ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO MabCampath 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada ampola contém 30 mg de alemtuzumab. Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética, específico de uma glicoproteína da superfície celular dos linfócitos 21-28 kD (CD52). O anticorpo é produzido por cultura de uma suspensão de células de mamíferos (ovário do hamster chinês) num meio nutritivo. Excipientes, ver a Secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Concentrado para solução para perfusão. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas MabCampath está indicado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC) que foram tratados com agentes alquilantes e que não conseguiram obter uma resposta completa ou parcial ou obtiveram apenas uma curta remissão (inferior a 6 meses) após a terapêutica com fosfato de fludarabina. 4.2 Posologia e modo de administração MabCampath deve ser administrado sob a vigilância de um médico com experiência no uso de terapêutica anticancerosa. A solução de MabCampath deve ser preparada de acordo com as instruções fornecidas na Secção 6.6. Todas as doses devem ser administradas por perfusão intravenosa durante aproximadamente 2 horas. Os doentes devem ser pré-medicados com um anti-histamínico e um analgésico apropriados antes da primeira dose, em cada aumento e antes das perfusões intravenosas subsequentes, conforme estiver clinicamente indicado (ver a Secção 4.4). Devem ser administrados por rotina antibióticos e antivirais a todos os doentes durante todo o tratamento e após este (ver a Secção 4.4). Durante a primeira semana de tratamento, MabCampath deve ser administrado em doses crescentes: 3 mg no dia 1, 10 mg no dia 2 e 30 mg no dia 3, desde que cada dose seja bem tolerada. Em seguida, a dose recomendada é de 30 mg por dia, administrada 3 vezes por semana em dias alternados até um máximo de 12 semanas. Na maioria dos doentes, o aumento da dose até 30 mg pode ser efectuado em 3-7 dias. No entanto, se ocorrerem reacções adversas agudas moderadas a graves devidas à libertação de citoquinas (hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios, exantemas cutâneos e broncospasmo) nos níveis de dose de 3 mg ou de 10 mg, então estas doses devem ser repetidas diariamente até serem bem toleradas antes antes de se tentar iniciar o aumento ulterior da dose (ver a Secção 4.4). 2 A maior parte das principais respostas ao MabCampath foram obtidas com durações de tratamento de 4-12 semanas. Assim que um doente satisfizer todos os critérios laboratoriais e clínicos de uma resposta completa, MabCampath deve ser interrompido e o doente monitorizado. Se um doente melhorar (i.e obtém uma resposta parcial ou doença estável) e depois atingir um nível de estabilização sem qualquer melhoria adicional durante 4 semanas ou mais, então MabCampath deve ser interrompido e o doente monitorizado. A terapêutica deve ser interrompida se houver indícios de progressão da doença. No caso de infecção grave ou de toxicidade hematológica severa, MabCampath deve ser interrompido até se resolver o efeito. Recomenda-se que MabCampath seja interrompido nos doentes cuja contagem plaquetária diminua para valores inferiores a 25.000/µl ou cuja contagem total de neutrófilos diminua para menos de 250/µl. MabCampath pode ser reinstituído após resolução da infecção ou toxicidade. O quadro seguinte indica em linhas gerais o procedimento recomendado para modificação das doses após ocorrência de toxicidade hematológica durante a terapêutica: Toxicidade hematológica Reinstituição de MabCampath (plaquetas < 25.000/µl e/ou contagem total de neutrófilos < 250/µl) Primeira ocorrência Após resolução, reinstituir na dose de 30 mg* Segunda ocorrência Após resolução, reinstituir na dose de 10 mg* Terceira ocorrência Interrupção permanente *Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído através do aumento gradual da dose Crianças e adolescentes (com menos de 17 anos): Não foram realizados estudos em crianças e adolescentes (ver a Secção 4.4). Idosos (com mais de 65 anos): As recomendações são como as acima indicadas para adultos. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados (ver a Secção 4.4). Doentes com insuficiência renal ou hepática: Não foram realizados estudos (ver a Secção 4.4). 4.3 Contra-indicações - hipersensibilidade ou reacções anafiláticas ao alemtuzumab, a proteínas de origem murina ou a qualquer dos excipientes; em doentes com infecções sistémicas activas; em doentes infectados com HIV; em doentes com neoplasias secundárias activas; gravidez e amamentação. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização As reacções adversas agudas, que podem ocorrer durante o aumento inicial da dose devido à libertação de citoquinas, incluem hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios e exantemas cutâneos. Se estas reacções forem moderadas a graves, então a posologia deve ser continuada no mesmo nível antes de cada aumento da dose, com pré-medicação apropriada, até cada dose ser bem tolerada. Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído com um aumento gradual da dose. Ocorreu hipotensão transitória em doentes medicados com MabCampath. Devem tomar-se precauções 3 ao tratar doentes com doença cardíaca isquémica ou com angina e/ou em doentes a tomar uma medicação anti-hipertensiva. Nesta população de doentes, foram observados enfarte do miocárdio e paragem cardíaca em associação com a perfusão com MabCampath. É recomendado que os doentes sejam pré-medicados com esteróides por via oral ou intravenosa, 30-60 minutos antes de cada perfusão de MabCampath durante o escalonamento da dose e conforme indicação clínica. A pré-medicação recomendada consiste em 100-200 mg de hidrocortisona, ou equivalente, que pode ser diminuída assim que se tiver efectuado o aumento da dose. Além disso, podem ser administrados um anti-histamínico oral, por exemplo 50 mg de difenidramina, e um analgésico, por exemplo 500 mg de paracetamol. Se persistirem reacções agudas à perfusão, pode prolongar-se a duração da perfusão até 8 horas desde a altura da reconstituição de MabCampath em solução para perfusão. Ocorre inevitavelmente uma depleção linfocitária profunda, um efeito farmacológico esperado de MabCampath, que pode ser prolongada. As contagens das células T CD4 e CD8 começam a aumentar a partir das semanas 8-12 durante o tratamento e continuam a recuperar durante vários meses após a interrupção do tratamento. O tempo mediano para atingir um nível de 200 células/µl é de 2 meses após a última perfusão com MabCampath, mas pode demorar 6 meses ou mais para se aproximar dos níveis pré-tratamento. Isto pode predispor os doentes a infecções oportunistas. Recomenda-se vivamente que seja iniciada profilaxia anti-infecciosa (p. ex. trimetoprim/sulfametoxazol 1 comprimido duas vezes por dia, 3 vezes por semana, ou outra profilaxia contra a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e um agente anti-herpético oral eficaz, como por exemplo o famciclovir, 250 mg duas vezes por dia) durante a terapêutica e que seja continuada após terminar o tratamento com MabCampath até a contagem de CD4+ ter recuperado para 200 células/µl ou mais. Se as contagens de CD4+ não forem alcançáveis, os doentes deverão manter a profilaxia anti-infecciosa durante 4 meses. Não é necessário suspender MabCampath no caso de ocorrer uma infecção oportunista durante o tratamento, dado que a população de células T já sofreu uma depleção. Devido ao potencial para uma doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) em doentes com linfopenia severa, os produtos derivados do sangue devem ser irradiados antes da utilização até resolução da linfopenia e, especialmente, até as células T terem atingido uma população adequada de pelo menos 200 células/µl ou mais. Ocorre muito frequentemente uma neutropenia transitória de grau 3 ou 4 por volta das semanas 5-8 após o início do tratamento. Ocorre muito frequentemente uma trombocitopenia transitória de grau 3 ou 4 durante as primeiras 2 semanas da terapêutica, começando depois a melhorar na maioria dos doentes. Portanto, está indicada a monitorização hematológica dos doentes. No caso de se desenvolver uma toxicidade hematológica severa, o tratamento com MabCampath deve ser interrompido até o efeito se resolver. O tratamento com MabCampath pode ser reinstituído após resolução da toxicidade hematológica (ver a Secção 4.2). Devem ser efectuados hemogramas e contagens plaquetárias em intervalos regulares durante a terapêutica com MabCampath e mais frequentemente em doentes que desenvolvam citopenias. Não se propõe que seja efectuada a monitorização regular e sistemática da expressão do CD52 como prática médica de rotina. Contudo, no caso de se considerar a repetição do tratamento, será prudente confirmar a presença da expressão do CD52. Os doentes podem ter reacções alérgicas ou de hipersensibilidade a MabCampath e a anticorpos monoclonais murinos ou quiméricos. Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath (ver as Secções 4.6 e 5.3). Não foram realizados estudos que abordem especificamente o efeito da idade na disposição e toxicidade de MabCampath. Em geral, os doentes mais velhos (com mais de 65 anos) têm uma menor 4 tolerância à terapêutica citotóxica do que os indivíduos mais jovens. Como a LLC ocorre normalmente neste grupo etário mais velho, estes doentes deve ser cuidadosamente monitorizados (ver a Secção 4.2). Não foram realizados estudos para investigar a segurança e a eficácia de MabCampath em crianças e em doentes com insuficiência renal ou hepática (ver a Secção 4.2). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não se efectuaram estudos formais de interacções medicamentosas com MabCampath. Não existem interacções conhecidas clinicamente significativas de MabCampath com outros medicamentos. Contudo, recomenda-se que MabCampath não seja administrado num período de 3 semanas após administração de outros agentes quimioterápicos. Embora não tenha sido estudado, recomenda-se que os doentes não tomem vacinas víricas vivas durante, pelo menos, 12 meses após a terapêutica com MabCampath. Não foi estudada a capacidade de produzir uma resposta primária ou humoral anamnéstica a qualquer vacina. 4.6 Gravidez e aleitamento Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath. Gravidez: MabCampath está contra-indicado durante a gravidez. Sabe-se que a IgG humana atravessa a barreira placentar; MabCampath também pode atravessar a barreira placentar e, deste modo, causar uma potencial depleção linfocitária das células B e T fetais. Não foram realizados estudos da reprodução em animais com MabCampath. Não se sabe se MabCampath pode causar lesão fetal quando administrado a uma mulher grávida ou se pode afectar a capacidade reprodutora. Aleitamento: MabCampath está contra-indicado durante a amamentação. Não se sabe se MabCampath é excretado no leite humano. A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento e durante pelo menos 4 semanas após a terapêutica com MabCampath. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, deve terse cuidado visto terem sido comunicadas confusão e sonolência. 4.8 Efeitos indesejáveis Pode esperar-se que mais de 80% dos doentes sofram reacções adversas; as reacções adversas mais comuns comunicadas ocorrem normalmente durante a primeira semana de tratamento. As frequências das reacções adversas abaixo citadas (muito comum > 10%, comum > 1-10%, pouco comum > 0,1-1%, rara > 0,01-0,1%, muito rara < 0,01%) baseiam-se em dados clínicos obtidos em doentes com LLC (consulte a tabela) e em dados após introdução no mercado. Reacções relacionadas com a perfusão: as reacções comunicadas com uma frequência muito comum (devido à libertação de citoquinas) consistiram em reacções relacionadas com a perfusão incluindo febre, calafrios, náuseas, vómitos, hipotensão, fadiga, exantema cutâneo, urticária, dispneia, cefaleias, prurido e diarreia. A maioria destas reacções têm uma gravidade ligeira a moderada. Reacções adversas, incluindo broncospasmo, síncope, infiltrados pulmonares, dificuldade respiratória aguda, paragem respiratória, enfarte do miocárdio e paragem cardíaca, ocorreram em associação com a 5 libertação de citoquinas, com evolução fatal em casos raros. As reacções agudas relacionadas com a perfusão ocorrem normalmente durante a primeira semana de terapêutica, diminuindo consideravelmente em seguida. As reacções relacionadas com a perfusão de graus 3 ou 4 são pouco comuns após a primeira semana de terapêutica. Estes sintomas podem ser melhorados ou evitados se utilizar a pré-medicação e o aumento da dose (ver a Secção 4.4). Infecções: foram comunicadas infecções de graus 3 ou 4 com uma frequência muito comum incluindo herpes simples e pneumonia com uma gravidade de graus 3 ou 4. Infecções oportunistas, incluindo a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC), citomegalovírus (CMV), pneumonia por Aspergillus e herpes zoster ocorrem com uma frequência comum. A mucormicose rinocerebral foi comunicada, mas é pouco comum. Ocorreram outras infecções virais (por exemplo, adenovírus, parainfluenza, hepatite B), bacterianas (incluindo a tuberculose e micobacterioses atípicas, nocardiose) e fúngicas, graves e por vezes fatais, durante o período de farmacovigilância após introdução no mercado. O tratamento profiláctico anti-infeccioso recomendado parece ser eficaz para reduzir o risco de PPC e herpes zoster. (ver a Secção 4.4). Reacções hematológicas: foram comunicadas reacções hemorrágicas graves com uma frequência comum. Foi comunicada pancitopenia com uma frequência comum e pode ter uma gravidade de graus 3 ou 4 ou ser de natureza grave. Ocorreram anemia hemolítica autoimune e trombocitopenia autoimune com evolução fatal em casos raros. O quadro abaixo descreve as reacções adversas, comunicadas nos ensaios clínicos de LLC, por sistema orgânico e em ordem descendente de gravidade: Sistema orgânico Muito comum Local de administração Corpo como um todo - gerais Calafrios Febre Fadiga Anorexia Cardiovascular Hipotensão Nervoso central e Cefaleias periférico incluindo visão, audição e sentidos especiais Reacções adversas e infecções Comum Pouco comum Reacção no local de injecção Equimose no local de injecção Dermatite no local de injecção Dor no local de injecção Dores de costas Síncope Febre neutropénica Edema periférico Dor torácica Dores nas pernas Dores Reacção alérgica Edema da boca Astenia Mal-estar Sintomas tipo gripal Edema Sensação de alteração da temperatura Hipertensão Paragem cardíaca Taquicardia Enfarte do miocárdio Vasospasmo Fibrilhação auricular Rubores Taquicardia supraventricular Palpitações ECG anormal Arritmia Bradicardia Perda do paladar Marcha anormal Tremores Endoftalmite Hipostesia Distonia Tonturas Hiperestesia Hipercinesia Hipertonia Conjuntivite Surdez Parestesia Tinido Vertigens Perversão do paladar Neuropatia 6 Gastrointestinal, hepático e biliar Hematológico Metabólico e da nutrição Músculoesquelético Neoplasia Psiquiátrico Mecanismo de resistência Respiratório Pele e faneras Vómitos Náuseas Diarreia Dor abdominal Hemorragia gastrointestinal Estomatite Mucosite Função hepática anormal Obstipação Dispepsia Estomatite ulcerosa Flatulência Granulocitopenia Pancitopenia Trombocitopenia Leucopenia Anemia Linfopenia Púrpura Hiponatremia Desidratação Diminuição do peso Hipocalcemia Sede Dores esqueléticas Artralgia Mialgias Confusão Ansiedade Sonolência Depressão Insónia Sepsia Infecção por citomegalovírus Herpes simplex Infecção por Pneumocystis carinii Monilíase Herpes zoster Infecção Infecção fúngica Abcesso Pneumonia Pneumonite Dispneia Broncospasmo Sinusite Tosse Hipóxia Infecção das vias respiratórias superiores Bronquite Faringite Hemoptise Urticária Exantema eritematoso Exantema cutâneo Erupção vesicular Prurido Sudação aumentada 7 Gastroenterite Gengivite Eructações Soluços Boca seca Ulceração mucosa Ulceração da língua Aplasia da medula óssea Haptoglobina diminuída Coagulação intravascular disseminada Anemia hemolítica Depressão medular Epistáxis Hemorragia das gengivas Valores hematológicos anormais Diabetes mellitus agravada Edema periorbitário Hipocaliemia Afecção tipo linfoma Nervosismo Pensamentos anormais Despersonalização Impotência Perturbações da personalidade Infecção viral Infecção bacteriana Edema pulmonar Estridor Infiltração pulmonar Afecção respiratória Diminuição dos sons respiratórios Laringite Rinite Aperto na garganta Derrame pleural Dermatite fúngica Onicomicose Exantema máculo-papular Afecção cutânea Urinário Infecção das vias urinárias Função renal anormal Poliúria Hematúria Incontinência urinária Fluxo urinário diminuído Dados adicionais após introdução no mercado Doenças do metabolismo e da nutrição: ocorreu em casos raros síndrome de lise tumoral. Doenças do sistema nervoso central e periférico: ocorreu em casos raros hemorragia intracraniana. 4.9 Sobredosagem Doentes receberam doses unitárias repetidas até 240 mg de MabCampath. A frequência de efeitos adversos de grau 3 ou 4, como febre, hipotensão e anemia, pode ser mais elevada nestes doentes. Não existe nenhum antídoto específico conhecido para a sobredosagem com MabCampath. O tratamento consiste na interrupção de MabCampath e em medidas terapêuticas de suporte. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C. Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética, específico da glicoproteína da superfície celular de linfócitos 21-28 kD (CD52) expressa principalmente na superfície celular dos linfócitos B e T do sangue periférico normais e malignos. Alemtuzumab foi produzido através da inserção de seis regiões determinantes da complementaridade de um anticorpo monoclonal IgG2a de rato numa molécula da imunoglobulina IgG1 humana. Alemtuzumab causa lise de linfócitos por ligação a CD52, um antigénio altamente expresso, não modulador que está presente na superfície celular de praticamente todos os linfócitos B e T assim como de monócitos, timócitos e macrófagos. O anticorpo medeia a lise de linfócitos através da fixação do complemento e da citotoxicidade por mediação celular dependente dos anticorpos. O antigénio foi detectado numa pequena percentagem (< 5%) de granulócitos mas não em eritrócitos nem em plaquetas. Parece que alemtuzumab não lesa as células-mãe ou células progenitoras hematopoiéticas. A determinação da eficácia de MabCampath nas taxas globais de resposta e de sobrevida. Os dados disponíveis obtidos em três estudos não controlados sobre B-CLL estão resumidos na tabela seguinte: Parâmetros de eficácia Número de doentes Grupo de diagnóstico Idade mediana (anos) Características da doença (%) Estadio III/IV de Rai Doentes com sintomas de B-CLL Estudo 1 93 Doentes com B-CLL que receberam um agente alquilante e que não responderam à fludarabina Estudo 2 32 Doentes com B-CLL que não responderam ou que recidivaram após tratamento com quimioterapia convencional 66 57 Estudo 3 24 Doentes com B-CLL (juntamente com um doente com PLL) que não responderam ou que recidivaram após tratamento com fludarabina 62 76 42 72 31 71 21 8 Terapêuticas anteriores (%): Agentes alquilantes Fludarabina Número de regimes anteriores (intervalo) Regime posológico inicial Regime posológico final Taxa de resposta global (%) (Intervalo de confiança de 95%) Resposta completa Resposta parcial Duração mediana da resposta (meses) (Intervalo de confiança de 95%) Tempo mediano até à resposta (meses) (Intervalo de confiança de 95%) Sobrevida sem progressão (meses) (Intervalo de confiança de 95%) Sobrevida (meses): (Intervalo de confiança de 95%) Todos os doentes Respondedores NA = não atingido 5.2 100 100 100 34 92 100 3 (2-7) Aumento gradual de 3 para 10 para 30 mg 30 mg iv 3 x semana 33 (23-43) 2 31 7 (5-8) 2 (1-2) 4 (3 - 5) 3 (1-10) Aumento gradual de 10 para 30 mg 30 mg iv 3 x semana 21 (8-33) 0 21 7 (5-23) 4 (1-5) 5 (3 - 7) 3 (1-8) Aumento gradual de 10 para 30 mg 30 mg iv 3 x semana 29 (11-47) 0 29 11 (6-19) 4 (2-4) 7 (3 - 9) 16 (12-22) 33 (26-NA) 26 (12-44) 44 (28-NA) 28 (7-33) 36 (19-NA) Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética foi caracterizada em doentes com leucemia linfocítica crónica das células B (LLCB), não tratados anteriormente com MabCampath, e que tinham sido submetidos a terapêutica prévia mal sucedida com análogos da purina. MabCampath foi administrado por perfusão intravenosa durante 2 horas, no esquema posológico recomendado, começando numa dose de 3 mg e aumentando para 30 mg, 3 vezes por semana, durante um período de 12 semanas. A farmacocinética de MabCampath seguiu um modelo bicompartimental e apresentou uma cinética de eliminação não linear. Após a última dose de 30 mg, o volume de distribuição mediano em estado de equilíbrio foi de 0,15 l/kg (intervalo: 0,1-0,4 l/kg), indicando que a distribuição foi efectuada principalmente nos compartimentos do fluido extracelular e plasmático. A depuração sistémica diminuiu com a administração repetida devido a uma depuração diminuída mediada pelos receptores (i.e. perda de receptores de CD52 na periferia). Com a administração repetida e a acumulação da concentração plasmática consequente, a taxa de eliminação aproximou-se de uma cinética de ordem zero. Como tal, a semivida foi de 8 horas (intervalo: 2-32 horas) após a primeira dose de 30 mg e foi de 6 dias (intervalo: 1-14 dias) após a última dose de 30 mg. Foram atingidas concentrações em estado de equilíbrio após cerca de 6 semanas de administração. Não se observaram diferenças aparentes na farmacocinética entre homens e mulheres nem foi observado qualquer efeito aparente da idade. 