27.05.2012 clipping eletrônico SES

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Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:07
Seleção oferece vagas para farmacêuticos e enfermeiros
Ao todo, serão contratados 12 profissionais, com salário base de R$ 2,4 mil
Ana Laura Farias
Doze oportunidades para profissionais de saúde em Pernambuco. São oito vagas para
farmacêuticos e quatro para enfermeiros. A seleção será feita via análise de currículo e
tem validade de dois anos, prorrogável por igual período. O aprovados irão trabalhar na
Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), com salário base de R$
2.458,67. É necessário ter experiência mínima de seis meses na área. Entre as
atribuições dos cargos estão a participação na ações desenvolvidas pela Apevisa,
participar da elaboração de relatórios, de laudos técnicos, e realizar fiscalizações.
Os enfermeiros devem ter experiência na área hospitalar e os farmacêuticos precisam ter
atuado na área de medicamentos. As inscrições poderão ser realizadas via Sedex, com
aviso de recebimento (AR), encaminhado à Agência Pernambucana de Vigilância
Sanitária (Apevisa), situada na Praça Oswaldo Cruz, s/nº, Boa Vista, Recife/PE CEP52050-210. O prazo de envio é até esta quinta-feira, dia 31. No envelope, devem
constar, na parte externa, os termos “Seleção Pública Simplificada para Apevisa Farmacêutico” ou “Seleção Pública Simplificada para Apevisa - Nutricionista”.
No ato da inscrição, é necessário apresentar os seguintes documentos: carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), Certidões e/ou declarações que deverão ser
emitidas em papel timbrado da instituição, datada e assinada, em que conste o cargo
para o qual concorre, período e atividades desenvolvidas, certidão e/ou declaração,
comprovante de pagamento desde que conste a data de ingresso na função e na
instituição, mês de referência e função para a qual concorre. A seleção reserva 3% das
vagas para portadores de necessidades especiais. O resultado final será divulgado no site
www.saude.pe.gov.br, no dia 2 de junho.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 07:54
Dia a Dia
en passant
Profissionais de saúde do Hospital da Restauração organizam arraial, dia 8 de junho, no
Clube Alemão, com verba dos ingressos destinadas às crianças internadas.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 07:10
JC Negócios
Concurseiro esnoba até Hemobrás
O presidente da Hemobras, Romulo Maciel Filho, não consegue preencher as 87 vagas
que tem. Dos 250 que passaram no concurso público,só 49 aceitaram o salário.
Vanguarda - Caruaru - PE
27/05/2012 - 10:22
SES prorroga inscrição para seleção pública
Os interessados devem fazer a inscrição até a próxima sexta-feira, 1º de junho
Wagner Gil
Com o objetivo de reforçar o quadro de médicos nas principais emergências do Estado,
a Secretaria de Saúde (SES) prorrogou as inscrições para seleção pública simplificada,
quando serão contratados 60 médicos divididos nas seguintes especialidades: 22
pediatras, 29 médicos tocoginecologistas, três neurologistas, três cirurgiões gerais, dois
neurocirurgiões e um médico intensivista adulto. As informações da prorrogação foram
divulgadas no site da Secretaria Estadual de Saúde.
Como a seleção é simplificada e através de avaliação curricular, os interessados podem
fazer a inscrição até o próximo dia 1º de junho. Os médicos contratados irão atuar nos
hospitais regionais Professor Agamenon Magalhães, em Serra Talhada; Inácio de Sá,
em Salgueiro; Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira; Ruy de Barros Correia, em
Arcoverde; Dom Moura, em Garanhuns, e em Caruaru no Regional Agreste, maior
emergência do Interior do Estado. Alguns profissionais selecionados também irão atuar
no Hemope.
As inscrições podem ser realizadas via Sedex, com aviso de recebimento (AR)
endereçado à Diretoria Geral de Gestão do Trabalho, na sede da SES, na rua Dona
Maria Augusta Nogueira, 519 - Bongi, Recife, CEP: 50.751-530, ou de forma presencial
nos locais e horários informados no edital. A divulgação do resultado final será em 28
de junho. Para participar da seleção, os médicos interessados devem ter diploma ou
declaração de conclusão do curso de Medicina, emitida por instituição reconhecida pelo
Ministério da Educação (MEC); carteira do Conselho Regional de Medicina de
Pernambuco e/ou declaração de inscrição; e comprovação de experiência de, no
mínimo, seis meses, na área para a qual concorre.
Os profissionais selecionados irão receber salário base de R$ 5,5 mil, já incluída a
gratificação de plantão, e terão jornada de trabalho em regime de plantão, sendo um de
24 horas semanais ou dois plantões de 12 horas semanais. O contrato tem duração de 24
meses e pode ser prorrogado pelo mesmo período. A seleção será realizada em uma
única etapa pela avaliação curricular e terá caráter classificatório e eliminatório. Para
mais informações sobre, os interessados podem ligar para o telefone 3184-0018 ou
acessar o site da SES: www.saude.pe.gov.br.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 09:42
Juazeiro prorroga para até dia 1º a vacinação contra a gripe
Prefeitura local avisa aos moradores que ainda não se vacinaram que procurarem os
postos de saúde, na zona urbana, das 8h às 12h e das 14h às 17h e no interior, das 8h às
14h.
