MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PRPPG Coordenadoria Geral de Pesquisa – CGP Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 – Bairro Ininga Cep: 64049-550 – Teresina-PI – Brasil – Fone (86) 215-5564 – Fone/Fax (86) 215-5560 E-mail: [email protected]; [email protected] LEVANTAMENTO DOS ESTUDOS GEOGRÁFICOS APLICADOS ÀS POLÍTICAS DE PLANEJAMENTO REGIONAL NO BRASIL Mariana da Silva Azevedo (bolsista do PIBIC/UFPI), Francisco de Assis Veloso Filho (Orientador Depto de Geografia e História – UFPI). Introdução O desenvolvimento econômico sempre foi alvo de estudos com o objetivo de encontrar medidas e ações que de fato promovessem o pleno sucesso deste empreendimento. Com base nesta temática ao longo dos anos inúmeras discussões foram promovidas, entre elas destaca-se o planejamento de economias socialistas e capitalistas de Miglioli (1982), as políticas econômicas norteadoras de Nabuco (2007), o desenvolvimento e o subdesenvolvimento: histórico e indicadores de Sousa (2009), a reorganização regional e o novo paradigma da interdisciplinaridade de Paviani (1989) destacando-se posteriormente o texto Brasília em seu contexto local e regional também de Paviani (2003). Este trabalho, contudo sofreu mudanças em especial nos dois últimos objetivos expostos no plano de trabalho, devido sobretudo pelo interesse da participante em relação à cidade de Brasília e seu histórico de planificação. Reintera-se a aceitação da discente e do docente na alteração do referido plano já mencionado. O objetivo deste trabalho é, portanto identificar os processos de desenvolvimento econômico das sociedades modernas aliadas à identificação de experiências pioneiras de planejamento no Brasil tais como: a criação de Brasília, o PIN - Plano de Integração Nacional, o PROTERRA - Programa de Redistribuição de Terras e de estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste entre outros. Metodologia Para a realização deste trabalho, foram realizados levantamentos bibliográficos em busca de dados primários, em websites especializados na temática (Revista Brasileira de Geografia – RGB) assim como, em livros e manuais que abordam a temática de planejamento econômico e regional. Destacam-se ainda as discussões, apreendidas nas reuniões do projeto, com a produção de relatórios parciais e posteriormente a produção deste relatório final. Resultados e Discussão O planejamento econômico é descrito por Jorge Miglioli como a ação no sentido de orientar a economia de forma direta ou indireta, neste aspecto diferencia-se o planejamento aplicado em economias socialistas do planejamento infligido em economias de cunho capitalista. Este método sistemático de orientação da economia surgiu em 1920 no seio da antiga União Soviética propagando-se pelo mundo sendo, atualmente empregado em economias mais ou menos conservadoras, moldando-se aos interesses e anseios de cada uma. A visualização do desenvolvimento econômico como problema ficou mais evidente a partir das flutuações econômicas do século XIX em decorrência da concentração da renda e da riqueza em nível mundial, agravada com o surgimento de alguns poucos países industrializados, tornando clara a distinção entre países pobres e ricos. Com a publicação de outros indicadores os países pobres passaram a ser caracterizados como subdesenvolvidos estes por sua vez, por apresentarem crescimento econômico insuficiente e estável, alto grau de analfabetismo, elevadas taxas de natalidade e de mortalidade infantil predominância da agricultura como atividade principal, insuficiência de capital e de certos recursos naturais, pequeno mercado interno, baixa produtividade entre outros fatores. Aldo Paviani em seu texto Brasília no contexto local e regional: urbanização e crise analisa o papel desempenhado pela então capital do país, no consequente desenvolvimento do Centro-Oeste. Admitindo que a cidade ultrapasse uma crise urbana de grau acentuado, propondo alternativas através de um plano de gestão que de fato, auxilie no embate frente aos desafios de um projeto de alterações profundas no espaço urbano. Em primeiro plano o autor destaca o estabelecimento de um horizonte permanente de gestão do Distrito Federal com o objetivo de minimizar os efeitos dos processos de exclusão sócio-espaciais o que de acordo com Paviani (2003, p. 63) seria “um dos principais fatores da origem da crise urbana da capital”. Conforme Paviani (2011) a saga da organização socioespacial de Brasília tem inicio com a decisão do presidente Juscelino Kubitschek em englobar em seu Plano de Metas a transferência da capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central onde, eleito determina o inicio das obras construindo o catetinho, em 1956 e o primeiro núcleo de apoio à Cidade Livre denominado posteriormente de Núcleo Bandeirante. De acordo com o autor Taguatinga projetada em 1958 foi o passo inicial para o polinucleamento realizado com o objetivo de transferência das populações para as favelas. Conclusão Estudar regiões e os problemas que as norteiam não se defini apenas em conhecer suas dificuldades, mas em investigar de onde vieram e porque surgiram neste sentido em especial, as contribuições de Miglioli (1989); Nabuco (2007); Sousa (2009) e Paviani (1989,2003) nos parece de acentuada importância. A planificação e consequentimente o desenvolvimento econômico, desperta certo interesse e de fato é motivo de muita especulação, como solucionar problemas criados ao longo de séculos com ações simples e na maioria das mentes facilmente operacionalizáveis? Esta é uma questão difícil afinal, nenhuma obra de planejamento ou de desenvolvimento é simples ou deve ser pensada em curto prazo trata-se de planos aparentemente singelos más que de fato revelam a realidade e as insuficiências de cada sociedade e neste caso de cada região. O desenvolvimento de regiões consideradas atrasadas pode e deve ser feito pelo Estado como destaca Miglioli anteriormente, com a sua definição de planejamento econômico. Devemos, no entanto entender que o planejamento sem discussões com quem de fato vivência a problemática é para nós um planejamento sem operacionalização. Não queremos que o Estado se exima das responsabilidades e tão pouco deixe tudo a cargo das empresas sim, porque em econômicas capitalistas a intervenção estatal não é vista com bons olhos, mas sejamos claros ela deve ocorrer. Nota-se a necessidade de estudos mais aprofundados a respeito das regiões com centros de pesquisas e instituições recenseadoras que reduzam os intervalos censitários ou que realizem amostragens mais frequentes captando deste modo, as especificidades regionais e locais. Conclui-se que o planejamento e consequentimente o desenvolvimento necessitam de tempo hábil para serem de fato concretizados isto é, problemas de séculos não se resolveram a curtos prazos, o tempo por sua vez é aliado de uma boa planificação. Apoio: UFPI Referências COSTA, L. (1965): “Relatório sobre o Plano Piloto de Brasília”. In IBAM Leituras de Planejamento e Urbanismo. Rio de Janeiro, IBAM. PAVIANI, Aldo. Brasília no contexto local e regional: urbanização e crise. Revista Território, Rio de Janeiro. Disponivel em:< http://www.revistaterritorio.com.br/pdf/11_12_13_5_brasilia.pdf >. Acesso em: 07 jun. 2013. PAVIANI, Aldo. Brasília no contexto local e regional: urbanização e crise. Revista Território, Brasília.Disponivel em: <http://http://www.revistaterritorio.com.br/pdf/11_12_13_5_brasilia.pdf >. Acesso em: 03. Jun. 2013. PAVIANI, Aldo. Patrimônio urbano de Brasília: urbanização com desigualdade socioespacial.In: 9º SEMINÁRIO DOCOMOMO BRASIL, 9º.,2011,Brasília. 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