5.3 Dados de segurança pré-clínica A avaliação pré-clínica do alemtuzumab em animais limitou-se ao macaco cinomolgo devido à ausência de expressão do antigénio CD52 em espécies não primatas. Nesta espécie, a linfocitopenia foi o efeito relacionado com o tratamento mais comum. Observou-se um ligeiro efeito cumulativo sobre o grau de depleção de linfócitos em estudos de doses repetidas em relação aos estudos de dose única. A depleção linfocitária foi rapidamente reversível após paragem da administração. Observou-se neutropenia reversível após administração intravenosa ou subcutânea diária durante 30 dias, mas não após doses únicas ou após administração diária durante 14 dias. Os resultados da histopatologia de amostras da medula óssea não revelaram alterações importantes atribuíveis ao tratamento. Doses intravenosas únicas de 10 e de 30 mg/kg produziram uma hipotensão moderada a ligeira relacionada com a dose acompanhada por uma ligeira taquicardia. Observou-se a ligação do Fab de MabCampath em tecidos linfóides e no sistema fagocitário 9 mononuclear. Uma ligação significativa do Fab foi também observada no tracto reprodutor masculino (epidídimo, espermatozóides, vesículas seminais) e na pele. Não foram feitas outras observações nos estudos de toxicidade acima citados que dessem informações com relevância significativa para o uso clínico. Não foram realizados estudos em animais a curto ou a longo prazo com MabCampath para avaliar o potencial carcinogénico e mutagénico. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Ededato dissódico Polissorbato 80 Solução salina com tampão fosfato constituída por: Cloreto de potássio Dihidrogenofosfato de potássio Cloreto de sódio Hidrogenofosfato dissódico Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Este medicamento não deve ser reconstituído com outros solventes, excepto os mencionados na Secção 6.6. Não se conhecem incompatibilidades com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 3 anos. Solução reconstituída: MabCampath não contém conservantes antimicrobianos. MabCampath deve ser utilizado num período de 8 horas após a diluição. As soluções podem ser conservadas a 15°C-30°C ou refrigeradas. Neste caso só pode ser aceite se a preparação da solução for efectuada em condições assépticas rigorosas e a solução estiver protegida da luz. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar num frigorífico 2°C-8°C Não congelar. Proteger da luz. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Ampolas de 5 ml, transparentes, de vidro tipo I, contendo 3 ml de um concentrado incolor. Tamanho das embalagens: caixa de 3 ampolas. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O conteúdo da ampola deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes da administração. Se existirem partículas ou se o concentrado tiver cor, então a ampola não deve ser utilizada. 10 MabCampath não contém conservantes antimicrobianos, portanto, recomenda-se que seja preparado utilizando técnicas assépticas e que a solução diluída seja administrada num período de 8 horas após a preparação. A quantidade necessária do conteúdo da ampola deve ser adicionada através de um filtro de 5 µm, sem fibras, de baixa ligação às proteínas, estéril, a 100 ml de uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido suavemente para misturar a solução. Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa. As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath. Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração. Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath. Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de quebra da ampola ou de qualquer outro derrame acidental. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO ILEX Pharmaceuticals Ltd 1&3 Frederick Sanger Road The Surrey Research Park Guildford Surrey GU2 7YD Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/193/001 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 06/07/2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 11 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO MabCampath 30 mg/ml concentrado para solução para perfusão. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco contém 30 mg de alemtuzumab. Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética, específico de uma glicoproteína da superfície celular dos linfócitos 21-28 kD (CD52). O anticorpo é produzido por cultura de uma suspensão de células de mamíferos (ovário do hamster chinês) num meio nutritivo. Excipientes, ver a Secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Concentrado para solução para perfusão. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas MabCampath está indicado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC) que foram tratados com agentes alquilantes e que não conseguiram obter uma resposta completa ou parcial ou obtiveram apenas uma curta remissão (inferior a 6 meses) após a terapêutica com fosfato de fludarabina. 4.2 Posologia e modo de administração MabCampath deve ser administrado sob a vigilância de um médico com experiência no uso de terapêutica anticancerosa. A solução de MabCampath deve ser preparada de acordo com as instruções fornecidas na Secção 6.6. Todas as doses devem ser administradas por perfusão intravenosa durante aproximadamente 2 horas. Os doentes devem ser pré-medicados com um anti-histamínico e um analgésico apropriados antes da primeira dose, em cada aumento e antes das perfusões intravenosas subsequentes, conforme estiver clinicamente indicado (ver a Secção 4.4). Devem ser administrados por rotina antibióticos e antivirais a todos os doentes durante todo o tratamento e após este (ver a Secção 4.4). Durante a primeira semana de tratamento, MabCampath deve ser administrado em doses crescentes: 3 mg no dia 1, 10 mg no dia 2 e 30 mg no dia 3, desde que cada dose seja bem tolerada. Em seguida, a dose recomendada é de 30 mg por dia, administrada 3 vezes por semana em dias alternados até um máximo de 12 semanas. Na maioria dos doentes, o aumento da dose até 30 mg pode ser efectuado em 3-7 dias. No entanto, se ocorrerem reacções adversas agudas moderadas a graves devidas à libertação de citoquinas (hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios, exantemas cutâneos e broncospasmo) nos níveis de dose de 3 mg ou de 10 mg, então estas doses devem ser repetidas diariamente até serem bem toleradas antes antes de se tentar iniciar o aumento ulterior da dose (ver a Secção 4.4). 12 A maior parte das principais respostas ao MabCampath foram obtidas com durações de tratamento de 4-12 semanas. Assim que um doente satisfizer todos os critérios laboratoriais e clínicos de uma resposta completa, MabCampath deve ser interrompido e o doente monitorizado. Se um doente melhorar (i.e obtém uma resposta parcial ou doença estável) e depois atingir um nível de estabilização sem qualquer melhoria adicional durante 4 semanas ou mais, então MabCampath deve ser interrompido e o doente monitorizado. A terapêutica deve ser interrompida se houver indícios de progressão da doença. No caso de infecção grave ou de toxicidade hematológica severa, MabCampath deve ser interrompido até se resolver o efeito. Recomenda-se que MabCampath seja interrompido nos doentes cuja contagem plaquetária diminua para valores inferiores a 25.000/µl ou cuja contagem total de neutrófilos diminua para menos de 250/µl. MabCampath pode ser reinstituído após resolução da infecção ou toxicidade. O quadro seguinte indica em linhas gerais o procedimento recomendado para modificação das doses após ocorrência de toxicidade hematológica durante a terapêutica: Toxicidade hematológica Reinstituição de MabCampath (plaquetas < 25.000/µl e/ou contagem total de neutrófilos < 250/µl) Primeira ocorrência Após resolução, reinstituir na dose de 30 mg* Segunda ocorrência Após resolução, reinstituir na dose de 10 mg* Terceira ocorrência Interrupção permanente *Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído através do aumento gradual da dose Crianças e adolescentes (com menos de 17 anos): Não foram realizados estudos em crianças e adolescentes (ver a Secção 4.4). Idosos (com mais de 65 anos): As recomendações são como as acima indicadas para adultos. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados (ver a Secção 4.4). Doentes com insuficiência renal ou hepática: Não foram realizados estudos (ver a Secção 4.4). 4.3 Contra-indicações - hipersensibilidade ou reacções anafiláticas ao alemtuzumab, a proteínas de origem murina ou a qualquer dos excipientes; em doentes com infecções sistémicas activas; em doentes infectados com HIV; em doentes com neoplasias secundárias activas; gravidez e amamentação. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização As reacções adversas agudas, que podem ocorrer durante o aumento inicial da dose devido à libertação de citoquinas, incluem hipotensão, calafrios, febre, dificuldade respiratória, arrepios e exantemas cutâneos. Se estas reacções forem moderadas a graves, então a posologia deve ser continuada no mesmo nível antes de cada aumento da dose, com pré-medicação apropriada, até cada dose ser bem tolerada. Se a terapêutica for suspensa durante mais de 7 dias, MabCampath deve ser reinstituído com um aumento gradual da dose. Ocorreu hipotensão transitória em doentes medicados com MabCampath. Devem tomar-se precauções 13 ao tratar doentes com doença cardíaca isquémica ou com angina e/ou em doentes a tomar uma medicação anti-hipertensiva. Nesta população de doentes, foram observados enfarte do miocárdio e paragem cardíaca em associação com a perfusão com MabCampath. É recomendado que os doentes sejam pré-medicados com esteróides por via oral ou intravenosa, 30-60 minutos antes de cada perfusão de MabCampath durante o escalonamento da dose e conforme indicação clínica. A pré-medicação recomendada consiste em 100-200 mg de hidrocortisona, ou equivalente, que pode ser diminuída assim que se tiver efectuado o aumento da dose. Além disso, podem ser administrados um anti-histamínico oral, por exemplo 50 mg de difenidramina, e um analgésico, por exemplo 500 mg de paracetamol. Se persistirem reacções agudas à perfusão, pode prolongar-se a duração da perfusão até 8 horas desde a altura da reconstituição de MabCampath em solução para perfusão. Ocorre inevitavelmente uma depleção linfocitária profunda, um efeito farmacológico esperado de MabCampath, que pode ser prolongada. As contagens das células T CD4 e CD8 começam a aumentar a partir das semanas 8-12 durante o tratamento e continuam a recuperar durante vários meses após a interrupção do tratamento. O tempo mediano para atingir um nível de 200 células/µl é de 2 meses após a última perfusão com MabCampath, mas pode demorar 6 meses ou mais para se aproximar dos níveis pré-tratamento. Isto pode predispor os doentes a infecções oportunistas. Recomenda-se vivamente que seja iniciada profilaxia anti-infecciosa (p. ex. trimetoprim/sulfametoxazol 1 comprimido duas vezes por dia, 3 vezes por semana, ou outra profilaxia contra a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e um agente anti-herpético oral eficaz, como por exemplo o famciclovir, 250 mg duas vezes por dia) durante a terapêutica e que seja continuada após terminar o tratamento com MabCampath até a contagem de CD4+ ter recuperado para 200 células/µl ou mais. Se as contagens de CD4+ não forem alcançáveis, os doentes deverão manter a profilaxia anti-infecciosa durante 4 meses. Não é necessário suspender MabCampath no caso de ocorrer uma infecção oportunista durante o tratamento, dado que a população de células T já sofreu uma depleção. Devido ao potencial para uma doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) em doentes com linfopenia severa, os produtos derivados do sangue devem ser irradiados antes da utilização até resolução da linfopenia e, especialmente, até as células T terem atingido uma população adequada de pelo menos 200 células/µl ou mais. Ocorre muito frequentemente uma neutropenia transitória de grau 3 ou 4 por volta das semanas 5-8 após o início do tratamento. Ocorre muito frequentemente uma trombocitopenia transitória de grau 3 ou 4 durante as primeiras 2 semanas da terapêutica, começando depois a melhorar na maioria dos doentes. Portanto, está indicada a monitorização hematológica dos doentes. No caso de se desenvolver uma toxicidade hematológica severa, o tratamento com MabCampath deve ser interrompido até o efeito se resolver. O tratamento com MabCampath pode ser reinstituído após resolução da toxicidade hematológica (ver a Secção 4.2). Devem ser efectuados hemogramas e contagens plaquetárias em intervalos regulares durante a terapêutica com MabCampath e mais frequentemente em doentes que desenvolvam citopenias. Não se propõe que seja efectuada a monitorização regular e sistemática da expressão do CD52 como prática médica de rotina. Contudo, no caso de se considerar a repetição do tratamento, será prudente confirmar a presença da expressão do CD52. Os doentes podem ter reacções alérgicas ou de hipersensibilidade a MabCampath e a anticorpos monoclonais murinos ou quiméricos. Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath (ver as Secções 4.6 e 5.3). Não foram realizados estudos que abordem especificamente o efeito da idade na disposição e toxicidade de MabCampath. Em geral, os doentes mais velhos (com mais de 65 anos) têm uma menor 14 tolerância à terapêutica citotóxica do que os indivíduos mais jovens. Como a LLC ocorre normalmente neste grupo etário mais velho, estes doentes deve ser cuidadosamente monitorizados (ver a Secção 4.2). Não foram realizados estudos para investigar a segurança e a eficácia de MabCampath em crianças e em doentes com insuficiência renal ou hepática (ver a Secção 4.2). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não se efectuaram estudos formais de interacções medicamentosas com MabCampath. Não existem interacções conhecidas clinicamente significativas de MabCampath com outros medicamentos. Contudo, recomenda-se que MabCampath não seja administrado num período de 3 semanas após administração de outros agentes quimioterápicos. Embora não tenha sido estudado, recomenda-se que os doentes não tomem vacinas víricas vivas durante, pelo menos, 12 meses após a terapêutica com MabCampath. Não foi estudada a capacidade de produzir uma resposta primária ou humoral anamnéstica a qualquer vacina. 4.6 Gravidez e aleitamento Os homens e mulheres com potencial de procriação devem utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento e durante 6 meses após a terapêutica com MabCampath. Gravidez: MabCampath está contra-indicado durante a gravidez. Sabe-se que a IgG humana atravessa a barreira placentar; MabCampath também pode atravessar a barreira placentar e, deste modo, causar uma potencial depleção linfocitária das células B e T fetais. Não foram realizados estudos da reprodução em animais com MabCampath. Não se sabe se MabCampath pode causar lesão fetal quando administrado a uma mulher grávida ou se pode afectar a capacidade reprodutora. Aleitamento: MabCampath está contra-indicado durante a amamentação. Não se sabe se MabCampath é excretado no leite humano. A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento e durante pelo menos 4 semanas após a terapêutica com MabCampath. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, deve terse cuidado visto terem sido comunicadas confusão e sonolência. 4.9 Efeitos indesejáveis Pode esperar-se que mais de 80% dos doentes sofram reacções adversas; as reacções adversas mais comuns comunicadas ocorrem normalmente durante a primeira semana de tratamento. As frequências das reacções adversas abaixo citadas (muito comum > 10%, comum > 1-10%, pouco comum > 0,1-1%, rara > 0,01-0,1%, muito rara < 0,01%) baseiam-se em dados clínicos obtidos em doentes com LLC (consulte a tabela) e em dados após introdução no mercado. Reacções relacionadas com a perfusão: as reacções comunicadas com uma frequência muito comum (devido à libertação de citoquinas) consistiram em reacções relacionadas com a perfusão incluindo febre, calafrios, náuseas, vómitos, hipotensão, fadiga, exantema cutâneo, urticária, dispneia, cefaleias, prurido e diarreia. A maioria destas reacções têm uma gravidade ligeira a moderada. Reacções adversas, incluindo broncospasmo, síncope, infiltrados pulmonares, dificuldade respiratória aguda, paragem respiratória, enfarte do miocárdio e paragem cardíaca, ocorreram em associação com a 15 libertação de citoquinas, com evolução fatal em casos raros. As reacções agudas relacionadas com a perfusão ocorrem normalmente durante a primeira semana de terapêutica, diminuindo consideravelmente em seguida. As reacções relacionadas com a perfusão de graus 3 ou 4 são pouco comuns após a primeira semana de terapêutica. Estes sintomas podem ser melhorados ou evitados se utilizar a pré-medicação e o aumento da dose (ver a Secção 4.4). Infecções: foram comunicadas infecções de graus 3 ou 4 com uma frequência muito comum incluindo herpes simples e pneumonia com uma gravidade de graus 3 ou 4. Infecções oportunistas, incluindo a pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC), citomegalovírus (CMV), pneumonia por Aspergillus e herpes zoster ocorrem com uma frequência comum. A mucormicose rinocerebral foi comunicada, mas é pouco comum. Ocorreram outras infecções virais (por exemplo, adenovírus, parainfluenza, hepatite B), bacterianas (incluindo a tuberculose e micobacterioses atípicas, nocardiose) e fúngicas, graves e por vezes fatais, durante o período de farmacovigilância após introdução no mercado. O tratamento profiláctico anti-infeccioso recomendado parece ser eficaz para reduzir o risco de PPC e herpes zoster. (ver a Secção 4.4). Reacções hematológicas: foram comunicadas reacções hemorrágicas graves com uma frequência comum. Foi comunicada pancitopenia com uma frequência comum e pode ter uma gravidade de graus 3 ou 4 ou ser de natureza grave. Ocorreram anemia hemolítica autoimune e trombocitopenia autoimune com evolução fatal em casos raros. O quadro abaixo descreve as reacções adversas, comunicadas nos ensaios clínicos de LLC, por sistema orgânico e em ordem descendente de gravidade: Sistema orgânico Muito comum Local de administração Corpo como um todo - gerais Calafrios Febre Fadiga Anorexia Cardiovascular Hipotensão Nervoso central e Cefaleias periférico incluindo visão, audição e sentidos especiais Reacções adversas e infecções Comum Pouco comum Reacção no local de injecção Equimose no local de injecção Dermatite no local de injecção Dor no local de injecção Dores de costas Síncope Febre neutropénica Edema periférico Dor torácica Dores nas pernas Dores Reacção alérgica Edema da boca Astenia Mal-estar Sintomas tipo gripal Edema Sensação de alteração da temperatura Hipertensão Paragem cardíaca Taquicardia Enfarte do miocárdio Vasospasmo Fibrilhação auricular Rubores Taquicardia supraventricular Palpitações ECG anormal Arritmia Bradicardia Perda do paladar Marcha anormal Tremores Endoftalmite Hipostesia Distonia Tonturas Hiperestesia Hipercinesia Hipertonia Conjuntivite Surdez Parestesia Tinido Vertigens Perversão do paladar Neuropatia 16 Gastrointestinal, hepático e biliar Hematológico Metabólico e da Nutrição MúsculoEsquelético Neoplasia Psiquiátrico Mecanismo de Resistência Respiratório Pele e faneras Vómitos Náuseas Diarreia Dor abdominal Hemorragia gastrointestinal Estomatite Mucosite Função hepática anormal Obstipação Dispepsia Estomatite ulcerosa Flatulência Granulocitopenia Pancitopenia Trombocitopenia Leucopenia Anemia Linfopenia Púrpura Hiponatremia Desidratação Diminuição do peso Hipocalcemia Sede Dores esqueléticas Artralgia Mialgias Confusão Ansiedade Sonolência Depressão Insónia Sepsia Infecção por citomegalovírus Herpes simplex Infecção por Pneumocystis carinii Monilíase Herpes zoster Infecção Infecção fúngica Abcesso Pneumonia Pneumonite Dispneia Broncospasmo Sinusite Tosse Hipóxia Infecção das vias respiratórias superiores Bronquite Faringite Hemoptise Urticária Exantema eritematoso Exantema cutâneo Erupção vesicular Prurido Sudação aumentada 17 Gastroenterite Gengivite Eructações Soluços Boca seca Ulceração mucosa Ulceração da língua Aplasia da medula óssea Haptoglobina diminuída Coagulação intravascular disseminada Anemia hemolítica Depressão medular Epistáxis Hemorragia das gengivas Valores hematológicos anormais Diabetes mellitus agravada Edema periorbitário Hipocaliemia Afecção tipo linfoma Nervosismo Pensamentos anormais Despersonalização Impotência Perturbações da personalidade Infecção viral Infecção bacteriana Edema pulmonar Estridor Infiltração pulmonar Afecção respiratória Diminuição dos sons respiratórios Laringite Rinite Aperto na garganta Derrame pleural Dermatite fúngica Onicomicose Exantema máculo-papular Afecção cutânea Urinário Infecção das vias urinárias Função renal anormal Poliúria Hematúria Incontinência urinária Fluxo urinário diminuído Dados adicionais após introdução no mercado Doenças do metabolismo e da nutrição: ocorreu em casos raros síndrome de lise tumoral. Doenças do sistema nervoso central e periférico: ocorreu em casos raros hemorragia intracraniana. 4.9 Sobredosagem Doentes receberam doses unitárias repetidas até 240 mg de MabCampath. A frequência de efeitos adversos de grau 3 ou 4, como febre, hipotensão e anemia, pode ser mais elevada nestes doentes. Não existe nenhum antídoto específico conhecido para a sobredosagem com MabCampath. O tratamento consiste na interrupção de MabCampath e em medidas terapêuticas de suporte. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C. Alemtuzumab é um anticorpo monoclonal IgG1κ humanizado produzido por engenharia genética, específico da glicoproteína da superfície celular de linfócitos 21-28 kD (CD52) expressa principalmente na superfície celular dos linfócitos B e T do sangue periférico normais e malignos. Alemtuzumab foi produzido através da inserção de seis regiões determinantes da complementaridade de um anticorpo monoclonal IgG2a de rato numa molécula da imunoglobulina IgG1 humana. Alemtuzumab causa lise de linfócitos por ligação a CD52, um antigénio altamente expresso, não modulador que está presente na superfície celular de praticamente todos os linfócitos B e T assim como de monócitos, timócitos e macrófagos. O anticorpo medeia a lise de linfócitos através da fixação do complemento e da citotoxicidade por mediação celular dependente dos anticorpos. O antigénio foi detectado numa pequena percentagem (< 5%) de granulócitos mas não em eritrócitos nem em plaquetas. Parece que alemtuzumab não lesa as células-mãe ou células progenitoras hematopoiéticas. A determinação da eficácia de MabCampath nas taxas globais de resposta e de sobrevida. Os dados disponíveis obtidos em três estudos não controlados sobre B-CLL estão resumidos na tabela seguinte: Parâmetros de eficácia Número de doentes Grupo de diagnóstico Idade mediana (anos) Características da doença (%) Estadio III/IV de Rai Doentes com sintomas de B-CLL Estudo 1 93 Doentes com B-CLL que receberam um agente alquilante e que não responderam à fludarabina Estudo 2 32 Doentes com B-CLL que não responderam ou que recidivaram após tratamento com quimioterapia convencional 66 57 Estudo 3 24 Doentes com B-CLL (juntamente com um doente com PLL) que não responderam ou que recidivaram após tratamento com fludarabina 62 76 42 72 31 71 21 18 Terapêuticas anteriores (%): Agentes alquilantes Fludarabina Número de regimes anteriores (intervalo) Regime posológico inicial Regime posológico final Taxa de resposta global (%) (Intervalo de confiança de 95%) Resposta completa Resposta parcial Duração mediana da resposta (meses) (Intervalo de confiança de 95%) Tempo mediano até à resposta (meses) (Intervalo de confiança de 95%) Sobrevida sem progressão (meses) (Intervalo de confiança de 95%) Sobrevida (meses): (Intervalo de confiança de 95%) Todos os doentes Respondedores NA = não atingido 5.2 100 100 100 34 92 100 3 (2-7) Aumento gradual de 3 para 10 para 30 mg 30 mg iv 3 x semana 33 (23-43) 2 31 7 (5-8) 2 (1-2) 4 (3 - 5) 3 (1-10) Aumento gradual de 10 para 30 mg 30 mg iv 3 x semana 21 (8-33) 0 21 7 (5-23) 4 (1-5) 5 (3 - 7) 3 (1-8) Aumento gradual de 10 para 30 mg 30 mg iv 3 x semana 29 (11-47) 0 29 11 (6-19) 4 (2-4) 7 (3 - 9) 16 (12-22) 33 (26-NA) 26 (12-44) 44 (28-NA) 28 (7-33) 36 (19-NA) Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética foi caracterizada em doentes com leucemia linfocítica crónica das células B (LLCB), não tratados anteriormente com MabCampath, e que tinham sido submetidos a terapêutica prévia mal sucedida com análogos da purina. MabCampath foi administrado por perfusão intravenosa durante 2 horas, no esquema posológico recomendado, começando numa dose de 3 mg e aumentando para 30 mg, 3 vezes por semana, durante um período de 12 semanas. A farmacocinética de MabCampath seguiu um modelo bicompartimental e apresentou uma cinética de eliminação não linear. Após a última dose de 30 mg, o volume de distribuição mediano em estado de equilíbrio foi de 0,15 l/kg (intervalo: 0,1-0,4 l/kg), indicando que a distribuição foi efectuada principalmente nos compartimentos do fluido extracelular e plasmático. A depuração sistémica diminuiu com a administração repetida devido a uma depuração diminuída mediada pelos receptores (i.e. perda de receptores de CD52 na periferia). Com a administração repetida e a acumulação da concentração plasmática consequente, a taxa de eliminação aproximou-se de uma cinética de ordem zero. Como tal, a semivida foi de 8 horas (intervalo: 2-32 horas) após a primeira dose de 30 mg e foi de 6 dias (intervalo: 1-14 dias) após a última dose de 30 mg. Foram atingidas concentrações em estado de equilíbrio após cerca de 6 semanas de administração. Não se observaram diferenças aparentes na farmacocinética entre homens e mulheres nem foi observado qualquer efeito aparente da idade. 5.3 Dados de segurança pré-clínica A avaliação pré-clínica do alemtuzumab em animais limitou-se ao macaco cinomolgo devido à ausência de expressão do antigénio CD52 em espécies não primatas. Nesta espécie, a linfocitopenia foi o efeito relacionado com o tratamento mais comum. Observou-se um ligeiro efeito cumulativo sobre o grau de depleção de linfócitos em estudos de doses repetidas em relação aos estudos de dose única. A depleção linfocitária foi rapidamente reversível após paragem da administração. Observou-se neutropenia reversível após administração intravenosa ou subcutânea diária durante 30 dias, mas não após doses únicas ou após administração diária durante 14 dias. Os resultados da histopatologia de amostras da medula óssea não revelaram alterações importantes atribuíveis ao tratamento. Doses intravenosas únicas de 10 e de 30 mg/kg produziram uma hipotensão moderada a ligeira relacionada com a dose acompanhada por uma ligeira taquicardia. Observou-se a ligação do Fab de MabCampath em tecidos linfóides e no sistema fagocitário 19 mononuclear. Uma ligação significativa do Fab foi também observada no tracto reprodutor masculino (epidídimo, espermatozóides, vesículas seminais) e na pele. Não foram feitas outras observações nos estudos de toxicidade acima citados que dessem informações com relevância significativa para o uso clínico. Não foram realizados estudos em animais a curto ou a longo prazo com MabCampath para avaliar o potencial carcinogénico e mutagénico. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Ededato dissódico Polissorbato 80 Solução salina com tampão fosfato constituída por: Cloreto de potássio Dihidrogenofosfato de potássio Cloreto de sódio Hidrogenofosfato dissódico Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Este medicamento não deve ser reconstituído com outros solventes, excepto os mencionados na Secção 6.6. Não se conhecem incompatibilidades com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. Solução reconstituída: MabCampath não contém conservantes antimicrobianos. MabCampath deve ser utilizado num período de 8 horas após a diluição. As soluções podem ser conservadas a 15°C-30°C ou refrigeradas. Neste caso só pode ser aceite se a preparação da solução for efectuada em condições assépticas rigorosas e a solução estiver protegida da luz. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar num frigorífico (2ºC-8°C). Não congelar. Proteger da luz. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Frascos de 2 ml, transparentes, de vidro tipo I, contendo 1 ml de um concentrado incolor. Tamanho das embalagens: caixa de 3 frascos. 6.7 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O conteúdo do frasco deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes da administração. Se existirem partículas ou se o concentrado tiver cor, então o frasco não deve ser utilizado. 20 MabCampath não contém conservantes antimicrobianos, portanto, recomenda-se que seja preparado utilizando técnicas assépticas e que a solução diluída seja administrada num período de 8 horas após a preparação. A quantidade necessária do conteúdo do frasco deve ser adicionada a 100 ml de uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido suavemente para misturar a solução. Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa. As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath. Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração. Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath. Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de quebra do frasco ou de qualquer outro derrame acidental. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO ILEX Pharmaceuticals Ltd 1&3 Frederick Sanger Road The Surrey Research Park Guildford Surrey GU2 7YD Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/0/00/000/000 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 21 ANEXO II A. FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO C. OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS A SEREM CUMPRIDAS PELO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 22 A FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do fabricante da substância activa de origem biológica Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG Birkendorfer Strasse 65 D-88397 Biberach an der Riss Alemanha Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote Schering AG Müllerstrasse 178 D-13342 Berlin Alemanha O folheto informativo que acompanha o medicamento deve mencionar o nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote em causa. B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento de receita médica restrita (ver anexo I: resumo das características do medicamento, 4.2. • OUTRAS CONDIÇÕES O titular desta autorização de introdução no mercado deve informar a Comissão Europeia sobre os planos de comercialização do medicamento autorizado pela presente decisão. C. OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS A SEREM CUMPRIDAS PELO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO O titular da autorização de introdução no mercado deverá executar o programa de estudos abaixo referido dentro dos prazos indicados; os resultados desses estudos estarão na base da reavaliação anual da relação risco/benefício. Aspectos clínico 1. A empresa iniciará e concluirá o estudo de Fase III, CAM 307, em pacientes com leucemia linfocítica crónica (LLC). O protocolo do estudo clínico foi submieido a EMEA e aos relatres. Um relatório de seguimento sobre o incremento de doentes deverá ser fornecido anualmente. O relatório sobre e estudo clínical será fornecido em Novembro de 2008. Um relatório sobre a situação de todas as obrigações supramencionadas será anualmente fornecido aquando da apresentação da reavaliação anual. 23 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 24 A. ROTULAGEM 25 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO MabCampath 10 mg/ml Concentrado para solução para perfusão Alemtuzumab 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ampola contém 30 mg de alemtuzumab 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Outros componentes: Edetato dissódico Polissorbato 80 Solução salina tamponada de fosfato constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato dissódico, água para injectáveis 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 3 ampolas, 3 ml por ampola 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO, SE NECESSÁRIO Via intravenosa Ler o folheto informativo antes da administração 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL. {MM/AAAA} 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorifico 26 Não congelar Proteger da luz 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO ILEX Pharmaceuticals Ltd, Guildford GU2 7YD, Reino Unido 12. NUMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/193/001 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote {número} 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 27 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO AMPOLA 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E, SE NECESSÁRIO, VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO MabCampath 10 mg/ml Concentrado para solução para perfusão 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 4. NÚMERO DO LOTE Lote {número} 5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 3 ml 28 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO MabCampath 30 mg/ml Concentrado para solução para perfusão Alemtuzumab 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada frasco contém 30 mg de alemtuzumab 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Outros componentes: Edetato dissódico Polissorbato 80 Solução salina tamponada de fosfato constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato dissódico, água para injectáveis 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 3 x 1 ml por frasco 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO, SE NECESSÁRIO Via intravenosa Ler o folheto informativo antes da administração 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL. {MM/AAAA} 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorifico 29 Não congelar Proteger da luz 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO ILEX Pharmaceuticals Ltd, Guildford GU2 7YD, Reino Unido 12. NUMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/0/00/000/000 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote {número} 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 30 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO FRASCO 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E, SE NECESSÁRIO, VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO MabCampath 30 mg/ml Concentrado para solução para perfusão 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 4. NÚMERO DO LOTE Lote {número} 5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 1 ml 31 B. FOLHETO INFORMATIVO 32 FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. • • Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler outra vez. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é MabCampath e para que é utilizado Antes de lhe ser administrado MabCampath Como é utilizado MabCampath Efeitos secundários possíveis Conservação de MabCampath Outras informações Denominação do medicamento MabCampath 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão Alemtuzumab O que contém MabCampath A substância activa é alemtuzumab. Os outros ingredientes são ededato dissódico, polissorbato 80 e solução salina com tampão fosfato constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato dissódico e água para injectáveis. Titular da autorização de introdução no mercado ILEX Pharmaceuticals Ltd, 1&3 Frederick Sanger Road, The Surrey Research Park, Guildford, Surrey GU2 7YD, Reino Unido. Fabricante responsável pela libertação do lote Schering AG, Müllerstrasse 178, D-13342 Berlim, Alemanha. 1. O QUE É MABCAMPATH E PARA QUE É UTILIZADO O que é MabCampath MabCampath é uma solução concentrada acondicionada numa ampola de vidro. A quantidade total de substância activa em cada ampola é de 30 mg e é equivalente a 3 ml de uma solução de 10 mg/ml. MabCampath é diluído para administração por perfusão intravenosa. As soluções para diluição podem ser uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou uma solução de glucose a 5%. Cada embalagem de MabCampath contém 3 ampolas. 33 Para que é utilizado MabCampath é utilizado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC), uma doença maligna dos glóbulos brancos, quando outros tratamentos anteriores, tais como agentes alquilantes e fosfato de fludarabina, foram mal sucedidos. MabCampath é um anticorpo monoclonal. Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem e se ligam especificamente a uma outra proteína única designada por antigénio. MabCampath liga-se a um antigénio da superfície de certos glóbulos brancos, designados por linfócitos. Os doentes com LLC têm um número excessivo de linfócitos anormais, que substituem as células saudáveis da medula óssea onde são formadas a maior parte das células sanguíneas novas. Esta substituição de células saudáveis também acontece na corrente sanguínea e noutros órgãos. Depois de se ligar aos linfócitos anormais, MabCampath destrói-os, sendo os mesmos gradualmente removidos do organismo por processos biológicos normais. 2. ANTES DE LHE SER ADMINISTRADO MABCAMPATH Não utilize MabCampath: • • • • • se for alérgico ao alemtuzumab ou a proteínas de origem idêntica ou a qualquer ingrediente que a ampola contenha. O seu médico informá-lo-á de acordo com as circunstâncias. se tiver uma infecção. se tiver VIH. se tiver um tumor maligno secundário activo. se estiver grávida ou a amamentar (ver também a seguir). Tome especial cuidado com MabCampath: Quando lhe for administrado MabCampath pela primeira vez, pode ter efeitos secundários logo após as primeiras perfusões. (Ver a Secção 4 “Efeitos secundários possíveis”). Estes efeitos diminuirão gradualmente com a continuação do tratamento. Se os efeitos forem severos, podem ser-lhe administrados anti-histamínicos e analgésicos (para tratamento da febre) para ajudar a diminuir alguns dos efeitos secundários. A posologia de MabCampath não será aumentada até os efeitos terem diminuído. O tratamento com MabCampath pode diminuir a sua resistência natural a infecções e, portanto, podem-lhe ser administrados antibióticos para lhe dar uma protecção adicional. Se tiver uma doença cardíaca ou dores no peito e/ou estiver a tomar um tratamento para diminuir a tensão arterial, o seu médico efectuará uma monitorização cuidadosa porque MabCampath pode agravar estas afecções. MabCampath também pode causar outros efeitos secundários, com mais frequência perturbações sanguíneas. Por esta razão, o seu médico monitorizará cuidadosamente os efeitos do tratamento e o seu progresso, examinando-o e fazendo colheitas de sangue para análise numa base regular. Se tiver mais de 65 anos, será monitorizado muito frequentemente porque pode ter uma maior intolerância ao medicamento do que outros doentes. No caso de ser um homem ou uma mulher com potencial de procriar, deverá assegurar-se que utiliza uma forma segura de controlo da natalidade durante o tratamento e durante pelo menos 6 meses depois. Deve fazê-lo porque os efeitos de MabCampath sobre a reprodução são desconhecidos. A segurança e a eficácia de MabCampath não foram estabelecidas em crianças (com menos de 17 anos) nem em doentes com doenças renais ou hepáticas. 34 Gravidez MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão grávidas, portanto: • • se estiver grávida ou pensar que está grávida, deve informar imediatamente o seu médico. se estiver em idade com potencial de procriação, deve evitar engravidar utilizando métodos contraceptivos eficazes antes de iniciar o tratamento, durante o tratamento e durante 6 meses após o tratamento. Aleitamento MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão a amamentar. Deve parar de amamentar quando começar o tratamento e não deve começar novamente a amamentar até terem decorrido pelo menos 4 semanas depois de ter terminado o tratamento e de ter consultado o seu médico sobre o assunto. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram efectuados estudos sobre os efeitos de MabCampath. Deve aconselhar-se junto do seu médico. Utilizar MabCampath com outros medicamentos Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Em especial, não lhe deve ser administrado MabCampath num período de 3 semanas depois de ter tomado outros agentes antineoplásicos. Além disso, não deve ser vacinado com vacinas de vírus vivo durante o tratamento e durante pelo menos 12 meses depois de ter terminado o seu tratamento. Consulte o seu médico antes de lhe serem administradas quaisquer vacinações. 3. COMO É UTILIZADO MABCAMPATH Como é preparado MabCampath para administração MabCampath está acondicionado em solução numa ampola de vidro. O conteúdo da ampola é extraído e adicionado a uma solução de cloreto de sódio ou a uma solução de glucose acondicionada num saco de perfusão. Os tubos do saco de perfusão são depois ligados directamente a uma das suas veias. Como é administrado MabCampath MabCampath é administrado sob a forma de uma solução directamente na corrente sanguínea através de uma veia. Esta administração é conhecida por perfusão intravenosa. Sempre que lhe for administrado MabCampath, demorará cerca de 2 horas para toda a solução entrar no seu sangue. Em que quantidade e com que frequência lhe é administrado MabCampath Durante a primeira semana, são administrados 3 mg de MabCampath na solução no Dia 1, depois 10 mg no Dia 2 e depois 30 mg no Dia 3. MabCampath continuará a ser administrado na dose de 30 mg em 3 dias alternados todas as semanas. Pode sentir efeitos secundários precoces e então as doses iniciais mais baixas podem ser repetidas até os efeitos desaparecerem ou diminuírem. A ideia é aumentar MabCampath lentamente para reduzir a possibilidade de ter efeitos secundários e permitir que o seu organismo o tolere melhor. O médico monitorizá-lo-á cuidadosamente e decidirá quais são as quantidades apropriadas de MabCampath que lhe vai administrar durante todo o período de tratamento. 35 Durante quanto tempo é administrado MabCampath O tratamento com MabCampath pode continuar durante um período até 12 semanas dependendo do seu progresso. Se for administrado mais MabCampath do que o recomendado O médico tratá-lo-á, conforme apropriado, se tiver quaisquer efeitos prejudiciais especiais 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, MabCampath pode ter efeitos secundários. Os efeitos secundários mencionados a seguir são normalmente causados por MabCampath porque este afecta o sistema imunitário do organismo em geral e diminui a resistência à infecção. Algumas infecções podem ser graves e algumas vezes podem ser fatais. O seu médico pode administrar-lhe outros medicamentos ou mudar a posologia para ajudar a diminuir quaisquer efeitos secundários. Se tiver dúvidas sobre o que são os efeitos secundários abaixo mencionados, pergunte ao seu médico que lhe explicará. Além disso, se detectar efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Os efeitos secundários muito comuns causados por MabCampath, que podem manifestar-se no início do tratamento, incluem febre, calafrios/arrepios, suores, náuseas (sensação de ter vontade de vomitar), vómitos, tensão arterial baixa, níveis baixos de glóbulos brancos e vermelhos, níveis baixos das plaquetas sanguíneas, cansaço, exantema cutâneo, prurido, dificuldade em respirar, dores de cabeça, diarreia e perda de apetite. Normalmente, um ou mais destes efeitos manifestam-se durante a primeira semana após o início do tratamento. São normalmente problemas ligeiros ou moderados e diminuem gradualmente durante o curso do tratamento. Pode ocorrer de maneira muito comum pneumonia durante o tratamento. O seu médico pode administrar-lhe também um antibiótico e/ou um tratamento antiviral para diminuir o risco de desenvolvimento desta e de outras infecções. Os efeitos secundários comuns causados por MabCampath incluem: Perturbações cardíacas e sanguíneas: tensão arterial elevada, frequência cardíaca acelerada, sensação do coração a bater muito rapidamente, espasmo dos vasos sanguíneos, vermelhidão da face, nódoas negras na pele. Sistema nervoso e órgãos do sentido especiais: alterações do paladar, sensação do tacto diminuída, tonturas, sensação de vertigens, movimentos de estremecimento ou tremores, nervosismo, inflamação dos olhos, formigueiros ou uma sensação de calor na pele. Sistema gastrointestinal e hepático: dores abdominais, hemorragias do estômago ou do intestino, distensão, irritação e/ou ulceração na região da boca, função hepática anormal, obstipação, indigestão, meteorismo. Sistema respiratório: inflamação, irritação e/ou sensação de aperto nos pulmões, garganta e /ou seios nasais, muito pouco oxigénio a atingir os órgãos do corpo, tosse, tosse com expectoração de sangue. Perturbações gerais: dores, vermelhidão ou inchaço no local da injecção, sensação geral de mal-estar, fraqueza, dores em diversas regiões do corpo (músculos, costas, tórax, ossos, articulações), perda de peso, desidratação, sede, excesso de fluidos no corpo, níveis baixos do cálcio e do sódio, sensação de alteração da temperatura, sintomas do tipo gripal, abcessos, exantemas cutâneos, formação de vesículas na pele, confusão, ansiedade, depressão, sonolência, insónia. 