gel:
 ÁGUA
 AGENTE GELIFICANTE
 outros produtos para estabilizar a
formulação como: umectantes e adjuvantes.
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POMADA
 são preparações semi-sólidas desenvolvidas
para aplicação externa na pele ou nas
mucosas que amolecem ou se fundem na
temperatura corporal. (USP 2005)
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PASTA
 São formas farmacêuticas semi-sólidas que
contêm uma elevada concentração de pós.
São mais firmes e espessas que as pomadas,
mas geralmente menos gordurosas.
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UNGUENTO
 São um tipo de pomada que contém
substância resinosa.
 São firmes porém macias, se aproximando
muito das pomadas
 Alguns autores tomam unguento por
sinônimo de pomada
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EMULSÕES
 Definimos emulsões como veículos que
apresentam em sua composição uma fase
oleosa e outra fase aquosa, estabilizadas pela
presença de um agente emulsionante.
 Podem ser líquidas ou semi-sólidas
 Uso externo ou interno
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CREMES
 Emulsão semi-sólida de uso externo
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CREMES
FASE AQUOSA
FASE OLEOSA
TENSOATIVOS
CREM
E
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LOÇÕES
 Emulsão semi-sólida de uso externo
 Mais fluida que o creme
 Espalha melhor e tem mais água
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CONDICIONADOR
 Emulsão semi-sólida de uso externo
 É uma forma cosmética destinadas a ser
aplicada após a lavagem dos cabelos com
xampu e com finalidade de facilitar a
penteabilidade dos cabelos.
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Referências
 FERREIRA, ANDERSON DE OLIVEIRA. Guia
Prático da Farmácia Magistral. 3ºed. São Paulo:
Pharmabooks, 2008. Vol.1 e 2.
 GIL, ERIC DE SOUZA. Farmacotécnica
Compacta. São Paulo: Pharmabooks, 2006.
72
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