Direção Internacional International Business Platform Novembro 2015 Internacionalização > BRASIL > ÍNDICE 1. PAÍS 2. ECONOMIA 3. SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 4. REGIME CAMBIAL 5. REGIME FISCAL 6. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO 7. PROPOSTA DE VALOR DO MILLENNIUM BCP E CONTACTOS 1. PAÍS > ÁREA • 8.547.400 Km2 > POPULAÇÃO • 204,5 Milhões (2015, estimativa EIU) > HORA LOCAL • Em relação a PT entre -2 (inverno) e - 4 horas (verão) > DESIGNAÇÃO OFICIAL • República Federativa do Brasil > FORMA DE GOVERNO • República Federativa Presidencialista, constituída por 26 Estados, 1 Distrito Federal e 5.565 Municípios > CAPITAL • Brasília > OUTRAS CIDADES IMPORTANTES • De acordo com o índice de “Ease of Doing Business” do IFC (International Finance Corporation) do Banco Mundial, o Brasil melhorou a sua posição de 123º para 120º em 2015, num total de 189 países. RATINGS 3 LONGO PRAZO OUTLOOK S&P BBB- Negativo Moody’s Baa3 Estável FitchR BBB Negativo BRASIL São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte > UNIDADE MONETÁRIA • Real (BRL) > LÍNGUA • Português > ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS A QUE PERTENCE • • • • • • Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Organização Mundial de Comércio (OMC) Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) Sistema Económico Latino-Americano e do Caribe (SELA) Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) 2. ECONOMIA > INDICADORES MACRO ECONÓMICOS 2010 2011 2012 2013 2014 2015P 2016P 2,208.3 2,611.9 2,411.3 2,390.4 2,346.0 1,899.5 1,905.1 Taxa de Crescimento Real (%) 7.6 3.9 1.8 2.7 0.1 -1.5 0.5 Taxa de Inflação – média (%) 5.0 6.6 5.4 6.2 6.3 8.8 5.9 Dívida Pública (em % PIB) 51.8 51.3 54.8 53.3 58.9 65.1 66.0 Saldo da Balança T. Corrente (% PIB) -2.9 -2.7 -2.7 -4.0 -4.5 -3.9 -3.7 Taxa de juro ativa (média em %) 40.0 43.9 36.6 27.4 32.0 42.6 43.3 Taxa de câmbio BRL/USD (fim do ano) 1.67 1.88 2.04 2.34 2.66 3.17 3.29 PIB (mil milhões USD) P- previsão • Após um forte ciclo de crescimento, a economia brasileira abrandou, prevendo-se para 2015 uma contração de 1,5% do produto interno bruto. Esta quebra resulta de fatores externos (descida do preço das matérias-primas nos mercados internacionais), mas também de fatores estruturais internos (infraestruturas frágeis, burocracia e sistema fiscal complexo). • A inflação tem subido, mantendo-se acima do objetivo do Banco Central Brasileiro (4,5%), na sequência de medidas de estímulo da procura interna, facilitando o consumo e o crédito. • O envolvimento da Petrobras (empresa petrolífera brasileira) em práticas de corrupção, atingindo dirigentes políticos e grandes empresas, tem contribuído para a quebra de confiança dos investidores. 4 BRASIL Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) 2. ECONOMIA • O Brasil é atualmente a 1ª economia da América Latina, representando cerca de 40% do PIB da região. A base da economia brasileira assenta nos setores agrícola e mineiro (o país é rico em recursos naturais), mas também numa forte indústria e num diversificado setor de serviços (que representa cerca de 70% do PIB). • Nos últimos anos o Brasil apresentou elevadas taxas de crescimento económico, com melhoria das condições sociais e redução dos níveis de pobreza, ocupando o 7º lugar da lista das maiores economias mundiais. Investimento Direto Estrangeiro no Brasil • Apesar do atual abrandamento da economia o Brasil mantém-se como o país sul-americano que regista maiores entradas de Investimento Direto Estrangeiro (IDE). 66660 65272 63996 62495 48506 • Embora em níveis mais baixos do que em 2011-12, a quebra do investimento direto estrangeiro no setor primário foi parcialmente compensada pelo aumento dos fluxos canalizados para a manufatura e serviços. A indústria de veículos automóveis, o comércio, telecomunicações e extração de gás e petróleo foram os principais alvos do investimento estrangeiro. • O nível elevado de investimento direto estrangeiro tem permitido ao Brasil financiar uma parte significativa do seu défice de conta corrente. 