VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE

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VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE –
VERSUS
RELATÓRIO INDIVIDUAL
São Luís
2016
VITOR FERNANDES RIOS
RELATÓRIO INDIVIDUAL
São Luís
2016
INTRODUÇÃO:
Participei do VER-SUS em Bacabal – MA com a intenção de buscar aprender
mais sobre o sistema de saúde, a situação da saúde em diferentes regiões e
comunidades e colaborar com o próprio projeto, os participantes, a comunidade
acadêmica e, certamente, com o sistema de saúde nacional.
Propus-me a compreender melhor como funcionam as políticas de saúde no
SUS (Sistema Único de Saúde) e a forma como são aplicadas nas diversas
situações. Almejei aprender como funcionam, na prática, os princípios de
universalidade, equidade, integralidade, regionalização, hierarquização, dentre
outros. Vivenciei a logística de atendimentos nas mais variadas regiões, desde
assistência
em
hospitais
à
assistência
em
comunidades
isoladas,
como
comunidades quilombolas. Muito além de apenas observar, contribui com as
intervenções médico-hospitalares e sanitaristas. E todo conhecimento, experiências
e lições de vida irei compartilhar com todas as pessoas ao meu alcance. Sem
dúvidas, o engajamento dos acadêmicos, inclusive o meu, é um compromisso de
suma importância para difundir de forma simples o funcionamento do SUS, bem
como sua importância à nação.
RELATÓRIO:
No dia 04 de janeiro de 2016, segunda-feira, as atividades do projeto VERSUS Bacabal iniciaram-se com sucesso e bastante entusiasmo pelos viventes. Os
acadêmicos ingressaram ao hotel as 8hrs, com a realização da divisão dos quartos e
acomodação nos mesmos.
A partir das 10hrs, os viventes reuniram-se para começar as atividades
propostas. Utilizaram a cozinha do Hotel Plazza Royal como lugar de encontro do
exercício a ser desenvolvido nessa manhã. A dinâmica foi um círculo de
apresentação. Os facilitadores explicaram de forma simples e coesa o propósito do
projeto e como o este iria ser desenvolvido durante os dez dias. Em seguida, cada
estudante teve a oportunidade de se apresentar, relatando o nome, naturalidade,
idade, curso, dentre outras características.
Às 12hrs, houve uma pausa para a refeição. O retorno às atividades foi a
partir das 14hrs, com a “Gincana da teia de aranha”. Os viventes organizaram-se em
uma roda. Um rolo de fita era passado não sequencialmente pelos integrantes. À
medida que o rolo passava pelas mãos de cada um, o individuo deveria se
apresentar novamente e ainda explicar sucintamente o motivo que o levou a
participar do VER-SUS. Essa foi uma gincana fundamental, uma vez que se pode
conhecer um pouco de cada integrante do grupo, além de se familiarizar com suas
expectativas e opiniões.
Por volta das 16hrs, ocorreu a divisão dos viventes em quatro grupos, os
núcleos de base (NB). A proposta era que cada NB se reunisse e criasse uma
identidade ao seu grupo (nome, tema, bandeira e lema). O meu NB era o
IntegraSUS, com a bandeira representando os símbolos dos diversos cursos da
saúde que participaram e lema: “Sozinho vou longe. Mas quando ando em conjunto,
vou ainda mais longe”. A atividade finalizou-se as 19hrs e foi bastante proveitosa,
podendo integrar os viventes e promover a interação.
Após o jantar, o cronograma de atividades retornou às 20h30min com a
plenária sobre o tema: “Redes de Saúde”. A discussão sobre as redes de saúde foi
de grande valor. Pode-se compreender melhor seu conceito, funcionamento e
objetivos. As tarefas do dia encerraram às 23h30min.
Na segunda-feira, dia 05 de janeiro de 2016, os participantes do projeto
tomaram o café da manhã no intervalo das 7hrs as 8hrs. As 8hrs, cada grupo foi
levado pelo transporte a um local de vivência. O grupo IntegraSUS fez a visita a
Unidade Básica de Saúde da Trizidela.
