ABL ® ONCOVIN ABL1212BU1 sulfato de vincristina DESCRIÇÃO Oncovin® (sulfato de vincristina) é o sal de um alcalóide obtido de uma planta florescente comum, a pervinca (Vinca rosea Linn), originalmente conhecida como leurocristina, também conhecida como LCR e VCR. A fórmula molecular do sulfato de vincristina é C46H56N4O10. H2SO4 . Tem peso molecular de 923,04. O sulfato de vincristina é um pó branco a branco-amarelado. É solúvel em metanol, muito solúvel em água, mas pouco solúvel em etanol a 95%. FORMA FARMACÊUTICA, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÃO Oncovin® (sulfato de vincristina) é apresentado em frasco contendo 1 mg de sulfato de vincristina, na forma de pastilha liofilizada, acompanhado de uma ampola com 10 mL de diluente (cloreto de sódio em solução bacteriostática), contendo 0,9% de cloreto de sódio e 0,9% de álcool benzílico como preservativo. A solução reconstituída com este diluente não deve ser usada em recém-nascidos. (Ver POSOLOGIA). O sulfato de vincristina deve ser administrado por via injetável, exclusivamente por via intravenosa direta. COMPOSIÇÃO Oncovin® - cada frasco contém: Sulfato de vincristina........................................................................1 mg Excipiente (lactose monoidratada 9 mg) Diluente - cada ampola de diluente, contém: Cloreto de sódio..............0,9% Álcool benzílico...............0,9% Água para injeção................................................................q.s.p. 10 mL USO RESTRITO A HOSPITAIS E CLÍNICAS ESPECIALIZADAS. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. INFORMAÇÕES AO PACIENTE COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? Sulfato de vincristina é um medicamento denominado antineoplásico, usado em pacientes com câncer, que bloqueia a divisão das células. QUAIS AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES DESTE MEDICAMENTO? Leucemia linfocítica aguda; neuroblastoma; tumor de Wilms; câncer de mama; câncer de pulmão de pequenas células; câncer epitelial de ovário; câncer cervical; câncer colorretal; linfomas de Hodgkin; linfomas não-Hodgkin; rabdomiossarcoma; sarcoma de Ewing; osteossarcoma; melanoma maligno; tumor de célula germinativa de ovário; micose fungóide; púrpura trombocitopênica idiopática. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Durante a amamentação: não é conhecido se Oncovin® (sulfato de vincristina) é excretado no leite humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano, e devido ao potencial de graves efeitos adversos em lactentes, deve-se descontinuar a amamentação. Uso na Gravidez: Oncovin® (sulfato de vincristina) pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Condições que exigem avaliações dos Riscos e Benefícios: - Na presença de leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos), ou de infecção complicada, a administração de uma próxima dose requer cuidadosa consideração. - Pacientes com doença neuromuscular pré-existente devem estar atentos quanto a reações adversas neurológicas graves, particularmente se outras drogas com potencial neurotóxico também forem usadas. - Pacientes com diminuição da função hepática; herpes zoster; icterícia obstrutiva; varicela ou outra infecção, assim como pacientes idosos ou com tratamento anterior por droga citotóxica ou radioterapia. Não utilizar Oncovin® (sulfato de vincristina) nas seguintes condições: - Pacientes com a forma desmielinizante da síndrome de CharcotMarieTooth . - Pacientes com insuficiência hepática. - Pacientes recebendo radiações no fígado. “Não há contra-indicação relativa a faixas etárias”. “Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis”. “Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista. Pode ser perigoso para a sua saúde”. “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista”. “Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você estiver fazendo uso de outro medicamento”. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? O sulfato de vincristina deve ser administrado por via injetável, exclusivamente por via intravenosa. As doses são calculadas por serviços especializados que levam em consideração o grau da doença e a necessidade de medicamentos associados. As doses usuais geralmente se situam como segue: Adultos 0,01 a 0,03 mg por Kg de peso, como dose única a cada 7 dias. Adultos com bilirrubina acima de 3 mg/mL: as doses devem ter redução de 50%. Crianças - acima de 10 kg de peso: 1,5 a 2 mg por metro quadrado de superfície corporal, como dose única a cada 7 dias. - com 10 kg ou menos: 0,05 mg por kg de peso, como dose única a cada 7 dias. Crianças com bilirrubina acima de 3 mg/mL: as doses devem ter redução de 50%. Idosos Parecem mais propensos aos efeitos neurotóxicos. QUAIS AS EVENTUAIS REAÇÕES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR? Muitas reações podem ocorrer, em função deste produto e de drogas freqüentemente associadas. As reações mais comuns estão assinaladas em negrito. Reações: agitação; alterações no sangue (trombocitopenia, anemia e leucopenia); amenorréia (parada da menstruação); ataxia (falta de coordenação muscular); infecção; aumento ou diminuição da freqüência urinária; aumento do ácido úrico; ausência de espermatozóides no sêmen; calafrios; celulite; constipação intestinal; cólica; depressão mental; doença renal; dor ao engolir; dor ou dificuldade ao urinar; dor de garganta; estreitamento dos brônquios; falta de apetite; febre; feridas na boca; flebite (inflamação na veia); forte reação local, se houver extravasamento do líquido da injeção; fraqueza e cãibras musculares; hematomas; hemorragias; insônia; náusea; necrose intestinal; neuropatia ótica e extraocular; neuropatia periférica (doença de nervos periféricos); paralisia muscular; parestesia (sensação anormal de formigamento, ferroadas ou queimação ao toque); perda de sensibilidade; perda de peso; queda da pálpebra; perda de cabelos; visão dupla; vômitos; dor neurítica; dificuldade de andar; marcha insegura; perda de massa muscular; reação alérgica; erupção e inchaço; cólicas abdominais; diarréia; íleo paralítico; necrose ou perfuração intestinal; hipertensão; hipotensão; pé caído; dores diversas; convulsões; cegueira transitória; atrofia do nervo óptico; surdez parcial ou total; dificuldades no equilíbrio, incluindo tontura e vertigem. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ? Como Oncovin® (sulfato de vincristina) é dose-dependente, ao se administrar grande quantidade do medicamento, as reações adversas podem ocorrer de maneira exagerada. Os serviços especializados de oncologia sabem cuidar das reações adversas. ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? O medicamento, antes de aberto, deve ser guardado na geladeira (2 a 8°C) e protegido da luz. Após reconstituição (preparação para uso), com solução bacteriostática, pode ser mantido na geladeira (2 a 8°C) por 2 dias, protegido da luz. “Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”. “Nunca use qualquer medicamento com prazo de validade vencido”. ONCOVIN ABL1212BU1 135x275 proof5 2 INFORMAÇÕES TÉCNICAS CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS O mecanismo de ação do Oncovin® (sulfato de vincristina) permanece sob investigação. Sua ação tem sido relacionada à inibição da formação de microtúbulos no fuso mitótico, resultando na parada da divisão celular durante a metástase. Cerca de 15 a 30 minutos após a injeção, mais de 90% da droga são distribuídos do sangue ao tecido, onde permanecem localizados, mas não irreversivelmente ligados. Estudos farmacocinéticos em pacientes com câncer mostram perfil de queda trifásica no soro, após rápida injeção intravenosa. Meias-vidas inicial, média e final de 5 minutos, 2,3 horas, e 85 horas, respectivamente. Entretanto, a meia-vida final em humanos varia de 19 a 155 horas. O fígado é o principal órgão excretor em humanos e animais. O metabolismo dos alcalóides da vinca é mediado por isoenzimas hepáticas do citocromo P450 da sub-família CYP 3A. O caminho metabólico pode ser prejudicado em pacientes com disfunção hepática ou que estejam tomando concomitantemente inibidores potentes dessas isoenzimas (ver PRECAUÇÕES). Cerca de 80% da dose de Oncovin® (sulfato de vincristina) são excretados nas fezes e de 10 a 20% podem ser encontrados na urina. Oncovin® (sulfato de vincristina) não penetra bem no líquido cefalorraquidiano; essa conclusão advém do fato de relatos de aparecimento de leucemia no sistema nervoso central em pacientes tratados com sucesso com Oncovin® (sulfato de vincristina). INDICAÇÕES Leucemia linfocítica aguda; neuroblastoma; tumor de Wilms; câncer de mama; câncer de pulmão