A Campanha de Vacinação contra Gripe na cidade de Juazeiro, que seria encerrada na
última sexta-feira (dia 25) foi prorrogada até o dia 1º de junho (próxima sexta-feira).
Quase 14 mil pessoas foram imunizadas até ao último dia 18, uma cobertura de 48,4%,
segundo dados da Secretaria de Saúde. A prefeitura local avisa aos moradores que
ainda não se vacinaram que procurarem os postos de saúde, na zona urbana, das 8h às
12h e das 14h às 17h e no interior, das 8h às 14h. A vacina está sendo disponibilizada
aos idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, gestantes, crianças de seis
meses a menores de 2 anos e indígenas. A meta do governo municipal é imunizar 22,6
mil pessoas, 80% do público. “Ainda não atingimos a cobertura ideal e por isso estamos
prorrogando a campanha. Continuamos reforçando nosso convite para os que ainda não
receberam a proteção. A vacina é necessária para que as complicações causadas pelo
vírus da gripe sejam evitadas”, frisou o diretor de Promoção e Vigilância à Saúde,
Mário Machado.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 08:16
Remédios na web, saúde em perigo
Estudo encomendado pelo Ministério da Saúde descobriu que criminosos falsificam até
as marcas do governo para vender medicamentos falsos ou sem registro
Evandro Éboli
Um trabalho encomendado pelo Ministério da Saúde detectou que empresas que operam
mercado paralelo na internet de venda ilegal de medicamentos, de inibidores de apetites,
de esteroides anabolizantes, de abortivos e de receita azul fazem uso criminoso de
logomarcas oficiais. Foi identificado até um perfil falso do ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, no Twitter. Esses são alguns resultados do minucioso levantamento
“Fiscalização digital: ameaças à saúde coletiva na internet”, encomendado a uma
empresa privada especializada nessa área digital.
O estudo foi entregue ao ministério em março. Na internet, os criminosos usam
símbolos e logomarcas de serviços e produtos do ministério e enganam os consumidores
com anúncios de que os medicamentos têm o registro da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Foram contabilizadas a existência de 1.200 sites ilegais.
De medicamentos abortivos, em especial Cytotec, foram identificados 359 sites (30%
do total), de inibidores de apetite, 382 (32%), de esteroides anabolizantes, 258 (22%),
de fitoterápicos, 159 (13%), e de venda de receita azul, 41 sites (3%).
No caso do abortivo, a empresa contratada para fazer essa varredura na internet chega a
calcular que o gasto com internações por problemas decorridos do uso do Cytotec chega
a R$ 13,4 milhões por ano. O faturamento ilegal com anabolizantes, no período de um
ano da aferição, foi estimado em R$ 153 milhões. Com anorexígenos, o mercado ilegal
faturaria R$ 82,4 milhões.
O trabalho concluiu que há, nas redes sociais, “drogarias online”, com práticas
criminosas. “O físico e o virtual se misturam: ‘consultas’ médicas são feitas online,
medicamentos falsificados são comprados através da internet e enviados para endereços
reais. A ‘farmácia’ que vende produtos controlados sem receita está na rede.”
“A indústria de medicamentos falsificados é fomentada pela busca por medicamentos
proibidos, pela falta de fiscalização na internet, pelos preços abaixo do mercado regular,
e pela desinformação da população”, diz o estudo.
Parte dos problemas de saúde pública do Brasil está, de alguma maneira, associada à
internet: abortos ilegais, compra de remédios falsificados, intoxicação por
medicamentos falsificados e desenvolvimento de doenças devido à ingestão de
medicamentos sem acompanhamento médico.
O trabalho monitorou as principais marcas do ministério, como UPA, Farmácia
Popular, Saúde da Família, SUS e Samu. Os produtos se apresentam assim na internet:
“Cenaless, o segredo para seu emagrecimento. Auxilia na busca do corpo belo.
Bumbum perfeito: apareça na praia com um corpo de causar inveja”. E diz que o
produto é aprovado pela Anvisa, o que não é verdade.
Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 07:26
Assistência médica do futuro
Tecnologia oferecerá atendimento de saúde remoto aos pacientes
Sabine Righetti e Débora Mismetti/FolhaPress
Divulgação
A população mundial está envelhecendo e cada
vez mais gente vai precisar de assistência
médica. A conta não vai fechar se a medicina
continuar a ser praticada em consultórios e
hospitais. Mas o cenário deve mudar. A análise
é de um grupo de especialistas da Ernst &
Young, consultoria internacional que atende
empresas interessadas em saber para onde vai
caminhar o mercado da medicina.
De acordo com o trabalho, uma parte importante da assistência médica no futuro será
feita no que a Ernst & Young chamou de o “terceiro lugar” (os outros dois são o
hospital e o consultório). Esse terceiro lugar seria, por exemplo, a casa do paciente que
tem doenças crônicas como diabetes, obesidade e problemas respiratórios - ou onde ele
estiver.
Por isso, as principais inovações na área de saúde virão de tecnologias que permitam
assistência remota, como aplicativos para tablets e para celulares que lembrem o horário
de tomar um medicamento, por exemplo. “Hoje, 75% dos custos de assistência médica
vêm de doenças crônicas e número tende a aumentar. Esses pacientes não precisam estar
no hospital, mas necessitam de acompanhamento”, explica um dos coordenadores do
estudo, Glen Giovannetti.
