0 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM PACIENTES COM ÚLCERA VENOSA COM DIAGNÓSTICO DE FADIGA ANA CRISTINA PALHANO ARANTES1 ODILENE GONÇALVES2 RESUMO Ensaio clínico controlado randomizado com abordagem quantitativa, cujo objetivo foi utilizar práticas integrativas e complementares como intervenção em pacientes com úlcera venosa, com diagnóstico de enfermagem de fadiga, aplicando a Marmaterapia Ayurvédica e o Reiki. Participaram do estudo 27 pacientes com úlcera varicosa em tratamento no ambulatório de feridas crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas, entre fevereiro a julho de 2014. Os 10 pacientes com escore mais altos de fadiga compuseram os grupos intervenção e controle. Os dados foram obtidos através do “Pictograma de Fadiga”, da Avaliação do Dosha Ayurvédico e do Instrumento de Identificação de Perfil Epidemiológico. A faixa etária predominante variou de 61 a 80 anos em 51,8% dos pacientes com predomínio dos pacientes do sexo feminino (55,6 %). Através da Avaliação do Dosha foi constatado em 52% dos pacientes, predomínio do princípio vital Pitta Houve redução do impacto da fadiga em 100% dos pacientes do grupo intervenção e redução da intensidade da fadiga em 60% dos pacientes do grupo intervenção. É necessário que o profissional de enfermagem desperte no sentido de construir conhecimento científico que possa dar suporte técnico científico para construção de modelos de assistência de enfermagem, voltados para implementação das práticas integrativas e complementares. Visto que, estas terapias representam ferramentas que podem ser ofertadas ao paciente como suporte na adaptação às mudanças oriundas da doença, no tratamento de desequilíbrios biopsíquico e emocionais, e representam economicamente um sistema de baixo custo. Palavras-chave: Práticas Alternativas Complementares. Úlcera Venosa. Fadiga. __________________________________ 1 Especialista em Gestão e Controladoria Governamental, Economista. Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas, Terapeuta Ayurvédica pela Escola Yoga Brahma Vidyalaya (MG), Habilitada Reiki Usui e Tibetano nível III. E-mail [email protected] 2 Especialista em enfermagem dermatológica/FAMERP. Orientadora e professora do curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas. E-mail: [email protected] 1 INTRODUÇÃO A etiologia da úlcera de perna pode ser decorrente de alterações vasculares (venosas, arteriais, mistas), neuropáticas (diabetes mellitus e hanseníase), de traumas, de alterações hematológicas, de infestações, de artrite reumatoide e de neoplasias. (DEALEY, 2008; MACEDO et al., 2010). As úlceras vasculares é um exemplo de úlcera de perna com alta recidiva, cronicidade e em muitos casos o surgimento decorre de condições que impossibilitam a cicatrização normal. (CÂNDIDO, 2001; ABBADE; LASTÓRIA, 2006; MACEDO et al., 2010). Isto gera a necessitando de uma quantidade significativa de recursos da saúde para o tratamento. (VAN DEN BULCK, 2008). Ccomprometendo o bem estar do paciente e da família, prejudicando as atividades cotidianas afetando sua qualidade de vida e resultando em transtornos clínicos e funcionais (ANDRADE, 2008), o que pode resultar em fadiga. O North American Nursing Diagnosis Association - NANDA-I (1988) elaborou o diagnóstico de fadiga baseada em padrões de respostas humanas, este foi revisado em 1998 como item da Taxonomia II, deste então o diagnóstico é frequentemente aplicado na clínica de enfermagem. A fadiga é descrita, pela NANDA-I (2010) como uma sensação opressiva, sustentada por exaustão e capacidade diminuída para realizar trabalho físico e mental no nível habitual. A fadiga é decorrente de mudanças passageiras de um organismo que sofreu exaustão devido a um esforço ou de uma repetição, levando a inibição de determinadas atividades, bem como, na sua eficácia. (ZORZANELLI, 2010). Assim as práticas complementares e integrativas, podem auxiliar a redução da fadiga. As práticas integrativas fundamentam-se pela logica holística onde o ser e avaliado multidimensionalmente como um todo biopsíquico, emocional e inserido num contexto familiar, cultural e, socioeconômico. (SALLES; PAES, 2011). O Brasil, adequando-se as diretrizes da Organização Mundial de Saúde, instituiu em maio de 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Esta