PROJETO INTERDISCIPLINAR II PERÍODO 2013 DESENVOLVIMENTO ALUNOS BENEFICIADOS: II PERÍODO TEMA: MONET E OS BICHINHOS DE JARDIM ANÁLISE DA SÉRIE: “JARDINS DE MONET” CONHECENDO MONET Claude Monet (1840-1926) foi um pintor francês. Foi considerado um dos mais importantes pintores da escola impressionista. A exposição realizada em 1874 no estúdio parisiense do fotógrafo Nadar foi pejorativamente qualificada pela crítica como "impressionista" devido ao quadro de Monet ali exposto, "Impressão: o sol nascente". O nome impressionismo tornou-se corrente e Monet passou a ser considerado o chefe dessa escola, uma das mais importantes da história da pintura. Seu quadro encontra-se hoje no Museu Marmottan Monet, em Paris. Claude Monet (1840-1926) nasceu em Paris, no dia 14 de novembro. Quando tinha cinco anos, sua família mudou-se para Sainte-Adresse, perto do Havre, e ali o futuro mestre começou a pintar. Com menos de 15 anos Monet já era conhecido em sua cidade por retratar personalidades importantes. Duas influências marcantes despertaram-lhe o interesse pela luz e pela cor: descobriu as gravuras do japonês Hokusai e a pintura de Eugène Boudin, que o iniciou na prática, então pouco comum, de realizar estudos da natureza ao ar livre. Entre 1859 e 1860, o jovem pintor esteve em Paris, onde se entusiasmou com a escola de Barbizon, recusou-se a ingressar na Escola de Belas-Artes e preferiu visitar os locais frequentados pelos inovadores da época. Passou a trabalhar na Academia Suíça, onde conheceu Camille Pissarro, mas o serviço militar na Argélia interrompeu-lhe a experiência. Em 1862, Monet voltou a Paris para estudar no ateliê do academicista Charles Gleyre, onde conheceu Frédéric Bazille, Alfred Sisley e Renoir, de quem tornou-se amigo e formou o grupo de impressionistas. Levava então vida nômade e de frequentes dificuldades, apesar do sucesso do retrato de "Camille Doncieux", sua mulher, ou de "A Varanda à Beira Mar Perto do Havre" (1866). Para evitar a guerra Franco-Prussiana, Monet foi para Londres, onde fez contato com representantes das vanguardas francesas e com o marchand Paul Durand-Ruel, mais tarde seu agente. Em Londres pinta a série "Parlamento". De volta à França, Monet instalou-se em 1876, em Argenteuil, à margem do Sena, e realizou suas mais famosas séries, como "A Estação de Saint-Lazare" (1877), "Os Álamos" (1891) e "A Catedral de Rouen" (1892), em que as mesmas cenas foram representadas em horas diversas, em diferentes condições de luz. Em sua casa em Giverny, também perto do Sena, a partir de 1883 Monet cultivou nenúfares, motivo de seus últimos quadros, como a série "Ninféias", pintada quando o artista já sofria graves distúrbios de visão. Monet morreu em Giverny, em 5 de dezembro de 1926. MONET E OS BICHINHOS DE JARDIM Os jardins atraem a atenção das crianças por serem um espaço que, além de bonitos, são vivos, cheios de plantas e povoados por bichinhos que despertam fascínio e a curiosidade dos pequenos. O trabalho com os seres vivos e suas intricadas relações com o meio oferece inúmeras oportunidades de aprendizagem e de ampliação da compreensão que a criança tem sobre o mundo social e natural. A construção desse conhecimento também é uma das condições necessárias para que as crianças possam, aos poucos, desenvolver atitudes de respeito e preservação à vida e ao meio ambiente, bem como atitudes relacionadas à sua saúde. Pensando nesse tema, os jardins de Monet não poderiam deixar de aparecer no projeto. Cheios de encantamento, beleza e com a vida pulando por toda parte, os jardins de Monet são o espaço ideal para se desenvolver um projeto com o tema jardim. Assim, com esse projeto, pretendemos levar as crianças a conhecerem os animais e plantas do jardim bem como o artista Monet e suas obras. Etapas: 1. Conhecer o projeto e o artista Levar para a sala