MabCampath, INN

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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
MabCampath 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão.
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada ampola contém 30 mg de alemtuzumab.
Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética,
específico de uma glicoproteína da superfície celular dos linfócitos 21-28 kD (CD52). O anticorpo é
produzido por cultura de uma suspensão de células de mamíferos (ovário do hamster chinês) num
meio nutritivo.
Excipientes, ver a Secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
MabCampath está indicado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC) que
foram tratados com agentes alquilantes e que não conseguiram obter uma resposta completa ou parcial
ou obtiveram apenas uma curta remissão (inferior a 6 meses) após a terapêutica com fosfato de
fludarabina.
4.2
Posologia e modo de administração
MabCampath deve ser administrado sob a vigilância de um médico com experiência no uso de
terapêutica anticancerosa.
A solução de MabCampath deve ser preparada de acordo com as instruções fornecidas na Secção 6.6.
Todas as doses devem ser administradas por perfusão intravenosa durante aproximadamente 2 horas.
Os doentes devem ser pré-medicados com um anti-histamínico e um analgésico apropriados antes da
primeira dose, em cada aumento e antes das perfusões intravenosas subsequentes, conforme estiver
clinicamente indicado (ver a Secção 4.4).
Devem ser administrados por rotina antibióticos e antivirais a todos os doentes durante todo o
tratamento e após este (ver a Secção 4.4).
Durante a primeira semana de tratamento, MabCampath deve ser administrado em doses crescentes:
3 mg no dia 1, 10 mg no dia 2 e 30 mg no dia 3, desde que cada dose seja bem tolerada. Em seguida, a
dose recomendada é de 30 mg por dia, administrada 3 vezes por semana em dias alternados até um
máximo de 12 semanas.
Na maioria dos doentes, o aumento da dose até 30 mg pode ser efectuado em 3-7 dias. No entanto, se
ocorrerem reacções adversas agudas moderadas a graves devidas à libertação de citoquinas
(hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios, exantemas cutâneos e broncospasmo)
nos níveis de dose de 3 mg ou de 10 mg, então estas doses devem ser repetidas diariamente até serem
bem toleradas antes antes de se tentar iniciar o aumento ulterior da dose (ver a Secção 4.4).
2
A maior parte das principais respostas ao MabCampath foram obtidas com durações de tratamento de
4-12 semanas. Assim que um doente satisfizer todos os critérios laboratoriais e clínicos de uma
resposta completa, MabCampath deve ser interrompido e o doente monitorizado. Se um doente
melhorar (i.e obtém uma resposta parcial ou doença estável) e depois atingir um nível de estabilização
sem qualquer melhoria adicional durante 4 semanas ou mais, então MabCampath deve ser
interrompido e o doente monitorizado. A terapêutica deve ser interrompida se houver indícios de
progressão da doença.
No caso de infecção grave ou de toxicidade hematológica severa, MabCampath deve ser interrompido
até se resolver o efeito. Recomenda-se que MabCampath seja interrompido nos doentes cuja contagem
plaquetária diminua para valores inferiores a 25.000/µl ou cuja contagem total de neutrófilos diminua
para menos de 250/µl. MabCampath pode ser reinstituído após resolução da infecção ou toxicidade. O
quadro seguinte indica em linhas gerais o procedimento recomendado para modificação das doses
após ocorrência de toxicidade hematológica durante a terapêutica:
Toxicidade hematológica
Reinstituição de MabCampath
(plaquetas < 25.000/µl e/ou contagem total de
neutrófilos < 250/µl)
Primeira ocorrência
Após resolução, reinstituir na dose de 30 mg*
Segunda ocorrência
Após resolução, reinstituir na dose de 10 mg*
Terceira ocorrência
Interrupção permanente
*Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído
através do aumento gradual da dose
Crianças e adolescentes (com menos de 17 anos):
Não foram realizados estudos em crianças e adolescentes (ver a Secção 4.4).
Idosos (com mais de 65 anos):
As recomendações são como as acima indicadas para adultos. Os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados (ver a Secção 4.4).
Doentes com insuficiência renal ou hepática:
Não foram realizados estudos (ver a Secção 4.4).
4.3
Contra-indicações
-
hipersensibilidade ou reacções anafiláticas ao alemtuzumab, a proteínas de origem murina ou a
qualquer dos excipientes;
em doentes com infecções sistémicas activas;
em doentes infectados com HIV;
em doentes com neoplasias secundárias activas;
gravidez e amamentação.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
As reacções adversas agudas, que podem ocorrer durante o aumento inicial da dose devido à libertação
de citoquinas, incluem hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios e exantemas
cutâneos. Se estas reacções forem moderadas a graves, então a posologia deve ser continuada no
mesmo nível antes de cada aumento da dose, com pré-medicação apropriada, até cada dose ser bem
tolerada. Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído com
um aumento gradual da dose.
Ocorreu hipotensão transitória em doentes medicados com MabCampath. Devem tomar-se precauções
3
ao tratar doentes com doença cardíaca isquémica ou com angina e/ou em doentes a tomar uma
medicação anti-hipertensiva. Nesta população de doentes, foram observados enfarte do miocárdio e
paragem cardíaca em associação com a perfusão com MabCampath.
É recomendado que os doentes sejam pré-medicados com esteróides por via oral ou intravenosa, 30-60
minutos antes de cada perfusão de MabCampath durante o escalonamento da dose e conforme
indicação clínica. A pré-medicação recomendada consiste em 100-200 mg de hidrocortisona, ou
equivalente, que pode ser diminuída assim que se tiver efectuado o aumento da dose. Além disso,
podem ser administrados um anti-histamínico oral, por exemplo 50 mg de difenidramina, e um
analgésico, por exemplo 500 mg de paracetamol. Se persistirem reacções agudas à perfusão, pode
prolongar-se a duração da perfusão até 8 horas desde a altura da reconstituição de MabCampath em
solução para perfusão.
Ocorre inevitavelmente uma depleção linfocitária profunda, um efeito farmacológico esperado de
MabCampath, que pode ser prolongada. As contagens das células T CD4 e CD8 começam a aumentar
a partir das semanas 8-12 durante o tratamento e continuam a recuperar durante vários meses após a
interrupção do tratamento. O tempo mediano para atingir um nível de 200 células/µl é de 2 meses após
a última perfusão com MabCampath, mas pode demorar 6 meses ou mais para se aproximar dos níveis
pré-tratamento. Isto pode predispor os doentes a infecções oportunistas. Recomenda-se vivamente que
seja iniciada profilaxia anti-infecciosa (p. ex. trimetoprim/sulfametoxazol 1 comprimido duas vezes
por dia, 3 vezes por semana, ou outra profilaxia contra a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e
um agente anti-herpético oral eficaz, como por exemplo o famciclovir, 250 mg duas vezes por dia)
durante a terapêutica e que seja continuada após terminar o tratamento com MabCampath até a
contagem de CD4+ ter recuperado para 200 células/µl ou mais. Se as contagens de CD4+ não forem
alcançáveis, os doentes deverão manter a profilaxia anti-infecciosa durante 4 meses. Não é necessário
suspender MabCampath no caso de ocorrer uma infecção oportunista durante o tratamento, dado que a
população de células T já sofreu uma depleção.
Devido ao potencial para uma doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) em doentes com
linfopenia severa, os produtos derivados do sangue devem ser irradiados antes da utilização até
resolução da linfopenia e, especialmente, até as células T terem atingido uma população adequada de
pelo menos 200 células/µl ou mais.
Ocorre muito frequentemente uma neutropenia transitória de grau 3 ou 4 por volta das semanas 5-8
após o início do tratamento. Ocorre muito frequentemente uma trombocitopenia transitória de grau 3
ou 4 durante as primeiras 2 semanas da terapêutica, começando depois a melhorar na maioria dos
doentes. Portanto, está indicada a monitorização hematológica dos doentes. No caso de se desenvolver
uma toxicidade hematológica severa, o tratamento com MabCampath deve ser interrompido até o
efeito se resolver. O tratamento com MabCampath pode ser reinstituído após resolução da toxicidade
hematológica (ver a Secção 4.2).
Devem ser efectuados hemogramas e contagens plaquetárias em intervalos regulares durante a
terapêutica com MabCampath e mais frequentemente em doentes que desenvolvam citopenias.
Não se propõe que seja efectuada a monitorização regular e sistemática da expressão do CD52 como
prática médica de rotina. Contudo, no caso de se considerar a repetição do tratamento, será prudente
confirmar a presença da expressão do CD52.
Os doentes podem ter reacções alérgicas ou de hipersensibilidade a MabCampath e a anticorpos
monoclonais murinos ou quiméricos.
Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes
durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath (ver as Secções 4.6 e
5.3).
Não foram realizados estudos que abordem especificamente o efeito da idade na disposição e
toxicidade de MabCampath. Em geral, os doentes mais velhos (com mais de 65 anos) têm uma menor
4
tolerância à terapêutica citotóxica do que os indivíduos mais jovens. Como a LLC ocorre normalmente
neste grupo etário mais velho, estes doentes deve ser cuidadosamente monitorizados (ver a Secção
4.2).
Não foram realizados estudos para investigar a segurança e a eficácia de MabCampath em crianças e
em doentes com insuficiência renal ou hepática (ver a Secção 4.2).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não se efectuaram estudos formais de interacções medicamentosas com MabCampath. Não existem
interacções conhecidas clinicamente significativas de MabCampath com outros medicamentos.
Contudo, recomenda-se que MabCampath não seja administrado num período de 3 semanas após
administração de outros agentes quimioterápicos.
Embora não tenha sido estudado, recomenda-se que os doentes não tomem vacinas víricas vivas
durante, pelo menos, 12 meses após a terapêutica com MabCampath. Não foi estudada a capacidade
de produzir uma resposta primária ou humoral anamnéstica a qualquer vacina.
4.6
Gravidez e aleitamento
Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes
durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath.
Gravidez:
MabCampath está contra-indicado durante a gravidez. Sabe-se que a IgG humana atravessa a barreira
placentar; MabCampath também pode atravessar a barreira placentar e, deste modo, causar uma
potencial depleção linfocitária das células B e T fetais. Não foram realizados estudos da reprodução
em animais com MabCampath. Não se sabe se MabCampath pode causar lesão fetal quando
administrado a uma mulher grávida ou se pode afectar a capacidade reprodutora.
Aleitamento:
MabCampath está contra-indicado durante a amamentação. Não se sabe se MabCampath é excretado
no leite humano. A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento e durante pelo menos 4
semanas após a terapêutica com MabCampath.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, deve terse cuidado visto terem sido comunicadas confusão e sonolência.
4.8
Efeitos indesejáveis
Pode esperar-se que mais de 80% dos doentes sofram reacções adversas; as reacções adversas mais
comuns comunicadas ocorrem normalmente durante a primeira semana de tratamento.
As frequências das reacções adversas abaixo citadas (muito comum > 10%, comum > 1-10%, pouco
comum > 0,1-1%, rara > 0,01-0,1%, muito rara < 0,01%) baseiam-se em dados clínicos obtidos em
doentes com LLC (consulte a tabela) e em dados após introdução no mercado.