5 BRASIL 25949 2009 2010 2011 2012 Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2015 2013 2014 USD Mio Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) 2. ECONOMIA • Para estimular a economia o governo federal lançou um programa de investimentos públicos de que se destaca: Programa de Aceleração do Crescimento Plano Brasil Maior PAC - Lançado em 2007, visa estimular o crescimento da economia brasileira através do investimento em obras de infraestrutura (portos, rodovias e ferrovias, aeroportos, redes de esgoto e geração de energia). Em 2011 foi lançada a segunda fase do programa com novos recursos e investimentos visando aumentar o nível de emprego no país, melhorar as infraestruturas e garantir o desenvolvimento económico em todas as regiões do Brasil. Lançado em 2011 reflete a política industrial, tecnológica e de comércio externo do governo de Dilma Roussef e tem como principais desafios: Sustentar o crescimento económico inclusivo num contexto económico adverso Sair da crise internacional em melhores condições e ocupando um lugar melhor na economia mundial Fomentar a inovação, o desenvolvimento produtivo do parque industrial brasileiro e a obtenção de ganhos sustentados na produtividade do trabalho • Após um forte crescimento económico registado até 2013, a economia brasileira abrandou. Segundo o the Economist Intelligence Unit o crescimento poderá retomar em 2016, embora com o PIB a crescer apenas 0,5%, refletindo uma fraca dinâmica do mercado de trabalho, menor procura do mercado chinês, custos do crédito mais elevados e dificuldade em avançar com reformas estruturais. • Perspetivando-se uma descida da inflação, invertendo a atual tendência, o consumo privado poderá subir ligeiramente e o investimento pode recuperar, atraído pelas oportunidades que o mercado brasileiro oferece. 6 BRASIL Fontes: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil; The Economist Intelligence Unit (EIU) 2. ECONOMIA > RELAÇÕES COM O EXTERIOR Principais Destinos das Exportações Brasileiras (2014) China; 18,0 Outros; 44,0 EUA; 12,1 Argentina; 6,3 Holanda; 5,5 Itália; 1,8 Venezuela; 2,1 Principais Origens das Importações Brasileiras (2014) Japão; 3,0 India; 2,1 Chile; 2,2 Setor China; 16,3 Outros; 37,5 EUA; 15,4 França; 2,5 Argentina; 6,2 Japão; 2,6 Itália; 2,8 India; 2,9 Alemanha; 2,9 Exportações 2014 Coreia do Sul; 3,7 Setor Alemanha; 6,0 Nigéria; 4,1 Importações 2014 Minérios, escórias e cinzas 12,6% Combustíveis e óleos minerais 19,7% Combustíveis e óleos minerais 11,2% Máquinas e equipamentos mecânicos 13,9% Grãos, sementes e frutos 10,4% Máquinas e equipamentos elétricos 11,8% Carnes 6,9% Veículos e outros meios de transporte 8,5% Máquinas e equipamentos mecânicos 5,7% Químicos orgânicos 4,7% • Desde 2009 a China tem vindo a subir no ranking dos parceiros comerciais do Brasil, ocupando atualmente o 1º lugar como cliente e como fornecedor. Os EUA e a Argentina ocupam respetivamente a 2ª e 3ª posições, tanto a nível de exportações como de importações. • O saldo da balança comercial brasileira, habitualmente positivo, apresentou-se negativo em 2014. Segundo a EIU estimase que em 2015 volte a ser positivo, com o aumento das exportações e diminuição das importações. 7 BRASIL Fonte: ITC – International Trade Centre 2. ECONOMIA > RELAÇÕES PORTUGAL – BRASIL • A balança comercial luso-brasileira é tradicionalmente desfavorável a Portugal, embora o saldo negativo tenha vindo a diminuir devido à subida das nossas exportações e à diminuição expressiva das importações nos últimos dois anos. Em 2014 o Brasil ocupava a 11ª posição como nosso cliente e como nosso fornecedor. Entre os produtos exportados por Portugal destacam-se os agrícolas (44%) e as máquinas e aparelhos (16%). Segundo o INE em 2013 houve 1.742 empresas portuguesas a exportar para o Brasil. (em € Mio) Evolução da Balança Comercial Bilateral Δ 2014/13 Ranking do País -14% 11º 864,9 4% 11º -225,8 143% 2010 439,5 2011 583,1 2012 680,8 2013 739,0 2014 639,1 Importações do Brasil 1.046,5 1.462,0 1.368,8 831,9 Saldo -607,0 -878,9 -687,9 -92,9 Exportações para