de pequenas células; câncer epitelial de ovário; câncer cervical; câncer colorretal; linfomas de Hodgkin; linfomas não-Hodgkin; rabdomiossarcoma; sarcoma de Ewing; osteossarcoma; melanoma maligno; tumor de célula germinativa de ovário; micose fungóide; púrpura trombocitopênica idiopática. CONTRA-INDICAÇÕES Pacientes com a forma desmielinizante da síndrome de CharcotMarieTooth não devem receber Oncovin® (sulfato de vincristina). Deve ser dada atenção às condições mencionadas em ADVERTÊNCIAS e PRECAUÇÕES. MODO DE USAR Reconstituição: 1 mg de sulfato de vincristina (pó) + 10 mL de diluente (solução bacteriostática para injeção). Injetar por via intravenosa direta em cerca de um minuto, de preferência através do infusor lateral do equipo ou em uma das vias do equipo em Y. Após a reconstituição com diluente (solução bacteriostática) de 10 mL que acompanha o produto, a concentração obtida de sulfato de vincristina é de 0,1 mg por mL de solução. A infusão intravenosa deve ser evitada sempre que possível. Para administração a recém-nascidos, o sulfato de vincristina deve ser reconstituído com água estéril para injeção ou solução de cloreto de sódio a 0,9% para injeção. Não utilizar a solução bacteriostática que acompanha o produto. Drogas de uso parenteral devem ser inspecionadas para detecção de partículas ou descoloração antes da administração. Procedimentos apropriados de manuseio e administração de drogas antineoplásicas devem ser considerados. POSOLOGIA Este produto é apenas para uso intravenoso (ver ADVERTÊNCIAS). Atenção: a neurotoxicidade parece estar relacionada com a dose. Deve-se ter cuidado extremo no cálculo e administração da dose de Oncovin® (sulfato de vincristina), uma vez que a superdosagem pode levar a acidentes muito graves ou fatais. As doses usuais geralmente se situam como segue: Adultos 0,01 a 0,03 mg por Kg de peso, como dose única a cada 7 dias (ou 0,4 a 1,4 mg por metro quadrado de superfície corporal, como dose única a cada 7 dias). Adultos com bilirrubina acima de 3 mg/mL: as doses devem ter redução de 50%. Crianças - acima de 10 kg de peso: 1,5 a 2 mg por metro quadrado de superfície corporal, como dose única a cada 7 dias. - com 10 kg ou menos: 0,05 mg por kg de peso, como dose única a cada 7 dias. Crianças com bilirrubina acima de 3 mg/mL: as doses devem ter redução de 50%. Idosos: parecem mais propensos aos efeitos neurotóxicos do produto. Oncovin® (sulfato de vincristina) não deve ser usado em pacientes submetidos a radioterapia, através de vias que incluem o fígado. Quando usado em combinação com a enzima L-asparaginase, Oncovin® (sulfato de vincristina) deve ser administrado 12 a 24 horas antes da enzima, para diminuir a toxicidade; se a enzima for administrada antes de Oncovin® (sulfato de vincristina) pode ocorrer diminuição do clearance hepático do Oncovin® (sulfato de vincristina), levando à toxicidade. Importante: quando Oncovin® (sulfato de vincristina) é acondicionado em recipiente diferente do original, deve ser embalado com os alertas: “Não remova a embalagem até o momento da injeção. Administração intratecal é fatal. Apenas para uso intravenoso” (ver ADVERTÊNCIAS). Seringas contendo a dose específica de sulfato de vincristina devem também ser rotuladas com os alertas: “Administração intratecal é fatal. Somente para uso intravenoso”. CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO: Oncovin® (sulfato de vincristina) deve ser administrado somente por via intravenosa e por pessoas experientes na administração de medicamentos antineoplásicos. O produto é vesicante. O medicamento deve ser injetado diretamente na veia e sua injeção deve ser completada dentro de um minuto. Oncovin® (sulfato de vincristina) deve ser administrado por via desobstruída, com fluxo livre para a agulha ou o cateter, que devem estar posicionados adequadamente antes da aplicação do sulfato de vincristina. Se ocorrer extravasamento de Oncovin® (sulfato de vincristina) no tecido circundante, durante a administração intravenosa, pode ocorrer irritação considerável; nesse caso a injeção deve ser descontinuada imediatamente e qualquer porção restante da dose deve ser introduzida em outra veia. Injeção local de hialuronidase e a aplicação de calor moderado na área de vazamento ajudam a dispersar a droga, diminuindo o desconforto e