“É um tipo de renovação da ideia do ‘médico da família’”, explica o pesquisador Patrick
Flochel, da Ernst & Young. “Só que o médico ficará acessível por novas maneiras. Isso
causará uma mudança de comportamento do médico e do paciente”, completa Flochel.
De acordo com o médico Chao Lung Wen, professor de telemedicina da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP), este monitoramento remoto vai reforçar
os vínculos do paciente com os profissionais de saúde, motivando-o a seguir os
tratamentos prescritos. Wen é um dos organizadores de um seminário sobre saúde
digital e “home care” realizado esta semana na feira Hospitalar, em São Paulo.
“Mais de 50% dos tratamentos falham porque as pessoas não entendem como usar o
medicamento. Muita gente abre cápsulas de remédio em vez de engolir, o que pode
impedir a absorção da droga. A tecnologia vai ajudar a reforçar a compreensão do que
foi passado pelo médico”, afirma Wen.
O médico da USP está trabalhando em uma parceria com uma operadora de celular para
lançar um serviço de “nuvem da saúde”. A ideia é que essa rede de informações
médicas esteja acessível em diferentes níveis: um gratuito, com informações de
utilidade pública sobre prevenção, vacinas e epidemias, e outros com acesso pago, com
assuntos de interesse específico do usuário e participação em grupos de discussão com
profissionais de saúde.
Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:24
Louco infrator: tratamento precisa melhorar
Quando o crime é praticado por um autor com problemas mentais a questão deve ser
tratada de forma conjunta
Diego Mendes
Hesíodo Góes/Arquivo Folha
Em Pernambuco, promotor
Marcellus Ugiette coordena grupo
de trabalho que analisa as
condições do tratamento oferecido
ao paciente
Normalmente, quem está cumprindo pena no
Sistema Prisional espera ansiosamente o dia
em que será solto. Quando essa data chega, ao
estado basta liberar a pessoa, não importa o
destino que ele irá tomar. Mas o que fazer
quando o autor do delito tem problema mental
e foi abandonado pelos familiares? Nesse caso,
não se deve simplesmente abrir a porta e
mandá-lo embora. Afinal, ele pode voltar a
cometer crimes sem acompanhamento médico
adequado. Em contrapartida, perpetuar a
permanência dele em um hospital de custódia
não seria legal e nem humano. A solução para
esse impasse, de acordo com os especialistas,
passa por uma nova maneira de tratar esse tipo
de paciente.
Em Pernambuco, o titular da 19ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, promotor
Marcellus Ugiette, coordena um grupo de trabalho que vem analisando as condições do
tratamento oferecido ao louco infrator. “Quando uma pessoa mentalmente sã comete um
crime, esse delito é um problema apenas de segurança pública. Mas no momento em
que a infração é praticada por um autor com problemas mentais a questão dever ser
tratada de forma conjunta entre os órgãos de segurança e de saúde. A união dessas duas
instituições nessa questão pode ser o início de uma mudança”, disse Ugiette.
A discussão em torno desse tema vem sendo travada desde a criação da lei 10.216, de 6
de abril de 2001, mais conhecida como a Lei Antimanicomial ou Lei da Reforma
Psiquiátrica. Em síntese, ela prevê que o tratamento do louco infrator não deve ficar
concentrado no hospital de custódia. Segundo a legislação, outros mecanismos devem
fazer parte do processo de integração social, como a criação de uma rede de atenção
psicossocial. “Esse cidadão deve ser cuidado de forma integral. Com o apoio de
médicos e também dos familiares, em locais adequados”, explicou Marcellus Ugiette.
Além da transformação na estrutura de tratamento oferecido pelo Estado, o promotor
afirma que a sociedade também deve abordar esse tema de outra forma. “É importante
que os loucos infratores não sejam esquecidos, principalmente por seus parentes. Eles
devem ser bem cuidados por todos”, disse Ugiette. Esse também é o desejo de quem
luta diariamente para melhorar a vida do doente mental, como a psiquiatra Milena
França, do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Pernambuco (HCTP-PE).
De acordo com a especialista, quando os pacientes recebem a visita de seus familiares
regularmente, eles apresentam melhores resultados.
Segundo os especialistas, o abandono do louco infrator acontece por dois principais
motivos. Primeiro, a maioria dos crimes cometidos por eles ocorre dentro da própria
casa e contra um parente. Segundo, algumas pessoas não se sentem confortáveis ao
entrar em um hospital psiquiátrico para fazer uma visita. “A soma desses fatores acaba
gerando medo e a exclusão do doente do meio familiar”, disse Ugiette.
Para o promotor, a reaproximação dessas pessoas pode ser facilitada com a criação de
novos espaços de tratamento, como, por exemplo, residências terapêuticas. “Lá, o
paciente teria um atendimento mais individualizado já que o número de internos tem
que ser menor. Todos se sentiriam mais à vontade e o serviço prestado seria melhor”,
analisou.
A experiência citada por Marcellus Ugiette já é vivenciada nos estados do Rio de
Janeiro, Brasília, Minas Gerais e Goiás e poderá ser empregada em Pernambuco. “O
exemplo mais adequado a nossa realidade é o mineiro. Assim como nosso Estado, lá
também existe um HCTP-PE. Porém, foram criadas outras unidades de terapia para
abrigar os pacientes que não precisam mais viver sob custódia e não têm onde morar por
terem sido abandonados pela família. Essa também pode ser uma saída”, contou o
promotor.
Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:25
“Investimentos devem ser feitos”
De acordo com o médico Feliciano Abdon, a manutenção do HCTP é importante para o
sistema, assim como novos investimentos precisam ser feitos nessa área
O médico Feliciano Abdon, que há 26 anos exerce a função de perito do Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), onde também atuou como diretor em duas
oportunidades, afirma que é preciso ter cuidado na hora de sugerir mudança no
tratamento do louco infrator. De acordo com ele, a manutenção do HCTP é importante
para o sistema, assim como novos investimentos precisam ser feitos nessa área.
Reforma psiquiátrica: A reforma tomou um rumo diferente do que deveria ser. Hoje,
temos uma reforma desvirtuada onde muita gente que sofre de transtorno psiquiátrico
vive nas ruas por causa do fechamento de muitos hospitais. Fico constrangido quando
escuto falar que o Movimento Antimanicomial continua. Deveriam fazer um
movimento a favor do doente mental.
HCTP: O hospital poderia ser mais humanizado, ter uma estrutura bem melhor e uma
equipe multidisciplinar como é exigido em um hospital comum. Além disso, os doentes
deveriam ficar menos tempo lá. Mas para isso ocorrer, investimentos governamentais
devem ser feitos. No meu entendimento, não devem fechar o Hospital de Custódia. O
correto seria criar uma rede de atendimento e melhorar o HCTP, pois existem pacientes
que precisam ser contidos e levados para lá.
Residências Terapêuticas: Se forem bem acompanhados no HCTP, os pacientes
emitirão os sintomas causadores do ilícito penal que ele cometeu. Dessa forma, ele
voltará à realidade, podendo sim retornar para a família ou à residência terapêutica.
Agora, não acho que essas unidades de terapia sozinhas resolverão o problema. Afinal,
o paciente tem que ir para lá de forma voluntária e eu sei que isso não vai acontecer. Por
isso que o HCTP precisa continuar atuando.
Debate: Pessoas que não têm a menor condição de falar sobre assistência psiquiátrica,
por mecanismos políticos, ficam tentando conduzir uma reforma com a intenção de
acabar progressivamente com os hospitais psiquiátricos. Eles alegam, inclusive, que
deveriam ter leitos em hospitais gerais (para os doentes mentais). Ora, não conseguimos
transferir o doente psiquiátrico para um hospital geral por que eles (hospitais) não
aceitam. Imaginem se vão receber um paciente agitado que quer quebrar tudo. Onde
anda a experiência dessas pessoas para falar dessas coisas.
Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:35
Pernambuco dispõe apenas do HCTP
De acordo com Ivone José de França, devem ser encaminhados ao hospital pacientes
que, no tempo que cometeram um crime, não tinham capacidade de entender que
estavam pra praticando um ato ilícito
Diego Mendes
Enquanto especialistas discutem propostas de tratamento para o louco infrator,
Pernambuco dispõe, atualmente, de apenas um local para tratar os pacientes, que é o
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). A unidade, criada há 30 anos,
funciona do Engenho São João, na Ilha de Itamaracá, distante do Recife cerca de 35
quilômetros. Lá, existem quatro pavilhões, sendo três destinados aos homens e um às
mulheres. De acordo com o último levantamento feito, estão internadas no HCTP 433
pessoas, quando a capacidade máxima é de 372 internos.
De acordo com a diretora do HCTP, Ivone José de França, devem ser encaminhados ao
hospital pacientes que, no tempo que cometeram um determinado crime, não tinham
capacidade de entender que estavam praticando um ato ilícito. Quando essa
incapacidade é comprovada por meio de laudos médicos, o indivíduo passa a ser
considerado inimputável. Ou seja, segundo o Artigo 26 do Código Penal, ele não tem
responsabilidade penal.
Caracterizado a inimputabilidade, o juiz absorve o indivíduo, podendo, nesse caso,
aplicar uma medida de segurança. Essa determinação judicial pode ser cumprida em
duas modalidades: internação ou tratamento ambulatorial. Nesses casos, o tempo do
procedimento varia de um a três anos. Após esse período, o paciente é reavaliado.
Dependendo da nova perícia, ele pode ser liberado ou permanecer no HCTP por mais
um ano até que uma nova avaliação seja feita.
Cumprindo a medida de segurança, estão no HCTP 402 homens e 31 mulheres, com
idades que variam entre 26 e 50 anos. Desses, pelo menos 20 já deveriam ter ingressado
no Programa de Alta Progressiva, mas como foram abandonados pelos parentes
permanecem internados. “O seminário poderá nos ajudar a discutir soluções para esses
casos, pois, se residências terapêuticas existissem, eles seriam transferidos para lá”,
explicou Ivone França.
Enquanto as unidades de assistência psicossocial não saem do papel, assistentes sociais
tentam convencer os familiares dos internos abandonados de que eles, bem cuidados e
medicados, não oferecem riscos. E enquanto uns rejeitam, outros esperam ansiosamente
a liberação do parente.