diferentes obras de Monet e oferecer para apreciação das crianças O que veem? Gostam? Que cores aparecem mais? Conversar com as crianças sobre jardim: O que há num jardim? Que plantas podem ficar no jardim? Que animaizinhos podemos ver em um jardim? Sua casa tem jardim? Mostrar para as crianças as obras de Monet que representam seu jardim e explicar que ele pintou a mesma paisagem do jardim em diferentes momentos do dia. Mostrar às crianças a tela “Impressão ao nascer do Sol” e explicar que essa tela é a que inicia um movimento artístico chamado Impressionismo (explicar o movimento). Fazer a releitura da tela. Mostrar uma das telas que apresentam a ponte japonesa do jardim de Monet e propor para as crianças que brinquem de fazer ponte (encurvar o corpo para trás ou deitar, apoiando as mãos no chão, e levantar formando a ponte) e depois brinquem como se estivessem no jardim de Monet, atravessando uma ponte com as ninféias por baixo. Ler o livro e/ou assistir ao filme “Linéia nos jardins de Monet” Sinopse: Linéia adora flores. Seu amigo, seu Silvestre, tem um livro sobre o pintor francês Claude Monet, que gostava muito de pintar flores. Vendo o livro, Linéia conhece os quadros e daí surge a ideia de ir à França visitar a casa de Monet, os lugares que ele pintou e - mais importante - seu maravilhoso jardim. Ela até passou na pontezinha japonesa que Monet pintou várias vezes. Este livro é um passeio com Linéia pela cidade de Paris, os lugares e os quadros do pintor. Baseada em livro homônimo de Christina Bjork e Lena Anderson. Em DVD - 1989 (Brasil) No laboratório de informática, mostrar para as crianças a casa de Monet e seus jardins. Contar quem foi Monet. Propor às crianças que conheçam mais sobre Monet e sobre os jardins. Fazer uma lista com o que há no jardim. 2. Conhecendo as plantas do jardim No laboratório de informática, acessar novamente o site da casa de Monet. Observar com as crianças que plantas há nos jardins de Monet. Conversar sobre os nomes das plantas. Em sala fazer uma lista com os nomes das plantas dos jardins de Monet. Estudar as plantas. OBS.: Fazer esse estudo de maneira prazerosa. Não como um conteúdo mesmo. AS PLANTAS As plantas precisam de água, ar, luz, nutrientes e calor. Elas têm a capacidade de captar a energia solar e transformá-la em energia química (alimento) por meio de um processo chamado fotossíntese. A fotossíntese desempenha outro papel importante na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de combustíveis, como a gasolina e, ao final, libera oxigênio para a atmosfera. A água e os sais minerais são retirados do solo pela raiz da planta e chegam até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por sua vez, também é absorvida pela folha, através da clorofila, substância que dá a coloração verde às folhas. Dessa forma a clorofila e a energia solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa substância é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer, a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido. PARTES DAS PLANTAS Raízes – Fixam a planta no solo, absorvem a água, os sais minerais e os conduzem até o caule. Caules – Ajudam a suportar a planta e levam nutrientes até as folhas. Folhas – Realizam a fotossíntese e a respiração e transpiração de toda a planta. Flores – Realizam a reprodução dos vegetais com a ajuda do vento, dos pássaros e os insetos que fazem o transporte do pólen entre as plantas. Frutos – Resultam da fecundação e desenvolvimento das flores. As plantas são seres vivos e, por isso, são incapazes de ter um crescimento saudável na ausência de luz. Elas precisam da luz, água e nutrientes. Fazer desenhos. Pedir que desenhem as plantas que têm em casa. Fazer coleções de folhas de diferentes tamanhos e formas. Passar o giz de cera sobre o papel com folhas por baixo. Levar as crianças até