PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS* ELISAMAR MIRANDA MATOS JÚNIOR, LARISSA MARIANA VELOSO DE OLIVEIRA Resumo: as doenças cardiovasculares estão diretamente ligadas a pressão arterial, sendo responsáveis por óbitos da população brasileira em geral.O estilo de vida adquirido pelo homem moderno pode ser uma das causas do aumento da prevalência de hipertensão. Objetivamos neste estudo verificar a prevalência da hipertensão em idosos e possíveis alterações na qualidade de vida relacionadas ao seguimento do tratamento. estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Palavras-chave: Idosos. Hipertensao arterial. Qualidade de vida. A pressão arterial é definida como a força exercida pelo sangue durante a sua passagem pelos vasos e artérias, sendo passível de ser alterada por motivos intrínsecos e extrínsecos (PORTO, 2005). A tensão provocada nos vasos e artérias é definida como mínima para a pressão arterial sistólica e máxima para a pressão arterial diastólica (BLACQUE, 1981). De acordo com a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão, os valores pressóricos considerados adequados para pessoas que possuem idade superior a 18 anos, são considerados ótimos quando os indivíduos apresentam PAS<120 mmHg e PAD<80 mmHg. Indivíduos com valores pressóricos normais também conhecidos como limítrofes possui PAS 130-139 mmHg e PAD 85-89 mmHg e indivíduos com quadro leve de hipertensão possuem PAS 140-159 mmHg e PAD 90-99 mmHg (ANDRADE; NOBRE, 2010). As doenças cardiovasculares estão diretamente ligadas a pressão arterial, sendo responsáveis por 32% dos óbitos da população brasileira em geral e 45% dos óbitos entre os idosos, presentes em todas as classes populacionais, tanto MATERIAIS E MÉTODOS 256 Trata-se de um estudo experimental, descritivo, transversal e quantitativo, sendo realizado por um único pesquisador, com o propósito de determinar a prevalência de idosos com hipertensão arterial e qualidade de vida dos idosos da Associação de Idosos estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. no sexo feminino quanto masculino (JOBIM, 2008). Segundo o estudo de Quintana (2011) entre algumas das doenças que podem provocar a hipertensão arterial sistêmica estão a depressão, a ansiedade e a inatividade física. Portanto, uma das causas do aumento da prevalência de hipertensão deve-se ao novo estilo de vida adquirido pelo homem moderno (QUINTANA, 2011). É observado que tais mudanças de hábitos têm contribuído para o aumento de enfermidades secundárias, como: doenças cerebrais e alterações cardíacas (TEIXEIRA et al., 2006). Existem alguns fatores de riscos relacionados à hipertensão arterial, que não podem ser modificados, por exemplo: idade, etnia, hereditariedade e gênero. Visando diminuir os riscos de adquirir esta doença no futuro é necessário interferir nos fatores de riscos modificáveis como, por exemplo: tabagismo, etilismo, escolaridade, uso de anticoncepcionais e obesidade;7 sendo o aumento de peso considerado uma das causas diretamente ligadas à hipertensão arterial (NUNES et al., 2006). Para o tratamento de idosos hipertensos, a primeira medida a ser tomada é o diagnóstico da hipertensão arterial. O tratamento farmacológico é indicado para idosos hipertensos quando realmente necessário, devendo estes apresentar hipertensão de grau moderado a grave, visto que se trata de um tratamento oneroso, em que na maioria das vezes é utilizada a terapia combinada (ZAITUNE et al., 2006). Segundo Souza (2012) existe um baixo numero de pessoas que aderem ao tratamento por motivos diversos sendo alguns deles o fator socioeconômico e cultural, o entendimento inadequado do problema e da gravidade desta patologia (SOUZA et al., 2012). Para melhorar esta adesão é necessário inserir o paciente no processo de tratamento, mostrando a importância do tratamento adequado. As campanhas preventivas no combate a hipertensão arterial propostas pelos órgãos de saúde devem fornecer orientações à população sobre dieta com pouca utilização de sal, cuidados sobre excesso de peso e prática de atividades física e sempre que possível realizar a mensuração da pressão arterial como modo de prevenção (PICCINI et al., 2012). De acordo com Potter (2004), desta forma, poderemos diagnosticar indivíduos que possam ter um pico hipertensivo, possibilitando dar orientações para o acompanhamento dos níveis pressóricos (POTTER; PERRY, 2004). Geralmente, utiliza-se para a mensuração da pressão arterial a posição sentada, podendo ser realizada em decúbito dorsal e ortostática dependendo das condições apresentadas pelo paciente no momento da aferição, a confirmação do diagnóstico de hipertensão arterial só pode ser dada após duas ou mais aferições em dias diferentes (ANDRADE; NOBRE, 2010). Apenas uma pequena parcela da população possui o diagnóstico de hipertensão arterial e está realizando tratamento corretamente no intuito de manter os níveis pressóricos adequados, apresentando melhora no quadro da hipertensão quando este