MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ENGENHARIA CIVIL
MATERIAIS NATURAIS
E ARTIFICIAIS
Prof. Dr. FERNANDO CRUZ BARBIERI
S.J. dos Campos
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Materiais Naturais e
Artificiais
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1 – Materiais: Definição
Definição de materiais: São compostos de matéria ( sustância) que,
à temperatura ambiente +/- 200C, podem estar na natureza dos 3
estados:
Solido: ferro
Liquido: mercúrio
gasoso: ar
Definição de materiais de construção civil: Materiais de construção
são todos os corpos, objetos ou substâncias que são usados em
qualquer obra de engenharia.
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2 – Materiais: classificação
Classificação dos materiais de construção quanto à origem ou
obtenção:
• NATURAIS: são encontrados na natureza e não exigem
tratamentos especiais para poderem ser usados. Exemplos: areia,
madeira, pedra etc.
• ARTIFICIAIS: são obtidos por processos industriais. Exemplos:
tijolos, telhas etc.
• COMBINADOS: são resultantes da combinação de materiais
naturais e artificiais. Exemplos: argamassa, concreto etc.
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2 – Materiais: classificação
Classificação dos materiais quanto à função:
• MATERIAIS DE VEDAÇÃO: não têm função resistente
estrutura. Exemplos: vidros, tijolos em certos casos etc.
na
• MATERIAIS DE PROTEÇÃO: servem de proteção aos materiais
propriamente ditos. Exemplos: tintas, vernizes etc.
• MATERIAIS COM FUNÇÃO ESTRUTURAL: resistem aos esforços
atuantes na estrutura. Exemplos: madeira, aço, concreto etc.
Classificação dos materiais quanto à composição:
• SIMPLES OU BÁSICOS: são aplicados isoladamente. Exemplos:
telha, tijolo etc.
• PRODUZIDOS OU COMPOSTOS: são empregados conjuntamente.
Exemplos: concreto, argamassa etc.
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2 – Materiais: classificação
Classificação dos materiais quanto à estrutura interna:
LAMELAR -Exemplo: argila.
FIBROSA -Exemplo: amianto. -Vítrea -Exemplo: vidro.
CRISTALINA -Exemplo: metais.
AGREGADOS COMPLEXOS -Exemplo: concreto.
FIBROSOS COM ESTRUTURA COMPLEXA -Exemplo: madeira.
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2 – Materiais: classificação
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2 – Materiais: classificação
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3 – Materiais: Características gerais
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4 – Materiais: Características metais
Metais: são corpos minerais simples que se encontram em camadas
do solo e subsolo.
São extraídos das
transformados
minas
e
tratados
e
consequentemente
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4 – Materiais: Características metais
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4 – Materiais: Características metais
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4 – Materiais: Características metais
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4 – Materiais: Características metais
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5 – Materiais: Características madeira
È um material orgânico de origem vegetal obtido a partir da arvore
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5 – Materiais: Características madeira
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5 – Materiais: Características madeira
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5 – Materiais: Características madeira
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5 – Materiais: Características madeira
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5 – Materiais: Características madeira
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6 – Materiais: Características plasticos
São materiais extensíveis e moldáveis
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6 – Materiais: Características plásticos
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8 – Materiais: Características fibras
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9 – Materiais: critério de seleção
Para a escolha dos materiais devem ser levados em conta três
critérios básicos:
Critério de ordem técnica: é um critério de ordem geral onde se
deve conhecer formas padronizadas, dimensões, propriedades
físicas, químicas e mecânicas, resistências ao intemperismo e ao
meio, resistência mecânica e moldabilidade, para se obter
resistência, trabalhabilidade, durabilidade e higiene.
Critério de ordem econômica: é um critério de ordem geral onde se
deve conhecer o valor aquisitivo do material (preço em função da
qualidade e da quantidade), o custo da aplicação e dos
equipamentos para aplicação, o custo de conservação (materiais
mão-de-obra e equipamentos) e a durabilidade da obra, para
melhor transporte, aplicação e conservação.
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9 – Materiais: critério de seleção
Critério de ordem estética: é um critério de ordem pessoal onde se
deve leva em conta a quantidade de material sob a ação dos olhos,
o tipo de mão-de-obra, o acabamento e a conservação da
estética, considerando-se o colorido, a textura e a forma do
material
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9 – Materiais: critério de seleção
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Rochas e Solos
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ROCHAS
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Rochas
1.Considerações Iniciais
Um dos mais antigos materiais de construção, junto com a
madeira;
Uso decrescente em função do desenvolvimento tecnológico de
outros materiais;
Crosta terrestre:
95% de rochas ígneas e metamórficas;
5% de rochas sedimentares.
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Rochas
1.Considerações Iniciais
Direcionando nosso estudo para as rochas como parte da engenharia,
podemos destacar duas finalidades das mesmas:
Local de instalações de obras: as rochas podem ser utilizadas
como fundações de obras, como material de base para túneis,
galerias, entre outros.
Material de construção: materiais como pedras brita, areia,
componentes de misturas cerâmicas, pedras para revestimento,
matérias-primas da cal e do cimento, são originários de rochas
estudadas pela geologia;
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Rochas
1.Considerações Iniciais
Independente da área de aplicação, cada rocha tem características
próprias que influenciam no seu comportamento.
Entre as principais podemos citar:
composição mineralógica: refere-se aos minerais que compõem
cada rocha.
textura: é o modo como os minerais estão distribuídos.
estrutura: refere-se à homogeneidade ou heterogeneidade dos
cristas constituintes.
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Rochas
2.Definição:
Rochas ou pedras naturais: associações compatíveis e estáveis de
um ou mais minerais.
São definidos como substâncias sólidas, naturais, inorgânicas e
homogêneas, que possuem composição química definida e estrutura
atômica característica.
São compostos químicos resultantes da associação de átomos de
dois ou mais elementos.
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Rochas
2.Definição:
Rochas ou pedras naturais: associações compatíveis e estáveis de
um ou mais minerais.
São definidos como substâncias sólidas, naturais, inorgânicas e
homogêneas, que possuem composição química definida e estrutura
atômica característica.
São compostos químicos resultantes da associação de átomos de
dois ou mais elementos.
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Rochas
3.Tipos: A seguir são apresentados, de forma resumida, os
principais minerais que compõem as rochas mais utilizadas como
material de construção e suas características:
Caulinita: É o principal componente de argilas. Sua massa
específica é de 2,6 e sua dureza é de 1.
Feldspato: É o material mais abundante na natureza. Apresentase nas cores branca, cinza, rosa e avermelhada.
Possui massa específica entre 2,55 e 2,76 e a dureza é de
aproximadamente 6. Está presente na constituição de rochas
ígneas
(granito),
sedimentares
(arenito)
e
metamórficas
(gnaisses).
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Rochas
Quartzo: É um dos minerais mais comuns na natureza. Possui as
cores incolor, leitosa e cinza, Sua dureza é 7 e a massa
específica é de 2,65. Está presente na composição das rochas
ígneas
(granito),
sedimentares
(arenito)
e
metamórficas
(quartzitos, gnaisses).
Mica: Possui composição química complexa. Possui dureza de 2 a 3
na escala Mohs.
Calcita: Mineral solúvel em meio ácido. Apresenta cores incolor e
branca. Tem massa específica de 2,7 e dureza 3. Está presente
nas rochas sedimentares (calcáreo) e metamórficas (mármores).
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Rochas
Dolomita: Mineral menos solúvel em meio ácido que a calcita.
Apresenta cor branca e dureza de 3,5.
Compõe as rochas sedimentares (calcáreos dolomíticos) e
metamórficas (mármores dolomíticos).o principal componente de
argilas. Sua massa específica é de 2,6 e sua dureza é de 1.
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Rochas
4.Formação e Classificação das Rochas
Uma rocha é resultante de um processo geológico determinado,
formado por agregados de um ou mais minerais arranjados, segundo
condições de temperatura e pressão existentes durante sua
formação.
De acordo com o processo de formação, podemos classificar as
rochas em:
Rochas Ígneas
Rochas Sedimentares
Rochas Metamórficas
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Rochas
4.1 Rocha Ígneas ou magmáticas
Resultam da solidificação do magma.
Quando formadas em profundidade (dentro da crosta) são
chamadas de rochas plutônicas ou intrusivas e neste caso são
formadas por uma estrutura cristalina e apresentam textura de
graduação grossa.
Rochas plutônicas ou intrusivas; exemplo: Granito
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Rochas
4.1 Rocha Ígneas ou magmáticas
Caso sejam formadas na superfície terrestre pelo extravasamento
de lava por condutos vulcânicos são chamadas de rochas vulcânicas
ou extrusivas e são caracterizadas por uma estrutura que pode
ser vítrea ou cristalina e apresentam textura com graduação fina.
Rochas vulcânicas ou extrusivas; exemplo: Basalto
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Rochas
4.1 Rocha Ígneas ou magmáticas
Em geral, apresentam melhor comportamento geomecânico que as
demais rochas e são as mais utilizadas na construção civil.
Por serem mais resistentes, são mais abrasivas, o que pode
causar desgaste nos equipamentos utilizados para trabalhar esse
tipo de rocha;
Como exemplos desse tipo de rochas, podemos citar os granitos,
basaltos, dioritos, entre outras.
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Rochas
4.2 Rocha Sedimentares
São resultantes da consolidação de sedimentos, ou seja, formam
se a partir de partículas minerais provenientes da desagregação e
transporte de rochas pré-existentes.
Geralmente são rochas mais brandas, isto é, com menor
resistência mecânica. Constituem uma camada relativamente fina
(aproximadamente 0,8 km de espessura) da crosta terrestre, que
recobre as rochas ígneas e metamórficas.
O processo de formação das rochas sedimentares pode ser
dividido em duas etapas: quando ocorre a deposição, ou seja, o
arranjo dos fragmentos de rochas em camadas diferentes, temos
as rochas primárias e o processo é de origem mecânica.
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Rochas
4.2 Rocha Sedimentares
Após a deposição, ocorre um processo de origem química, onde há
transformação de sedimentos em rochas por meio de um conjunto
de processos químicos e fisícos, que ocorrem em condições de
baixas pressões e temperaturas, conhecido por diagênese.
Nessa etapa, a rocha é chamada de secundária.
Como exemplos de rochas sedimentares podemos citar: arenitos,
calcários, carvão, entre outras.
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Rochas
4.3 Rocha Metamórfica
Resultam de outras rochas pré-existentes que, no decorrer dos
processos geológicos, sofreram mudanças mineralógicas, químicas
e estruturais, que provocaram a instabilidade dos minerais, os
quais tendem a se transformar e rearranjar sob novas condições.