Em relação à experiência na UBS, vários aspectos foram ressaltados e
discutidos pelos membros do IntegraSUS. Quanto a UBS da Trizidela, pode-se
destacar um dispositivo de difícil acesso, localizado em uma região onde os índices
de pobreza e marginalização são elevados. Apresenta estrutura física razoável e
organizada. De acordo com os profissionais, é uma unidade desenvolvida sobre seis
equipes, cada qual com um médico, um enfermeiro e seis ACS. Há salas de
vacinação, de odontologia, uma farmácia e consultórios. Quanto aos pontos
negativos, na farmácia, havia uma deficiência constante de medicações. Drogas de
suma importância no combate à Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e
verminoses estavam em falta. E esse problema deve-se a uma desarticulação entre
demanda e oferta. O reabastecimento da farmácia não era feito de forma periódica e
isso prejudicava o tratamento dos pacientes e até mesmo os afastava do dispositivo
em questão. Não havia mais o programa de HIPERDIA, muito menos assistência de
qualidade aos pacientes portadores de tuberculose e hanseníase. Mas vale ressaltar
que, apesar dos salários atrasados, da carência da logística atendimento-tratamento
e do acesso, os profissionais demonstraram-se bastante empenhados no trabalho.
Relataram fazê-lo por amor, pela vontade de fazer a diferença e proporcionar
assistência à comunidade.
Outro ponto de destaque foi o projeto que está em processo de ser aplicado
pela equipe da UBS: as ações inovadoras. Por meio desse projeto, a equipe
multiprofissional se desloca a residências afastadas da área de cobertura,
proporcionando assistência e tratamento. É um trabalho que tem notório valor, mas
que ainda não é aplicado.
Das 12hrs as 14hrs, houve a pausa para o almoço.
Durante a tarde (14hrs às 16h30min), ocorreu a visita ao Complexo de Saúde
José Arcanjo Lisboa. A visita foi direcionada ao CEO (Centro de Especialidade
Odontológica).
Nesse
dispositivo,
o
atendimento
é
feito
por
meio
de
encaminhamentos das UBS ou mesmo pelo ambulatório clínico existente no próprio
local. Apesar disso, pacientes de emergência também são atendidos. São feitas
próteses odontológicas (cerca de 60 por mês). E é necessário realçar que os
profissionais apresentavam dificuldades notórias. Não há incentivo financeiro, nem
13º salários. Há, no dispositivo, dentistas, cirurgião bucomaxilar, próteses, cirurgião
geral e radiologista.
Ainda a tarde (16h30min as 18h30min) houve a discussão de cada NB sobre
seu local de vivência.
O jantar foi realizado das 19hrs as 20hrs.
A partir das 20hrs, os NB’s assistiram ao documentário "Ilha das Flores". O
filme retrata e critica sucintamente modelos de saúde biomédicos, baseados no
capitalismo e nos determinantes sociais. Instiga ainda uma análise sobre o
comportamento humano, a pobreza e as desigualdades, que de forma direta ou
indireta afetam a saúde pública.
Na plenária, houve a discussão novamente sobre os aspectos otimistas e
precários das UBS. A deliberação realizou-se na sala do Hotel, mediada pelos
facilitadores e realizada em conjunto com os quatros núcleos de base. Além disso,
discutiu-se sobre o artigo "Saúde e determinantes sociais".
No dia 6 de janeiro de 2016, quarta-feira, todos os acadêmicos novamente
tomaram café das 7hrs as 8hrs. E as 8hrs, realizaram em conjunto a visita ao
Quilombo Piratininga. O nome Piratininga, segundo a moradora local, significa “peixe
seco”. Os viventes conversaram das 8hrs as 12hrs com a moradora. Um dos
aspectos que chamou a atenção é em relação à tradição. A entrevistada, mesmo
sendo evangélica, demonstrava conhecimento sobre as religiões locais. Havia a
festejo “Terecô”. A economia se baseava na quebra de coco. E apesar de ser uma
comunidade relativamente de fácil acesso, o atendimento médico-hospitalar era
deficiente. Há, porém, visitas esporádicas dos agentes comunitários de saúde
(ACS). E a medicina local se limitava aos costumes e saberes populares diante da
fitoterapia (chá de eucalipto, chá de chanana, folhas de manga, chá de insulina,
etc.).