o Brasil • Tem havido grandes oscilações do investimento direto recíproco entre Portugal e o Brasil nos últimos anos. Em 2014 o Brasil foi a principal origem do investimento direto em Portugal, representando cerca de 42% do montante total. Os setores da construção, energia, turismo e serviços são os que mais atraem as empresas portuguesas no Brasil. (em € Mio) Evolução do Investimento Direto Bilateral ID Líquido do Brasil em Portugal ID Líquido de Portugal no Brasil 8 2010 2011 2012 2013 2014 595,9 -144,6 -601,4 91,9 3.501,1 -94,6 -44,1 -578,9 -611,6 265,2 BRASIL Fontes: INE, Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal 3. SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO • Banco Central do Brasil (BACEN) É responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, o real, e tem por objetivos: – zelar pela adequada liquidez da economia – manter as reservas internacionais em nível adequado – estimular a poupança • Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) empresa pública federal, presta financiamento à realização de investimentos na economia. Destacase no apoio à agricultura, indústria, infraestruturas de comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. • O sistema financeiro do Brasil é um dos mais líquidos dos mercados emergentes. • Segundo a informação conhecida, os principais bancos encontram-se bem capitalizados; a regulação, supervisão e o sistema de gestão de risco são os adequados. 9 Principais bancos no Brasil Banco Total Ativos Dez 2014 (Eur x 1.000) Posição no País Banco Central do Brasil 669.056.347 1 Banco do Brasil S.A. 396.445.783 2 Itau Unibanco SA 361.089.864 3 Itau Unibanco Holdings 349.629.899 4 Caixa Economica Federal 330.237.899 5 Banco Bradesco SA 288.602.399 6 Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social - BNDES Banco Santander (Brasil) S.A. 272.091.301 7 161.352.901 8 BTG Pactual Group 67.719.149 9 Banco BTG Pactual SA 50.453.923 10 HSBC Bank Brasil SA - Banco Multiplo 45.208.186 11 Ranking Mundial 71 78 90 135 345 382 BRASIL Fontes: BACEN; BNDES; Bankscope 4. REGIME CAMBIAL • O regime cambial consiste na forma de determinação da taxa de câmbio de um país. Compete ao governo brasileiro a definição do regime cambial através de medidas de controlo. O controlo cambial é feito através de regulamentação cambial e de regras fiscais, de comércio exterior, entre outras, com o objetivo de estimular ou desincentivar: – – a entrada de capital estrangeiro no Brasil o investimento no exterior. > CONTROLO CAMBIAL • Os dois principais diplomas legais que regulam o mercado de câmbios e de investimentos estrangeiros no Brasil são: • LEI Nº 4.131/62 – apresenta as regras sobre a definição de capital estrangeiro, as modalidades de investimento estrangeiro no Brasil e a necessidade de registo dos investimentos no Banco Central. • LEI Nº 4.595/64 – apresenta as regras gerais sobre o sistema financeiro e cria o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central. O CMN é responsável por elaborar a política cambial geral do Brasil; os controlos cambiais, as regras que afetem o capital estrangeiro e a gestão das reservas internacionais estão sob a jurisdição do Banco Central. 10 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 4. REGIME CAMBIAL > EVOLUÇÃO DO MERCADO DE CÂMBIOS BRASILEIRO • Até 1988 vigorou no Brasil o regime de taxas oficiais fixadas pelo Governo, reflexo das sucessivas crises cambiais que impuseram a necessidade de estabelecer limites e exigências burocráticas para a aquisição de moeda estrangeira. • Como consequência de um mercado de câmbios “oficial” e de um controlo cambial rígido surgiu o mercado de câmbios “paralelo”, não regulamentado nem reconhecido pelas autoridades brasileiras, onde a moeda estrangeira era negociada a taxas diferentes das praticadas no mercado oficial de câmbios. • Posteriormente foi criado o mercado de câmbios de taxas flutuantes: a moeda estrangeira era negociada a preços e condições livremente acordadas, obedecendo à oferta e procura do mercado. Este mercado marcou o início da flexibilização do