tratamento é realizado de maneira mais controlada e rigorosa (NOBRE; RIBEIRO; JUNIOR, 2010). estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. de Brasil de Goiânia. Para a obtenção dos dados, foram realizadas três mensurações da pressão arterial em dias e horários diferentes e foi aplicado o questionário MiniCuestionario de Calidad Vida en Hipertensión Arterial para avaliar a qualidade de vida dos idosos, sendo estes diagnosticados ou não como hipertensos. A amostra desta pesquisa foi composta por 43 idosos que frequentam diariamente ou semanalmente as atividades propostas pela instituição. Foram incluídos todos os idosos devidamente associados à Associação dos Idosos do Brasil de Goiânia, e que concordaram em participar da pesquisa intitulada como Avaliação da Prevalência de hipertensão arterial e qualidade de vida de idosos da Associação dos Idosos do Brasil (AIB) de Goiânia”. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi apresentado aos participantes de forma individual e após a leitura, foram incluídos os idosos que assinaram o termo. Desta forma, foram excluídos os idosos que não concordaram em participar da pesquisa e que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Durante a realização da pesquisa houve critérios de exclusão parcial, que não excluíam de forma definitiva a participação do idoso na pesquisa, como: idosos que estivessem com a bexiga cheia no momento da mensuração da pressão arterial, ou que tivessem ingerido algum tipo de bebida alcoólica, ou feito uso de tabaco ou qualquer alimento nos 30 minutos anteriores a mensuração da pressão. Os participantes foram chamados individualmente, permanecendo em descanso em ambiente calmo e tranquilo, sentados na cadeira de avaliação por 10 minutos, para evitar alterações na pressão arterial em decorrência de esforços prévios. Neste momento, foram lidas e explicadas todas as 17 questões do questionário em linguagem simples para que os idosos não tivessem dúvidas ao responder o questionário. Após a explicação foi aplicado o Questionário de Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial (Mini-Cuestionario de Calidad Vida en Hipertensión Arterial) MINICHAL-BRASIL. Passado o período de descanso de 10 minutos e a aplicação do questionário MINICHAL-BRASIL, foi feita a verificação do posicionamento adequado do voluntário na cadeira de acordo com a V Diretriz Brasileiras de Hipertensão Arterial, com o braço esquerdo na altura do coração, com cotovelo semiflexionado e a palma da mão voltada para cima, com pernas descruzadas e pés bem apoiados ao chão (ESTEVES; SANTOS; GORDAN, 2006). O Monitor de Pressão Arterial Automático Omron HEM-742INT IntelliSense sendo posicionado no braço esquerdo. Antes do início da mensuração o voluntário sendo orientado a não realizar movimentos com os braços ou mudanças no posicionamento. O resultado mostrado no visor do aparelho foi anotado pelo pesquisador responsável na ficha do participante. Após este procedimento, o aparelho foi retirado e o voluntário liberado. Após a primeira mensuração da pressão arterial, foram realizadas mais outras duas, nas mesmas condições e em dias diferentes. A análise dos dados foi efetuada com o uso do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 22.0). As variáveis quantitativas foram apresentadas em números absolutos, médias, desvios padrão, mínimas e máximas. A comparação entre médias foi feita pela aplicação do teste t-Student para amostras emparelhadas. As variáveis qualitativas foram apresentadas em números absolutos e proporções. Para todos os testes utilizados foi considerado um intervalo de confiança de 95% e um nível de significância de 5% (p<0,05). Figura 1: Resultados acerca da pressão arterial dos voluntários 258 Dentre os 43 idosos participantes do estudo, 46,5% são viúvos, 11,6% solteiros e 16,3% idosos são casados; e deste total também 58,1% moram com o cônjuge ou filhos e 34,9% residem sozinhos. Tendo sido verificado um índice inferior relacionado a pessoas que possuem união estável dos encontrados nos demais estudos; e um índice superior quanto aos idosos que moram sozinhos (Tabela 1). Segundo Pereira (2006) e Floriano (2007) em seus estudos, aproximadamente 63% dos idosos vivem com seus companheiros e 37% vivem sozinhos em suas respectivas residências. Porém no estudo de Joia (2007) foi verificado um índice de casamentos superior para homens 76,9% e percentual pouco menor de 43,6% para as mulheres, sendo que 18,9% residem sozinhos e 38,6% com acompanhantes. Enquanto para Pimenta (2008), 89,7% dos idosos moram com familiares ou acompanhantes e 10,3% vivem sozinhos. estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. DISCUSSÃO E RESULTADOS Em relação ao gênero da população estudada, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE 2010, o Brasil possui atualmente, no ano de 2014, uma projeção de 202.768.562 habitantes, representando 51% de mulheres e o restante de homens (IBGE, 2014). Nesse estudo, foi observada uma maior prevalência de