O almoço foi servido no período das 12hrs as 14hrs.
Na quarta-feira à tarde (14hrs as 16h30min), os viventes foram levados ao
lixão de Bacabal. Foi uma experiência que sensibilizou os participantes. Os dois
catadores relataram a jornada desumana e insalubre de trabalho deles. Catavam o
“material reciclável” (era assim que chamavam o lixo) com jornadas que
extrapolavam às 24 horas. Quanto ao ambiente, ressalta-se um meio insalubre,
fétido e sem as mínimas condições de higiene. Havia material hospitalar misturado
ao amontoado de lixo. E os próprios catadores relataram que a noite, o lixão
tornava-se um local de uso de drogas lícitas e ilícitas, além de abusos sexuais.
Na quinta-feira (7 de janeiro de 2016), após o café da manhã (das 7hrs as
8hrs), os participantes engajaram-se na visita ao Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
No CAPS, o atendimento é ambulatorial. Não há atendimento de pacientes
em crises. Há oficinas, como de artesanato e dança, com o objetivo de promover a
socialização, a interação e a concentração. Pacientes autistas, com depressão e
esquizofrênicos são os principais recebidos nesse dispositivo.
Quanto ao CREAS, destaca-se a luta contra a violação dos direitos: abusos
sexuais, maus tratos aos idosos, dependência química e trabalho infantil. O trabalho
desenvolvido pelos profissionais desse local é surpreendente. Apesar de não ter
investimento financeiro e do próprio risco de vida, esses profissionais realizam um
trabalho eficiente e de qualidade nessa área. Infelizmente, ainda há alguns entraves,
como a dificuldade em ofertar o atendimento a determinados indivíduos, a violência
a qual os funcionários estão suscetíveis, etc.
O almoço realizou-se das 12hrs as 14hrs.
Pela tarde, das 14hrs às 18h30min, visitou-se o CRAS (Centro de Referência
em Assistência Social) no bairro Vila Pedro Brito. O CRAS tem como principais
linhas de atuação a promoção de assistência à população, estudos epidemiológicos,
incentivar a educação, além de outras atividades comunitárias.
O jantar foi feito das 19hrs a 20hrs.
À noite (20hrs as 2hrs), assistiu-se a um filme que fazia uma crítica ao modelo
biomédico no hospício, ouve a plenária sobre as vivências no CAPS, CREAS E
CRAS, além da dinâmica “mística”.
No dia 8 de janeiro de 2016, após o café da manhã (das 7hrs as 8hrs), o
grupo IntegraSUS realizou uma visita ao CTA (Centro de Testagem e
Aconselhamento), localizado no Complexo de Saúde José Arcanjo Lisboa.
A experiência no CTA foi feita das 8hrs as 12hrs. Nesse centro, percebe-se
uma
logística
no
diagnóstico
e
tratamento
de
paciente
com
doenças
infectocontagiosas, principalmente DST’s e, ainda mais, da AIDS.
De uma certa forma, como têm que abordar pacientes com doenças
estigmatizadas pela sociedade, os funcionários do CTA tem um papel de
“psicólogo”.
Outro fato de destaque foi a baixa prevalência de adolescentes em
tratamento, uma vez que a atuação preventiva do CTA sobre essa faixa etária é
eficiente. Geralmente, quando jovens vão à busca de atendimento, este recebe uma
assistência diferenciada.
Nesse dispositivo é oferecido teste rápido de HIV. Não tem ELISA. E tem
como principal dificuldade a não adesão do paciente ao tratamento.
