Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:07 Seleção oferece vagas para farmacêuticos e enfermeiros Ao todo, serão contratados 12 profissionais, com salário base de R$ 2,4 mil Ana Laura Farias Doze oportunidades para profissionais de saúde em Pernambuco. São oito vagas para farmacêuticos e quatro para enfermeiros. A seleção será feita via análise de currículo e tem validade de dois anos, prorrogável por igual período. O aprovados irão trabalhar na Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), com salário base de R$ 2.458,67. É necessário ter experiência mínima de seis meses na área. Entre as atribuições dos cargos estão a participação na ações desenvolvidas pela Apevisa, participar da elaboração de relatórios, de laudos técnicos, e realizar fiscalizações. Os enfermeiros devem ter experiência na área hospitalar e os farmacêuticos precisam ter atuado na área de medicamentos. As inscrições poderão ser realizadas via Sedex, com aviso de recebimento (AR), encaminhado à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), situada na Praça Oswaldo Cruz, s/nº, Boa Vista, Recife/PE CEP52050-210. O prazo de envio é até esta quinta-feira, dia 31. No envelope, devem constar, na parte externa, os termos “Seleção Pública Simplificada para Apevisa Farmacêutico” ou “Seleção Pública Simplificada para Apevisa - Nutricionista”. No ato da inscrição, é necessário apresentar os seguintes documentos: carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Certidões e/ou declarações que deverão ser emitidas em papel timbrado da instituição, datada e assinada, em que conste o cargo para o qual concorre, período e atividades desenvolvidas, certidão e/ou declaração, comprovante de pagamento desde que conste a data de ingresso na função e na instituição, mês de referência e função para a qual concorre. A seleção reserva 3% das vagas para portadores de necessidades especiais. O resultado final será divulgado no site www.saude.pe.gov.br, no dia 2 de junho. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 07:54 Dia a Dia en passant Profissionais de saúde do Hospital da Restauração organizam arraial, dia 8 de junho, no Clube Alemão, com verba dos ingressos destinadas às crianças internadas. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 07:10 JC Negócios Concurseiro esnoba até Hemobrás O presidente da Hemobras, Romulo Maciel Filho, não consegue preencher as 87 vagas que tem. Dos 250 que passaram no concurso público,só 49 aceitaram o salário. Vanguarda - Caruaru - PE 27/05/2012 - 10:22 SES prorroga inscrição para seleção pública Os interessados devem fazer a inscrição até a próxima sexta-feira, 1º de junho Wagner Gil Com o objetivo de reforçar o quadro de médicos nas principais emergências do Estado, a Secretaria de Saúde (SES) prorrogou as inscrições para seleção pública simplificada, quando serão contratados 60 médicos divididos nas seguintes especialidades: 22 pediatras, 29 médicos tocoginecologistas, três neurologistas, três cirurgiões gerais, dois neurocirurgiões e um médico intensivista adulto. As informações da prorrogação foram divulgadas no site da Secretaria Estadual de Saúde. Como a seleção é simplificada e através de avaliação curricular, os interessados podem fazer a inscrição até o próximo dia 1º de junho. Os médicos contratados irão atuar nos hospitais regionais Professor Agamenon Magalhães, em Serra Talhada; Inácio de Sá, em Salgueiro; Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira; Ruy de Barros Correia, em Arcoverde; Dom Moura, em Garanhuns, e em Caruaru no Regional Agreste, maior emergência do Interior do Estado. Alguns profissionais selecionados também irão atuar no Hemope. As inscrições podem ser realizadas via Sedex, com aviso de recebimento (AR) endereçado à Diretoria Geral de Gestão do Trabalho, na sede da SES, na rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519 - Bongi, Recife, CEP: 50.751-530, ou de forma presencial nos locais e horários informados no edital. A divulgação do resultado final será em 28 de junho. Para participar da seleção, os médicos interessados devem ter diploma ou declaração de conclusão do curso de Medicina, emitida por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC); carteira do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco e/ou declaração de inscrição; e comprovação de experiência de, no mínimo, seis meses, na área para a qual concorre. Os profissionais selecionados irão receber salário base de R$ 5,5 mil, já incluída a gratificação de plantão, e terão jornada de trabalho em regime de plantão, sendo um de 24 horas semanais ou dois plantões de 12 horas semanais. O contrato tem duração de 24 meses e pode ser prorrogado pelo mesmo período. A seleção será realizada em uma única etapa pela avaliação curricular e terá caráter classificatório e eliminatório. Para mais informações sobre, os interessados podem ligar para o telefone 3184-0018 ou acessar o site da SES: www.saude.pe.gov.br. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 09:42 Juazeiro prorroga para até dia 1º a vacinação contra a gripe Prefeitura local avisa aos moradores que ainda não se vacinaram que procurarem os postos de saúde, na zona urbana, das 8h às 12h e das 14h às 17h e no interior, das 8h às 14h. A Campanha de Vacinação contra Gripe na cidade de Juazeiro, que seria encerrada na última sexta-feira (dia 25) foi prorrogada até o dia 1º de junho (próxima sexta-feira). Quase 14 mil pessoas foram imunizadas até ao último dia 18, uma cobertura de 48,4%, segundo dados da Secretaria de Saúde. A prefeitura local avisa aos moradores que ainda não se vacinaram que procurarem os postos de saúde, na zona urbana, das 8h às 12h e das 14h às 17h e no interior, das 8h às 14h. A vacina está sendo disponibilizada aos idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, gestantes, crianças de seis meses a menores de 2 anos e indígenas. A meta do governo municipal é imunizar 22,6 mil pessoas, 80% do público. “Ainda não atingimos a cobertura ideal e por isso estamos prorrogando a campanha. Continuamos reforçando nosso convite para os que ainda não receberam a proteção. A vacina é necessária para que as complicações causadas pelo vírus da gripe sejam evitadas”, frisou o diretor de Promoção e Vigilância à Saúde, Mário Machado. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 08:16 Remédios na web, saúde em perigo Estudo encomendado pelo Ministério da Saúde descobriu que criminosos falsificam até as marcas do governo para vender medicamentos falsos ou sem registro Evandro Éboli Um trabalho encomendado pelo Ministério da Saúde detectou que empresas que operam mercado paralelo na internet de venda ilegal de medicamentos, de inibidores de apetites, de esteroides anabolizantes, de abortivos e de receita azul fazem uso criminoso de logomarcas oficiais. Foi identificado até um perfil falso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Twitter. Esses são alguns resultados do minucioso levantamento “Fiscalização digital: ameaças à saúde coletiva na internet”, encomendado a uma empresa privada especializada nessa área digital. O estudo foi entregue ao ministério em março. Na internet, os criminosos usam símbolos e logomarcas de serviços e produtos do ministério e enganam os consumidores com anúncios de que os medicamentos têm o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foram contabilizadas a existência de 1.200 sites ilegais. De medicamentos abortivos, em especial Cytotec, foram identificados 359 sites (30% do total), de inibidores de apetite, 382 (32%), de esteroides anabolizantes, 258 (22%), de fitoterápicos, 159 (13%), e de venda de receita azul, 41 sites (3%). No caso do abortivo, a empresa contratada para fazer essa varredura na internet chega a calcular que o gasto com internações por problemas decorridos do uso do Cytotec chega a R$ 13,4 milhões por ano. O faturamento ilegal com anabolizantes, no período de um ano da aferição, foi estimado em R$ 153 milhões. Com anorexígenos, o mercado ilegal faturaria R$ 82,4 milhões. O trabalho concluiu que há, nas redes sociais, “drogarias online”, com práticas criminosas. “O físico e o virtual se misturam: ‘consultas’ médicas são feitas online, medicamentos falsificados são comprados através da internet e enviados para endereços reais. A ‘farmácia’ que vende produtos controlados sem receita está na rede.” “A indústria de medicamentos falsificados é fomentada pela busca por medicamentos proibidos, pela falta de fiscalização na internet, pelos preços abaixo do mercado regular, e pela desinformação da população”, diz o estudo. Parte dos problemas de saúde pública do Brasil está, de alguma maneira, associada à internet: abortos ilegais, compra de remédios falsificados, intoxicação por medicamentos falsificados e desenvolvimento de doenças devido à ingestão de medicamentos sem acompanhamento médico. O trabalho monitorou as principais marcas do ministério, como UPA, Farmácia Popular, Saúde da Família, SUS e Samu. Os produtos se apresentam assim na internet: “Cenaless, o segredo para seu emagrecimento. Auxilia na busca do corpo belo. Bumbum perfeito: apareça na praia com um corpo de causar inveja”. E diz que o produto é aprovado pela Anvisa, o que não é verdade. Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 07:26 Assistência médica do futuro Tecnologia oferecerá atendimento de saúde remoto aos pacientes Sabine Righetti e Débora Mismetti/FolhaPress Divulgação A população mundial está envelhecendo e cada vez mais gente vai precisar de assistência médica. A conta não vai fechar se a medicina continuar a ser praticada em consultórios e hospitais. Mas o cenário deve mudar. A análise é de um grupo de especialistas da Ernst & Young, consultoria internacional que atende empresas interessadas em saber para onde vai caminhar o mercado da medicina. De acordo com o trabalho, uma parte importante da assistência médica no futuro será feita no que a Ernst & Young chamou de o “terceiro lugar” (os outros dois são o hospital e o consultório). Esse terceiro lugar seria, por exemplo, a casa do paciente que tem doenças crônicas como diabetes, obesidade e problemas respiratórios - ou onde ele estiver. Por isso, as principais inovações na área de saúde virão de tecnologias que permitam assistência remota, como aplicativos para tablets e para celulares que lembrem o horário de tomar um medicamento, por exemplo. “Hoje, 75% dos