Filarioses Prof Msc Meire Cristina Alves de Castro Pauleto Filarias: Helmintos afilados, transmitidos principalmente por artrópodes. Principais filarias no Brasil: • Wuchereria bancrofti (filariose linfática ou elefantíase) • Onchocerca volvulus (Oncocercose) e a • Manzolella ozzardi (geral/e assintomática) Aproximadamente 115 milhões de infectados por W. bancrofti nas regiões tropicais e subtropicais. (Michael, Bundy, 1977) Brasil: focos isolados urbanos Pernanbuco, Amazona e Pará Wuchereria bancrofti verme adulto Morfologia: machos e fêmeas: longos e delgados, brancos e leitosos Fêmeas 7 a 10 cm, extremidades afiladas São vivíparas:originam formas Pré larvárias:microfilarias Machos 3 a 4 cm, extremidades anterior afiladas Extremidade posterior enrolada Habitat: Machos e fêmeas • Vasos e gânglios linfáticos • Principais regiões: abdominal, pévica • (perna e escroto), mamas e braços. • Microfilárias: • Circulação sanguiínea do hospedeiro Microfilarias Medem 300 µm Possuem bainha: importante para a Diferenciação com outros filarídeos Movimenta-se ativamente na corrente sanguínea. Larvas encontadas no HI L1, L2 e L3 infectante Periodicidade da Microfilaremia periférica: Característica do parasito na maioria das regiões onde é encontrado, Durante o dia: microfilárias localizam-se nos capilares profundos (preferencial/e pulmões) Durante a noite: aparecem no sangue periférico Pico da microfilaremia: aproximadamente ½ noite, descrescendo novamente no final da madrugada Mecanismo ainda não totalmente esclarecido: ? Alterações metabólicas durante o sono, ? Horário do hematofagismo do hospedeiro intermediário HI -Culex quinquefasciatus periodicidade noturna Transmissão Picada da fêmea de Culex quinquefasciatus • Deposição das larvas (L3) infectantes na pele lesada. • Estímulo para a saída das larvas da probóscida do HI: calor e umidade. • Picam durante a noite.(pernilongo ou muriçoca) • Tem habitos domiciliares • Zonas rurais e centro urbanos Ciclo evolutivo heteroxênico Patogenia e Sintomas • Ação mecânica e irritativa. • Variedade de manifestações clínicas, desde assintomáticos até doença. • Relacionada com os vermes adultos no sist. Linfático ou hiper-reação do hospedeiro (microfilárias e antígenos circulantes). • Fenômenos imunológicos induzem à patogenia: Eosinofilia pulmonar tropical (EPT) IgE e fibrose crônica pulmonar. • relaciona-se tb com a localização e o número de vermes. Patogenia: • AGUDA • Mal estar, febre. • Linfangite:inflamação do vaso linfático • Linfadenite: inflamação do gânglio linfático • Funiculite: inflamação das estruturas do cordão espermático. • Orquiepidimite: inflamação dos testículos e epidídimo. Patogenia: • CRÔNICA • Longo decurso. • Obstrução da circulação linfática pela alta concentração de vermes. • Extravasamento de linfa para os tecidos: Hidrocele, linfoedema, quilúria. • Tecido fibroso • Queratinização e rugosiddade do orgão. • ELEFANTÍASE (15% casos). Sinais clínicos http://www.museudavida.fiocruz.br/publique/media/elefantiase2.jpg Elefantíase A filariose linfática é estimada em 800 milhões a população que vive em áreas endêmicas e em aproximadamente 73 milhões o número de indivíduos infectados pela W. bancrofti (WHO, 1992). www.infonet.com.br/biologia/images1/amarelaomapa.jpg Diagnóstico 1 – Clínico difícil pela semelhança com outros agentes. 2- Laboratorial Pesquisa de microfilaria no sangue periférico. Coleta de sangue: entre 22 e 02 horas da madrugada. Gota espessa ou técnica da Knott (técnica de concentração) Imunológicos/ ELISA/ teste imunocromatográfico. 3- outros ultrassonografia Medidas profiláticas 1 – Tratamento do s portadores 2- Combate ao inseto vetor Difícil de ser realizado Colaboração da população Criadores são águas poluídas peridomiciliares Uso de larvicidas e inseticidas TRATAMENTO 1 – DIETILCARBAMAZIDA (DEC) 2- IVERMECTINA 3- ALBENDAZOL *associação DEC + ivermectina ou albendazol * * Correção das alterções: enfaixamento, uso de meias elásticas, cirurgias plásticas Oncocercose • Onchocerca volvulus • cegueira dos rios" ou "mal do garimpeiro", raramente fatal, mas a segunda maior causa infecciosa de cegueira. • Filarideo de tecido subcutâneo • HI Similium sp (borrachudo) • Periodicidade diurna • História natural da doença Oncocercose A oncocercose é uma doença parasitária crônica, exclusiva de humanos. Caracteriza-se pelo aparecimento de nódulos subcutâneos fibrosos, sobre superfícies ósseas, em várias regiões do corpo. Os nódulos são indolores e móveis e neles se alojam os vermes adultos. Estes eliminam microfilárias que, ao se desintegrarem na pele, causam manifestações cutâneas, que podem ser agudas e crônicas. A migração das microfilárias pode atingir os olhos, provocando alterações variadas, como: conjuntivite, edema palpebral, escleroceratite, ceratite puntiforme, irite ou iridociclite, esclerose lenticular, coriorretinite difusa degenerativa, e lesões do nervo óptico, podendo levar à cegueira Oncocercose • Filarídeo do tecido subcutâneo humano • Adultos vivem encapsulado (oncocercomas) • Fêmea:30 a 80 cm e machos 3 a 5 com comp. • Microfilárias: nódulos subcutâneos, pele e rara/e no sangue. Oncocercose • Resposta inflamatória: dermatite (prurido intenso, alterações da pigmentação: pele de leopardo) • Migração das microfilárias para o olho pode levar a cegueira (+ comum em algumas regiões da África) • Brasil: focos restritos aos indígenas Yanomami no Amazonas e Roraima • HI- Simulium ( borrachudos) • Tratamento= ivermectina HI- Simulium ( borrachudos) Ciclo evolutivo heteroxênico Oncocercose HI- Simulium ( borrachudos) Menina conduz pai cego devido à oncocercose em região da África Sinais Nódulo Distribuição geográfica A oncocercose é endêmica na África, na Península Arábica e nas Américas. Na África Tropical, onde e encontra a maior parte das comunidades afetadas (mais de 17 milhões de casos registrados), é considerada de alta morbidade e apresenta larga distriibuição geográfica. No continente americano a doença é focal, atingindo algumas áreas em seis países: México, Guatemala, Colômbia, Equador,Venezuela e Brasil. Segundo a OEPA (Onchocerciasis EliminationProgram for the Americas), existem 13 focos nas Américas: MÉXICO: Foco de Oaxaca, Foco Norte de Chiapas, Foco Sul de Chiapas; GUATEMALA: Foco de Huehuetenango, Foco de Escuintla, Foco de Santa Rosa, Foco de Sololá-Suchitepéquez-Chimaltenango ; COLOMBIA: Foco de Lopez de Micay; ECUADOR: Foco de Esmeraldas; VENEZUELA: Foco Norte-Central, Foco Norte-Oriental, Foco Sul (Foco Yanomami); BRASIL: Foco de Roraima & Amazonas (Foco Yanomami).