mercado de câmbios brasileiro. • Em 1990 foi estabelecido o mercado de câmbios de taxas livres que extinguiu o regime de câmbios de taxas oficiais. O regime cambial brasileiro passou a ser formado por um regime de taxas flutuantes e um regime de taxas livres. • Em 1999 o Banco Central editou normas para unificar as taxas de câmbios negociadas em ambos os mercados; foi adotado o regime de taxas flutuantes, definidas pelo mercado interbancário, com possibilidade do Banco Central intervir ocasionalmente nos mercados para conter movimentos desordenados das taxas de câmbio. • Com a unificação dos mercados de câmbios o sistema cambial brasileiro desenvolveu-se significativamente. A nova regulamentação cambial ampliou a permissão para aquisição e venda de moeda estrangeira, bem como para a realização de investimentos brasileiros no exterior. • Atualmente o acesso ao mercado de câmbios é livre. As pessoas físicas e jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais, sem limitação de valor, desde que a operação de câmbio seja realizada por agente autorizado, e seja observada a legalidade da transação e fundamentação económica. 11 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 5. REGIME FISCAL > IMPOSTOS COBRADOS PELA UNIÃO FEDERAL, PELOS ESTADOS E PELOS MUNICÍPIOS IMPOSTOS FEDERAIS – todo o rendimento auferido por residentes no Brasil está sujeito a tributação, independentemente da fonte estar situada no Brasil ou no exterior. • Imposto de Renda de Pessoa Física – varia entre 0% e 27,5% dependendo do montante de rendimento mensal. • Imposto de Renda de Pessoa Jurídica – para apurar a base de cálculo é possível optar pelo lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado. • Sistema Simplificado de Tributação (SIMPLES) – aplicada uma percentagem sobre a receita bruta auferida pela empresa, que varia de acordo com o valor da receita e com a natureza da atividade empresarial. Devido à sua simplicidade é considerado como um incentivo fiscal. • Imposto sobre Produtos Industrializados – incide sobre a exportação e importação de produtos industrializados. • Imposto de Importação – incide sobre a importação de produtos e varia entre 0% e 35% de acordo com a natureza do produto e com a sua classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul. • Imposto sobre Operações Financeiras – incide sobre operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativas a títulos ou valores imobiliários. Varia entre 0% e 25%. • Imposto Territorial Rural – incide anualmente sobre a propriedade de imóveis rurais e varia entre 0,03% e 20%, dependendo da região e da produtividade da propriedade. 12 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 5. REGIME FISCAL IMPOSTOS ESTADUAIS E DO DISTRITO FEDERAL • Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços – principal imposto estadual, incide sobre a circulação de mercadorias, onerando a fase de industrialização e comercialização, incluindo importação, e sobre a prestação de serviços de transporte e comunicação. Não incide sobre operações de exportação. • Imposto sobre Transmissão por Morte e Doação de qualquer Bem ou Direito – varia entre 0% e 8% e incide sobre a transmissão de propriedade real, título, crédito, ações, quotas, investimentos e outros ativos por doação ou herança. • Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – incide anualmente sobre a propriedade de automóveis e motocicletas. IMPOSTOS MUNICIPAIS • Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza - varia entre 2% e 5%. • Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis • Imposto Predial e Territorial Urbano CONTRIBUIÇÕES • Contribuição Social sobre Lucro Líquido – incide sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas antes do imposto de renda. Para entidades não financeiras é 9% e para entidades financeiras 15%. • Contribuição para o Financiamento da Segurança Social e Contribuição para o Programa de Integração Social – são cobradas mensalmente sobre a receita auferida por pessoas jurídicas. 