a praça Belarmino Essado para que vejam que plantas há nela e para que colham plantinhas, flores, folhas... Fazer cartazes com partes das plantas coladas (um cartaz de flores com flores coladas...) Saber qual é a flor preferida da mamãe. Fazer dobraduras de flores. Fazer pintura de flores. Fazer a experiência de colorir uma rosa branca com anilina na água. Sentir o cheiro das flores. Pedir para as crianças trazerem vasinhos de flores (aqueles bem bonitinhos e baratos) para enfeitar a sala. Fotografar as crianças perto dos pneus floridos da extensão. Cantar músicas como o “Cravo e a rosa”, dramatizar as músicas, desenhar, escrever a letra em um cartaz e fatiar para as crianças remontarem... Plantar girassóis ou outra flor que a turma gostar. “Carimbar” com tinta, tendo como carimbo flores, folhas ou outras partes das plantas recolhidas de jardim. 3. Chuvarada Ler o livro Chuvarada Levar as crianças para o campinho vestidas com roupa de banho para que elas finjam serem os bichinhos da história. Dar um banho de mangueira nas crianças reproduzindo a história do livro. OBS.: Essa atividade poderá ser feita à tarde. Explorar a história com cartazes, desenhos, listas de palavras, outros. 1. Das plantas para os animais Conversar com as crianças sobre que animais há no jardim. Debater sobre se as plantas e os animais podem ter uma convivência harmoniosa. Por exemplo, como as plantas podem conviver com a lagarta se ela se alimenta de plantas? Mostrar como a interação entre plantas e animais é benéfica. Planta x animais - pode ser uma convivência harmoniosa? Em todo ecossistema o equilíbrio ecológico é mantido graças a uma série de relações, algumas positivas; outras, negativas. Uma relação altamente positiva é a que ocorre entre os insetos voadores e as flores. A polinização das flores é muito importante para a preservação das matas, florestas, pomares e jardins. Esse processo é realizado pelos insetos e pássaros. Um exemplo de relação negativa é o que ocorre entre o gafanhoto e as plantações. O gafanhoto, um predador voraz que vive em enormes bandos, é capaz de destruir rapidamente plantações inteiras. Portanto é necessário que todos os elementos que compõem um ecossistema: fauna, flora e microorganismos, juntamente com o ambiente que é composto pelos elementos solo, água e atmosfera mantenham entre si um equilíbrio. A alteração de um único elemento causa modificações em todo o sistema, podendo ocorrer perdas irreparáveis. Se por exemplo, ocorrer uma grande infestação de lagartas nas plantas de um jardim e não forem tomadas providências rapidamente, poderá haver uma destruição total ou de parte do jardim. No jardim encontramos diferentes animais que convivem de forma harmoniosa entre si: joaninhas, borboletas, libélulas, caracóis, grilos, tesourinhas, minhocas, abelhas, centopeias, etc. Fazer desenhos da interação entre plantas e animais. Desenhar, por exemplo, o processo de polinização. Levar as crianças até o viveiro do Sr. Edson (no setor paraíso). Pedir que observem as plantas, localizem as partes, vejam as formas, as cores e, principalmente, procurem pelos animaizinhos que vivem no local. As crianças acharão centopeias, tatuzinhos, joaninhas, borboletas, etc. Pedir que sintam o cheiro do local e conversar sobre que cheiro é esse. Conversar com Sr. Edson para saber como é a relação das plantas com os animaizinhos. Em sala fazer uma lista dos animaizinhos de jardim que viram no viveiro (pode-se fazer essa lista coletivamente com a professora como escriba ou entregar folhas de portifólio para que as crianças testem as possibilidades de escrita). Montar um álbum com os bichinhos de jardim. Fazer um jogo de mímicas e imitações com as crianças. Cada criança imita um animalzinho ou faz mímica e as outras tentam descobrir. 