custos de assistência médica vêm de doenças crônicas e número tende a aumentar. Esses pacientes não precisam estar no hospital, mas necessitam de acompanhamento”, explica um dos coordenadores do estudo, Glen Giovannetti. “É um tipo de renovação da ideia do ‘médico da família’”, explica o pesquisador Patrick Flochel, da Ernst & Young. “Só que o médico ficará acessível por novas maneiras. Isso causará uma mudança de comportamento do médico e do paciente”, completa Flochel. De acordo com o médico Chao Lung Wen, professor de telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), este monitoramento remoto vai reforçar os vínculos do paciente com os profissionais de saúde, motivando-o a seguir os tratamentos prescritos. Wen é um dos organizadores de um seminário sobre saúde digital e “home care” realizado esta semana na feira Hospitalar, em São Paulo. “Mais de 50% dos tratamentos falham porque as pessoas não entendem como usar o medicamento. Muita gente abre cápsulas de remédio em vez de engolir, o que pode impedir a absorção da droga. A tecnologia vai ajudar a reforçar a compreensão do que foi passado pelo médico”, afirma Wen. O médico da USP está trabalhando em uma parceria com uma operadora de celular para lançar um serviço de “nuvem da saúde”. A ideia é que essa rede de informações médicas esteja acessível em diferentes níveis: um gratuito, com informações de utilidade pública sobre prevenção, vacinas e epidemias, e outros com acesso pago, com assuntos de interesse específico do usuário e participação em grupos de discussão com profissionais de saúde. Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:24 Louco infrator: tratamento precisa melhorar Quando o crime é praticado por um autor com problemas mentais a questão deve ser tratada de forma conjunta Diego Mendes Hesíodo Góes/Arquivo Folha Em Pernambuco, promotor Marcellus Ugiette coordena grupo de trabalho que analisa as condições do tratamento oferecido ao paciente Normalmente, quem está cumprindo pena no Sistema Prisional espera ansiosamente o dia em que será solto. Quando essa data chega, ao estado basta liberar a pessoa, não importa o destino que ele irá tomar. Mas o que fazer quando o autor do delito tem problema mental e foi abandonado pelos familiares? Nesse caso, não se deve simplesmente abrir a porta e mandá-lo embora. Afinal, ele pode voltar a cometer crimes sem acompanhamento médico adequado. Em contrapartida, perpetuar a permanência dele em um hospital de custódia não seria legal e nem humano. A solução para esse impasse, de acordo com os especialistas, passa por uma nova maneira de tratar esse tipo de paciente. Em Pernambuco, o titular da 19ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, promotor Marcellus Ugiette, coordena um grupo de trabalho que vem analisando as condições do tratamento oferecido ao louco infrator. “Quando uma pessoa mentalmente sã comete um crime, esse delito é um problema apenas de segurança pública. Mas no momento em que a infração é praticada por um autor com problemas mentais a questão dever ser tratada de forma conjunta entre os órgãos de segurança e de saúde. A união dessas duas instituições nessa questão pode ser o início de uma mudança”, disse Ugiette. A discussão em torno desse tema vem sendo travada desde a criação da lei 10.216, de 6 de abril de 2001, mais conhecida como a Lei Antimanicomial ou Lei da Reforma Psiquiátrica. Em síntese, ela prevê que o tratamento do louco infrator não deve ficar concentrado no hospital de custódia. Segundo a legislação, outros mecanismos devem fazer parte do processo de integração social, como a criação de uma rede de atenção psicossocial. “Esse cidadão deve ser cuidado de forma integral. Com o apoio de médicos e também dos familiares, em locais adequados”, explicou Marcellus Ugiette. Além da transformação na estrutura de tratamento oferecido pelo Estado, o promotor afirma que a sociedade também deve abordar esse tema de outra forma. “É importante que os loucos infratores não sejam esquecidos, principalmente por seus parentes. Eles devem ser bem cuidados por todos”, disse Ugiette. Esse também é o desejo de quem luta diariamente para melhorar a vida do doente mental, como a psiquiatra Milena França, do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Pernambuco (HCTP-PE). De acordo com a especialista, quando os pacientes recebem a visita de seus familiares regularmente, eles apresentam melhores resultados. Segundo os especialistas, o abandono do louco infrator acontece por dois principais motivos. Primeiro, a maioria dos crimes cometidos por eles ocorre dentro da própria casa e contra um parente. Segundo, algumas pessoas não se sentem confortáveis ao entrar em um hospital psiquiátrico para fazer uma visita. “A soma desses fatores acaba gerando medo e a exclusão do doente do meio familiar”, disse Ugiette. Para o promotor, a reaproximação dessas pessoas pode ser facilitada com a criação de novos espaços de tratamento, como, por exemplo, residências terapêuticas. “Lá, o paciente teria um atendimento mais individualizado já que o número de internos tem que ser menor. Todos se sentiriam mais à vontade e o serviço prestado seria melhor”, analisou. A experiência citada por Marcellus Ugiette já é vivenciada nos estados do Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e Goiás e poderá ser empregada em Pernambuco. “O exemplo mais adequado a nossa realidade é o mineiro. Assim como nosso Estado, lá também existe um HCTP-PE. Porém, foram criadas outras unidades de terapia para abrigar os pacientes que não precisam mais viver sob custódia e não têm onde morar por terem sido abandonados pela família. Essa também pode ser uma saída”, contou o promotor. Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:25 “Investimentos devem ser feitos” De acordo com o médico Feliciano Abdon, a manutenção do HCTP é importante para o sistema, assim como novos investimentos precisam ser feitos nessa área O médico Feliciano Abdon, que há 26 anos exerce a função de perito do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), onde também atuou como diretor em duas oportunidades, afirma que é preciso ter cuidado na hora de sugerir mudança no tratamento do louco infrator. De acordo com ele, a manutenção do HCTP é importante para o sistema, assim como novos investimentos precisam ser feitos nessa área. Reforma psiquiátrica: A reforma tomou um rumo diferente do que deveria ser. Hoje, temos uma reforma desvirtuada onde muita gente que sofre de transtorno psiquiátrico vive nas ruas por causa do fechamento de muitos hospitais. Fico constrangido quando escuto falar que o Movimento Antimanicomial continua. Deveriam fazer um movimento a favor do doente mental. HCTP: O hospital poderia ser mais humanizado, ter uma estrutura bem melhor e uma equipe multidisciplinar como é exigido em um hospital comum. Além disso, os doentes deveriam ficar menos tempo lá. Mas para isso ocorrer, investimentos governamentais devem ser feitos. No meu entendimento, não devem fechar o Hospital de Custódia. O correto seria criar uma rede de atendimento e melhorar o HCTP, pois existem pacientes que precisam ser contidos e levados para lá. Residências Terapêuticas: Se forem bem acompanhados no HCTP, os pacientes emitirão os sintomas causadores do ilícito penal que ele cometeu. Dessa forma, ele voltará à realidade, podendo sim retornar para a família ou à residência terapêutica. Agora, não acho que essas unidades de terapia sozinhas resolverão o problema. Afinal, o paciente tem que ir para lá de forma voluntária e eu sei que isso não vai acontecer. Por isso que o HCTP precisa continuar atuando. Debate: Pessoas que não têm a menor condição de falar sobre assistência psiquiátrica, por mecanismos políticos, ficam tentando conduzir uma reforma com a intenção de acabar progressivamente com os hospitais psiquiátricos. Eles alegam, inclusive, que deveriam ter leitos em hospitais gerais (para os doentes mentais). Ora, não conseguimos transferir o doente psiquiátrico para um hospital geral por que eles (hospitais) não aceitam. Imaginem se vão receber um paciente agitado que quer quebrar tudo. Onde anda a experiência dessas pessoas para falar dessas coisas. Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:35 Pernambuco dispõe apenas do HCTP De acordo com Ivone José de França, devem ser encaminhados ao hospital pacientes que, no tempo que cometeram um crime, não tinham capacidade de entender que estavam pra praticando um ato ilícito Diego Mendes Enquanto especialistas discutem propostas de tratamento para o louco infrator, Pernambuco dispõe, atualmente, de apenas um local para tratar os pacientes, que é o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). A unidade, criada há 30 anos, funciona do Engenho São João, na Ilha de Itamaracá, distante do Recife cerca de 35 quilômetros. Lá, existem quatro pavilhões, sendo três destinados aos homens e um às mulheres. De acordo com o último levantamento feito, estão internadas no HCTP 433 pessoas, quando a capacidade máxima é de 372 internos. De acordo com a diretora do HCTP, Ivone José de França, devem ser encaminhados ao hospital pacientes que, no tempo que cometeram um determinado crime, não tinham capacidade de entender que estavam praticando um ato ilícito. Quando essa incapacidade é comprovada por meio de laudos médicos, o indivíduo passa a ser considerado inimputável. Ou seja, segundo o Artigo 26 do Código Penal, ele não tem responsabilidade penal. Caracterizado a inimputabilidade, o juiz absorve o indivíduo, podendo, nesse caso, aplicar uma medida de segurança. Essa determinação judicial pode ser cumprida em duas modalidades: internação ou tratamento ambulatorial. Nesses casos, o tempo do procedimento varia de um a três anos. Após esse período, o paciente é reavaliado. Dependendo da nova perícia, ele pode ser liberado ou permanecer no HCTP por mais um ano até que uma nova avaliação seja feita. Cumprindo a medida de segurança, estão no HCTP 402 homens e 31 mulheres, com idades que variam entre 26 e 50 anos. Desses, pelo menos 20 já deveriam ter ingressado no Programa de Alta Progressiva, mas como foram abandonados pelos parentes permanecem internados. “O seminário poderá nos ajudar a discutir soluções para esses casos, pois, se residências terapêuticas existissem, eles seriam transferidos para lá”, explicou Ivone França. Enquanto as unidades de assistência psicossocial não