13 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 5. REGIME FISCAL > INVESTIDORES ESTRANGEIROS • A tributação sobre investimentos detidos por estrangeiros no Brasil depende do regime adotado no registo do investimento junto do Banco Central. • O registo pode ser realizado: – como investimento estrangeiro direto por meio de aquisição de participações societárias – por meio da resolução BACEN nº 2.689/00, que pode implicar um tratamento fiscal mais favorável. • A tributação dos investidores estrangeiros é geralmente feita por retenção na fonte. • Ganhos de Capital – auferidos por não residentes em investimentos registados no Banco Central, estão sujeitos à incidência de imposto de renda retido na fonte à taxa de 15%. • Dividendos – os lucros ou dividendos não estão sujeitos a retenção na fonte nem integram a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no país ou no exterior. • Juros – pagos a não residentes estão sujeitos a retenção na fonte à taxa de 15%. • Juros sobre Capital Próprio – sujeitos ao imposto de renda à taxa de 15%. • A Assembleia da República portuguesa aprovou (Resolução nº 33/2001) a Convenção entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil Destinada a Evitar a Dupla Tributação e a Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Protocolo anexo, assinados em Brasília em 16 de Maio de 2000”; http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/convencoes_evitar_dupla_tributacao/convencoes_tabelas_doclib/ 14 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 6. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO • Para incentivar o investimento as autoridades brasileiras têm procurado reduzir o respetivo custo por meio de instrumentos financeiros, tributários e regulatórios que: – ofereçam prazos e juros compatíveis com os níveis internacionais no financiamento a longo prazo – eliminem ou reduzam os encargos tributários sobre o investimento – promovam a modernização e simplificação dos procedimentos de registo e legalização de empresas. > APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos • Atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. • Tem por missão desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e atrair investimento estrangeiro direto. • Elo de ligação entre potenciais parceiros, fornecedores e autoridades reguladoras, os seus serviços abrangem: – Identificação de oportunidades – Escolha de mercados alvo – Fornecimentos de estudos e análises – Inteligência de mercado 15 BRASIL Fonte: APEX, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos 6. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO > CAPITAL ESTRANGEIRO - regido pelas Leis nº 4.131 de 3/9/62 e nº 4.390 de 29/8/64 • Engloba os bens, máquinas e equipamentos entrados no Brasil sem dispêndio inicial de divisas, destinados à produção de bens ou serviços, assim como os recursos financeiros ou monetários trazidos para o Brasil para aplicação em atividades económicas desde que pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas não residentes. • Registo do Capital Estrangeiro – deve ser efetuado no Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN), módulo RDE-IED (Registo Declaratório Eletrónico – Investimento Externo Direto). É essencial para a remessa de lucros para o exterior, o repatriamento do capital e o registo de reinvestimento de lucros. > MODALIDADES DE INVESTIMENTO • Em Moeda – não depende de autorização prévia. Deve ser enviado para o país através de estabelecimento bancário autorizado a operar câmbios. Deve ser registado até 30 dias a contar da data do contrato de câmbio. • Via Conversão de Créditos Externos – não sujeito a autorização prévia do Banco Central. • Via Importação de Bens sem Cobertura Cambial – não exige autorização prévia do Banco Central se efetuado para a integralização do capital social e desde que o bem seja tangível. Após despacho aduaneiro a empresa tem 90 dias para registar o investimento no Banco Central. • No Mercado de Capitais 16 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 6. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO • Remessa de Lucros – não existem restrições à distribuição de lucros e à sua consequente remessa para o exterior. Não são tributados. • Repatriamento – o capital estrangeiro registado no Banco Central pode ser repatriado em qualquer altura para o seu país de origem, não precisando de autorização prévia. • Transferência de Investimentos para o Exterior – o adquirente no Brasil é responsável pela retenção e recolha do imposto de renda incidente sobre o ganho de capital auferido por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior que alienar bens localizados no Brasil. • Proibição de Investimento Estrangeiro – não é permitida a participação de capital estrangeiro na indústria aeroespacial ou nas atividades que envolvam energia nuclear, prestação de serviços saúde ou de correio. • Há restrições à participação de capital estrangeiro nas seguintes atividades ou setores de atividade económica: – Aquisição de terras rurais – Aquisição de propriedades em áreas de fronteira – Instituições financeiras – Exploração de serviços aéreos públicos – Comunicação Social (Propriedade e/ou administração de jornais, revistas, redes de rádio e televisão – Mineração. 17 BRASIL Fonte: Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil 6. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO > ACESSO AO MERCADO BRASILEIRO • O protecionismo e intervenção estatal que vigoraram no mercado brasileiro até 1990 deram lugar a uma progressiva liberalização das trocas comerciais com o exterior. Mantém-se no entanto uma carga fiscal pesada sobre a importação de muitos produtos. • SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior, integra o registo, acompanhamento e controlo das operações de comércio externo do Brasil (importação e exportação). • Todas as mercadorias importadas no mercado brasileiro estão sujeitas a Despacho Aduaneiro processado pelas entidades alfandegárias. • As importações brasileiras são geralmente dispensadas de licenciamento, devendo apenas ser registadas no SISCOMEX antes de se proceder ao Despacho Aduaneiro. • Estão sujeitas a licenciamento quando a legislação exige a autorização prévia da Administração Pública para a importação de determinadas mercadorias ou quando devem ser observadas condições específicas. Nesses casos o importador deve preencher uma Licença de Importação com a antecedência prevista na legislação. O licenciamento pode ser automático ou não automático. • Regime Jurídico de Importação: – Portaria nº 23 de 14/7/2011 – consolida as normas e procedimentos aplicáveis às operações de comércio exterior. – Decreto nº 6.759/2009 de 6 de fevereiro – regulamenta a administração das atividades aduaneiras, a fiscalização, o controlo e a tributação das operações de comércio exterior. 18 BRASIL Fonte: Quadro Legal Brasileiro 6. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO > PORQUÊ INVESTIR NO BRASIL • 200 milhões de habitantes com uma evolução demográfica anual de 2,5 milhões de pessoas • Economia aberta e diversificada, com grande oferta de oportunidades em múltiplos setores produtivos • Um dos mercados mais consumidores a nível mundial • Principal economia da América Latina e porta de entrada na Mercosul • Um dos principais “alvos” do investimento direto estrangeiro • Setor industrial forte e competitivo, destacando-se nas indústrias aeroespacial, automóvel, mineira e química • Um dos maiores produtores mundiais e exportadores de produtos minerais brutos e processados • Detentor de grandes depósitos de minério de manganês, estanho e ouro • Entre os maiores produtores mundiais de café, laranja, açúcar, soja, carne, tabaco e produtos florestais • Maior área de terra arável e detentor de 12% da superfície de água do planeta • Grande investidor em projetos que fomentam a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação • Força de trabalho jovem, dinâmica, apoiada por programas de formação profissional • Proximidade cultural e linguística 19 BRASIL Fonte: Investment Guide to Brazil 2014 7. PROPOSTA DE VALOR DO MILLENNIUM BCP > DOIS CENTROS DE COMPETÊNCIAS International Business Platform IBP Millennium Trade Solutions MTS