2. Formiga pode virar bolo? Assistir ao filme “Formiguinhas” e explorá-lo em conversas, desenhos, imitações, saber qual o personagem favorito das crianças, quem elas gostariam de ser no filme... Perguntar às crianças se formiga pode virar bolo. Ouvir as repostas. Perguntar às crianças se já ouviram falar do bolo formigueiro. Preparar o bolo com as crianças e, antes de degustá-lo, descobrir com elas por que o bolo tem esse nome. Comer o bolo no gramado da extensão. Pedir que desenhem e escrevam todo o processo desde a separação dos ingredientes até a degustação e depois cada criança pode comentar o que fez. Degustar morangos atacados por formigas (as formigas são cravos). Assistir e cantar “Galinha Pintadinha 2: Formiguinha”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dG81z7WNgiA&feature=related 3. Minhoca Cantar “Uma minhoquinha fazendo ginastiquinha...” Assistir ao filme “Barry e a banda das minhocas. Imitar minhocas no pátio. Produzir um cartaz sobre as minhocas. Ouvir e cantar – “Palavra Cantada – Carnaval das minhocas”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JAzspnuwYaw&feature=related – “A minhoca”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=GHTReEPdY4U 4. Abelhas Assistir ao filme Bee movie, comentar sobre ele e fazer uma fantasia de abelha. Na biblioteca também tem o livro que pode ser lido pela professora para as crianças. As crianças fantasiadas podem “voar” pela escola, indo de sala em sala, passeando pelo gramado... 1. Recorte o corpo e a asa conforme o molde. 2. Demarque as listras com marcador permanente. Pinte as listras com a tinta preta. 3. Passe o arame no centro da asa, dando algumas voltas. Cubra o arame com um pedaço de TNT amarelo. 4. Cole a asa na parte de trás da fantasia. 5. Pinte as bolinhas de isopor com tinta amarela. 6. Enrole o arame num lápis. Retire-o e enrole uma das pontas na tiara e na outra extremidade coloque a bolinha. Pode-se preparar pão de mel com as crianças. Produzir pequenos textos. 5. O grilo Fazer a audição da música “Canção do grilo” da Xuxa e encená-la com as crianças. Apresentar esse teatrinho para toda a escola. 6. A lagarta Ler o texto: Era uma vez… Uma lagarta envergonhada, Que pelo chão se rastejava, E todo mundo debochava: Que lagarta desengonçada, Feia e maltratada! Ninguém, dela, gostava, As pessoas, ela, assustava. Pobre Dona Lagarta… Muito triste ficou, E sentindo-se desprezada, Em um casulo se fechou. E assim… Passaram-se os dias, Ninguém, a sua falta, sentia, Até que em belo cenário, Enquanto o sol, a vida, aquecia, E a rosa, o jardim, floria, Em um galho pendurado, O casulo se abria. E uma linda borboleta, De asas bem coloridas, O casulo deixou, Alegrando nossa vida. E, todos viram o milagre, Que a natureza preparou, A feia e envergonhada lagarta, Na borboleta se transformou. Já não era desengonçada, Mas, linda e cheia de graça, E a todos superou. Pois, não mais se rastejava, Pelo contrário, voava, O céu, enfim, conquistou. (Vera Ribeiro Guedes) Representar com massinha de modelar a metamorfose da lagarta. Sair pelo pátio da escola procurando lagarta para colocar num terrário. Fazer o terrário. Montar um cartaz com as dicas de como cuidar de um terrário. LIMPAR E HIGIENIZAR O RECIPIENTE; COLOCAR O CASCALHO FINO; ESPALHAR A AREIA FINA; ESPALHAR O CARVÃO VEGETAL; COLOCAR A TERRA E O ADUBO POR CIMA; PLANTAR AS MUDINHAS E ESPALHAR MUSGOS E TRONCOS; COLOCAR PEQUENOS INSETOS E BICHINHOS; FECHAR O TERRÁRIO (deixar buraquinhos para o ar entrar). Observar as lagartinhas no terrário. Preparar cartazes sobre as lagartas. Ler A primavera da Lagarta, da Ruth Rocha Desenvolver diversas atividades imitando lagartas: a) Imitar lagartas passeando pelo jardim. b) Parar para comer folhinhas... c) icar bem quietinhas e fazer seu casulo... d) As borboletas saem do casulo... e) As borboletas voam pelo jardim... f) As borboletas podem encontrar outros bichinhos do jardim como o tatu-bolinha... Fazer um bonito mural. Fazer borboletas de papel toalha e prendedor de roupas. Ou o móbile de borboletas. MÓBILE - BORBOLETAS Material: papel sulfite, papel color set, Big Canetas Hidrocor, cola branca, tesoura, linha de bordar, fio prateado elástico e borrifador de água. Modo de fazer: a) Marmorização do papel 1) Pinte uma folha de sulfite com as Big Canetas Hidrocor (cada pedaço de uma cor). 