a possibilidade de celulite. ADVERTÊNCIAS A administração intratecal de Oncovin® (sulfato de vincristina) geralmente resulta em morte. Seringas contendo o produto devem ser rotuladas e embaladas com os alertas: “Não remova a embalagem até o momento da injeção. Administração intratecal é fatal. Somente para uso intravenoso”. Se ocorrer administração intratecal acidental, deve-se fazer intervenção neurocirúrgica imediata para prevenir paralisia ascendente que leva à morte. Em pequeno número de pacientes, paralisia com risco de vida e morte subseqüente foram evitadas, mas resultaram em seqüelas neurológicas devastadoras, com recuperação limitada posteriormente. Se Oncovin® (sulfato de vincristina) for administrado erroneamente através da via intratecal, o tratamento a seguir deve ser feito imediatamente 1) Remoção máxima possível do líquido cefalorraquidiano, retirado com segurança através da punção lombar. 2) Inserção de um cateter epidural no espaço sub-aracnóide, via espaço intervertebral acima da punção lombar e irrigação do líquido cefalorraquidiano com Lactato de Ringer. Se possível, adicionar 25 mL de plasma fresco congelado a cada litro de solução de Lactato de Ringer. 3) Inserção de um dreno intraventricular, ou cateter, por neurocirurgião e continuação da irrigação do líquido cefalorraquidiano com fluído removido da punção lombar, conectado a um sistema fechado de drenagem. A solução de Lactato de Ringer deve ser administrada através de infusão contínua a 150 mL/hora, ou a 75 mL/hora quando o plasma fresco congelado for adicionado como acima mencionado. A taxa de infusão deve ser ajustada para manter o nível de proteína no líquido cefalorraquidiano em 150 mg/dL. As seguintes medidas têm sido usadas em adição, mas podem não ser essenciais: 10 gramas de ácido glutâmico, via intravenosa, por 24 horas; seguidos por 500 mg, três vezes por dia, via oral, por um mês. Ácido folínico administrado por via intravenosa em forma de bolus de 100 mg e depois infusão a 25 mg/hora por 24 horas, depois doses em bolus de 25 mg a cada 6 horas por uma semana. Piridoxina (vitamina B6) tem sido usada na dose de 50 mg a cada 8 horas, por infusão intravenosa por 30 minutos. Suas atuações na redução da neurotoxicidade não são claras. 27.09.05 09:59:24 Uso na Gravidez - Oncovin® (sulfato de vincristina) pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Quando camundongos e hamsters, durante a gravidez, receberam doses de Oncovin® (sulfato de vincristina), houve reabsorção em 23 a 85% dos fetos e má formações fetais ocorreram naqueles que sobreviveram. Cinco macacas receberam doses únicas de Oncovin® entre os dias 27 e 34 de sua gravidez; 3 dos fetos tiveram desenvolvimento normal e 2 fetos apresentaram evidências grosseiras de má formações. Em diversas espécies animais, Oncovin® (sulfato de vincristina) pode induzir efeitos teratogênicos, como também a morte do embrião, em doses que não são tóxicas para o animal grávido. Não existem estudos bem controlados e adequados em mulheres grávidas. Se Oncovin® (sulfato de vincristina) for usado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar enquanto estiver usando o produto, ela deve ser alertada do risco potencial para o feto. Mulheres com capacidade reprodutiva devem ser aconselhadas a evitar a gravidez. PRECAUÇÕES Gerais - Nefropatia úrica aguda foi relatada com o uso de Oncovin® (sulfato de vincristina). Na presença de leucopenia, ou de uma infecção complicada, a administração de uma próxima dose requer cuidadosa consideração. Se for diagnosticada leucemia no sistema nervoso central, agentes adicionais devem ser utilizados porque Oncovin® (sulfato de vincristina) não parece penetrar na barreira hematoencefálica em quantidades adequadas. Particular atenção deve ser dada à posologia e às reações adversas neurológicas em pacientes com doença neuromuscular pré-existente e quando outras drogas com potencial neurotóxico também forem usadas. Dispnéia aguda e broncoespasmo grave têm sido relatados após a administração dos alcalóides da vinca. Essas reações têm aparecido com maior freqüência quando os alcalóides da vinca foram associados com mitomicina-C e podem requerer tratamento agressivo, particularmente quando pré-existir disfunção pulmonar. O início dessas reações pode ocorrer dentro de minutos ou horas após