Reacções relacionadas com a perfusão: as reacções comunicadas com uma frequência muito comum
(devido à libertação de citoquinas) consistiram em reacções relacionadas com a perfusão incluindo
febre, calafrios, náuseas, vómitos, hipotensão, fadiga, exantema cutâneo, urticária, dispneia, cefaleias,
prurido e diarreia. A maioria destas reacções têm uma gravidade ligeira a moderada. Reacções
adversas, incluindo broncospasmo, síncope, infiltrados pulmonares, dificuldade respiratória aguda,
paragem respiratória, enfarte do miocárdio e paragem cardíaca, ocorreram em associação com a
5
libertação de citoquinas, com evolução fatal em casos raros. As reacções agudas relacionadas com a
perfusão ocorrem normalmente durante a primeira semana de terapêutica, diminuindo
consideravelmente em seguida. As reacções relacionadas com a perfusão de graus 3 ou 4 são pouco
comuns após a primeira semana de terapêutica. Estes sintomas podem ser melhorados ou evitados se
utilizar a pré-medicação e o aumento da dose (ver a Secção 4.4).
Infecções: foram comunicadas infecções de graus 3 ou 4 com uma frequência muito comum
incluindo herpes simples e pneumonia com uma gravidade de graus 3 ou 4. Infecções oportunistas,
incluindo a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC), citomegalovírus (CMV), pneumonia por
Aspergillus e herpes zoster ocorrem com uma frequência comum. A mucormicose rinocerebral foi
comunicada, mas é pouco comum. Ocorreram outras infecções virais (por exemplo, adenovírus,
parainfluenza, hepatite B), bacterianas (incluindo a tuberculose e micobacterioses atípicas, nocardiose)
e fúngicas, graves e por vezes fatais, durante o período de farmacovigilância após introdução no
mercado. O tratamento profiláctico anti-infeccioso recomendado parece ser eficaz para reduzir o risco
de PPC e herpes zoster. (ver a Secção 4.4).
Reacções hematológicas: foram comunicadas reacções hemorrágicas graves com uma frequência
comum. Foi comunicada pancitopenia com uma frequência comum e pode ter uma gravidade de graus
3 ou 4 ou ser de natureza grave. Ocorreram anemia hemolítica autoimune e trombocitopenia
autoimune com evolução fatal em casos raros.
O quadro abaixo descreve as reacções adversas, comunicadas nos ensaios clínicos de LLC, por
sistema orgânico e em ordem descendente de gravidade:
Sistema orgânico
Muito comum
Local de
administração
Corpo como um
todo - gerais
Calafrios
Febre
Fadiga
Anorexia
Cardiovascular
Hipotensão
Nervoso central e Cefaleias
periférico incluindo
visão, audição e
sentidos especiais
Reacções adversas e infecções
Comum
Pouco comum
Reacção no local de injecção Equimose no local de injecção
Dermatite no local de injecção
Dor no local de injecção
Dores de costas
Síncope
Febre neutropénica
Edema periférico
Dor torácica
Dores nas pernas
Dores
Reacção alérgica
Edema da boca
Astenia
Mal-estar
Sintomas tipo gripal
Edema
Sensação de alteração da
temperatura
Hipertensão
Paragem cardíaca
Taquicardia
Enfarte do miocárdio
Vasospasmo
Fibrilhação auricular
Rubores
Taquicardia supraventricular
Palpitações
ECG anormal
Arritmia
Bradicardia
Perda do paladar
Marcha anormal
Tremores
Endoftalmite
Hipostesia
Distonia
Tonturas
Hiperestesia
Hipercinesia
Hipertonia
Conjuntivite
Surdez
Parestesia
Tinido
Vertigens
Perversão do paladar
Neuropatia
6
Gastrointestinal,
hepático e biliar
Hematológico
Metabólico e da
nutrição
Músculoesquelético
Neoplasia
Psiquiátrico
Mecanismo de
resistência
Respiratório
Pele e faneras
Vómitos
Náuseas
Diarreia
Dor abdominal
Hemorragia gastrointestinal
Estomatite
Mucosite
Função hepática anormal
Obstipação
Dispepsia
Estomatite ulcerosa
Flatulência
Granulocitopenia Pancitopenia
Trombocitopenia Leucopenia
Anemia
Linfopenia
Púrpura
Hiponatremia
Desidratação
Diminuição do peso
Hipocalcemia
Sede
Dores esqueléticas
Artralgia
Mialgias
Confusão
Ansiedade
Sonolência
Depressão
Insónia
Sepsia
Infecção por citomegalovírus
Herpes simplex Infecção por Pneumocystis
carinii
Monilíase
Herpes zoster
Infecção
Infecção fúngica
Abcesso
Pneumonia
Pneumonite
Dispneia
Broncospasmo
Sinusite
Tosse
Hipóxia
Infecção das vias
respiratórias superiores
Bronquite
Faringite
Hemoptise
Urticária
Exantema eritematoso
Exantema cutâneo Erupção vesicular
Prurido
Sudação
aumentada
7
Gastroenterite
Gengivite
Eructações
Soluços
Boca seca
Ulceração mucosa
Ulceração da língua
Aplasia da medula óssea
Haptoglobina diminuída
Coagulação intravascular
disseminada
Anemia hemolítica
Depressão medular
Epistáxis
Hemorragia das gengivas
Valores hematológicos
anormais
Diabetes mellitus agravada
Edema periorbitário
Hipocaliemia
Afecção tipo linfoma
Nervosismo
Pensamentos anormais
Despersonalização
Impotência
Perturbações da personalidade
Infecção viral
Infecção bacteriana
Edema pulmonar
Estridor
Infiltração pulmonar
Afecção respiratória
Diminuição dos sons
respiratórios
Laringite
Rinite
Aperto na garganta
Derrame pleural
Dermatite fúngica
Onicomicose
Exantema máculo-papular
Afecção cutânea
Urinário
Infecção das vias urinárias
Função renal anormal
Poliúria
Hematúria
Incontinência urinária
Fluxo urinário diminuído
Dados adicionais após introdução no mercado
Doenças do metabolismo e da nutrição: ocorreu em casos raros síndrome de lise tumoral.
Doenças do sistema nervoso central e periférico: ocorreu em casos raros hemorragia intracraniana.
4.9
Sobredosagem
Doentes receberam doses unitárias repetidas até 240 mg de MabCampath. A frequência de efeitos
adversos de grau 3 ou 4, como febre, hipotensão e anemia, pode ser mais elevada nestes doentes. Não
existe nenhum antídoto específico conhecido para a sobredosagem com MabCampath. O tratamento
consiste na interrupção de MabCampath e em medidas terapêuticas de suporte.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C.
Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética,
específico da glicoproteína da superfície celular de linfócitos 21-28 kD (CD52) expressa
principalmente na superfície celular dos linfócitos B e T do sangue periférico normais e malignos.
Alemtuzumab foi produzido através da inserção de seis regiões determinantes da complementaridade
de um anticorpo monoclonal IgG2a de rato numa molécula da imunoglobulina IgG1 humana.
Alemtuzumab causa lise de linfócitos por ligação a CD52, um antigénio altamente expresso, não
modulador que está presente na superfície celular de praticamente todos os linfócitos B e T assim
como de monócitos, timócitos e macrófagos. O anticorpo medeia a lise de linfócitos através da fixação
do complemento e da citotoxicidade por mediação celular dependente dos anticorpos. O antigénio foi
detectado numa pequena percentagem (< 5%) de granulócitos mas não em eritrócitos nem em
plaquetas. Parece que alemtuzumab não lesa as células-mãe ou células progenitoras hematopoiéticas.
A determinação da eficácia de MabCampath nas taxas globais de resposta e de sobrevida. Os dados
disponíveis obtidos em três estudos não controlados sobre B-CLL estão resumidos na tabela seguinte:
Parâmetros de eficácia
Número de doentes
Grupo de diagnóstico
Idade mediana (anos)
Características da doença (%)
Estadio III/IV de Rai
Doentes com sintomas de B-CLL
Estudo 1
93
Doentes com B-CLL
que receberam um
agente alquilante e
que não responderam
à fludarabina
Estudo 2
32
Doentes com B-CLL
que não responderam
ou que recidivaram
após tratamento com
quimioterapia
convencional
66
57
Estudo 3
24
Doentes com B-CLL
(juntamente com um
doente com PLL)
que não
responderam ou que
recidivaram após
tratamento com
fludarabina
62
76
42
72
31
71
21
8
Terapêuticas anteriores (%):
Agentes alquilantes
Fludarabina
Número de regimes anteriores
(intervalo)
Regime posológico inicial
Regime posológico final
Taxa de resposta global (%)
(Intervalo de confiança de 95%)
Resposta completa
Resposta parcial
Duração mediana da resposta (meses)
(Intervalo de confiança de 95%)
Tempo mediano até à resposta (meses)
(Intervalo de confiança de 95%)
Sobrevida sem progressão (meses)
(Intervalo de confiança de 95%)
Sobrevida (meses):
(Intervalo de confiança de 95%)
Todos os doentes
Respondedores
NA = não atingido
5.2
100
100
100
34
92
100
3 (2-7)
Aumento gradual de 3
para 10 para 30 mg
30 mg iv 3 x semana
33
(23-43)
2
31
7
(5-8)
2
(1-2)
4
(3 - 5)
3 (1-10)
Aumento gradual de
10 para 30 mg
30 mg iv 3 x semana
21
(8-33)
0
21
7
(5-23)
4
(1-5)
5
(3 - 7)
3 (1-8)
Aumento gradual de
10 para 30 mg
30 mg iv 3 x semana
29
(11-47)
0
29
11
(6-19)
4
(2-4)
7
(3 - 9)
16 (12-22)
33 (26-NA)
26 (12-44)
44 (28-NA)
28 (7-33)
36 (19-NA)
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética foi caracterizada em doentes com leucemia linfocítica crónica das células B (LLCB), não tratados anteriormente com MabCampath, e que tinham sido submetidos a terapêutica prévia
mal sucedida com análogos da purina. MabCampath foi administrado por perfusão intravenosa durante
2 horas, no esquema posológico recomendado, começando numa dose de 3 mg e aumentando para 30
mg, 3 vezes por semana, durante um período de 12 semanas. A farmacocinética de MabCampath
seguiu um modelo bicompartimental e apresentou uma cinética de eliminação não linear. Após a
última dose de 30 mg, o volume de distribuição mediano em estado de equilíbrio foi de 0,15 l/kg
(intervalo: 0,1-0,4 l/kg), indicando que a distribuição foi efectuada principalmente nos
compartimentos do fluido extracelular e plasmático. A depuração sistémica diminuiu com a
administração repetida devido a uma depuração diminuída mediada pelos receptores (i.e. perda de
receptores de CD52 na periferia). Com a administração repetida e a acumulação da concentração
plasmática consequente, a taxa de eliminação aproximou-se de uma cinética de ordem zero. Como tal,
a semivida foi de 8 horas (intervalo: 2-32 horas) após a primeira dose de 30 mg e foi de 6 dias
(intervalo: 1-14 dias) após a última dose de 30 mg. Foram atingidas concentrações em estado de
equilíbrio após cerca de 6 semanas de administração. Não se observaram diferenças aparentes na
farmacocinética entre homens e mulheres nem foi observado qualquer efeito aparente da idade.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
A avaliação pré-clínica do alemtuzumab em animais limitou-se ao macaco cinomolgo devido à
ausência de expressão do antigénio CD52 em espécies não primatas.