política tem como objetivo incorporar e implementar as práticas integrativas e complementares como perspectivas de prevenção de agravos e de promoção e recuperação da saúde. Ela é norteada pelo princípio do cuidado continuado, humanizado e integral. Estes sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e 2 seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Das Práticas Integrativas e Complementares, a Marmaterapia Ayurvédica, e o Reiki são práticas economicamente viáveis e de baixo custo. A implementação destas exige somente profissional tecnicamente capacitado em formação especifica. Os cuidados podem ser realizados concomitantemente ao momento do curativo não sendo necessário instrumental e estrutura física específica. A Ayurveda é o sistema de cura tradicional da Índia, um sistema profundo de medicina que atua na mente e no corpo. Ayur vem do radical ayuh, vida, e veda vem do radical vid, verdade, conhecer, compreender. Se você entende o corpo, a mente e a alma, isso é chamado Ayurveda. (IYENGAR, 2001). Na Ayurveda a constituição humana é uma entidade psicossomática, formada a partir da combinação dos Pancha Mahabhutas. Os cinco elementos são formas diferentes de energia que se organizam e reorganizam mudando constantemente. (VERNA, 2003). A Marmaterapia Ayurvédica e descrita no Caraka Samhitã consiste na aplicação da ciência dos Marmani. Os Marmanis são importantes pontos físicos de ativação ou correção da quantidade de prana (energia vital do corpo) que podem ser ativados por acumpressão e por manobras manuais de massoterapia com óleos, calor e ervas. A manipulação dos Marmanis equilibra distúrbios físicos, mentais e energéticos aumentando o vigor e a vitalidade. (FRAWLEY; LELE; RANADE, 2009). A terapia marma atua nos doshas ou princípios vitais monitorando os níveis de energia corporal e mental e estimula processos corporais inconscientes, repostas mentais, sensoriais ou reações emocionais. A manipulação dos marmas pode remover bloqueios mentais, incluindo os de natureza inconsciente como os vícios. (FRAWLEY; LELE; RANADE, 2009). Dos cinco elementos surgem os três doshas. Estes são as forças energéticas fundamentais por trás das ações do corpo e da mente. Os doshas estão imbuídos de prana (energia vital). Cada dosha é composto da combinação de dois dos cinco elementos. (FRAWLEY; LELE; RANADE, 2009). Já o Reiki representa a energia vital universal. Rei se refere à totalidade energética do universo, enquanto Ki se refere à manifestação individualizada da energia vital. A terapia Reiki consiste na aplicação do toque das mãos em pontos anatômicos específicos com o objetivo de despertar, nutrir o Ki a energia vital individualizada que se encontra desequilibrada pelos processos patológicos. (KESSLER, 1998). 3 O Reiki é muito eficaz para abrir a conexão com o nosso eu superior, eliminar o estresse e a ansiedade da vida moderna, restaurar a paz, a harmonia, melhorar a saúde, o bem para desenvolver a prosperidade e o crescimento em todos os níveis. (SOLANA, 2003). Inserido neste contexto, amparado legalmente pela resolução 197 de 1997 do COFEN, que fixa as Terapias Complementares como uma Especialidade de competência do profissional de Enfermagem. Cabe à enfermagem por seu posicionamento estratégico dentre os profissionais de saúde, o papel de esclarecer, orientar e possibilitar ao paciente acesso, e assistência através das Práticas Integrativas e Complementares. Este trabalho teve como objetivo utilizar práticas integrativas e complementares em pacientes com úlcera varicosa em tratamento no ambulatório de feridas crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas, com diagnóstico de enfermagem de fadiga, aplicando a Marmaterapia Ayurvédica e o Reiki como modalidades de intervenções de enfermagem inseridas no contexto das praticas integrativas e complementares. METODOLOGIA Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado com abordagem quantitativa. Os ensaios clínicos são estudos onde um grupo de interesse em que se faz uso de uma terapia ou exposição é acompanhado comparando-se com um grupo controle. (OLIVEIRA; PARENTE, 2010). A Randomização consiste na atribuição aleatória dos tratamentos pelos participantes, com o objetivo de eliminar erros sistemáticos, uma vez que cada indivíduo tem a