É o caso da dona de casa Elza Maria da Silva, 59, que há quase três anos vai ao HCTP
visitar o marido, José Procópio, 68. “Todas as semanas venho visitá-lo. Estamos
contando os dias para ele voltar para casa”, revela. A mesma esperança tem Maria
Vitória da Silva, 73. Ela tem um filho cumprindo medida de segurança. “Luiz Gonzaga
está muito melhor agora. Acho o acompanhamento da família importante”, alerta.
Para Ivone França, a presença da família é realmente fundamental no tratamento.
Apesar disso, ver os parentes no HCTP é coisa rara. De acordo com uma pesquisa feita
pelo promotor da Vara de Execuções Penais, Marcellus Ugiette, 37% dos internos não
recebem visitas. Quem sente esse abandono na pele não gosta nem de falar sobre o
assunto, como um paciente de 68 anos, que está há 12 anos custodiado. “É melhor
mudar de conversa, diz ele. O outro, de 42 anos, diz que em 16 anos só foi visitado uma
vez. “Gostaria de ver meus irmãos aqui, mas eles não gostam. É triste”, lamenta.
Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 07:27
Ensino da medicina está defasado, aponta artigo
Para Rubens Belfort, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mesmo longos,
os currículos deixam de fora problemas que os futuros médicos encontrarão
Se o atendimento médico está mudando, uma transformação no ensino de profissionais
de saúde nas universidades deveria vir a reboque. Mas, de acordo com especialistas, os
currículos estão defasados por um lado e mais longos do que o necessário por outro. De
acordo com um artigo publicado na revista médica “Jama” por Ezekiel Emanuel, da
Universidade da Pensilvânia, e Victor Fuchs, de Stanford, o tempo de formação do
médico poderia ser reduzido em 30% sem afetar a qualidade.
Para Rubens Belfort, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mesmo longos,
os currículos deixam de fora problemas que os futuros médicos encontrarão. “Os alunos
gastam tempo aprendendo metodologias diagnósticas que estarão ultrapassadas quando
entrarem no mercado”, comenta.
Quem também deve mudar de papel no futuro da assistência médica é a indústria
farmacêutica. “Não podemos dizer que as farmacêuticas estão em maus lençóis. Mas
elas estão começando a se associar com outros setores, como o alimentício, para
desenvolver novos produtos”, diz o pesquisador Patrick Flochel, da Ernst & Young.
O problema, de acordo com o presidente da Associação Paulista para o
Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o oftalmologista Rubens Belfort, é que os
médicos não estão sendo preparados para lidar com as doenças que mais vão
predominar no futuro - e que não precisam de hospital. “Os médicos hoje são treinados
para salvar vidas em hospitais como faz o House (referindo-se ao médico da série
homônima americana)”. “Mas o paciente cada vez mais irá ao hospital só se o
tratamento em casa não estiver dando certo”, conclui.
Folha de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 07:45
Médicos não podem cobrar extras
Pelo Código, operadora deve custear procedimentos firmados em contrato
Amanda Souza
Arthur Mota/Arquivo Folha
José Rangel, do Procon-PE, diz que
planos de saúde têm que prestar
assistência. “Estamos lidando com
vidas
Em um país com déficit de assistência médica
pública, o serviço de planos privados de saúde
praticamente se transformou em uma
necessidade básica. No Brasil, cerca de 64
milhões de pessoas utilizam os planos e, com o
aumento na demanda pelo serviço, cresce
também o número de reclamações sobre as
prestadoras. Somente em 2011, foram
registradas na Coordenadoria Estadual de
Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE)
568 queixas contra as operadoras. Este ano, até
o fim de abril, 194 queixas já haviam sido
registradas. De acordo com o Procon, as
denúncias mais comuns contra planos de saúde são os problemas contratuais, a negativa
de cobertura, o não cumprimento à oferta e o mau atendimento.
No entanto, existem outras atitudes consideradas ilegais na disputa entre médicos e
operadoras. Embora não figure no rol das mais comentadas, a cobrança ilegal de
procedimentos realizada pelos médicos deve sempre despertar a atenção dos usuários.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de
Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, os clientes possuem um contrato implícito
firmado com os médicos, que se comprometem à atendê-los por meio do convênio com
o plano de saúde. Nessa relação de consumo, protegida pela Constituição Federal e pelo
Código de Defesa do Consumidor (CDC), é responsabilidade da operadora pagar os
procedimentos estabelecidos em contrato. O CDC explica que a oferta vincula o
fornecedor ao seu cumprimento, ou seja, se o profissional se dispôs a atender pelo
convênio e faz algum tipo de cobrança extra, ele está ferindo a lei e pode ser punido.
“Os conveniados já pagam o plano de saúde e, por isso, não são obrigados a pagar
nenhuma taxa por fora. Esse tipo de cobrança é abusiva”, explicou o presidente.
“Quem já esteve nessa situação e pagou a consulta pode mover uma ação contra o plano
de saúde para pedir o ressarcimento. Já quem foi cobrado e não teve dinheiro para
pagar, pode entrar na justiça contra o médico, por dano moral. Vale lembrar que essas
orientações são válidas em qualquer situação”, enfatizou Tardin. Para o coordenadorgeral do Procon-PE, José Rangel, as operadoras de planos de saúde devem assegurar
assistência médica aos seus clientes e, em casos de cobranças ilegais é necessário que o
usuário reúna provas e procure os órgãos competentes, como o Procon, o Ministério
Público e a Delegacia do Consumidor. “Quando recebemos reclamações contra planos
de saúde, ficamos mais atentos, porque não estamos trabalhando com mercadorias:
estamos lidando com vidas”, completou.