idosos do sexo feminino, no total de 90,7% e 9,3% do sexo masculino. Este resultado apresenta desproporções que podem ser características do local de estudo, uma associação de idosos com maior quantidade de associados do sexo feminino. Nos estudos como o de Pereira (2006) foram verificadas quantidades relativamente equilibradas de idosos de ambos os sexos, apresentando 51,7% de idosos do sexo feminino e 48,3% do sexo masculino (PEREIRA et al., 2006). Bem como nos estudos de Floriano e Joia (2007), onde os resultados apresentaram-se também de forma semelhante, com média de 57,3% de mulheres e 42,7% de homens. Porém no estudo de Pimenta et al. (2008) houve uma inversão nos parâmetros, apresentando a população entrevistada um número menor para o sexo feminino de 33,3% e maior para o sexo masculino 66,7%. Desta forma a população estudada foi composta por 39 idosas (90,7%) e 4 idosos (9,3%) e entre esta população, foi diagnosticada a Hipertensão Arterial (HA) em 26 indivíduos, representando 60,5% do total, como verificado no Gráfico 1. Destes indivíduos com pressão arterial alterada, 100% eram do sexo feminino. Em relação à faixa etária, este estudo apresentou uma variância de idade de idosos, com a faixa compreendida entre 60 a 79 anos representando 79% da população avaliada. De acordo com o trabalho de Pereira (2006), a idade média foi de 71,09 no grupo de 60 a 93 anos de idade. E Floriano (2007) apresentou porcentagem maior em relação a esta faixa etária, com 99,7% de idosos com idade entre 60 a 70 anos ou mais. O estudo de Pimenta (2008) apresentou idade menor em relação a este estudo com idade média de 57,3 anos com 36% acima dos 60 anos de idade (Tabela 1). Destes idosos avaliados, verificou-se que 36 idosos são aposentados e que se mantém através da aposentadoria, representando 83,7% da população estudada. Como no trabalho de Floriano (2007) em que houve uma porcentagem próxima de 70,7% que tem a aposentadoria como renda família (Tabela 1). E o estudo encontrado com maior porcentagem de idosos aposentados, num total de 87 idosos estudados e apresentando 100% nesta condição, foi o de Pimenta (2008). Em relação à escolaridade, foram verificados índices altos de concluintes do ensino fundamental e médio, totalizando 81,4%, podendo interferir diretamente na qualidade de vida dos idosos, mantendo certa dificuldade na compreensão das bulas dos medicamentos utilizados, sendo estes anti-hipertensivos ou não (Tabela 1). Nos trabalhos de Pereira (2006) e Floriano (2007) em seus estudos, aproximadamente 82,5% dos idosos tem em média 4 a 5 anos de estudo. E no estudo de Joia (2007) foi encontrada a menor taxa, com 26,8% estudando 4 anos em média e 9,3% completando o curso superior. Já o estudo de Pimenta (2008) apresentou a maior média encontrada, apresentando 10,7 anos estudados, com 39,1% acima de 12 anos de estudo, 31% de 09 a 11 anos e 29,9% menos de 08 anos estudados. Tabela 1: Perfil geral dos participantes do estudo estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Dados avaliados: N % Sexo Masculino Feminino 4 39 9,3 90,7 Faixa etária De 60 a 69 anos De 70 a 79 anos 80 anos ou mais 17 17 9 39,5 39,5 20,9 Aposentado(a) Sim Não Não respondeu 36 5 2 83,7 11,6 4,7 Escolaridade Analfabeto(a) Alfabetizado(a) Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Não respondeu 2 2 23 12 2 2 4,7 4,7 53,5 27,9 4,7 4,7 n - frequência; % - porcentagem A hipertensão arterial é uma das doenças que acometem boa parte da população idosa e interfere diretamente na qualidade de vida. De acordo com o estudo de Floriano (2007), esta doença é a patologia mais agravante da condição clínica do paciente idoso. Schmidt et al. (2009) estima que no Brasil existam 25.690.145 de casos diagnosticados de hipertensão arterial, sendo mais pronunciada no sexo feminino 15.161.186 e 10.528.959 para o sexo masculino. A média encontrada neste estudo corrobora os autores, pois apresenta a prevalência de 60,46% de idosas participantes da Associação dos Idosos do Brasil de Goiânia com diagnóstico de Hipertensão Arterial, correspondendo a 100% dos idosos diagnosticados com hipertensão arterial. No estudo de Victor et al. (2009) foi obtida a prevalência de hipertensão arterial em 68,6% dos idosos residentes em Bambuí - Minas Gerais. E no estudo de Cesarino et al. (2008) na cidade de São José do Rio Preto - São Paulo, foram caracterizados como pacientes hipertensos 25,2% sendo representada por 54,6% de mulheres. De acordo com Schmidt (2009) obteve 24,9% em Recife - Pernambuco e 15,1% em Palmas - Tocantins com prevalência maior em mulheres com hipertensão auto-referida. De acordo com a IV Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (HA), são necessárias duas ou mais aferições antes de se confirmar o diagnóstico de hipertensão. Com base nesta recomendação foram realizadas três (3) mensurações da pressão arterial em cada um dos 43 idosos participantes, em dias e horários diferentes (JUNIOR MION et al., 2004). A pressão arterial dos voluntários