força muscular respiratória e mobilidade torácica em portadores de

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doi: 10.13037/rbcs.vol13n44.2584 ISSN 2359-4330
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RAS
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artigo de revisão
ALIMENTOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NA MANUTENÇÃO
DA SAÚDE HUMANA: QUAL A ABRANGÊNCIA?
PREBIOTIC AND PROBIOTIC FOODS IN HUMAN HEALTH MAINTENANCE:
WHAT IS THE COMPREHENSIVENESS?
Bruna Yhang da Costa Silvaa*, Tiago Freire Martinsb*
a
[email protected], [email protected]
*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
Data de entrada do artigo: 24/02/2014
Data de aceite do artigo: 16/09/2014
RESUMO
Introdução: Prebióticos e probióticos têm tido grande utilidade no campo da nutrição e dietética em
virtude de suas propriedades abrangentes, que subsidiam uma melhor qualidade de vida. Contudo,
suas funcionalidades não estão totalmente elucidadas, motivando diversas pesquisas acerca do tema.
Objetivos: Mostrar de que forma o emprego de alimentos prebióticos e probióticos pode melhorar
variadas funções fisiológicas humanas. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, cujos
critérios de inclusão documental consistiram em livros, periódicos, monografias, dissertações e teses
nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, publicados entre os anos 2000 e 2013, utilizando-se os
seguintes descritores: “alimentos funcionais”, “prebióticos”, “probióticos”, “fibras” e “bactérias intestinais”.
Resultados: Foram encontradas na literatura evidências científicas claras dos benefícios do uso de
prebióticos para a manutenção do equilíbrio intestinal, bem como seu uso profilático e/ou terapêutico
em diversas patologias, tais como constipação intestinal, obesidade, diabetes mellitus, dislipidemias, colite
ulcerativa, síndrome do intestino curto, câncer, além da melhora na absorção de minerais como o cálcio.
Acerca do uso de probióticos, as evidências sugeriram benefícios também na manutenção do equilíbrio
intestinal e atividade anti-inflamatória, assim como seu uso profilático e/ou terapêutico em diversas
patologias, tais como dislipidemias, doenças bucais, diarréia, erradicação do Helicobacter pylori, síndrome
do intestino irritável, enterocolite necrosante, bolsite, cirrose, encefalopatia hepática, síndrome da fadiga
crônica e câncer. Conclusões: A introdução desses alimentos em quantidades adequadas deve fazer parte
do cotidiano das pessoas que prezam pela qualidade de vida.
Palavras-chave: Prebióticos; probióticos; fibras na dieta; prevenção de doenças.
ABSTRACT
Introduction: Prebiotics and probiotics have great utility in the field of nutrition and dietetics because
of its comprehensive properties that support a better quality of life. However, their features are not fully
elucidated, motivating research on the subject. Objectives: Show how the use of prebiotic and probiotic
foods can improve various human physiological functions. Materials and Methods: This is a review of literature, whose documentary inclusion conditions consisted of books, journals, monographs, dissertations
and theses in Portuguese, English and Spanish, published between 2000 and 2013, using the following
keywords: “functional foods”, “prebiotics”, “probiotics”, “fibers” and “intestinal bacteria”. Results: Were
found in the literature clear scientific evidence of the benefits of the using probiotics for the maintenance
of intestinal balance, as well as its use prophylactic and/or therapeutic treatment in several diseases, such
as constipation, obesity, diabetes mellitus, dyslipidemia, ulcerative colitis, short bowel syndrome, cancer,
besides the improvement in the absorption of minerals such as calcium. About the use of probiotics,
the evidence also suggested benefits in maintaining balance intestinal and anti-inflammatory activity, as
well as its use prophylactic and/or therapeutic treatment in several diseases, dyslipidemia, oral diseases,
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diarrhea, eradication of Helicobacter pylori, irritable bowel syndrome, necrotizing enterocolitis, pouchitis, cirrhosis, hepatic
encephalopathy, chronic fatigue syndrome and cancer. Conclusions: The introduction of these foods in adequate amounts
should be part of the daily lives of people who value the quality of life.
Keywords: Prebiotics; probiotics; dietary fiber; disease prevention.
Introdução
O alimento, além de ser considerado um elemento
essencial para a permanência da vida humana na Terra,
é imprescindível para o exercício de todas as suas atividades cognitivas, fisiológicas, intelectuais e sociais,
promovendo uma maior interação entre as pessoas1.