TRADE FINANCE > Analisa necessidades e perfil da Empresa e propõe soluções para responder às exigências da sua actividade e estratégia internacional INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS > Apoio no processo de internacionalização, através de aconselhamento sobre: • Gestão de Tesouraria • Como abordar o mercado • Pagamentos e Recebimentos • Enquadramento legal, jurídico e fiscal • Op. Documentárias e Garantias Bancárias • Recurso a operações próprias ou parceiros locais • Soluções de Trade Finance • Soluções Financeiras E uma linha telefónica exclusiva para o Negócio de Trade Finance Atendimento Personalizado dias úteis das 8h30 às 20h00 [email protected] | www.millenniumbcp.pt 20 BRASIL CONTACTOS > NO MILLENNIUM BCP Diogo Lacerda Head of Trade Finance Tel: + 351 211 132 161 [email protected] > Millennium Trade Solutions EQUIPA EM LISBOA EQUIPA NO PORTO Ana Teresa Sá Diretor, MTS Sul Tel: + 351 211 131 779 [email protected] Helena Gonçalves Diretor, MTS Norte Tel: + 351 220 41066 [email protected] Carlos Martins [email protected] Marta Soares [email protected] Nélia Margarido [email protected] Sónia Rocha [email protected] Carla Oliveira [email protected] Jorge Valpaços [email protected] Ana Bentes Oliveira [email protected] Rui Nóvoa [email protected] Paulo Ferreira [email protected] Patrícia Pereira [email protected] Barbara Carvalho [email protected] 21 BRASIL > International Business Platform Filipe Félix Tel: + 351 211 131 716 [email protected] CONTACTOS > EM PORTUGAL > Embaixada do Brasil Estrada das Laranjeiras, 144 1649-021 Lisboa Tel.: +351 217 248 510 E-mail: [email protected] http://lisboa.itamaraty.gov.br/ > Consulado Geral do Brasil no Porto Av. de França, 20, 1º 4050-275 Porto Tel.: +351 226 084 070 E-mail: [email protected] > Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira Av. Conselheiro Fernando de Sousa, nº 11, 6º 1070-072 Lisboa Tel: +351 213 477 475 E-mail: [email protected] www.ccilb.net 22 BRASIL > aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: +351 217 909 500 Rua Júlio Dinis, 748, 9º dto 4050-012 Porto Tel: +351 226 055 300 E-mail: [email protected] www.portugalglobal.pt > COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: +351 217 913 700 E-mail: [email protected] www.cosec.pt CONTACTOS > NO BRASIL > Embaixada de Portugal em Brasília Avenida das Nações, Quadra 801, lote 2 CEP 70 402-900 Brasília DF Tel.: +55 61 3032 9600 E-mail: [email protected] www.embaixadadeportugal.org.br. > aicep Portugal Global – São Paulo Edif. do Consulado Geral de Portugal Rua Canadá, 324 – Jardim Europa 01436-000 São Paulo SP Tel.: +55 11 3084 1830 E-mail: [email protected] www.portugalglobal.pt > Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (APEX) Setor Bancário Norte – SBN Quadra 2 – Lote 11 Ed. Apex-Brasil 70040-020 Brasília - DF Tel: +55 61 3426 0202 E-mail: [email protected] www.apexbrasil.com.br > Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil Avenida da Liberdade, 602, 2º 01502-001 São Paulo SP Tel: +55 11 3340 3333 www.camaraportuguesa.com.br > Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) Esplanada dos Ministérios, Bloco J, Sala 700 CEP 70053-900 Brasília DF Tel: +55 61 2027 7050 www.camex.gov.br 23 BRASIL > Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB Avenida Geberal Justo, 335, 4º CEP 20021-130 –Centro - Rio de Janeiro RJ Tel: +55 21 2544 0048 E-mail: [email protected] www.aeb.org.br DISCLAIMER Os conteúdos aqui apresentados têm caracter meramente informativo e particular, sendo divulgados aos seus destinatários, como mera ferramenta auxiliar, não correspondendo a qualquer sugestão, recomendação, conselho ou proposta por parte do Banco, pelo que tais conteúdos são insuscetíveis de: i) desencadear ou justificar qualquer ação ou omissão, ii) sustentar qualquer operação, ou ainda iii) dispensar ou substituir qualquer julgamento próprio por parte dos seus destinatários, sendo estes, por isso, inteiramente responsáveis pelos atos, iniciativas, juízos ou omissões que pratiquem. 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