mesma probabilidade de receber um dos tratamentos, permitindo que os grupos possam ser comparados. (FISHER, 1935). Participaram do estudo 27 pacientes com úlcera varicosa em tratamento no Ambulatório de Feridas Crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas. Os dados foram coletados em duas fases: a primeira fase ocorreu no mês de fevereiro de 2014 no inicio do estudo e a segunda fase ocorreu no mês de julho de 2014, término do estudo. Na primeira fase os 27 pacientes foram submetidos a aplicação do instrumento de identificação do Perfil Epidemiológico, avaliação do Dosha Ayurvédico e do Pictograma de Fadiga. O Pictograma de Fadiga é um instrumento composto por dois itens que avaliam a intensidade da fadiga e o seu impacto na realização de atividades. (MOTA; PIMENTA; FITCHI, 2009). 4 Figura 1 – Pictograma de Fadiga Fonte: Mota, Pimenta, Fich (2009). A Avaliação do Dosha Ayurvédico é um instrumento modificado tendo como base a técnica de avaliação Ayurvédico Prakritti Pariksha. (D’ÂNGELO; CÔRTES, 2008; VERNA, 2003). O Instrumento de Identificação de Perfil Epidemiológico conterá dados de caracterização demográfica, socioeconômica. Instrumento modificado com base nos 5 instrumentos utilizados em estudos anteriores para identificaram o perfil clínico e epidemiológico das pessoas com úlceras de perna. (SANT’ANA et al., 2012; MALAQUIAS, 2010). O Pictograma de Fadiga é um instrumento composto por dois itens que avaliam a intensidade da fadiga e o seu impacto na realização de atividades. Cada item é avaliado por meio de ilustrações legendadas. Os testes das propriedades psicométricas em indivíduos brasileiros mostraram que esse instrumento apresentou estabilidade adequada (p<0,001) e foi capaz de discriminar indivíduos fatigados dos indivíduos sadios. (MOTA et al., 2009). Na segunda fase após aplicação do Pictograma de Fadiga os dez pacientes que apresentaram maior escore de fadiga foram randomizados estabelecendo os grupos: controle e experimental. Ambos foram submetidos em média a duas intervenções de enfermagem por semana, o grupo controle recebeu o tratamento convencional e o grupo intervenção recebeu além do tratamento convencional as Práticas Alternativas e Complementares através da Marmaterapia Ayurvédica e Reiki. A escolha da cobertura foi precedida de avaliação do custo-benefício considerando o aspecto da margem da ferida, o tamanho, a localização, o tipo de tecido e a presença de exsudato. Na segunda fase os 10 pacientes do grupo controle e intervenção foram novamente submetidos a aplicação do Pictograma de Fadiga para realização do estudo comparativo. A análise estatística foi realizada atráves Software, o Statistical Package of Social Sciences for Windows®, versão 17.0, o qual permitiu a realização da estatística descritiva com distribuição de frequência absoluta, percentual e medidas tendência central (media e mediana) e dispersão (desvio padrão) das variáveis relacionadas às características demográficas, socioeconômicas da população assistida, avaliação do Dosha Ayurvédico, impacto e intensidade da fadiga. RESULTADO E DISCUSSÃO A tabela 1 apresenta a distribuição da caracterização sócio demográfica dos 27 pacientes com úlcera varicosa em tratamento no Ambulatório de Feridas Crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas, dados coletados através do Instrumento de Perfil Epidemiológico. 6 Tabela 1 – Perfil Sócio demográfico dos 27 pacientes com úlcera varicosa em tratamento no Ambulatório de Feridas Crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas - Fev. 2014 – Jul. 2014. Características Sócio demográficas Frequência Porcentagem Feminino Masculino 15 12 55,6 44,4 De 30 a 40 anos De 41 a 50 anos De 51 a 60 anos De 61 a 70 anos De 71 a 80 anos De 81 a 90 anos 1 3 6 7 7 3 3,7 11,1 22,2 25,9 25,9 11, 6 9 2 10 22,2 33,3 7,4 37,0 Desvio Padrão Gênero Média Mediana Variância 0,506 1,44 1,00 0,25 1,328 3,93 4,00 1,764 1,217 2,59 2,00 1,481 2,0 0 0,157 Idade Estado Civil Solteiro Casado Separado Viúvo Aspectos Habitacionais Mora sozinho Mora com a família 1,81 5 22 18,5 81.5 0,396 Escolaridade Sem escolaridade Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Superior Completo 6 18 1 1 1 22,2 66,7 3,7 3,7 3,7 Aspectos Econômicos Abaixo de 1 salário mínimo De 1 a 3 salários mínimos De 4 a 6 salários mínimos Acima de 7 salários mínimos 13 12 1 1 48,1 44,4 3,7 3,7 Fonte: Instrumento de Perfil Epidemiológico. 