Inúmeros fatores influenciam a qualidade da vida
moderna, dentre os quais merecem destaque a dieta,
cujos componentes, além de melhorarem o estado nutricional, auxiliam por outras vias na promoção da saúde e no estilo de vida de cada indivíduo. Atualmente,
é comum o aparecimento de sintomas característicos
do estresse, como cansaço, depressão, irritação, entre
outras intempéries. Bons hábitos alimentares podem
reduzir a incidência não só desses sintomas característicos, como também o risco de morte em decorrência
desse mal do século. Desse modo, tais evidências têm
possibilitado à população conscientizar-se da importância da dieta na manutenção ou promoção da qualidade de vida1,2.
Por isso, a cada dia cresce o número de consumidores preocupados com sua saúde e que buscam os mais
diversos alimentos capazes de manter o bem-estar. Essa
constante procura por uma alimentação equilibrada
incentiva pesquisas no mundo inteiro em busca de
componentes naturais biologicamente ativos capazes
de fornecer esses benefícios tão almejados pelos consumidores3. A grande responsável por todo esse apelo
e pelo desenvolvimento e expansão desses alimentos é
a indústria alimentícia. A maior conscientização dos
consumidores, aliada à preocupação com a incidência
de doenças do século XXI (câncer, hipertensão, diabetes, acidente vascular cerebral, aterosclerose), fez que
a indústria voltada para o desenvolvimento de produtos com características funcionais crescesse por todo o
mundo, a fim de comprovar a atuação de componentes
bioativos na redução dos riscos de certas doenças4.
São considerados alimentos funcionais os que fornecem, além da nutrição básica, a promoção da saúde
(mas não a cura de doenças), sendo seguro consumi
-los mesmo sem recomendação médica5,6. Seu conceito
foi introduzido no Japão na década de 1980, quando
o governo passou a procurar por novos alimentos com
características excepcionalmente especiais, destinados
a atender uma população cuja expectativa de vida aumentava com o passar dos anos7.
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Considerados como alimentos funcionais, os probióticos e prebióticos são atualmente bem reconhecidos no
mundo todo como sendo uns dos principais promotores
da vitalidade da microbiota intestinal8.
Os probióticos eram classicamente definidos como
sendo suplementos alimentares à base de microrganismos vivos que afetam beneficamente o animal hospedeiro, promovendo o balanço de sua microbiota
intestinal9. A definição atualmente aceita internacionalmente é a de que são micro-organismos vivos administrados em quantidades adequadas, que conferem
benefícios à saúde do hospedeiro6. São exemplos de
probióticos: L. acidophilus, B. adolescentis, E. faecalis e
S. cerevisiae10.
Os alimentos prebióticos diferem dos probióticos
por não serem digeridos pelo trato gastrointestinal
(TGI) humano, além de possuírem capacidade de estimular o crescimento de algumas espécies de bactérias
que vivem nesse ambiente, conferindo uma série de benefícios ao organismo11. São exemplos de prebióticos:
lactulose, inulina e diversos oligossacarídeos12.
São considerados simbióticos alimentos que apresentam um probiótico e um prebiótico combinados13.
A administração conjunta de um probiótico com um
prebiótico específico pode favorecer o desenvolvimento
dos probióticos, aumentando a sua sobrevivência e implantação no TGI14. Isso ocorre através do estímulo seletivo do crescimento e/ou ativação do metabolismo de
um número limitado de microrganismos promotores de
saúde, devido ao fato de seu substrato estar disponível
para fermentação11,15.
O TGI e a microflora intestinal estão envolvidos
na etiologia de uma série de doenças no ser humano16.
Quando a microbiota está equilibrada, contribui significativamente para o desenvolvimento de um organismo
saudável17. O uso indiscriminado de antibióticos, anti-inflamatórios, hormônios e antiácidos, assim como o
estresse e a má alimentação, desequilibram o intestino e
suas funções, deixando o homem suscetível a inúmeras
doenças18.
Assim, a partir das referidas descobertas, a dieta se
tornou o principal foco da manutenção de uma vida
saudável, a fim de diminuir os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas, bem como a promoção de uma
velhice saudável4.
Portanto, as amplas utilidades que esses alimentos
proporcionam no campo da nutrição e dietética, bem
PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NA SAÚDE
como sua propriedade de promover uma melhor qualidade de vida para o homem, aliado ao fato de que as
funcionalidades desses alimentos não estão totalmente
elucidadas motivaram a proposta dessa pesquisa bibliográfica. Adicionado a isso o fato de a temática ser
relativamente nova e em plena expansão, ficam algumas lacunas a serem preenchidas por novos achados
acerca de como os prebióticos e probióticos podem,
verdadeiramente, melhorar a qualidade de vida de seus
consumidores.
