UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de Antropologia PROGRAMA DE CURSO DISCIPLINA: GAP 161 – ETNOGRAFIA DE EXPERIÊNCIAS AFRO-BRASILEIRAS 1º/ 2015 PROFESSORA: ANA CLAUDIA CRUZ DA SILVA HORÁRIO: SEGUNDAS-FEIRAS – 18h ÀS 22h SALA 403 P EMENTA: Leitura e análise de obras etnográficas sobre experiências afro-brasileiras. APRESENTAÇÃO DO CURSO: A disciplina “Etnografia de Experiências Afro-brasileiras” compõe o grupo de disciplinas criado para o curso de Antropologia denominado “Etnografias Especiais”. O currículo do curso exige que o aluno faça ao menos uma dessas disciplinas ao longo de sua graduação em Antropologia e sugere que o melhor momento é o sexto período, antes de iniciar seu trabalho de campo com vistas à sua monografia de conclusão de curso. A realização da etnografia é uma experiência pessoal, para a qual não existem manuais ou receitas capazes de ensinar exatamente como se deve agir. Assim, somente a leitura de muitas etnografias pode capacitar o estudante de antropologia a, a partir de outras experiências, aprender a conduzir sua própria pesquisa no campo e sua escrita. O objetivo do curso, então, é oferecer aos alunos leituras e discussões detalhadas sobre algumas etnografias, escolhidas dentre tantas, que permitam a análise do exercício etnográfico. Em algumas aulas, teremos a presença do/a autor/a debatendo suas experiências. DINÂMICA DO CURSO: Em um curso como o que está sendo proposto aqui, interessam menos as abordagens sobre o fazer etnográfico do que conhecer etnografias. Contudo, antes de começarmos as leituras dos trabalhos monográficos, na primeira aula discutiremos o que é fazer etnografia – e, portanto, o que é antropologia – a partir de dois artigos de Marcio Goldman. Nas aulas seguintes, analisaremos as etnografias, reservando duas aulas para cada uma delas. A leitura prévia e atenta dos textos trabalhados em sala de aula é fundamental para o êxito do curso. Para tanto, os alunos deverão realizar fichamentos dirigidos – a partir de modelo oferecido pela docente – para cada uma das etnografias. Ao longo do curso, os alunos, reunidos em grupos por temas de interesse relativos a questões afrobrasileiras, deverão realizar pesquisas bibliográficas de etnografias que serão trocadas entre todos e cada grupo deverá escolher uma delas para ser apresentada em seminário no final do curso. AVALIAÇÃO: A pesquisa bibliográfica e a apresentação do seminário comporão metade da atribuição da nota final. A outra metade será resultante de fichamentos dirigidos à abordagem propriamente etnográfica presente em cada uma das obras analisadas, os quais deverão ser entregues na segunda aula das duas dedicadas a cada leitura. BIBLIOGRAFIA (poderá ser modificada ao longo do curso): BANAGGIA, Gabriel. As forças do jarê: movimento e criatividade na religião de matriz africana da Chapada Diamantina. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013. FÉLIX, João Batista de Jesus. Hip Hop: Cultura e Política no Contexto Paulistano. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social: Universidade de São Paulo, 2005. GOLDMAN, Marcio. Prólogo: Os Tambores dos Mortos e os Tambores dos Vivos. In: Como Funciona a Democracia: Uma Teoria Etnográfica da Política. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006. [o mesmo texto pode ser encontrado em Revista de Antropologia, [S.l.], v. 46, n. 2, p. 423-444 , jan. 2003. ISSN 1678-9857. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27171>. Acesso em: 04 Mar. 2015.] ___________. Os Tambores do Antropólogo: Antropologia Pós-Social e Etnografia. Ponto Urbe [Online], 3 | 2008, posto online no dia 01 Julho 2008, consultado em 04 Março 2015. URL: http://pontourbe.revues.org/1750 LUCINDA, Maria da Consolação. Subjetividades e Fronteiras. Uma perspectiva etnográfica da manipulação da aparência. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004. SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nagô e a Morte. Pàde, Àsèsè e o Culto Égun na Bahia. 4ª. Edição. Petrópolis: Vozes, 1986. VIEIRA, Suzane de Alencar. Resistência e Pirraça na Malhada. Cosmopolíticas quilombolas no alto sertão de Caetité. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015.