Cosmologia Física

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I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Cosmologia Física
Oswaldo Duarte Miranda
mailto: [email protected]
ITA – 18 a 20 de fevereiro de 2008
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parte I - Introdução
Cosmologia como ciência
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Um panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Parte II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Homogeneidade e isotropia
A métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
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Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Parte I – Introdução
• Cosmologia como ciência
• Alguns conceitos astronômicos
básicos
• Um pouco de história
• Um panorama geral da astrofísica
e da cosmologia
AAAAAAA
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Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Cosmologia* como uma Ciência
• Estudo do Universo como um todo, sua geometria global, dinâmica, história, e seus
constituintes – galáxias e estruturas em grande escala, sua formação e evolução
• Consideração básica: As leis físicas são as mesmas em todas as épocas e em todos os
lugares
• Contudo, uma “nova física” deve ser evocada para explicar, e.g., matéria escura, energia
escura
• Só conhecemos um Universo (único objeto de estudo), e tudo que nós podemos fazer é
olhar a superfície do cone de luz passado
• Observações cosmológicas são difíceis e sujeitas a efeitos de seleção e “vícios” (biases)
Cosmologia é hoje um ramo da física
* Do Grego kosmos = ordem, disciplina
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Como são feitas as descobertas astronômicas ?
• Descobertas Conceituais: e.g,
relatividade geral, mecânica
quântica, branas, inflação, além de
que a teoria pode ser inspirada pelas
observações
• Descobertas Fenomenológicas: e.g,
matéria escura, QSO’s, GRBs, CMBR,
Planetas Extrasolares
O Progresso em Cosmologia
é impelido pelo Progresso
Tecnológico
• O desenvolvimento em cosmologia
é impelido pelo progresso
tecnológico
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
“Como Flui a Informação” no Universo
• A radiação eletromagnética, em todos os seus comprimentos de onda, é o
principal meio para obtermos informações sobre o Universo. Por exemplo:
• Fotometria nos fornece principalmente informações sobre a morfologia das
galáxias
• Espectroscopia fornece informações sobre a dinâmica das galáxias e
aglomerados de galáxias
• Espectros térmico, síncrotron nos dão informações sobre a distribuição de gás
nos aglomerados de galáxias, sobre campos magnéticos cósmicos etc.
• Por outro lado, a termalização da radiação por poeira apaga a informação sobre
o fluxo de energia original
• Contudo, novos canais de informação estão sendo abertos: ondas gravitacionais,
neutrinos
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Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
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I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
• Cada elemento químico
possui linhas características
• Esse é o instrumento
central da Astronomia que
permite determinar, e.g.,
velocidades e composição
química
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II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Efeito Doppler – Fonte Emissora em Movimento
• Fonte emissora se aproxima do
observador deslocamento para
o azul (blueshift)
• Fonte emissora se afasta do
observador deslocamento para
o vermelho (redshift)
∆λ v
≈
λ
c
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Para velocidades
não relativísticas
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Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
• Espectro de referência
(laboratório)
• Espectro emitido por fonte
afastando-se do laboratório
redshift
λl
λe
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Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
“Coletando” Fótons de Objetos Astrofísicos
• A luz dos objetos astronômicos pode ser, e.g.,
coletada por telescópios acoplados a câmaras CCD
(chip eletrônico feito de material semicondutor
sensível a luz)
• O chip é composto por uma matriz cujos
elementos são chamados pixel
• Cada pixel coleta fótons como baldes que
armazenam água da chuva
• Dessa forma pode-se registrar tanto imagens
quanto espectros bem como determinar o fluxo de
energia recebido de um dado objeto
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II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
• Por outro lado, a luminosidade de um objeto está ligada aos processos físicos
que geram energia. No caso, e.g., das estrelas, o processo que produz energia é
a fusão nuclear
• No caso de uma galáxia, a luminosidade no óptico provém principalmente do
conjunto de estrelas que forma a galáxia. Assim, a luminosidade inferida nos
permite inferir quantas estrelas a galáxia contém
• Nas galáxias ativas e QSO’s a energia provém de outra fonte: liberação de
energia gravitacional do gás que flui para o interior de um buraco negro (com
massa milhões de vezes maior que a do Sol)
• Nas nebulosas a energia pode vir da sua própria energia térmica (isto é, do
movimentos dos íons, elétrons e moléculas das nebulosas) ou da excitação por
radiação proveniente de uma fonte (estrela) próxima
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Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Antes de Continuar ........ As Unidades Astronômicas
• Distância:
• Unidade astrnômica: a distância da Terra ao Sol, 1 ua = 1,496 × 1013 cm
• Anos luz: c × 1ano, 1 al = 9,463 × 10
17
cm
• Parsec: a distância que um objeto deve estar para subentenderum ângulo de 1
segundo de arco no céu, 1pc = 3,086 × 1018 cm = 3,26 al = 206.264,8 ua
• Massa e Luminosidade:
• Massa Solar: 1 M = 1,989 × 1033 g
• Luminosidade Solar: 1 L = 3,826 × 10
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33
erg/s = 3,826 × 1026 J/s = 3,826 × 1026 W
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Conceitos astronômicos básicos
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Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Fluxos e Magnitudes – Como Determiná-los?