do estudo obteve como média para a pressão sistólica e diastólica, os valores de 121,79mmHg e 65, 66mmHg, respectivamente. E máximas para as duas medidas, de 155,67mmHg e 82,33mmHg. Estes resultados podem ser observados na Tabela 2. Pressão arterial Média Desvio padrão Mínima Máxima PAS 121,79 ±13,46 93,33 155,67 PAD 65,66 ±9,22 42,33 82,33 PAS - Pressão arterial sistólica; PAD - Pressão arterial diastólica 260 Quando comparados os valores de pressão arterial entre os idosos que apresentaram hipertensão e os que não apresentaram esta alteração, a pressão arterial dos idosos com diagnóstico de HA, apresentou uma média de 122,76±15,59 mmHg para a pressão arterial sistólica PAS e 64,41±7,79 mmHg para pressão arterial diastólica PAD, sendo os valores para a pressão máxima de PAS 155,67 mmHg e para PAD 79,67 mmHg, estando dentro dos limites considerados como controlada. Melchiors et al. (2010) em seus estudos obteve resultados semelhantes, tendo a PAS e a PAD apresentado uma média de 151,6 mmHg e 86,3 mmHg, respectivamente. Neste estudo foi verificado um aumento da PAS máxima em relação aos dois grupos de idosos, mas este aumento não proporcionou alteração significativa, como pode ser observado na Tabela 3. estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Tabela 2: Resultados acerca das médias dos valores da pressão arterial apresentados pelos voluntários estudados Tabela 3: Resultados acerca da pressão arterial de acordo com o diagnóstico clínico Pressão Arterial Grupo hipertenso (n=26) Grupo não hipertenso (n=17) Média DP Mínima Máxima Média DP Mínima Máxima Valor de p* PAS 122,76 ±15,59 93,33 155,67 120,31 ±9,60 105,67 133,33 0,469 PAD 64,41 ±7,79 49,33 79,67 67,57 ±11,04 42,33 82,33 0,534 DP - desvio padrão; PAS - Pressão arterial sistólica; PAD - Pressão arterial diastólica Em relação à presença do Pico Hipertensivo, foi verificado 1 indivíduo com pico hipertensivo para a pressão arterial sistólica, sendo este indivíduo diagnosticado com hipertensão arterial, e foi também verificado a presença de Pico Hipertensivo para a pressão arterial diastólica em 2 indivíduos pertencentes ao grupo considerado como não hipertenso (Tabela 4). Como o pico de pressão apresentado foi considerado leve, não é possível incluir estes indivíduos em qualquer grupo de risco para a patologia estudada. Tabela 4: Prevalência de pico hipertensivo na amostra geral, no grupo hipertenso e não hipertenso Prevalência de pico hipertensivo Amostra geral (n=43) Grupo hipertenso (n=26) Grupo não hipertenso (n=17) N % N % N % PAS (>140mmHg) Sim Não 1 42 2,3 97,7 1 25 3,8 96,2 0 17 0 100,0 PAD (>80 mmHg) Sim Não 2 41 4,7 95,3 0 26 0 100,0 2 15 11,8 88,2 estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. n - frequência; % - porcentagem A utilização de medicamentos é predominante no sexo feminino, como no estudo de Monsegui (1999) com 52,7% das mulheres participantes utilizando de 1 a 4 medicamentos regularmente, sendo os medicamentos para patologias cardiovasculares os mais utilizados.23 O estudo de Teixeira e Lefèvre (2001) também relata que na cidade do Rio de Janeiro, entre idosos 60 a 90 anos, a prevalência de uso de medicamento no sexo feminino foi de 77%, sendo maior do que no sexo masculino 23%, e deste total, 80% tomam no mínimo 1 medicamento por dia. Também no estudo de Simões (1998) foram observadas porcentagens semelhantes de utilização de medicamentos entre os sexos feminino e masculino, aumentando expressivamente quando esta faixa etária está acima de 50 anos de idade. Como visto anteriormente nos dados deste estudo, todos os 26 idosos com o diagnóstico de hipertensão arterial foram do sexo feminino e após a aplicação do questionário, tem-se como resultado que 92,3% destas idosas faz uso de algum medicamento (Tabela 5), concordando com o estudo de Rozenfeld (2003), que apresentou a maior porcentagem de mulheres idosas com idade superior a 70 anos que fazem uso de medicação regular. O estudo de Monsegui et al. (1999) mostra um alto índice de idosos (83,8%) que utilizam a medicação sob a prescrição médica. Bem como o estudo de Rozenfeld (2003) que apresentou índices semelhantes ao anterior, em que 80,19% utilizam medicação sob prescrição médica e 30% sem diferença entre sexos consome medicamento sem prescrição médica. Neste estudo, observou-se que apesar de 65,4% dos idosos terem a consciência da importância da medicação para evitar problemas futuros, 34,6% dos idosos com diagnóstico de hipertensão mudam a dosagem das medicações por conta própria, sem saber os possíveis riscos à saúde (Tabela 5). Deve-se levar em consideração neste estudo que 90,7% dos idosos aqui estudados eram do sexo feminino, ocasionando uma desproporção inicial entre os gêneros. Para o tratamento das doenças crônicas é de vital importância que o paciente se sinta bem com a utilização do medicamento, para que possa dar continuidade ao tratamento. Do grupo de idosas com HA, 34,6% afirmam mudar a dosagem da medicação por conta própria e mesmo com o