Como exemplos de rochas metamórficas podemos citar: gnaisses,
quartzitos, mármores, ardósias, entre outras.
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Rochas
5. Principais características das rochas como materiais de construção.
A escolha de uma rocha natural como material de construção
depende de diversos fatores dentre os quais podemos destacar os
critérios técnicos e econômicos.
Os critérios econômicos referem-se ao custo do material e a sua
disponibilidade no local ou próximo ao local de utilização.
Os critérios técnicos referem-se à caraterísticas que o material
possui que atendem às finalidades da aplicação pretendida.
Para definir se uma rocha é ou não adequada a determinado uso,
precisamos analisar suas propriedades e, para isso, é necessário
conhecer as principais propriedades das pedras naturais e como
influenciam nas caraterísticas do material.
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Rochas
5. Principais características das rochas como materiais de construção.
Resistência mecânica: definida como a resistência que a pedra
oferece ao ser submetida aos diferentes tipos de esforços
mecânicos, como compressão, tração, flexão e cisalhamento, além
da resistência ao desgaste e ao choque (tenacidade).
De maneira geral, as pedras naturais
compressão do que aos demais esforços.
resistem
melhor
à
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Rochas
5. Principais características das rochas como materiais de construção.
Durabilidade: a durabilidade é a capacidade que tem o material
de manter suas propriedades e desempenhar sua função no
decorrer do tempo, dependendo de várias características entre
elas a porosidade, a compacidade e a permeabilidade.
Portanto, quanto mais permeável é uma rocha, mais suscetível
está à ação de agentes agressivos.
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Rochas
5. Principais características das rochas como materiais de construção.
Trabalhabilidade: é a facilidade de moldar a pedra de acordo com
o uso.
Depende de fatores como a dureza e da homogeneidade da rocha.
De acordo com Petrucci (1975), peças mais brandas podem ser
cortadas com serras de dentes enquanto peças mais duras
demandam corte com diamante.
Dessa forma, a homogeneidade permite a obtenção de peças com
formatos adequados.
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Rochas
5. Principais características das rochas como materiais de construção.
Estética: depende da textura, da estrutura e coloração da pedra,
características que estão relacionadas aos minerais que compõem
a mesma.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Granito: Na construção civil é utilizado na confecção de fundações
(em forma de bloco), de muros, calçamentos, como agregado para
concreto e rocha ornamental em pisos, paredes, tampos de pias,
lavatórios, bancadas e mesas, e em detalhes diversos.
A fixação do granito como rocha ornamental é feita com o uso de
argamassas próprias para o tipo de rocha.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Basalto: Na construção civil, o basalto é muito utilizado com
pedra britada em agregados asfálticos, para concretos e lastros
de ferrovias.
Assim como o granito possui larga aplicação como pedra para
calçamento e em outras formas de pavimentação.
Quando polido pode ser
principalmente em pisos.
utilizado
como
rocha
ornamental,
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Dioritos: É uma rocha ígnea com características físicomecânicas e
usos semelhantes aos granitos, sendo chamados de granitos
pretos.
Diferem dos granitos na composição mineralógica, mas são
utilizados para os mesmos fins, tendo larga aplicação como rocha
ornamental em arte mortuária.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Arenitos: São utilizados principalmente em revestimentos de pisos
e paredes e são muito empregados na confecção de mosaicos.
Dependendo da composição podem apresentar razoável resistência
ao risco.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Calcários e dolomitos: A principal aplicação na construção civil é
como matéria-prima para a indústria cimenteira, de cal, vidreira,
siderúrgica e como corretor de solos.
Alguns dolomitos podem ser utilizados como brita e agregado para
concreto por serem mais duros que os calcários.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Ardósia: Como material de construção é utilizada como rocha
ornamental em coberturas de casas, pisos, tampos e bancadas.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Quatzitos: Como material de construção são utilizados em pisos e
calçamentos.
A fixação do quartzito como rocha ornamental é feita com o uso
de argamassas próprias para o tipo de rocha.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Mármores: São utilizados principalmente como rocha ornamental
em ambientes interiores, podendo ser aplicados em pisos e
paredes, lavatórios, lareiras, mesas, balcões, tampos e outros
detalhes.
A fixação do mármore como rocha ornamental é feita com o uso
de argamassas próprias para o tipo de rocha.
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Rochas
6. Principais rochas utilizadas como material de construção
Gnaisse: De uso geral na engenharia mas e comumente usado como
agregados em concretos
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SOLOS
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Solos
1.Definição:
Solos é todo material que recobre a crosta terrestre, acima ou
abaixo do mar, resultante do intemperismo das rochas podendo ou
não conter matéria orgânica.
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Solos
2. Classificação quanto a origem geológica:
Solo Residual: que permanecem no local da decomposição da rocha
Solo Transportado: que foram levados ao seu local atual por
alguns agentes de transporte.
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Solos
3. Composição mineralógica das partículas
Solos Granulares: Provenientes do intemperismo físico e são
formados por minerais primários Silicatos (quartzo, feldspato,
mica)
Solos Argilosos: Provenientes do
formados por minerais secundários.
intemperismo
químico.
São
Obs1: O conhecimento da composição mineralógica dos solos
granulares é de importância secundária para o Engenheiro. Nos solos
granulares o comportamento mecânico e hidráulico será definido pela
densidade relativa.
Obs2: O conhecimento da composição química dos argilos-minerais é
importante pois dele decorre as propriedades de plasticidade e
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expansibilidade.
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Solos
4. Termos relativos a solos
Argila: solo de granulação fina constituído por partículas com
dimensões menores que 0,002mm, apresentando coesão e
plasticidade.
Silte: solo que apresenta baixa ou nenhuma plasticidade, e que
exibe baixa resistência quando seco o ar; suas propriedades
dominantes são devidas à parte constituída pela fração silte; é
formado por partículas com diâmetros compreendidos entre 0,002
mm e 0,06 mm.
Areia: solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou
partículas de rochas com diâmetros compreendidos entre 0,06 mm
e 2,0 mm.
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Solos
4. Termos relativos a solos
Pedregulho: solos formados por minerais ou partículas de rochas,
com diâmetro compreendido entre 2,0 mm e 60 mm; quando
arredondados ou semi-arredondados, são denominados cascalho ou
seixo.
Matacão: fragmento de rocha, transportado ou não, comumente
arredondado por intemperismo ou abrasão, com uma dimensão
compreendida entre 200 mm e 1 m.
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Solos
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Solos
5. Identificação dos solos
As características morfológicas do solo são aquelas observadas com
o tato e a visão, são:
Cor;
Textura;
Estrutura;
Porosidade;
Consistência;
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Solos
5.1 Cor dos solos
A cor fornece indicações referentes à composição do solo.
Preto – presença de matéria orgânica.
Vermelho e amarelo: presença de
hematita e magnita
Cores claras – presença de quartzo.
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Solos
5.2 Textura do solo
A textura de um solo é sua aparência ou “sensação ao toque” e
depende dos tamanhos relativos e formas das partículas, bem
como da faixa ou distribuição desses tamanhos.
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Solos
5.2 Textura do solo
As classes texturais são identificadas através do triangulo textural.
Esse triangulo mostra as porcentagens de Argila, Silte e Areia.
A soma dos 3 sempre é 100%.
O ponto de encontro entre eles mostra a textura do solo.
Para
simular
:http://www.quoos.com.br/index.php/geografia/solos/4-triangulo68
textural-solos-argila-areia-silte
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Solos
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Solos
5.2 Textura do solo
Exemplo:
200 g/kg de argila = 20%
200g/kg de areia = 20%
600 g/kg de silte = 60%
Lembre: 10 g/kg = 1%
Textura:
Franco Siltoso
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Solos
5.2 Textura do solo
Influi sobre:
•
•
•
•
•
•
•
Retenção, movimentação e disponibilidade de agua;
Arejamento;
Disponibilidade de nutrientes;
Resistencia a penetração de raízes;
Estabilidade de agregados;
Compatibilidade do solo;
Erodibildiade.
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Solos
5.3 Estrutura do Solo
É a agregação de partículas primarias:
Areia;
Silte;
Argila.
Em unidades chamadas agregados (Importância):
Deixa o solo argiloso menos duro;
Reduz a erosão;
Aumenta a macroporosidade.
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Solos
5.4 Estrutura do Solo
Diz respeito a:
Dureza (solo seco);
Friabilidade (solo úmido);
Plasticidade e pegajosidade (solo molhado).
5.5 Porosidade do solo
Como tem poros, o solo pode absorver água, assim como ocorre na
esponja.
A porosidade pode ser definida como o volume de solo ocupado
pela fase líquida e pela fase gasosa do solo.
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Lista de exercícios
1) As rochas vulcânicas são de textura afanítica, o que significa que possuem cristais de dimensão microscópica,
por isso, indistinguíveis a olho nu (podem existir exceções denominadas fenocristais). A pequena dimensão dos
seus cristais deve-se ao arrefecimento abrupto, que não permite o pleno desenvolvimento cristalino. Este
arrefecimento abrupto ocorre devido à enorme diferença de temperaturas entre o ambiente superficial e o
ambiente da intrusão magmática. Basalto, andesito, dacito, riolito, traquito e fonolito são exemplos de rochas
vulcânicas. Observe a imagem a seguir:
O tipo de rocha que se constitui a partir do processo acima visualizado é:
a)
b)
c)
d)
e)
ígnea;
sedimentar;
metamórfica;
magmática plutônica;
magnética.
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Lista de exercícios
2) (UFG/2003)
Veja a tira a seguir:
Tirinha de Calvin e Haroldo sobre as rochas
Fonte: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia Geral e do Brasil.
São Paulo: Scipione, 2002. p. 467. Sobre as rochas, pode-se afirmar que:
1. ( ) as rochas ígneas ou magmáticas formam-se pelo resfriamento e solidificação do magma.
2. ( ) o arenito, utilizado na correção de acidez do solo, é uma rocha dita metamórfica, pois sua formação está
ligada à ação da temperatura e da pressão em rochas preexistentes.
3. ( ) as rochas sedimentares são formadas pelo acúmulo de sedimentos de outras rochas.
4. ( ) o basalto, utilizado na construção civil, é um exemplo de rocha ígnea extrusiva, formada com o magma das
erupções vulcânicas.
Assinale a alternativa correta:
a)
b)
c)
d)
e)
V,F,V,V;
V,V,V,V;
F,F,F,F;
F,V,F,F;
V,F,F,V.