2) Borrife água sobre o papel pintado e espere secar. b) Borboletas 1) Corte dois quadrados sendo que um deles tenha 10 cm de lado e o outro 7 cm de lado. 2) Dobre cada quadrado como uma sanfoninha no sentido diagonal. 3) Junte as duas sanfoninhas pelo centro, amarrando-as. 4) Abra as asas da borboleta e cole o corpinho cortado em color set. 5) Amarre um fio prateado em cada borboleta para montar o móbile. Montar cartazes sobre a história. 7. Leilão de jardim Ler o poema Leilão de jardim e montar o livrinho do poema. 8. Outras sugestões de livros Ler diversas histórias, textos e poemas sobre animais de jardim e a cada leitura fazer os trabalhos artísticos sugeridos no tópico 6. Sugestões de livros: Mini Larousse Bichinhos - Editora: Larousse Júnior Rua Jardim 75 – Editora: Larousse Júnior Ao ler o livro Rua Jardim 75, a professora poderá fazer cartazes sobre o caracol, levar um caracol para a sala para os alunos observarem, confeccionar em EVA os objetos que o caracol experimentou como casa em tamanho grande e levar para que as crianças brinquem de ser o caracol da história, levar as crianças para a extensão para que brinquem no caracol. Cada criança pode fazer um caracol com aparas de lápis de cor. A ciranda dos insetos – Editora FTD (Ver sugestões de como trabalhar o livro no manual Cultivando Leitores – Porta Aberta Língua Portuguesa – FTD) Festa dos Insetos - Ciranda Cultural Insetos e Companhia, de Federico Mengozzi - Editora Globo A Abelha e o Mel, de Eunice Braido - Editora FTD Romeu e Julieta de Ruth Rocha (a própria Ruth Rocha narra essa história no seu site) O reino das borboletas brancas Ler o livro e explorá-lo. Nas viagens que fiz pelo mundo das fantasias, visitei um reino muito interessante: O Reino das Borboletas Brancas! Lá tudo era branco, e o que não era, ficava num cantinho esquecido. As graciosas borboletas só beijavam a flores brancas que, orgulhosamente, tremulavam à brisa fresca. Um dia, nasceu no reino uma linda borboletinha que, por sua candura e mimo, chamou a atenção de todos. Até sua majestade, a rainha, foi vê-la. A linda borboleta ia crescendo muito saudável, alva, sempre cercada de brancos carinhos. Ao dar seu primeiro passeio, ela se deslumbrou com o esvoaçar das borboletas por sobre as flores, porém, apenas sobre as brancas. Percebeu a tristeza das outras... --- Oh! Como são lindas, diferentes! Curiosa, se perguntava: --- Por que as borboletas só beijam as flores brancas? Por que as coloridas estão plantadas em cantos tão distantes e reservados? Será que minhas irmãs não percebem a beleza dessas flores? No caminho de volta, reparou em uma flor azul. --- Que esplendor! Que pétalas! Que perfume! Ah! Ela não resistiria. As outras que beijassem as brancas. Pousou na flor e nela depositou um terno beijo. Que surpresa! A flor, que nunca havia sido beijada, ao contato de sua boquinha, ficou ainda mais bela. Em sinal de agradecimento, a flor deixou rolar de uma de suas pétalas uma gotinha ainda fresca de orvalho para as asas de sua gentil admiradora. A gotinha se espalhou e tingiu as asas da borboleta de um azul muito delicado. O susto foi geral! --- De onde surgiu essa borboleta azul? --- Como entrou aqui? Quem permitiu? Foi difícil esclarecer. Seus pais repreenderam-na, mas gostaram da nova cor. Logo, outras borboletinhas, encantadas com a cor da amiguinha seguiram seu exemplo. Começaram a beijar flores