diagnóstico da patologia e o uso de medicação, 92,3% afirma que sentem-se melhor com a utilização do medicamento, enquanto 7,7% dizem sentir-se piores ao utilizar a medicação (Tabela 5). Tabela 5: Comportamento acerca da medicação nos participantes hipertensos Dados avaliados: N=26 % Toma medicação regularmente: Sim Não 24 2 92,3 7,7 Muda a dosagem por conta própria: Sim Não 9 17 34,6 65,4 Com a utilização do medicamento você se sente: Pior Melhor 2 24 7,7 92,3 262 Este estudo mostra que a medicação quando tomada de maneira adequada, tem grande valia na qualidade de vida. O estudo de Santos (2013) também parte do mesmo propósito que pacientes hipertensos em tratamento e que apresentam níveis pressóricos controlados possuem uma melhor qualidade de vida do que aqueles idosos com níveis pressóricos instáveis. O estudo de Marin et al. (2008),faz menção a outro aspecto, revelando que 59,8% dos idosos relatam queixas em relação ao adquirir o medicamento devido ao seu alto custo. Também relacionado ao perfil dos participantes deste estudo, pode ser observado que o número de pais que residem com seus filhos representa 37,2%, sendo menor do que a média nacional (Tabela 6). Como se observa no estudo de Teixeira e Rodrigues (2009), em que as regiões nordeste e norte do Brasil apresentam média de 54,5% de pais residindo com seus filhos, considerada média superior à nacional, sendo que 44,5% mantém uma relação estável e harmoniosa. Dos idosos estudados, 79% tem pelo menos 1 filho e 14% não tem nenhum (Tabela 6). No estudo de Silva, Bessa e Oliveira (2004) estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. n - frequência; % - porcentagem baseado na Lei n°8.842/94 que constitui as Politicas Nacionais dos Idosos, destaca-se a obrigatoriedade da sociedade em garantir os direitos dos idosos. Tendo com base esta Lei, a família, a sociedade e o Estado tem o dever de assegurar o direito à cidadania, sempre garantindo sua dignidade e inclusão na comunidade, para que o idoso tenha um estado de bem estar ao longo da vida. De acordo com Paulino et al. (1981) os filhos possuem o dever e obrigação de prestar assistência aos pais idosos que não apresentam condições financeiras para garantir o seu próprio sustento. Tabela 6: Perfil dos participantes do estudo em relação ao número de filhos e com que reside Dados avaliados: N % Com quem reside Sozinho(a) Cônjuge Filho(a) Não respondeu 15 9 16 3 34,9 20,9 37,2 7,0 Numero de filhos: Nenhum Um Dois Três Quatro Cinco ou mais Não respondeu 6 2 6 4 9 13 3 14,0 4,7 14,0 9,3 20,9 30,2 7,0 estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. n - frequência; % - porcentagem Neste estudo foi aplicado o questionário MINICHAL BRASIL nos 43 idosos participantes. O estado mental foi pontuado de 0-30 e as manifestações somáticas de 0-18, sendo considerada uma boa qualidade de vida quando estes resultados se aproximam de 0. A percepção geral em saúde é pontuada na mesma escala, porém não esta inclusa em nenhum dos dois domínios. Após a avaliação, observou-se que o estado mental apresentou média de 7,02±4,59 (Minimo-0/Máximo-19), e as manifestações somáticas tiveram média de 4,35±3,79 (Minimo-0/Máximo-14). Os resultados médios são considerados favoráveis representando um bom estado mental dos idosos avaliados juntamente com uma diminuição das manifestações somáticas, que favorecem a percepção de boa qualidade de vida para estes idosos (Tabela 7). Estes resultados foram equivalentes aos de Bundchen et al. (2010) quando relacionados à qualidade de vida do grupo de mulheres hipertensas sedentárias, com média para o grupo sedentário de 6,57±5,1. Já para o grupo de hipertensas praticantes de atividades físicas, a média foi de 3,78±3,8 pontos, sendo considerada melhor que a deste estudo. Também no estudo de Bundchen et al. (2010), em relação às manifestações somáticas novamente a média do grupo sedentário foi superior 4,68±4,3 a dos praticantes de exercício físico 2,93±2,6 pontos. Na Tabela 7, observa-se que a percepção geral de saúde, apesar de avaliada somente nos 26 idosos que apresentaram hipertensão arterial, teve média 1,04±1,31 resultando em uma boa percepção da condição de saúde apresentada (Mínimo-0/Máximo-3). Tabela 7: Resultados acerca da qualidade de vida dos voluntários Domínios do MINICHAL -BRASIL Média Desvio padrão Mínima Máxima 0 0 0 19 14 3 Estado mental 0 – 30 ( n=43) 7,02 ±4,59 Manifestações somáticas 0 - 18 ( n=43) 4,35 ±3,79 Percepção geral de saúde 0 - 3 ( n=26) 1,04 ±1,31 PAS - Pressão arterial sistólica; PAD - Pressão arterial diastólica Como neste trabalho não houve diferenciação entre idosos sedentários ou praticantes de atividade física, os resultados obtidos assemelham-se aos de idosos sedentários, mas sem possibilidade de comprovação. Em contrapartida, os resultados obtidos foram melhores que os do estudo de Cavalvanti et al. (2013) em que o grupo de hipertensos revelou média amostral do estado mental 14,02±5,98, e manifestações somáticas 11,17±4,65, sendo a média de 14,0±6,17 