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Lista de exercícios
3) A litosfera, a camada superficial e sólida da Terra, é composta por rochas, que, por sua vez, são formadas
pela união natural entre os diferentes minerais. Assim, em razão do caráter dinâmico da superfície, através
de processos como o tectonismo, o intemperismo, a erosão e muitos outros, existe uma infinidade de tipos de
rochas.
Dessa forma, foram elaborados vários tipos de classificação das rochas. A forma mais conhecida concebe-as a
partir de sua origem, isto é, a partir do processo que resultou na formação dos seus diferentes tipos. Nessa
divisão, existem três tipos principais: as rochas ígneas ou magmáticas, as rochas metamórficas e as rochas
sedimentares. É correto afirmar que uma rocha vulcânica se solidifica à superfície é:
a) Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas: são aquelas que se formam no interior da Terra, geralmente nas zonas
de encontro entre a astenosfera e a litosfera, em um processo constitutivo mais longo. Elas surgem na
superfície somente através de afloramentos, que se formam graças ao movimento das placas tectônicas, como
ocorre com a constituição das montanhas. Exemplo: gabro;
b) Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas: são aquelas que surgem a partir do resfriamento do magma expelido em
forma de lava por vulcões, formando a rocha na superfície e em áreas oceânicas. Como nesse processo a
formação da rocha é rápida, ela apresenta características diferentes das rochas intrusivas. Um exemplo é o
basalto;
c) Rochas metamórficas: são as rochas que surgem a partir de outros tipos de rochas previamente existentes
(rochas-mãe) sem que essas se decomponham durante o processo, que é chamado demetamorfismo. Quando a
rocha original é transportada para outro ponto da litosfera que apresenta temperatura e pressão diferentes do
seu local de origem, ela altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se em rochas metamórficas.
Exemplo: mármore;
d) Rochas sedimentares: são rochas que se originam a partir do acúmulo de sedimentos, que são partículas de
rochas. Uma rocha preexistente sofre com as ações dos agentes externos ou exógenos de transformação do
relevo, desgastando-se e segmentando-se em inúmeras partículas (meteorização); em seguida, esse material
(pó, argila, etc.) é transportado pela água e pelos ventos para outras áreas, onde se acumulam e, a uma certa
76
pressão, unem-se e solidificam-se novamente (diagênese), formando novas rochas;
e) Nenhuma das anteriores.
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Lista de exercícios
4) Agregados de Construção Civil são materiais com forma e volume aleatórios detentores de dimensões e os quais
as propriedades físicas devem ser analisadas (dureza entre 4,8 a 6,5 da escala Mohs e densidades 2,5 a 3
g/cm3) e serem adequadas para a elaboração de concreto e argamassa na construção civil. Têm um custo
relativamente reduzido, sendo este um dos motivos para a sua utilização Considerando a fabricação de
agregados para construção civil a partir das rochas abaixo, qual será a mais eficiente?
a)
b)
c)
d)
e)
Siltito;
Arenito;
Argilito;
Basalto;
Silte.
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Lista de exercícios
5) A crosta terrestre é formada por rochas e minerais. Estas últimas podem ser definidas como agrupamentos de
minerais que, por sua vez, são compostos de elementos químicos. Analise as proposições sobre as rochas,
assinalando F para Falsa e V para Verdadeira.
( ) As rochas ígneas ou magmáticas formaram-se a partir do resfriamento e solidificação do magma, material em
estado de fusão de que é constituído o manto.
( ) As rochas ígneas foram, originalmente, rochas magmáticas, sedimentares ou metamórficas que, pela ação do
calor ou pela pressão existente no interior da Terra, adquiriram outra estrutura.
( ) As rochas sedimentares derivam de rochas que sofreram a ação de processos erosivos, como atividades
realizadas pela água, pelo vento, por reações químicas e físicas e pela ação dos seres vivos.
( ) A areia, o calcário e o arenito são exemplos de rochas metamórficas.
( ) Originalmente, as rochas metamórficas foram magmáticas, sedimentares ou metamórficas, mas pela ação do
calor ou pela pressão existente no interior da Terra, adquiriram outra estrutura.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A)
(B)
(C)
(D)
(D)
V,
V,
V,
F,
F,
V, F,
F, V,
F, V,
V, F,
V, V,
F, V;
V, V ;
F, V;
V, F ;
V, F.
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Lista de exercícios
6) As rochas, assim como outros componentes do meio natural, são classificadas por meio de critérios específicos,
permitindo agrupá-las segundo características semelhantes. Uma das principais classificações é a genética, em
que as rochas são agrupadas de acordo com o seu modo de formação na natureza. Sob este aspecto, as rochas
se dividem em três grandes grupos:
a)
b)
c)
d)
e)
Calcárias, basálticas e graníticas.
Crostáticas, continentais e oceânicas.
Areníticas, vulcânicas e radioativas.
Ígneas, sedimentares e metamórficas.
Neolíticas, terciárias e quaternárias.
7) O gabro e o granito são exemplos de rochas:
a)
b)
c)
d)
e)
Magmáticas vulcânicas.
Magmáticas extrusivas.
Magmáticas plutônicas
Metamórficas
Sedimentares detríticas
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Lista de exercícios
8) Assinale a alternativa que expressa corretamente a diferença e relação entre rochas e minerais:
a) A aglutinação de sedimentos origina as rochas que, por sua vez, podem formar diferentes tipos de minerais;
b) Rochas são elementos naturais sólidos com diferentes propriedades físico-químicas; minerais são agregados de
diferentes rochas que se unem de forma homogênea;
c) Os minerais compõem as rochas, dando origem aos diferentes tipos rochosos que variam conforme a composição
e os tipos desses minerais;
d) Rochas e minerais são dois tipos de formações terrestres que não se interligam. A primeira é do tipo
heterogêneo, e a segunda do tipo homogêneo;
e) Nenhuma das anteriores.
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Lista de exercícios
9) Num trabalho sobre rochas, um grupo de estudante preparou a seguinte tabela.
Sobre a tabela podemos afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
existe um erro nos exemplos de rochas sedimentar.
pedra-pomes não é rocha magmática.
ardósia e mármore são rochas magmáticas.
a tabela está correta.
basalto não e magmática
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Lista de exercícios
9) Num trabalho sobre rochas, um grupo de estudante preparou a seguinte tabela.
Sobre a tabela podemos afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
existe um erro nos exemplos de rochas sedimentar.
pedra-pomes não é rocha magmática.
ardósia e mármore são rochas magmáticas.
a tabela está correta.
basalto não e magmática
10) Rocha formada pelos fragmentos provenientes do desgaste de outras rochas.
a) arenito.
b) basalto.
c) ardósia.
d) granito.
e) granito
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Lista de exercícios
11) O solo é um componente terrestre essencial para os seres vivos e também para a realização das atividades
econômicas, de forma a ser considerado um importante recurso natural. Em termos de composição
geomorfológica, pode-se afirmar que os solos:
a) constituem-se em ambientes de erosão e acúmulo de material sedimentar;
b) consolidam-se a partir de fatores exógenos do relevo.;
c) são o ponto de partida para a formação de todas as rochas terrestres.;
d) têm como característica a alteração mineralógica a partir da pressão do ar.;
e) apresentam uma maior fertilidade quando livres de compostos orgânicos.
12) O processo de formação dos solos é relativamente lento e gradual, de forma que os elementos e as condições
naturais envolvidas são fundamentais para a determinação dos tipos e características desse recurso natural.
Sobre a formação dos solos, também conhecida como pedogênese, é correto afirmar:
a) ocorre com um ritmo de intensidade determinado pela posição latitudinal do local.;
b) acontece, inicialmente, pelo incremento de material orgânico sobre formações rochosas.;
c) depende, entre outros fatores, da atuação dos agentes intempéricos, tais como a água e os ventos.;
d) constitui uma camada do relevo desprovida de qualquer tipo de estratificação.;
e) não apresenta variações morfológicas entre as diferentes localizações geográficas.
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Lista de exercícios
13) Uma aluna fazendo uma pesquisa de campo encontrou dois tipos de solos diferentes, em locais bem longe um
do outro. Observando os solos ela verificou as seguintes características.
I- Constituído de pequenas partículas. São pouco permeáveis e a água se empoça neles.
II- São poucos compactos e deixam passar a água facilmente para as camadas mais profundas, pois são muito
permeáveis.
Identifique respectivamente os dois tipos de solo relacionado-os com as características citadas acima.
a) I argiloso e II arenoso.
b) I arenoso e II argiloso.
c) I rochoso e II arenosos.
d) I humoso e II argiloso.
e) Nenhuma das anteriores
14) Que tipo de solo tem partículas menores:
a) arenoso.;
b) argiloso.;
c) rochoso.;
d) médio.;
e) filito.
15) A textura de um solo é sua aparência ou “sensação ao toque” e depende dos tamanhos relativos e formas das
partículas, bem como da faixa ou distribuição desses tamanhos. Segundo a Unifed soid Classification (USCS) a
granulometria que separa solos granulares de fino é:
a) 0,050mm;
b) 0,100mm;
c) 0,025mm;
d) 0,075mm;
84
e) 0,0075mm.
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Lista de exercícios
16) Uma amostra de solo foi coletada numa região e foi realizado no laboratório a determinação dos teores dos
componentes do solo em estudo. E verificou-se que nessa amostra de solo obtinha 20% de argila, 20% de
areia e 60% de silte. Lembrando que 10 g/kg = 1% e através do triangulo textural, qual a textura desse solo?
a)
b)
c)
d)
e)
Franco Siltoso;
Argila;
Muito argiloso;
Franco argiloso;
Argila siltosa
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Lista de exercícios
17) Uma amostra de solo foi coletada numa região e foi realizado no laboratório a determinação dos teores dos
componentes do solo em estudo. E verificou-se que nessa amostra de solo obtinha 90% de argila, 10% de
areia e 20% de silte. Lembrando que 10 g/kg = 1% e através do triangulo textural, qual a textura desse solo?
a)
b)
c)
d)
e)
Franco Siltoso;
Argila;
Muito argiloso;
Franco argiloso;
Argila siltosa
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Lista de exercícios
18) Uma amostra de solo foi coletada numa região e foi realizado no laboratório a determinação dos teores dos
componentes do solo em estudo. E verificou-se que nessa amostra de solo obtinha 60% de argila, 40% de
areia e 10% de silte. Lembrando que 10 g/kg = 1% e através do triangulo textural, qual a textura desse solo?
a)
b)
c)
d)
e)
Franco Siltoso;
Argila;
Muito argiloso;
Franco argiloso;
Argila siltosa
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AGREGADOS
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Agregados
Agregados para construção civil são materiais minerais, sólidos
inertes que, de acordo com granulometrias adequadas, são utilizados
para fabricação de produtos artificiais resistentes mediante a
mistura com materiais aglomerantes de ativação hidráulica ou com
ligantes betuminosos.