a injeção com alcalóide de vinca, ou até 2 semanas após a dose de mitomicina-C. Pode ocorrer dispnéia progressiva requerendo terapia crônica. Oncovin® (sulfato de vincristina) não deve ser readministrado. Deve-se tomar cuidado para evitar o contato dos olhos com Oncovin® (sulfato de vincristina); se ocorrer, os olhos devem ser lavados imediatamente e vigorosamente com água. Contaminação acidental pode resultar em irritação grave ou, se a droga for liberada sob pressão, até ulceração da córnea. Testes de Laboratório - A toxicidade clínica é dose-dependente; manifesta-se através de neurotoxicidade; a evolução clínica (histórico, exames físicos) é necessária para detectar a necessidade de alterações na dosagem. Após a administração de Oncovin® (sulfato de vincristina), alguns pacientes podem apresentar queda na contagem de leucócitos ou de plaquetas, particularmente quando a terapia anterior ou a própria doença reduzirem a função da medula óssea. Portanto, um hemograma completo deve ser realizado antes da administração de cada dose. Também pode ocorrer elevação aguda do ácido úrico durante a indução de remissão na leucemia aguda, assim, tais níveis devem ser determinados freqüentemente durante as primeiras 3 ou 4 semanas de tratamento, ou medidas apropriadas para prevenir a nefropatia úrica devem ser tomadas. Carcinogênese, mutagênese e danos a fertilidade - Tanto in vitro como in vivo os testes de laboratório não demonstraram efeitos conclusivos quanto a sua mutagenicidade. Fertilidade após o tratamento isolado com Oncovin® (sulfato de vincristina) não foi estudada em humanos. Relatórios clínicos em homens e mulheres que usaram poliquimioterapia com Oncovin® (sulfato de vincristina) indicaram que pode ocorrer azoospermia e amenorréia em pacientes pós-púberes. A recuperação ocorreu muitos meses após o término da quimioterapia em alguns, mas não em todos pacientes. Quando o mesmo tratamento é administrado a pacientes pré-púberes, a possibilidade de ocorrer azoospermia e amenorréia permanentes é remota. Pacientes que receberam quimioterapia com Oncovin® (sulfato de vincristina), em associação com drogas anti-câncer conhecidas por sua carcinogenicidade, desenvolveram doenças malignas secundárias. A contribuição do Oncovin® (sulfato de vincristina) nessa associação não foi determinada. Não houve evidências de carcinogenicidade após a administração intraperitonial de Oncovin® (sulfato de vincristina) em camundongos e ratos, embora esse estudo seja limitado. Mães lactantes - Não é conhecido se a droga é excretada no leite humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano, e devido ao potencial de graves efeitos adversos em lactentes, deve-se descontinuar a amamentação. Uso pediátrico - Ver POSOLOGIA. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Deve-se tomar cuidado com pacientes que estejam utilizando medicamentos que inibam o metabolismo de isoenzimas hepáticas do citocromo P450, sub-família CYP3A, ou em pacientes com disfunção hepática. A administração concomitante de sulfato de vincristina e itraconazol (conhecido inibidor do metabolismo) causou início prematuro e/ou aumento da gravidade dos efeitos adversos neuromusculares (ver REAÇÕES ADVERSAS). Presume-se que esta interação iniba o metabolismo da vincristina. A fenitoína, administrada simultaneamente com combinações quimioterápicas de antineoplásicos que incluem sulfato de vincristina, parece aumentar a freqüência e a intensidade de convulsões; o ajuste da dose pode ser necessário baseado na monitoração do nível sanguíneo. A contribuição do sulfato de vincristina para essa interação com a fenitoína não é certa. O Oncovin® (sulfato de vincristina), por interação, pode: - Diminuir a ação de digoxina e vacina de vírus mortos. - Sofrer ou provocar aumento das reações adversas com: doxorrubicina; L-asparaginase; mitomicina-C e vacinas de vírus vivos. - Pode aumentar as taxas de ácido úrico e exigir ajustes de doses de: alopurinol; colchicina; probenecida e sulfimpirazona. REAÇÕES ADVERSAS Antes de usar a droga, pacientes e/ou seus familiares devem ser alertados quanto a possibilidade de sintomas indesejáveis. Em geral, reações adversas são reversíveis e são relacionadas às doses. A reação adversa mais comum é a perda de cabelo e o efeito adverso mais grave são distúrbios