para as mulheres e 10,25±4,02 para os homens. Na Tabela 8 pode se observar que não houve diferença significativa entre o estado mental quando comparados os idosos que apresentaram hipertensão e os que apresentaram pressão arterial normal. Os idosos com pressão alta apresentaram média de 8,19, enquanto os idosos com pressão normal apresentaram média de 3,46. Desta forma observa-se que todos os idosos tiveram bons resultados quanto ao estado mental; e houve menor diferença ainda entre os idosos quando comparados os resultados relacionados às manifestações somáticas, onde o grupo hipertenso apresentou média de 4,81 e o grupo com pressão normal apresentou média de 3,79. Domínios MINICHAL BRASIL Grupo hipertenso (n=26) Grupo não hipertenso (n=17) Média DP Mínima Máxima Média DP Mínima Máxima Valor de p* Estado mental (0 – 30) 8,19 ±4,92 0 19 5,24 ±3,46 0 13 0,110 Manifestações somáticas (0 – 18) 4,81 ±3,79 0 13 3,65 ±3,79 0 14 0,829 DP - desvio padrão; PAS - Pressão arterial sistólica; PAD - Pressão arterial diastólica 264 Ao serem questionados em relação a incapacidade de desfrutar suas atividades habituais de cada dia, sendo incluso caminhas a pequenas e longas distâncias, pratica de atividade física, idas ao supermercado e outras situações da vida diária, 67,4% responderam ser capazes de realizar atividades sem nenhuma dificuldade. E Bundchen et al. (2010) comprova que pacientes hipertensos praticantes de atividades físicas regularmente apresentam um melhor grau de qualidade de vida comparado com hipertensos sedentários. Os resultados obtidos em relação à qualidade de vida foram considerados relevantes, caracterizando como boa a qualidade de vida dos idosos participantes. O estudo de Rêgo, Gomes e Dantas (2012) demonstra que níveis mais baixos da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica estão diretamente relacionados com a qualidade de vida, enquanto a hipertensão estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Tabela 8: Resultados acerca da qualidade de vida dos pacientes de acordo com o diagnóstico clínico pode causar alterações no aspecto emocional levando a sinais de tristeza, nervosismo e ansiedade. Partindo do mesmo pressuposto, Santos (2013) relata que pacientes com níveis pressóricos controlados apresentam melhor qualidade de vida em relação a pacientes com níveis pressóricos instáveis, demonstrando resultados comparáveis ao deste estudo, onde a pressão arterial foi considerada dentro dos padrões controlados e os idosos relatam boa qualidade de vida mesmo com o diagnóstico da patologia. CONCLUSÃO A prevalência da hipertensão arterial na Associação dos idosos do Brasil da cidade de Goiânia (Goiás) foi predominante no sexo feminino, dos 43 idosos voluntários da pesquisa, 26 possuem o diagnóstico de hipertensão arterial representando 100% de idosas acometidas por esta patologia. A pressão arterial em todo o grupo manteve-se dentro dos níveis considerados como controlados. Dentre os idosos que apresentaram hipertensão arterial, 24 fazem o uso da medicação regularmente em dias e horários corretos e 2 não fazem o uso adequado da medicação. Dentro do grupo estudado não houve diferenças no estado mental e manifestações somáticas em relação à qualidade de vida devido o diagnóstico de hipertensão. Isto pode dever-se ao fato de que os idosos associados participam de atividades físicas e/ou sociais dentro da associação, fazendo com que esta população apresente características próprias que podem influenciar nos resultados da pesquisa. PREVALENCE OF HYPERTENSION AND QUALITY OF LIFE OF ELDERLY estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Abstract: cardiovascular diseases are directly linked to high blood pressure, being responsible for the deaths of the population in general. The new lifestyle acquired by modern man can be a cause of the increased prevalence of hypertension. The objective of this study was to determine the prevalence of hypertension in the elderly and possible changes in quality of life related to the following treatment. Keywords: Aged. Hypertension. Quality of life. Referências ANDRADE, J. 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Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 2, p. 285-294, 2006. * Recebido em: 12.10.2014 Aprovado em: 20.10.2014 ELISMAR MIRANDA MATOS JÚNIOR Acadêmico do curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: [email protected]. LARISSA MARIANA VELOSO DE OLIVEIRA Mestre Larissa Mariana Veloso de Oliveira, pela Universitat Internacional de Catalunya, Barcelona-Espanha, Professora do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: [email protected]. APÊNDICES Apêndice A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 268 INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA Título do Projeto: “AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DA ASSOCIAÇÃO DOS IDOSOS DO BRASIL (AIB) DE GOIÂNIA”. Pesquisador participante: Elismar Miranda Matos Júnior Pesquisador responsável: Profa. Ms. Larissa