Nesta espécie, a linfocitopenia foi o efeito relacionado com o tratamento mais comum. Observou-se
um ligeiro efeito cumulativo sobre o grau de depleção de linfócitos em estudos de doses repetidas em
relação aos estudos de dose única. A depleção linfocitária foi rapidamente reversível após paragem da
administração. Observou-se neutropenia reversível após administração intravenosa ou subcutânea
diária durante 30 dias, mas não após doses únicas ou após administração diária durante 14 dias. Os
resultados da histopatologia de amostras da medula óssea não revelaram alterações importantes
atribuíveis ao tratamento. Doses intravenosas únicas de 10 e de 30 mg/kg produziram uma hipotensão
moderada a ligeira relacionada com a dose acompanhada por uma ligeira taquicardia.
Observou-se a ligação do Fab de MabCampath em tecidos linfóides e no sistema fagocitário
9
mononuclear. Uma ligação significativa do Fab foi também observada no tracto reprodutor masculino
(epidídimo, espermatozóides, vesículas seminais) e na pele.
Não foram feitas outras observações nos estudos de toxicidade acima citados que dessem informações
com relevância significativa para o uso clínico.
Não foram realizados estudos em animais a curto ou a longo prazo com MabCampath para avaliar o
potencial carcinogénico e mutagénico.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Ededato dissódico
Polissorbato 80
Solução salina com tampão fosfato constituída por:
Cloreto de potássio
Dihidrogenofosfato de potássio
Cloreto de sódio
Hidrogenofosfato dissódico
Água para injectáveis
6.2
Incompatibilidades
Este medicamento não deve ser reconstituído com outros solventes, excepto os mencionados na
Secção 6.6.
Não se conhecem incompatibilidades com outros medicamentos.
6.3
Prazo de validade
3 anos.
Solução reconstituída: MabCampath não contém conservantes antimicrobianos. MabCampath deve
ser utilizado num período de 8 horas após a diluição. As soluções podem ser conservadas a 15°C-30°C
ou refrigeradas. Neste caso só pode ser aceite se a preparação da solução for efectuada em condições
assépticas rigorosas e a solução estiver protegida da luz.
6.4
Precauções especiais de conservação
Conservar num frigorífico 2°C-8°C
Não congelar.
Proteger da luz.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Ampolas de 5 ml, transparentes, de vidro tipo I, contendo 3 ml de um concentrado incolor.
Tamanho das embalagens: caixa de 3 ampolas.
6.6
Instruções de utilização e manipulação e eliminação
O conteúdo da ampola deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes
da administração. Se existirem partículas ou se o concentrado tiver cor, então a ampola não deve ser
utilizada.
10
MabCampath não contém conservantes antimicrobianos, portanto, recomenda-se que seja preparado
utilizando técnicas assépticas e que a solução diluída seja administrada num período de 8 horas após a
preparação. A quantidade necessária do conteúdo da ampola deve ser adicionada através de um filtro
de 5 µm, sem fibras, de baixa ligação às proteínas, estéril, a 100 ml de uma solução de cloreto de sódio
a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido suavemente para misturar a
solução.
Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de
MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa.
As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath.
Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os
resíduos devem ser eliminados por incineração.
Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath.
Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de
quebra da ampola ou de qualquer outro derrame acidental.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
ILEX Pharmaceuticals Ltd
1&3 Frederick Sanger Road
The Surrey Research Park
Guildford
Surrey GU2 7YD
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/01/193/001
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
06/07/2001
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
11
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
MabCampath 30 mg/ml concentrado para solução para perfusão.
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco contém 30 mg de alemtuzumab.
Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética,
específico de uma glicoproteína da superfície celular dos linfócitos 21-28 kD (CD52). O anticorpo é
produzido por cultura de uma suspensão de células de mamíferos (ovário do hamster chinês) num
meio nutritivo.
Excipientes, ver a Secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
MabCampath está indicado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC) que
foram tratados com agentes alquilantes e que não conseguiram obter uma resposta completa ou parcial
ou obtiveram apenas uma curta remissão (inferior a 6 meses) após a terapêutica com fosfato de
fludarabina.
4.2
Posologia e modo de administração
MabCampath deve ser administrado sob a vigilância de um médico com experiência no uso de
terapêutica anticancerosa.
A solução de MabCampath deve ser preparada de acordo com as instruções fornecidas na Secção 6.6.
Todas as doses devem ser administradas por perfusão intravenosa durante aproximadamente 2 horas.
Os doentes devem ser pré-medicados com um anti-histamínico e um analgésico apropriados antes da
primeira dose, em cada aumento e antes das perfusões intravenosas subsequentes, conforme estiver
clinicamente indicado (ver a Secção 4.4).
Devem ser administrados por rotina antibióticos e antivirais a todos os doentes durante todo o
tratamento e após este (ver a Secção 4.4).
Durante a primeira semana de tratamento, MabCampath deve ser administrado em doses crescentes:
3 mg no dia 1, 10 mg no dia 2 e 30 mg no dia 3, desde que cada dose seja bem tolerada. Em seguida, a
dose recomendada é de 30 mg por dia, administrada 3 vezes por semana em dias alternados até um
máximo de 12 semanas.
Na maioria dos doentes, o aumento da dose até 30 mg pode ser efectuado em 3-7 dias. No entanto, se
ocorrerem reacções adversas agudas moderadas a graves devidas à libertação de citoquinas
(hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios, exantemas cutâneos e broncospasmo)
nos níveis de dose de 3 mg ou de 10 mg, então estas doses devem ser repetidas diariamente até serem
bem toleradas antes antes de se tentar iniciar o aumento ulterior da dose (ver a Secção 4.4).
12
A maior parte das principais respostas ao MabCampath foram obtidas com durações de tratamento de
4-12 semanas. Assim que um doente satisfizer todos os critérios laboratoriais e clínicos de uma
resposta completa, MabCampath deve ser interrompido e o doente monitorizado. Se um doente
melhorar (i.e obtém uma resposta parcial ou doença estável) e depois atingir um nível de estabilização
sem qualquer melhoria adicional durante 4 semanas ou mais, então MabCampath deve ser
interrompido e o doente monitorizado. A terapêutica deve ser interrompida se houver indícios de
progressão da doença.
No caso de infecção grave ou de toxicidade hematológica severa, MabCampath deve ser interrompido
até se resolver o efeito. Recomenda-se que MabCampath seja interrompido nos doentes cuja contagem
plaquetária diminua para valores inferiores a 25.000/µl ou cuja contagem total de neutrófilos diminua
para menos de 250/µl. MabCampath pode ser reinstituído após resolução da infecção ou toxicidade. O
quadro seguinte indica em linhas gerais o procedimento recomendado para modificação das doses
após ocorrência de toxicidade hematológica durante a terapêutica:
Toxicidade hematológica
Reinstituição de MabCampath
(plaquetas < 25.000/µl e/ou contagem total de
neutrófilos < 250/µl)
Primeira ocorrência
Após resolução, reinstituir na dose de 30 mg*
Segunda ocorrência
Após resolução, reinstituir na dose de 10 mg*
Terceira ocorrência
Interrupção permanente
*Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído
através do aumento gradual da dose
Crianças e adolescentes (com menos de 17 anos):
Não foram realizados estudos em crianças e adolescentes (ver a Secção 4.4).
Idosos (com mais de 65 anos):
As recomendações são como as acima indicadas para adultos. Os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados (ver a Secção 4.4).
Doentes com insuficiência renal ou hepática:
Não foram realizados estudos (ver a Secção 4.4).
4.3
Contra-indicações
-
hipersensibilidade ou reacções anafiláticas ao alemtuzumab, a proteínas de origem murina ou a
qualquer dos excipientes;
em doentes com infecções sistémicas activas;
em doentes infectados com HIV;
em doentes com neoplasias secundárias activas;
gravidez e amamentação.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
As reacções adversas agudas, que podem ocorrer durante o aumento inicial da dose devido à libertação
de citoquinas, incluem hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios e exantemas
cutâneos. Se estas reacções forem moderadas a graves, então a posologia deve ser continuada no
mesmo nível antes de cada aumento da dose, com pré-medicação apropriada, até cada dose ser bem
tolerada. Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído com
um aumento gradual da dose.
Ocorreu hipotensão transitória em doentes medicados com MabCampath. Devem tomar-se precauções
13
ao tratar doentes com doença cardíaca isquémica ou com angina e/ou em doentes a tomar uma
medicação anti-hipertensiva. Nesta população de doentes, foram observados enfarte do miocárdio e
paragem cardíaca em associação com a perfusão com MabCampath.
É recomendado que os doentes sejam pré-medicados com esteróides por via oral ou intravenosa, 30-60
minutos antes de cada perfusão de MabCampath durante o escalonamento da dose e conforme
indicação clínica. A pré-medicação recomendada consiste em 100-200 mg de hidrocortisona, ou
equivalente, que pode ser diminuída assim que se tiver efectuado o aumento da dose. Além disso,
podem ser administrados um anti-histamínico oral, por exemplo 50 mg de difenidramina, e um
analgésico, por exemplo 500 mg de paracetamol. Se persistirem reacções agudas à perfusão, pode
prolongar-se a duração da perfusão até 8 horas desde a altura da reconstituição de MabCampath em
solução para perfusão.
Ocorre inevitavelmente uma depleção linfocitária profunda, um efeito farmacológico esperado de
MabCampath, que pode ser prolongada. As contagens das células T CD4 e CD8 começam a aumentar
a partir das semanas 8-12 durante o tratamento e continuam a recuperar durante vários meses após a
interrupção do tratamento. O tempo mediano para atingir um nível de 200 células/µl é de 2 meses após
a última perfusão com MabCampath, mas pode demorar 6 meses ou mais para se aproximar dos níveis
pré-tratamento. Isto pode predispor os doentes a infecções oportunistas. Recomenda-se vivamente que
seja iniciada profilaxia anti-infecciosa (p. ex. trimetoprim/sulfametoxazol 1 comprimido duas vezes
por dia, 3 vezes por semana, ou outra profilaxia contra a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e
um agente anti-herpético oral eficaz, como por exemplo o famciclovir, 250 mg duas vezes por dia)
durante a terapêutica e que seja continuada após terminar o tratamento com MabCampath até a
contagem de CD4+ ter recuperado para 200 células/µl ou mais. Se as contagens de CD4+ não forem
alcançáveis, os doentes deverão manter a profilaxia anti-infecciosa durante 4 meses. Não é necessário
suspender MabCampath no caso de ocorrer uma infecção oportunista durante o tratamento, dado que a
população de células T já sofreu uma depleção.
Devido ao potencial para uma doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) em doentes com
linfopenia severa, os produtos derivados do sangue devem ser irradiados antes da utilização até
resolução da linfopenia e, especialmente, até as células T terem atingido uma população adequada de
pelo menos 200 células/µl ou mais.
Ocorre muito frequentemente uma neutropenia transitória de grau 3 ou 4 por volta das semanas 5-8
após o início do tratamento. Ocorre muito frequentemente uma trombocitopenia transitória de grau 3
ou 4 durante as primeiras 2 semanas da terapêutica, começando depois a melhorar na maioria dos
doentes. Portanto, está indicada a monitorização hematológica dos doentes. No caso de se desenvolver
uma toxicidade hematológica severa, o tratamento com MabCampath deve ser interrompido até o
efeito se resolver. O tratamento com MabCampath pode ser reinstituído após resolução da toxicidade
hematológica (ver a Secção 4.2).
