Nesse contexto, pululam programas esportivos cujos

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ESPECIAL
PA N
2007
Esporte social futebol clube: contradições
e dilemas em nosso tempo
Marcelo Paula de Melo*
É possível observar um grande aumento das iniciativas privadas no que se refere à execução e implementação de ações sociais em diversas áreas. Sejam ONGs, fundações e
institutos empresariais de artistas e atletas, todos parecem estar imbuídos da chamada
missão social. Isso tem se dado no exato momento em que a natureza de atuação do
Estado capitalista se altera.
Pelo incentivo direto ou indireto à participação de organismos privados na execução de
políticas públicas, o bloco no poder se torna
elemento central na consolidação desse processo. Longe de concordarmos com a tese de
que o Estado se ausenta para que organismos privados
assumam a execução, apontamos
que isso é parte
central do referido
processo, conjugado com uma série
de iniciativas correlatas, como a precarização no mundo
do trabalho e a diminuição da capacidade executora do
Estado. A emergência de tantas ações
sociais privadas ind i c a , a s s i m , uma
nova estratégia educativa da burguesia
brasileira e mundial para educar o
consenso de amplos setores da população. Fica explícito que
longe de retirar-se, o Estado, mediante uma
série de incentivos legais, como financiamento direto ou isenções fiscais, é partícipe de
todo o processo, em que o esporte e o lazer
ganham destaque.
Seja por sua ampla visibilidade na sociedade brasileira, seja pelo apelo popular
que o esporte tem, podemos dizer que a onda
Nesse contexto,
pululam programas
esportivos cujos
objetivos alegados
são o resgate
da cidadania
e a promoção
da inclusão social
via esporte
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DEMOCRACIA VIVA Nº 35
de ações sociais esportivas está na moda.
Ações sociais de empresas, de ONGs de atletas, enfim, há uma gama de organismos e
programas, com ampla visibilidade pública,
contribuindo para a disseminação das ações
do chamado terceiro setor. Ao mesmo tempo, a noção de direito social, advinda de dura
conquista, é substituída pela de responsabilidade social de empresas e personalidades,
sobretudo esportistas. Para usarmos um termo da moda, podemos dizer que estes são
tempos das ditas parcerias entre Estado e
sociedade civil.
É nesse contexto que pululam programas esportivos cujos objetivos alegados são
o resgate da cidadania e a promoção da inclusão social via esporte. Essa concepção
apresenta os programas de esporte como
possíveis redentores sociais. É nessa conjuntura que este texto pretende discutir qual a
implicação desse movimento para a consolidação, ou não, do esporte como um direito
social. Além disso, o texto pretende situar o
lugar das ações sociais de esporte no atual
projeto de sociedade neoliberal, e sua contribuição para afirmação da hegemonia burguesa em nosso tempo. Nosso foco principal será analisar concepções e práticas
difundidas em algumas ações sociais esportivas, que têm como principais atores esportistas e empresas.
Como lembra Ellen Wood (2003), a
crítica radical ao capitalismo parece estar
fora de moda, conferindo a ele uma dimensão a-histórica e naturalizada. Ela afirma
que tal crítica demanda a consideração do
capitalismo como um sistema de relações
sociais, e não apenas um modo de produção.
ESPORTE SOCIAL FUTEBOL CLUBE: CONTRADIÇÕES E DILEMAS EM NOSSO TEMPO
Mas isso não pode ser feito sem a crença de
que existem alternativas, 1 que se realiza a
partir do projeto de sociedade antagônico
ao capitalismo: o socialismo.
Busca do consenso
Os tempos atuais guardam uma característica muito peculiar. Como parte da luta política e do embate de concepções de mundo
entre os diversos grupos e classes sociais,
vários termos e conceitos são apropriados
por forças políticas com projetos de sociedade muitas vezes antagônicos. Se, em dado
momento, alguns conceitos e algumas bandeiras tiveram um determinado significado
na luta política, pode ser que no atual momento histórico seu evocar represente objetivos, concepções, ideologias e projetos de
sociedade diametralmente opostos de outros momentos.