Diario de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:17
Clube FM chega à Várzea
A edição deste mês vai contar com 17 atrações e a apresentação especial de Jota
Ferreira
Divulgação
Fundação Altino Ventura
vai oferecer 200 atendimentos
O bairro que abriga um acervo histórico, como o
instituto de artes, fábricade cerâmicas, a Cúria da
Arquidiocese de Olinda e Recife e o Campus da
Universidade Federal do Estado, recebe na próxima
segunda o projeto Clube FM no Seu Bairro. A
localidade escolhida: Várzea, destaca-se por ser o
segundo maior bairro de extensão do Recife.
Além disso, a gerente comercial das rádios AM e
FM, Karina Siqueira, garante que os moradores do
bairro não podem deixar de conhecer o projeto
porque anovidade desta edição é o incentivo dos
patrocinadores em “levar à população uma ação
social e de saúde gratuitas”. Entre os patrocinadores
estão a TIM, Magazine Luiza, Colgate, ASA e
Esposende. Nesta edição, a Fundação Altino
Ventura (FAV) e o Instituto de Hematologia do Nordeste (Ihene) estarão, mais uma
vez, contribuindo com as ações de saúde no bairro.
A fundação irá disponibilizar, a partir da segunda, 200 atendimentos oftalmológicos
gratuitos para toda a população. Já o Ihene deve incentivar a doação de sangue dos
moradores. Os atendimentos acontecerão no salão paroquial da Várzea, localizado na
Rua Francisco Lacerda, nº 357.
E para o fechamento da ação comunitária que acontecerá no próximo domingo, dia 3 de
junho, o comunicador Jota Ferreira estará no comando do Trio Elétrico Selva Nua
News. Serão mais de 17 atrações, com bandas de forró, MCs, DJs e a participação
especial de Malu Santana. “É sempre muito gratificante interagir com os ouvintes que
comparecem no show”, afirmou o apresentador. A festa de encerramento será na Praça
da Várzea, próxima ao terminal de ônibus do bairro. As atrações serão: Voadores do
Forró, MC Leozinho, MC Afala e Cazi, MC Da Laje e Abeca, Panda Nosso Romance,
Edinho Queiroga, Banda Camelô, Banda Ki-shote, Reci-Samba, Swing da Vila, Banda
Metade, Joel Filho, Ariana Costa, Augusto César, Dayane e Banda Absoluta, DJ os
Largados e participação especial de Malu Santana.
Diario de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:30
Diario urbano
Ética anêmica
Cuidado: ao abrir o resultado de um exame de ultrassonografia, o senhor ou a senhora
pode morrer de susto com a notícia de que sua vesícula biliar, extraída há anos, está lá,
vivinha da silva. E antes que se sobreponha a qualquer raciocínio a ideia de que se trata
de coisa do SUS, saiba que o “milagre” também ocorre na rede privada, graças ao
capricho com que médicos (de uma rede ou de outra) costumam realizar consultas e
procedimentos. Caso recente é relatado por uma leitora de Caruaru, ela mesma vítima
da descoberta excepcional, logo enxergada como erro médico grosseiro. Há um mês,
largou-se para um centro de diagnóstico muito conhecido na cidade, pela moderna
estrutura, a fim de fazer USG de abdômen total, e – privilégio para poucos mortais – foi
atendida pelo próprio dono da clínica. O choque veio quando, ao abrir o envelope,
descobriu que o exame havia ressuscitado sua vesícula biliar, ali descrita como
“normal” e com todas as medidas. Ter de volta o órgão não era motivo de desgosto, mas
sinal de confusão. E assim, ela resolveu tirar a prova dos nove procurando uma unidade
de radiologia digital, onde, finalmente, ficou constatado que falta a muitos médicos a
atenção e o respeito que a vida merece: nem sinal de vesícula. Então a mulher concluiu,
sem pestanejar, que doente mesmo está a ética, também muito fraquinha quando se trata
de órgãos fiscalizadores – esses nunca se curam de uma anemia crônica. Talvez a
mulher discorde de Ricardo Paiva, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de
Pernambuco, que na edição mais recente da revista Movimento Médico classifica a
categoria como “solidária com o ser humano”. Há controvérsias.
Devagar, devagarinho
Depois de enfrentar protestos, nesta semana, por parte de médicos residentes, o
Hospital das Clínicas garante que está em andamento a nomeação de quatro anestesistas
aprovados no último concurso, com possibilidade de ser concretizada em julho. Mas
sanar o déficit desses profissionais, que vem de 2006, só depois de entendimentos com a
universidade e o Ministério da Educação.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 09:46
Instituição atende 25 pessoas por dia
Durante todo o ano o trabalho na instituição é intenso
O Movimento de Combate ao Câncer (MCC) em Petrolina funciona há 14 anos.
Parceira da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), a
instituição, conta com cerca de 90 voluntários, que trabalham diariamente para apoiar os
pacientes atendidos no Centro de Oncologia.