Devem ser efectuados hemogramas e contagens plaquetárias em intervalos regulares durante a
terapêutica com MabCampath e mais frequentemente em doentes que desenvolvam citopenias.
Não se propõe que seja efectuada a monitorização regular e sistemática da expressão do CD52 como
prática médica de rotina. Contudo, no caso de se considerar a repetição do tratamento, será prudente
confirmar a presença da expressão do CD52.
Os doentes podem ter reacções alérgicas ou de hipersensibilidade a MabCampath e a anticorpos
monoclonais murinos ou quiméricos.
Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes
durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath (ver as Secções 4.6 e
5.3).
Não foram realizados estudos que abordem especificamente o efeito da idade na disposição e
toxicidade de MabCampath. Em geral, os doentes mais velhos (com mais de 65 anos) têm uma menor
14
tolerância à terapêutica citotóxica do que os indivíduos mais jovens. Como a LLC ocorre normalmente
neste grupo etário mais velho, estes doentes deve ser cuidadosamente monitorizados (ver a Secção
4.2).
Não foram realizados estudos para investigar a segurança e a eficácia de MabCampath em crianças e
em doentes com insuficiência renal ou hepática (ver a Secção 4.2).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não se efectuaram estudos formais de interacções medicamentosas com MabCampath. Não existem
interacções conhecidas clinicamente significativas de MabCampath com outros medicamentos.
Contudo, recomenda-se que MabCampath não seja administrado num período de 3 semanas após
administração de outros agentes quimioterápicos.
Embora não tenha sido estudado, recomenda-se que os doentes não tomem vacinas víricas vivas
durante, pelo menos, 12 meses após a terapêutica com MabCampath. Não foi estudada a capacidade
de produzir uma resposta primária ou humoral anamnéstica a qualquer vacina.
4.6
Gravidez e aleitamento
Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes
durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath.
Gravidez:
MabCampath está contra-indicado durante a gravidez. Sabe-se que a IgG humana atravessa a barreira
placentar; MabCampath também pode atravessar a barreira placentar e, deste modo, causar uma
potencial depleção linfocitária das células B e T fetais. Não foram realizados estudos da reprodução
em animais com MabCampath. Não se sabe se MabCampath pode causar lesão fetal quando
administrado a uma mulher grávida ou se pode afectar a capacidade reprodutora.
Aleitamento:
MabCampath está contra-indicado durante a amamentação. Não se sabe se MabCampath é excretado
no leite humano. A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento e durante pelo menos 4
semanas após a terapêutica com MabCampath.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, deve terse cuidado visto terem sido comunicadas confusão e sonolência.
4.9
Efeitos indesejáveis
Pode esperar-se que mais de 80% dos doentes sofram reacções adversas; as reacções adversas mais
comuns comunicadas ocorrem normalmente durante a primeira semana de tratamento.
As frequências das reacções adversas abaixo citadas (muito comum > 10%, comum > 1-10%, pouco
comum > 0,1-1%, rara > 0,01-0,1%, muito rara < 0,01%) baseiam-se em dados clínicos obtidos em
doentes com LLC (consulte a tabela) e em dados após introdução no mercado.
Reacções relacionadas com a perfusão: as reacções comunicadas com uma frequência muito comum
(devido à libertação de citoquinas) consistiram em reacções relacionadas com a perfusão incluindo
febre, calafrios, náuseas, vómitos, hipotensão, fadiga, exantema cutâneo, urticária, dispneia, cefaleias,
prurido e diarreia. A maioria destas reacções têm uma gravidade ligeira a moderada. Reacções
adversas, incluindo broncospasmo, síncope, infiltrados pulmonares, dificuldade respiratória aguda,
paragem respiratória, enfarte do miocárdio e paragem cardíaca, ocorreram em associação com a
15
libertação de citoquinas, com evolução fatal em casos raros. As reacções agudas relacionadas com a
perfusão ocorrem normalmente durante a primeira semana de terapêutica, diminuindo
consideravelmente em seguida. As reacções relacionadas com a perfusão de graus 3 ou 4 são pouco
comuns após a primeira semana de terapêutica. Estes sintomas podem ser melhorados ou evitados se
utilizar a pré-medicação e o aumento da dose (ver a Secção 4.4).
Infecções: foram comunicadas infecções de graus 3 ou 4 com uma frequência muito comum
incluindo herpes simples e pneumonia com uma gravidade de graus 3 ou 4. Infecções oportunistas,
incluindo a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC), citomegalovírus (CMV), pneumonia por
Aspergillus e herpes zoster ocorrem com uma frequência comum. A mucormicose rinocerebral foi
comunicada, mas é pouco comum. Ocorreram outras infecções virais (por exemplo, adenovírus,
parainfluenza, hepatite B), bacterianas (incluindo a tuberculose e micobacterioses atípicas, nocardiose)
e fúngicas, graves e por vezes fatais, durante o período de farmacovigilância após introdução no
mercado. O tratamento profiláctico anti-infeccioso recomendado parece ser eficaz para reduzir o risco
de PPC e herpes zoster. (ver a Secção 4.4).
Reacções hematológicas: foram comunicadas reacções hemorrágicas graves com uma frequência
comum. Foi comunicada pancitopenia com uma frequência comum e pode ter uma gravidade de graus
3 ou 4 ou ser de natureza grave. Ocorreram anemia hemolítica autoimune e trombocitopenia
autoimune com evolução fatal em casos raros.
O quadro abaixo descreve as reacções adversas, comunicadas nos ensaios clínicos de LLC, por
sistema orgânico e em ordem descendente de gravidade:
Sistema orgânico
Muito comum
Local de
administração
Corpo como um
todo - gerais
Calafrios
Febre
Fadiga
Anorexia
Cardiovascular
Hipotensão
Nervoso central e Cefaleias
periférico incluindo
visão, audição e
sentidos especiais
Reacções adversas e infecções
Comum
Pouco comum
Reacção no local de injecção Equimose no local de injecção
Dermatite no local de injecção
Dor no local de injecção
Dores de costas
Síncope
Febre neutropénica
Edema periférico
Dor torácica
Dores nas pernas
Dores
Reacção alérgica
Edema da boca
Astenia
Mal-estar
Sintomas tipo gripal
Edema
Sensação de alteração da
temperatura
Hipertensão
Paragem cardíaca
Taquicardia
Enfarte do miocárdio
Vasospasmo
Fibrilhação auricular
Rubores
Taquicardia supraventricular
Palpitações
ECG anormal
Arritmia
Bradicardia
Perda do paladar
Marcha anormal
Tremores
Endoftalmite
Hipostesia
Distonia
Tonturas
Hiperestesia
Hipercinesia
Hipertonia
Conjuntivite
Surdez
Parestesia
Tinido
Vertigens
Perversão do paladar
Neuropatia
16
Gastrointestinal,
hepático e biliar
Hematológico
Metabólico e da
Nutrição
MúsculoEsquelético
Neoplasia
Psiquiátrico
Mecanismo de
Resistência
Respiratório
Pele e faneras
Vómitos
Náuseas
Diarreia
Dor abdominal
Hemorragia gastrointestinal
Estomatite
Mucosite
Função hepática anormal
Obstipação
Dispepsia
Estomatite ulcerosa
Flatulência
Granulocitopenia Pancitopenia
Trombocitopenia Leucopenia
Anemia
Linfopenia
Púrpura
Hiponatremia
Desidratação
Diminuição do peso
Hipocalcemia
Sede
Dores esqueléticas
Artralgia
Mialgias
Confusão
Ansiedade
Sonolência
Depressão
Insónia
Sepsia
Infecção por citomegalovírus
Herpes simplex Infecção por Pneumocystis
carinii
Monilíase
Herpes zoster
Infecção
Infecção fúngica
Abcesso
Pneumonia
Pneumonite
Dispneia
Broncospasmo
Sinusite
Tosse
Hipóxia
Infecção das vias
respiratórias superiores
Bronquite
Faringite
Hemoptise
Urticária
Exantema eritematoso
Exantema cutâneo Erupção vesicular
Prurido
Sudação
aumentada
17
Gastroenterite
Gengivite
Eructações
Soluços
Boca seca
Ulceração mucosa
Ulceração da língua
Aplasia da medula óssea
Haptoglobina diminuída
Coagulação intravascular
disseminada
Anemia hemolítica
Depressão medular
Epistáxis
Hemorragia das gengivas
Valores hematológicos
anormais
Diabetes mellitus agravada
Edema periorbitário
Hipocaliemia
Afecção tipo linfoma
Nervosismo
Pensamentos anormais
Despersonalização
Impotência
Perturbações da personalidade
Infecção viral
Infecção bacteriana
Edema pulmonar
Estridor
Infiltração pulmonar
Afecção respiratória
Diminuição dos sons
respiratórios
Laringite
Rinite
Aperto na garganta
Derrame pleural
Dermatite fúngica
Onicomicose
Exantema máculo-papular
Afecção cutânea
Urinário
Infecção das vias urinárias
Função renal anormal
Poliúria
Hematúria
Incontinência urinária
Fluxo urinário diminuído
Dados adicionais após introdução no mercado
Doenças do metabolismo e da nutrição: ocorreu em casos raros síndrome de lise tumoral.
Doenças do sistema nervoso central e periférico: ocorreu em casos raros hemorragia intracraniana.
4.9
Sobredosagem
Doentes receberam doses unitárias repetidas até 240 mg de MabCampath. A frequência de efeitos
adversos de grau 3 ou 4, como febre, hipotensão e anemia, pode ser mais elevada nestes doentes. Não
existe nenhum antídoto específico conhecido para a sobredosagem com MabCampath. O tratamento
consiste na interrupção de MabCampath e em medidas terapêuticas de suporte.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C.
Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética,
específico da glicoproteína da superfície celular de linfócitos 21-28 kD (CD52) expressa
principalmente na superfície celular dos linfócitos B e T do sangue periférico normais e malignos.
Alemtuzumab foi produzido através da inserção de seis regiões determinantes da complementaridade
de um anticorpo monoclonal IgG2a de rato numa molécula da imunoglobulina IgG1 humana.
Alemtuzumab causa lise de linfócitos por ligação a CD52, um antigénio altamente expresso, não
modulador que está presente na superfície celular de praticamente todos os linfócitos B e T assim
como de monócitos, timócitos e macrófagos. O anticorpo medeia a lise de linfócitos através da fixação
do complemento e da citotoxicidade por mediação celular dependente dos anticorpos. O antigénio foi
detectado numa pequena percentagem (< 5%) de granulócitos mas não em eritrócitos nem em
plaquetas. Parece que alemtuzumab não lesa as células-mãe ou células progenitoras hematopoiéticas.