amarelas, rosas, vermelhas. E ganhavam também gotinhas de orvalho e se tornavam amarelas, rosas, vermelhas... Havia, ainda, as que beijavam flores diversas e se tornavam multicoloridas, de um tom delicado, transparente. Que alvoroço! O que estava acontecendo? Precisavam informar as ministras do reino, que, por sua vez, informariam a rainha. --- Majestade, venha ver! O reino das borboletas brancas está desaparecendo! Precisamos tomar sérias providências. A rainha saiu às ruas e, boquiaberta, olhava suas pequenas súditas num bailado alegre e colorido pelo ar. Nunca vira nada tão belo! As ministras esbravejavam e exigiam providências. As borboletas coloridas caprichavam no bailado. Alternavam-se, ora azuis, amarelas, rosas, vermelhas, multicolores, fazendo reverência à rainha. Não me lembro quanto tempo durou o espetáculo, mas, quando parti, o reino já não tinha o mesmo nome. Agora se chamava “O Reino das Borboletas coloridas”. No site “Plenarinho” há uma seção de áudio de diversas histórias de bichinhos, os alunos podem ir para o laboratório de informática ouvir algumas. Sugestões de poemas: O caracol Leilão de jardim 9. Brincar de forca com dicas para os alunos No jogo da forca de hoje, você precisará adivinhar o nome de um dos animais de jardim abaixo. BORBOLETA JOANINHA BESOURO LIBÉLULA 10. Fazendo arte com os bichinhos de jardim Em sala fazer uma lista dos animaizinhos de jardim que viram no viveiro (pode-se fazer essa lista coletivamente com a professora como escriba ou entregar folhas de portfólio para que as crianças testem as possibilidades de escrita). Construir os bichinhos com diferentes materiais (tintas, sucatas, massinhas, papel machê, etc). JOGO CAI NÃO CAI Materiais: Embalagem de bolas de tênis; palitos de churrasco; bolinhas de isopor pequenas divididas ao meio; marcador permanente preto; bolinha de isopor um pouco maior dividida ao meio; tinta acrílica vermelha; durex amarelo; cola quente; pincel; prego e alicate. 1. Esquente o prego e faça furos aleatórios na embalagem. 2. Demarque a área furada com o durex amarelo. Espete os palitos. 3. Pinte as metades das bolinhas com a tinta vermelha. 4. Depois de secas faça os desenhos das joaninhas com o marcador permanente. Desenhos, colagens... Bichinhos de Jardim – Papel Machê Material: Papel machê, Base acrílica para artesanato, Tinta Acrílica, Cola Glitter, Guache Glitter, Guache Metálico, Crystal cola, Cola transparente, arame flexível, olhinhos móveis, jornal e tesoura. Modo de fazer – Joaninha, Centopéia, Borboletas, Aranha, Caracol, Abelha, Formiga e Tatuzinho a) Prepare o Papel Machê seguindo as instruções da embalagem. Modele as partes dos animaizinhos e espere secar. b) Em seguida, passe uma demão de Base acrílica para artesanato em todas as partes. Pinte as partes com Guache Glitter, Metálico ou Tinta Acrílica. c) Junte as partes com cola transparente, coloque olhinhos móveis e anteninhas com arame flexível. 11. Cada uma apresenta uma novidade Sortear um bichinho de jardim para cada criança. Em casa as crianças podem descobrir coisas diferentes sobre esses bichinhos. Todos os dias reservar um tempo para que as crianças contem a novidade que aprenderam sobre seu bichinho. Por exemplo, um aluno pode montar um cartaz bem simples e mostrar a diferença entre tatu-bolinha de jardim e o tatu-bola que vive principalmente no nordeste, outro pode falar sobre o mel produzido pelas abelhas e levar para a escola um favo de mel; ainda outro pode falar sobre plantas carnívoras, pode-se falar sobre o grilo, a joaninha e assim por diante. 12. Produzir textos Criar uma história sobre algum bichinho de jardim – uma criança começa a história e os outros dão continuidade – atividade oral. Criar coletivamente uma história sobre as plantas, flores e bichinhos de jardim, escrever, ensaiar e apresentar aos demais alunos da escola. Escrever pequenos textos sobre o que aprenderam. 