1,174 2,07 2,0 0 1,379 0,742 1,63 2,0 0 0,550 7 Quanto ao gênero o predomínio foi de pacientes do sexo feminino (55,6 %). A relação entre mulheres e homens idosos, para desenvolvimento de úlcera venosa frequentemente, é de 3:1, e o fator de preponderância nas mulheres e longevidade, pois abaixo dos 40 anos de idade a relação e igual para ambos. (YAMADA, 2001). Estudo realizado com 50 pessoas com úlcera venosa em Hospital Universitário do município de Natal Rio Grande do Norte apresentou predomínio de pacientes do sexo feminino de 76% da amostra. (COSTA et al., 2011). Estudos recentes realizados em salas de curativo de serviços municipais de saúde tem mostrado predominância do sexo masculino. Estudo realizado em usuários atendidos em salas de curativos da rede municipal de saúde, no período de fevereiro a agosto de 2009 com a participação de 42 indivíduos apresentou predomino do sexo masculino 73,8%. (MALAQUIAS, 2012). Estudo semelhante realizado no período de outubro de 2009 a julho de 2010 incluindo 58 pessoas apresentou percentual do sexo masculino em 70%. (SANT`ANA, 2012). Estes achados necessitam de mais estudos, porém vislumbram-se algumas suposições que podem ocorrer no cenário pesquisado, como a possibilidade de que as mulheres realizem tratamento predominantemente no domicílio, ou ainda os homens podem estar suscetíveis à fatores de risco que são mais prevalentes no local de estudo, necessitando de abordagem que considere suas especificidades. (MALAQUIAS et al., 2012). A faixa etária predominante variou de 61 a 80 anos em 51,8% dos pacientes, sendo 61 a 70 anos (25,9%) e de 71 a 80 anos (25,9%) com media 66 anos media de mediana de 61 anos. A úlcera venosa é mais frequente em idosos, especialmente acima de 65 a 70 anos de idade. (YAMADA, 2003). A Conferência Nacional Espanhola de Consenso sobre Úlceras de Extremidade Inferior (2009) estima que a prevalência seja de 0,10 a 1,30 e a incidência de três a cinco casos em mil pessoas ao ano, para pessoas acima de 65 anos estes índices elevam-se duas vezes mais. Em relação ao estado civil 37% dos pacientes são viúvos, 33,3 % casados, 22,2% solteiros e 7,4% divorciados. Estudo realizado em Maringá revelou que, por envolver questões relacionadas à aparência, a doença abala a psique devido ás alterações que ocorrem na autoimagem, à vida afetiva e emocional, acarretando implicações importantes na saúde mental. (WAIDMAN, 2011). A busca pelo corpo ideal para corresponder às tais expectativas reforça o sentimento de inadequação na presença de uma ferida crônica, mais marcadamente nas mulheres e nos jovens que ainda não tiveram experiências sexuais. A ferida se interpõe como obstáculo tanto 8 para a construção de vínculos afetivo- sexuais, quanto para a preservação dos já existentes. (CARVALHO et al., 2013). Os aspectos habitacionais mostram que 81,5 moram com a família e somente 18,5% moram sozinhos. O sistema familiar como um complexo de elementos em interação mútua, influencia e é influenciado por cada membro que o compõe, portanto, para a compreensão da parte, é necessária a observação de sua interação com as outras partes do todo, que é a família. (WRIGHT; LEAHEY, 2008). A família mais restrita ao formar uma rede de suporte contribui para que as pessoas com úlceras venosas se sintam acompanhadas/apoiadas no decurso da sua experiência de tratamento. (SOUZA, 2009). Intervenções de enfermagem efetivas e resolutivas devem ser pautadas pela avaliação dos padrões sistêmicos compreendendo a dinâmica e o funcionamento da família do paciente com úlcera varicosa. Quanto ao grau de escolaridade 66,7% possuem ensino fundamental incompleto e 22,2 não possuem nenhum grau de escolaridade. Com relação ao perfil econômico a renda de 92,5% variou entre menos de 1 salário mínimo a 3 salários mínimos. Caracterizando um amostra de nível econômico precário e reduzido índice de escolaridade. A importância do diagnóstico financeiro e educacional do paciente com lesão focalizase no fato de que quando o profissional de saúde planeja uma proposta de intervenção, não deve considerar apenas a lesão a ser tratada, mas o paciente e sua interação com as outras partes do todo, que é a família. (WRIGHT; LEAHEY, 