neuromusculares. Leucopenia, dor neurítica e constipação podem ocorrer, mas normalmente são de curta duração (menos de 7 dias). Quando a dose é reduzida, essas reações podem diminuir ou desaparecer. A gravidade das reações parece aumentar quando a droga é administrada em doses divididas. Outras reações adversas, como perda de cabelo, perda da sensibilidade, parestesia, dificuldade de andar, marcha insegura, perda dos reflexos tendinosos profundos e de massa muscular, podem persistir pelo menos enquanto durar a terapia. Disfunção generalizada sensorial pode se tornar mais grave com a continuação do tratamento. Embora muitos sintomas desapareçam por volta da sexta semana após a descontinuação do tratamento, algumas dificuldades neuromusculares podem permanecer por períodos prolongados. O crescimento do cabelo pode voltar a ocorrer durante a terapia de manutenção. As seguintes reações adversas foram relatadas: Hipersensibilidade - Raros casos de reações tipo alérgicas, como anafilaxia, erupção e edema, relacionadas a pacientes que receberam vincristina como parte da poliquimioterapia. Gastrintestinais - Constipação, cólicas abdominais, perda de peso, náuseas, vômitos, ulcerações orais, diarréia, íleo paralítico, necrose ou perfuração intestinal e anorexia. Constipação pode tomar forma de bloqueio do colo ascendente e, em exame físico, o reto pode estar vazio. A dor da cólica abdominal com o reto vazio, pode confundir o médico. Uma radiografia simples do abdome é útil para demonstrar esta condição. Todos os casos responderam ao tratamento com laxativos e enemas. A profilaxia para a constipação é recomendada a todos os pacientes que fazem uso de Oncovin® (sulfato de vincristina). Íleo paralítico (simulando “abdome cirúrgico”), pode ocorrer, particularmente em jovens pacientes. Isto será revertido com a descontinuação do Oncovin® (sulfato de vincristina) e com tratamento sintomático. Geniturinárias - Poliúria, disúria e retenção urinária devido à atonia da bexiga. Outras drogas conhecidas por causarem retenção urinária (particularmente em idosos) devem, se possível, serem descontinuadas nos primeiros dias após a administração de Oncovin® (sulfato de vincristina). Cardiovasculares - Hipertensão e hipotensão têm ocorrido. Quimioterapia que inclui o sulfato de vincristina, quando administrada a pacientes previamente tratados com radioterapia do mediastino, tem sido associada a doenças coronárias e infarto do miocárdio. A causalidade não foi estabelecida. Neurológicas - Freqüentemente, há uma seqüência para o desenvolvimento dos efeitos adversos neuromusculares. Inicialmente, apenas perda sensorial e parestesia podem ser encontrados. Com a continuação do ONCOVIN ABL1212BU1 135x275 proof5 3 tratamento, dor neurítica e, depois, dificuldades motoras podem ocorrer. Não há relatos de qualquer agente que possa reverter as manifestações neurológicas que acompanham o uso de terapia com Oncovin® (sulfato de vincristina). Com a administração contínua, tem sido relatado perda dos reflexos tendinosos profundos, pé caído, ataxia e paralisia. Manifestações dos nervos cranianos, incluindo paresia isolada e/ou paralisia dos músculos controlados pelos nervos cranianos motores, podem ocorrer na ausência de distúrbio motor. Músculos extraoculares e laríngeos são os mais comumente envolvidos. Têm sido relatadas dores no maxilar, na faringe, nas glândulas parótidas, nos ossos, nas costas, nos membros inferiores e nos músculos; as dores nessas áreas podem ser graves. Convulsões, freqüentemente associadas à hipertensão, têm sido relatadas em poucos pacientes que receberam sulfato de vincristina. Alguns casos de convulsão seguida de coma foram reportados em crianças que utilizaram Oncovin® (sulfato de vincristina). Cegueira cortical transitória e atrofia óptica com cegueira foram reportados. Tratamento com alcalóides da vinca podem raramente resultar em danos vestibulares e de audição por agressão do oitavo nervo craniano. Manifestações incluem surdez parcial ou total, que pode ser temporária ou permanente, e dificuldades no equilíbrio, incluindo tontura, nistagmo e vertigem. Devese ter cuidado especial ao combinar Oncovin® (sulfato de vincristina) a outros agentes conhecidos por sua ototoxicidade como os oncolíticos contendo platina. Pulmonares - Ver PRECAUÇÕES. Endócrinas - Raras