São geralmente, granular, sem forma e volume definidos, com
dimensões características e propriedades adequadas para a
preparação de argamassas e concretos (NBR 9935/05).
89
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Agregados
Uma vez que cerca de ¾ do volume do concreto são ocupados
pelos agregados, não é de se surpreender que a qualidade destes
seja de importância básica na obtenção de um bom concreto,
exercendo nítida influência não apenas na resistência mecânica do
produto acabado como, também, em sua durabilidade e no
desempenho estrutural.
90
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Agregados
1) Classificação dos agregados:
Os agregados podem ser classificados quanto:
 à origem;
 às dimensões das partículas
 à massa específica.
composição mineralógica
a) Quanto à origem:
 naturais  já são encontrados na natureza sob a forma definitiva
de utilização: areia de rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos,...
91
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Agregados
 artificiais  são obtidos pelo britamento de rochas: pedrisco,
pedra britada,...
 industrializados  aqueles que são obtidos
industriais. Ex.: argila expandida, escória britada, ...
por
processos
Deve-se observar aqui que o termo artificial indica o modo de obtenção e
não se relaciona com o material em si.
92
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Agregados
b) Quanto à dimensão de suas partículas, a Norma Brasileira (NBR 7211)
define agregado da seguinte forma:
 Agregado miúdo  Areia de origem natural ou resultante do britamento de
rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT de
4,8 mm (peneira de malha quadrada com abertura nominal de “x” mm, neste caso 4,8
mm) e ficam retidos na peneira ABNT 0,150 mm.
 Agregado graúdo  o agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra
britada proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos
grãos passam pela peneira ABNT 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8 mm.
93
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Agregados
94
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Agregados
95
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Agregados
c) Quanto à massa específica pode-se classificar os agregados em leves,
médios e pesados.
Isopor, argila expandida
Basalto, granito
Minério de ferro
96
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Agregados
d) Quanto à composição mineralógica
97
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Agregados
Agregados Naturais:
a) Areia natural: considerada como material de construção, areia é
o agregado miúdo.
A areia pode originar-se de rios, de cavas ou de praias e dunas.
As areias das praias e dunas não são usadas, em geral, para o
preparo de concreto por causa de sua grande finura e teor de
cloreto de sódio.
98
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Agregados
99
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Agregados
Utilização da areia natural:
Preparo de argamassas;
Concreto betuminoso → juntamente com fíller, a areia entra na
dosagem dos inertes do concreto betuminoso e tem a importante
propriedade de impedir o amolecimento do concreto betuminoso dos
pavimentos de ruas nos dias de intenso calor);
Concreto de cimento → constitui o agregado miúdo dos concretos);
Pavimentos rodoviários → constitui o material de correção do solo
(sub-base);
100
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Agregados
Granulometricamente areia fina (entre 0,06 mm e 0,2 mm),
segundo a NBR 7211/83
101
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Agregados
Granulometricamente areia media (entre 0,2 mm e 0,6 mm),
segundo a NBR 7211/83
102
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Agregados
Granulometricamente areia grossa (entre 0,6 mm e 2,0 mm),
segundo a NBR 7211/83
103
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Agregados
b) Cascalho: também denominado pedregulho, é um sedimento
fluvial de rocha ígnea, formado de grãos de diâmetro em geral
superior a 5 mm, podendo os grãos maiores alcançar diâmetros até
superiores a cerca de 100 mm.
O cascalho também pode ser de origem litorânea marítima.
O concreto executado com pedregulho é menos resistente ao
desgaste e à tração do que aquele fabricado com brita.
O pedregulho deve ser limpo, quer dizer, lavado antes de ser
fornecido. Deve ser de granulação diversa, já que o ideal é que os
miúdos ocupem os vãos entre os graúdos.
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Agregados
Agregados Artificiais:
a) Pedra britada: agregado obtido a partir de rochas compactas que
ocorrem em jazidas, pelo processo industrial da cominuição (fragmentação)
controlada da rocha maciça. Os produtos finais enquadram-se em diversas
categorias.
• O preparo de concreto é o
principal campo de consumo da
pedra britada.
• São empregados principalmente o
pedrisco, a brita 1 e a brita 2.
105
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Agregados
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Agregados
Agregados Artificiais:
107
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Agregados
Agregados Artificiais:
Brita 0- produto de dimensões
reduzidas em relação a brita 1 –
Brita aplicada em lajes pré-moldadas,
blocos, usinas de asfalto e de
concreto.
Brita 1- produto mais utilizado pela
construção civil, muito apropriado para
lajes, pisos, tubulões, vigas, pilar entre
outros.
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Agregados
Agregados Artificiais:
Brita 2- utilizado em estacionamentos,
concretos mais grossos e drenos.
Brita 3- conhecida como pedra de
lastro pois é constantemente utilizada
em aterramentos e nivelamentos de
áreas ferroviárias, drenos e reforço de
pistas.
109
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Agregados
Agregados Artificiais:
110
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Agregados
b) Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos resultantes
da produção da brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm. Sua
graduação é 0,15 /4,8mm.
retida/passante
retida/passante
c) Fíler: agregado de graduação 0,005/0,075mm. Seus grãos são da
mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento e passam na peneira 200
(0,075 mm). É chamado de pó de pedra.
O fíler é utilizado nos seguintes serviços:
•
•
•
na preparação de concretos, para preencher vazios;
na adição a cimentos;
na preparação da argamassa betuminosa.
111
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Agregados
d) Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do
britador. Pode ser classificada em primária ou secundária. Será primária
quando deixar o britador primário, com graduação aproximada de 300mm,
dependendo da regulagem e tipo de britador. Será secundária quando deixar
o britador secundário, com graduação aproximada de 76mm.
e) Rachão: agregado constituído do material que passa no britador
primário e é retido na peneira de 76 mm. É a fração acima de 76 mm da
bica corrida primária. A NBR 9935 define rachão como “pedra de mão”, de
dimensões entre 76 e 250 mm.
112
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Agregados
f) Restolho: material granular, de grãos em geral friáveis (que se partem
com facilidade). Pode conter uma parcela de solo.
g) Blocos: fragmentos de rocha de dimensões acima do metro, que, depois
de devidamente reduzidos em tamanho, vão abastecer o britador primário.
113
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Agregados
Agregados Artificiais:
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Agregados
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Agregados
Agregados Industrializados:
Agregados Leves:
a) Argila expandida: a argila é um material muito fino, constituído de
grãos lamelares de dimensões inferiores a 2m, formada, em proporções
muito variáveis, de silicato de alumínio e óxidos de silício, ferro, magnésio e
outros elementos.
O principal uso é como agregado leve para concreto, seja concreto de
enchimento, seja concreto estrutural ou pré-moldados.
O concreto de argila expandida, além da baixa densidade de 1,0 a 1,8,
apresenta muito baixa condutividade térmica – cerca de 15 x do concreto de
britas de granito.
116
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Agregados
b) Escória de alto-forno: é um resíduo resultante da produção de ferro
gusa em altos-fornos, constituído basicamente de compostos oxigenados de
ferro, silício e alumínio.
A escória simplesmente resfriada ao ar, ao sair do alto forno (escória
bruta), uma vez britada, pode produzir um agregado graúdo.
A escória granulada é usada na fabricação do cimento Portland de altoforno. Usa-se a escória expandida como agregado graúdo e miúdo no
preparo de concreto leve em peças isolantes térmicas e acústicas, e também
em concreto estrutural, com resistência a 28 dias da ordem de 8-20 MPa e
densidade da ordem de 1,4.
117
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Agregados
c) Vermiculita: é um dos muitos minérios da argila. A vermiculita
expandida tem os mesmos empregos da argila expandida.
Agregados Pesados:
d) Hematita: a hematita britada constitui os agregados miúdo e graúdo
que são usados no preparo do concreto de alta densidade (dito “concreto
pesado”) destinado à absorção de radiações em usinas nucleares (escudos
biológicos ou blindagens). O grau de absorção cresce com o aumento da
densidade do concreto
118
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Agregados
e) Barita: pela sua alta densidade, a barita também é usada no preparo de
concretos densos.
119
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Agregados
FINALIDADE DOS AGREGADOS:
• Técnica:
aumentar
a
resistência
das
argamassas e concreto diminuindo a retração
(diminuição do volume).
• Econômica: reduzir o consumo de aglomerantes
de custos mais elevados.
120
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Agregados
2) Exigências normativas da NBR 7211
a) Granulometria: É a ciência cujo objetivo é medir e determinar a forma do
grão do agregado.
Ela é feita numa série de peneiras normalizadas, com aberturas de malhas
quadradas, conforme especificações da ABNT.
O procedimento do ensaio consiste no peneiramento
determinação das porcentagens retidas em cada peneira.
do
agregado
e
A granulometria dos agregados é característica essencial para estudo das
dosagens do concreto.
Para caracterizar um agregado é, então, necessário conhecer quais
constituídas de grãos de cada diâmetro, expressas em função da
agregado. Para conseguir isto, divide-se, por peneiramento, a massa
de tamanhos de grãos e exprime-se a massa retida de cada faixa em
massa total.
são as parcelas
massa total do
total em faixas
porcentagem da
121
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Agregados
Continuidade da curva Granulométrica
b) Quanto à continuidade da curva de distribuição granulométrica os
agregados podem ser classificados:
• Contínua = S suave e alongado na horizontal
• Descontínua = Patamar horizontal
• Uniforme = S alongado na vertical
A granulometria continua apresenta todas as frações
em sua curva de distribuição granulométrica sem
mudança de curvatura (ideal da norma).
A granulometria descontinua apresenta ausência de
uma ou mais frações em sua curva de distribuição
granulométrica
122
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Agregados
Continuidade da curva Granulométrica
b) Quanto à continuidade da curva de distribuição granulométrica os
agregados podem ser classificados:
123
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Agregados
Continuidade da curva Granulométrica
124
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Agregados
Continuidade da curva Granulométrica
125
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Agregados
Continuidade da curva Granulométrica
126
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Agregados
Curva Granulométrica
c) Curva granulométrica: O conhecimento da curva granulométrica do
agregado, tanto graúdo quanto miúdo, é de fundamental importância para o
estabelecimento da dosagem dos concretos e argamassas, influindo na:
• quantidade de água a ser adicionada ao concreto, que se relaciona com a
resistência e;
• trabalhabilidade
do concreto, se constituindo em fator responsável pela
obtenção de um concreto econômico.