A determinação da eficácia de MabCampath nas taxas globais de resposta e de sobrevida. Os dados
disponíveis obtidos em três estudos não controlados sobre B-CLL estão resumidos na tabela seguinte:
Parâmetros de eficácia
Número de doentes
Grupo de diagnóstico
Idade mediana (anos)
Características da doença (%)
Estadio III/IV de Rai
Doentes com sintomas de B-CLL
Estudo 1
93
Doentes com B-CLL
que receberam um
agente alquilante e
que não responderam
à fludarabina
Estudo 2
32
Doentes com B-CLL
que não responderam
ou que recidivaram
após tratamento com
quimioterapia
convencional
66
57
Estudo 3
24
Doentes com B-CLL
(juntamente com um
doente com PLL)
que não
responderam ou que
recidivaram após
tratamento com
fludarabina
62
76
42
72
31
71
21
18
Terapêuticas anteriores (%):
Agentes alquilantes
Fludarabina
Número de regimes anteriores
(intervalo)
Regime posológico inicial
Regime posológico final
Taxa de resposta global (%)
(Intervalo de confiança de 95%)
Resposta completa
Resposta parcial
Duração mediana da resposta (meses)
(Intervalo de confiança de 95%)
Tempo mediano até à resposta (meses)
(Intervalo de confiança de 95%)
Sobrevida sem progressão (meses)
(Intervalo de confiança de 95%)
Sobrevida (meses):
(Intervalo de confiança de 95%)
Todos os doentes
Respondedores
NA = não atingido
5.2
100
100
100
34
92
100
3 (2-7)
Aumento gradual de 3
para 10 para 30 mg
30 mg iv 3 x semana
33
(23-43)
2
31
7
(5-8)
2
(1-2)
4
(3 - 5)
3 (1-10)
Aumento gradual de
10 para 30 mg
30 mg iv 3 x semana
21
(8-33)
0
21
7
(5-23)
4
(1-5)
5
(3 - 7)
3 (1-8)
Aumento gradual de
10 para 30 mg
30 mg iv 3 x semana
29
(11-47)
0
29
11
(6-19)
4
(2-4)
7
(3 - 9)
16 (12-22)
33 (26-NA)
26 (12-44)
44 (28-NA)
28 (7-33)
36 (19-NA)
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética foi caracterizada em doentes com leucemia linfocítica crónica das células B (LLCB), não tratados anteriormente com MabCampath, e que tinham sido submetidos a terapêutica prévia
mal sucedida com análogos da purina. MabCampath foi administrado por perfusão intravenosa durante
2 horas, no esquema posológico recomendado, começando numa dose de 3 mg e aumentando para 30
mg, 3 vezes por semana, durante um período de 12 semanas. A farmacocinética de MabCampath
seguiu um modelo bicompartimental e apresentou uma cinética de eliminação não linear. Após a
última dose de 30 mg, o volume de distribuição mediano em estado de equilíbrio foi de 0,15 l/kg
(intervalo: 0,1-0,4 l/kg), indicando que a distribuição foi efectuada principalmente nos
compartimentos do fluido extracelular e plasmático. A depuração sistémica diminuiu com a
administração repetida devido a uma depuração diminuída mediada pelos receptores (i.e. perda de
receptores de CD52 na periferia). Com a administração repetida e a acumulação da concentração
plasmática consequente, a taxa de eliminação aproximou-se de uma cinética de ordem zero. Como tal,
a semivida foi de 8 horas (intervalo: 2-32 horas) após a primeira dose de 30 mg e foi de 6 dias
(intervalo: 1-14 dias) após a última dose de 30 mg. Foram atingidas concentrações em estado de
equilíbrio após cerca de 6 semanas de administração. Não se observaram diferenças aparentes na
farmacocinética entre homens e mulheres nem foi observado qualquer efeito aparente da idade.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
A avaliação pré-clínica do alemtuzumab em animais limitou-se ao macaco cinomolgo devido à
ausência de expressão do antigénio CD52 em espécies não primatas.
Nesta espécie, a linfocitopenia foi o efeito relacionado com o tratamento mais comum. Observou-se
um ligeiro efeito cumulativo sobre o grau de depleção de linfócitos em estudos de doses repetidas em
relação aos estudos de dose única. A depleção linfocitária foi rapidamente reversível após paragem da
administração. Observou-se neutropenia reversível após administração intravenosa ou subcutânea
diária durante 30 dias, mas não após doses únicas ou após administração diária durante 14 dias. Os
resultados da histopatologia de amostras da medula óssea não revelaram alterações importantes
atribuíveis ao tratamento. Doses intravenosas únicas de 10 e de 30 mg/kg produziram uma hipotensão
moderada a ligeira relacionada com a dose acompanhada por uma ligeira taquicardia.
Observou-se a ligação do Fab de MabCampath em tecidos linfóides e no sistema fagocitário
19
mononuclear. Uma ligação significativa do Fab foi também observada no tracto reprodutor masculino
(epidídimo, espermatozóides, vesículas seminais) e na pele.
Não foram feitas outras observações nos estudos de toxicidade acima citados que dessem informações
com relevância significativa para o uso clínico.
Não foram realizados estudos em animais a curto ou a longo prazo com MabCampath para avaliar o
potencial carcinogénico e mutagénico.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Ededato dissódico
Polissorbato 80
Solução salina com tampão fosfato constituída por:
Cloreto de potássio
Dihidrogenofosfato de potássio
Cloreto de sódio
Hidrogenofosfato dissódico
Água para injectáveis
6.2
Incompatibilidades
Este medicamento não deve ser reconstituído com outros solventes, excepto os mencionados na
Secção 6.6.
Não se conhecem incompatibilidades com outros medicamentos.
6.3
Prazo de validade
2 anos.
Solução reconstituída: MabCampath não contém conservantes antimicrobianos. MabCampath deve
ser utilizado num período de 8 horas após a diluição. As soluções podem ser conservadas a 15°C-30°C
ou refrigeradas. Neste caso só pode ser aceite se a preparação da solução for efectuada em condições
assépticas rigorosas e a solução estiver protegida da luz.
6.4
Precauções especiais de conservação
Conservar num frigorífico (2ºC-8°C).
Não congelar.
Proteger da luz.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos de 2 ml, transparentes, de vidro tipo I, contendo 1 ml de um concentrado incolor.
Tamanho das embalagens: caixa de 3 frascos.
6.7
Instruções de utilização e manipulação e eliminação
O conteúdo do frasco deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes
da administração. Se existirem partículas ou se o concentrado tiver cor, então o frasco não deve ser
utilizado.
20
MabCampath não contém conservantes antimicrobianos, portanto, recomenda-se que seja preparado
utilizando técnicas assépticas e que a solução diluída seja administrada num período de 8 horas após a
preparação. A quantidade necessária do conteúdo do frasco deve ser adicionada a 100 ml de uma
solução de cloreto de sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido
suavemente para misturar a solução.
Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de
MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa.
As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath.
Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os
resíduos devem ser eliminados por incineração.
Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath.
Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de
quebra do frasco ou de qualquer outro derrame acidental.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
ILEX Pharmaceuticals Ltd
1&3 Frederick Sanger Road
The Surrey Research Park
Guildford
Surrey GU2 7YD
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/0/00/000/000
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
21
ANEXO II
A.
FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM
BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO
RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
C.
OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS A SEREM CUMPRIDAS PELO
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
22
A
FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR
DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do fabricante da substância activa de origem biológica
Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG
Birkendorfer Strasse 65
D-88397 Biberach an der Riss
Alemanha
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Schering AG
Müllerstrasse 178
D-13342 Berlin
Alemanha
O folheto informativo que acompanha o medicamento deve mencionar o nome e endereço do
fabricante responsável pela libertação do lote em causa.
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
•
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita (ver anexo I: resumo das características do medicamento, 4.2.
•
OUTRAS CONDIÇÕES
O titular desta autorização de introdução no mercado deve informar a Comissão Europeia sobre os
planos de comercialização do medicamento autorizado pela presente decisão.
C.
OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS A SEREM CUMPRIDAS PELO TITULAR DA
AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
O titular da autorização de introdução no mercado deverá executar o programa de estudos abaixo
referido dentro dos prazos indicados; os resultados desses estudos estarão na base da reavaliação anual
da relação risco/benefício.
Aspectos clínico
1.
A empresa iniciará e concluirá o estudo de Fase III, CAM 307, em pacientes com leucemia
linfocítica crónica (LLC). O protocolo do estudo clínico foi submieido a EMEA e aos relatres.
Um relatório de seguimento sobre o incremento de doentes deverá ser fornecido anualmente. O
relatório sobre e estudo clínical será fornecido em Novembro de 2008.
Um relatório sobre a situação de todas as obrigações supramencionadas será anualmente fornecido
aquando da apresentação da reavaliação anual.
23
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
24
A. ROTULAGEM
25
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA,
NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
CAIXA
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
MabCampath 10 mg/ml
Concentrado para solução para perfusão
Alemtuzumab
2.
DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S)
Cada ampola contém 30 mg de alemtuzumab
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Outros componentes:
Edetato dissódico
Polissorbato 80
Solução salina tamponada de fosfato constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de
potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato dissódico, água para injectáveis
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
3 ampolas, 3 ml por ampola
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO, SE NECESSÁRIO
Via intravenosa
Ler o folheto informativo antes da administração
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL. {MM/AAAA}
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorifico
26
Não congelar
Proteger da luz
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
FOR CASO DISSO
Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
ILEX Pharmaceuticals Ltd, Guildford GU2 7YD, Reino Unido
12.
NUMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/01/193/001
13.
NÚMERO DO LOTE DE FABRICO
Lote {número}
14.
CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO
Medicamento sujeito a receita médica
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
27
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
AMPOLA
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E, SE NECESSÁRIO, VIA(S) DE
ADMINISTRAÇÃO
MabCampath 10 mg/ml
Concentrado para solução para perfusão
2.
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa
3.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.{MM/AAAA}
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote {número}
5.
CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE
3 ml
28
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA,
NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
CAIXA
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
MabCampath 30 mg/ml
Concentrado para solução para perfusão
Alemtuzumab
2.
DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S)
Cada frasco contém 30 mg de alemtuzumab
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Outros componentes:
Edetato dissódico
Polissorbato 80
Solução salina tamponada de fosfato constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de
potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato dissódico, água para injectáveis
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
3 x 1 ml por frasco
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO, SE NECESSÁRIO
Via intravenosa
Ler o folheto informativo antes da administração
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL. {MM/AAAA}
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorifico
29
Não congelar
Proteger da luz
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
FOR CASO DISSO
Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
ILEX Pharmaceuticals Ltd, Guildford GU2 7YD, Reino Unido
12.
NUMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/0/00/000/000
13.
NÚMERO DO LOTE DE FABRICO
Lote {número}
14.
CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO
Medicamento sujeito a receita médica
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
30
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E, SE NECESSÁRIO, VIA(S) DE
ADMINISTRAÇÃO
MabCampath 30 mg/ml
Concentrado para solução para perfusão
2.
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa
3.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.{MM/AAAA}
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote {número}
5.
CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE
1 ml
31
B. FOLHETO INFORMATIVO
32
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
•
•
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler outra vez.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é MabCampath e para que é utilizado
Antes de lhe ser administrado MabCampath
Como é utilizado MabCampath
Efeitos secundários possíveis
Conservação de MabCampath
Outras informações
Denominação do medicamento
MabCampath 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Alemtuzumab
O que contém MabCampath
A substância activa é alemtuzumab.
Os outros ingredientes são ededato dissódico, polissorbato 80 e solução salina com tampão fosfato
constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato
dissódico e água para injectáveis.