Dessa forma, o objetivo deste estudo foi realizar
uma revisão bibliográfica a fim de mostrar como o emprego de alimentos prebióticos e probióticos na dieta
pode melhorar as funções fisiológicas humanas, auxiliando na manutenção e na promoção do bem-estar e
da saúde, bem como na prevenção e/ou tratamento de
doenças.
Métodos
No desenvolvimento desta pesquisa bibliográfica,
utilizou-se como fonte de levantamento de dados livros
da área de Nutrição, Tecnologia de Alimentos e áreas
afins do campo da saúde, periódicos nacionais e internacionais na língua inglesa e bem como dissertações e
teses acerca do estudo dos probióticos e prebióticos,
com data de publicação entre 2000 e 2013. Também
foram selecionadas obras publicadas antes desse período
que consistiam em legislações ou estudos de alto grau de
relevância, cuja lacuna do conhecimento não pôde ser
preenchida por publicações posteriores.
Para tanto, foi realizada no período de janeiro de
2012 a janeiro de 2013 uma busca pessoal em bibliotecas e uma pesquisa em bases de dados eletrônicas,
dentre as quais estão a National Library of Medicine
(MEDLINE, USA), Scientific Eletronic Library Online
(SciELO) e Literatura Latino-Americana em Ciências
da Saúde (LILACS).
Para levantamento bibliográfico foram utilizados os
unitermos “prebióticos”, “probióticos”, “alimentos funcionais”, “fibras” e bactérias intestinais”, bem como seus
correspondentes em inglês “prebiotics”, “probiotics”,
“functional foods”, “fibers” e “intestinal bacteria”.
Em seguida, foi realizada uma leitura exploratória
para identificar se as obras encontradas tinham relação
com o assunto de interesse. Prosseguiu-se com uma leitura seletiva correspondente à seleção das partes da obra
consideradas relevantes para a concretização dos objetivos propostos.
Foram realizados fichamentos dos textos selecionados para facilitar a dissertação do trabalho e possibilitar a organização do material e busca posterior por
informações.
Desenvolvimento
Prebióticos e simbióticos
Com relação ao equilíbrio intestinal, em um determinado estudo analisaram-se diversos outros a fim de
buscar os benefícios que o consumo de fruto-oligossacarídeo (FOS) poderia trazer à saúde da criança. Quase
a totalidade dos estudos (91%), que quantificaram as
bifidobactérias nas fezes, verificou um aumento significativo do número desses componentes benéficos, sendo
que, em alguns casos, o número foi superior ao encontrado em crianças saudáveis amamentadas. De forma
similar, sete de dez pesquisas (70%) identificaram redução do número de micro-organismos patogênicos na
flora intestinal das crianças suplementadas com FOS19.
Um estudo que incluiu homens e mulheres adultos
mostrou que o consumo de inulina aumentou significativamente a massa fecal. Depois de receberem suplementação com inulina, o número médio de evacuações
aumentou significativamente, passando de quatro vezes
por semana, no período basal, para 6,5 vezes por semana
durante o tratamento. Para cada indivíduo, houve um
aumento de pelo menos uma evacuação por semana20.
Outros estudos mostram efeitos significativos dos
FOS na redução da glicemia e da hiperinsulinemia, o
que parece ser obtido com o consumo diário de pelo
menos 3 a 5g da fibra, a qual induz ao crescimento seletivo de bactérias intestinais, tais como bifidobactérias e
lactobacilos, que melhoram a microbiota intestinal e o
metabolismo hormonal21.
No que diz respeito à obesidade, a suplementação de
16g/dia de inulina parece promover saciedade e reduzir
o apetite, e a ingestão calórica em cerca de 10%22. Já a
suplementação de 20g/dia deste mesmo prebiótico foi
associada, em outro estudo, ao aumento das concentrações de GLP1/PYY e a mudanças no apetite23.
Outro estudo voltou-se aos efeitos benéficos do xarope de yacon (raiz comestível de uma planta originária
dos Andes) na saúde humana. Mulheres obesas, levemente dislipidêmicas e em pré-menopausa foram examinadas num período de 120 dias, em um estudo casocontrole duplo-cego, usando duas doses do xarope de
yacon (contendo 0,28g e 0,14g de FOS/kg/dia). Pôde-se
observar que o xarope de yacon é uma boa fonte de FOS
e seu consumo em longo prazo produz efeitos benéficos nas mulheres obesas e naquelas em pré-menopausa
e com resistência à insulina24.
Com relação às dislipidemias, uma meta-análise foi
realizada com o objetivo de quantificar os efeitos dos
FOS e da inulina sobre os triglicerídeos (TG) séricos de
humanos. O autor levou em consideração 15 estudos
randomizados e controlados, publicados entre 1995 e
2005, nas bases de dados PubMed e SCOPUS. Percebeu
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que a ingestão de inulina e FOS promoveu reduções significativas nos TG séricos. Os prováveis mecanismos parecem estar relacionados com a fermentação colônica21.