127
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Agregados
- Porcentagem retida: é a porcentagem de
material retido em uma
determinada
peneira.
- Porcentagem acumulada: é a soma das
porcentagens retidas em uma determinada
peneira e nas outras que lhe ficam acima da
numeração.
128
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Agregados
d) Peneiras (Série Normal e Série Intermediária): conjunto de peneiras
sucessivas, que atendem a NBR 5734, com as seguintes aberturas
discriminadas:
129
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Agregados
e) Limites granulométricos do agregado miúdo
130
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Agregados
f) Limites granulométricos do agregado graúdo
A NBR 7211 classifica os agregados graúdos segundo a tabela abaixo:
131
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Agregados
O módulo de finura é muito importante para
dimensões dos grãos (superfície especifica).
saber das
Sua determinação serve para determinar a quantidade
de:
•
•
cimento necessária para envolver os grãos e a
necessidade de água de molhagem e esta relacionado
com a área superficial alterando a agua de
amassamento para uma certa consistência.
132
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Agregados
g) Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens acumuladas em massa
de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.
“quanto maior o módulo de finura, mais graúdo é o agregado”
133
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Agregados
g) Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens retidas acumuladas em
massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.
134
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Agregados
135
Curva granulométrica:
ENSAIO DE GRANULOMÉTRIA
Data:
Fornecedor:
N° Ensaio:
AGREGADO MIÚDO
1°DETERMINAÇÃO
Peneiras
Massa
Retida
( mm )
(g)
5,5
29,4
48,5
97,2
257,1
47,2
15,1
500
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
Fundo
Total
Módulo
de
Finura
Retida
2°DETERMINAÇÃO
Retida
Individual Acumulada
%
1,1
5,88
9,7
19,44
51,42
9,44
3,02
100
%
1,1
6,98
16,68
36,12
87,54
96,98
100
245,4
Massa
Retida
(g)
6,3
33,4
49,8
100,4
244,7
49,8
15,6
500
2,45
Retida
Retida
Individual Acumulada
%
1,26
6,68
9,96
20,08
48,94
9,96
3,12
100
2,49
%
1,26
7,94
17,9
37,98
86,92
96,88
100
248,88
Retida
Retida
Individual
Acumulada
Média
Média
1,18
6,28
9,83
19,76
50,18
9,7
3,07
100
1,18
7,46
17,29
37,05
87,23
96,93
100
247,14
MF =
2,47
Limite Granulométricos-Agregado Miúdo
% Retida Acumulada
120
100
80
60
Limite GranulométricosAgregado Miúdo
40
20
0
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
Fundo
Abertura das Peneiras ( mm )
136
RESPONSÁVEL PELO ENSAIO
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Agregados
Os módulos de finura para a areia, variam entre os seguintes limites:
137
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Agregados
h) Dimensão Máxima (Dm): grandeza associada à distribuição granulométrica
do agregado, correspondente à abertura de malha quadrada, em mm, à qual
corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente
inferior a 5% em massa.
138
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Agregados
139
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Agregados
3) Forma dos grãos: os
geometricamente definida.
grãos
dos
agregados
não
tem
forma
a) Quanto às dimensões: Com relação ao comprimento (l), largura (l) e
espessura (e), os agregados classificam-se em alongados, cúbicos, lamelares
e discóides, conforme sejam as relações entre as três dimensões, que
definem sua forma.
Calcários estratificados, arenitos tendem a produzir fragmentos alongados e
achatados, especialmente quando são usados britadores de mandíbula no
beneficiamento.
140
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Agregados
a) Quanto à dimensão:
141
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Agregados
b) Quanto à conformação da superfície: Partículas formadas por desgaste
superficial contínuo tendem a ser arredondadas, pela perda de vértices e
arestas, como é o caso das areias e seixos rolados formados nos leitos dos
rios, e também nos depósitos eólicos em zonas marítimas, tendo geralmente
uma forma bem arredondada.
Agregados de rochas britadas possuem vértices e arestas
bem definidos e são chamados angulosos.
• angulosos: quando apresentam arestas vivas e pontas (britas);
• arredondados: quando não apresentam arestas vivas (seixos).
142
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Agregados
143
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Agregados
c) Quanto à forma das faces:
• conchoidal: quando tem uma ou mais faces côncavas;
• defeituoso: quando apresentam trechos convexos.
A forma dos grãos tem efeito importante no que se refere à compacidade,
à trabalhabilidade e ao ângulo de atrito interno.
A influência da forma é mais acentuada nos agregados miúdos.
144
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Agregados
c) Quanto à forma das faces:
Agregados miúdos:
• Argamassas
de revestimento, por exemplo, se preparadas com areia
artificial, ficam tão rijas que não se podem espalhar com a colher,
constituindo o que se chama de argamassas duras.
Agregados graúdos:
• Concretos preparados com agregados de britagem exigem 20% mais água
de amassamento do que os preparados com agregados naturais, sendo os
grãos lamelares os mais prejudiciais.
• Apesar
disso, concretos de agregados de britagem têm maiores
resistências ao desgaste e à tração, devido a maior aderência dos grãos
à argamassa.
145
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Agregados
c) Quanto à forma das faces:
Agregado graúdo:
• o Mais arredondado e liso  maior plasticidade (propriedade de um corpo
mudar de forma ) e menor aderência entre os agregados
• o Lamelar  maior consumo de cimento, areia e água  menor resistência
o Melhores agregados são os cúbicos e rugosos.
146
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Agregados
147
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Agregados
148
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Agregados
4) Substâncias: nocivas: são aquelas existentes nas areias ou britas que
podem afetar alguma propriedade desejável no concreto fabricado com tal
agregado.
a) Torrões de Argila: São denominadas todas as partículas de agregado
desagregáveis sob pressão dos dedos (torrões friáveis). A presença de
areias ou argila, sob a forma de torrões é bastante nociva, para a
resistência de concreto e argamassas e o seu teor é limitado a 1,5 % .
149
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Agregados
b) Material Pulverulento: as areias contém uma pequena percentagem de
material fino, constituído de silte e argila, e portanto passando na peneira
de 0,075 mm.
Os finos, de um modo geral, quando presentes em grandes quantidades,
aumentam a exigência de água para uma mesma consistência. Os finos de
certas argilas, propiciam maiores alterações de volume nos concretos,
intensificando sua retração e reduzindo sua resistência.
A argila da areia pode ser eliminada por lavagem, porém poderá arrastar os
grãos mais finos da areia, reduzindo a trabalhabilidade
• 3% para concreto submetido a desgaste superficial
• 5% outros concretos
150
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Agregados
c) Impurezas Orgânicas: a matéria orgânica é a impureza mais frequente
nas areias. São detritos de origem vegetal na maior parte. São partículas
minúsculas, mas em grande quantidade chegam a escurecer a argila.
A cor escura da areia é indício de matéria orgânica (exceto para agregado
resultante de rocha escura como o basalto).
as impurezas orgânicas formadas por húmus exercem uma ação prejudicial
sobre a pega e o endurecimento das argamassas e concretos.
Ensaio colorimétrico indica a existência ou não de impurezas orgânicas.
151
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Agregados
d) Materiais carbonosos: partículas de carvão, linhito, madeira.
São considerados prejudiciais pois são materiais de baixa resistência,
diminuindo a resistência do concreto. Máximo de 0,5 % para concretos onde
a aparência é importante e 1% para os demais concretos.
Diminuem também a resistência à abrasão
152
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Agregados
e) Cloretos: em presença excessiva podem causar certos problemas.
• Nas argamassas geram o aparecimento de eflorescências e manchas de
umidade.
• No concreto aceleram o processo de corrosão do aço. Cuidado com alguns
aditivos aceleradores de pega que contém cloretos (não usar em concreto
protendido).
f) Sulfatos: podem acelerar e em certos casos retardar a pega do cimento.
Dão origem e expansão no concreto pela formação de etringita (formação
mineral, que por sua constituição e forma podem ser prejudicial ao concreto)
153
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Lista de exercícios
1) Quais os empregos dos agregados como materiais de construção?
2) Qual a importância (funções) de se usar agregados nas argamassas e
concretos?
3) Quais os tipos de agregado quanto à origem. Exemplifique.
4) Quais os tipos de depósitos de agregados naturais?
5) Como se classificam os agregados?
6) Cite exemplos de localidades que podemos usar os agregados miúdos e
graúdos
7) Quais são os ensaios necessários para fazer a caracterização física dos
agregados
8) O que é massa especifica de um agregado:? Explique como é determinada
e para que é utilizada.
9) O que é massa unitária de um agregado? Explique como é determinada e
para que é utilizada
10) Como podem ser classificados os agregados quanto às dimensoes dos
grãos? Dê exemplos.
154
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AGLOMERANTES
155
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Aglomerantes
Considerações Iniciais
São produtos utilizados na
aglomerar materiais entre si.
Construção
Civil
para
fixar
ou
Apresentam-se na forma pulverulenta (mais comum) e quando
misturados com água tem a capacidade de aglutinar.
Ex: cimento (vários tipos), gesso, cal aérea, cal hidráulica
Caracterização  Materiais naturais ou artificiais que em estado
plástico ou fluído, envolvem outros materiais sólidos, inertes e que
ao endurecerem (física ou quimicamente), aglutina-os, tomando as
mais diversas formas e resistências.
156
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Aglomerantes
Endurecimento  simples secagem e/ou consequência de reações
químicas aderindo à superfície a quais estão em contato.
Função 
• Aglutinação e colagem dos componentes e elementos
• Preenchimento de vazios existentes no conjunto
157
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Aglomerantes
Consideração inicial sobre as matérias-primas  Pelo grande volume
normalmente envolvido quando se fala de aglomerantes na
construção civil, para se utilizar um aglomerante comercialmente,
devemos levar em conta alguns aspectos quando da produção do
mesmo:
ASPECTO TÉCNICO 
as Matérias Primas (MPs) devem ser
abundantes na natureza e apresentar certa pureza.
ASPECTO ECONÔMICO 
seu Aproveitamento.
apresentar boas condições econômicas o
ASPECTO AMBIENTAL  causar o menor impacto ambiental
possível. É muito o uso de adições, seja na produção de cimentos,
ou na adição ao concreto argila calcinadas, filler calcário,
dolomitos, cinzas volantes, cinza de bagaço de cana, pozolonas,
escórias de alto forno, metacaulim, etc.
