1 DISCIPLINA: QUÍMICA PARA O ENEM PROFESSORA: GREICE KELY SANTOS SILVA E-MAIL: [email protected] ____________________________________________ MÓDULO I São propriedades que permitem identificar uma determinada espécie de matéria. Dentre as propriedades específicas, podemos citar: – Propriedades físicas: ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade. – Propriedades organolépticas: odor, sabor. – Propriedades químicas: reações químicas. 1.2.2 Estados Físicos da Matéria 1. TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS 1.1 FENÔMENOS: químicos e físicos. Fenômeno é toda e qualquer transformação que ocorre com a matéria, na qual ocorrem mudanças qualitativas na composição. Um fenômeno pode ser classificado em físico ou químico. Fenômenos físicos ocorrem quando materiais tem sua estrutura física modificada, ou seja, tem apenas a forma da matéria alterada, por exemplo: __________________________________________________ _______. Fenômenos químicos ocorrem quando materiais tem sua estrutura molecular modificada, ou seja, o fenômeno químico altera a matéria, por exemplo: __________________________________________________ _______. Curiosidades: Gerador de Van der Graff, celulares com touch. I. Estado Sólido: as substâncias apresentam formas definidas e seu volume não varia de forma considerável com variações de temperatura e pressão. As partículas que constituem o sólido encontram-se ligadas uma às outras de modo que não podem movimentar-se livremente. II. Estado Líquido: as partículas que constituem o estado líquido não estão unidas fortemente, visto que deslizam uma sobre as outras, adaptando-se à forma do recipiente que as contém, mas estas forças de atração entre as partículas são suficientemente fortes para que não ocorra variação no volume e as partículas dificilmente podem ser comprimidas. III. Estado Gasoso: as substâncias apresentam densidade menor que a dos sólidos e líquidos, ocupam todo o volume do recipiente que as contém, podem expandir-se indefinidamente e são comprimidas com grande facilidade. Este comportamento pode ser explicado pelas forças de atração entre as partículas muito fracas as quais possuem, portanto, alta mobilidade. 1.2.3 Mudanças de estados físicos da matéria 1.2 MATERIA: propriedades. A Química é a ciência que estuda a constituição da matéria, sua estrutura interna, as relações entre os diversos tipos de materiais encontrados na natureza, além de determinar suas propriedades. Chamamos matéria a tudo que tem massa, ocupa lugar no espaço e pode, portanto, de alguma forma, ser medido. 1.2.1 Propriedades da Matéria A matéria apresenta várias propriedades classificadas em gerais, funcionais e específicas. que são Fusão – mudança do estado sólido para o líquido. Vaporização – mudança do estado líquido para o gasoso. Liquefação ou Condensação – mudança do estado gasoso para o líquido. Solidificação – mudança do estado líquido para o sólido. Sublimação – mudança do estado sólido para o gasoso e viceversa 1.2.3.1 Gráfico de mudanças de estados físicos. I. Propriedades Gerais da Matéria São comuns a toda e qualquer espécie de matéria, independentemente da substância de que ela é feita. As principais são: massa, extensão, impenetrabilidade, divisibilidade, compressibilidade e elasticidade. II. Propriedades Funcionais da Matéria São propriedades observadas somente em determinados grupos de matéria. Esses grupos são chamados funções químicas, e as principais são: ácidos, bases, sais e óxidos que serão estudados oportunamente. III. Propriedades Específicas da Matéria “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 2 A fusão obedece a algumas leis: - Uma determinada substância funde-se sempre na mesma temperatura, em determinada pressão. Essa temperatura é o ponto de fusão (PF). - Durante a fusão, a temperatura permanece constante, ou seja, não é alterada e as substâncias aumentam de volume, exceto a água, ferro e a prata. A temperatura em que uma substância começa a se solidificar é a mesma que ela começa a se fundir. O ponto de solidificação é o mesmo que o ponto de fusão. A mudança da fase para a fase gasosa é dada de três maneiras. A evaporação é um processo mais lento que ocorre sem temperatura e pressão determinada. A ebulição é um processo rápido e depende de cada substância que possui a sua temperatura e pressão já determinada. É caracterizada pelo aparecimento de grande quantidade de bolhas. A ebulição obedece às algumas leis: - as substâncias entram em ebulição sempre na mesma temperatura. - durante a ebulição, a temperatura segue inalterada. A sublimação é um processo desencadeado a partir de uma temperatura e pressão determinadas e não passa pela fase líquida. 1.2.3.2 Diagrama de fases O gráfico que representa as fases da matéria termodinamicamente em função da pressão e da temperatura é chamado de diagrama de fases. O ponto P é um ponto comum às três curvas e é denominado ponto triplo ou ponto tríplice, neste ponto as três fases – sólido, líquido e gasoso, estão em equilíbrio. 1.3 ESTUDO DOS GASES: comportamento e leis. Existe diferença entre gás e vapor? Se considerarmos apenas os aspectos visuais dificilmente perceberemos tal diferenciação. Mas em relação às características químicas, pode-se afirmar que vapor e gás são distintos em razão das possíveis modificações no estado físico. Vapor é uma referência dada à matéria no estado gasoso. Dizemos que essa forma é capaz de estar em equilíbrio com o líquido ou o sólido do qual se fez através do aumento de temperatura. A diferença entre gás e vapor é dada a partir da temperatura crítica. O vapor é a matéria no estado gasoso, estado esse que pode ser liquefeito com o aumento da pressão ou diminuição da temperatura. Exemplo: o vapor de água, que está presente no ar, volta ao estado líquido simplesmente ao entrar em contato com um recipiente que está com a temperatura mais baixa. O Gás é um dos estados da matéria, não tem forma e volume definidos, e consiste em uma coleção de partículas (moléculas, átomos, íons, elétrons, etc.) cujos movimentos são aleatórios. Para liquefazer um gás (transformá-lo em líquido) é preciso que se diminua a temperatura e aumente a pressão de forma simultânea. Exemplo: o gás no botijão (gás GLP = gás liquefeito de petróleo) está no estado líquido em virtude da enorme pressão dentro do recipiente no qual está contido. 1.3.1 Comportamento dos gases Os gases reais que normalmente conhecemos como, por exemplo, o hélio, o nitrogênio e o oxigênio, apresentam características moleculares diferentes e particulares de cada um. Contudo, se colocarmos todos eles a altas temperaturas e baixas pressões eles passam a apresentar comportamentos muito semelhantes. Esse modelo de gás é denominado de gás perfeito. 1.3.2. Gás ideal A curva 1, que delimita as regiões das fases sólida e líquida, representa a curva de fusão, onde os estados sólido e líquido da substância estão em equilíbrio. A curva 2, que delimita as regiões das fases líquido e vapor, representa a curva de vaporização, onde os estados líquido e vapor estão em equilíbrio. A curva 3, que delimita as regiões das fases sólida e vapor, representa a curva de sublimação, onde os estados sólido e vapor estão em equilíbrio. Um gás ideal ou perfeito é um modelo idealizado, para o comportamento de um gás. É um gás teórico composto de um conjunto de partículas pontuais movendo-se aleatoriamente e não interagindo. O conceito de gás ideal é útil porque obedece a lei dos gases ideais, uma equação de estado simplificada. 