Durante todo o ano o trabalho na instituição é intenso. Para conseguir garantir os
recursos, os voluntários se reúnem para produzir trabalhos manuais que são vendidos na
própria sede do MCC, em feiras de artesanato ou em eventos especiais. Entre os
trabalhos feitos pela equipe estão: ponto cruz, macramé, crochê, pano de prato, colares,
toalha de banho, colcha de cama e toalhas de mesa.
De acordo com Esmelinda Amorim, por mês o MCC gasta em média R$ 20 mil com
medicação. “Cada dia que passa nos surpreendemos com o aumento do número de
pessoas que nos procuram de várias regiões. Hoje são cerca de 25 pessoas diariamente.
Até o dia 15 de maio, tínhamos atendido 2.064 pessoas.”
O Forró do Beco é o principal evento da instituição. Segundo Esmelinda é nessa festa
que o grupo consegue um bom dinheiro para garantir a medicação dos pacientes durante
todo o ano. “Nós fazemos os bordados e participamos de feira e outros eventos, mas
nossa renda maior, a que dá realmente o suporte, é o Forró do Beco, por isso, nos
empenhamos ainda mais”, declarou a voluntária.
Para ajudar a Apami doando remédios, materiais médico-odontológicos, alimentos,
móveis e utensílios, ou através de trabalho voluntário, os interessados devem se dirigir à
Rua Dr. Pacífico da Luz, 709, Centro. Quem quiser pode ajudar através de depósito em
contas correntes da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância
(Apami): Caixa Econômica Federal Agência: 0812 Conta Corrente: 169-3 Operação:
003 ou por boletos de contribuição. Os que desejam receber o boleto bancário em casa
ou na empresa, devem solicitar através do telefone: (87) 3862-8650.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 07:28
JC Nas ruas
Lixão na Encruzilhada
Três imóveis sem uso na Rua Dr. Enéas de Lucena, em frente ao 120, Encruzilhada,
transformaram-se em depósito de lixo e refúgio de pessoas suspeitas. Os entulhos
atraem cupins, ratos, baratas e, com as chuvas, também poderão abrigar o mosquito da
dengue.
Atentado à saúde
Meninos transformaram o poluído canal Vasco da Gama-Peixinhos como piscina.
Próximo à Vila Saramandaia, eles usam uma corda, pendurada em uma árvore, para se
balançar e cair na água fétida. A brincadeira perigosa para saúde é sempre à tarde, entre
15 e 17h.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 07:23
Cláudio Humberto
Plantão médico
O governo não deu bola, mas a ONG Grupo Otimismo recomenda exames para detectar
hepatite C, na faixa de 47 e 67 anos. Os EUA fazem mutirão contra a “doença
silenciosa”, mais mortal que a Aids.
Jornal do Commercio - PE
27/05/2012 - 09:50
Social Vale
Forró do Beco 1
São 350 voluntários, 400 mesas, 300 bolos, 1.200 espetinhos, decoração e brincadeiras
para crianças, além do esperado Show com Targino Gondim, 3 Desejos e Jean Mota.
Isso é o que oferece o MCC, no Forró do Beco que acontece dia 30 no Iate Clube.
Forró do Beco 2
Seus organizadores, comandados por Marisa e Augusto Coelho, esperam arrecadar mais
do que ano passado, para o pagamento de medicação aos pacientes em tratamento de
câncer. Ingresso a R$ 20 e meia R$ 10. Informações pelo site www.apami.org.br
Diario de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:55
Cartas à redação
Mais descaso do Sassepe
Marquei uma consulta no Grupo Só Saúde para uma cardiologista, no início do mês.
Ligou-me a secretária para dizer que a consulta foi desmarcada porque a profissional
iria a um congresso. Detalhe: liguei há alguns dias para confirmar a consulta, pois me
foi dito que a agenda do Sassepe só é disponibilizada um dia antes, mas não fui
atendido! Pergunta-se: como multiplicar elogios ao atendimento do Sassepe, ante essas
“coisas” que esse convênio oferece aos usuários? José Bione – Recife
Vanguarda - Caruaru - PE
27/05/2012 - 10:38
Novo remédio contra Alzheimer passará por teste na Colômbia
A partir do segundo ano, estudo poderá dizer se as drogas estão retardando o declínio na
memória
Uma pesquisa que pode levar a novos tratamentos para prevenir o Alzheimer em
pessoas com propensão genética a ter a doença está começando na Colômbia. A droga
será testada em pessoas sem sintomas da doença mas que, por razões genéticas, estão
destinadas a desenvolver demência a partir dos 45 anos. A fase inicial do estudo vai
incluir 300 de 5 mil membros de uma família de Medellín e vilarejos próximos à cidade
colombiana. Acredita-se que o grupo tenha mais membros com Alzheimer do que
qualquer outra família do mundo.
O ensaio clínico de US$ 100 milhões vai levar cinco anos, mas resultados preliminares
a partir do segundo ano do estudo já poderão dizer se as drogas estão ajudando a
retardar o declínio na memória e as mudanças no cérebro dos portadores do gene da
doença, segundo Eric Reiman, diretor-executivo do Instituto de Alzheimer Banner, em
Phoenix, e líder da pesquisa. Alguns americanos com genes do Alzheimer também
serão incluídos, como parte do plano nacional dos EUA para combater a demência.