• Detectores reais, como o CCD, são sensíveis sobre uma banda finita de 8 (ou <)
• Portanto: fluxos de energia são sempre medidos sobre uma banda passante finita
• O fluxo de energia total é a integral de f< (densidade de fluxo) sobre todas as
freqüências. Isto é:
F = ∫ f ν (ν ) d ν
• Observação: uma unidade de fluxo inicialmente usada em rádio, mas agora
disseminada na astronomia como um todo, é:
1 Jansky( Jy ) = 10−23 erg s −1cm −2 Hz −1
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Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
• No caso do nosso Sol, o fluxo de
energia recebido é: F = 1,36 × 106 erg
s-1 cm-2
• Essa não é ainda a luminosidade
intrínseca do nosso Sol
• Para passarmos do fluxo medido
para a luminosidade intrínseca
precisamos necessariamente conhecer
a distância do objeto (Sol neste
exemplo) à Terra
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Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
• A relação matemática entre fluxo e luminosidade é:
L
F=
2
4πD
• Portanto, a luminosidade intrínseca do Sol é:
L = 1,36 × 106 × 4π × (1,496 × 1013 ) 2 = 3,83 × 1033 erg s −1
• Por razões históricas, com origem na Grécia antiga, fluxos no óptico (e também no
infravermelho) são medidos em magnitudes, onde:
m = −2,5 log10 F + constante
• Onde a constante depende da faixa espectral em que é feita a observação
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• Normalmente, o fluxo de energia é integrado sobre uma banda passante finita, e.g.,
a banda V (visível) possui 8 = 500 – 600 nm, a banda B possui 8 = 390 – 490 nm
• Assim:
A
mV = −2,5 log10 F + constante
Fluxo integrado sobre o range de
comprimentos de onda dessa banda
• Se o fluxo é integrado sobre o espectro inteiro, então m é chamada de magnitude
bolométrica
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Como Usamos Magnitudes?
• Considere duas estrelas, e.g., Sol (1) e Vega (2) observadas através de câmara CCD
dentro da banda V. Podemos medir com o CCD acoplado a um telescópio os seus
respectivos Fluxos (F) recebidos na Terra. Assim:
m1 − m2 = −2,5 log10 ( F1 / F2 )
• Os Fluxos recebidos na Terra são:
−1
6
F1 = 1,36 × 10 erg s cm
−5
−1
−2
F2 = 2,67 × 10 erg s cm
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−2
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• Vega foi escolhida pois é considerada uma estrela padrão magnitude de ponto
zero
• Dessa forma, para Vega: mV = 0
• A magnitude do Sol é então:
 1,36 × 106 
 = −26,76 mag
mV − 0 = −2,5 log10 
−5 
 2,67 × 10 
• Essa magnitude é chamada de magnitude aparente e ela está intimamente ligada
com o fluxo recebido na Terra
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• Podemos agora colocar a seguinte questão:
• Dados dois objetos astrofísicos com mesma magnitude aparente (fluxo), então eles
possuem a mesma luminosidade intrínseca?
• A resposta é: Depende da distância. Se estiverem a mesma distância da Terra então
esses objetos possuem a mesma luminosidade. Caso contrário, o que estiver mais
longe terá maior luminosidade intrínseca
• Entra portanto em cena a necessidade de relacionarmos magnitude com distância.
Isso é feito através da magnitude absoluta, simbolizada pela letra M e que está
associada com a luminosidade
• Por definição: M é a magnitude aparente que um objeto teria se estivesse a
distância de 10pc da Terra
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• Dessa forma:
M = m(d = 10 pc) = −2,5 log10 [ L / 4π(10pc) 2 ] + constante
= −2,5 log10 [ L.d 2 / 4π(10.d pc) 2 ] + constante
= −2,5 log10 [ F .d 2 /(10pc) 2 ] + constante
2
= 5 − 2,5 log10 [ F .d ] + constante
M = m + 5 − 5 log10 (d / pc)
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• Para o Sol que está a distância de 4,85 × 10-6 pc temos MV = 5,47 se usarmos o
valor obtido anteriormente para mV (-26,76 mag)
• A diferença entre as magnitudes aparente e absoluta (em qualquer banda) é
chamada de módulo de distância
m − M = 5 log10 (d / 10 pc)
Módulo de distância
• Veja que para chegar nesse resultado é necessário conhecer a distância do objeto
estudado. Para objetos que estão próximos de nós, existem vários métodos que
podem ser usados como paralaxe trigonométrica, paralaxe espectroscópica entre
outros
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• A utilidade do módulo de distância para a Cosmologia repousa no seguinte:
• Considere um objeto com elevada luminosidade intrínseca, de forma que nós
podemos considerá-lo como “vela padrão”
• Observando objetos dessa classe próximos de nós, de forma que seus fluxos e suas
distâncias possam ser medidos com bastante precisão então será possível obter a
magnitude absoluta dessa vela padrão
• Se for possível agora observar “cosmologicamente” esses objetos, determinando
seus fluxos (magnitude aparente) poderemos inferir a distância de luminosidade (que
representaremos como DL) desses objetos a partir do módulo de distância
apresentado no slide anterior
• Determinar as “distâncias cosmológicas de fontes astrofísicas” nos permite obter
dados fundamentais sobre o Universo. Veremos isso mais adiante...........