2008). Para que ocorra um relacionamento terapêutico positivo entre enfermeiro e paciente o planejamento das intervenções de enfermagem deve estar inseridos no contexto da realidade financeira do paciente e do seu nível de escolaridade, o olhar do enfermeiro deve ser ampliado valorizando as necessidades e realidades individuais do paciente com úlcera venosa. As intervenções de enfermagem e os cuidados diários devem ser orientados através de uma linguagem adequada ao nível de compreensão do paciente, e os cuidados prescritos devem estar inseridos na realidade financeira do paciente visto que a alimentação é um bom exemplo de como o aspecto financeiro pode influenciar no processo de cicatrização das ulceras varicosas. Pela tabela 2, a seguir constata-se que 66,6% dos pacientes relataram restrições em suas atividades diárias em razão da fadiga e 33,3% relataram nenhum tipo de restrição em 9 suas atividades diárias. Quanto ao cansaço 74% dos pacientes relataram algum nível de cansaço e 26% relataram nenhum cansaço. Tabela 2 – Perfil do Impacto e Intensidade da Fadiga dos 27 pacientes com úlcera varicosa em tratamento no Ambulatório de Feridas Crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas - Fev. 2014 – Jul. 2014. Fadiga quanto ao Impacto Frequência Eu consigo fazer muito pouco Eu só faço o que tenho que fazer Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço Eu consigo fazer quase tudo que habitualmente faço Eu consigo fazer tudo que habitualmente faço Porcentagem 3 6 3 11,1 22,2 11,1 6 22,2 9 33,3 Desvio Padrão Média Mediana 1,450 3,44 1,039 2,19 Variância 4,00 2,103 Fadiga quanto à Intensidade Nada cansado Um pouco cansado Moderadamente cansado Muito cansado 7 13 2 5 25,9 48,1 7,4 18,5 2,00 Fonte: Pictograma de Fadiga aplicado aos 27 pacientes. Na medida em que esses pacientes demonstram alguma dependência para administrar suas atividades, sejam domiciliares, de lazer, sociais e familiares, tiveram sua autonomia prejudicada e, automaticamente, tornam-se dependentes de seus familiares e amigos, e, consequentemente, apresentam declínio da autoestima e comprometimento da autoimagem e da qualidade de vida. (SALOMÉ et al., 2011). Gueterrs (2010) avaliou em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul a qualidade de vida das pessoas com úlceras de perna por meio da aplicação do instrumento de qualidade de vida WHOQOL-Bref. Identificando o domínio que obteve maior escore com 69,5% compreendeu o social e o de menor escore foi o físico com 41%. O tratamento exaustivo, tendo a recidiva como uma realidade faz do estado de fadiga uma constante na vida do paciente de úlcera venosa, com comprometimento significante da qualidade de vida. 1,080 10 A tabela 3, a seguir apresenta os dados em relação da avaliação do Dosha foi constatado em 52% dos pacientes predomínio do princípio vital Pitta , 34% : Vata e 14% Kapha. Tabela 3 – Distribuição de Dosha dos 27 pacientes com úlcera varicosa em tratamento no Ambulatório de Feridas Crônica Anna Nery do Centro Universitário de Patos de Minas - Fev. 2014. Características Demográficas Frequência Porcentagem 6 3 3 4 2 2 4 2 1 22,2 11,1 11,1 14,8 7,4 7,4 14,8 7,4 3,7 Desvio Padrão Média Mediana Variância 2,568 4,15 4,00 6,59 Dosha Pitta Vata Pitta/Vatta Vata/Pitta Vata/Kapha Kapha/Vata Pitta/Kapha Kapha/Pitta Pitta/vata/kapha Fonte: Avaliação do Dosha aplicado em 10 pacientes O predomínio determina o caráter psicossomático básico ou natureza fundamental a prakriti da pessoa. (VERNA, 2003). A Ayurveda fundamenta-se na escola de pensamento Samkhya que reconhece dois princípios universais básicos do espirito e da matéria, Pususha e Prakriti. (FRAWLEY; LELE; RANADE, 2009). A Prakriti, possui três qualidades constituintes ou gunas: sattva (qualidade da verdade, virtude, beleza e equilíbrio), rajas (qualidade da força do ímpeto) e tamas (qualidade que restringe, obstrui e resiste ao movimento). Da combinação da Prakriti e Purusha toda a existência se forma surgem o intelecto, o principio da individualização e a mente gerando a identidade individual. (VERNA, 2003). 