Outro teste deverá estudar os efeitos do remédio em pessoas com risco de Alzheimer
"convencional". A droga, o crenezumabe, ataca as placas amiloides no cérebro,
formações ligadas aos problemas cerebrais da doença. Se o remédio for eficaz, será
possível prevenir ou atrasar os danos da doença. O teste poderia ser considerado
controverso por ocorrer em um país em desenvolvimento, entre pessoas com baixa
renda e um histórico de superstições sobre a doença, conhecida como "la bobera". "A
primeira coisa que fiz foi me perguntar se estávamos tirando proveito dessas pessoas. A
resposta foi não", afirma Richard Scheller, da empresa Genentech. Se nada fosse feito,
diz ele, essas pessoas ficariam doentes.
ALZHEIMER
A doença de Alzheimer provoca progressiva e inexorável deterioração das funções
cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de
si próprio. Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos
podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que
evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a
10 anos.
Não se conhece a causa específica da doença de Alzheimer. Parece haver certa
predisposição genética para seu aparecimento. Nesses casos, ela pode desenvolver-se
precocemente, por volta dos 50 anos. Pesquisadores levantam a hipótese de que algum
vírus e a deficiência de certas enzimas e proteínas estejam envolvidos na etiologia da
doença. Outros especulam que a exposição ao alumínio e seu depósito no cérebro
possam contribuir para a instalação do quadro, mas não foi estabelecida nenhuma
relação segura de causa e efeito a respeito disso.
Os sintomas são: estágio inicial - alterações na memória, personalidade e habilidades
espaciais e visuais; forma moderada - dificuldade para falar, realizar tarefas simples e
coordenar movimentos, além de agitação e insônia; forma grave - resistência à execução
de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência
motora progressiva; terminal - restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções
intercorrentes.
Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer. A doença só pode
ser realmente diagnosticada na autopsia. Médicos baseiam o diagnóstico no
levantamento minucioso do histórico pessoal e familiar, em testes psicológicos e por
exclusão de outros tipos de doenças mentais. Mesmo assim, estima-se que o diagnóstico
possa estar equivocado em 10% dos casos. Até o momento, a doença permanece sem
cura. O objetivo do tratamento é minorar os sintomas.
Diario de Pernambuco - PE
27/05/2012 - 08:59
Cheque caução na urgência é crime
Ministério da Saúde tomou a iniciativa do projeto como mais uma medida para
reestruturar os serviços de saúde de urgência e emergência no Brasil
Alexandre Padilha Ministro da Saúde
O Congresso aprovou projeto da presidenta Dilma que transforma em crime qualquer
exigência de cheque caução, promissória ou preenchimento de formulário antes do
atendimento de uma pessoa em situação de urgência-emergência em um pronto-socorro.
A pena é de pagamento multa e prisão de três meses a um ano – prazo que pode triplicar
caso a omissão de atendimento leve à morte. Transformar esta prática em crime foi o
primeiro passo, mas cabe a todos nós, gestores e profissionais de saúde, sociedade,
ministério público, judiciário e polícia, fiscalizar, denunciar e punir as irregularidades.
O Ministério da Saúde tomou a iniciativa do projeto como mais uma medida para
reestruturar os serviços de saúde de urgência e emergência no Brasil. Com a lei, fica
claro que salvar a vida de uma pessoa deve sempre vir antes do que qualquer outro
interesse econômico, gerando um instrumento para a punição efetiva daqueles que não
seguirem a regra. Respeitamos a participação de instituições privadas no setor, mas a
vida não pode ser vista como mercadoria. Ela tem que ser defendida e protegida.
Outra ação para aperfeiçoar o atendimento na rede particular é que, desde janeiro de
2012, os planos de saúde têm de cumprir regras da ANS sobre prazo máximo para
marcação de consultas, exames e cirurgias. Criamos, também, um programa que
estipula metas de qualidade e ressarcimento ao SUS, que em 2011 foi recorde ao somar
R$ 97 milhões.
Na rede pública, estamos trabalhando para aperfeiçoar a rede de atendimento às
urgências. Exemplo deste compromisso é a expansão das Unidades de Pronto
Atendimento (UPA 24h), que oferecem consultas e tratamentos intermediários,
resolvendo até 97% dos casos que atendem.
Também estabelecemos novos incentivos para mutirões de cirurgias eletivas, que
aumentaram em 96,4% o número de cirurgias de catarata de 2010 para 2011. O
Ministério da Saúde também estabeleceu um novo instrumento que contribui para
avaliar o atendimento na rede pública de saúde, que é a carta SUS. Desde janeiro, ela
chega à casa de todo o paciente internado na rede pública. O que queremos é ouvir o
usuário para contribuir na fiscalização, punir irregularidades, identificar o que precisa
ser melhorado e premiar quem atende bem à população.
Sabemos que novas unidades de saúde para cobrir o acesso tão desigual são
fundamentais. Mas a alma de um bom serviço de saúde são seus profissionais. Projeto
do Ministério da Saúde com hospitais brasileiros de excelência para capacitação e
reorganização do atendimento a infarto nas urgências e emergências do SUS foi
mundialmente reconhecido pela Sociedade Internacional de Cardiologia. Termos mais
médicos, mais qualificados e mais perto de onde a população precisa é essencial para
darmos mais um passo na proteção e defesa da vida.
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