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A Evolução do Pensamento Cosmológico
• ...... Da magia para a física: misticismo teologia filosofia física
• ...... Mudança de pensamento (revolução Copernicana): Universo
antropocêntrico/antropomórfico Universo heliocêntrico
• ...... Revolução Darwiniana: de Universo estático e imutável Universo em
evolução e expansão
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A Descoberta das Galáxias
Século XVIII:
• Os primeiros catálogos de “nebulosas”: Charles Messier, William Herschel
• Os pioneiros dos “Universos Ilha”: Thomas Wright, Immanuel Kant
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Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Séculos XIX e XX:
• Mais catálogos, os primeiros espectros de galáxias, mas nenhuma compreensão sobre a
física
• No “Encontro da Academia Nacional de Ciências em Washington (26 de abril de 1920),
Harlow Shapley e Herber Curtis dão palestras sob o título “A Escala do Universo”
Shapley argumentou que as nebulosas são parte da nossa Galáxia, a única
Esquema de Arthur Eddington (1912) colocando o Sol 60 anos
luz acima do plano Galáctico
Curtis argumentou que eram outros sistemas como nossa Galáxia
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As Nebulosas são Extragalácticas
• Em 1923 Hubble descobriu estrelas variáveis Cefeidas em M31 (Andromeda) usando o
telescópio de 100 polegadas do Monte Winson
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Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Base Teórica da Cosmologia Moderna:
Teoria Geral da Relatividade - TRG (1915)
• Abaixo, e a direita, nota de aula de um curso dado por Einstein em 1919 sobre a TRG. O
tópico final foi sobre cosmologia (que ele começou estudar dois anos antes). Apresenta seu
método para construção do primeiro modelo cosmológico-matemático da TRG. Seu Universo
contem matéria não relativística, estrelas e nebulosas (em acordo com as observações da
época) mas é espacialmente finito
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Um pouco de história
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Os Primeiros Modelos Cosmológicos
• Einstein em 1917 construiu o primeiro modelo cosmológico
relativístico. Pensando que o Universo fosse estático, ele introduziu o
termo cosmológico (constante) para contra-balançar a força
gravitacional. Seu modelo era instável
• Willem De Sitter em 1917 também
desenvolveu um modelo similar, mas obteve
soluções das equações de Einstein para um
Universo vazio em expansão
• Em 1932, Einstein & De Sitter desenvolvem juntos um outro
modelo cosmológico que é batizado com seus nomes, modelo
cosmológico de Einstein-De Sitter
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O Universo em Expansão – Lei de Hubble
Vesto Melvin Slipher(1917)
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Knut Lundmark (1924)
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• Observações realizadas por Hubble em 1929 confirmam que o Universo está em expansão
os espectros das galáxias estão deslocaddos para o vermelho (redshift)
• O redshift cosmológico é um pouco diferente do Doppler. O cosmológico é devido à
expansão do espaço
• A expansão passa a ser chamada de efeito De Sitter
∆λ
v
=z≈
λ
c
H0
z=
r
c
1
= idade do Universo
H0
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• H0 é a constante de Hubble
• Esse é um parâmetros chave da cosmologia
moderna
• Seu “valor atual”:
H 0 = 73,2 +−33,,12 (km s −1 ) Mpc −1
• Uma galáxia a 1Mpc desloca-se com
velocidade = 73,2 km/s (z ~ 2,4× 10-4)
• Uma galáxia a 10Mpc desloca-se com
velocidade = 732 km/s (z ~ 2,4 × 10-3)
• Uma galáxia a 100Mpc desloca-se com
velocidade = 7320 km/s (z ~ 2,4× 10-2)
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A Expansão do Universo
• O espaço expande e “carrega” as galáxias
• Num Universo homogêneo e isotrópico não existe “centro preferencial”
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• Fator de Escala = R(t)
• Distância Própria = R(t) × distância co-móvel (será definida mais adiante)
• R(t) aumentou por
um fator 2
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• O que ele provavelmente quis
dizer é que não havia
necessidade de introduzir a
constante cosmológica, já que
a TRG naturalmente “fornecia”
Universo em expansão
Einstein, Hubble, e Walter
Adams em Monte Wilson (1931)
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Os Modelos de Friedmann e Lemaitre
 Alexander Friedmann
Em 1922 desenvolveu um modelo cosmológico para Universo em
expansão baseado na TRG. Esse modelo não foi levado muito a
sério, já que a expansão do Universo não tinha ainda sido
estabelecida
George Lemaitre
Em 1927 desenvolveu, de forma independente, modelos
cosmológicos do “tipo-Friedmann”. Em 1933 ele “fez o filme rodar
para trás” obtendo um estado primordial quente e denso para o
Universo que ele batizou de “ovo cósmico”. Esta primeira previsão
sobre o Big-Bang foi completamente ignorada
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Desenvolvimento da Cosmologia Relativística