Outros dois estudos avaliaram a redução de lipídeos
séricos em pacientes que se submetiam ao consumo de
prebióticos. No primeiro, a administração de 8g/dia de
FOS durante 14 dias, em diabéticos, foi capaz de promover diminuição significativa do colesterol total (CT)
numa média de 19mg/dL, e de lipoproteína de baixa
densidade (LDL-c) de 17mg/dL em média; contudo,
sem alterações significativas nos níveis de lipoproteína
de alta densidade (HDL-c), TG e ácidos graxos livres.
No segundo estudo, o ensaio clínico evidenciou redução nos níveis de CT entre 20-50mg/dL, em adultos,
após suplementação dietética com FOS na dose de
6-12g/dia por duas a três semanas. Após o consumo de
8g de FOS/dia durante 30 dias, em pacientes hipercolesterolêmicos, houve redução de 10% do CT, além do
aumento significativo de ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC)25,26.
Quanto às evidências acerca da relação entre inulina
e redução da lipidemia, em um estudo que considerou
indivíduos com níveis de lipídios séricos levemente alterados, verificou-se, após a ingestão de 18g/dia da fibra,
reduções de 8,7% e de 14,4% nas concentrações séricas
de CT e de LDL-c, respectivamente27.
Uma pesquisa foi realizada visando esclarecer os benefícios de um produto simbiótico na colite ulcerativa
(UC). Oito pacientes receberam o produto contendo
uma mistura de FOS e inulina e Bifidobacterium longum, enquanto que outros oito pacientes receberam
placebo. Antes e após um mês de tratamento, foram
realizados exames de biópsia e sigmoidoscopia retal. Os
exames realizados após um mês mostraram que houve
uma redução da inflamação da mucosa no grupo que
consumiu o simbiótico, enquanto que os sintomas
pioraram no grupo placebo. O fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) e a interleucina-alfa (IL-α), que são
citocinas inflamatórias, também foram reduzidos pelos
tratamentos. As biópsias também sugeriram a redução
da inflamação, bem como a regeneração de tecido epitelial. Esse estudo piloto foi o primeiro a revelar que uma
combinação de probióticos e prebióticos pode melhorar
a condição dos pacientes com UC28.
Outro estudo de caso clínico utilizou um composto simbiótico contendo galacto-oligossacarídeos (GOS)
Lactobacillus casei e B. brevis, promovendo uma melhora
significativa no quadro de uma menina portadora de síndrome do intestino curto (SII), com freqüentes crises de
acidose metabólica, decorrentes do crescimento bacteriano descontrolado no intestino e sepse. O tratamento
resultou no total desaparecimento das crises, promoção
do ganho de peso e reformulação da microbiota após
dois anos, com predomínio de bactérias anaeróbicas
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e supressão da proliferação de bactérias patogênicas,
como Escherichia coli e Clostridium lubricans29.
No que tange ao câncer, em um estudo no qual
foram administrados 12g/dia de FOS por via oral durante 15 dias em pacientes com leucemia, percebeu-se
que, quando utilizada a suplementação do prebiótico,
houve um aumento na população de bifidobactérias,
sem promover a redução do pH fecal, além de ocorrer
uma diminuição nos níveis séricos de proteína C reativa
(PCR), um marcador bastante sensível para determinar
presença de processos inflamatórios, demonstrando que
a utilização de FOS está associada ao aumento da resposta antiinflamatória30.
Um estudo acompanhou 12 adolescentes do sexo
masculino saudáveis, com idade variando entre 14 e 16
anos, a fim de investigar se o consumo de 15g/dia de
FOS estimulava a absorção de cálcio (Ca). Um grupo
de adolescentes recebeu FOS, enquanto outro grupo,
sacarose (grupo controle), nas três principais refeições
do dia. Esses pesquisadores constataram que 15g/dia
de FOS estimularam a absorção de Ca nos adolescentes
estudados31.
Outra pesquisa, muito semelhante à anterior, avaliou os efeitos da ingestão de uma associação de prebióticos (inulina+FOS) sobre a absorção intestinal colônica
de Ca numa população de adolescentes da faixa etária
de 11 e 14 anos, do sexo feminino. As 59 adolescentes
voluntárias eram predominantemente caucasianas e a
maioria estava na fase pré-menarca. Os autores mantiveram a ingestão de Ca dentro da quantidade recomendada para aquela faixa etária (1300mg/dia), por meio da
oferta de vitamina de fruta suplementada com Ca. A associação de prebióticos foi oferecida na dose de 8g/dia,
via oral, em duas tomadas. Os resultados foram comparados com placebo. Trinta pacientes receberam apenas
FOS (8g/dia) e, 29, a associação de inulina e FOS (8g/
dia). Pôde-se verificar que a ingestão da associação de
prebióticos foi suficiente para aumentar em cerca de
20% a absorção de Ca32.