Titular da autorização de introdução no mercado
ILEX Pharmaceuticals Ltd, 1&3 Frederick Sanger Road, The Surrey Research Park, Guildford, Surrey
GU2 7YD, Reino Unido.
Fabricante responsável pela libertação do lote
Schering AG, Müllerstrasse 178, D-13342 Berlim, Alemanha.
1.
O QUE É MABCAMPATH E PARA QUE É UTILIZADO
O que é MabCampath
MabCampath é uma solução concentrada acondicionada numa ampola de vidro. A quantidade total de
substância activa em cada ampola é de 30 mg e é equivalente a 3 ml de uma solução de 10 mg/ml.
MabCampath é diluído para administração por perfusão intravenosa. As soluções para diluição podem
ser uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou uma solução de glucose a 5%.
Cada embalagem de MabCampath contém 3 ampolas.
33
Para que é utilizado
MabCampath é utilizado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC), uma
doença maligna dos glóbulos brancos, quando outros tratamentos anteriores, tais como agentes
alquilantes e fosfato de fludarabina, foram mal sucedidos.
MabCampath é um anticorpo monoclonal. Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem
e se ligam especificamente a uma outra proteína única designada por antigénio. MabCampath liga-se
a um antigénio da superfície de certos glóbulos brancos, designados por linfócitos.
Os doentes com LLC têm um número excessivo de linfócitos anormais, que substituem as células
saudáveis da medula óssea onde são formadas a maior parte das células sanguíneas novas. Esta
substituição de células saudáveis também acontece na corrente sanguínea e noutros órgãos. Depois de
se ligar aos linfócitos anormais, MabCampath destrói-os, sendo os mesmos gradualmente removidos
do organismo por processos biológicos normais.
2.
ANTES DE LHE SER ADMINISTRADO MABCAMPATH
Não utilize MabCampath:
•
•
•
•
•
se for alérgico ao alemtuzumab ou a proteínas de origem idêntica ou a qualquer ingrediente que
a ampola contenha. O seu médico informá-lo-á de acordo com as circunstâncias.
se tiver uma infecção.
se tiver VIH.
se tiver um tumor maligno secundário activo.
se estiver grávida ou a amamentar (ver também a seguir).
Tome especial cuidado com MabCampath:
Quando lhe for administrado MabCampath pela primeira vez, pode ter efeitos secundários logo após
as primeiras perfusões. (Ver a Secção 4 “Efeitos secundários possíveis”). Estes efeitos diminuirão
gradualmente com a continuação do tratamento. Se os efeitos forem severos, podem ser-lhe
administrados anti-histamínicos e analgésicos (para tratamento da febre) para ajudar a diminuir alguns
dos efeitos secundários. A posologia de MabCampath não será aumentada até os efeitos terem
diminuído.
O tratamento com MabCampath pode diminuir a sua resistência natural a infecções e, portanto,
podem-lhe ser administrados antibióticos para lhe dar uma protecção adicional.
Se tiver uma doença cardíaca ou dores no peito e/ou estiver a tomar um tratamento para diminuir a
tensão arterial, o seu médico efectuará uma monitorização cuidadosa porque MabCampath pode
agravar estas afecções.
MabCampath também pode causar outros efeitos secundários, com mais frequência perturbações
sanguíneas. Por esta razão, o seu médico monitorizará cuidadosamente os efeitos do tratamento e o seu
progresso, examinando-o e fazendo colheitas de sangue para análise numa base regular.
Se tiver mais de 65 anos, será monitorizado muito frequentemente porque pode ter uma maior
intolerância ao medicamento do que outros doentes.
No caso de ser um homem ou uma mulher com potencial de procriar, deverá assegurar-se que utiliza
uma forma segura de controlo da natalidade durante o tratamento e durante pelo menos 6 meses
depois. Deve fazê-lo porque os efeitos de MabCampath sobre a reprodução são desconhecidos.
A segurança e a eficácia de MabCampath não foram estabelecidas em crianças (com menos de 17
anos) nem em doentes com doenças renais ou hepáticas.
34
Gravidez
MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão grávidas, portanto:
•
•
se estiver grávida ou pensar que está grávida, deve informar imediatamente o seu médico.
se estiver em idade com potencial de procriação, deve evitar engravidar utilizando métodos
contraceptivos eficazes antes de iniciar o tratamento, durante o tratamento e durante 6 meses
após o tratamento.
Aleitamento
MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão a amamentar. Deve parar de amamentar
quando começar o tratamento e não deve começar novamente a amamentar até terem decorrido pelo
menos 4 semanas depois de ter terminado o tratamento e de ter consultado o seu médico sobre o
assunto.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram efectuados estudos sobre os efeitos de MabCampath. Deve aconselhar-se junto do seu
médico.
Utilizar MabCampath com outros medicamentos
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos,
incluindo medicamentos sem receita médica.
Em especial, não lhe deve ser administrado MabCampath num período de 3 semanas depois de ter
tomado outros agentes antineoplásicos. Além disso, não deve ser vacinado com vacinas de vírus vivo
durante o tratamento e durante pelo menos 12 meses depois de ter terminado o seu tratamento.
Consulte o seu médico antes de lhe serem administradas quaisquer vacinações.
3.
COMO É UTILIZADO MABCAMPATH
Como é preparado MabCampath para administração
MabCampath está acondicionado em solução numa ampola de vidro. O conteúdo da ampola é extraído
e adicionado a uma solução de cloreto de sódio ou a uma solução de glucose acondicionada num saco
de perfusão. Os tubos do saco de perfusão são depois ligados directamente a uma das suas veias.
Como é administrado MabCampath
MabCampath é administrado sob a forma de uma solução directamente na corrente sanguínea através
de uma veia. Esta administração é conhecida por perfusão intravenosa. Sempre que lhe for
administrado MabCampath, demorará cerca de 2 horas para toda a solução entrar no seu sangue.
Em que quantidade e com que frequência lhe é administrado MabCampath
Durante a primeira semana, são administrados 3 mg de MabCampath na solução no Dia 1, depois
10 mg no Dia 2 e depois 30 mg no Dia 3. MabCampath continuará a ser administrado na dose de
30 mg em 3 dias alternados todas as semanas.
Pode sentir efeitos secundários precoces e então as doses iniciais mais baixas podem ser repetidas até
os efeitos desaparecerem ou diminuírem. A ideia é aumentar MabCampath lentamente para reduzir a
possibilidade de ter efeitos secundários e permitir que o seu organismo o tolere melhor. O médico
monitorizá-lo-á cuidadosamente e decidirá quais são as quantidades apropriadas de MabCampath que
lhe vai administrar durante todo o período de tratamento.
35
Durante quanto tempo é administrado MabCampath
O tratamento com MabCampath pode continuar durante um período até 12 semanas dependendo do
seu progresso.
Se for administrado mais MabCampath do que o recomendado
O médico tratá-lo-á, conforme apropriado, se tiver quaisquer efeitos prejudiciais especiais
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como os demais medicamentos, MabCampath pode ter efeitos secundários. Os efeitos secundários
mencionados a seguir são normalmente causados por MabCampath porque este afecta o sistema
imunitário do organismo em geral e diminui a resistência à infecção. Algumas infecções podem ser
graves e algumas vezes podem ser fatais. O seu médico pode administrar-lhe outros medicamentos ou
mudar a posologia para ajudar a diminuir quaisquer efeitos secundários.
Se tiver dúvidas sobre o que são os efeitos secundários abaixo mencionados, pergunte ao seu médico
que lhe explicará. Além disso, se detectar efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe
o seu médico ou farmacêutico.
Os efeitos secundários muito comuns causados por MabCampath, que podem manifestar-se no início
do tratamento, incluem febre, calafrios/arrepios, suores, náuseas (sensação de ter vontade de vomitar),
vómitos, tensão arterial baixa, níveis baixos de glóbulos brancos e vermelhos, níveis baixos das
plaquetas sanguíneas, cansaço, exantema cutâneo, prurido, dificuldade em respirar, dores de cabeça,
diarreia e perda de apetite. Normalmente, um ou mais destes efeitos manifestam-se durante a primeira
semana após o início do tratamento. São normalmente problemas ligeiros ou moderados e diminuem
gradualmente durante o curso do tratamento.
Pode ocorrer de maneira muito comum pneumonia durante o tratamento. O seu médico pode
administrar-lhe também um antibiótico e/ou um tratamento antiviral para diminuir o risco de
desenvolvimento desta e de outras infecções.
Os efeitos secundários comuns causados por MabCampath incluem:
Perturbações cardíacas e sanguíneas: tensão arterial elevada, frequência cardíaca acelerada, sensação
do coração a bater muito rapidamente, espasmo dos vasos sanguíneos, vermelhidão da face, nódoas
negras na pele.
Sistema nervoso e órgãos do sentido especiais: alterações do paladar, sensação do tacto diminuída,
tonturas, sensação de vertigens, movimentos de estremecimento ou tremores, nervosismo, inflamação
dos olhos, formigueiros ou uma sensação de calor na pele.
Sistema gastrointestinal e hepático: dores abdominais, hemorragias do estômago ou do intestino,
distensão, irritação e/ou ulceração na região da boca, função hepática anormal, obstipação, indigestão,
meteorismo.
Sistema respiratório: inflamação, irritação e/ou sensação de aperto nos pulmões, garganta e /ou seios
nasais, muito pouco oxigénio a atingir os órgãos do corpo, tosse, tosse com expectoração de sangue.
Perturbações gerais: dores, vermelhidão ou inchaço no local da injecção, sensação geral de mal-estar,
fraqueza, dores em diversas regiões do corpo (músculos, costas, tórax, ossos, articulações), perda de
peso, desidratação, sede, excesso de fluidos no corpo, níveis baixos do cálcio e do sódio, sensação de
alteração da temperatura, sintomas do tipo gripal, abcessos, exantemas cutâneos, formação de
vesículas na pele, confusão, ansiedade, depressão, sonolência, insónia.
36
As infecções comuns incluem: pneumonias (bacteriana), candidíase (por fungos), herpes e zona (viral)
e infecções respiratórias, urinárias, gastrointestinas e outras infecções gerais de origem bacteriana.
Os efeitos secundários pouco comuns causados por MabCampath podem ter uma natureza mais grave
e incluem: doenças da medula óssea, doenças cardíacas (paragem do coração, crise cardíaca,
frequência cardíaca anormalmente rápida), doenças do sangue (coagulação anormal, proteína
diminuída, níveis baixos de potássio), hemorragia e inflamação das gengivas, hemorragias nasais,
fluido nos pulmões, dificuldade em respirar, exames pulmonares anormais, doenças dos gânglios
linfáticos, nervosismo, pensamentos anormais, sons na cabeça, surdez, função renal anormal,
diabetes, impotência, desmaio, vacilação, tensão muscular, edema à volta dos olhos, sensibilidade da
pele, reacção alérgica.
Um efeito secundário raro é uma perturbação especial (chamada síndrome de lise tumoral) que pode
começar com dores lombares e sangue na urina. Outro efeito secundário raro (chamada hemorragia
intracraniana) pode causar hemorragia no cérebro.
Ocorreram efeitos secundários graves, incluindo dificuldade em respirar, inflamação dos pulmões,
intensa falta de ar, desmaio, ataque cardíaco, níveis baixos dos glóbulos vermelhos e das plaquetas
sanguíneas, com evolução fatal em casos raros.