• E. Milne em 1933 desenvolveu modelos cosmológicos baseados na relatividade especial
• A.S. Eddington promoveu e desenvolveu modelos relativísticos. Iniciou a interface da
cosmologia com a teoria quântica
• H. Robertson e G. Walker desenvolveram uma sólida base matemática para a cosmologia
relativística e a mais famosa métrica cosmológica
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Descoberta da Matéria Escura
• Fritz Zwicky (1933): Aplica o chamado teorema virial para o
aglomerado de Coma, deduzindo que ele contem 400 vezes mais
matéria que a observada em estrelas
• Sinclair Smith em 1936 obtém resultado semelhante para o
aglomerado de Virgo
• Esse resultado foi deixado de lado até 1970 quando observações
das curvas de rotação de galáxias mostraram a existência da
matéria escura (DM) de forma não ambígua
• DM toma o papel principal nos modelos cosmológicos que estudam a formação das
estruturas do Universo
• A natureza da DM é agora uma das questões consideradas fundamentais da física (e
cosmologia) atual
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Programa Palomar, 1950’s – 1970’s
• Cosmologia como “uma pesquisa de 2
números” [H0 e q0]
• Diagrama de Hubble dos aglomerados
mais brilhantes foi usada como ferramenta
principal
ApJ, 1961
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Cosmologia Observacional: 1970’s – 1980’s
• Introdução de novas técnicas instrumentais, e.g., CCDs têm
papel fundamental no avanço da compreensão do Universo
• Testes clássicos como o diagrama de Hubble continuavam não
conclusivos para a definição do “modelo cosmológico”
• Contudo, vários outros avanços foram obtidos
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Cosmologia do Estado Estacionário (1948)
• Proposta como uma alternativa ao BigBang
• Baseada no “Principio Cosmológico
Perfeito”: O Universo é homogêneo no
tempo e no espaço
• Isso significa que nova
matéria deve ser criada a
medida que o Universo
expande
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Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Prevendo a Nucleossíntese Cósmica e a CMBR
• Gamow em 1948 também “rodou o
filme ao contrário” obtendo a
nucleossíntese primordial no Universo
Teoria “"$(”
• Também previram que a fase de
expansão quente do Universo seria
observada hoje como um fundo
térmico com T ~ 5 K
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• Não existe núcleo estável com massa-5. Combinando He e trítio para produzir Li exige
vencer a repulsão Coulombiana. Dessa forma, quase todos os nêutrons livres do
Universo na época da nucleossíntese são incorporados em He
• Outro gap em massa-8 faz com que a nucleossíntese primordial termine no Li com
algum traço de Be sendo produzido
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Descoberta da CMBR: Evidência Direta do Big-Bang
Arno Penzias & Robert
Wilson (1965)
Prêmio Nobel de Física de
1978
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II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
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Espectro da CMBR: Corpo Negro Perfeito
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• Por exemplo:
• Aplicando a Lei de Wien ao espectro de corpo negro do slide anterior temos:
• fmax = 160 GHz ou 8max . fmax = 0,5684c 8max = 1,07 × 10-3 m
• Da Lei de Wien:
−3
λmaxT = 2,898 × 10 m.K
2,898 × 10− 3
T=
= 2,72 K
−3
1,07 × 10
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Nucleossíntese Prediz as Corretas
Abundâncias para os Elementos Leves
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Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Descoberta dos Quasares (1963)
Cyril Hazard
Estudo da emissão
em rádio
Maarten Schmidt
Determinou o espectro
e o redshift (distância)
 Allan Sandage
Fez a identificação
óptica
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Oswaldo Duarte Miranda
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Descoberta da Estrutura em Grande Escala
• O Universo era considerado
homogêneo em escalas galácticas até...
• 1930’s: H. Shapley, F. Zwicky, e
colaboradores
• 1950’s: Donald Shane, Carl Wirtanen,
e outros
• 1950’s – 1970’s: Gerard de
Vaucouleurs com os primeiros “redshifts
surveys”
• 1970’s – 1980’s: CfA, Arecibo, e
outros “redshifts surveys”
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
.... e hoje
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Desenvolvimento de Modelos Teóricos de Galáxias e
Formação de Estruturas: 1970’s – 1990’s
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Simulações Numéricas de Formação de Estruturas
e Formação Galáctica: 1970’s – 2000’s
• Simulação de formação de
estruturas num “cubo cósmico”
por Andrew Kratsov
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
..... e o estado da arte é...............
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Inflação: Idéia Teórica Chave em Cosmologia
• Alan Guth (1980); percursores: D.
Kazanas, A. Starobinsky
• Explica um número de problemas
fundamentais em cosmologia:
planura, horizonte, origem das
estruturas, ausência de defeitos
topológicos..........