ocorrências de uma síndrome atribuída à secreção inadequada de hormônio antidiurético têm sido observadas em pacientes tratados com Oncovin® (sulfato de vincristina). Esta síndrome é caracterizada por uma alta excreção de sódio na urina, na presença de hiponatremia, e na ausência de: doença renal ou adrenal, hipotensão, desidratação, azotemia e edema clínico. Com a restrição hídrica, ocorre melhora na hiponatremia e na perda renal de sódio. Hematológicas - Oncovin® (sulfato de vincristina) não parece ter nenhum efeito constante ou significante nas plaquetas ou hemácias. Depressão grave da medula óssea não é o principal fator dose-limitante. Contudo, anemia, leucopenia e trombocitopenia foram reportados. Trombocitopenia, se presente quando iniciar terapia com Oncovin® (sulfato de vincristina), pode até mesmo melhorar antes do aparecimento de remissão medular. Pele - Alopecia e erupções. Outras - Febre e dor de cabeça. SUPERDOSAGEM Os efeitos adversos seguidos ao uso de Oncovin® (sulfato de vincristina) são dose-dependentes. Adultos podem apresentar sintomas graves após única dose de 3 mg/m2 de superfície corporal ou mais (ver REAÇÕES ADVERSAS). Em crianças podem ocorrer sintomas graves após doses de 3 a 4 mg/m2 de superfície corporal. Em crianças menores de 13 anos, ocorreram mortes devido a administração de doses de Oncovin® (sulfato de vincristina) 10 vezes maiores do que a recomendada. O tratamento de suporte deve incluir: 1) prevenção dos efeitos adversos da síndrome da secreção inadequada de hormônio anti-diurético (tratamento preventivo deve incluir restrição líquida e talvez a administração de um diurético que atue na alça de Henle e no tubo distal); 2) administração de anticonvulsivantes; 3) uso de enemas ou catárticos para prevenir íleo paralítico (em alguns casos, a decompressão do trato gastrintestinal pode ser necessária); 4) monitoramento do sistema cardiovascular; 5) hemogramas diários para orientar na necessidade de transfusão. Foi observado efeito protetor do ácido folínico em camundongos normais que foram submetidos a doses letais de Oncovin® (sulfato de vincristina). Casos isolados reportados sugeriram que o ácido folínico pode ser útil para o tratamento em humanos que receberam superdosagem de Oncovin® (sulfato de vincristina). É sugerido 100 mg de ácido folínico, administrado por via intravenosa a cada 3 horas por 24 horas e depois a cada 6 horas, por pelo menos 48 horas. Teoricamente (com base nos dados farmacocinéticos), níveis teciduais de Oncovin® (sulfato de vincristina) são previstos de permanecerem altos por no mínimo 72 horas. Tratamento com ácido folínico não elimina a necessidade das medidas de suporte acima mencionadas. A maioria da dose intravenosa de Oncovin® (sulfato de vincristina) é excretada na bile após rápida ligação tecidual. Em casos de superdosagem, uma vez que apenas pequenas quantidades da droga aparecem no líquido dialisado, a hemodiálise não é útil. Um aumento da gravidade dos efeitos adversos pode ocorrer em pacientes com doença hepática grave, uma vez que há diminuição da excreção biliar. O aumento da excreção fecal de vincristina foi demonstrado em cães pré-tratados com colestiramina. Não há dados clínicos publicados sobre o uso de colestiramina como antídoto humano. Não há dados clínicos publicados sobre as conseqüências da ingestão oral de vincristina. Se ocorrer ingestão oral, o estômago deve ser esvaziado, seguido de administração oral de carvão ativado e catártico. ARMAZENAGEM Antes de aberto o frasco de sulfato de vincristina deve ser armazenado em geladeira (2 a 8°C) e protegido da luz. Após reconstituição com solução bacteriostática, deve ser mantido na geladeira (2 a 8°C) por até 14 dias, protegido da luz. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Dyke. Treatment of inadvertent intrathecal injection of vincristine. N Engl J Med, 1989, 321: 1270-71. 2. Michelagnoli MP, Bailey CC, Wilson L, Livingston J, Kinsey SB. Potential salvage therapy for inadvertent intrathecal administration of vincristine. Br. J. Haematology, 1997, 99: 364-367. (Mfr. Control No. GB97113451A) 3. Zaragoza MR, Ritchey ML, Walter A. Neurologic consequences of accidental intrathecal vincristina: A case report. Med. Pediatr. Oncol., 1995, 24(1):61-62. 4. 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