13. Tomar chá nos jardins de Monet 14. Fazer reproduções das telas estudadas 15. Reproduzir a casa rosa de Monet 16. Outros textos que também podem ser usados HISTÓRIA DA DONA JOANINHA Era uma vez uma joaninha, chamada Dona Joaninha. D. Joaninha é bem pequenininha e muito vermelhinha, uns até dizem por aí que ela não é de se jogar fora, não. Espevitada, bonitinha e muito simpática é assim, a D. Joaninha. Dona Joaninha mora na rua dos cafundós nº 00, esquina com Ipê Amarelo lá no jardim da casa da vovó Lili. Certo dia, Dona Joaninha saiu bem cedinho de casa para lavar seu cachecol branco. Ela pretendia usar o cachecol branco na festa de Janinha, a Tanajura. Esta é a festa mais badalada do momento. Todos os moradores do Jardim não falam em outra coisa. Das borboletas às minhocas ninguém quer perder a festança. D. Joaninha também não quer perder a festa não. Porque Dona Joaninha é uma joaninha bem pra frentex. Ela gosta muito de dançar, conversar, e vejam vocês, não contem pra ninguém, é namoradeira, como ela só! Adora viver de abracinhos e beijinhos com seu namorado, o seu Joano, que é um joaninho, bastante invocado. Mas voltando ao assunto, D. Joaninha saiu bem cedo aquela manhã, muito alegre e apressada para lavar o tal cachecol. Serelepe, bateu as asinhas, mas não voou. D. Joaninha decidiu ir caminhando para aproveitar o sol da manhã. Dizem por aí, que caminhar é muito bom para a saúde. Então, lá foi ela! Como é muito conversadeira, Dona Joaninha parava sempre para cumprimentar um e outro, distribuindo sorrisos e alegria pelo caminho. Seus amigos e vizinhos moradores do jardim adoravam a simpática Joaninha que sempre tinha uma palavra carinhosa para todos. – Belo dia, Dona Borboleta! – Vai pela sombra, seu Jabuti! – Como vai seu filhinho, Dona Baratinha? – Já fez o mel, abelhinha Melissa? – Olha o sol, seu caracol! Mas, o que D. Joaninha não sabia, era que nem tudo seriam flores naquele dia. Os netos da vovó Lili, estavam visitando-na. E essa, era uma notícia muito importante, crucial mesmo, para todos os moradores do jardim. Pois todos sabiam, que quando os netos da vovó Lili chegavam, nem a própria casa era lugar seguro. Aquelas crianças são muito levadas, fuçam tudo, mexem em tudo! Fazem uma bagunça sem fim! Infernal! Monumental! Nas férias do ano passado, eles pegaram a pobrezinha da D. Leta, a borboleta e arrancaram suas anteninhas sem dó nem piedade. Seu Jabuti é outro que sofre nas mãos daquelas crianças que insistem em fazer seu casco, de bola de futebol. Dona Joaninha jura já ter visto de tudo na sua vidinha. Mas o que ela não consegue entender é como o ser humano que tem capacidade até de sorrir, maltrata animaizinhos que não têm como se defender. Mas indiferente ao perigo, D. Joaninha foi lavar suas roupas no riachinho de água empoçada pelo pinga-pinga da torneira do jardim. Distraída, D. Joaninha só se deu conta do perigo que corria, quando ouviu os primeiros gritos dos meninos. Aí, ela quase desmaiou! Nervosa, tratou de lavar seu cachecol bem rapidinho, para se trancar na sua casa até o anoitecer. Mas o perigo já se aproximava ! E bem rapidinho! Os netos da vovó Lili tinham aberto a torneira e o riachinho que era bem pequeninho, se transformou numa tremenda aguaceira que arrastou a pobre da Dona Joaninha com uma força brutal. Tomada pela surpresa e agarrada ao seu cachecol branco, Dona Joaninha não sabe como arranjou forças para gritar: – Socorro! glub glub! Salvem-me! Glub glub! Zezé, a lavadeira que passava ali por perto, quase não acreditou no que seus olhos viam. Seria mesmo a Dona Joaninha se afogando? Sem pensar duas vezes, a esperta Zezé deu um voo rasante e resgatou a pobre da Dona Joaninha da daquela tormenta aquática. Quando chegou em casa, toda molhada e cansada, Dona Joaninha chorou olhando