• Inflação caótica: Andrei Linde – É
o nosso Universo apenas uma bolha
contida numa estrutura bem maior?
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Cosmologia de Precisão a partir da CMBR
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Simulação da História Cósmica
Primitiva a partir do WMAP
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
John C. Mather
George F. Smoot
Prêmio Nobel de Física de 2006
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
1o pico: Curvatura
espacial do Universo
+ Matéria
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Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
2o pico: Matéria
bariônica
3o pico: Matéria escura
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
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Conceitos astronômicos básicos
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
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Conceitos astronômicos básicos
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
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Conceitos astronômicos básicos
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Cosmologia Física
Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
E Qual é a “Melhor Composição” para o Universo?
• Essa composição é consistente
com diversas observações
(incluindo SNIa e CMBR)
• A natureza da matéria escura e
da energia escura estão entre as
principais questões em aberto da
cosmologia atual
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
Conceitos astronômicos básicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
Supernovas Ia – “Reforçando a Necessidade”
da Energia Escura
Fator de escala do
Universo em relação
ao presente
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
Um pouco de história
Panorama geral da astrofísica e da cosmologia
• Supernovas Ia ocorrem quando uma anã branca em um sistema binário acreta
massa e ultrapassa o limite de 1,44 M
• Rompendo esse limite a estrela perde a condição de equilibrio gravitacional e
explode
• Esse limite é muito bem estabelecido. Assim a luminosidade do evento é
praticamente constante Funciona como indicador de distância cosmológica
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
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Conceitos astronômicos básicos
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Cosmologia como ciência
I – Introdução
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Conceitos astronômicos básicos
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SNIa
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Cosmologia Física
Homogeneidade e isotropia
I – Introdução
Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Parte II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
• Homogeneidade e isotropia
• A métrica de Robertson-Walker
• Equação de Friedmann
• Parâmetros e modelos cosmológicos
• Pontos chave da Cosmologia
AAAAAAA
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
O Princípio Cosmológico
• Cosmologia relativística usa algumas considerações de simetria ou princípios
para tornar o problema de “compreender o Universo” viável
• O Princípio Cosmológico diz que:
Em qualquer época, o Universo é o mesmo em todas as localizações e em
todas as direções, exceto para pequenas irregularidades locais
• Dessa forma, globalmente o Universo é considerado ser homogêneo (uniforme)
e isotrópico (o mesmo em todas as direções) em todas as épocas; e sua dinâmica
deveria ser a mesma em todos os lugares
• Observação: O Princípio Cosmológico Perfeito considera que o Universo aparenta
ser o mesmo em todos os tempos – isto é, homogêneo no tempo – esta é a base
da Teoria do Estado Estacionário
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Homogeneidade e Isotropia
Homogêneo mas não Isotrópico
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Isotrópico em
mas não Homogêneo
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Homogeneidade e isotropia
I – Introdução
Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Homogêneo e Isotrópico
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Não Homogêneo e não Isotrópico
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Qual é a Geometria Global do Universo?
Ω0 > 1 k > 0
• Isso vai depender da quantidade
total de matéria e energia no
Universo
• Matéria e energia irão
determinar a dinâmica global e a
evolução do Universo
Ω0 < 1 k < 0
• Parâmetro importante:
parâmetro de densidade Ω0 (onde
o subíndice “0” refere-se ao valor
atual desse parâmetro
Ω0 = 1 k = 0
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Métrica: Quantificando a Geometria
• A geometria do espaço é completamente especificada pela métrica gµν
• Uma métrica relativística especial (Euclidiano) é a métrica de Minkowski:
• Uma métrica geral (TRG) descrevendo um Universo homogêneo e isotrópico é a
métrica de Robertson-Walker:
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Coordenadas Co-Móveis
• Coordenadas co-móveis são as coordenadas r, θ, Ф da métrica de RobertsonWalker.
• Se a expansão do Universo é perfeitamente homogênea e isotrópica, então as
coordenadas co-móveis de qualquer ponto permanecem constantes no tempo
• Um observador co-móvel irá perceber o Universo sempre homogêneo e
isotrópico ao seu redor
• As coordenadas co-móveis nos dizem onde um dado evento ocorreu
• Num Universo em expansão é a quantidade R(t) presente na métrica de
Robertson-Walker que explica como coordenadas co-móveis (constantes) se
reconciliam com distâncias que crescem com o tempo
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Quantificando a Cinemática do Universo
• O fator de escala, normalmente representado
como R(t) ou a(t): representa a distância
espacial entre dois quaisquer referenciais que
se movem com suas coordenadas co-móveis
• Isso completamente descreve a evolução de um Universo homogêneo e
isotrópico
• Calculando R(t) e suas derivadas é possível obter os modelos cosmológicos.