Mariana Veloso de Oliveira Telefone para contato: (062) 82321783 ou 99814344 A sua participação será de grande importância para o nosso estudo, pois através dela poderemos avaliar o numero de idosos com pressão alta associados à Associação dos Idosos do Brasil, com uma técnica especifica de medida da pressão arterial. Sua colaboração é importante e necessária para o desenvolvimento da pesquisa, porém sua participação é voluntária. A pesquisa será iniciada com o preenchimento da Ficha de Identificação aonde serão escritas somente as iniciais dos nomes dos voluntários e anotados os dados pessoais. O Questionário de Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial será composto por 17 perguntas sobre qualidade de vida nos últimos sete dias. O tempo previsto para responder ao questionário é de 10 minutos. Posteriormente, você permanecera em descanso por 10 minutos sentado, e bem posicionando na cadeira, com o braço esquerdo na altura do coração, com cotovelo semi-flexionado e palma da mão voltada para cima, com pernas descruzadas e pés bem apoiados ao chão para darmos inicio a mensuração da pressão arterial – com o aparelho de pressão arterial automático, será realizada três mensuração em dias diferentes. Após esta avaliação e conclusão da pesquisa os resultados finais deste estudo de Avaliação da Prevalência de Hipertensão Arterial e Qualidade de Vida de Idosos associados à Associação dos Idosos do Brasil, sendo expostos através de gráficos. No que tange aos benefícios da pesquisa, será entregue ao final da pesquisa, a você e a todos os voluntários da pesquisa, um folder educativo contendo informações básicas sobre a hipertensão arterial, e maneiras de como diminuir os fatores de risco, buscando melhorar sua qualidade de vida. Visando desta forma, favorecer a conscientização em relação à mudança dos hábitos de vida, quando necessários. Os principais riscos previstos para este estudo podem ser o aparecimento de hematoma local devido à pressão exercida pelo aparelho. O risco envolvido referente ao manuseio do aparelho (descalibração) será minimizado com a realização da coleta estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário, em uma pesquisa. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado de forma alguma. Em caso de dúvida, você poderá procurar o Comitê de Ética em pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (CEP – PUC Goiás), pelo telefone: 3946-1070. no local reservado e adequado para esta situação e a realização da coleta por um só pesquisador que estará atento aos cuidados com os mesmos, e psicológicos (ansiedade, constrangimento, nervosismo). Os riscos psicológicos são mínimos e inerentes a qualquer estudo desta natureza. Serão garantidos o anonimato e o sigilo das informações, além da utilização dos resultados exclusivamente para fins científicos. Você poderá solicitar informações ou esclarecimentos sobre o andamento da pesquisa em qualquer momento da pesquisa. Você poderá retirar-se do estudo ou não permitir a utilização de seus dados em qualquer momento da pesquisa. Sendo um participante voluntário, você não terá nenhum pagamento e/ou despesa referente à sua participação no estudo. Os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não neste termo de consentimento e resultante de sua participação na pesquisa, além do direito à assistência integral terá ainda o direito à indenização (conforme leis vigentes no país). Os resultados individuais e coletivos serão repassados 30 dias após o encerramento aos voluntários, bem como será divulgado o dia da defesa do artigo na Jornada Cientifica de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia e Gastronomia e apresentado por meio de relatório à coordenação da AIB. Goiânia, _____, de _____________ de 2014. estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. _________________________ Elismar Miranda Matos Júnior ____________________________ Profa. Ms. Larissa Mariana Veloso de Oliveira TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu,______________________________________, RG/CPF__________________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo intitulado: “AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DA ASSOCIAÇÃO DOS IDOSOS DO BRASIL (AIB) DE GOIÂNIA” como sujeito. Como participante, afirmo que fui devidamente informado e esclarecido sobre a finalidade e objetivos desta pesquisa, bem como sobre a utilização das informações exclusivamente para fins científicos. Meu nome não será divulgado de forma nenhuma e terei a opção de retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto cause qualquer penalidade. Goiânia, ___ de _____________ de 2014. ___________________________________________________ Assinatura do (a) entrevistado (a) ou seu responsável legal ___________________________________________________ Assinatura do pesquisador: Elismar Miranda Matos Júnior Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do sujeito em participar do estudo. Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores): Nome: _________________________________________ Assinatura: _____________________________________ Nome: _________________________________________ Assinatura: _____________________________________ 270 estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. ___________________________________________________ Assinatura do pesquisador responsável: Profa. Ms. Larissa Mariana Veloso de Oliveira ANEXOS Anexo A - FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO VOLUNTÁRIO IDENTIFICAÇÃO E CONTATOS Nome: __________________________________ Sexo: ( )Masculino ( )Feminino Idade: ______________ D/N: _____/_____/_____ Naturalidade: ______________ Profissão: __________________________________ Aposentado: ( ) Sim ( ) Não Religião: ___________________________________________________________ Estado Civil: ( )Casado ( )Solteiro ( )Viúvo ( )Separado ( )Outros Escolaridade: _________________________ Telefone: _____________________ E-mail: _____________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________ Com quem Reside: _________________________ N° de filhos: ______________ Tipo de moradia: ____________________________________________________ Você esta atualmente associado a AIB?__________________________________ DADOS DO CUIDADOR Nome: ___________________________ Idade: _____Telefone: _______________ E-mail: _____________________________________________________________ Contratante: ________________________________________________________ Parentesco: ________________________________ Telefone: ________________ Lista de Medicamentos: _______________________________________________ Já foi diagnóstico como paciente hipertenso: ( ) Sim ( ) Não Toma sua medicação regularmente: ( ) Sim ( ) Não Você muda a dosagem de medicação, por conta própria: ( ) Sim ( ) Não Com a utilização do medicamento, você se sente: ( ) Pior ( ) Melhor: estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. Anexo B: QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA *Questionário de Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial Mini-Cuestionario de Calidad Vida em Hipertensión Arterial (MINICHAL-BRASIL). O MINICHAL contém 16 questões de múltipla escolha organizada em dois fatores: Estado Mental (10 questões), Manifestações Somáticas (6 questões), e uma questão para verificar como o paciente avalia que a hipertensão e o seu tratamento têm influenciado na sua qualidade de vida. O paciente deve responder às questões fazendo referência aos últimos sete dias. As respostas dos domínios estão distribuídas em uma escala de frequência do tipo Likert e tem quatro opções de respostas de 0 (Não, absolutamente) a 3 (sim, muito). A pontuação máxima para o estado mental é de 30 pontos e para as manifestações somáticas é de 18 pontos. Nessa escala, quanto mais próximo de 0 estiver o resultado, considerando o conjunto das questões, melhor a qualidade de vida. A questão 17, que avalia a percepção geral de saúde do paciente, é pontuada na mesma escala Likert, porém não se inclui em nenhum dos dois domínios. Nós últimos sete dias... 1 - Tem dormido mal? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. 2 - Tem tido dificuldade em manter suas relações sociais habituais? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. 3 - Tem tido dificuldade em relacionar-se com pessoas? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 4 – Sente que não está exercendo um papel útil na vida? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 5 - Sente-se incapaz de tomar decisões e iniciar coisas novas? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. 6 - Tem se sentido constantemente agoniado e tenso? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 7 - Tem a sensação de que a vida é uma luta continua? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 8 – Sente-se incapaz de desfrutar suas atividades habituais de cada dia? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 10 - Teve a sensação de que estava doente? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 11 - Tem notado dificuldade em respirar ou sensação de falta de ar sem causa aparente? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. 12 - Teve inchaço no tornozelos? ( ) Não, absolutamente. 13 - Percebeu que tem urinado com mais frequência? ( ) Não, absolutamente. 272 ( ) Sim, um pouco. estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. 9 - Tem se sentido esgotado e sem força? 14 - Tem sentido a boca seca? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. 15 - Tem sentido dor no peito sem fazer esforço físico? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. 16 - Tem notado adormecimento ou formigamento em alguma parte do corpo? ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito. 17 - Você diria que sua hipertensão e o tratamento dessa têm afetado a sua qualidade de vida? estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 255-273, out. 2014. ( ) Não, absolutamente. ( ) Sim, um pouco. ( ) Sim, bastante. ( ) Sim, muito.