No que tange à doença hepática, um estudo avaliou
a eficácia de um produto simbiótico no tratamento da
encefalopatia hepática. Após 90 dias de suplementação
com Bifidobacterium longum associado com FOS, os valores plasmáticos de amônia, os testes neuropsicológicos
e os exames bioquímicos do grupo tratado mostraramse significativamente melhores em relação aos controles
sem simbiótico33.
Probióticos
Um estudo avaliou a atividade antiinflamatória do
quefir, uma suspensão de microrganismos simbiontes
formada por um grande número de cepas de bactérias
PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NA SAÚDE
e de leveduras, ambos encapsulados em uma matriz de
polissacarídeos secretados pelas primeiras, sobre o modelo de indução de tecido granulomatoso e contorções
abdominais induzidas por ácido acético, in vivo. O grupo tratado com quefir apresentou inibição em uma taxa
de 28%, comparado ao controle, que apresentou inibição de 36%. Os resultados obtidos mostraram que o
quefir inibiu a formação do tecido granulomatoso, bem
como o número de contorções abdominais causadas por
ácido acético, quando comparado ao grupo controle34.
Com relação à dislipidemia, um estudo investigou
as propriedades de remoção do colesterol de 11 cepas de
L. acidophilus e L. casei, a fim de entender seus possíveis
mecanismos de ação. Todas as cepas apresentaram capacidade de remoção de colesterol in vitro, sendo propostos como possíveis mecanismos de ação a assimilação
do colesterol durante o crescimento, a incorporação do
colesterol na membrana da célula e a ligação do colesterol na superfície da célula. As cepas L. casei ASCC
292 e L. acidophilus 4962 foram as que mais removeram
o colesterol, podendo ser usadas como um suplemento
dietético para reduzir o CT sérico in vivo35.
No que diz respeito à manutenção da saúde bucal,
um estudo isolou Weissella cibaria em crianças sãs que
apresentavam idade entre 4 e 7 anos, sendo, então, aplicada na cavidade oral de indivíduos sãos com idade entre 20 e 30 anos. Os resultados mostraram que a W.
cibaria inibiu a produção dos compostos voláteis sulfurosos responsáveis pela halitose, inibindo a proliferação
de F. nucleatum, o qual foi eliminado pelo peróxido de
hidrogênio produzido por W. cibari36.
Uma meta-análise observou que em adultos que tiveram diarreia devido ao C. difficile pela primeira vez,
o tratamento com 1g/dia de probiótico Saccharomyces
boulardii durante quatro semanas não foi significativo.
Entretanto, em indivíduos que tinham uma reincidência da infecção, foi observada uma redução no risco
de ocorrência de novo episódio de 34,6% para os que
consumiram o probiótico e de 64,7% para os que não
consumiram37.
Outra meta-análise tratou adultos com reincidência
de diarreia provocada por C. difficile com alta dose de
vancomicina e, posteriormente, com S. boulardii (1g/
dia, em 18 indivíduos) ou placebo (em 14 indivíduos)
durante 28 dias. Os autores perceberam que o risco de
reincidência de C. difficile foi de 16,7%, para o grupo
que recebeu o probiótico, e de 50%, para o grupo com
placebo38.
Outra pesquisa detectou em pacientes com cirrose que receberam por 14 dias uma formulação de
probióticos contendo Bifidobacterium, L. acidophilus
e Enterococcus ou uma combinação de Bacillus subtilis
e Enterococcus faecium, um aumento significativo na
concentração de Bifidobacterium no lúmen intestinal,
com subsequente redução dos níveis de amônia fecal e
plasmática39.
Relacionado à doença hepática, um ensaio clínico
conseguiu reverter a encefalopatia hepática de grau I
em, aproximadamente, 50% dos pacientes tratados com
um preparado simbiótico com quatro fibras fermentáveis, entre elas a inulina, e quatro cepas probióticas durante um período de 30 dias40.
Uma meta-análise corroborou esses achados ao analisar um estudo comparativo entre os efeitos dos simbióticos e aqueles decorrentes do uso de fibra fermentável
isolada em 58 pacientes portadores de encefalopatia hepática. Os participantes receberam durante 30 dias um
simbiótico contendo Pentoseceus pediacoccus, Leuconostoc
mesenteroides, Lactobacillus paracasei e Lactobacillus
plantarum, associado a 10g de fibra fermentável (β-glucana, inulina, pectina e amido resistente), ou somente
10g da fibra fermentável isolada, ou ainda placebo composto de fibra não fermentável derivada do trigo41.