Conceitos como cidadania, formação
humana, trabalho, sociedade civil, Estado, têm
sido alvo de intensas disputas, sem com isso
deixarem de aparecer na arena política. A
menção a tais conceitos não esclarece muito
as concepções e os projetos políticos daqueles que o fazem. Faz-se necessário sair da superfície e aprofundar os sentidos, significados, projetos, embates e concepções. A
disputa semântica, longe de ser algo de menor relevo na luta política, pode indicar o grau
de consolidação da hegemonia de uma determinada classe e suas frações em torno do
seu projeto de sociedade.
Com a nova configuração da sociedade civil na década de 1980 e o surgimento/
afirmação da idéia de terceiro setor, as iniciativas no âmbito dos esportes também são influenciadas. Começam a ganhar força os chamados projetos sociais ou programas de
iniciação esportiva para crianças e jovens, principalmente em bairros pobres.
Há um significativo incremento de organizações privadas que mantêm ações sociais, nas quais os esportes ocupam papel
central. Dentre essas organizações, temos
notado um grande crescimento das chamadas ONGs e das fundações de atletas e exatletas, que se articulam para disputar espaço na sociedade, ganhando visibilidade
na/da mídia.
Começa-se a falar num suposto novo
conceito de esporte. Não é incomum escutar
ou ler a expressão “esporte social” para indicar ações sociais privadas, ou mesmo políticas
públicas, por meio das quais jovens e crianças
pobres poderiam praticar esporte graças às
ações “caridosas” e filantrópicas do capital.
Aliás, é preciso remeter ao termo da moda.
Estamos falando da chamada parceria, em que
público e privado, Estado e empresas – ou mercado, como preferem os novos filantropos –
dão as mãos para obterem finalmente a tão
sonhada inclusão
social. Com isso,
ninguém ficará de
fora da democrática sociedade de
mercado. Tal moda
das parcerias também tem feito sucesso entre setores
da esquerda, que
parecem ter descoberto a face social
do capitalismo.
Falar no chamado esporte social implicaria não
considerar a afirmação do direito
social ao esporte,
conquistado a duras penas como dever de Estado e direito do conjunto
de cidadãs e cidadãos. Isso seria passado, já que – para
ficar na moda – devemos lembrar que
estaríamos na fase
do Estado gerencial e não executor. Isso caberia ao terceiro setor ou à sociedade civil,
entendida não como instância superestrutural em que as diversas classes sociais lutam com seus aparelhos privados de hegemonia para obter consenso e difundir sua
concepção de mundo, como lembrava
Gramsci. Aqui, sociedade civil, na nova fase
do capitalismo, seria uma terceira esfera, supostamente autônoma com relação a outra
duas: o Estado e o mercado.
O termo esporte social não demorou
a ser assumido por vários órgãos públicos
para indicar essa suposta nova forma de se
vivenciar o esporte. Associando a prática esportiva com o lazer, o esporte social seria
voltado à inclusão social, como podemos
apreender em documentos do Ministério do
Esporte (Ministério do Esporte, 2004; 2003).
Como parte da
luta política entre
os diversos grupos
e classes sociais,
vários termos e
conceitos são
apropriados por
forças políticas
com projetos de
sociedade, muitas
vezes, antagônicos
1 Isso nos remete à música
“Além do que se vê”, do grupo Los Hermanos, nona faixa
do CD Ventura, na qual, logo
no início, somos brindados
com os seguintes versos:
“moça, olha só o que eu te
escrevi/ é preciso força pra sonhar e perceber/ que a estrada vai além do que se vê”.
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ESPECIAL
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2007
Sobre a relação esporte e inclusão
social, algumas questões se fazem necessárias: quem será incluído(a) socialmente? O
que seria estar incluído socialmente? O que
levou quem não está incluído(a) a essa situação? Quem não está incluído(a) socialmente? Pode o esporte incluir socialmente? Onde estão essas pessoas que não
foram incluídas? O que fazem ou têm feito
enquanto aguardam a vez de serem incluídas socialmente?