11 Da combinação das três gunas surgem os cinco grandes elementos Pancha Mahabhutas: terra, agua, fogo ar e éter. Os elementos mostram que todo o universo é formado por diferentes frequências ou vibrações da mesma substancia fundamental. A Prakriti. (FRAWLEY; LELE; RANADE, 2009). Todas as funções físicas e mentais do corpo são governadas pelos três doshas Pitta, Vata e Kapha. A variação humana forma física, traços de personalidade e também as reações biológicas são devido à predominância de um ou mais destes princípios vitais e as doenças são causadas pelo desequilíbrio de um dos princípios vitais. (VERNA, 2003). Os tridosha são responsáveis pela geração dos desejos naturais e de todas as preferenciais individuais, todos os anseios e expectativas são gerados pelos princípios vitais predominantes em cada ser. O estado de saúde no Ayurveda e correlacionado diretamente com o equilíbrio dos doshas, e o estado de doença esta diretamente relacionado aos desequilíbrios destes. O desequilíbrio dos doshas geram alterações constitucionais, estruturais, metabólicas, funcionais e psicoemocionais comprometendo o sistema imunológico gerando processos patológicos. O principio vital predominante e também o que tem maior propensão ao desequilíbrio afetando a resistência e o sistema imunológico. Pitta governa todo o metabolismo digestório o sistema circulatório (Raktavaha Srota) e o sangue Rakta. Sendo responsáveis por toda oxigenação dos tecidos e dos órgãos vitais. (MARIANO et al., 2010). Desequilíbrios em Pitta podem gerar alteração na mecânica tecidual, propiciando o surgimento de doenças vasculares e consequentemente causando úlceras varicosas. Por trás do aparente caos e desorganização da doença existe uma logica inteligente, ordenada e irrefutável, chamada intoxicação que pode ser mental, física ou ambas. Consideramos também a intoxicação por excesso ou falta dos princípios vitais Pitta, Vata e Kapha como geradores de patologias. (SEGRE, 2012). O conhecimento do Dosha pelos profissionais de saúde possibilita uma visão integral dos mecanismos orgânicos e mentais do paciente pode ser uma ferramenta de prevenção eficaz e de baixo custo. A tabela 4, a seguir apresenta a analise comparativa do impacto da fadiga nos grupo intervenção e controle, dados coletados através da aplicação do Pictograma de fadiga no mês de fevereiro e no mês de julho de 2014. 12 Tabela 4 – Comparativo Impacto da Fadiga Grupo Intervenção e Controle - Patos de Minas Fev.2014. - Jul.2014 Grupo Intervenção Fadiga quanto ao Impacto Frequência Porcentagem D.P Média Mediana Variância 0,89 1,60 1,00 0,800 Impacto em Fev. 2014 Eu consigo fazer muito pouco Eu só faço o que tenho que fazer Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço 3 1 1 60,0 20,0 20,0 1 20,0 3 60,0 1 20,0 1 2 1 20,0 40,0 20,0 1 20,0 Impacto em Jul. 2014 Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço Eu consigo fazer quase tudo que habitualmente faço Eu consigo tudo que habitualmente faço 0,70 4,00 4,00 0,500 1,51 2,60 2,00 2,300 Grupo Controle Fadiga quanto ao Impacto Impacto em Fev. 2014 Eu consigo fazer muito pouco Eu só faço o que tenho que fazer Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço Eu consigo fazer tudo que habitualmente faço Impacto em Jul. 2014 2 Eu só faço o que tenho que fazer Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço Eu consigo fazer quase tudo que habitualmente faço 3 1 60,0 20,0 1 20,0 0,89 2,60 2,00 Fonte: Pictograma de Fadiga aplicado aos grupos controle e intervenção. No grupo intervenção no mês de fevereiro, 60 % dos pacientes referira “Eu consigo fazer muito pouco”, 20% “Eu só faço o que tenho de fazer” e 20% “Eu consigo fazer algumas coisas que habitualmente faço”. No mês de julho 20 % dos pacientes referiram “Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço”, 60% “Eu consigo fazer quase tudo que habitualmente faço” e 20% “Eu consigo fazer tudo que habitualmente faço”. 