flf0385 ética e filosofia política i - Departamento de Filosofia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Av. Luciano Gualberto, 315 – C.P. 8.105 – CEP 05508-900 – Cidade Universitária – São Paulo (SP)
Tel.: (011) 818-3761/3765/3709 – Fax: (011) 211-2431 – E-mail: [email protected]
ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA I
1o semestre/2000
Disciplina Obrigatória
Destinada: Alunos de Filosofia e Resolução 3045
Código: FLF0385
Pré-requisitos: FLF0103 e FLF0104
Prof. Renato Janine Ribeiro
Carga horária: 04 horas semanais
Créditos: 04
Número máximo de alunos por turma: 100
I – OBJETIVOS
Um ponto essencial na política moderna é como o poder se sustenta
com base no afeto. Essa questão é particularmente visível em Montesquieu,
mas orienta vários outros pensadores, atentos ao modo como os súditos
prestam sua obediência ao rei ou tirano, ou os cidadãos estabelecem seu
vínculo livre numa república ou democracia. Especial ênfase será dada a
Thomas Hobbes e ao modo como, nele, razão e afetos se combinam – ou se
confrontam.
II – CONTEÚDO
O poder e seus nexos afetivos
1. Introdução: algumas formas de poder: tirania ou despotismo, monarquia,
república, democracia.
2. O afeto do déspota: La Boëtie.
3. O afeto do déspota (2): Montesquieu.
4. Montesquieu e o problema dos três regimes: despotismo, monarquia e
república.
5. A obediência ao soberano: Thomas Hobbes.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Av. Luciano Gualberto, 315 – C.P. 8.105 – CEP 05508-900 – Cidade Universitária – São Paulo (SP)
Tel.: (011) 818-3761/3765/3709 – Fax: (011) 211-2431 – E-mail: [email protected]
5.1.
Bases racionais e afetivas da guerra de todos contra todos.
5.2.
A pacificação e o advento do Estado
5.3.
A obediência: as dificuldades da abordagem racional de Hobbes.
5.4.
O manejo dos afetos pelo clero e sua ameaça ao soberano.
6. O problema da obediência e desobediência no século XX: Wilhelm Reich.
7. Obediência e desobediência na democracia.
III – MÉTODOS UTILIZADOS
Aulas expositivas e seminários de análise de texto.
IV – ATIVIDADES DISCENTES
a) seminários (um ou mais, conforme o número de alunos na classe);
b) uma dissertação, a ser entregue na penúltima aula do curso.
V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A dissertação terá peso 3 e o seminário, peso 1.
Recuperação: Esta constará de: a) uma prova, a ser realizada em data a se
determinar, sobre o conteúdo do curso; b) uma dissertação, a ser entregue na
mesma ocasião.
VI – BIBLIOGRAFIA
Hobbes, Thomas. Do cidadão, ed. Martins Fontes.
Hobbes, Thomas. Leviatã, várias edições.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Av. Luciano Gualberto, 315 – C.P. 8.105 – CEP 05508-900 – Cidade Universitária – São Paulo (SP)
Tel.: (011) 818-3761/3765/3709 – Fax: (011) 211-2431 – E-mail: [email protected]
La Boëtie, Discurso da servidão voluntária, ed. Brasiliense, com textos de
Marilena Chauí e Claude Lefort.
Montesquieu. Do espírito dos leis.
Montesquieu. Cartas persas. Editora Paulicéia.
Reich, Wilhelm. A psicologia de massa do fascismo (ler edições que tenham
pelo menos 9 capítulos, já que existem várias incompletas).
Reich, Wilhelm. Reich fala de Freud.
Ribeiro, Renato Janine. Ao leitor sem medo, ed. UFMG.
Ribeiro, Renato Janine. A marca do Leviatã, ed. Ática.
Outros títulos serão indicados ao longo do curso.