saem do papel, assistentes sociais tentam convencer os familiares dos internos abandonados de que eles, bem cuidados e medicados, não oferecem riscos. E enquanto uns rejeitam, outros esperam ansiosamente a liberação do parente. É o caso da dona de casa Elza Maria da Silva, 59, que há quase três anos vai ao HCTP visitar o marido, José Procópio, 68. “Todas as semanas venho visitá-lo. Estamos contando os dias para ele voltar para casa”, revela. A mesma esperança tem Maria Vitória da Silva, 73. Ela tem um filho cumprindo medida de segurança. “Luiz Gonzaga está muito melhor agora. Acho o acompanhamento da família importante”, alerta. Para Ivone França, a presença da família é realmente fundamental no tratamento. Apesar disso, ver os parentes no HCTP é coisa rara. De acordo com uma pesquisa feita pelo promotor da Vara de Execuções Penais, Marcellus Ugiette, 37% dos internos não recebem visitas. Quem sente esse abandono na pele não gosta nem de falar sobre o assunto, como um paciente de 68 anos, que está há 12 anos custodiado. “É melhor mudar de conversa, diz ele. O outro, de 42 anos, diz que em 16 anos só foi visitado uma vez. “Gostaria de ver meus irmãos aqui, mas eles não gostam. É triste”, lamenta. Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 07:27 Ensino da medicina está defasado, aponta artigo Para Rubens Belfort, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mesmo longos, os currículos deixam de fora problemas que os futuros médicos encontrarão Se o atendimento médico está mudando, uma transformação no ensino de profissionais de saúde nas universidades deveria vir a reboque. Mas, de acordo com especialistas, os currículos estão defasados por um lado e mais longos do que o necessário por outro. De acordo com um artigo publicado na revista médica “Jama” por Ezekiel Emanuel, da Universidade da Pensilvânia, e Victor Fuchs, de Stanford, o tempo de formação do médico poderia ser reduzido em 30% sem afetar a qualidade. Para Rubens Belfort, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mesmo longos, os currículos deixam de fora problemas que os futuros médicos encontrarão. “Os alunos gastam tempo aprendendo metodologias diagnósticas que estarão ultrapassadas quando entrarem no mercado”, comenta. Quem também deve mudar de papel no futuro da assistência médica é a indústria farmacêutica. “Não podemos dizer que as farmacêuticas estão em maus lençóis. Mas elas estão começando a se associar com outros setores, como o alimentício, para desenvolver novos produtos”, diz o pesquisador Patrick Flochel, da Ernst & Young. O problema, de acordo com o presidente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o oftalmologista Rubens Belfort, é que os médicos não estão sendo preparados para lidar com as doenças que mais vão predominar no futuro - e que não precisam de hospital. “Os médicos hoje são treinados para salvar vidas em hospitais como faz o House (referindo-se ao médico da série homônima americana)”. “Mas o paciente cada vez mais irá ao hospital só se o tratamento em casa não estiver dando certo”, conclui. Folha de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 07:45 Médicos não podem cobrar extras Pelo Código, operadora deve custear procedimentos firmados em contrato Amanda Souza Arthur Mota/Arquivo Folha José Rangel, do Procon-PE, diz que planos de saúde têm que prestar assistência. “Estamos lidando com vidas Em um país com déficit de assistência médica pública, o serviço de planos privados de saúde praticamente se transformou em uma necessidade básica. No Brasil, cerca de 64 milhões de pessoas utilizam os planos e, com o aumento na demanda pelo serviço, cresce também o número de reclamações sobre as prestadoras. Somente em 2011, foram registradas na Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) 568 queixas contra as operadoras. Este ano, até o fim de abril, 194 queixas já haviam sido registradas. De acordo com o Procon, as denúncias mais comuns contra planos de saúde são os problemas contratuais, a negativa de cobertura, o não cumprimento à oferta e o mau atendimento. No entanto, existem outras atitudes consideradas ilegais na disputa entre médicos e operadoras. Embora não figure no rol das mais comentadas, a cobrança ilegal de procedimentos realizada pelos médicos deve sempre despertar a atenção dos usuários. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, os clientes possuem um contrato implícito firmado com os médicos, que se comprometem à atendê-los por meio do convênio com o plano de saúde. Nessa relação de consumo, protegida pela Constituição Federal e pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), é responsabilidade da operadora pagar os procedimentos estabelecidos em contrato. O CDC explica que a oferta vincula o fornecedor ao seu cumprimento, ou seja, se o profissional se dispôs a atender pelo convênio e faz algum tipo de cobrança extra, ele está ferindo a lei e pode ser punido. “Os conveniados já pagam o plano de saúde e, por isso, não são obrigados a pagar nenhuma taxa por fora. Esse tipo de cobrança é abusiva”, explicou o presidente. “Quem já esteve nessa situação e pagou a consulta pode mover uma ação contra o plano de saúde para pedir o