Como podemos apreender no documento final da Conferência Nacional de Esporte (2004), o chamado esporte social juntaria as outras três dimensões do esporte:
esporte escolar, esporte de alto rendimento e
esporte de lazer. No documento, afirma-se ainda que a preocupação com o social deve estar presente em todas dimensões.
Salta aos olhos como essa suposta
dimensão social se autonomiza das dimensões política e econômica, entendidas como
campos não apenas autônomos, mas independentes. Mesmo que a realidade constantemente prove o contrário, fica claro
como essa tentativa de autonomização da
vida em sociedade se caracteriza como expressão maior da nova face do capitalismo,
buscando apresentar a existência de separação rígida das dimensões da vida humana. Assim, a economia seria descolada e independente da política, que também seria
independente de uma dimensão social –
ainda que nunca fique claro o que exatamente queira dizer esta dimensão.
Há nesse processo um emblemático
“mimetismo terminológico”, que confunde
e educa para um perigoso consenso incapaz
de compreender os diferentes projetos de sociedade, expressos sob uma aparente homogeneidade terminológica. Paulo Eduardo
Arantes nos mostra como isso tem sido essencial para a afirmação do projeto de sociedade neoliberal. Com isso:
vive-se o grande desconcerto de verificar, a cada rodada, que tamanha
demolição é conduzida nos termos
mesmos em que a fórmula de resistência dos perdedores [...]. Portanto
‘sociedade civil’ desmantelada em seu
próprio nome, destituição de direitos em nome de direitos de última
geração [...]. Não é para menos: de
uma hora para outra ‘direito’ tornou-se privilégio, além dos mais em
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DEMOCRACIA VIVA Nº 35
detrimento dos ‘excluídos’; sujeitos
de direitos, usuário de serviços; ‘cidadania’ mera participação numa comunidade qualquer [...] (Arantes,
2000, p. 16).
É nesse contexto que ações sociais privadas e políticas públicas de esporte e lazer
começam a ganhar destaque. Apresentandose como parceiros na “luta pela inclusão social” são amplamente noticiadas na mídia. Dentre essas ações, podemos apontar as
promovidas por atletas e ex-atletas que se apresentam como parte do chamado terceiro setor. Fica a dúvida acerca do real sentido do
termo esporte social. Teria mesmo esse termo
a capacidade de expressar um novo conceito
de esporte? Estamos diante de um conceito
com densidade explicativa da realidade? Ou
se trata de mais um modismo tão recorrente
na educação física?
Mais do que isso, não se pode ignorar como o termo esporte social tem sido
muito valioso para designar o conjunto dos
chamados projetos sociais nos quais jovens
pobres praticam esportes, em ações financiadas por organismos privados, como fundações empresariais, ONGs, ou mesmo por algumas políticas públicas. O curioso é que,
muitas vezes, tais projetos, ditos sociais são
os mesmos que atuam com práticas pouco
sociais. A precarização do trabalho docente,
a esportivização seletiva dos(as) mais aptos
em detrimento da vivência esportiva do conjunto de praticantes, a filantropização de direitos sociais e as abordagens salvacionistas
são elementos comuns em muitos dos chamados projetos sociais (Ver Melo, 2005;
Daflon, 2005a; 2005b).
Esporte, educação e cidadania
É ponto pacífico que as vivências esportivas
trazem em si importantes dimensões educativas, conformadas pelas lutas políticas e pelos
projetos de sociedade em disputa. Mesmo um
projeto educativo que contemple a relação esporte/educação, unicamente do ponto de vista de disseminação da lógica de consumo fugaz de práticas de lazer, não deixa de ser
educativo, ainda que considerado sob o ponto de vista de perpetuação e naturalização das
relações sociais capitalistas.