5.
CONSERVAÇÃO DE MABCAMPATH
As ampolas de MabCampath devem ser conservadas num frigorífico (2°C-8°C). As ampolas devem
ser protegidas da luz e nunca devem ser congeladas.
Não utilize MabCampath após expirar o prazo de validade indicado na embalagem exterior e no rótulo
da ampola.
Manter sempre este medicamento fora do alcance e da vista das crianças.
37
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular
da autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
N.V. Schering S.A.
J.E. Mommaertslaan 14
B-1831 Diegem
Tél/Tel: +32 271 285 00
Luxembourg/Luxemburg
N.V. Schering S.A.
J.E. Mommaertslaan 14
B-1831 Diegem
Belgique/Belgien
Tél/Tel: +32 271 285 00
Česká republika
Schering s.r.o. - člen koncernu
Šafaříkova 17
CZ-120 00 Praha 2
Tel: +420 271 730 661
Magyarország
Schering KFT
Szépvölgyi út 35-37
H-1037 Budapest
Tel: +36 1 453 80 10
Danmark
Schering AS
Herstedøstervej 27-29
DK-2620 Albertslund
Tlf: +45 43 29 09 99
Malta
Alfred Gera and Sons Ltd.
Triq il-Masgar
Qormi QRM09
Tel + 356 21 446113
Deutschland
MedacSchering Onkologie GmbH
Nördliche Auffahrtsallee 44
D-80638 München
Tel. +49 89 745 14480
Nederland
Schering Nederland B.V.
Postbus 116
1380 AC Weesp
Tel. +31 294 46 24 24
Eesti
UAB “Schering” Eesti filiaal
Pärnu mnt. 139 D
11317 Tallinn
Tel. +372 6 55 85 65
Norge
Schering Norge AS
Postboks 331
N-1326 Lysaker
Tlf: +47 67 59 20 00
Ελλάδα
Schering Ελλάς Α.Ε.
Κύπρου 12-14 & Λεωφ. Ηρακλείου 466
GR-141 22 Ηράκλειο
Tηλ: +30 210 2897800
Österreich
Schering Wien Ges.m.b.H.
Postfach 50
A-1147 Wien
Tel: +43 1 9 70 37
España
Schering España S.A.
C. Méndez Alvaro, 55
E-28045 Madrid
Tel: +34 91506 9350
Polska
Schering AG
Spółka Akcyjna
Oddział w Polsce
Ul. Migdałowa 4
PL-02-796 Warszawa
Tel: +48 22 645 13 00
France
Schering S.A.
Rue de Toufflers
F-59390 Lys-Lez-Lannoy
Tél. +33 3 20 20 80 80
Portugal
Schering Lusitana Lda.
Estrada Nacional 249, Km 15
P-2725-397 Mem Martins
Tel. +351 21 926 99 00
38
Ireland
HE Clissmann
44 Dartmouth Square
IRL-Dublin 6
Tel. +353 1 6 68 85 66
Slovenija
Schering AG Berlin, Podružnica za Slovenijo
Dunajska cesta 22
SI-1511 Ljubljana
Tel. +386 1 300 10 50
Ísland
Thorarensen Lyf ehf
Lynghálsi 13
IS-110 Reykjavík
Tel: +354 530 7100
Slovenská republika
Schering Slovakia s.r.o.
Obchodná ul. 2
SK-811 06 Bratislava
Tel: +421 2 54 41 03 17
Italia
Schering SpA
Via L. Mancinelli 11
I-20131 Milano
Tel: +39 0221 65 1
Suomi/Finland
Schering Oy
Pasilanraitio 9
FI-00240 Helsinki
Puh/Tel: +358 9 708 811
Κύπρος
A. Potamitis Medicare Ltd.
62, Arch. Kyprianou Avenue
CY-2059 Strovolos
Τηλ: +357 22 313611
Sverige
Schering Nordiska AB
Box 912
S-175 29 Järfälla
Tel: +46 8 728 42 00
Latvija
Schering UAB pārstāvniecība Latvijā
Ģertrūdes iela 3
LV-1010 Riga
Tel: +371 7 845563
United Kingdom
Schering Health Care Ltd.
The Brow
GB-Burgess Hill, West Sussex
RH15 9NE - UK
Tel: +44 (0) 845 6096767
Lietuva
UAB SCHERING
Vytenio, 4
LT-03113 Vilnius
Tel: +370 5 2336868
Este folheto foi aprovado pela última vez em
<------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------>
39
INFORMAÇÃO PARA OS MÉDICOS E PROFISSIONAIS DOS CUIDADOS DE SAÚDE
O conteúdo da ampola deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes
da administração. Se existirem partículas ou se a solução tiver cor, então a ampola não deve ser
utilizada.
Recomenda-se que MabCampath seja preparado para perfusão intravenosa utilizando técnicas
assépticas e que a solução diluída seja administrada no período de 8 horas após a preparação e
protegida da luz. A quantidade necessária do conteúdo da ampola deve ser adicionada através de um
filtro de 5 µm, sem fibras, de baixa ligação às proteínas, estéril, a 100 ml de uma solução de cloreto de
sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido suavemente para misturar
a solução. Deve ter-se cuidado para assegurar a esterilidade da solução preparada especialmente
porque não contém conservantes antimicrobianos.
Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de
MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa.
As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath.
Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os
resíduos devem ser eliminados por incineração.
Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath.
Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de
quebra da ampola ou de qualquer outro derrame acidental.
40
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
•
•
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler outra vez.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é MabCampath e para que é utilizado
Antes de lhe ser administrado MabCampath
Como é utilizado MabCampath
Efeitos secundários possíveis
Conservação de MabCampath
Outras informações
Denominação do medicamento
MabCampath 30 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Alemtuzumab
O que contém MabCampath
A substância activa é alemtuzumab.
Os outros ingredientes são ededato dissódico, polissorbato 80 e solução salina com tampão fosfato
constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato
dissódico e água para injectáveis.
Titular da autorização de introdução no mercado
ILEX Pharmaceuticals Ltd, 1&3 Frederick Sanger Road, The Surrey Research Park, Guildford, Surrey
GU2 7YD, Reino Unido.
Fabricante responsável pela libertação do lote
Schering AG, Müllerstrasse 178, D-13342 Berlim, Alemanha.
1.
O QUE É MABCAMPATH E PARA QUE É UTILIZADO
O que é MabCampath
MabCampath é uma solução concentrada acondicionada num frasco de vidro. A quantidade total de
substância activa em cada frasco é de 30 mg e é equivalente a 1 ml de uma solução de 30 mg/ml.
MabCampath é diluído para administração por perfusão intravenosa. As soluções para diluição podem
ser uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou uma solução de glucose a 5%.
Cada embalagem de MabCampath contém 3 frascos.
41
Para que é utilizado
MabCampath é utilizado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC), uma
doença maligna dos glóbulos brancos, quando outros tratamentos anteriores, tais como agentes
alquilantes e fosfato de fludarabina, foram mal sucedidos.
MabCampath é um anticorpo monoclonal. Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem
e se ligam especificamente a uma outra proteína única designada por antigénio. MabCampath liga-se
a um antigénio da superfície de certos glóbulos brancos, designados por linfócitos.
Os doentes com LLC têm um número excessivo de linfócitos anormais, que substituem as células
saudáveis da medula óssea onde são formadas a maior parte das células sanguíneas novas. Esta
substituição de células saudáveis também acontece na corrente sanguínea e noutros órgãos. Depois de
se ligar aos linfócitos anormais, MabCampath destrói-os, sendo os mesmos gradualmente removidos
do organismo por processos biológicos normais.
3.
ANTES DE LHE SER ADMINISTRADO MABCAMPATH
Não utilize MabCampath:
•
•
•
•
•
se for alérgico ao alemtuzumab ou a proteínas de origem idêntica ou a qualquer ingrediente que
a ampola contenha. O seu médico informá-lo-á de acordo com as circunstâncias.
se tiver uma infecção.
se tiver VIH.
se tiver um tumor maligno secundário activo.
se estiver grávida ou a amamentar (ver também a seguir).
Tome especial cuidado com MabCampath:
Quando lhe for administrado MabCampath pela primeira vez, pode ter efeitos secundários logo após
as primeiras perfusões. (Ver a Secção 4 “Efeitos secundários possíveis”). Estes efeitos diminuirão
gradualmente com a continuação do tratamento. Se os efeitos forem severos, podem ser-lhe
administrados anti-histamínicos e analgésicos (para tratamento da febre) para ajudar a diminuir alguns
dos efeitos secundários. A posologia de MabCampath não será aumentada até os efeitos terem
diminuído.
O tratamento com MabCampath pode diminuir a sua resistência natural a infecções e, portanto,
podem-lhe ser administrados antibióticos para lhe dar uma protecção adicional.
Se tiver uma doença cardíaca ou dores no peito e/ou estiver a tomar um tratamento para diminuir a
tensão arterial, o seu médico efectuará uma monitorização cuidadosa porque MabCampath pode
agravar estas afecções.
MabCampath também pode causar outros efeitos secundários, com mais frequência perturbações
sanguíneas. Por esta razão, o seu médico monitorizará cuidadosamente os efeitos do tratamento e o seu
progresso, examinando-o e fazendo colheitas de sangue para análise numa base regular.
Se tiver mais de 65 anos, será monitorizado muito frequentemente porque pode ter uma maior
intolerância ao medicamento do que outros doentes.
No caso de ser um homem ou uma mulher com potencial de procriar, deverá assegurar-se que utiliza
uma forma segura de controlo da natalidade durante o tratamento e durante pelo menos 6 meses
depois. Deve fazê-lo porque os efeitos de MabCampath sobre a reprodução são desconhecidos.
A segurança e a eficácia de MabCampath não foram estabelecidas em crianças (com menos de 17
anos) nem em doentes com doenças renais ou hepáticas.
42
Gravidez
MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão grávidas, portanto:
•
•
se estiver grávida ou pensar que está grávida, deve informar imediatamente o seu médico.
se estiver em idade com potencial de procriação, deve evitar engravidar utilizando métodos
contraceptivos eficazes antes de iniciar o tratamento, durante o tratamento e durante 6 meses
após o tratamento.
Aleitamento
MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão a amamentar. Deve parar de amamentar
quando começar o tratamento e não deve começar novamente a amamentar até terem decorrido pelo
menos 4 semanas depois de ter terminado o tratamento e de ter consultado o seu médico sobre o
assunto.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram efectuados estudos sobre os efeitos de MabCampath. Deve aconselhar-se junto do seu
médico.
Utilizar MabCampath com outros medicamentos
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos,
incluindo medicamentos sem receita médica.
Em especial, não lhe deve ser administrado MabCampath num período de 3 semanas depois de ter
tomado outros agentes antineoplásicos. Além disso, não deve ser vacinado com vacinas de vírus vivo
durante o tratamento e durante pelo menos 12 meses depois de ter terminado o seu tratamento.
Consulte o seu médico antes de lhe serem administradas quaisquer vacinações.
3.
