THOMAS HOBBES 1. Local/data de nascimento e morte. Nasceu em Malemesbury, Inglaterra, em 1588. Faleceu no ano de 1679. 2. Escorço histórico Estudou no Universidade de Oxford. Dedicou-se inicialmente à matemática. Foi oposição ao governo de Cromwell, pelo que foi exilado para a França, somente retornando com a República. Quando de sua morte estava em estado quase de mendicância absoluta. Na França foi preceptor do Rei Carlos II. Teve conhecimento com Descartes e Galileu, de profunda influência na sua cultura. 3. Principais Obras - The Elemento of Law - Leviathan, or the Matter, Forms and Power of a Commmon Wealth, ecclesiasitic and civil - The Iliads and Odyssey of Homer 4. Os três estágios. Natureza, Sociedade e Direito. Para Hobbes, o Direito Natural justifica a liberdade, legitimando todos os meios utilizados na conquista dos mesmos fins. Assegurava que o homem se sentia atraído pelos outros homens. Contudo, essa atração natural aristotélica, assume em Hobbes características distintas, admitindo três diferentes estágios: - Natureza: os homens lutam entre si. O Império do mais forte. O Estado de Natureza do homem é o estado beligerante, ou seja, o Estado de Guerra. - Sociedade: os homens, temendo a insegurança, criam um contrato ou pacto, pelo qual condicionam a convivência social. O instinto de conservação leva ao Estado, ao equilíbrio social. O pacto social é, em verdade, um pacto de associação. - Direito- os homens renunciam seus direitos em favor de um Parlamento ou de um monarca, disciplinando a convivência humana. Ainda, para Hobbes, o governo absoluto seria feito mediante Estado Civil, sendo o Leviathan um deus a quem o homem deve inclinar-se, atingindo o Estado suas finalidades. 5. Conceitos - Lei: é o comando de uma pessoa cuja decisão constitui uma razão suficente para obedecer-lhe. - Direito Natural: exprime apenas um fato, uma necessidade da natureza, e, portanto, não é uma categoria moral ou jurídica. É a liberdade. - Lei Natural: é a reta razão, igual à lei moral e à lei divina, que é uma espécie de luz que Deus atribui aos homens para que possa chegar até ele. É um preceito. Logo, em não sendo comando, não pode ser revogada. - Diferença entre lei e direito: a lei restringe; o direito liberta. 6. As Leis Naturais Hobbesianas Nos capítulos XIV e XV do Leviathan, Hobbes fala das 19 leis naturais que servem de fundamento à lei positiva, civil ou canônica: - Primeira Lei: que cada um procure a paz, e, em caso de obstáculo, que cada um se defenda por todos os meios que puder. - Segunda Lei: que cada um abandone seu direito sobre toda a coisa, na medida em que outros o façam, donde o contrato. - Terceira Lei: que se cumpram os pactos, donde justiça. - Quarta Lei: chamada de lei da gratidão: que o homem seja grato a outrem pelos benefícios dele recebidos. - Quinta Lei: que cada um se esforce por ajustar-se aos outros: lei da sociabilidade. - Sexta Lei: perdoar aos que desejam a paz. - Sétima Lei: que se leve em conta, na punição, menos o mal cometido, que o bem futuro. - Oitava Lei: evitar a insolência e a manifestação de desprezo ao próximo. - Nona Lei: contra o orgulho: que cada um reconheça no próximo seu igual por natureza. - Décima Lei: que ninguém procure, na paz, apoiar-se num direito que ele não concederia aos outros. - Décima-Primeira Lei: que o árbitro escolhido seja equidoso e se comporte a respeito das partes de forma igual. - Décima-Segunda Lei: uso igual das coisas comuns. - Décima-Terceira Lei: que o direito às coisas indivisíveis seja determinado pela sorte. - Décima-Quarta Lei: da primogenitura e primeira captura. - Décima-Quinta Lei: que os mediadores da paz gozem do benefício do salvoconduto. - Décima-Sexta Lei: que aqueles que estão em conflito submetam seu direito ao julgamento de um árbitro. - Décima-Sétima Lei: ninguém pode ser juiz em causa própria. - Décima-Oitava Lei: ninguém pode ser juiz em causa em que é interessado. - Décima-Nona Lei: o julgador deve acercar-se do maior número de testemunhas possíveis.