Essa consideração visa enfrentar certa
idealização do termo educativo. Nota-se que
a simples menção de que alguma prática
ESPORTE SOCIAL FUTEBOL CLUBE: CONTRADIÇÕES E DILEMAS EM NOSSO TEMPO
cultural seja educativa, confere-lhe uma dimensão de prática social naturalmente relacionada à ampliação da visão de mundo das pessoas envolvidas. Lembrando um comercial de
outros tempos: “se é educativo, é bom”. Tal
idealização do termo educativo desconsidera
que os processos de disseminação das relações sociais capitalistas também se dão por
meios educativos, difundindo sua concepção
de mundo e seus projetos de sociedade, sobretudo por mecanismos subliminares de produção de vontade, desejos e valores.
Não por acaso, Antonio Gramsci (2001)
lembra-nos que toda relação de hegemonia é
uma relação pedagógica, a partir do consenso
ativo e/ou passivo obtido do conjunto da população pela atuação dos aparelhos privados
de hegemonia, sendo os principais, em nosso
tempo, a escola e as mídias. Por isso, as vivências
culturais de lazer obtêm uma posição de destaque, tanto na conservação como na possível
introdução de novas relações sociais na disputa pela hegemonia, podendo influir na dinâmica de organização da sociedade. O marxista italiano faz questão de ressaltar que essa relação
pedagógica está longe de limitar-se às relações
especificamente escolares, existindo:
[...] em toda a sociedade no seu conjunto e em todo o indivíduo com
relação aos outros indivíduos, entre
governantes e governados, entre elites e seguidores, entre dirigentes e
dirigidos, entre vanguardas e corpos
de exército. Toda relação de hegemonia é necessariamente uma relação pedagógica, que se verifica não
apenas no interior de uma nação,
entre as diversas forças que a compõem, mas em todo o campo internacional e mundial, entre conjuntos
de civilizações nacionais e continentais. (Gramsci, 2001, v.1, p. 399).
Notamos certo revolver de justificativas
conservadoras ao abordar a importância do
esporte, sobretudo para jovens pobres. Com
o avanço da pobreza e maior visibilidade da
violência urbana, credita-se ao esporte o papel de redentor da juventude pobre, visto que
poderia controlar os impulsos violentos e promover uma sociabilidade civilizada. Com isso,
passam a ser recorrentes menções a uma suposta capacidade que programas de esporte
destinados aos(às) jovens pobres teriam num
eventual controle de violência e criminalidade. Pode-se dizer que o caráter redentor, antes
atribuído à escolarização, parece ter sido substituído por uma apologia acrítica aos projetos
de lazer e esporte. E, com isso, continuamos
na superfície dos sérios e estruturais problemas sociais, como pobreza, desemprego, industrialização do tráfico de drogas etc.
Frente a isso, Paulo Carrano oferecenos questões que precisam ser relevadas.
São comuns projetos e políticas públicas de
esporte e/ou esporte voltados para a juventude estarem diretamente relacionados à
temática da violência, gerando quase que
uma monocultura analítica, parafraseando
um termo do autor. Com isso, debates e proposições acerca da realidade da juventude
se dão de forma:
[...] apartada do contexto global da
realização das sociedades contemporâneas. Muitos dos ‘problemas’ que
são atribuídos aos jovens são, na
verdade, elementos sociais e ideológicos que atravessam a totalidade
das estruturas e relacionamentos
sociais (Carrano, 2003, p. 131).
Seguindo essa trilha, Carrano possibilita-nos ampliar a visão sobre uma relação
muitas vezes apresentada de forma imbricada.
A tematização da juventude articulada à violência produz visões restritas e lineares, embora ainda oriente
muitas ações e políticas públicas que
têm como alvo principal o(a) jovem, sobretudo pobre.
As políticas
públicas de esporte
precisariam de outras justificativas
que não apenas democratização do
acesso/permanência. Não é difícil ouvir assertivas de que
o(a) jovem que pratica esporte, por
exemplo, não se envolve com drogas;
ou argumentos mais
conservadores no
que tange ao tempo livre, como sendo essa a
raiz de todos os males e problemas da juventude: “não tem tempo de pensar besteira”;
“não fica fazendo o que não deve na rua”;
“mente vazia oficina do diabo”.