36 As infecções comuns incluem: pneumonias (bacteriana), candidíase (por fungos), herpes e zona (viral) e infecções respiratórias, urinárias, gastrointestinas e outras infecções gerais de origem bacteriana. Os efeitos secundários pouco comuns causados por MabCampath podem ter uma natureza mais grave e incluem: doenças da medula óssea, doenças cardíacas (paragem do coração, crise cardíaca, frequência cardíaca anormalmente rápida), doenças do sangue (coagulação anormal, proteína diminuída, níveis baixos de potássio), hemorragia e inflamação das gengivas, hemorragias nasais, fluido nos pulmões, dificuldade em respirar, exames pulmonares anormais, doenças dos gânglios linfáticos, nervosismo, pensamentos anormais, sons na cabeça, surdez, função renal anormal, diabetes, impotência, desmaio, vacilação, tensão muscular, edema à volta dos olhos, sensibilidade da pele, reacção alérgica. Um efeito secundário raro é uma perturbação especial (chamada síndrome de lise tumoral) que pode começar com dores lombares e sangue na urina. Outro efeito secundário raro (chamada hemorragia intracraniana) pode causar hemorragia no cérebro. Ocorreram efeitos secundários graves, incluindo dificuldade em respirar, inflamação dos pulmões, intensa falta de ar, desmaio, ataque cardíaco, níveis baixos dos glóbulos vermelhos e das plaquetas sanguíneas, com evolução fatal em casos raros. 5. CONSERVAÇÃO DE MABCAMPATH As ampolas de MabCampath devem ser conservadas num frigorífico (2°C-8°C). As ampolas devem ser protegidas da luz e nunca devem ser congeladas. Não utilize MabCampath após expirar o prazo de validade indicado na embalagem exterior e no rótulo da ampola. Manter sempre este medicamento fora do alcance e da vista das crianças. 37 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. België/Belgique/Belgien N.V. Schering S.A. J.E. Mommaertslaan 14 B-1831 Diegem Tél/Tel: +32 271 285 00 Luxembourg/Luxemburg N.V. Schering S.A. J.E. Mommaertslaan 14 B-1831 Diegem Belgique/Belgien Tél/Tel: +32 271 285 00 Česká republika Schering s.r.o. - člen koncernu Šafaříkova 17 CZ-120 00 Praha 2 Tel: +420 271 730 661 Magyarország Schering KFT Szépvölgyi út 35-37 H-1037 Budapest Tel: +36 1 453 80 10 Danmark Schering AS Herstedøstervej 27-29 DK-2620 Albertslund Tlf: +45 43 29 09 99 Malta Alfred Gera and Sons Ltd. Triq il-Masgar Qormi QRM09 Tel + 356 21 446113 Deutschland MedacSchering Onkologie GmbH Nördliche Auffahrtsallee 44 D-80638 München Tel. +49 89 745 14480 Nederland Schering Nederland B.V. Postbus 116 1380 AC Weesp Tel. +31 294 46 24 24 Eesti UAB “Schering” Eesti filiaal Pärnu mnt. 139 D 11317 Tallinn Tel. +372 6 55 85 65 Norge Schering Norge AS Postboks 331 N-1326 Lysaker Tlf: +47 67 59 20 00 Ελλάδα Schering Ελλάς Α.Ε. Κύπρου 12-14 & Λεωφ. Ηρακλείου 466 GR-141 22 Ηράκλειο Tηλ: +30 210 2897800 Österreich Schering Wien Ges.m.b.H. Postfach 50 A-1147 Wien Tel: +43 1 9 70 37 España Schering España S.A. C. Méndez Alvaro, 55 E-28045 Madrid Tel: +34 91506 9350 Polska Schering AG Spółka Akcyjna Oddział w Polsce Ul. Migdałowa 4 PL-02-796 Warszawa Tel: +48 22 645 13 00 France Schering S.A. Rue de Toufflers F-59390 Lys-Lez-Lannoy Tél. +33 3 20 20 80 80 Portugal Schering Lusitana Lda. Estrada Nacional 249, Km 15 P-2725-397 Mem Martins Tel. +351 21 926 99 00 38 Ireland HE Clissmann 44 Dartmouth Square IRL-Dublin 6 Tel. +353 1 6 68 85 66 Slovenija Schering AG Berlin, Podružnica za Slovenijo Dunajska cesta 22 SI-1511 Ljubljana Tel. +386 1 300 10 50 Ísland Thorarensen Lyf ehf Lynghálsi 13 IS-110 Reykjavík Tel: +354 530 7100 Slovenská republika Schering Slovakia s.r.o. Obchodná ul. 2 SK-811 06 Bratislava Tel: +421 2 54 41 03 17 Italia Schering SpA Via L. Mancinelli 11 I-20131 Milano Tel: +39 0221 65 1 Suomi/Finland Schering Oy Pasilanraitio 9 FI-00240 Helsinki Puh/Tel: +358 9 708 811 Κύπρος A. Potamitis Medicare Ltd. 62, Arch. Kyprianou Avenue CY-2059 Strovolos Τηλ: +357 22 313611 Sverige Schering Nordiska AB Box 912 S-175 29 Järfälla Tel: +46 8 728 42 00 Latvija Schering UAB pārstāvniecība Latvijā Ģertrūdes iela 3 LV-1010 Riga Tel: +371 7 845563 United Kingdom Schering Health Care Ltd. The Brow GB-Burgess Hill, West Sussex RH15 9NE - UK Tel: +44 (0) 845 6096767 Lietuva UAB SCHERING Vytenio, 4 LT-03113 Vilnius Tel: +370 5 2336868 Este folheto foi aprovado pela última vez em <------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------> 39 INFORMAÇÃO PARA OS MÉDICOS E PROFISSIONAIS DOS CUIDADOS DE SAÚDE O conteúdo da ampola deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes da administração. Se existirem partículas ou se a solução tiver cor, então a ampola não deve ser utilizada. Recomenda-se que MabCampath seja preparado para perfusão intravenosa utilizando técnicas assépticas e que a solução diluída seja administrada no período de 8 horas após a preparação e protegida da luz. A quantidade necessária do conteúdo da ampola deve ser adicionada através de um filtro de 5 µm, sem fibras, de baixa ligação às proteínas, estéril, a 100 ml de uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido suavemente para misturar a solução. Deve ter-se cuidado para assegurar a esterilidade da solução preparada especialmente porque não contém conservantes antimicrobianos. Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa. As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath. Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração. Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath. Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de quebra da ampola ou de qualquer outro derrame acidental. 40 FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. • • Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler outra vez. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é MabCampath e para que é utilizado Antes de lhe ser administrado MabCampath Como é utilizado MabCampath Efeitos secundários possíveis Conservação de MabCampath Outras informações Denominação do medicamento MabCampath 30 mg/ml concentrado para solução para perfusão Alemtuzumab O que contém MabCampath A substância activa é alemtuzumab. Os outros ingredientes são ededato dissódico, polissorbato 80 e solução salina com tampão fosfato constituída por: cloreto de potássio, dihidrogenofosfato de potássio, cloreto de sódio, hidrogenofosfato dissódico e água para injectáveis. Titular da autorização de introdução no mercado ILEX Pharmaceuticals Ltd, 1&3 Frederick Sanger Road, The Surrey Research Park, Guildford, Surrey GU2 7YD, Reino Unido. Fabricante responsável pela libertação do lote Schering AG, Müllerstrasse 178, D-13342 Berlim, Alemanha. 1. O QUE É MABCAMPATH E PARA QUE É UTILIZADO O que é MabCampath MabCampath é uma solução concentrada acondicionada num frasco de vidro. A quantidade total de substância activa em cada frasco é de 30 mg e é equivalente a 1 ml de uma solução de 30 mg/ml. MabCampath é diluído para administração por perfusão intravenosa. As soluções para diluição podem ser uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou uma solução de glucose a 5%. Cada embalagem de MabCampath contém 3 frascos. 41 Para que é utilizado MabCampath é utilizado para o tratamento de doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC), uma doença maligna dos glóbulos brancos, quando outros tratamentos anteriores, tais como agentes alquilantes e fosfato de fludarabina, foram mal sucedidos. MabCampath é um anticorpo monoclonal. Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem e se ligam especificamente a uma outra proteína única designada por antigénio. MabCampath liga-se a um antigénio da superfície de certos glóbulos brancos, designados por linfócitos. Os doentes com LLC têm um número excessivo de linfócitos anormais, que substituem as células saudáveis da medula óssea onde são formadas a maior parte das células sanguíneas novas. Esta substituição de células saudáveis também acontece na corrente sanguínea e noutros órgãos. Depois de se ligar aos linfócitos anormais, MabCampath destrói-os, sendo os mesmos gradualmente removidos do organismo por processos biológicos normais. 3. ANTES DE LHE SER ADMINISTRADO MABCAMPATH Não utilize MabCampath: • • • • • se for alérgico ao alemtuzumab ou a proteínas de origem idêntica ou a qualquer ingrediente que a ampola contenha. O seu médico informá-lo-á de acordo com as circunstâncias. se tiver uma infecção. se tiver VIH. se tiver um tumor maligno secundário activo. se estiver grávida ou a amamentar (ver também a seguir). Tome especial cuidado com MabCampath: Quando lhe for administrado MabCampath pela primeira vez, pode ter efeitos secundários logo após as primeiras perfusões. (Ver a Secção 4 “Efeitos secundários possíveis”). Estes efeitos diminuirão gradualmente com a continuação do tratamento. Se os efeitos forem severos, podem ser-lhe administrados anti-histamínicos e analgésicos (para tratamento da febre) para ajudar a diminuir alguns dos efeitos secundários. A posologia de MabCampath não será aumentada até os efeitos terem diminuído. O tratamento com MabCampath pode diminuir a sua resistência natural a infecções e, portanto, podem-lhe ser administrados antibióticos para lhe dar uma protecção adicional. Se tiver uma doença cardíaca ou dores no peito e/ou estiver a tomar um tratamento para diminuir a tensão arterial, o seu médico efectuará uma monitorização cuidadosa porque MabCampath pode agravar estas afecções. MabCampath também pode causar outros efeitos secundários, com mais frequência perturbações sanguíneas. Por esta razão, o seu médico monitorizará cuidadosamente os efeitos do tratamento e o seu progresso, examinando-o e fazendo colheitas de sangue para análise numa base regular. Se tiver mais de 65 anos, será monitorizado muito frequentemente porque pode ter uma maior intolerância ao medicamento do que outros doentes. No caso de ser um homem ou uma mulher com potencial de procriar, deverá assegurar-se que utiliza uma forma segura de controlo da natalidade durante o tratamento e durante pelo menos 6 meses depois. Deve fazê-lo porque os efeitos de MabCampath sobre a reprodução são desconhecidos. A segurança e a eficácia de MabCampath não foram estabelecidas em crianças (com menos de 17 anos) nem em doentes com doenças renais ou hepáticas. 42 Gravidez MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão grávidas, portanto: • • se estiver grávida ou pensar que está grávida, deve informar imediatamente o seu médico. se estiver em idade com potencial de procriação, deve evitar engravidar utilizando métodos contraceptivos eficazes antes de iniciar o tratamento, durante o tratamento e durante 6 meses após o tratamento. Aleitamento MabCampath não deve ser administrado a doentes que estão a amamentar. Deve parar de amamentar quando começar o tratamento e não deve começar novamente a amamentar até terem decorrido pelo menos 4 semanas depois de ter terminado o tratamento e de ter consultado o seu médico sobre o assunto. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram efectuados estudos sobre os efeitos de MabCampath. Deve aconselhar-se junto do seu médico. Utilizar MabCampath com outros medicamentos Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Em especial, não lhe deve ser administrado MabCampath num período de 3 semanas depois de ter tomado outros agentes antineoplásicos. Além disso, não deve ser vacinado com vacinas de vírus vivo durante o tratamento e durante pelo menos 12 meses depois de ter terminado o seu tratamento. Consulte o seu médico antes de lhe serem administradas quaisquer vacinações. 3. COMO É UTILIZADO MABCAMPATH Como é preparado MabCampath para administração MabCampath está acondicionado em solução num frasco de vidro. O conteúdo do frasco é extraído e adicionado a uma solução de cloreto de sódio ou a uma solução de glucose acondicionada num saco de perfusão. Os tubos do saco de perfusão são depois ligados directamente a uma das suas veias. Como é administrado MabCampath MabCampath é administrado sob a forma de uma solução directamente na corrente sanguínea através de uma veia. Esta administração é conhecida por perfusão intravenosa. Sempre que lhe for administrado MabCampath, demorará cerca de 2 horas para toda a solução entrar no seu sangue. Em que quantidade e com que frequência lhe é administrado MabCampath Durante a primeira semana, são administrados 3 mg de MabCampath na solução no Dia 1, depois 10 mg no Dia 2 e depois 30 mg no Dia 3. MabCampath continuará a ser administrado na dose de 30 mg em 3 dias alternados todas as semanas. Pode sentir efeitos secundários precoces e então as doses iniciais mais baixas podem ser repetidas até os efeitos desaparecerem ou diminuírem. A ideia é aumentar MabCampath lentamente para reduzir a possibilidade de ter efeitos secundários e permitir que o seu organismo o tolere melhor. O médico monitorizá-lo-á cuidadosamente e decidirá quais são as quantidades apropriadas de MabCampath que lhe vai administrar durante todo o período de tratamento. 43 Durante quanto tempo é administrado MabCampath O tratamento com MabCampath pode continuar durante um período até 12 semanas dependendo do seu progresso. Se for administrado mais MabCampath do que o recomendado O médico tratá-lo-á, conforme apropriado, se tiver quaisquer efeitos prejudiciais especiais 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, MabCampath pode ter efeitos secundários. Os efeitos secundários mencionados a seguir são normalmente causados por MabCampath porque este afecta o sistema imunitário do organismo em geral e diminui a resistência à infecção. Algumas infecções podem ser graves e algumas vezes podem ser fatais. O seu médico pode administrar-lhe outros medicamentos ou mudar a posologia para ajudar a diminuir quaisquer efeitos secundários. Se tiver dúvidas sobre o que são os efeitos secundários abaixo mencionados, pergunte ao seu médico que lhe explicará. Além disso, se detectar efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Os efeitos secundários muito comuns causados por MabCampath, que podem manifestar-se no início do tratamento, incluem febre, calafrios/arrepios, suores, náuseas (sensação de ter vontade de vomitar), vómitos, tensão arterial baixa, níveis baixos de glóbulos brancos e vermelhos, níveis baixos das plaquetas sanguíneas, cansaço, exantema cutâneo, prurido, dificuldade em respirar, dores de cabeça, diarreia e perda de apetite. Normalmente, um ou mais destes efeitos manifestam-se durante a primeira semana após o início do tratamento. São normalmente problemas ligeiros ou moderados e diminuem gradualmente durante o curso do tratamento. Pode ocorrer de maneira muito comum pneumonia durante o tratamento. O seu médico pode administrar-lhe também um antibiótico e/ou um tratamento antiviral para diminuir o risco de desenvolvimento desta e de outras infecções. Os efeitos secundários comuns causados por MabCampath incluem: Perturbações cardíacas e sanguíneas: tensão arterial elevada, frequência cardíaca acelerada, sensação do coração a bater muito rapidamente, espasmo dos vasos sanguíneos, vermelhidão da face, nódoas negras na pele. Sistema nervoso e órgãos do sentido especiais: alterações do paladar, sensação do tacto diminuída, tonturas, sensação de vertigens, movimentos de estremecimento ou tremores, nervosismo, inflamação dos olhos, formigueiros ou uma sensação de calor na pele. Sistema gastrointestinal e hepático: dores abdominais, hemorragias do estômago ou do intestino, distensão, irritação e/ou ulceração na região da boca, função hepática anormal, obstipação, indigestão, meteorismo. Sistema respiratório: inflamação, irritação e/ou sensação de aperto nos pulmões, garganta e /ou seios nasais, muito pouco oxigénio a atingir os órgãos do corpo, tosse, tosse com expectoração de sangue. Perturbações gerais: dores, vermelhidão ou inchaço no local da injecção, sensação geral de mal-estar, fraqueza, dores em diversas regiões do corpo (músculos, costas, tórax, ossos, articulações), perda de peso, desidratação, sede, excesso de fluidos no corpo, níveis baixos do cálcio e do sódio, sensação de alteração da temperatura, sintomas do tipo gripal, abcessos, exantemas cutâneos, formação de vesículas na pele, confusão, ansiedade, depressão, sonolência, insónia. 44 As infecções comuns incluem: pneumonias (bacteriana), candidíase (por fungos), herpes e zona (viral) e infecções respiratórias, urinárias, gastrointestinas e outras infecções gerais de origem bacteriana. Os efeitos secundários pouco comuns causados por MabCampath podem ter uma natureza mais grave e incluem: doenças da medula óssea, doenças cardíacas (paragem do coração, crise cardíaca, frequência cardíaca anormalmente rápida), doenças do sangue (coagulação anormal, proteína diminuída, níveis baixos de potássio), hemorragia e inflamação das gengivas, hemorragias nasais, fluido nos pulmões, dificuldade em respirar, exames pulmonares anormais, doenças dos gânglios linfáticos, nervosismo, pensamentos anormais, sons na cabeça, surdez, função renal anormal, diabetes, impotência, desmaio, vacilação, tensão muscular, edema à volta dos olhos, sensibilidade da pele, reacção alérgica. Um efeito secundário raro é uma perturbação especial (chamada síndrome de lise tumoral) que pode começar com dores lombares e sangue na urina. Outro efeito secundário raro (chamada hemorragia intracraniana) pode causar hemorragia no cérebro. Ocorreram efeitos secundários graves, incluindo dificuldade em respirar, inflamação dos pulmões, intensa falta de ar, desmaio, ataque cardíaco, níveis baixos dos glóbulos vermelhos e das plaquetas sanguíneas, com evolução fatal em casos raros. 5. CONSERVAÇÃO DE MABCAMPATH Os frascos de MabCampath devem ser conservados num frigorífico (2°C-8°C). Os frascos devem ser protegidos da luz e nunca devem ser congelados. Não utilize MabCampath após expirar o prazo de validade indicado na embalagem exterior e no rótulo do frasco. Manter sempre este medicamento fora do alcance e da vista das crianças. 45 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. België/Belgique/Belgien N.V. Schering S.A. J.E. Mommaertslaan 14 B-1831 Diegem Tél/Tel: +32 271 285 00 Luxembourg/Luxemburg N.V. Schering S.A. J.E. Mommaertslaan 14 B-1831 Diegem Belgique/Belgien Tél/Tel: +32 271 285 00 Česká republika Schering s.r.o. - člen koncernu Šafaříkova 17 CZ-120 00 Praha 2 Tel: +420 271 730 661 Magyarország Schering KFT Szépvölgyi út 35-37 H-1037 Budapest Tel: +36 1 453 80 10 Danmark Schering AS Herstedøstervej 27-29 DK-2620 Albertslund Tlf: +45 43 29 09 99 Malta Alfred Gera and Sons Ltd. Triq il-Masgar Qormi QRM09 Tel + 356 21 446113 Deutschland MedacSchering Onkologie GmbH Nördliche Auffahrtsallee 44 D-80638 München Tel. +49 89 745 14480 Nederland Schering Nederland B.V. Postbus 116 1380 AC Weesp Tel. +31 294 46 24 24 Eesti UAB “Schering” Eesti filiaal Pärnu mnt. 139 D 11317 Tallinn Tel. +372 6 55 85 65 Norge Schering Norge AS Postboks 331 N-1326 Lysaker Tlf: +47 67 59 20 00 Ελλάδα Schering Ελλάς Α.Ε. Κύπρου 12-14 & Λεωφ. Ηρακλείου 466 GR-141 22 Ηράκλειο Tηλ: +30 210 2897800 Österreich Schering Wien Ges.m.b.H. Postfach 50 A-1147 Wien Tel: +43 1 9 70 37 España Schering España S.A. C. Méndez Alvaro, 55 E-28045 Madrid Tel: +34 91506 9350 Polska Schering AG Spółka Akcyjna Oddział w Polsce Ul. Migdałowa 4 PL-02-796 Warszawa Tel: +48 22 645 13 00 France Schering S.A. Rue de Toufflers F-59390 Lys-Lez-Lannoy Tél. +33 3 20 20 80 80 Portugal Schering Lusitana Lda. Estrada Nacional 249, Km 15 P-2725-397 Mem Martins Tel. +351 21 926 99 00 46 Ireland HE Clissmann 44 Dartmouth Square IRL-Dublin 6 Tel. +353 1 6 68 85 66 Slovenija Schering AG Berlin, Podružnica za Slovenijo Dunajska cesta 22 SI-1511 Ljubljana Tel. +386 1 300 10 50 Ísland Thorarensen Lyf ehf Lynghálsi 13 IS-110 Reykjavík Tel: +354 530 7100 Slovenská republika Schering Slovakia s.r.o. Obchodná ul. 2 SK-811 06 Bratislava Tel: +421 2 54 41 03 17 Italia Schering SpA Via L. Mancinelli 11 I-20131 Milano Tel: +39 0221 65 1 Suomi/Finland Schering Oy Pasilanraitio 9 FI-00240 Helsinki Puh/Tel: +358 9 708 811 Κύπρος A. Potamitis Medicare Ltd. 62, Arch. Kyprianou Avenue CY-2059 Strovolos Τηλ: +357 22 313611 Sverige Schering Nordiska AB Box 912 S-175 29 Järfälla Tel: +46 8 728 42 00 Latvija Schering UAB pārstāvniecība Latvijā Ģertrūdes iela 3 LV-1010 Riga Tel: +371 7 845563 United Kingdom Schering Health Care Ltd. The Brow GB-Burgess Hill, West Sussex RH15 9NE - UK Tel: +44 (0) 845 6096767 Lietuva UAB SCHERING Vytenio, 4 LT-03113 Vilnius Tel: +370 5 2336868 Este folheto foi aprovado pela última vez em <------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------> 47 INFORMAÇÃO PARA OS MÉDICOS E PROFISSIONAIS DOS CUIDADOS DE SAÚDE O conteúdo do frasco deve ser inspeccionado quanto à presença de partículas e alteração da cor antes da administração. Se existirem partículas ou se a solução tiver cor, então o frasco não deve ser utilizado. Recomenda-se que MabCampath seja preparado para perfusão intravenosa utilizando técnicas assépticas e que a solução diluída seja administrada no período de 8 horas após a preparação e protegida da luz. A quantidade necessária do conteúdo do frasco deve ser adicionada a 100 ml de uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou de uma solução de glucose a 5%. O saco deve ser invertido suavemente para misturar a solução. Deve ter-se cuidado para assegurar a esterilidade da solução preparada especialmente porque não contém conservantes antimicrobianos. Não devem ser adicionados outros medicamentos à solução para perfusão intravenosa de MabCampath nem devem ser perfundidos simultaneamente através da mesma via intravenosa. As mulheres que estão grávidas ou que estão a tentar engravidar não devem manipular MabCampath. Devem ser seguidos os procedimentos de manipulação e eliminação correctos. Os derrames ou os resíduos devem ser eliminados por incineração. Devem tomar-se precauções durante a manipulação e preparação da solução de MabCampath. Recomenda-se o uso de luvas de látex e de óculos de protecção para evitar a exposição em caso de quebra do frasco ou de qualquer outro derrame acidental. 48