158
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Aglomerantes
O interesse se fixa nos aglomerantes quimicamente ativos. Daí uma
nova divisão pode ser feita:
Aglomerantes Aéreos: Aglomerante cuja pasta apresenta propriedade
de endurecer por reação de hidratação ou pela ação química do
CO2 presente na atmosfera e que, após endurecer, não resiste
satisfatoriamente quando submetida a ação da água (NBR
11172/90). (Exemplos: Gesso e cal aérea).
Aglomerantes hidráulicos: Aglomerante cuja pasta apresenta a
propriedade de endurecer apenas pela reação com a água e que,
após seu endurecimento, resiste satisfatoriamente quando
submetida à ação da água (NBR 11172/90). (Exemplos: Cal
hidráulica e cimento portland).
159
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Aglomerantes: cimento
CIMENTO
160
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Introdução
Definição: O cimento é um dos materiais de construção mais
utilizados na construção civil, por conta da sua larga utilização em
diversas fases da construção.
O cimento pertence a classe dos materiais classificados como
aglomerantes hidráulicos, esse tipo de material em contato com a água entra
em processo físico-químico, através de uma reação exotérmica de
cristalização tornando-se um elemento sólido com grande resistência a
compressão e resistente a água e a sulfatos.
A história do cimento inicia-se no Egito antigo, Grécia e Roma, onde as
grandes obras eram construídas com o uso de certas terras de origem
vulcânicas, com propriedades de endurecimento sob a ação da água.
Os primeiros aglomerantes usados eram compostos de cal, areia e cinza
vulcânica.
161
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Introdução
•A denominação "cimento Portland", foi dada em 1824 por Joseph Aspdin,
um químico e construtor britânico.
• No
mesmo ano, ele queimou conjuntamente pedras calcárias e argila,
transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após
secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções.
•A
mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no
mesmo ano, com o nome de cimento Portland , que recebeu esse nome por
apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às
rochas da ilha britânica de Portland.
•
O cimento Portland é um aglomerante hidráulico fabricado pela
moagem do clínquer, compostos de silicato e cálcio hidráulicos.
Os silicatos de cálcio são os principais constituintes do cimento Portland,
as matérias primas para a fabricação devem possuir cálcio e sílica em
162
proporções adequadas de dosagem.
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Aglomerantes: cimento
Definição de cimento Portland:É um aglomerante hidráulico, resultante
da moagem do clinquer, obtido pelo cozimento até a fusão parcial, de
mistura de
CALCARIO e ARGILA
CaO
convenientemente dosada e homogeneizada, de tal forma que, após o
cozimento não resulte cal livre em proporções prejudiciais
Clinquer: é a base do cimento, originalmente uma mistura de calcário e argila,
que é queimado (14000C) e triturado até virar um pó fino. O clínquer possui um
diâmetro médio entre 5 a 25 mm.
163
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Aglomerantes: cimento
C3S - 3 CaO.SiO2
C2S - 2 CaO.SiO2
CaO,CaCO3,CaSO4
C3A - 3 CaO.Al2O3
C4AF - 4 CaO.Al2O3.Fe2O3
SiO2, Al2O3 Fe2O3
164
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Aglomerantes: cimento
165
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Aglomerantes: cimento
166
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Aglomerantes: cimento
167
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Aglomerantes: cimento
Após a entrada do cru nos fornos rotativos até à saída do clínquer, à
medida que a temperatura no forno vai aumentando vão sendo observadas
diversas reações, por exemplo:
- A 100ºC, a água livre da mistura de calcário e argila evapora-se.
- A 450ºC a água adsorvida é libertada dos componentes da matériaprima.
- A 800ºC, dá-se a desidratação da argila e o início da decomposição dos
carbonatos de cálcio e de magnésio com a formação dos óxidos de cálcio e
de magnésio. Inicia-se a formação do aluminato monocálcico, do ferrato
bicálcico iniciando-se o aparecimento do
SILICATO BICÁLCICO.
168
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Aglomerantes: cimento
- Acima dos 900ºC, ocorre a cristalização dos produtos amorfos da
desidratação da argila e promovem-se as reações entre o óxido de cálcio
e os componentes da argila, nomeadamente a sílica, alumina e o
sesquióxido de ferro.
- Entre os 900ºC e 1100ºC, forma-se e decompõe-se o sílico-aluminato
bicálcico gerando-se o aluminato tricálcico e dá-se a formação do
aluminoferrato tetracálcico. Atinge-se a concentração máxima em óxido
de cálcio livre.
-
Entre os 1100ºC e os 1200ºC, todo o ALUMINATO TRICÁLCICO e
todo o FERROALUMINATO TETRACALCICO estão completamente
formados e o teor de SILICATO BICÁLCICO atinge o valor máximo.
169
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Aglomerantes: cimento
- A 1260ºC, principia a formação da fase líquida, constituída pela
combinação de parte de óxido de cálcio com os óxidos de alumínio e ferro
e originando a formação do SILICATO TRICÁLCICO a partir do
silicato bicálcico existente.
170
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Aglomerantes: cimento
171
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Aglomerantes: cimento
Estimativa da composição do cimento – Método de Bogue
- As propriedades do cimento são relacionadas
proporções dos silicatos e aluminatos.
diretamente
com
as
- As proporções podem ser determinadas a partir da composição potencial
do cimento, que normalmente é utilizado o método de Bogue, ASTM C
150 (2007).
- No método proposto por Bogue, através das equações, a percentagem dos
minerais principais do cimento Portland é calculada através do balanço de
massas, em percentagem, dos principais elementos constituintes das
matérias primas e da cal livre presente no clínquer do cimento.
172
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Aglomerantes: cimento
Assim, a partir das composições percentuais dos vários óxidos, obtém-se uma
aproximação para a composição de cada mineral:
173
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Aglomerantes: cimento
174
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Aglomerantes: cimento
175
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Aglomerantes: cimento
•O
cimento pertence a classe dos materiais classificados como
aglomerantes hidráulicos,
•Esse
tipo de material em contato com a água entra em processo
físico-químico, através de uma reação exotérmica de cristalização
tornando-se um elemento sólido com grande resistência a compressão
e resistente a água e a sulfatos.
•Água
e cimento reagem rapidamente e se forma solução
supersaturada de aluminatos e silicatos hidratados, o qual o
desencadeia a liberação de uma energia chamada calor de hidratação
que influencia na velocidade de reação.
176
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Aglomerantes: cimento
Cimento + H2O ⇒ reação ⇒ fase líquida saturada em espécies iônicas
na seguinte porcentagens:
Silicato de Cálcio Hidratado (tobermorita - CSH-gel) => 50 a
60% do sólido
Hidróxido de Cálcio (portlandita CaOH2) => 20 a 25% do sólido
Sulfoaluminatos de Cálcio (etringita) => 15 a 20% do sólido
177
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Aglomerantes: cimento
As propriedades do cimento são diretamente relacionadas com as
proporções dos silicatos e aluminatos.
O silicato tricálcico (C3S) é o maior responsável pela resistência em
todas as idades, especialmente até o fim do primeiro mês de cura.
O silicato bicálcico (C2S) adquire maior importância no processo de
endurecimento em idades mais avançadas, sendo largamente
responsável pelo ganho de resistência a um ano ou mais.
O aluminato tricálcico (C3A) também contribui para a resistência,
especialmente no primeiro dia.
O ferro aluminato de cálcio (C4AF) em nada contribui para a
resistência.
178
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Aglomerantes: cimento
A hidratação ocorre da superfície para a parte interna
179
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Aglomerantes: cimento
O aluminato tricálcio (C3A) muito contribui para o calor de
hidratação, especialmente no início do período de cura.
O silicato tricálcico (C3S) é o segundo componente em importância
no processo de liberação de calor. Os dois outros componentes
contribuem pouco para a liberação de calor.
O aluminato tricálcio (C3A), quando presente em forma cristalina,
é o responsável pela rapidez de pega. Com a adição de proporção
conveniente de gesso, o tempo de hidratação é controlado.
O silicato tricálcico (C3S) é o segundo componente com
responsabilidade pelo tempo de pega do cimento. Os outros
componentes se hidratam lentamente, não tendo efeito sobre o
tempo de pega.
180
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Aglomerantes: cimento
Controle do calor de hidratação:
Aumento de H: ↑ quantidade de C3S e C3A e cimento mais fino
(quanto mais fino maior é a superfície específica e maior a reatividade)
(É a superfície específica que determina o ritmo de pega e
endurecimento do cimento)
(Superfície específica: permeabilímetro de Blaine):
tempo requerido para uma determinada quantidade de ar fluir através de uma camada de
cimento compactada, de dimensões e porosidade especificadas.
Diminuição de H:  adição de escórias, pozolanas e cinzas, as quais
aumentam o tempo de pega do cimento e fixam a cal livre (retardador de
endurecimento).
181
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Aglomerantes: cimento
182
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Aglomerantes: cimento
183
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Aglomerantes: cimento
184
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Hidratação
185
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Desenvolvimento microestrutural de 1 grão de cimento durante a hidratação
186
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Desenvolvimento microestrutural de 1 grão de cimento durante a hidratação
187
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Hidratação
188
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Hidratação
1. Aluminato Tricalcio
C3A +
Gipsita

C3A + 3 CaSO4 . 2 H2O + 26 H2O
26
50
24
Etringita C6AS3H32 - 100%
 3 CaO.Al2O3 .3 CaSO4 . 32 H2O + Calor
100
• Calor total = 204 cal/g
• Desenvolve pequena resistência inicial
• Libera grande quantidade de calor
• Não libera cal
• Muito sensível à ação de sulfatos
189
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Hidratação
2. Ferro-Aluminato Tetracalcico
C4AF +
Portlandita

Monossulfoaluminato
3C4ASH18 - 47%
+
Ferrita
C4FSH18 53%
C4AF + 2 Ca(OH)2 + 10 H2O  3 CaO.Al2O3 .6 H2O + 3 CaO.Fe2O3 . 6 H2O + Calor
69
10
21
47
53
• Inicia a hidratação em alguns minutos apos o amassamento
• Desenvolve pequena resistência inicial
• Tem pega e endurecimento semelhante ao C S
• Libera pouco calor de hidratação
• Boa resistência ao ataque de aguas agressivas
3
190
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Hidratação
3. Silicato Tricalcico
silicato tricálcico

Silicato cálcico hidratado
+
Tobermorita C-S-H 60%
Portlandita
C4FSH18 40%
2 (3CaO.SiO2) + 6 H2O  3 CaO.2SiO2.3 H2O + 3 Ca(OH)2 + Calor
20
80
60
40
• Inicia a reação em poucas horas
• Desenvolve elevada resistência inicial
• Tem pega lenta e endurecimento rápido
• Libera grande quantidade de calor de hidratação
• Libera grande quantidade de cal
191
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Hidratação
4. Silicato bicalcico
silicato bicálcico 
Silicato cálcico hidratado +
Tobermorita C-S-H 83%
Portlandita
C4FSH18 17%
2 (2CaO.SiO2) + 4 H2O  3 CaO.2SiO2.3 H2O + 3 Ca(OH)2 + Calor
63
37
83
17
• Inicia a reação de hidratação lentamente apos dias
• Desenvolve elevada resistência a longo prazo
• Tem pega lenta e endurecimento lento
• Libera pouca quantidade de calor de hidratação
• Libera pouca quantidade de cal
192
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Hidratação
193
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Fabricação
Desenho esquemático em perspectiva da unidade fabril
194
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Aglomerantes: cimento
195
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Fabricação
196
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Fabricação
197
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Fabricação
Fluxograma simplificado do processo de produção do cimento
198
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
199
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
O primeiro passo na produção de cimento é extrair as matérias-primas,
calcário e argila, das pedreiras.