Isso é feito resolvendo as Equações de Friedmann
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Redshift Cosmológico
• Analogia com um balão em
expansão. Galáxias afastam-se
mantendo suas dimensões, mas
os fótons em movimento são
deslocados para o vermelho
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
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Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Propagação da Luz e Redshift Cosmológico
• Nossa “visão” do Universo depende da forma como a luz propaga através do
espaço curvo. Para entender isso, nós temos que considerar os caminhos
definidos por geodésicas nulas
• Considere um observador situado em r = 0. Considere raios de luz radiais
propagando em direção do observador. Como ds = 0 temos:
c
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Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Integrando a última equação, e supondo que o raio de luz é emitido em t1 na
distância r1 e é recebido hoje (r = 0) em t0:
c
• Considerando agora que as cristas da onda foram emitidas em t1 e t1 + ∆t1 e
foram recebidas pelo observador entre os tempos t0 e t0 + ∆t0 vem:
∫
t1+ ∆t1
t1
r1
cdt
dr
=∫
R (t ) 0 (1 − kr 2 )1 / 2
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Métrica de Robertson-Walker
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Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Considerando que R(t) não varie para pequenos intervalos do tipo ∆t0 e ∆t1
então temos:
t 0 + ∆t 0
t1+ ∆t1
cdt
∫t 0 R(t ) − ∫t1
cdt0
cdt1
=
R (t0 ) R (t1 )
cdt
=0
R (t )
• Veja que c∆t0 é o comprimento de onda que o observador recebe
• Dessa forma, um Universo em expansão terá um redshift dado por:
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Derivando a Equação de Friedmann
• Nós podemos obter a evolução de R(t) usando mecânica Newtoniana, desde
que aceitemos dois resultados da Relatividade Geral:
1) Teorema de Birkhoff: Para um sistema esfericamente simétrico, a força
devido a gravidade num raio r é determinada apenas pela massa que
estiver contida naquele raio
2) Energia contribui para a densidade de massa gravitante. Assim:
Densidade de matéria
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Densidade de energia
(erg cm-3) da radiação
a das partículas
relativísticas
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Homogeneidade e isotropia
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Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Considere uma partícula teste com massa m sobre a superfície de uma esfera,
de massa M (constante) e raio R, expandindo. Sua equação de movimento é:
..
GMm
GM 4π
F =−
→R=− 2 =
GρR
2
R(t )
R
3
• Como a densidade é proporcional a R-3 temos, definindo “agora” com o
subíndice “0” e R0 = 1 (lembre que a massa M é constante):
• Esse resultado colocado na equação de movimento fornece:
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Métrica de Robertson-Walker
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Note que se ρ0 é não nulo, o Universo deve estar expandindo ou contraindo.
Ele não pode ser estático
• Como nós podemos integrar essa equação?
• Multiplique ambos lados pela derivada de R para dar:
• E lembrando que:
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I – Introdução
Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Teremos:
• Lembre também que:
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Homogeneidade e isotropia
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Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• De forma que teremos:
• Trocando ρ0 com ρ e dividindo por R 2 vem:
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Homogeneidade e isotropia
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Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Significado dessa equação (reveja o slide 75):
• Se k = 0, então a derivada de R é sempre positiva, e a expansão contínua
mas desacelerando lentamente com o tempo. Isso é chamado Universo plano
ou criticamente ligado
• Se k > 0, então a derivada de R é inicialmente positiva mas irá atingir um
ponto onde inverterá o sinal. Nesse momento a expansão para e o Universo
contrai. Isso é chamado de Universo fechado
• Se k < 0, então a derivada de R é sempre positiva e nunca vai a zero. A
expansão sempre continuará. Isso é chamado de Universo aberto
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Homogeneidade e isotropia
I – Introdução
Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Uma derivação mais completa, incluindo o termo chamado constante
cosmológica, fornece (abaixo usou-se c = 1):
• A equação de Friedmann é a equação de movimento para um Universo
homogêneo, isotrópico e relativístico.
• Para derivar modelos cosmológicos a partir dessa equação, nós devemos
especificar a equação de estado do fluido cósmico que preenche o Universo
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Métrica de Robertson-Walker
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Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Parâmetros Cosmológicos
• Modelos cosmológicos são definidos através de diversos parâmetros chaves:
1) Parâmetro de Hubble: Fornece a taxa de expansão normalizada:
• Note que o parâmetro de Hubble não é constante
• A constante de Hubble é o parâmetro de Hubble medido hoje. Seu valor é
chamdo de H0
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Métrica de Robertson-Walker
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
2) Parâmetro de Densidade da Matéria: Re-escrevendo a equação de
Friedmann usando o parâmetro de Hubble e sem constante cosmológica temos:
• O Universo é plano se k = 0, ou seja ele tem uma densidade crítica dada por:
5 2
3 × (73,2 × 10 )
− 29
−3
⇒
≈
g
cm
10
8π × 6,67 × 10 −8 × (3,086 × 1024 ) 2
• Nós definimos o parâmetro de densidade da matéria como:
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Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
3) Parâmetro de Densidade da Energia Escura: Nós podemos expressar um
parâmetro similar para Λ usando a equação de Friedmann e tomando ρ = 0
Parâmetro de
Hubble: H 2
2
Λc
ρΛ
ρΛ =
⇒ ΩΛ =
⇒
8πG
ρcrit
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
4) Parâmetro de Desaceleração (q): É definido como:
&
&
R
2
qH = −
R&
Vínculo Observacional
• Os parâmetros de densidade podem ser escritos como:
Ω m + Ω r + Ω Λ + Ω k + Ω ν + Ωog + ....... = 1
• Onde: Ωm é densidade de matéria (escura+bariônica), Ωr é densidade de
radiação, ΩΛ densidade da energia escura, Ωk é densidade de curvatura, Ω< é a
densidade de neutrinos, Ωog densidade em ondas gravitacionais......