1.3.2 Características dos gases ideais Os gases possuem características um tanto quanto particulares, pensando nisso se faz necessário um estudo especial sobre esses compostos. A começar pela constituição química, os gases podem constituir moléculas (CO2, CO) ou se apresentarem como átomos isolados (gases nobres - He, Ne, Ar,...). “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 3 Quanto às características físicas, os gases podem se expandir ou sofrer compressão, dependendo do local onde estiverem. Se confinados em recipientes fechados, adquirem formato específico, mas se deixados livres tendem a ocupar todo o espaço disponível. Esse grau de liberdade das moléculas gasosas faz com que se movimentem de forma desordenada, mas ao mesmo tempo contínua. As moléculas do gás, ao se movimentarem, colidem com as outras moléculas e com as paredes do recipiente onde se encontram, exercendo uma pressão, chamada de pressão do gás. Ao aumentar o volume do recipiente, as moléculas têm mais espaço para se deslocar, logo, as colisões diminuem, diminuindo a pressão. Existe um agravante para o movimento contínuo dos gases, a temperatura. Se aquecermos um gás, suas moléculas passarão a se movimentar mais rapidamente. Dizemos então que a Energia cinética desse gás aumentou. 1.3.3 Relacionando as Leis de Boyle, Charles Gay-Lussac e de Charles é possível estabelecer uma equação que relacione as variáveis de estado: pressão (p), volume (V) e temperatura absoluta (T) de um gás. Em uma transformação isotérmica, pressão e volume são inversamente proporcionais e em uma transformação isométrica, pressão e temperatura são diretamente proporcionais. Dessas observações, podemos concluir que a pressão é diretamente proporcional à temperatura e inversamente proporcional ao volume. É importante também salientar que o número de moléculas influencia na pressão exercida pelo gás, ou seja, a pressão também depende diretamente da massa do gás. Considerando esses resultados, Paul Emile Clapeyron (1799-1844) estabeleceu uma relação entre as variáveis de estado com a seguinte expressão matemática: 𝐩. 𝐕 = 𝐧 . 𝐑. 𝐓 Leis dos gases perfeitos: comportamento. Os gases perfeitos obedecem a três leis bastante simples, que são a lei de Boyle, a lei de Gay-Lussac e a lei de Charles. Essas leis são formuladas segundo o comportamento de três grandezas que descrevem as propriedades dos gases: o volume, a pressão e a temperatura absoluta. A) A lei de Boyle - Essa lei foi formulada pelo químico irlandês Robert Boyle (1627-1691) e descreve o comportamento do gás ideal quando se mantém sua temperatura constante caracterizando a transformação isotérmica. Um aumento de pressão junto com uma diminuição do volume do gás, ou seja, quando a temperatura do gás é mantida constante, pressão e volume são grandezas inversamente proporcionais. A lei de Boyle, que pode ser expressa matematicamente do seguinte modo: P.v = K em que P é a pressão do gás; v é o volume do gás e K é a constante que representa a não variação da temperatura e massa. B) A lei de Gay-Lussac - A lei de Gay-Lussac nos mostra o comportamento de um gás quando é mantida a sua pressão constante e variam-se as outras duas grandezas: temperatura e volume. A lei de Gay-Lussac diz que em uma transformação isobárica (pressão constante), temperatura e volume são grandezas diretamente proporcionais. Essa lei é expressa matematicamente da seguinte forma: v=k.T em que v é o volume do gás; T é a temperatura do gás e k é uma constante que depende da pressão, da massa e da natureza do gás. C) A lei de Charles - é a lei que rege as transformações de um gás perfeito a volume constante. Essas transformações são chamadas de transformações isocóricas ou isométricas. Segundo essa lei, quando uma massa de gás perfeito sofre transformação isocórica, a sua pressão é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta. Matematicamente essa lei pode ser expressa da seguinte forma: p=k.T. Em que p é a pressão do gas T a temperatura e k é uma constante que depende do volume, da massa e da natureza do gás. 1.3.3.1 Equação de Clapeyron Onde: p=pressão; V=volume; n=nº de mols do gás; R=constante universal dos gases perfeitos; T=temperatura absoluta. Essa constante pode assumir os seguintes valores: R=0,082atm.Lmol.K ou R =8,31Jmol.K. O Número de Avogadro Avogadro afirmou que, estando nas mesmas condições físicas, volumes iguais de diferentes gases têm o mesmo número de partículas. Logo o numero de Avogadro pode ser definido como o número de átomos existentes quando a massa atômica de um elemento é expressa em gramas e igual ao peso molecular (mol). A hipótese de Avogadro de que volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de pressão e temperatura, contêm o mesmo número de partículas e as ideias sobre massas atômicas e moleculares de outro cientista chamado Canizarro levaram à determinação da constante de Avogadro. A constante estabelecida por Avogadro e posteriormente verificada experimentalmente por vários cientistas é conhecida atualmente como o Número de Avogadro. O Número de Avogadro representa o número de partículas ou moléculas contidas num mol. Na=6,023×1023 moléculas. 1.3.4 Equação geral dos gases Através da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados diferentes de uma transformação gasosa, desde que não haja variação na massa do gás. Junto as três Transformações gasosas (isotérmica, isobárica, isovolumétrica) representadas respectivamente pelas equações: PV = K, V/T = K, P/T = K é que se chegou à Equação geral dos gases: 𝐏𝟏 𝐕𝟏 𝐏𝟐 𝐕𝟐 = 𝐓𝟏 𝐓𝟐 “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 4 Observe que a equação aborda as três variáveis de estado (P, V e T). Sendo assim, é possível conhecer o volume, a temperatura e pressão de um gás se nos basearmos nessa equação. 1.3.5 Volume molar dos gases Chama-se de Volume Molar ao volume ocupado por 1 mol de cada substância. Para sólidos e líquidos o volume molar depende, entre outras coisas, da natureza, da substância, mas para gases ele só dependerá das condições de temperatura e pressão, qualquer que seja a natureza do gás. Nas condições normais de pressão e temperatura, CNPT, (p = 1 atm ou 760 mmHg e T= 0oC) o volume molar apresenta um valor constante igual a 22,4 litros que é, portanto, o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás nas referidas condições. É importante deixar claro que o valor de 22,4 litros é o volume calculado para gases ideais. Os gases reais apresentam valores próximos de 22,4 litros. O volume molar segue a Hipótese de Avogadro (criada em 1811 por Amedeo Avogadro), onde volumes iguais de diferentes gases, a uma mesma temperatura e pressão, possuem mesmo número de mols. 1.3.6 Teoria Cinética dos gases. No estudo dos gases ideais vemos que um gás é composto por átomos e moléculas, que se movem de acordo com as leis estabelecidas pela cinemática. Em um gás, suas partículas normalmente estão muito distantes uma das outras, tendo o vazio entre si. Vemos também que a principal característica dos gases é de praticamente só existir interação entre suas partículas quando elas colidem umas com as outras. Essa colisão é entendida como cinética dos gases. A teoria cinética dos gases se baseia em quatro postulados: 1 – o gás é formado por moléculas que se encontram em movimento desordenado e permanente. Cada molécula pode ter velocidade diferente das demais. 2 – cada molécula do gás interage com as outras somente por meio de colisões (forças normais de contato). A única energia das moléculas é a energia cinética. 3 – todas as colisões entre as moléculas e as paredes do recipiente que contém o gás são perfeitamente elásticas. A energia cinética total se conserva, mas a velocidade de cada molécula pode mudar. 4 – as moléculas são infinitamente pequenas. A maior parte do volume ocupado por um gás é espaço vazio. 