0,800 13 Foi constatada uma redução do impacto da fadiga em 100% dos pacientes do grupo intervenção, sendo que 75% dos pacientes a redução foi de 40% e em 25% redução dos pacientes foi de 60% . No grupo controle no mês de fevereiro, 20% referira “Eu consigo fazer muito pouco”, 40% “Eu só faço o que tenho que fazer”, 20% “Eu consigo fazer algumas das coisas que habitualmente faço” e 20% “Eu consigo fazer tudo que habitualmente faço”. No mês de julho 60 % dos pacientes referira “Eu só faço o que tenho que fazer”, 20% “Eu consigo fazer algumas das coisas habitualmente faço” e 20% “Eu consigo fazer quase tudo que habitualmente faço”. Analisando o impacto da fadiga no grupo controle constata-se no gráfico 1 que 60% dos pacientes apresentaram uma redução no impacto da fadiga de 20%, entretanto em 20% dos pacientes houve aumento de 40% no impacto da fadiga. Do grupo controle 20% dos pacientes permaneceram com as mesmas percentagens de impacto de fadiga. Gráfico 1 - Impacto de Fadiga Grupos controle e intervenção 120% 100% 80% Grupo Intervenção 60% Grupo Controle 40% 20% 0% Reduçao Aumento Não Variou Fonte: Pictograma de Fadiga aplicado aos grupos controle e intervenção. Ensaio clínico randomizado duplo-cego e placebo controlado, com desenho cruzado, realizado em dezoito enfermeiras diagnosticadas com Sindrome de Burnout recrutadas no Hospital Universitário San Cecilio (Granada, Espanha), entre janeiro e julho de 2009 com o 14 objetivo de investigar os efeitos imediatos na imunoglobulina A salivar (IgAs), na atividade de α-amilase e na pressão arterial, após uma aplicação de Reiki . Conclui- que uma sessão de Reiki de 30 minutos pode melhorar de forma imediata a resposta de IgAs e da pressão arterial diastólica. As participantes receberam tratamento com Reiki ou Reiki falso, de acordo com a ordem estabelecida, através da randomização em dois dias distintos. O teste de Anova mostrou interação significativa entre o momento da intervenção e a pressão arterial diastólica (F=4,92, p=0,04) e os níveis de sIgA (F=4,71, p=0,04. (DÍAZ; RODRÍGUEZ et al .,2011). A fadiga e multidimensional e esta claramente associada a fatores físicos, fisiológicos, psicológicos, ambientais, situacionais e psicossociais. Quantitativamente constata-se efetiva redução do impacto da fadiga nos pacientes com úlcera varicosa, assistidos através das Práticas alternativas e Complementares submetidos ás intervenções de enfermagem de Marmaterapia Ayurvédica e Reiki. Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo sugere que a terapêutica Reiki produziu as seguintes alterações psicofisiológicas e de qualidade de vida em idosos com estresse: promoção de estado de relaxamento superior ao constatado no grupo placebo; redução dos níveis de estresse; redução dos níveis de ansiedade e depressão, redução da percepção de tensão muscular e elevação da percepção de bem estar. Elevação dos níveis de qualidade de vida referente aos domínios: aspectos espirituais, religião e crenças pessoais; físico e psicológico. Elevação da temperatura periférica da pele; redução da tensão muscular do músculo frontal. (OLIVEIRA, 2013). A tabela 5, a seguir apresenta a analise comparativa da intensidade da fadiga nos grupo intervenção e controle, dados coletados através da aplicação do Pictograma de fadiga no mês de fevereiro e no mês de julho de 2014. Tabela 5 – Comparativo Intensidade da Fadiga Grupo Intervenção e Controle - Patos de Minas Fev. 2014. - Jul.2014 Grupo Intervenção Frequência Porcentagem Desvio Padrão Média 1,00 3,00 Mediana Variância Intensidade em Fev. 2014 Um pouco cansado Moderadamente cansado Muito cansado 2 1 2 40,0 20,0 40,0 3,00 1,00 15 Tabela 5 – (Conclusão). Grupo Controle Frequência Intensidade em Fev. 2014 Um pouco cansado Moderadamente cansado Muito cansado Intensidade em Jul. 2014 Nada cansado Um pouco cansado Porcentagem 2 1 2 2 3 Intensidade em Jul. 2014 Um pouco cansado Muito cansado Extremamente cansado 40,0 20,0 40,0 40,0 60,0 3 1 1 60,0 20,0 20,0 Desvio Padrão Média Mediana Variância 1,00 3,00 3,00 0,548 1,60 2,00 3,00 2,00 1,414 Fonte: Pictograma de Fadiga aplicado aos grupos controle e intervenção. No grupo intervenção no mês de fevereiro, 40 % dos pacientes referiram “Muito cansado”, 40% “Um pouquinho cansado” e 20% "Moderadamente cansado". No mês de julho 60 % referirá “Um pouquinho cansado” e 40% “Nada cansado”. Foi constatada uma redução da intensidade da fadiga em 60% dos pacientes do grupo intervenção, sendo que em 40% dos pacientes, foi de 60% e em 20% dos pacientes foi de 40%. Não houve variação do percentual de intensidade da fadiga em 40% dos pacientes. No grupo controle no mês de fevereiro, 40 % dos pacientes referiram “Muito casado”, 40% “Um pouquinho cansado” e 20% “Moderadamente cansado”. No mês de julho 20 % referirá “Extremamente cansado”, 20% "Muito cansado" e 60% "Um pouquinho cansado". Foi constatada uma redução da intensidade da fadiga em 20% dos pacientes do grupo controle de 20%. Em 20% dos pacientes ouve um aumento da intensidade em 20% e em 60% dos pacientes a intensidade de fadiga não variou. Identifica-se no gráfico 2 redução quantitativa significante da intensidade da fadiga nos pacientes com ulcera varicosa, assistidos através das Práticas alternativas e Complementares submetidos ás intervenções de enfermagem de Marmaterapia Ayurvédica e Reiki. 