Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Câmpus São Paulo Unidade Curricular: N1FE1- Prof. Osvaldo Canato Curso: Engenharia de Controle e Automação PROJETO – PLANO INCLINADO Bianca Bersan, 1565443 Bruno Brito, 1562401 Gabriely Machado, 1560212 Kennedy Rocha, 1372033 Lincoln Oliveira, 1560531 Junho/2015 Projeto – Plano Inclinado 1. Objetivos Este projeto tem como objetivo colocar em prática os estudos realizados no simulador sobre plano inclinado, analisando as forças atuantes sobre um corpo presente no plano, tal como os coeficientes de atrito estático e dinâmico, sua velocidade e aceleração. 2. Introdução Teórica Em um sistema onde temos um plano inclinado e uma massa conforme mostrado na figura abaixo: Temos a influência das forças; -Peso (P) que é perpendicular ao plano horizontal e é gerada pela força da gravidade -Normal (N), que é perpendicular ao plano inclinado e é a força contrária a força: -Py que a massa exerce sobre o plano -Px que é a força gerada pela inclinação do plano que é paralela ao plano inclinado Força de atrito (Fat) é a força contrária à Px e é gerada pelo atrito da massa com a rampa. 2 Projeto – Plano Inclinado A forma utilizada para realizar a medição da quantidade de atrito é o cálculo do coeficiente de atrito (γ), sendo a força de atrito calculada através da multiplicação do coeficiente de atrito pela força normal ou seja Fat=N.γ Sabemos que no ângulo de iminência, o valor da força de atrito tem módulo igual ao da componente Px. Determinação do coeficiente de atrito estático. Em condições ideais onde não existe atrito, qualquer leve inclinação na rampa seria suficiente para que o objeto iniciasse o movimento de descida. Porém com a existência do atrito estático, devemos variar o ângulo da rampa a fim de fazer com que a força Fx seja em módulo maior que Fat para que o objeto inicie o movimento de descida. (1) Ao observar o triângulo formado na figura pelas componentes Py, P, Fx e o ângulo α, podemos perceber que Fx= P.sen(α). (2) Se no ângulo de iminência Fx=Fat temos que P.sen(α)=N.γe (3) A força N é em módulo igual ao da componente Py, de acordo com a figura temos que Py=P.cos(α) (4) Ao voltarmos para a (2) temos que P.sen(α)=N.γe se |N|=|Py| = P.cos(α) então P.sen(α)= P.cos(α).γe, Logo γe = sen(α)/cos(α)= tan(α) γe = tan(α) Dessa forma vimos que se conhecermos o ângulo de iminência poderemos conhecer também o coeficiente de atrito estático que tem valor igual a tangente de α. Determinação do coeficiente de atrito cinético. A força gerada pelo atrito cinético é contrária à tendência de movimento, sendo responsável pela desaceleração do objeto o cálculo dessa grandeza se dá por fórmula análoga a da força de atrito estático sendo a força de atrito cinético (Fac)= N.γc. Para calculá la ( uma vez que não possuímos o γc podemos pensar na seguinte situação: 3 Projeto – Plano Inclinado A força resultante (Fr) com que o objeto desce a rampa pode ser calculada através de Fr = |Px| - | Fac| ou ainda Fr = m.a sendo a= aceleração na descida. Então temos que (1) |Px| - Fr = Fac sendo Px= P.sen(α) e Fr=m.a sendo a= aceleração da massa na descida, se obtivermos o valor da aceleração na descida, conseguiremos calcular a força de atrito cinético. Se conhecermos o tempo de descida e o comprimento da rampa poderemos usar a fórmula de cinemática S = So + VoT + a.T²/2 para calcular a aceleração com que o objeto desce a rampa. Conhecendo o valor da a aceleração, poderemos voltar em (1) e calcular a força de atrito cinético. Sabendo que Fac = P.cos(α).γc γc=Fac/P.cos( α) Cálculo da velocidade de descida. Conhecendo a aceleração e o tempo de descida, o cálculo da velocidade de descida pode ser dado pela fórmula V = Vo + a.T 3. Material utilizado Os materiais utilizados foram: 5 Caixas de fósforo encapadas; Papel manteiga; Plástico; Tecido; Jornal; Borracha (EVA); Transferidor analógico; Régua; 4 Projeto – Plano Inclinado Fita Adesiva; Plano liso; Balança analítica. 4. Procedimento utilizado Plano Inclinado i. Com plano utilizado posicionado horizontalmente posicionar uma caixinha sobre o mesmo e com o transferidor em sua base. ii. Aumentar gradativamente o ângulo formado entre o plano e a base de apoio até que a caixinha entre na iminência do movimento de decida. iii. Repetir esse procedimento para todas as caixinhas. iv. Determinar os coeficiente de atrito, a força resultante, a velocidade e a aceleração do objeto. 5. Medidas, análises e resultados obtidos Coeficiente de atrito estático γe = tan(α) Aceleração: Sendo S = So + Vo.t + at²/2 , se So e Vo são = 0 e S = 0,2 , temos que aceleração = 0,4/t² Velocidade : V= Vo+a.T , sendo a= 0,4/t² temos que V= 0,4/t Coeficiente de atrito cinético γc γc = Fac/P.cos( α) Px| - Fr = Fac Px= P.Sen(α) 5 Projeto – Plano Inclinado P= m.g sendo g = aceleração da gravidade Fr= m.a então γc = (Px - Fr)/P.cos( α) γc = ( m.g.Sen(α) – m.a)/ m.g.cos(α) simplificando por m, temos que γc = ( g.Sen(α) – a)/ g.cos(α) Adotando g=9,8m/s² temos â = ângulo de iminência Papel manteiga â =19° e t = 0,53s Borracha â = 30° t = 0,78s Massa: 8,6g Massa: 10,8g γe = 0,344 γe = 0,577 a = 1,42 m/s² a = 0,65m/s² V = 0,75 m/s V = 0,512 m/s γc = 0,94 γc = 0,86 Fr = 12,2x10-3N Fr = 7,02x10-3N Caixa de ovos â = 22° e t = 0,53s Plástico â = 24° t= 0,33s Massa: 11,5g Massa = 9,4g γe = 0,404 γe = 0,406 a = 1,42 m/s² a = 3.673m/s² V = 0,754 m/s V = 1.212m/s γc = 0,92 γc = 0,91 Fr = 16,33x10-3N Fr=34,53x10-3 6 Tecido = 32° t = 0,72 s Massa: 12,8g γe = 0,62 a = 0,771m/s² V = 0,555m/s γc = 0,848 Fr = 9,87x10-3N 6. Conclusão Com esse projeto pudemos concluir que o coeficiente de atrito estático não possuí nenhuma relação com a massa do objeto e sim apenas com o ângulo de iminência. Pudemos observar também que é possível calcular o coeficiente de atrito cinético se levarmos em conta o tempo que a massa levou para completar a descida da rampa, pois uma vez que conhecemos o tempo podemos calcular a aceleração do objeto e com a aceleração podemos calcular a força resultante. Se não houvesse atrito, a força Px que age sobre o objeto seria igual a força resultante, porém sabemos que devido a força de atrito a força resultante é menor que Px, logo a Força de atrito cinético pode ser dada pela diferença entre as forças Px e resultante. Esse experimento, embora tenha trazido resultados satisfatoriamente próximos do esperado, ainda conta com certos erros que podem ter sido causados pela imprecisão do observador ao relatar o valor do ângulo de iminência e o tempo de descida da rampa. 7. Referência Bibliográfica - http://partilho.com.br/fisica/plano-inclinado-fisica/ - http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php