1.4 Modelo corpuscular da matéria: modelos atômicos Analisando um átomo sozinho em sua estrutura, observaremos os seguintes aspectos: ausência de cor e visibilidade, ou seja, não é perceptível. Mas se aglomeramos uma grande quantidade de átomos surgirão moléculas, e estas irão se unir a mais moléculas para formar outras ainda maiores e diferentes umas das outras. Daí a pouco se tem uma enorme variedade de compostos, e é exatamente assim que se forma tudo em nossa volta. Dois filósofos gregos, Demócrito e Leucipo, sugeriram que toda a matéria era formada por pequenos corpos indivisíveis. Chamaram estes corpos de átomo, que em grego a significa não e tomos significa divisível. Então, átomo era a última partícula que podia dividida. 1.4.1 Modelo atômico de Dalton Em 1808, o professor inglês John Dalton propôs uma explicação da natureza da matéria. A proposta foi baseada em fatos experimentais. Os principais postulados da teoria de Dalton são: 1. “Toda matéria é composta por minúsculas partículas chamadas átomos”. 2. “Os átomos de um determinado elemento são idênticos em massa e apresentam as mesmas propriedades químicas”. 3. “Átomos de diferentes elementos apresentam massa e propriedades diferentes”. 4. “Átomos são permanentes e indivisíveis, não podendo ser criados e nem destruídos”. 5. “As reações químicas correspondem a uma reorganização de átomos”. 6. “Os compostos são formados pela combinação de átomos de elementos diferentes em proporções fixas”. A conservação da massa durante uma reação química (Lei de Lavoisier) e a lei da composição definida (Lei de Proust) passou a ser explicada a partir desse momento, por meio das ideias lançadas por Dalton. 1.4.2 Modelo Atômico de Thomson Pesquisando sobre raios catódicos e baseando-se em alguns experimentos, J.J. Thomson propôs um novo modelo atômico. Thomson demonstrou que esses raios podiam ser interpretados como sendo um feixe de partículas carregadas de energia elétrica negativa. A essas partículas denominou-se elétrons. Por meio de campos magnético e elétrico pôde-se determinar a relação carga/massa do elétron. Consequentemente, concluiu-se que os elétrons (raios catódicos) deveriam ser constituintes de todo tipo de matéria pois observou que a relação carga/massa do elétron era a mesma para qualquer gás empregado. O gás era usado no interior de tubos de vidro rarefeitos denominadas Ampola de Crookes, nos quais se realizavam descargas elétricas sob diferentes campos elétricos e magnéticos. Esse foi o primeiro modelo a divisibilidade do átomo, ficando o modelo conhecido como “pudim de passas". Segundo Thomson, o átomo seria um aglomerado composto de uma parte de partículas positivas pesadas (prótons) e de partículas negativas (elétrons), mais leves. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 5 1.4.3 Modelo de Modelo Atômico de Rutherford Em 1911, Ernest Rutherford, estudando a trajetória de partículas a (partículas positivas) emitidas pelo elemento radioativo polônio, bombardeou uma fina lâmina de ouro. Ele observou que: - a maioria das partículas a atravessavam a lâmina de ouro sem sofrer desvio em sua trajetória (logo, há uma grande região de vazio, que passou a se chamar eletrosfera); - algumas partículas sofriam desvio em sua trajetória: haveria uma repulsão das cargas positivas (partículas a) com uma região pequena também positiva (núcleo). - um número muito pequeno de partículas batiam na lâmina e voltavam (portanto, a região central é pequena e densa, sendo composta portanto, por prótons). Diante das observações, Rutherford concluiu que a lâmina de ouro seria constituída por átomos formados com um núcleo muito pequeno carregado positivamente (no centro do átomo) e muito denso, rodeado por uma região comparativamente grande onde estariam os elétrons. Nesse contexto, surge ainda a ideia de que os elétrons estariam em movimentos circulares ao redor do núcleo, uma vez que se estivesse parados, acabariam por se chocar com o núcleo, positivo. 1.4.4 Modelo Atômico Rutherford-Bohr O modelo proposto por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Baseando-se nos estudos feitos em relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta por Planck em 1900 (Teoria Quântica), segundo a qual a energia não é emitida em forma contínua, mas em ”pacotes”, denominados quanta de energia. Foram propostos os seguintes postulados: 1. Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas de camadas ou níveis de energia. 2. Cada camada ocupada por um elétron possui um valor determinado de energia (estado estacionário). 3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia, não sendo possível ocupar estados intermediários. 4. Ao saltar de um nível para outro mais externo, os elétrons absorvem uma quantidade definida de energia (quantum de energia). 5. Ao retornar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia (igual ao absorvido em intensidade), na forma de luz de cor definida ou outra radiação eletromagnética (fóton). 6. Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser designada por letras K, L, M, N, O, P, Q. As camadas podem apresentar: K = 2 elétrons L = 8 elétrons M = 18 elétrons N = 32 elétrons O = 32 elétrons P = 18 elétrons Q = 2 elétrons 7. Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode assumir valores inteiros: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7. 1.4.5 Modelo moderno Para obtermos o modelo que estudamos hoje em química vários estudos foram realizados seguindo alguns conceitos de física quântica. O cientista francês Louis de Broglie estudou a natureza das ondas dos elétrons. Pare ele, a matéria é formada ora por corpúsculos, as partículas ora como onda. Esta é a teoria da dualidade. Suas teorias foram baseadas nos estudos de Albert Einstein e também de Max Planck. Ele introduz o conceito da mecânica ondulatória. Neste momento o elétron é visto como uma partícula-onda. Erwin Schrodinger foi um importante físico austríaco que desenvolveu uma importante equação para o campo da Teoria Quântica, a Equação de Schrodinger. O físico tentou descrever o movimento de onda, já que Louis De Broglie havia afirmado que a matéria se comportava como onda e como partícula (comportamento dualístico). . Schrodinger em 1926 calculou a região mais provável onde o elétron possa estar. Para essa região deu o nome de orbital. Orbital – região do espaço que está ao redor do núcleo, onde há máxima probabilidade de se encontrar um elétron. Segundo Werner Heisenberg, para encontrar a posição correta de um elétron, é necessário que ele interaja com algum instrumento de medida, como por exemplo, uma radiação. A radiação deve ter um comprimento de onda na ordem da incerteza com que se quer determinar esta posição. Quanto menor for o comprimento de onda, maior é a precisão do local onde está o elétron. Quando se consegue descobrir o local provável onde está o elétron, este elétron já não estará neste local. É importante ressaltar que não se pode ver um átomo isolado exatamente como foi descrito nos modelos atômicos. Algumas técnicas utilizadas por supercomputadores mostram manchas coloridas, mostrando a localização dos átomos de um determinado material. Essas imagens são obtidas por um microscópio de tunelamento que pode aumentar até 28 milhões de vezes. De acordo com o modelo de Rutherford-Bohr, o átomo apresenta níveis de energia ou camadas energéticas, onde cada nível possui um número máximo de elétrons. O número do nível representa o número quântico principal (n). O subnível indica a forma da região no espaço onde está o elétron. As siglas s, p, d, f vem das palavras em inglês sharp, principal, diffuse e fine, respectivamente. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 6 Número máximo de elétrons em cada subnível: K = 1 ; 1s² L = 2 ; 2s² M = 3 ; 3s² N = 4 ; 4s² O = 5 ; 5s² P = 6 ; 6s² Q = 7 ; 7s² 2p6 3p6 3d10 4p6 4d10 4f14 5p6 5d10 5f14 6 p6 6d10 O diagrama acima mostra a notação utilizada para indicar o número de elétrons em um nível e em um subnível. 1.5 Átomo e sua estrutura Um Átomo é a partícula mais pequena que é possível obter, de um determinado elemento químico, e que ainda caracteriza esse elemento químico. Ele apresenta um núcleo com carga positiva que apresenta quase toda sua massa (mais que 99,9%) e um determinado número de elétrons em volta desse núcleo. Quanto a sua estrutura o átomo apresenta um núcleo, uma eletrosfera e três partículas fundamentais: o elétron, o próton e o nêutron. O núcleo é formado por partículas chamadas prótons e nêutrons. Os prótons possuem carga positiva, seu número representa o número atômico (Z), que caracteriza e diferencia cada elemento. Os nêutrons são eletricamente neutros e somados aos prótons representam o número de massa (A). Já os elétrons estão situados nas regiões externas do átomo denominada eletrosfera e possuem a mesma quantidade de carga dos prótons, porém negativa. Circundam o núcleo em órbitas e são mantidos nelas pela atração do núcleo que é predominantemente positivo. Essa energia que mantém o elétron unido ao átomo em sua órbita é denominada energia de ligação que é maior nas camadas mais internas devido à proximidade com o núcleo. Há no máximo sete camadas em torno do núcleo e nelas estão os elétrons que orbitam o núcleo. Quando o número de elétrons nas camadas orbitais é igual ao número de prótons no núcleo, temos um átomo neutro, se o átomo possuir um elétron a mais ou a menos dizemos que ele está ionizado (eletrizado). 1.5.1 Número atômico, número de massa e massa atômica. Cada elemento químico é caracterizado pelo seu número atómico, que se representa por Z e que indica o número de prótons existentes no núcleo do átomo (que é igual ao número de elétrons). Há ainda a considerar o número de massa, que se representa por A, e que indica o número de partículas que constituem o núcleo — o número de prótons e de nêutrons. O número atômico e o número de massa sempre são números inteiros, mas com a massa atômica isso não acontece. A massa atômica de um elemento químico é baseada na média ponderada das massas de seus isótopos em unidades de massa atômica (u). Isto quer dizer que há vários isótopos na natureza e é feito um cálculo, uma média ponderada, que leva em consideração as abundâncias relativas desses isótopos, para ser usado como a massa atômica. Então, a massa atômica é uma média dos diversos isótopos que existem na natureza sendo levada em consideração a sua quantidade existente. 1.5.2 Isótopos, Isóbaros e Isótonos Se observarmos o número atômico, número de massa e de nêutrons, de diferentes átomos podemos encontrar conjuntos de átomos com outro número igual. Os isótopos são átomos que possuem o mesmo número de prótons (p) e diferente número de massa (A). Exemplo: o hidrogênio (H) ¹H1 ²H1 ³H1 hidrogênio deutério trítio Z=1 Z=1 Z=1 A=1 A=2 A=3 Este fenômeno é muito comum na natureza. Quase todos os elementos químicos naturais são formados por mistura de isótopos. Os isóbaros são átomos de elementos químicos que possuem o mesmo número de massa (A) e diferente número de prótons. Exemplo: K 19 A = 40 Z = 19 40 40 Ca20 A = 40 Z = 20 Os Isótonos são átomos que possuem o mesmo número de nêutrons e com diferentes números de prótons e de massa. São átomos de diferentes elementos químicos. Exemplo: Cl A = 37 Z = 17 n= 20 Ca A = 40 Z = 20 n = 20 Os isótonos têm propriedades químicas e físicas diferentes. 1.5.3 ÍON O átomo que possui o número de prótons igual ao número de elétrons é eletricamente neutro. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 7 Se o átomo tiver elétrons a mais ou a menos, então não será mais um átomo neutro. Este átomo passará a ser chamado de ÍON podendo ficar negativo ou positivo. Íon positivo (+) doa elétrons – íon cátion. Ex. Na+ Íon negativo (-) recebe elétrons – íon ânion. Ex. ClQuando um cátion doa elétrons, ele fica positivo, quando um ânion ganha elétrons, ele fica negativo. 1.6 Elementos Químicos Elemento Químico pode ser definido como um conjunto formado por átomos de mesmo número atômico (Z). Eles são representados por símbolos adotados de acordo com critérios internacionais, sendo que esses símbolos são reconhecidos em qualquer língua ou alfabeto, ou seja, o símbolo é o mesmo em qualquer país, por exemplo, a Prata é reconhecida internacionalmente pela sigla “Ag”. Todos os elementos possuem massa atômica, número atômico, ponto de fusão e ebulição. Atualmente são conhecidos 114 elementos, sendo que apenas 88 deles são encontrados na natureza (elementos naturais) e o restante são sintéticos (elementos químicos cujos átomos são produzidos artificialmente). 1.7 Tabela Periódica OBS.: A TABELA MÓDULO. ENCONTRA-SE NO FINAL DESTE A tabela periódica surgiu para agrupar os elementos que têm propriedades químicas e físicas semelhantes, ou seja, ela organiza os metais, semimetais, não metais, gases nobres, dentre outros, em grupos divididos de forma a facilitar sua localização. Cada quadro da tabela fornece os dados referentes ao elemento químico: símbolo, massa atômica, número atômico, nome do elemento, elétrons nas camadas e se o elemento é radioativo. As filas horizontais são denominadas períodos. Neles os elementos químicos estão dispostos na ordem crescente de seus números atômicos. O número da ordem do período indica o número de níveis energéticos ou camadas eletrônicas do elemento. A tabela periódica apresenta sete períodos: 1º período – 2 elementos 2º período – 8 elementos 3º período – 8 elementos 4º período – 18 elementos 5º período – 18 elementos 6º período – 32 elementos 7º período – até agora 30 elementos As colunas verticais constituem as famílias ou grupos, nas quais os elementos estão reunidos segundo suas propriedades químicas. As famílias ou grupos vão de 1 a 18. Algumas famílias possuem nome, como por exemplo: 1 – alcalinos 2 – alcalinos terrosos 13 – família do boro 14 – família do carbono 15 – família do nitrogênio 16 – família dos calcogênios 17 – família dos halogênios 18 – gases nobres Da família 1 e 2 e 13 até 18 chamamos de elementos representativos. Da família do 3 até 12 chamamos de elementos de transição. Os elementos que ficam na série dos lantanídeos e actinídeos são os elementos de transição. Como eles estão no grupo 3, como se estivessem numa “caixinha” para dentro da tabela, são chamados de elementos de transição interna. E os demais são chamados de elementos de transição externa. 1.7.1 Propriedades periódicas As propriedades periódicas são tendências ou características que alguns elementos químicos seguem e que marca sua localização na tabela periódica. Os elementos químicos são organizados de acordo com suas propriedades periódicas e tais propriedades são alteradas de acordo com o número atômico. As principais propriedades periódicas são: Raio atômico, Energia de Ionização (ou Potencial de Ionização), Afinidade eletrônica, Eletronegatividade e Eletropositividade. O raio atômico se refere ao tamanho do átomo. Quanto maior o número de níveis, maior será o tamanho do átomo. O átomo que possui o maior número de prótons exerce maior atração sobre seus elétrons. Em outras palavras, raio atômico é a distância do núcleo de um átomo à sua eletrosfera na camada mais externa. Porém, como o átomo não é rígido, calcula-se o raio atômico médio pela metade da distância entre os centros dos núcleos de dois átomos de mesmo elemento numa ligação química em estado sólido. O raio atômico cresce de cima para baixo na família da tabela periódica, acompanhando o número de camadas dos átomos de cada elemento e da direita para a esquerda nos períodos da tabela periódica. Quanto maior o número atômico de um elemento no período, maiores são as forças exercidas entre o núcleo e a eletrosfera, o que resulta num menor raio atômico. O elemento de maior raio atômico é o Césio. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 8 Energia de Ionização ou potencial de ionização é a energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado no estado gasoso. O tamanho do átomo interfere na sua energia de ionização. Se o átomo for grande, sua energia de ionização será menor. tendência em perder elétrons. O elemento químico mais eletropositivo é o frâncio. Ele tem tendência máxima à oxidação. Como os gases nobres são muito inertes, os valores de eletronegatividade e eletropositividade não são objetos de estudo pela dificuldade da obtenção desses dados. 2. MATERIAIS, SUAS PROPRIEDADES E USOS. A matéria pode ser definida como sendo tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço, ela é formada por pequenas partículas, designadas átomos e esses podem se unir de várias maneiras, formando as moléculas. Afinidade eletrônica é a energia liberada quando um átomo no estado gasoso (isolado) captura um elétron. Quanto menor o raio, maior a sua afinidade eletrônica, em uma família ou período. Trata-se da energia mínima necessária para a retirada de um elétron de um ânion de um determinado elemento. Nos gases nobres a afinidade eletrônica não é significativa, porém como a adição de um elétron em qualquer elemento causa liberação de energia, então a afinidade eletrônica dos gases nobres não é igual a zero. A Eletronegatividade é a força de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. Na tabela periódica a eletronegatividade aumenta de baixo para cima e da esquerda para a direita. Essa propriedade tem relação com o raio atômico: quanto menor o tamanho de um átomo, maior é a força de atração sobre os elétrons. Não é possível calcular a eletronegatividade de um único átomo (isolado), pois a eletronegatividade é a tendência que um átomo tem em receber elétrons em uma ligação covalente. Portanto, é preciso das ligações químicas para medir essa propriedade. Segundo a escala de Pauling, a eletronegatividade cresce na família de baixo para cima, junto com à diminuição do raio atômico e do aumento das interações do núcleo com a eletrosfera e no período da esquerda pela direita, acompanhando o aumento do número atômico. O elemento mais eletronegativo da tabela periódica é o flúor. OBS.: A TABELA ENCONTRA-SE NO FINAL DESTE MÓDULO Eletropositividade é a tendência de perder elétrons, apresentada por um átomo. Quanto maior for seu valor, maior será o caráter metálico. Os átomos com menos de quatro elétrons de valência, metais em geral, possuem maior tendência em perder elétrons, por isso, possuem maior eletropositivade. Um aumento no número de camadas diminui a força de atração do núcleo sobre os elétrons periféricos, facilitando a perda de elétrons pelo átomo e, consequentemente, aumentando a sua eletropositividade. A eletropositividade cresce da direita para a esquerda nos períodos e de cima para baixo nas famílias. A forma de medir a eletropositividade de um elemento é a mesma da eletronegatividade: através das ligações químicas. Entretanto, o sentido é o contrário, pois mede a tendência de um átomo em perder elétrons. Os metais são os mais eletropositivos e os gases nobres são excluídos, pois não têm Uma importante classificação para as substâncias materiais (sistemas materiais) está nas substâncias puras e misturas, onde as primeiras apresentam pontos de mudança de fase constantes e as segundas variáveis. Dessa forma, ao vaporizarmos uma substância pura, o seu ponto de ebulição ocorre em uma mesma temperatura. Já, ao aquecermos uma mistura até a sua temperatura de mudança de fase, ocorre que esta mudança de estado físico se dá em uma faixa de temperatura, sempre em uma temperatura variável. 2.1 Substâncias químicas: Classificação As substâncias são aqueles materiais com composição química constante e que possuem suas propriedades físicas bem definidas, tais como os pontos de fusão e ebulição e a densidade, não variando numa determinada temperatura e pressão. Todavia, existem dois tipos de substâncias, as simples e as compostas: 1) Substâncias simples: são aquelas cujas moléculas são formadas apenas por um único tipo de elemento químico. Subdivididas em: Monoatômicas: é o caso do gás hélio (He), um gás nobre que aparece isolado na natureza, e também do ferro (Fe) e do alumínio (Al), que são metais. Veja o texto Ligação Metálica para entender como os átomos desses elementos permanecem unidos; Diatômicas: o gás oxigênio presente no ar atmosférico é constituído por moléculas formadas cada uma por dois átomos de oxigênio, O2, e as moléculas de gás hidrogênio são formadas por dois átomos de hidrogênio, H2; Triatômicas: o ozônio é formado por três átomos de oxigênio, O3. 2) Substâncias compostas: são aquelas cujas moléculas, ou aglomerados iônicos, são formados por dois ou mais elementos químicos ou íons. A água, o álcool e o cloreto de sódio, são todos classificados como substâncias compostas ou compostos químicos, pois eles são formados por diferentes elementos (hidrogênio, oxigênio, carbono, sódio e cloro). “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 9 Outros exemplos: dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), metano (CH4) e amônia (NH3). As substâncias compostas podem ser decompostas em substâncias simples. Por exemplo, ao passarmos uma corrente elétrica sobre o cloreto de sódio fundido, ocorrerá uma reação de oxirredução que dará origem a duas substâncias simples, o sódio metálico (Na(s)) e o gás cloro (Cl2(g)). Esse processo é conhecido como Eletrólise Ígnea do Cloreto de Sódio. Destilação fracionada: consiste no aquecimento dos líquidos misturados, em aparelhagem específica e com controle de temperatura. Dessa forma, à medida que a temperatura for aumentando, o ponto de ebulição específico de cada líquido é atingido, fazendo com que cada um deles deixe a mistura isoladamente. O componente mais volátil, ou seja, aquele com menor ponto de ebulição, é destilado primeiro. Este processo é utilizado, por exemplo, na obtenção de bebidas alcoólicas, e também no fracionamento do petróleo para a obtenção de seus subprodutos. 2.2 Misturas Gás + Gás As misturas podem ser classificadas em homogêneas e heterogêneas. A diferença entre elas é que a mistura homogênea é uma solução que apresenta uma única fase enquanto a heterogênea pode apresentar duas ou mais fases. Fase é cada porção que apresenta aspecto visual uniforme. B) Separação dos componentes de mistura heterogênea Vejamos os exemplos: 1. O leite é uma mistura homogênea quando observamos a olho nu, mas com o auxílio de um microscópico é possível perceber gotículas de gordura em suspensão, e quando aquecemos o leite elas se unem formando a nata. 2. A fumaça que polui o meio ambiente, quando observada ao microscópico mostra minúsculas partículas de carvão suspensas. 3. O granito é formado por quartzo, feldspato e mica, possui três fases, é, portanto, uma mistura heterogênea. 