Estudos recentes têm sugerido eficácia dos probióticos na terapêutica da infecção por Helicobacter pylori.
Um deles avaliou se o consumo regular de um produto
comercial contendo L. johnsonii La1 interferia na colonização gástrica por H. pylori, e se tal efeito poderia
ser maior quando a frequência de consumo do produto
fosse mais alta. Adotou-se como população do estudo
crianças e adolescentes da faixa etária de 6 a 17 anos de
uma escola situada em uma área de baixo poder socioeconômico de Santiago, no Chile. Os resultados indicaram que o consumo habitual de L. johnsonii La1 atenuava o poder de colonização do H. pylori em populações
de risco para a infecção. Esse efeito mostrava-se mais
significativo quando o consumo do probiótico era mais
frequente. Tais resultados sugerem a administração do
agente probiótico como uma alternativa de profilaxia e
tratamento interessante42.
Um ensaio clínico utilizando L. reuteri em 90 lactentes em aleitamento materno exclusivo, sob tratamento de cólicas intestinais decorrentes de SII, propiciou
a redução desses episódios logo na primeira semana de
tratamento43.
Quanto à enterocolite necrosante, um ensaio clínico demonstrou que a suplementação dos probióticos B.
infantis, S. termophilus e B. bifidum reduziu o risco de
enterocolite necrosante em recém-nascidos prematuros
com menos de 33 semanas de gestação, evidenciando
também uma redução no risco de morte44.
Investigando os possíveis benefícios dos probióticos
na prevenção de bolsite em pacientes com anastomose
ileal, um estudo submeteu, por um período de um ano,
20 pacientes anastomosados ao tratamento com uma
mistura constituída de 900 bilhões de bactérias viáveis
liofilizadas, dentre as quais quatro tipos de lactobacilos,
três de bifidobactérias e um tipo de estreptococo salivar,
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e outros 20 a um suposto tratamento com placebo.
Pôde-se verificar que, enquanto dos 20 pacientes que
fizeram uso do placebo, oito apresentaram bolsite, apenas dois desenvolveram o processo inflamatório entre
aqueles que consumiram a mistura probiótica45.
Um estudo incluiu dez mulheres e cinco homens
portadores de síndrome da fadiga crônica (SFC) previamente avaliados, durante duas semanas sem tratamento, a fim de avaliar as variáveis clínicas geralmente
comprometidas na presença da doença. Após o período
de avaliação inicial, os participantes passaram a consumir 20ml de iogurte contendo Lactobacillus paracasei ssp. paracasei F19, Lactobacillus acidophilus NCFB
1748 e Bifidobacterium lactis Bb12, duas vezes por dia,
durante quatro semanas, sendo acompanhados durante mais quatro semanas posteriores ao tratamento. Ao
final do estudo, seis dos pacientes relataram melhorias
dos sintomas, enquanto um paciente referiu que os
sintomas pioraram. Vale destacar que, especificamente
entre as mulheres, quatro relataram uma melhoria da
sua saúde física, e duas afirmaram que a saúde mental
teve melhora no final do estudo. Já entre os homens,
um referiu melhoras na saúde física, e, outro, na saúde
mental46.
Quanto ao câncer, trabalhos recentes demonstraram que o consumo conjunto e continuado, durante
seis semanas, de L. coryniformis CECT5711 e L. gasseri
CECT5714 adicionados a um iogurte probiótico, melhorou significativamente a função intestinal de adultos
sãos, além de ter estimulado a resposta imunitária inata
e específica, atenuado a citoxicidade do bolo fecal por
meio da redução da concentração de metabólicos tóxicos no intestino, e pelo aumento significativo da concentração de IgA, principal imunoglobulina responsável
pela defesa específica a nível de mucosas frente a patógenos, tendo assim uma possível atividade anticarcinogênica, com resultados mais expressivos na prevenção do
câncer de cólon47.
Discussão
Acerca desse componentes dietéticos na saúde intestinal, a suplementação com prebióticos tem se mostrado
eficaz na redução do número de microorganismos patogênicos e na acentuação do número de bifidobactérias
nas fezes, promovendo adequação da flora intestinal e
melhora na dinâmica do sistema digestivo19.
O consumo frequente de FOS promove o crescimento de bifidobactérias e lactobacilos, estabilizando e
aumentando a proliferação dessas bactérias benéficas no
TGI, mudando a composição de sua microbiota. Ao mesmo tempo, bactérias patogênicas como Eschericchia coli e
Clostridium perfringens são inibidas concomitantemente48.