A exploração de pedreiras é feita normalmente a céu aberto e a
extração da pedra pode ser mecânico ou com explosivos.
200
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
201
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
202
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
203
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
204
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
205
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
206
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
207
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
208
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
209
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
210
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
211
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
212
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
213
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Fabricação
Processo de Produção do Cimento Portland
214
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Aglomerantes: cimento
215
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Aglomerantes: cimento
216
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Aglomerantes: cimento
Tipos de cimento portland no mercado:
Com o passar do tempo as propriedades físico-químicos do cimento
portland tem evoluído constantemente, inclusiva com o emprego de aditivos
que melhoram as características do cimento. Hoje o cimento portland é
normalizado e existem onze tipos no mercado:
217
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Aglomerantes: cimento
218
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Classificação
Cimento portland comum (CP-I), com adição (CP I-S)
O CP-I, é o tipo mais básico de cimento Portland, indicado para o uso em
construções que não requeiram condições, a única adição presente no CP-I é
o gesso (cerca de 3%, e é utilizado para construção em geral, quando não
são exigidas propriedades especiais.
O CP I-S, tem a mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com
adição reduzida de material pozolânico (de 1 a 5% em massa) e este tipo de
cimento tem menor permeabilidade devido à adição de pozolana.
A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732
219
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Classificação
Portland composto com escória (CP II-E), pozolana (CP II-Z), filler (CP
II-F)
Utilizados em obras correntes de engenharia civil sob a forma de
argamassa, concreto
simples, armado e protendido, elementos prémoldados e artefatos de
cimento.
220
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Classificação
Cimento portland de alto-forno (CP III)
O cimento portland de alto-forno contém adição de escória no teor de
35% a 70% em massa, que lhe confere propriedades como;
baixo calor de hidratação,
maior impermeabilidade e
durabilidade,
É recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade
(barragens, fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, tubos e
canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes
industriais, concretos com agregados reativos, obras submersas,
pavimentação de estradas, pistas de aeroportos, etc) como também para
aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, estruturas
de concreto simples, armado ou protendido, etc.
A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735.
221
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Classificação
Cimento portland Pozolânico (CP IV)
O cimento portland Pozolânico contém adição de pozolana no teor que
varia de 15% a 50% em massa.
Este alto teor de pozolana confere ao cimento uma alta impermeabilidade
e consequentemente maior durabilidade.
O concreto confeccionado com o CP IV apresenta resistência mecânica à
compressão superior ao concreto de cimento Portland comum à longo prazo.
É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e
ambientes agressivos.
A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5736.
222
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Classificação
Cimento portland de alta resistência inicial
Sulfatos (RS)
(CP V-ARI), Resistente a
O CP V-ARI possui Alterações nas proporções das fases do Clínquer e são
utilizados em blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes,
meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e préfabricados.
O CP Resistente a Sulfatos (RS) possui alterações nas proporções das
fases do Clínquer e pode ser utilizado em ambientes submetidos ao ataque
de meios agressivos, como estações de tratamento de água e esgotos, obras
em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas.
A norma brasileira que trata deste cimento é a NBR 5733.
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Classificação
Tipos de Cimento Portland
As siglas correspondem ao prefixo CP acrescido dos algarismos romanos de I a V,
conforme o tipo do cimento, sendo as classes indicadas pelos números 25, 32 e 40.
As classes de resistência apontam os valores mínimos de resistência à compressão
garantidos pelo fabricante, após 28 dias de cura.
224
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Lista de Exercícios
1) Qual é a definição do cimento portland?
2) Cite quais são os compostos provenientes da fusão das matérias-primas para a
fabricação do cimento portland (clinquer).
3) Quais são as etapas do processo de fabricação ?
4) Qual etapa do processo de fabricação do cimento e produzido o clinquer?
5) Qual etapa do processo de fabricação do cimento ocorre a decarbonatação e inicia
a pré-calcinação?
6) Quais são os tipos de cimento portland no mercado e quais as suas principais
propriedades.
7)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Explique a influencia no cimento portland para cada propriedade abaixo:
densidade
Finura
Exsudação
Pega
Expansibilidade - sanidade – estabilidade volumétrica
Endurecimento - resistência mecânica
Calor de hidratação
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Lista de Exercícios
8) O que é hidratação no cimento e para que serve?
9) Explique como o processo de hidratação é influenciado pelo tempo.
10) Mostre as respectivas reações e as propriedades de hidratação dos seguintes
compostos:
a) Silicato tricálcio
b) Silicato bicálcio
c) Aluminato tricálcio
d) Ferro-aluminato tetracálcio
11) Explique porque o cimento endurece?
12) Como é o processo de solidificação da pasta plástica de cimento no inicio e
fim de pega?
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Aglomerantes: gesso
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Aglomerantes: gesso
Definição  É um aglomerante aéreo (endurece pela ação química do CO2 do
ar), obtido pela desidratação total ou parcial da Gipsita – aglomerante já
utilizado pela humanidade há mais de 4.500 anos, no Egito.
É a transformação da gipsita por um processo de queima que transforma
no gesso de pega rápida.
A Gipsita é o sulfato de cálcio mais ou menos impuro, hidratado com 2
moléculas de água. Sua fórmula química é CASO4+ 2 H2O e suas impurezas
- que, no máximo, indicam 6% - são:79% de sulfato de cálcio e 21% de água.
o silício (SiO2),
a alumina (Al2O3),
o óxido de ferro (Fe2O3),
o carbonato de cálcio (CaCO3),
a cal (CaO),
o anidrito sulfúrico (SO3) e
o anidrido carbônico (CO2).
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Aglomerantes: gesso
HISTÓRICO DO GESSO
O gesso faz parte de nossa vida cotidiana deste tempos imemoriais. Tem
estado presente na vida do homem desde a mais remota antiguidade, seja
na construção, alimentação ou até na medicina.
Tem sido usado desde o período Neolítico como material cimentante,
paredes e suportes.
Há 5000 anos foi utilizado no interior de pirâmides egípcias aplicado em
paredes.
Na arquitetura muçulmana antiga aparece em elementos ornamentais.
Durante a ocupação romana na Península Ibérica generalizou-se o seu uso.
229
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Aglomerantes: gesso
Durante a ocupação romana na Península Ibérica generalizou-se o seu uso.
Neste período românico foi empregue em afrescos para decoração de
igrejas e capelas.
No século XIX foi se incorporando à arquitetura e construção como
reboco e elemento de decorativo em palácios e vivendas. Nos Estados
Unidos o uso na construção civil iniciou-se em 1835.
Em 1885, com a descoberta de um método para retardar o tempo de
paga, fez com que a sua aplicação na construção civil tivesse um
acelerado crescimento.
Por sua facilidade de moldagem, tornou-se um ótimo material para
arquitetura de interiores.
Sua plasticidade permite produzir formas e elementos diferenciados, tais
como sancas, forros, divisórias, colunas, arcos, etc.
230
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Aglomerantes: gesso
É um material que tem bom isolamento térmico e acústico. Auxilia no
equilíbrio da umidade do ar em ambientes fechados por ser material
higroscópico.
Porém em contato com a água perde em muito sua resistência mecânica,
sendo mais recomendado para ambientes fechados.
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Aglomerantes: gesso
No Brasil, a Gipsita é encontrada em jazidas no Norte e Nordeste, cujas
reservas são calculadas em 407 milhões de toneladas. Sua desidratação é
feita através do cozimento industrial (fornos).
232
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Aglomerantes: gesso
EFEITOS DA QUEIMA
a) As pedras de gipsita, depois da britagem e trituração, são queimadas na
temperatura entre 130 a 160ºC, realizadas com pressão atmosférica.
Nessa temperatura, a gipsita perde ¾ partes de sua água, passando de
diidrato (di-hidratado) para hemidrato, que é mais solúvel que o diidrato (o
hemidrato apresenta-se como sólido micro poroso mal cristalizado, conhecido
como hemidrato (B), utilizado na construção civil).
Esse gesso hemidrato é conhecido como gesso rápido (quanto à pega), gesso
estuque ou gesso Paris e endurece entre 15 e 20 minutos, apresentando uma
dilatação linear de 0,3% e, após seu endurecimento, este retrai bem menos
do que sua dilatação inicial, sendo, portanto, muito usado em moldagem.
233
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Aglomerantes: gesso
b) Entre 170 a 3000C, o gesso torna-se gesso anidro solúvel, também
chamada de anidrita III, de formula química CaSO4.H2O (indica que esse
produto pode conter um teor de agua de cristalização variável).
É a fase intermediaria entre o hemidrato e anidrita II.
Instável e ávida por água, pode absorver umidade atmosférica e passar à
forma de hemidrato (reversível).
Fase muito reativa, age como acelerador de pega.
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Aglomerantes: gesso
c) Entre 400º a 600ºC, é também chamada de anidrita II.
É um produto totalmente desidratada, estável, com tempo de pega muito
longo (retarda a pega).
A anidrita II torna-se quase totalmente insolúvel e não é mais capaz de
fazer pega, transformando-se num material inerte, participando do
conjunto como material de enchimento .
Reage lentamente com a água, podendo levar sete dias para se hidratar
completamente.
235
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Aglomerantes: gesso
d) Entre 900 a 1100ºC, também chamada de anidrita I.