2.2.1 Separação de misturas Os componentes das misturas podem ser separados. Há algumas técnicas para realizar a separação de misturas. O tipo de separação depende do tipo de mistura. A) Liquefação fracionada: através de resfriamento em aparelhagem adequada e com controle de temperatura, os gases se liquefazem separadamente. Uma aplicação desse processo consiste na separação dos componentes do ar atmosférico. Separação dos componentes de mistura homogênea Líquido + Sólido Decantação: este processo é utilizado quando o componente sólido for mais denso que o líquido da mistura. Essa diferença de densidade faz com que o sólido se deposite no fundo do recipiente, e, após a deposição, inclina-se o recipiente para escoar o líquido. Centrifugação: processo caracterizado pelo uso de aparelhos denominados centrífugas, que aceleram a decantação, separando materiais de densidades diferentes. A separação de glóbulos vermelhos do plasma sanguíneo é feito com o auxílio de uma centrífuga. Filtração: a mistura é separada através de uma superfície porosa que, dependendo do tamanho da partícula sólida a ser isolada, pode ser de cascalho, areia, tecido ou carvão ativado. O sólido fica retido no filtro e o líquido é recolhido em outro recipiente. A preparação do café é um exemplo de filtração. Líquido + Líquido Líquido + Sólido Destilação Simples: a separação ocorre de acordo com a diferença nos pontos de ebulição do solvente e soluto. Por aquecimento, em aparelhagem apropriada com um condensador adaptado, só o líquido entra em ebulição, passando para o estado gasoso, e, em seguida, é condensado e recolhido, separando-se do sólido. Para separar a mistura de água e sal e recuperar também a água, emprega-se a destilação simples. O líquido purificado, que é recolhido no processo de destilação, recebe o nome de destilado. Decantação: separa líquidos imiscíveis com a utilização de um funil de decantação. Após a decantação, abre-se a torneira, deixando passar o líquido mais denso. Sólido + Sólido Levigação: quando os sólidos da mistura tem densidades diferentes, usa-se uma corrente de água, que arrasta o componente menos denso. Este processo é utilizado na extração do ouro. Evaporação: neste processo a mistura, contida em recipiente aberto, é aquecida (naturalmente ou não) até o líquido evaporar, separando-se do soluto na forma sólida. Este é o método utilizado nas salinas para obtenção de sal marinho. Ventilação: separação dos componentes sólidos de densidades diferentes, na qual o componente menos denso é arrastado por uma corrente de ar. Na separação de cereais e suas cascas, já soltas, utiliza-se a ventilação. Líquido + Líquido Catação: separação manual dos sólidos com diferentes tamanhos de partículas. Essa prática é muito comum na seleção de grãos bons de feijão para o cozimento. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 10 Peneiração (tamisação): processo utilizado na separação de sólidos de tamanhos diferentes, através do auxílio de uma peneira onde somente as partículas com menor dimensão atravessam a malha. Pode ser utilizado na separação de diferentes granulações de areia. Apesar de ser o quarto elemento mais abundante na crosta terrestre, não se encontra o ferro isolado na natureza, mas somente em minérios, sendo que os principais são: hematita (Fe2O3 – imagem abaixo), magnetita (Fe3O4), siderita (FeCO3), limonita (Fe2O3.H2O) e pirita (FeS2). Separação magnética: separa os componentes de uma mistura, onde um deles é atraído por um ímã, e o outro não. Pode ser utilizado, por exemplo, para separar areia e limalha de ferro. A partir desses minérios, é possível produzir o metal ferro. Essa obtenção de um metal por meio de seus minérios é feita com vários elementos, tais como o alumínio, o cobre, o titânio e o manganês; e esse processo é estudado pela área da metalurgia. Um ramo da metalurgia que cuida somente da obtenção do ferro e do aço é a siderurgia, e o principal minério utilizado é a hematita. Flotação: consiste em separar sólidos de densidades diferentes através de um líquido com densidade intermediária. Quando temos uma mistura de terra e serragem, adicionamos água. A areia fica no fundo e a serragem flutua na água. 3. Metais Os metais possuem características únicas que os diferem das demais substâncias: eles são sólidos à temperatura ambiente (25°C) e apresentam cor prateada. Mas existem exceções como o Cobre (Cu) e o Ouro (Au) que apresentam coloração vermelha e dourada respectivamente. O Mercúrio (Hg) é o único metal encontrado na natureza no estado líquido. A estrutura atômica dos metais é a Cristalina, que se constitui por cátions do metal envolvidos por uma nuvem de elétrons. A capacidade que os metais têm de conduzir eletricidade se explica pela presença dessa nuvem de elétrons, que conduz corrente elétrica nos fios de eletricidade, não só neles, mas em qualquer objeto metálico. Propriedade dos Metais: Brilho: os objetos metálicos, quando polidos, apresentam um brilho característico dos metais, por causa dos elétrons livres localizados na superfície dos metais que absorvem e irradiam a luz. Maleabilidade: essa é a capacidade que os metais têm de produzir lâminas e chapas muito finas. Ductibilidade: Se aplicarmos uma pressão adequada em regiões específicas na superfície de um metal, esse pode se transformar em fios e lâminas, devido o deslizamento provocado nas camadas de átomos. Condutibilidade: os metais são ótimos condutores de corrente elétrica e de calor. Os fios de transmissão elétrica são feitos de alumínio ou cobre, assim como as panelas que usamos para cozinhar alimentos. Os metais possuem a capacidade de conduzir calor de 10 a 100 vezes mais rápido do que outras substâncias. Ponto de fusão e ebulição elevado: o metal Tungstênio se funde (derrete) à temperatura de 3.410°C e entra em ebulição em 4.700°C. 3.1 Ferro O ferro é um metal obtido em siderúrgicas por meio da hematita, um de seus minérios. Por meio dele é feita a liga de aço, que possui grande aplicação em nossa sociedade. O ferro, ou melhor, o íon ferro (Fe+2), é muito importante para a nossa saúde e manutenção da vida. É esse íon que mantém as hemoglobinas de nosso sangue funcionando e possibilita que consigam extrair oxigênio do ar quando o sangue passa pelos pulmões, para assim distribuí-lo por todo nosso corpo. O perfeito funcionamento do cérebro também depende do íon ferro. 3.2 Cobre O cobre é um metal essencial para plantas e animais, o problema está em sua bioacumulação. É considerado metal pesado justamente por esta característica, a de se acumular no organismo e gerar possíveis reações tóxicas. O cobre auxilia diversas funções orgânicas, como a mobilização do ferro para a síntese da hemoglobina, a síntese do hormônio da adrenalina e a formação dos tecidos conjuntivos. O efeito benéfico do cobre está em aliviar dores de origem inflamatória e prevenir o aparecimento das doenças virais (gripes, resfriados), mas existe um parâmetro: as dosagens efetuadas no sangue mostram cupremias (taxas de cobre) elevadas, ou seja, o acúmulo maléfico relacionado à propriedade do cobre de ser um metal pesado. A deficiência de cobre causa anemia (síntese deficiente de hemoglobina), por outro lado, seu excesso causa vômitos, intoxicação aguda e até mesmo a morte. É preciso ter um acompanhamento médico quanto aos índices de cobre no organismo. 3.3 Alumínio O alumínio é obtido por meio de processos metalúrgicos. A metalurgia é uma área que estuda a transformação de minérios em metais ou em ligas metálicas. Vários metais são obtidos por esse método, tais como o cobre, o titânio, o ferro e o manganês. No caso do alumínio, o principal minério utilizado é a bauxita que contém óxido de alumínio hidratado (Aℓ2O3 . x H2O) e diversas impurezas. Quando o óxido de alumínio (Aℓ2O3(s)) é separado da bauxita, seu nome passa a ser alumina. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 11 Antigamente, fazia-se o seguinte: tratava-se a alumina com ácido clorídrico, para gerar o cloreto de alumínio; que era colocado para reagir com potássio ou sódio metálicos, causando a redução do composto e originando o alumínio metálico: Aℓ2O3(s) + 6 HCℓ(aq)→ 4 AℓCℓ3(aq) + 3 H2O(ℓ) AℓCℓ3(aq) + 3 K(s)→ 3 KCℓ(s) + Aℓ(s) Entretanto, esse método era muito caro e ineficiente, por isso o alumínio era considerado um metal raro. Mas, em 1886, dois cientistas de modo separado desenvolveram o método citado acima, em que se utilizava a eletrólise ígnea. Esses cientistas eram o americano Charles M. Hall e o francês Paul Héroult, por isso esse método passou a ser chamado de Processo de Hall-Héroult ou, simplesmente, Processo de Hall, visto que Charles M. Hall o patenteou. O ponto chave que eles descobriram era como fazer o óxido de alumínio ficar no estado líquido para assim conseguir realizar a sua eletrólise ígnea, pois o problema era que o ponto de fusão dele era acima de 2000ºC. Eles utilizaram um fundente, o minério criolita (Na3AℓF6), que foi capaz de abaixar a temperatura de fusão do óxido de alumínio para cerca de 1000 ºC. Assim, como mostra o esquema abaixo, essa mistura de óxido de alumínio e criolita foi colocada em uma cuba eletrolítica de aço revestida de carbono. Por essa mistura fundida passa uma corrente elétrica. As paredes do recipiente que ficam em contato com a mistura funcionam como polo negativo da eletrólise (cátodo), onde ocorre a redução dos cátions de alumínio. Já o ânodo (polo positivo) são cilindros constituídos de grafite ou de carvão, isto é, ambos formados de carbono, onde ocorre a oxidação dos ânions de oxigênio: Semirreação do cátodo: 4 Aℓ3+(ℓ) + 12 e- → 4 Aℓ(ℓ) Semirreação do ânodo: 6 O2-(ℓ) → 12 e- + 3 O2(g) O oxigênio formado reage com o carbono do ânodo e gera também dióxido de carbono: 3 O2(g) + 3 C(s) → 3 CO2(g) De modo que a reação global e o esquema dessa eletrólise ígnea que dá origem ao alumínio são dados por: O alumínio obtido está na forma líquida, porque o seu ponto de fusão é de 660,37 ºC, ou seja, menor que o da mistura de alumina e criolita. O alumínio também é mais denso que a mistura e, por isso, vai se depositando no fundo do recipiente, por onde é recolhido. 3.3.1 Alumínio transparente O alumínio transparente é hoje uma realidade. Sua descoberta foi prevista no filme de ficção científica Star Trek 4 (Jornada nas Estrelas 4). O alumínio transparente é conhecido na indústria como ALONTM, trata-se de um oxinitrato policristalino de alumínio, ou seja, uma cerâmica transparente cristalizada sobre átomos de alumínio. Apesar de ser uma cerâmica, é muito mais resistente que o vidro blindado, e seu desenvolvimento foi inicialmente buscado pelo exército americano para a construção de janelas em veículos blindados. O alumínio transparente é muito mais resistente, leve e fino que o vidro blindado, oferecendo diversas vantagens para a blindagem de veículos. Apresenta diversas outras vantagens sobre o vidro, e para uso civil já está sendo usado em leitores de código de barras em supermercados devido ao seu alto índice de transparência para luz visível e ultravioleta. Todo o mercado pode se beneficiar dessa descoberta, dependendo somente da queda do preço desse produto, pois o método de produção do ALONTM é ainda 5 vezes mais caro que o vidro blindado. Muitas pesquisas estão avançando nesse campo, basta lembrar que o alumínio já foi considerado metal nobre devido ao mesmo problema (alto custo de fabricação) e hoje é um material muito barato. 3.4 Ligas metálicas (ligações metálicas) Ligas metálicas são substâncias resultantes da mistura de dois ou mais elementos, entre os quais pelo menos um é metal. Na maior parte das vezes recorre-se às ligas metálicas para dar aos metais determinadas propriedades mecânicas, térmicas, elétricas, magnéticas ou anticorrosivas. “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 12 Os metais utilizados pela indústria raramente apresentam todas as características desejadas para uma aplicação específica. Caso seja muito quebradiço, ou muito mole, ou pouco resistente à oxidação, busca-se obter uma liga com outro elemento que resulte num material de maior resistência mecânica, duração ou outra qualidade desejável. Por apresentarem propriedades e características físicas mais satisfatórias que as de seus componentes, as ligas metálicas têm importância primordial na indústria metalúrgica. O procedimento mais freqüente na preparação de ligas metálicas consiste em fundir, em primeiro lugar, o metal cujo ponto de fusão é mais elevado, acrescentando-se em seguida os demais componentes. Também é possível inverter a ordem ou fundir os componentes simultaneamente. O método de fusão mais simples é o do cadinho, utilizado em pequenas fundições. Quando é necessário obter grandes quantidades de liga, usamse fornos elétricos de diferentes tipos, como os de arco e de indução de baixa ou alta frequência. Na composição atômica existe a camada de valência, e os elétrons se movimentam livremente por essa camada mantendo a atração eletromagnética pelos cátions. Essa propriedade permite a formação das moléculas de metais e, consequentemente, dos próprios metais. A preparação de algumas ligas metálicas consiste no próprio processo de obtenção do metal, já que alguns minérios já contêm os elementos necessários à liga que se deseja obter. Um exemplo disso é o bronze (liga de cobre e estanho), primeira liga utilizada pelo homem, há mais de cinco milênios. Os homens primitivos fabricavam bronze pela simples fundição do minério de cobre, que já continha estanho. 4. da alteração entre íons de cargas elétricas contrárias (ânions e cátions). Esta ligação acontece, geralmente, entre os metais e não-metais. Metais – 1 a 3 elétrons na última camada; tendência a perder elétrons e formar cátions. Elementos mais eletropositivos ou menos eletronegativos. Não-Metais – 5 a 7 elétrons na última camada; tendência a ganhar elétrons e formar ânions. Elementos mais eletronegativos ou menos eletropositivos. Então: METAL + NÃO-METAL → LIGAÇÃO IÔNICA Exemplo: Na e Cl Na (Z = 11) K = 2 L = 8 M = 1 Cl (Z = 17) K = 2 L = 8 M = 7 O Na quer doar 1 é O Cl quer receber 1 é O cloro quer receber 7é na última camada. Para ficar com 8é (igual aos gases nobres) precisa de 1é. Na+ cátion Propriedades das substâncias iônicas: • Apresentam alto ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE). • São sólidas à temperatura ambiente (25°C) e apresentam forma definida. • Quebram-se facilmente quando são submetidas a impactos, e produzem faces planas, são, portanto, cristais duros e quebradiços. Cl – ânion → NaCl cloreto de sódio As ligações iônicas formam compostos iônicos que são constituídos de cátions e ânions. Tais compostos iônicos formam-se de acordo com a capacidade de cada átomo de ganhar ou perder elétrons. Essa capacidade é a valência. Substâncias Iônicas As substâncias iónicas são constituídas por íons positivos e negativos. São substâncias que possuem entre seus átomos pelo menos uma ligação iônica. Na+ (cátion) Cl – (ânion) → → 5. Substancias Moleculares São formadas por ametais, pois as suas eletronegatividades não são suficientemente grandes para que consigam "roubar" elétrons dos elementos à que se ligam, mas mesmo assim se mantém juntos, um tentando "roubar" o elétron do outro. Propriedades das substâncias moleculares: Força intermolecular: a temperatura de ebulição (T.E.) de uma molécula é influenciada pela interação entre seus átomos (forças de atração intermoleculares): quanto mais intensa for a atração entre as moléculas, maior será a temperatura de ebulição. • O melhor solvente dessas substâncias é a água. • Conduzem corrente elétrica no estado líquido (fundido) e quando estão dissolvidas em água. Essa propriedade é devido à existência de íons com liberdade de movimento. Tamanho das moléculas: o tamanho de um composto molecular também influencia no seu ponto de ebulição. Quanto maior for a substância maior será sua superfície de contato, devido ao aumento das interações entre as moléculas, consequentemente a temperatura de ebulição irá aumentar. 