COMO É UTILIZADO MABCAMPATH
Como é preparado MabCampath para administração
MabCampath está acondicionado em solução num frasco de vidro. O conteúdo do frasco é extraído e
adicionado a uma solução de cloreto de sódio ou a uma solução de glucose acondicionada num saco de
perfusão. Os tubos do saco de perfusão são depois ligados directamente a uma das suas veias.
Como é administrado MabCampath
MabCampath é administrado sob a forma de uma solução directamente na corrente sanguínea através
de uma veia. Esta administração é conhecida por perfusão intravenosa. Sempre que lhe for
administrado MabCampath, demorará cerca de 2 horas para toda a solução entrar no seu sangue.
Em que quantidade e com que frequência lhe é administrado MabCampath
Durante a primeira semana, são administrados 3 mg de MabCampath na solução no Dia 1, depois
10 mg no Dia 2 e depois 30 mg no Dia 3. MabCampath continuará a ser administrado na dose de
30 mg em 3 dias alternados todas as semanas.
Pode sentir efeitos secundários precoces e então as doses iniciais mais baixas podem ser repetidas até
os efeitos desaparecerem ou diminuírem. A ideia é aumentar MabCampath lentamente para reduzir a
possibilidade de ter efeitos secundários e permitir que o seu organismo o tolere melhor. O médico
monitorizá-lo-á cuidadosamente e decidirá quais são as quantidades apropriadas de MabCampath que
lhe vai administrar durante todo o período de tratamento.
43
Durante quanto tempo é administrado MabCampath
O tratamento com MabCampath pode continuar durante um período até 12 semanas dependendo do
seu progresso.
Se for administrado mais MabCampath do que o recomendado
O médico tratá-lo-á, conforme apropriado, se tiver quaisquer efeitos prejudiciais especiais
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como os demais medicamentos, MabCampath pode ter efeitos secundários. Os efeitos secundários
mencionados a seguir são normalmente causados por MabCampath porque este afecta o sistema
imunitário do organismo em geral e diminui a resistência à infecção. Algumas infecções podem ser
graves e algumas vezes podem ser fatais. O seu médico pode administrar-lhe outros medicamentos ou
mudar a posologia para ajudar a diminuir quaisquer efeitos secundários.
Se tiver dúvidas sobre o que são os efeitos secundários abaixo mencionados, pergunte ao seu médico
que lhe explicará. Além disso, se detectar efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe
o seu médico ou farmacêutico.
Os efeitos secundários muito comuns causados por MabCampath, que podem manifestar-se no início
do tratamento, incluem febre, calafrios/arrepios, suores, náuseas (sensação de ter vontade de vomitar),
vómitos, tensão arterial baixa, níveis baixos de glóbulos brancos e vermelhos, níveis baixos das
plaquetas sanguíneas, cansaço, exantema cutâneo, prurido, dificuldade em respirar, dores de cabeça,
diarreia e perda de apetite. Normalmente, um ou mais destes efeitos manifestam-se durante a primeira
semana após o início do tratamento. São normalmente problemas ligeiros ou moderados e diminuem
gradualmente durante o curso do tratamento.
Pode ocorrer de maneira muito comum pneumonia durante o tratamento. O seu médico pode
administrar-lhe também um antibiótico e/ou um tratamento antiviral para diminuir o risco de
desenvolvimento desta e de outras infecções.
Os efeitos secundários comuns causados por MabCampath incluem:
Perturbações cardíacas e sanguíneas: tensão arterial elevada, frequência cardíaca acelerada, sensação
do coração a bater muito rapidamente, espasmo dos vasos sanguíneos, vermelhidão da face, nódoas
negras na pele.
Sistema nervoso e órgãos do sentido especiais: alterações do paladar, sensação do tacto diminuída,
tonturas, sensação de vertigens, movimentos de estremecimento ou tremores, nervosismo, inflamação
dos olhos, formigueiros ou uma sensação de calor na pele.
Sistema gastrointestinal e hepático: dores abdominais, hemorragias do estômago ou do intestino,
distensão, irritação e/ou ulceração na região da boca, função hepática anormal, obstipação, indigestão,
meteorismo.
Sistema respiratório: inflamação, irritação e/ou sensação de aperto nos pulmões, garganta e /ou seios
nasais, muito pouco oxigénio a atingir os órgãos do corpo, tosse, tosse com expectoração de sangue.
Perturbações gerais: dores, vermelhidão ou inchaço no local da injecção, sensação geral de mal-estar,
fraqueza, dores em diversas regiões do corpo (músculos, costas, tórax, ossos, articulações), perda de
peso, desidratação, sede, excesso de fluidos no corpo, níveis baixos do cálcio e do sódio, sensação de
alteração da temperatura, sintomas do tipo gripal, abcessos, exantemas cutâneos, formação de
vesículas na pele, confusão, ansiedade, depressão, sonolência, insónia.
44
As infecções comuns incluem: pneumonias (bacteriana), candidíase (por fungos), herpes e zona (viral)
e infecções respiratórias, urinárias, gastrointestinas e outras infecções gerais de origem bacteriana.
Os efeitos secundários pouco comuns causados por MabCampath podem ter uma natureza mais grave
e incluem: doenças da medula óssea, doenças cardíacas (paragem do coração, crise cardíaca,
frequência cardíaca anormalmente rápida), doenças do sangue (coagulação anormal, proteína
diminuída, níveis baixos de potássio), hemorragia e inflamação das gengivas, hemorragias nasais,
fluido nos pulmões, dificuldade em respirar, exames pulmonares anormais, doenças dos gânglios
linfáticos, nervosismo, pensamentos anormais, sons na cabeça, surdez, função renal anormal,
diabetes, impotência, desmaio, vacilação, tensão muscular, edema à volta dos olhos, sensibilidade da
pele, reacção alérgica.
Um efeito secundário raro é uma perturbação especial (chamada síndrome de lise tumoral) que pode
começar com dores lombares e sangue na urina. Outro efeito secundário raro (chamada hemorragia
intracraniana) pode causar hemorragia no cérebro.
Ocorreram efeitos secundários graves, incluindo dificuldade em respirar, inflamação dos pulmões,
intensa falta de ar, desmaio, ataque cardíaco, níveis baixos dos glóbulos vermelhos e das plaquetas
sanguíneas, com evolução fatal em casos raros.
5.
CONSERVAÇÃO DE MABCAMPATH
Os frascos de MabCampath devem ser conservados num frigorífico (2°C-8°C). Os frascos devem ser
protegidos da luz e nunca devem ser congelados.
Não utilize MabCampath após expirar o prazo de validade indicado na embalagem exterior e no rótulo
do frasco.
Manter sempre este medicamento fora do alcance e da vista das crianças.
45
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular
da autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
N.V. Schering S.A.
J.E. Mommaertslaan 14
B-1831 Diegem
Tél/Tel: +32 271 285 00
Luxembourg/Luxemburg
N.V. Schering S.A.
J.E. Mommaertslaan 14
B-1831 Diegem
Belgique/Belgien
Tél/Tel: +32 271 285 00
Česká republika
Schering s.r.o. - člen koncernu
Šafaříkova 17
CZ-120 00 Praha 2
Tel: +420 271 730 661
Magyarország
Schering KFT
Szépvölgyi út 35-37
H-1037 Budapest
Tel: +36 1 453 80 10
Danmark
Schering AS
Herstedøstervej 27-29
DK-2620 Albertslund
Tlf: +45 43 29 09 99
Malta
Alfred Gera and Sons Ltd.
Triq il-Masgar
Qormi QRM09
Tel + 356 21 446113
Deutschland
MedacSchering Onkologie GmbH
Nördliche Auffahrtsallee 44
D-80638 München
Tel. +49 89 745 14480
Nederland
Schering Nederland B.V.
Postbus 116
1380 AC Weesp
Tel. +31 294 46 24 24
Eesti
UAB “Schering” Eesti filiaal
Pärnu mnt. 139 D
11317 Tallinn
Tel. +372 6 55 85 65
Norge
Schering Norge AS
Postboks 331
N-1326 Lysaker
Tlf: +47 67 59 20 00
Ελλάδα
Schering Ελλάς Α.Ε.
Κύπρου 12-14 & Λεωφ. Ηρακλείου 466
GR-141 22 Ηράκλειο
Tηλ: +30 210 2897800
Österreich
Schering Wien Ges.m.b.H.
Postfach 50
A-1147 Wien
Tel: +43 1 9 70 37
España
Schering España S.A.
C. Méndez Alvaro, 55
E-28045 Madrid
Tel: +34 91506 9350
Polska
Schering AG
Spółka Akcyjna
Oddział w Polsce
Ul. Migdałowa 4
PL-02-796 Warszawa
Tel: +48 22 645 13 00
France
Schering S.A.
Rue de Toufflers
F-59390 Lys-Lez-Lannoy
Tél. +33 3 20 20 80 80
Portugal
Schering Lusitana Lda.
Estrada Nacional 249, Km 15
P-2725-397 Mem Martins
Tel. +351 21 926 99 00
46
Ireland
HE Clissmann
44 Dartmouth Square
IRL-Dublin 6
Tel. +353 1 6 68 85 66
Slovenija
Schering AG Berlin, Podružnica za Slovenijo
Dunajska cesta 22
SI-1511 Ljubljana
Tel. +386 1 300 10 50
Ísland
Thorarensen Lyf ehf
Lynghálsi 13
IS-110 Reykjavík
Tel: +354 530 7100
Slovenská republika
Schering Slovakia s.r.o.
Obchodná ul. 2
SK-811 06 Bratislava
Tel: +421 2 54 41 03 17
Italia
Schering SpA
Via L. Mancinelli 11
I-20131 Milano
Tel: +39 0221 65 1
Suomi/Finland
Schering Oy
Pasilanraitio 9
FI-00240 Helsinki
Puh/Tel: +358 9 708 811
Κύπρος
A. Potamitis Medicare Ltd.
62, Arch. Kyprianou Avenue
CY-2059 Strovolos
Τηλ: +357 22 313611
Sverige
Schering Nordiska AB
Box 912
S-175 29 Järfälla
Tel: +46 8 728 42 00
Latvija
Schering UAB pārstāvniecība Latvijā
Ģertrūdes iela 3
LV-1010 Riga
Tel: +371 7 845563
United Kingdom
Schering Health Care Ltd.
The Brow
GB-Burgess Hill, West Sussex
RH15 9NE - UK
Tel: +44 (0) 845 6096767
Lietuva
UAB SCHERING
Vytenio, 4
LT-03113 Vilnius
Tel: +370 5 2336868
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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INFORMAÇÃO PARA OS MÉDICOS E PROFISSIONAIS DOS CUIDADOS DE SAÚDE
O conteúdo do frasco deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes
da administração. Se existirem partículas ou se a solução tiver cor, então o frasco não deve ser
utilizado.
Recomenda-se que MabCampath seja preparado para perfusão intravenosa utilizando técnicas
assépticas e que a solução diluída seja administrada no período de 8 horas após a preparação e
protegida da luz. A quantidade necessária do conteúdo do frasco deve ser adicionada a 100 ml de uma
solução de cloreto de sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido
suavemente para misturar a solução. Deve ter-se cuidado para assegurar a esterilidade da solução
preparada especialmente porque não contém conservantes antimicrobianos.
Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de
MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa.
As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath.
Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os
resíduos devem ser eliminados por incineração.
Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath.
Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de
quebra do frasco ou de qualquer outro derrame acidental.
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