ressarcimento. Já quem foi cobrado e não teve dinheiro para pagar, pode entrar na justiça contra o médico, por dano moral. Vale lembrar que essas orientações são válidas em qualquer situação”, enfatizou Tardin. Para o coordenadorgeral do Procon-PE, José Rangel, as operadoras de planos de saúde devem assegurar assistência médica aos seus clientes e, em casos de cobranças ilegais é necessário que o usuário reúna provas e procure os órgãos competentes, como o Procon, o Ministério Público e a Delegacia do Consumidor. “Quando recebemos reclamações contra planos de saúde, ficamos mais atentos, porque não estamos trabalhando com mercadorias: estamos lidando com vidas”, completou. Diario de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:17 Clube FM chega à Várzea A edição deste mês vai contar com 17 atrações e a apresentação especial de Jota Ferreira Divulgação Fundação Altino Ventura vai oferecer 200 atendimentos O bairro que abriga um acervo histórico, como o instituto de artes, fábricade cerâmicas, a Cúria da Arquidiocese de Olinda e Recife e o Campus da Universidade Federal do Estado, recebe na próxima segunda o projeto Clube FM no Seu Bairro. A localidade escolhida: Várzea, destaca-se por ser o segundo maior bairro de extensão do Recife. Além disso, a gerente comercial das rádios AM e FM, Karina Siqueira, garante que os moradores do bairro não podem deixar de conhecer o projeto porque anovidade desta edição é o incentivo dos patrocinadores em “levar à população uma ação social e de saúde gratuitas”. Entre os patrocinadores estão a TIM, Magazine Luiza, Colgate, ASA e Esposende. Nesta edição, a Fundação Altino Ventura (FAV) e o Instituto de Hematologia do Nordeste (Ihene) estarão, mais uma vez, contribuindo com as ações de saúde no bairro. A fundação irá disponibilizar, a partir da segunda, 200 atendimentos oftalmológicos gratuitos para toda a população. Já o Ihene deve incentivar a doação de sangue dos moradores. Os atendimentos acontecerão no salão paroquial da Várzea, localizado na Rua Francisco Lacerda, nº 357. E para o fechamento da ação comunitária que acontecerá no próximo domingo, dia 3 de junho, o comunicador Jota Ferreira estará no comando do Trio Elétrico Selva Nua News. Serão mais de 17 atrações, com bandas de forró, MCs, DJs e a participação especial de Malu Santana. “É sempre muito gratificante interagir com os ouvintes que comparecem no show”, afirmou o apresentador. A festa de encerramento será na Praça da Várzea, próxima ao terminal de ônibus do bairro. As atrações serão: Voadores do Forró, MC Leozinho, MC Afala e Cazi, MC Da Laje e Abeca, Panda Nosso Romance, Edinho Queiroga, Banda Camelô, Banda Ki-shote, Reci-Samba, Swing da Vila, Banda Metade, Joel Filho, Ariana Costa, Augusto César, Dayane e Banda Absoluta, DJ os Largados e participação especial de Malu Santana. Diario de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:30 Diario urbano Ética anêmica Cuidado: ao abrir o resultado de um exame de ultrassonografia, o senhor ou a senhora pode morrer de susto com a notícia de que sua vesícula biliar, extraída há anos, está lá, vivinha da silva. E antes que se sobreponha a qualquer raciocínio a ideia de que se trata de coisa do SUS, saiba que o “milagre” também ocorre na rede privada, graças ao capricho com que médicos (de uma rede ou de outra) costumam realizar consultas e procedimentos. Caso recente é relatado por uma leitora de Caruaru, ela mesma vítima da descoberta excepcional, logo enxergada como erro médico grosseiro. Há um mês, largou-se para um centro de diagnóstico muito conhecido na cidade, pela moderna estrutura, a fim de fazer USG de abdômen total, e – privilégio para poucos mortais – foi atendida pelo próprio dono da clínica. O choque veio quando, ao abrir o envelope, descobriu que o exame havia ressuscitado sua vesícula biliar, ali descrita como “normal” e com todas as medidas. Ter de volta o órgão não era motivo de desgosto, mas sinal de confusão. E assim, ela resolveu tirar a prova dos nove procurando uma unidade de radiologia digital, onde, finalmente, ficou constatado que falta a muitos médicos a atenção e o respeito que a vida merece: nem sinal de vesícula. Então a mulher concluiu, sem pestanejar, que doente mesmo está a ética, também muito fraquinha quando se trata de órgãos fiscalizadores – esses nunca se curam de uma anemia crônica. Talvez a mulher discorde de Ricardo Paiva, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, que na edição mais recente da revista Movimento Médico classifica a categoria como “solidária com o ser humano”. Há controvérsias. Devagar, devagarinho Depois de enfrentar protestos, nesta semana, por parte de médicos residentes, o Hospital das Clínicas garante que está em andamento a nomeação de quatro anestesistas aprovados no último concurso, com possibilidade de ser concretizada em julho. Mas sanar o déficit desses profissionais, que vem de 2006, só depois de entendimentos com a universidade e o Ministério da Educação. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 09:46 Instituição atende 25 pessoas por dia Durante todo o ano o trabalho na instituição é intenso O Movimento de Combate ao Câncer (MCC) em Petrolina funciona há 14 anos. Parceira da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), a instituição, conta com cerca de 90 voluntários, que trabalham diariamente para apoiar os pacientes atendidos no Centro de Oncologia. Durante todo o ano o trabalho na instituição é intenso. Para conseguir garantir os recursos, os voluntários se reúnem para produzir trabalhos manuais que são vendidos na própria sede do MCC, em feiras de artesanato ou em eventos especiais. Entre os trabalhos feitos pela equipe estão: ponto cruz, macramé, crochê, pano de prato, colares, toalha de banho, colcha de cama e toalhas de mesa. De acordo com Esmelinda Amorim, por mês o MCC gasta em média R$ 20 mil com medicação. “Cada dia que passa nos surpreendemos com o aumento do número de pessoas que nos procuram de várias regiões. Hoje são cerca de 25 pessoas diariamente. Até o dia 15 de maio, tínhamos atendido 2.064 pessoas.” O Forró do Beco é o principal evento da instituição. Segundo Esmelinda é nessa festa que o grupo consegue um bom dinheiro para garantir a medicação dos pacientes durante todo o ano. “Nós fazemos os bordados e participamos de feira e outros eventos, mas nossa renda maior, a que dá realmente o suporte, é o Forró do Beco, por isso, nos empenhamos ainda mais”, declarou a voluntária. Para ajudar a Apami doando remédios, materiais médico-odontológicos, alimentos, móveis e utensílios, ou através de trabalho voluntário, os interessados devem se dirigir à Rua Dr. Pacífico da Luz, 709, Centro. Quem quiser pode ajudar através de depósito em contas correntes da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami): Caixa Econômica Federal Agência: 0812 Conta Corrente: 169-3 Operação: 003 ou por boletos de contribuição. Os que desejam receber o boleto bancário em casa ou na empresa, devem solicitar através do telefone: (87) 3862-8650. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 07:28 JC Nas ruas Lixão na Encruzilhada Três imóveis sem uso na Rua Dr. Enéas de Lucena, em frente ao 120, Encruzilhada, transformaram-se em depósito de lixo e refúgio de pessoas suspeitas. Os entulhos atraem cupins, ratos, baratas e, com as chuvas, também poderão abrigar o mosquito da dengue. Atentado à saúde Meninos transformaram o poluído canal Vasco da Gama-Peixinhos como piscina. Próximo à Vila Saramandaia, eles usam uma corda, pendurada em uma árvore, para se balançar e cair na água fétida. A brincadeira perigosa para saúde é sempre à tarde, entre 15 e 17h. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 07:23 Cláudio Humberto Plantão médico O governo não deu bola, mas a ONG Grupo Otimismo recomenda exames para detectar hepatite C, na faixa de 47 e 67 anos. Os EUA fazem mutirão contra a “doença silenciosa”, mais mortal que a Aids. Jornal do Commercio - PE 27/05/2012 - 09:50 Social Vale Forró do Beco 1 São 350 voluntários, 400 mesas, 300 bolos, 1.200 espetinhos, decoração e brincadeiras para crianças, além do esperado Show com Targino Gondim, 3 Desejos e Jean Mota. Isso é o que oferece o MCC, no Forró do Beco que acontece dia 30 no Iate Clube. Forró do Beco 2 Seus organizadores, comandados por Marisa e Augusto Coelho, esperam arrecadar mais do que ano passado, para o pagamento de medicação aos pacientes em tratamento de câncer. Ingresso a R$ 20 e meia R$ 10. Informações pelo site www.apami.org.br Diario de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:55 Cartas à redação Mais descaso do Sassepe Marquei uma consulta no Grupo Só Saúde para uma cardiologista, no início do mês. Ligou-me a secretária para dizer que a consulta foi desmarcada porque a profissional iria a um congresso. Detalhe: liguei há alguns dias para confirmar a consulta, pois me foi dito que a agenda do Sassepe só é disponibilizada um dia antes, mas não fui atendido! Pergunta-se: como multiplicar elogios ao atendimento do Sassepe, ante essas “coisas” que esse convênio oferece aos usuários? José Bione – Recife Vanguarda - Caruaru - PE 27/05/2012 - 10:38 Novo remédio contra Alzheimer passará por teste na Colômbia A partir do segundo ano, estudo poderá dizer se as drogas estão retardando o declínio na memória Uma pesquisa que pode levar a novos tratamentos para prevenir o Alzheimer em pessoas com propensão genética a ter a doença está começando na Colômbia. A droga será testada em pessoas sem sintomas da doença mas que, por razões genéticas, estão destinadas a desenvolver demência a partir dos 45 anos. A fase inicial do estudo vai incluir 300 de 5 mil membros de uma família de Medellín e vilarejos próximos à cidade colombiana. Acredita-se que o grupo tenha mais membros com Alzheimer do que qualquer outra família do mundo. O ensaio clínico de US$ 100 milhões vai levar cinco anos, mas resultados preliminares a partir do segundo ano do estudo já poderão dizer se as drogas estão ajudando a retardar o declínio na memória e as mudanças no cérebro dos portadores do gene da doença, segundo Eric Reiman, diretor-executivo do Instituto de Alzheimer Banner, em Phoenix, e líder da pesquisa. Alguns americanos com genes do Alzheimer também serão incluídos, como parte do plano nacional dos EUA para combater a demência. Outro teste deverá estudar os efeitos do remédio em pessoas com risco de Alzheimer "convencional". A droga, o crenezumabe, ataca as placas amiloides no cérebro, formações ligadas aos problemas cerebrais da doença. Se o remédio for eficaz, será possível prevenir ou atrasar os danos da doença. O teste poderia ser considerado controverso por ocorrer em um país em desenvolvimento, entre pessoas com baixa renda e um histórico de superstições sobre a doença, conhecida como "la bobera". "A primeira coisa que fiz foi me perguntar se estávamos tirando proveito dessas pessoas. A resposta foi não", afirma Richard Scheller, da empresa Genentech. Se nada fosse feito, diz ele, essas pessoas ficariam doentes. ALZHEIMER A doença de Alzheimer provoca progressiva e inexorável deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio. Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos. Não se conhece a causa específica da doença de Alzheimer. Parece haver certa predisposição genética para seu aparecimento. Nesses casos, ela pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos. Pesquisadores levantam a hipótese de que algum vírus e a deficiência de certas enzimas e proteínas estejam envolvidos na etiologia da doença. Outros especulam que a exposição ao alumínio e seu depósito no cérebro possam contribuir para a instalação do quadro, mas não foi estabelecida nenhuma relação segura de causa e efeito a respeito disso. Os sintomas são: estágio inicial - alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais; forma moderada - dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, além de agitação e insônia; forma grave - resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva; terminal - restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes. Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer. A doença só pode ser realmente diagnosticada na autopsia. Médicos baseiam o diagnóstico no levantamento minucioso do histórico pessoal e familiar, em testes psicológicos e por exclusão de outros tipos de doenças mentais. Mesmo assim, estima-se que o diagnóstico possa estar equivocado em 10% dos casos. Até o momento, a doença permanece sem cura. O objetivo do tratamento é minorar os sintomas. Diario de Pernambuco - PE 27/05/2012 - 08:59 Cheque caução na urgência é crime Ministério da Saúde tomou a iniciativa do projeto como mais uma medida para reestruturar os serviços de saúde de urgência e emergência no Brasil Alexandre Padilha Ministro da Saúde O Congresso aprovou projeto da presidenta Dilma que transforma em crime qualquer exigência de cheque caução, promissória ou preenchimento de formulário antes do atendimento de uma pessoa em situação de urgência-emergência em um pronto-socorro. A pena é de pagamento multa e prisão de três meses a um ano – prazo que pode triplicar caso a omissão de atendimento leve à morte. Transformar esta prática em crime foi o primeiro passo, mas cabe a todos nós, gestores e profissionais de saúde, sociedade, ministério público, judiciário e polícia, fiscalizar, denunciar e punir as irregularidades. O Ministério da Saúde tomou a iniciativa do projeto como mais uma medida para reestruturar os serviços de saúde de urgência e emergência no Brasil. Com a lei, fica claro que salvar a vida de uma pessoa deve sempre vir antes do que qualquer outro interesse econômico, gerando um instrumento para a punição efetiva daqueles que não seguirem a regra. Respeitamos a participação de instituições privadas no setor, mas a vida não pode ser vista como mercadoria. Ela tem que ser defendida e protegida. Outra ação para aperfeiçoar o atendimento na rede particular é que, desde janeiro de 2012, os planos de saúde têm de cumprir regras da ANS sobre prazo máximo para marcação de consultas, exames e cirurgias. Criamos, também, um programa que estipula metas de qualidade e ressarcimento ao SUS, que em 2011 foi recorde ao somar R$ 97 milhões. Na rede pública, estamos trabalhando para aperfeiçoar a rede de atendimento às urgências. Exemplo deste compromisso é a expansão das Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), que oferecem consultas e tratamentos intermediários, resolvendo até 97% dos casos que atendem. Também estabelecemos novos incentivos para mutirões de cirurgias eletivas, que aumentaram em 96,4% o número de cirurgias de catarata de 2010 para 2011. O Ministério da Saúde também estabeleceu um novo instrumento que contribui para avaliar o atendimento na rede pública de saúde, que é a carta SUS. Desde janeiro, ela chega à casa de todo o paciente internado na rede pública. O que queremos é ouvir o usuário para contribuir na fiscalização, punir irregularidades, identificar o que precisa ser melhorado e premiar quem atende bem à população. Sabemos que novas unidades de saúde para cobrir o acesso tão desigual são fundamentais. Mas a alma de um bom serviço de saúde são seus profissionais. Projeto do Ministério da Saúde com hospitais brasileiros de excelência para capacitação e reorganização do atendimento a infarto nas urgências e emergências do SUS foi mundialmente reconhecido pela Sociedade Internacional de Cardiologia. Termos mais médicos, mais qualificados e mais perto de onde a população precisa é essencial para darmos mais um passo na proteção e defesa da vida.