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Os efeitos laxativos da inulina são provenientes da
produção de AGCC pelas bifidobactérias, o que acelera
o peristaltismo intestinal e, também, provoca aumento
do volume do bolo fecal26.
Os efeitos dos simbióticos na melhora do quadro
de síndrome do intestino curto são atribuídos à melhora da motilidade intestinal e da regulação do sistema imunológico do intestino, alcançadas pela ação do
simbiótico29.
Acerca da obesidade, atualmente, na conduta nutricional adotada com portadores da morbidade, existe
uma forte tendência à recomendação de uso aumentado
de prebióticos em virtude das evidências de que uma refeição rica em prebióticos tem maior volume e estimula
a secreção salivar e o suco gástrico, exigindo assim uma
mastigação mais prolongada e aumentando a sensação
de saciedade. Além disso, sua presença na dieta contribui para a redução da absorção de ácidos graxos e de sais
biliares no intestino delgado e retarda o esvaziamento
gástrico, reduzindo a ingesta alimentar, o que é muito
relevante para obesos em dieta de emagrecimento49.
Os FOS também têm sido sugeridos como auxiliares
no controle da glicemia e da insulinemia, entretanto,
de maneira ainda controversa, pois tais efeitos estão na
dependência da condição fisiológica do indivíduo e do
estágio evolutivo da doença50.
Acerca da recomendação segura do consumo destes componentes dietéticos, tem-se sugerido que o uso
dos FOS por indivíduos diabéticos não traz prejuízos
ao controle da doença, visto que os mesmos não são
fontes de carboidratos nem de açúcares. Devido à pequena quantidade de açúcar livre que apresentam, não
são calóricos e contêm apenas um terço da característica
adoçante da sacarose48.
Também não foram encontradas na literatura evidências que comprovem que o uso da inulina possa trazer prejuízos para o controle da glicemia em pacientes
diabéticos, sendo assim recomendável o seu consumo
para auxiliar no tratamento da doença, tendo em vista
não serem fontes de açúcares da dieta.
A adoção de prebióticos como parte da conduta nutricional voltada para portadores de dislipidemias tem
encontrado respaldo em estudos com variadas metodologias. Os prováveis mecanismos parecem estar relacionados com a fermentação colônica21.
Apesar dos mecanismos de ação dos prebióticos na
dislipidemia não estarem completamente elucidados, dados experimentais conduziram à hipótese de que os FOS
seriam capazes de diminuir a capacidade de síntese hepática de lipídio, por meio da inibição da expressão gênica
das enzimas lipogênicas, resultando em secreção reduzida
de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL-c) via
produção de AGCC ou via modulação da insulinemia51.
Acredita-se, também, que outro provável mecanismo
PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NA SAÚDE
esteja relacionado ao papel dos AGCC em reduzirem a
atividade da enzima metilglutaril CoA-redutase, enzima
chave envolvida na síntese do colesterol25.
O efeito dos prebióticos em estudos envolvendo a
biodisponibilidade de minerais tem sido alvo de muitas
controvérsias ao longo dos anos. Acredita-se que os eles favorecem a absorção de cálcio (Ca), magnésio (Mg) e ferro
(Fe), visto que sua intensa fermentação no intestino grosso
é acompanhada de uma significativa produção de AGCC,
que resulta numa diminuição do pH luminal e em um
aumento na concentração de minerais ionizados. Como
conseqüência, ocorre um aumento na solubilidade do mineral e um subseqüente estímulo à difusão passiva e ativa52.
O quefir apresentou uma atividade antiinflamatória, devido o envolvimento nas respostas produzidas na
formação do granuloma e no processo algogênico por
ácido acético. O mecanismo do desenvolvimento de
contorções abdominais por ácido acético envolve a produção de prostaglandinas, em especial, PGE-2α e PGF2α, mediadores essenciais no processo inflamatório. A
inibição destas contorções pode estar envolvida com o
mecanismo de inibição na gênese de prostaglandinas,
apresentando atividade sobre processos inflamatórios33.
A redução de colesterol através do consumo de cepas
de L. acidophilus e L. casei deve-se a desconjugação dos sais
biliares, devido o fígado precisar transformar mais moléculas de colesterol em sais biliares, diminuindo o teor de
colesterol do plasma sanguíneo, ou ainda devido à adesão à
molécula de colesterol e posterior eliminação pelas fezes53.
Estudos levaram à conclusão de que as cepas bacterianas probióticas da microbiota oral de humanos sãos,
tem uma aplicação potencial para a prevenção e tratamento da halitose54.