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Métrica de Robertson-Walker
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Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Resolvendo a Equação de Friedmann
• Nós precisamos definir o comportamento da densidade de massa/energia dos
componentes do Universo. Isso é feito através da equação de estado, que
relaciona pressão e densidade
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Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
O Parâmetro w da Equação de Estado
• Freqüentemente esse parâmetro é chamado, ele mesmo, de equação de
estado
• Valores particulares:
w = 0 significa p = 0 , e.g., matéria não relativística
w = 1/3 para matéria relativística ou radiação
w = -1 componentes do “tipo constante cosmológica”
• Essa forma de parametrizar as densidades de matéria/energia implica em
tratar os componentes do Universo como fluidos
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Equações de Estado
• As mais simples que nós podemos considerar são:
• Matéria, poeira, galáxias
• Radiação
• Constante Cosmológica
• Na prática, o Universo contém uma mistura desses componentes
• Cada um deles irá levar a diferentes evolução em redshift, que leva para o
seguinte resultado do TRG:
Densidade determina a expansão
Expansão altera a densidade
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Métrica de Robertson-Walker
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Usando a Equação de Estado
• Como as densidades de matéria/energia mudam a medida que o Universo
expande?
• Comece com os três casos que nós apresentamos:
• Coloque-as numa equação de fluido:
Equação para
um fluido
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I – Introdução
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Evolução da Densidade
• O slide anterior mostra que:
• Domínio da Matéria (w = 0):
• Domínio da Radiação (w = 1/3):
• Constante Cosmológica ( w = -1):
• Energia Escura com w < -1 , e.g., w = -2:
- A densidade de energia aumenta com a expansão!
- Eventualmente em alguma época irá dominar sobre as energias que
mantém átomos coesos Big-Rip
• No Universo, diferentes componentes irão dominar a dinâmica em diferentes
épocas
• Em princípio, w pode ser uma função do tempo, densidade, .......
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Homogeneidade e isotropia
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Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Modelos Específicos
• Considere alguns simples modelos:
• k = 0 , dominado por matéria, modelo de Einstein de Sitter
• k = 0 , dominado por radiação
•k<0,ρ>0
•k>0
• Λ domina a dinâmica
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Homogeneidade e isotropia
I – Introdução
Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
K = 0 – dominado por matéria – Einstein de Sitter
• Equação de Friedmann com k = 0:
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
K = 0 – dominado por radiação
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
K < 0 , ρ = 0 – Modelo de Milne
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
K<0,ρ>0
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Modelos Dominados por Matéria
Raio do
Universo
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Universo Dominado por Λ
2
2
&
kc
a 8
  = πGρΛ − 2
3
a
a
2
2
a& = C0 a − kc
2
• Considerando que a cresce com o tempo, então eventualmente C0 a2 irá
dominar sobre o termo – kc2 :
• Como ρΛ > 0 então o Universo irá expandir para sempre
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Quando Cada Componente Domina?
• Domínio da matéria:
• Domínio da Radiação:
Dark Energy
• Energia Escura:
• Densidade da radiação decresce mais
rápido com o tempo. Deve portanto
crescer rápido se retrocedermos o tempo
domina o Universo primitivo
• Após o domínio da radiação vem a
matéria e por último a energia escura
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Distância de Luminosidade
• A alguns slides atrás vimos que a partir da métrica de Robertson-Walker pode
ser obtida a equação:
c
• Escolhendo um dado modelo cosmológico, nós temos a expressão para o fator
de escala a(t) [ou R(t)]. Substituindo na equação acima e integrando nós temos
a chamada distância própria (dp)
• A má notícia é que em geral a integral acima é não analítica e portanto deve
ser resolvida numericamente
• Contudo para os seguintes casos especiais, temos:
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Métrica de Robertson-Walker
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Universo com Λ = 0:
• Universo com Λ ≠ 0:
• A equação acima considera Ωk < 0. Se Ωk > 0 então a função sinh deve ser
trocada pela função sin. Se Ωk = 0 então a função sinh e Ωk são removidos da
equação e a única coisa a fazer é resolver a integral acima numericamente
Oswaldo Duarte Miranda
Cosmologia Física
Homogeneidade e isotropia
Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
Parâmetros e modelos cosmológicos
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Pontos chave da cosmologia
• A distância própria nos da informação da separação radial entre os objetos
astrofísicos. É ela quem aparece na expressão da lei de Hubble
• Contudo, ela nada nos diz sobre a luminosidade do objeto que produziu a luz
(radiação) que observamos. Quem relaciona fluxo observado com a
luminosidade do objeto que produziu a radiação é a distância de luminosidade
(DL), onde:
L
F=
2
4πDL
• A distância de luminosidade é então definida de forma que:
2
2
DL = d p (1 + z ) 2
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I – Introdução
Métrica de Robertson-Walker
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Um dos fatores (1+z) da
equação anterior vem da
perda de energia dos fótons
devido a expansão do
Universo. O segundo fator
vem da dilatação temporal
entre a taxa de emissão e a
taxa de observação dos
fótons
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Métrica de Robertson-Walker
I – Introdução
Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Interações Físicas no Universo Primordial
• Quando nos aproximamos do
Big-Bang (t 0 e T ∞), o
Universo experimenta diferentes
regimes físicos onde dominam
diferentes interações
fundamentais. Sua intensidade é
função da energia
• Em suficientemente altas
energias elas se tornam
unificadas
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Métrica de Robertson-Walker
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Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Cenário Inflacionário
•
Resolve 3 principais problemas da cosmologia baseada no Big-Bang:
1) O problema da planura: Por quê hoje o Universo é visto ser plano?