Com o avanço da
pobreza e maior
visibilidade da
violência urbana,
credita-se ao
esporte o papel de
redentor da
juventude pobre
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ESPECIAL
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2007
* Marcelo Paula
de Melo
Professor do ISE/Faetec
e da Uniabeu,
doutorando em Serviço
Social na UFRJ,
pesquisador do Coletivo
de Estudos de Política
Educacional (FioCruz)
<basqueteiromelo@
terra.com.br>
Por trás de argumentações como essas,
estão presentes componentes que há muito
marcam algumas iniciativas que atendem os (as)
jovens pobres. Percebemos claramente a posição de que o envolvimento com o crime dar-seia por “não ter outras coisas a fazer e pensar”,
indicando uma suposta linearidade entre falta
de opções de lazer e o ingresso no mundo do
crime. O esporte e o lazer seriam antídotos perfeitos para coibir tais práticas, uma espécie de
analgésico social, sempre numa perspectiva
conservadora de controle social. Essa concepção salvacionista tem se feito presente em diversos momentos (Ver Melo, 2005).
Prorrogação?
As intervenções públicas garantidoras de direitos sociais das mais variadas áreas deixam de
ser apresentadas como políticas públicas para
ganharem a terminação genérica e abstrata de
projetos sociais. A própria abstração representada pela expressão social contempla essa tarefa aparentemente despolitizada: um social completamente desvinculado de uma dimensão
política e menos ainda influenciado por qualquer dimensão econômica. Uma dimensão da
vida humana que pairaria no ar, sem qualquer
determinação de outra natureza.
Essa difusão do termo projeto social
para referir-se a políticas públicas insere-se
na luta política para educação do consenso
em torno das bases do projeto histórico do
grupo dominante. A destituição de direitos e
a transformação desses em mercadorias negociáveis é característica do neoliberalismo.
Nesse sentido, a conformação de políticas
públicas em projetos sociais – sejam imple-
mentados por organismos da sociedade civil,
sejam por órgãos públicos, sobretudo municipais, ainda que financiados pelo governo
central – atende a essa lógica.
Nos ditos projetos sociais, a manutenção e difusão pedagógica das bases neoliberais são constantes. A lógica do risco capitalista é transferida para os(as) usuários(as) dos
programas. A possibilidade de a fonte de financiamento cessar – por motivos vários – e
os(as) usuários(as), supostamente sujeitos
de direitos, serem sumariamente descartados(as), é constante. A necessidade de
cumprimento da meta de participantes para
eventuais renovações das fontes de financiamento faz com que isso tenha primazia
na atuação dos organismos, sejam públicos (municipais ou estaduais) ou privados
(ONGs, associações de moradores, movimentos sociais).
Não obstante, é comum a competição
entre organizações ou prefeituras para ver
quem será o executor dos projetos. Em geral,
aquele que oferece melhores condições ao
financiador vence o pleito. Essas melhores
condições podem ser preços mais baixos de
administração, custos de manutenção do programa ou mesmo maior visibilidade que o
programa irá conferir. Com isso, a precarização do trabalho e da própria execução dos
programas como forma de diminuição de custos pode ser constante. Intencionalmente,
não foi tratado de forma explícita a relação
esporte e cidadania. Por outro lado, tal relação está presente no texto nas proposições e
desdobramentos das políticas públicas de
esporte em nosso tempo. Afinal, o jogo só
termina ao apito do juiz.
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58
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Autores Associados, 2005.
MINISTÉRIO DO ESPORTE. Documento final da I Conferência
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NEVES, Lúcia Maria Wanderley (org.). A nova pedagogia da
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WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra o capitalismo: a
renovação do materialismo histórico. São Paulo: Editora
Boitempo, 2003.
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