1,00 0,30 0 2,00 16 Gráfico 2 - Comparativo Intensidade de Fadiga Grupos controle e intervenção 70% 60% 60% 60% 50% 40% 40% Grupo Intervenção 30% 20% Grupo Controle 20% 20% 10% 0% 0% Reduçao Aumento Não Variou Fonte: Pictograma de Fadiga aplicado aos grupos controle e intervenção. Recente estudo que analisou a organização das práticas integrativas e complementares (PIC) desenvolvidas em um serviço de referência na região metropolitana de Belo Horizonte/MG, indicou que as PIC`s podem ser recursos úteis na promoção da saúde, especialmente por estabelecerem uma nova compreensão do processo saúde-doença, de caráter mais holístico e empoderador. (LIMA, SILVA, TESSER, 2014). Estudo realizado de julho a novembro em 105 usuárias do Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares do Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte-MG, de julho a novembro de 2008. Identificou que a práticas integrativas mais utilizadas foram a musicoterapia (100%), a aromaterapia (100%), a oficina de chás (92,4%) e o escalda-pés (91,4%) comprovando que a utilização destas promoveram resultados satisfatórios, aliviando sintomas físicos e psíquicos, fator que muito contribui para sua utilização como forma de suporte na assistência obstétrica voltada para a humanização. (BORGES et al., 2011). CONCLUSÃO A fadiga, quanto ao impacto compromete a capacidade do auto cuidado, restrições em realizar as atividades diárias básicas como vestir, ir ao banheiro, cozinhar, caminhar geram no paciente uma extrema sensação de frustração. 17 A fadiga, quanto à intensidade avaliada através do cansaço, nos mostra que os pacientes sentem a capacidade funcional diminuída, limitada, gerando insatisfação e tristeza. Comprovadamente a qualidade de vida do paciente esta comprometida privando-o de desfrutar de uma vida familiar, social em nível habitual, gerando sofrimento psicoemocional sinalizado pela tristeza e frustração. É necessário que o paciente com úlcera venosa de perna tenha o tratamento inserido num contexto integral, holístico que permita uma adaptação dos níveis de satisfação e bem estar à limitação gerada pela patologia, considerando sua cronicidade. Portanto, intervenções de enfermagens realizadas num contexto das práticas integrativas e complementares podem sinergicamente serem adjuvantes e eficazes no processo de tratamento e cura da úlcera venosa. Proporciona ao paciente uma visão ampliada de todo processo patológico, permitindo que feridas emocionais mais profundas, sejam acessadas e atenuadas. A Marmaterapia Ayurvédica e o Reiki ampliam as técnicas tradicionais de cuidado de enfermagem, estas representam ferramentas que podem ser ofertadas ao paciente como suporte na adaptação às mudanças oriundas da problemática da patologia, no tratamento de desequilíbrios biopsíquicos, emocionais, e representam economicamente um sistema de baixo custo. Utilizadas como intervenções de enfermagem inseridas num contexto do cuidado holístico amplamente preconizado pela OMS e pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, viabilizam o vínculo entre enfermeiro e paciente possibilitando ações terapêuticas que visem o cuidado integral numa perspectiva holística que valoriza a escuta e proporciona respostas favoráveis desenvolvendo assim, uma assistência terapêutica para além da ferida. É necessário que o profissional de enfermagem desperte no sentido de construir conhecimento científico que possa dar suporte técnico-científico para construção de modelos de assistência de enfermagem, voltados para implementação das práticas integrativas e complementares como intervenções de enfermagem efetivas e eficazes considerando o paciente em sua integralidade biofísica, psíquica, emocional, e espiritual contextualizado num cenário familiar e social. 18 REFERÊNCIAS ANDRADE, M. M. 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