2) O problema do horizonte: Porque a CMBR é tão uniforme?
3) O problema dos monopólos: Os monopólos são defeitos topológicos do
“tipo ponto” que surgem durante a transição de fase que desacopla as forças
forte e eletrofraca. A GUTs prevêem um grande número de monopólos, cuja
densidade de massa teria produzido um “Big Crunch” do Universo muito
tempo atrás. Onde estão os monopólos magnéticos previstos pelas Teorias de
Grande Unificação (GUTs)?
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Equação de Friedmann
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
Resolvendo o Problema da Planura
• A medida que o Universo “infla”, os efeitos de curvatura local tornam-se
desprezíveis em comparação com imenso incremento global do seu raio: O Universo
torna-se “localmente plano” (que é a região que nós observamos hoje)
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Pontos chave da cosmologia
Resolvendo o Problema do Horizonte
• O raio de Hubble no desacoplamento subentende um ângulo de 2o . Contudo a CMBR
mostra que duas regiões com separação maior
que 20 têm a mesma temperatura (isto é, ∆T/T
< 10-6). Como essas regiões estiveram
causalmente ligadas?
• Resposta: Antes da inflação começar essas
regiões estavam conectadas. A inflação as afasta
por um raio maior do que o de Hubble
• A expansão inflacionária é superluminal: O
espaço pode expandir mais rápido que c
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Pontos chave da cosmologia
Quem Gerou a Inflação?
• Se existe uma “Teoria de Tudo” (TOE em inglês) que unifica as 4 forças, ela irá
“quebrar espontaneamente” no tempo de Planck (t ~ 10-43 seg) na gravitação e na
versão unificada eletrofraca + forte – Teoria de Grande Unificação (GUT)
• A GUT irá permanecer até T ~ 1028 K, ou t ~ 10-34 seg. Neste ponto o Universo entra
no período de falso vácuo: o nível de energia é maior do que o estado fundamental
• Quebrar simetrias em GUT está associado ao “bóson de Higgs” , isto é quanta de um
campo escalar que tem um potencial associado que permite descrever a energia do
campo
• O falso vácuo é metaestável, com sua energia de vácuo agindo como uma “pressão
negativa” que faz o Universo expandir exponencialmente com o tempo a medida que o
“campo escalar faz a rolagem do potencial”
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Pontos chave da cosmologia
• Para isso, é necessário um potencial U
com um largo platô aproximadamente
plano. Este é o falso vácuo
• Inflação ocorre quando Ф move em
direção ao mínimo de U – o verdadeiro
vácuo
• Decaimento do campo Ф, chamado
Inflaton, reaquece o Universo produzindo
fótons, quarks, etc. Todo conteúdo de
matéria/energia do Universo é criado
nesse processo
• Isso é equivalente ao calor latente de
uma transição de fase
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Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
• Lembre que a densidade de energia do vácuo físico é descrita pela constante
cosmológica. Se este é o termo que domina a densidade de energia, na equação
de Friedmann, então:
• A solução é:
• Nos modelos onde a transição de fase da GUT impele a inflação, o fator de
expansão líquido do fator de escala é:
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Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
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Equação de Friedmann
II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
A Linha de Tempo Cósmica
Física razoavelmente compreendida
A fronteira observacional atual
Física razoavelmente bem compreendida
Física altamente especulativa
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II – Geometria Global e Dinâmica do Universo
Parâmetros e modelos cosmológicos
Pontos chave da cosmologia
A Era de Planck
• Na era de Planck a gravidade deve ser unificada com as demais interações.
Assim, faz-se necessária a construção de uma Teoria Quântica de Gravitação
• Teorias, ainda, altamente especulativas incluem:
• Teoria M: partículas são excitações sobre membranas em alta dimensão (DBranas).
• Teoria de Cordas: partículas são diferentes vibrações de um tipo de corda
• Cosmologia Equipirótica, etc...
• Qual é o futuro da física fundamental?
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