4.1 Ligações Iônicas Ocorre quando dois átomos com diferença elevada de eletronegatividade estabelecem uma relação entre eles, em que o que possui maior eletronegatividade traz para si o elétron do átomo menos eletronegativo. Logo a ligação iônica é resultado 5.1 Ligação Covalente Esta ligação é caracterizada pelo compartilhamento de elétrons. O hidrogênio possui um elétron na sua camada de “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 13 valência. Para ficar idêntico ao gás nobre hélio com 2 elétrons na última camada. Ele precisa de mais um elétron. Então, 2 átomos de hidrogênio compartilham seus elétrons ficando estáveis: Exemplo. H (Z = 1) K = 1 H – H → H2 O traço representa o par de elétrons compartilhados. Nessa situação, tudo se passa como se cada átomo tivesse 2 elétrons em sua eletrosfera. Os elétrons pertencem ao mesmo tempo, aos dois átomos, ou seja, os dois átomos compartilham os 2 elétrons. A menor porção de uma substância resultante de ligação covalente é chamada de molécula. Então o H2 é uma molécula ou um composto molecular. Um composto é considerado composto molecular ou molécula quando possui apenas ligações covalentes Se não houver diferença de eletronegatividade entre os átomos ligados, sendo todas as ligações do composto covalentes, a molécula será apolar, pois são iguais e a diferença de eletronegatividade é tão pequena que essas ligações são praticamente “iônicas”. Moléculas Apolares são moléculas hidrofóbicas, ou seja, não possuem afinidade com a água, não se misturam com a água, apenas com compostos oleosos. 6. Forças intermoleculares Os sólidos iônicos estão unidos por causa da forte atração entre seus íons cátions e seus íons ânions. A maioria dos metais são sólidos a temperatura ambiente por causa da ligação metálica. As substâncias que tem ligações covalentes podem ser, em temperatura ambiente, sólida, liquida ou gasosa. Isto mostra que as interações entre estas moléculas podem ser maiores ou menores. Observe a ligação covalente entre dois átomos de cloro: Existem três tipos de interações intermoleculares. Elas servem somente para as substâncias que possuem ligações covalentes. São elas: Pontes de Hidrogênio ou Ligações de Hidrogênio; Forças dipolo-dipolo, dipolo-permanente ou dipolar; Forças de London, Forças de Van der Waals ou dipoloinduzido. Fórmula de Lewis ou Fórmula Eletrônica Cl – Cl será a fórmula Estrutural 6.1 Pontes de Hidrogênio Cl2 a fórmula Molecular Conforme o número de elétrons que os átomos compartilham, eles podem ser mono, bi, tri ou tetravalentes. 5.2 Polaridades das Moléculas A polaridade das moléculas é definida pela diferença de eletronegatividade que se estabelece entre os átomos dos elementos químicos. Todas as ligações dos compostos covalentes, assim, se houver diferença de eletronegatividade na molécula, ocorrendo um deslocamento de carga, ela será polar; mas se não houver diferença de eletronegatividade entre os átomos, a molécula será apolar. É a tendência que as moléculas tem de forma (ou não) polos. Sendo assim podem existir moléculas polares e apolares. 5.2.1 Moléculas polares O átomo mais eletronegativo atrai os elétrons da ligação covalente, adquirindo uma carga negativa, enquanto que o átomo do elemento menos eletronegativo fica positivo, criando uma região polar na cadeia. Nesses casos, a molécula é considerada polar. Quando dois átomos diferentes formam uma ligação covalente, o par de elétrons será compartilhado de forma desigual, dando origem a uma ligação covalente polar. Moléculas Polares são moléculas que possuem afinidade com a água, sendo portanto hidrofílicas. 5.2.2 Moléculas apolares Esta interação intermolecular pode ser chamada também de Ligações de Hidrogênio. É realizada sempre entre o hidrogênio e um átomo mais eletronegativo, como flúor, oxigênio e nitrogênio. É característico em moléculas polares. Podem ser encontrados no estado sólido e liquido. É a ligação mais forte de todas, devida à alta eletropositividade do hidrogênio e à alta eletronegatividade do flúor, oxigênio e nitrogênio. De um lado, um átomo muito positivo e do outro, um átomo muito negativo. Isto faz com que a atração entre estes átomos seja muito forte. Por isso, em geral são sólidos ou líquidos. Exemplos: H2O, HF, NH3 Uma consequência das pontes de hidrogênio que existem na água é a sua elevada tensão superficial. As moléculas que estão no interior do líquido atraem e são atraídas por todas as moléculas vizinhas, de tal modo que as essas forças se equilibram. Já as moléculas da superfície só são atraídas pelas moléculas de baixo e dos lados. Consequentemente, essas moléculas se atraem mais fortemente e criam uma película parecida com uma película elástica na superfície da água. Este fenômeno ocorre com todos os líquidos, mas com a água, acontece mais intensamente. A tensão superficial explica alguns fenômenos, como por exemplo, o fato de alguns insetos caminharem sobre a água e a forma esférica das gotas de água. 6.2 Dipolo-Dipolo Esta interação intermolecular pode ser chamada também de dipolo-permanente ou dipolar. Ocorre em polares. É menos “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. 14 intensa que as pontes de hidrogênio. Quando a molécula é polar, há de um lado um átomo mais eletropositivo e do outro, um átomo mais eletronegativo. Estabelece-se de modo que a extremidade negativa do dipolo de uma molécula se oriente na direção da extremidade positiva do dipolo de outra molécula. Exemplos: HCl, HBr, HI 6.3 Forças de London Esta interação intermolecular pode ser chamada também de dipolo-induzido ou Forças de Van der Waals. É a interação mais fraca de todas e ocorre em moléculas apolares. Neste caso, não há atração elétrica entre estas moléculas. Deveriam permanecer sempre isolados e é o que realmente acontece porque, em temperatura ambiente, estão no estado gasoso. São cerca de dez vezes mais fracas que as ligações dipolo-dipolo. A molécula mesmo sendo apolar, possui muitos elétrons, que se movimentam rapidamente. Pode acontecer, em um dado momento, de uma molécula estar com mais elétrons de um lado do que do outro. Esta molécula estará, portanto, momentaneamente polarizada e por indução elétrica, ira provocar a polarização de uma molécula vizinha (dipolo induzido), resultando uma fraca atração entre ambas. Esta atração é a Força de London. Exemplos: Cl2, CO2, H2 Tipo de substância Metálica Iônica Covalente polar Covalente apolar Partícula Átomos e cátions Íons moléculas Moléculas Atração entre as partículas Por “elétrons livres” Atração eletrostátic a Pontes de hidrogênio ou dipolodipolo Van der Waals Estado físico Sólido (exceto Hg) Sólido Líquido Gasoso Alto Alto Baixo Muito baixo Alta (sólidos e líquidos), sem atração da substância Alta (fundidos ou em solução) Praticament e nula quando pura. Condutora quando em solução Insolúvel Solúvel em solvente polar Solúvel em solvente polar Solúvel em solvente apolar Dura, mas maleável e dúctil Dura, porém quebradiça - - PF e PE Condutividade elétrica Solubilidade em solventes comuns Dureza Quadro-Resumo das propriedades físicas e os tipos de ligações: “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE. Nula 15 TABELA PERIÓDICA TABELA ELETRONEGATIVIDADE “O NOSSO FOCO É O SEU SUCESSO!” End.: Rua: Dr. Nilo Romero, Nº 308, Centro. Lagarto/SE.