No sexto dia de vivência, sábado (09/01/2016), houve espaço para interação,
conhecimento e comunicação entre viventes e facilitadores, o documentário e a
mística. Houve café da manhã das 7hrs as 8hrs. Das 8hrs as 12hrs, ocorreram o
espaço de interação. No momento das 12hrs as 14hrs, os viventes almoçaram. Logo
em seguida, os acadêmicos assistiram ao documentário "Privatização do
Capitalismo", cada grupo em seu núcleo de base. Houve deliberação sobre o
documentário e pausa para o jantar (19hrs às 20h30min). A partir das 20h30min,
desenvolveram-se a mística, intercomunicando os integrantes e suas experiências
de vida e emocionais.
No dia 10 de janeiro de 2016, domingo, desenvolveu-se o dia de lazer. Era
para os viventes irem a um parque aquático. Entretanto, por determinados entraves,
os acadêmicos estabeleceram seu descanso no próprio hotel. Nesse dia, o café se
realizou das 7hrs as 9hrs. O almoço das 12hrs as 14hrs. E o jantar das 19hrs as
20hrs. Os integrantes do projeto tiveram os turnos matutino e vespertino para se
relacionarem, trocarem experiência e recuperar as energias para mais atividades do
VER-SUS. Durante a noite (20hrs as 23hrs), houve uma dinâmica (mística),
direcionada a integração, interação e reflexão.
A segunda-feira (11/01/2016) foi marcada por mais vivência. Após o café da
manhã (das 7hrs as 8hrs), o grupo integraSUS fez uma visita ao Hospital Materno
Infantil. A vivência se estendeu até as 12hrs. Da experiência no hospital, pode-se
destacar um grande senso crítico, ressaltando tanto aspectos positivos como
negativos. Percebeu-se que o dispositivo é bem estruturado. Apresenta duas salas
de parto, várias salas de repouso (conhecidas como Alcon), unidade de cuidados
intermediários (UCI), além de uma farmácia bem equipada e com estoque
diversificado em medicações. Entretanto, também era evidente uma deficiência nos
cuidados ao paciente. As macas não eram confortáveis. Algumas salas não
proporcionavam um ambiente climatizado a gestante. E na farmácia, a pessoa
responsável não era farmacêutica, revelando uma imprudência. A experiência no
Hospital Materno Infantil, assim, despertou e desenvolveu o senso-crítico dos
viventes para esses tipos de instalações de saúde.
Após o almoço (das 12hrs as 14hrs), houve a discussão sobre as vivências
em seus núcleos de base. As deliberações concluíram-se às 18h30min.
Houve o jantar no período das 19hrs as 20hrs. E em seguida, até às
23h30min, houve a plenária, novamente discutindo as vivências do dia com todos os
grupos em conjunto.
No dia 12 de janeiro de 2016, terça-feira, os viventes fizeram sua primeira
refeição do dia no intervalo das 7hrs às 8h30min. Às 9hrs, os viventes reuniram-se
na sala do Hotel Royal, onde ocorreu uma dinâmica. Cada acadêmico ficou
responsável de levar um objeto que apresentava um significado a ele. Livros,
cordões, anéis e até travesseiros foram levados para a dinâmica. Em seguida, de
uma forma sequencial, os integrantes do projeto deveriam explicar o valor desse
objeto. Essa atividade foi extremamente importante, uma vez que os estudantes, à
medida que explicavam o significado, também retratavam um pouco da história de
sua vida. Observaram-se histórias cômicas, de superação, determinação, etc. Esse
exercício finalizou-se as 12hrs, com a pausa ao almoço, que se estendeu até as
14hrs.
Pela tarde, foi imbuída aos grupos a tarefa de confeccionar um relatório para
seu NB. Ao meu grupo, IntegraSUS, atribuiu-se a construção do relatório referente
ao segundo e sexto dia de vivência. A atividade foi encerrada as 18hrs, com a pausa
ao jantar, que se fez mais cedo (18hrs as 19hrs), devido mais uma vivência que
seria realizada a noite. Solicitou-se aos viventes que se vestissem de calça e uma
camisa clara. Todos foram levados por transporte ao local. E durante o trajeto, os
facilitadores desvendaram a vivência: terreiro de umbanda. O terreiro a ser visitado
era a “Tenda Santa Bárbara”. No início do ritual religioso, muitos viventes
apresentavam-se receosos, inibidos e observadores. Com o transcorrer, os
estudantes relaxaram mais, entraram na roda e muitos participaram do ritual até o
final. Foi uma experiência ímpar na vida dos acadêmicos, onde se descontruiu
julgamentos e preconceitos e se construiu valores como o respeito. Sem dúvida, a
atividade foi de suma importância no processo constante de humanização em que
estamos submetidos. A atividade foi realizada até às 23h30min.
