avaliação física subsuperficial da voçoroca do córrego água

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Anais da XXII Semana de Geografia da FAFIPA - 02 a 06 setembro de 2013
“Ensino e Geografia”
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AVALIAÇÃO FÍSICA SUPERFICIAL DA VOÇOROCA DO CÓRREGO ÁGUA DA
MINA - LOANDA/PR
Larissa Thaísa Silva Oliveira
Acadêmica - Geografia - UNESPAR/Fafipa
[email protected]
Weliton Aparecido Bernardi
Acadêmico - Geografia - UNESPAR/Fafipa
[email protected]
Vanda Maria Silva Kramer (orientadora)
Profa. Dra. Col. Geografia - UNESPAR/Fafipa
[email protected]
INTRODUÇÃO
A retirada da vegetação de uma determinada área deixa-a exposta e sujeita a
processos erosivos. Este processo geralmente é casado pela queda das gotículas
de água, provenientes de chuvas, o que acaba acarretando em um movimento de
massa do solo.
O processo responsável pela desagregação do solo, após a retirada da
camada vegetal em sua superfície, é o impacto das gotículas de água da chuva,
com isso os sedimentos são transportados de um local para outro (LOPEZ e
GUERRA, 2001).
Após um longo período chuvoso, esses impactos da água com o solo acabam
gerando um fluxo de sedimentos que podem originar ravinas, se o processo for
contínuo e provocar um incessante aprofundamento do solo, pode-se chegar ao
nível de uma voçoroca.
A erosão por ravinas e voçorocas é causada por vários mecanismos que atuam
em diferentes escalas temporais e espaciais. Todos derivam de rotas tomadas pelos
fluxos de água, que podem ocorrer na superfície ou em subsuperfície (COELHO
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NETO, 1998). Sendo assim, esse processo pode ser considerado o resultado da
ação de diversos agentes morfogenéticos, sendo que a intensidade depende das
características físicas da área e dos fatores envolvidos.
Nas últimas décadas, tem-se percebido uma aceleração de tais processos,
devido, principalmente, à maior atuação do homem, em virtude da pressão
demográfica atrelada ao avanço tecnológico, que lhe permite modificar o ambiente
cada vez mais (FURTADO et al., 2006).
As voçorocas se enquadram como as feições erosivas de maiores impactos
ambientais, uma vez que suas características dimensionais, em geral, maiores que
os sulcos e ravinas, e principalmente sua morfodinâmica quase sempre altera de
forma significativa a paisagem. No entanto, na evolução da voçoroca, e outras
feições erosivas atuam no interior desta em processos que resultam em sua
expansão. Além disso, as diversas feições erosivas ali existentes demonstram
diferentes tipos de mecanismos, denunciando o grau de resistência dos materiais e
a intensidade de atuação da água (VIEIRA e ALBUQUERQUE, 2007).
O presente trabalho tem como objetivo relatar procedimentos que permitiram
uma avaliação física superficial da voçoroca do córrego Água da Mina no município
de Loanda – PR e entender os diferentes processos que contribuem para o seu
agravamento.
METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento dos
estudos foram: IBGE, carta topográfica na escala de 1: 100.000 folha SF.22.Y.II-A,
revisão de literatura, visitas técnicas ao local, instalação de experimento para o
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monitoramento
seguindo
metodologia
sugerido
por
GUERRA
(2005),
e
acompanhamento de dados pluviométricos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O principal condicionante geotécnico do município de Loanda é o solo (Arenito
Caiuá). No meio rural o solo não suporta o manejo tradicional (Figura 1), embasado
em intensa mecanização e uso de agroquímicos. Possui baixa aptidão e fortes
limitações à utilização. Para evitar impactos gravíssimos à qualidade ambiental e à
biodiversidade, com consequências de médio e longo prazo para a economia
municipal, a utilização desse solo deve atender as recomendações técnicas.
Figura 01: Voçoroca Água da Mina
Fonte: MORAES, G., 2013.
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Em Loanda, o Arenito Caiuá aflora nos talvegues das drenagens e,
ocasionalmente, nos trechos inferiores das vertentes quando os solos (rasos) são
retirados por processos erosivos.
As visitas a área de estudo permitiram determinar que o uso inadequado do
solo pelas atividades antrópicas agravam ainda mais o quadro natural, sendo eles:
falta da cobertura vegetal que atua como papel fundamental no sentido de diminuir a
velocidade e facilitar a infiltração da água, assoreamento do lençol freático, descaso
das populações vizinhas que não se comprometem em adotar medidas para o
controle do processo erosivo. Os resíduos da rede de esgoto pluvial da parte
sudoeste da cidade são lançados neste local sem estrutura apropriada para o
escoamento dos dejetos e a utilização do espaço como depósito ilegal de lixo
urbano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As voçorocas se constituem na forma de erosão mais rigorosa dentre os
processos erosivos, resultando no assoreamento do lençol freático, perda da
produtividade do solo e grandes transtornos ambientais. O uso indevido do solo
pelas práticas agrícolas têm tornado o mesmo cada vez mais frágil, sendo suscetível
a ação das gotículas da chuva. A falta da cobertura vegetal dificulta a infiltração da
água no solo, aumentando o escoamento superficial, que por sua vez, deixa-o
exposto aos agentes intempéricos.
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REFERÊNCIAS
COELHO NETO, A. L. (1998). Hidrologia de encosta na interface com a
Geomorfologia. In: GUERRA, A. J. T.; e CUNHA, S. B. (Eds.). Geomorfologia, uma
atualização de bases e conceitos. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 9-48.
FURTADO, M. S. et al. Processo de recuperação da voçoroca do Sacavém, São
Luís - MA. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA E REGIONAL
CONFERENCE ON GEOMORPHOLOGY, 6. Goiânia, 2006. Anais... Goiânia, 2006.
GUERRA, A. J. T. Experimentos e monitoramentos em erosão dos solos. Revista do
Departamento de Geografia. v.16, 2005.
LOPES, S.L; GUERRA, A; J.T. Monitoramento de voçorocas por satélites GPS em
áreas de areia quartzosa podzolizada: Praia Mole, Florianópolis - SC. In: SIMPÓSIO
NACIONAL DE CONTROLE DE EROSÃO. 7. Goiânia, 2001. Anais... Goiânia, 2001.
v. 1, p. 106.
VIEIRA, A.F.G.; ALBUQUERQUE, A. R. da C. Cadastramento de voçorocas e
análise de risco erosivo em estradas: BR-174 (trecho Manaus – Presidente
Figueiredo).In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA E I ENCONTRO
SUL-AMERICANO DE GEOMORFOLOGIA. 5. Santa Maria, 2004. Anais... Santa
Maria: UGB/UFSM, 2004. p.50-65.
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