Embora estudos mostrem que os probióticos
são capazes de diminuir níveis salivares de bactérias
causadoras das cáries dentárias e outras doenças bucais,
eles não conseguem colonizar a cavidade oral, mesmo
sendo capazes de manter seus efeitos durante duas semanas após cessar seu uso55.
O tratamento com simbiótico aumentou, significativamente, o índice fecal de bactérias não produtoras de
urease (Lactobacillus e Bifidobacterium), reduziu a concentração de bactérias patogênicas, promoveu redução
significativa dos níveis da amônia plasmática, reverteu
a encefalopatia hepática e melhorou a função hepática.
Embora os resultados tenham sido bem menos expressivos, a modulação da microbiota intestinal obtida com
fibra fermentável isolada também trouxe benefícios em
proporção substancial dos pacientes40.
Atualmente, não há evidências suficientes que indiquem a eficácia de um probiótico sozinho, sem um antibiótico, no tratamento da gastrite, úlcera ou câncer decorrente
de infecção por H. pylori, sendo necessários, assim, estudos
adicionais que possam vir a comprovar tais efeitos56.
Estudiosos consideram que já existem evidências
suficientes a favor da utilização dos probióticos na profilaxia de episódios iniciais de bolsite, bem como na prevenção de recidivas após o inicio da terapêutica com antibióticos. Pode-se, portanto, seguramente, recomendar
o uso de probióticos a pacientes com bolsite de atividade leve ou como terapia de manutenção para os sujeitos
que estão em remissão44.
Os poucos estudos acerca da SFC mostram que os
probióticos auxiliam no tratamento e prevenção da patologia por possibilitarem a reposição da microbiota e
a redução da permeabilidade intestinal, fatores fundamentais para estimular o mecanismo de auto-regulação
do organismo57.
Evidências científicas têm sugerido que os problemas
associados com a idade, como imunodepressão, disfunção intestinal e má nutrição podem estar relacionados
com as mudanças no equilíbrio da flora intestinal. Estas
mudanças podem induzir a um maior estado putrefativo no cólon e assim, a um aumento na susceptibilidade
do indivíduo a enfermidades, infecções, ou até mesmo
ao câncer58.
A relação entre o equilíbrio da microflora e a prevenção do câncer está nas propriedades anticarcinogênicas
de certas bactérias, que ligam e degradam compostos
pró-carcinogênicos, produzem compostos antimutagênicos, modulam a ação de enzimas pró-carcinogênicas
no intestino e suprimem o crescimento de tumores por
meio do estímulo aos mecanismos de resposta imune59.
Além disso, como já referido, os FOS melhoram a
composição da microbiota intestinal, aumentando a resistência à colonização por elementos patogênicos, ajudando, assim a reduzir o risco de infecções gastrintestinais e de translocação bacteriana, processos esses que
facilitam a carcinogênese60.
Conclusões
A nutrição precisa se adaptar aos novos desafios da
sociedade, como o aumento da expectativa de vida e o
crescimento exponencial dos custos médico-hospitalares, por meio da promoção do conhecimento de novas
propriedades dos alimentos que maximizem as funções
fisiológicas de cada indivíduo, de maneira a assegurar
tanto o bem-estar quanto a saúde, bem como minimizar os riscos de desenvolvimento de doenças ao longo
da vida. Nesse contexto, os prebióticos e os probióticos
mostraram, através de incontáveis estudos no decorrer
dos últimos anos, serem capazes de exercer efeitos benéficos na saúde da população mundial.
Tendo em vista suas propriedades funcionais, são
amplamente utilizados no tratamento e/ou prevenção
de: diabetes mellitus, obesidade, dislipidemias, distúrbios
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Silva B. Y. C., Martins T. F.
do TGI, como diarréias, constipação, gastrite, úlcera,
além de infecções em diversos sistemas e até mesmo do
câncer de cólon.
Ainda é necessário que mais estudos sejam realizados a
fim de que mais evidências possam ser encontradas, possibilitando disseminar a utilização dos prebióticos e probióticos na prática clínica. Mas isso não impede que o consumo
desses alimentos, em quantidades adequadas, possa fazer
parte do nosso cotidiano desde já, tendo em vista que há
comprovação científica das vantagens do seu consumo em
uma infinidade de doenças, tornando-os imprescindíveis
na mesa dos indivíduos que prezam pela qualidade de vida.
Vale salientar que, para o tratamento de doenças,
não basta o consumo da quantidade ideal de prebiótico e/ou probiótico indicada, tendo em vista que os
mesmos, sozinhos, não são capazes de evitar a ocorrência de uma patologia. Portanto, deve-se entendê-los como um suporte às terapias dietéticas e/ou
medicamentosas.
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