O último dia de VER-SUS, quarta-feira (13/01/2016), foi marcado por
deliberações. Após o café da manhã, realizado das 7hrs as 8hrs, os viventes
reuniram-se na sala do hotel, onde ocorreu a plenária. A reunião centrou-se na
discussão sobre a vivência no terreiro de umbanda. Ora as deliberações se tonavam
mais tranquilas, ora mais acentuadas.
Mas no final, a conversa foi bastante
proveitosa, revelando diferentes pontos sobre a religião em questão. O almoço foi
feito logo após essa atividade, das 12hrs as 14hrs.
Pela tarde, das 14hrs as 17hrs, houve discussão sobre o feminismo e
machismo. A conversa foi marcada por experiências de cada vivente.
Das 17hrs as 20hrs, ocorram mais duas atividades. A primeira foi uma
mística, organizada pelos próprios facilitadores, que consistia em promover uma
reflexão ao preconceito sobre a opção sexual. E em seguida, realizou-se uma
dinâmica, em que cada acadêmico desvendava seu protegido do projeto VER-SUS.
Foi um momento emocionante, caracterizado por abraços, depoimentos e alegria. A
imprensa televisiva estava presente. Essa, portanto, foi a última atividade do VERSUS Bacabal - MA.
Alguns viventes despediram-se dos amigos e do hotel ainda à noite. Outros,
por sua vez, ingressaram à sua casa durante a manhã de quinta-feira.
CONCLUSÃO:
Com o projeto VER-SUS Bacabal - MA, aprimorei minha opinião crítica sobre
a situação de vida de populações específicas. Tive um contato mais próximo com
comunidades
carentes,
populações
ribeirinhas,
quilombolas,
dentre
outras.
Evidenciei as dificuldades ainda existentes nessas comunidades. Reconheci os
obstáculos presentes nesses locais, o que me fará adaptar a minha formação
acadêmica visando promover mudanças, gerar progressos e ampliar ainda mais
meu compromisso ético-político no processo de construção do setor da saúde. Sem
dúvidas, o VER-SUS estimulou-me nas lutas sociais e me inserir ainda mais nos
movimentos sociais e estudantis.
Além disso, fortaleci, aperfeiçoei e contribui para o desenvolvimento do SUS.
A experiência com a população, os trabalhos em grupo que desenvolvi e o
diagnóstico da realidade são fatores que me incentivam a confeccionar um sistema
de saúde ainda melhor. Estimularei um modelo baseado muito além do modelo
biomecânico. O paciente tem que ser avaliado não somente pela sua doença,
relevando também fatores socioeconômicos e culturais. Estimularei a promoção de
saúde através de práticas preventivas. Buscarei ter uma participação ainda mais
ativa nas políticas oferecidas, ajudando como agente sanitário, promovendo
campanhas de saúde onde o acesso médico-hospitalar é limitado, incentivando a
difusão de informações e orientando os pacientes sobre os seus direitos e deveres
no SUS. Esses são aspectos que desejo exercer como profissional e tenho grandes
esperanças que as experiências do VER-SUS colaborarão.
Ainda desenvolvi as habilidades em cooperação. As atividades em grupo que
foram apresentadas, a vivência com outros participantes e o acompanhamento aos
profissionais e agentes da saúde terão reflexos sobre o espírito de coletividade.
Aprimorarei essa qualidade que é essencial ao bom funcionamento da saúde, bem
como contribui com o desenvolvimento de cooperação nos companheiros do VERSUS. Uma equipe unida tem efeitos extremamente positivos sobre a saúde, à
política e, sobretudo, sobre a nação.
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