para seu cachecol todo sujo de areia e folhas amassadas. Que pena! Depois do sufoco que passou, ela ainda não iria na festa badalada de Janinha, a tanajura! Mas Beija-flor que é muito gentil, quando soube do que aconteceu com sua amiga, resolveu ajudar. De biquinho em biquinho, trouxe água e encheu um pequeno pote. A Lagarta Marta, esfregou com suas várias mãos o cachecol até que ele ficou brilhando de branquinho, branquinho. As borboletas, num flap flap animado secaram a batinha com suas asas solidárias. Quando a operação limpeza acabou a noite já havia chegado, e todos foram juntos para a festa da Tanajura Janinha. D. Joaninha, com seu cachecol branco, não cabia em si de tanta felicidade. E pensou cá com suas bolinhas: – Como é bom ter amigos! FORMIGAS Uma formiga de gravata a matar uma barata. Uma formiga ao balcão a vender bolos e pão. Uma formiga de bicicleta a pedalar para ser atleta. Uma formiga a jogar xadrez com um marinheiro inglês. Uma formiga fotografando o rei a fazer contrabando. Uma formiga de altofalante o namorar com um elefante. Uma formiga de bigode a gritar «Ai, quem me acode!» Uma formiga de caracóis na cozinha, a fritar rissóis. Uma formiga a dar um estalo num policia a cavalo. Uma formiga toda nua a dançar no meio da rua. Uma formiga cirurgião a transplantar um coração. Uma formiga muito sabida a inventar o inseticida (José Paulo Paes) O CARACOL Andando devagar, o caracol agita-se e sonha por um lugar ao sol para ficar. Feliz, por sentir perto esse momento, mal advinha o obstáculo que surge inesperadamente no lugar que sonhou ser seu! Devagar…teima em seguir, treme de insegurança, até que chega ao lugar ao sol! Tenta sorrir, alguém o toca! O caracol ferido e surpreendido, vê o seu lugar ao sol ser preenchido! Então, num impulso e orgulhoso, fecha-se na rocha de sonhos e pensa: Ninguém pode tirar o que é meu… O meu sonho, esse pertence-me! E o caracol persistente, continua a sorrir, devagar… sonhando com um lugar ao sol! Eu queria ser um caracol Só para ficar nesse teu lindo jardim, Com belas flores, Cravos, rosas e também girassóis. Queria ser um caracol Só para estar junto a ti. Passear, cantar e brincar Até ao pôr-do-sol. Queria ser um caracol Só para andar devagar. Andando pelo horizonte Sem pressa de chegar… Autor: Vandinho Saraiva, São Paulo, Brasil Objetivos Específicos: Ter contato com a arte de maneira prazerosa e lúdica Apreciar estética e “criticamente” obras do artista estudado Desenvolver a curiosidade por meio de experimentação de novas possibilidades de criar Recriar e criar tendo como referência o trabalho do artista estudado Experimentar o uso de diversos tipos de materiais Ampliar as possibilidades de comunicação e expressão por meio de atividades orais como falar sobre o bichinho favorito Reconhecer o próprio corpo, explorando os movimentos e suas diversas possibilidades de exploração (correr, saltar, rolar, etc.) Construir conhecimentos sobre o universo do jardim e os bichos que o compõem Estimular a curiosidade e a pesquisa por meio da observação e estudo dos bichinhos Levar as crianças a descobrirem que todos os seres vivos têm o seu habitat natural e que dependem uns dos outros para sobreviver Estimular os alunos a perceberem a importância de respeitar e preservar o meio ambiente Propor oportunidades para as crianças explorarem as diversas áreas do conhecimento Promover novas experiências e a interação com o grupo, por meio da comunicação oral e da ampliação do vocabulário Conhecer um pouco da vida de cada animalzinho que vive num jardim, seus hábitos, o ciclo de vida e a relação com os humanos. Criar os bichinhos de jardim mais conhecidos com diferentes materiais. Desenvolver a coordenação motora Desenvolver a função simbólica Confeccionar quadros Desenvolver o conceito lógico-matemático Desenvolver o conhecimento físico