O gesso sofre a separação do SO3 e da CaO, com formação do CaO livre,
formando um produto de pega lenta (pega entre 12 e 14 horas) chamado de
gesso de pavimentação.
É pouco usado devido ao fato da sua produção exigir temperaturas elevadas
de cozimento.
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Aglomerantes: gesso
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Aglomerantes: gesso
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Aglomerantes: gesso
O gesso pode ser reciclado pelo processo inverso de produção.
239
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Aglomerantes: gesso
O gesso pode ser reciclado pelo processo inverso de produção.
240
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Aglomerantes: gesso
Algumas aplicações: O gesso mais utilizado na construção civil é o
hemidratado: gesso Paris;
241
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Aglomerantes: gesso
Alguns cuidados:
242
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Aglomerantes: gesso
243
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Aglomerantes: gesso
244
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Aglomerantes: gesso
Produção:
245
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Aglomerantes: gesso
Produção:
246
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Aglomerantes: gesso
PROPRIEDADES DO GESSO
Tempo de pega: É uma das propriedades mais importante. Se a pega for
muito rápida, o preparo da pasta fica condicionado a pequenos volumes,
reduzindo a produtividade do gesseiro.
A queda de produtividade é acompanhada do aumento de desperdício de
material. Em geral, os gessos nacionais têm início de pega entre 3 e 16
minutos e fim de pega entre 5 e 24 minutos.
A quantidade d’água funciona negativamente no fenômeno de pega, pois
quanto mais água, mais lenta se dá a pega e o endurecimento.
Início de pega: Marca o ponto no tempo em que a pasta torna-se não trabalhável
Fim de pega: Tempo necessário para a pasta se torne totalmente rígida.
247
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Aglomerantes: gesso
A quantidade ótima de água a ser utilizada no gesso é, normalmente, em
torno de 19% de massa do mesmo.
A presença de impurezas diminui muito a velocidade de pega. Mas existem
aditivos que podem acelerar ou retardar essa pega do gesso.
Como retardador de pega, podem ser misturados ao gesso: açúcar / álcool
/ cola / serragem fina de madeira / sangue e outros produtos de
matadouros (chifres e cascos), na proporção de 0,1% da massa de gesso.
Tais produtos retardam a pega, pois formam membranas protetoras entre
os grãos, isolando-os.
Como aceleradores de pega, podem-se utilizar no gesso: Sal de cozinha /
alúmen (silicato duplo de alumínio e potássio) / sulfatos de alumínio e
potássio e o próprio gesso hidratado.
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Aglomerantes: gesso
Resistência à compressão
As pastas de gesso têm resistência à compressão entre 10 MPa e
27 MPa.
Dureza
As pastas de gesso têm dureza entre 14 MPa e 53 MPa.
Isolamento térmico e acústico
O gesso é um bom isolante térmico e acústico e tem elevada resistência
ao fogo, eliminando a água de cristalização com o calor, transformando a
superfície do revestimento em sulfato anidro em forma de fino pó, que
protege a camada interior de gesso.
Muito usado como proteção contra incêndio, pois absorve
quantidade de calor, transformando-se em sulfato anidro.
grande
249
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Aglomerantes: gesso
Aderência
As pastas de gesso aderem bem a blocos, pedra e revestimentos
argamassados.
Em superfícies de madeira, sua aderência é insatisfatória e apesar de
aderir bem ao aço e outros metais, estes acabam sendo corroídos pelo
gesso, quanto maior for a quantidade de água da pasta.
Em função da corrosão usar ferramentas de latão ou plástico para
trabalhar com gesso.
250
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Aglomerantes: gesso
Classificação comercial dos gessos
Gesso Escaiola: gesso com 80% de peso hemidratado, de cor branca, com
finura adequada quando moído;
Gesso Branco: 66% de peso hemidratado, de cor branca e também com
finura adequada quando moído;
Gesso Negro: 55% de peso hemidratado, de cor cinza devido às
impurezas e com granulometria menor do que o gesso Escaiola ou Branco.
251
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Aglomerantes: Cal
CAL
252
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Aglomerantes: Cal
Cal aérea: aglomerante resultante da calcinação de
rochas calcárias, pode ser hidratado, e endurece sob
ação do CO2 do ar.
No caso da hidratação a água só atua como catalizador. A cal
hidratada é muito utilizada na construção civil.
Cal hidráulica: aglomerante que endurece pela ação da
água e foi muito utilizado nas construções antigas,
sendo
posteriormente
substituído
pelo
cimento
Portland.
253
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Aglomerantes: cal aérea
TERMINOLOGIA:
Cal: Aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de cálcio ou óxido de
cálcio em presença natural com o óxido de magnésio.
Cal virgem: resultante de processos de calcinação, da qual o constituinte
principal é o óxido de cálcio ou óxido de cálcio em associação natural com o
óxido de magnésio, capaz de reagir com a água.
Cal extinta: resultante da exposição da cal virgem ao ar ou à água, portanto
apresentando sinais de hidratação e, eventualmente, de recarbonatação.
Cal hidráulica (sob a forma de pó seco): obtida pela calcinação a uma
temperatura próxima à da fusão de calcário com impurezas sílicoaluminosas, formando silicatos, aluminatos e ferritas de cálcio, que lhe
conferem um certo grau de hidraulicidade.
254
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Aglomerantes: Cal hidráulica
Cal hidráulica: aglomerante resultante da calcinação a 11000C de rochas
calcarias e argila, que da origem a cal hidráulica que é um produto que
endurece pela ação da água.
A cal hidráulica é constituída por silicatos (SiO2.2CaO) e aluminatos de
cálcio (Al2O3.CaO) que hidratando-se na água, endurece por carbonatação.
255
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Aglomerantes: Cal hidráulica
Características inferiores, em geral, ao Cimento Portland
A cal hidráulica apresenta muita cal livre
256
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Aglomerantes: Cal hidráulica
Utilização:
Para a produção de blocos
Tratamento de solos
Substituto do filler em pavimentos betuminosos
257
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Aglomerantes: cal aérea
Definição: A cal é um aglomerante aéreo, ou seja, é um produto que reage
em contato do CO2 do ar.
Produzido a partir de rochas calcárias, composto basicamente de cálcio
(CaCO3 – calcita) e magnésio (CaCO3.MgCO3 – dolomita), que para a sua
aplicação apresenta sob forma pivurilenta.
Pode conter algumas impurezas tais como: quartzo, silicatos argilosos,
óxidos metálicos de ferro e manganês, matéria orgânica, sulfatos,
sulfetos, fosfatos e etc.
258
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Aglomerantes: cal aérea
APLICAÇÃO:
Utilizado em diversos seguimentos como:
construção civil,
siderurgia,
metalurgia,
papel e celulose,
tratamento de água e efluentes industriais,
fabricação de vidro,
açúcar,
tintas, graxas,
aplicações botânicas,
medicinais e veterinárias.
259
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Aglomerantes: cal aérea
HISTÓRICO:
A cal pode ser considerada o produto manufaturado mais antigo da
humanidade.
Há registros do uso deste produto que datam de antes de Cristo, um
exemplo disto é a muralha da China.
Gregos, mais tarde, os Romanos, já utilizavam a cal como aglomerante,
formando assim uma argamassa que era preparada pelo mesmo processo
ainda hoje adotado e que consiste na extinção (adição de água) de pedras
de calcário cozidas, e adição de areia.
Na América Colonial, a simples calcinação do calcário foi um dos
processos primitivos de fabricação adotado pelos colonizadores para
construções de cais.
260
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Aglomerantes: cal
FABRICAÇÃO:
A cal é produzida a partir de rochas calcárias com elevados teores de carbonato
de cálcio, como é o caso da calcita (CaCO4) e da dolomita (CaCO4.MgCO4) (95%).
Entre as impurezas encontradas (5%) nestas rochas encontram-se: quartzo,
silicatos argilosos, óxidos metálicos de ferro e manganês, matéria orgânica,
fosfatos, sulfetos, sulfatos e fluoretos.
261
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Aglomerantes: cal
262
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Aglomerantes: cal
263
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Aglomerantes: cal
264
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Aglomerantes: cal
FABRICAÇÃO:
Após a britagem e classificação da matéria-prima passa por uma moagem
e é conduzida ao forno de calcinação (cozimento do calcário).
Cal virgem ou cal viva (calcinação)
O CaCO3 é cozido a uma temperatura inferior à fusão, cerca de 900ºC,
suficiente para separar (decomposição) o CaCO3 a cal (CAO) e o CO2 (gás
carbônico).
Calcita
CaCO3
100%
cal virgem
calcinação

900
0
C
Dolomita
CaMg.(CO3)2
CaO
gás carbônico
+
56%
cal virgem
calcinação

900
0
C
CaO.MgO
CO2
44%
gás carbônico
+
2 CO2 
265
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Aglomerantes: cal
266
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Aglomerantes: cal
O produto resultante da calcinação, a cal virgem, deve passar por um
processo de hidratação antes de ser utilizada como aglomerante.
Cal hidratado ou extinta (hidratação)
O processo de hidratação da cal virgem, também conhecido como extinção
da cal, pode ser expresso pela equação seguinte:
Cal virgem
CaO
75,7%
+ água
+ H2O
24,3%
cal hidratada
hidratação

Ca(OH)2
+
calor
100%
Da hidratação da cal virgem, obtêm-se a cal hidratada (hidróxido de
cálcio) que é utilizado como aglomerante em argamassas para
assentamento de blocos ou revestimento de paredes.
267
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Aglomerantes: cal
268
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Aglomerantes: cal
Na argamassa fresca, uma recombinação dos hidróxidos Ca(OH2) com o
gás carbônico, presente na atmosfera, promove a formação de cristais de
carbonato de cálcio (CaCO3) e o endurecimento da argamassa que acaba
por ligar os agregados a ela incorporados.
Endurecimento da cal hidratada com o ar (carbonatação)
Cal hidratada
Ca(OH)2
gás carbônico
+
CO2
carbonato de cálcio
carbonatação

CaCO3
+
água
H2O
O CO2 vai transformando lentamente a superfície da argamassa formada
por carbonato de cálcio e vai penetrando lentamente na massa que assim
vai se consolidando.
269
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Aglomerantes: cal
Essa reação de carbonização só é possível em presença da água que,
dissolvendo ao mesmo tempo a cal e o CO2, possibilita essa combinação,
funcionando a água como catalisador.
270
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Aglomerantes: cal
CICLO DA CAL AÉREA
271
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Aglomerantes: cal
CLASSIFICAÇÃO:
A cal virgem é classificada conforme o óxido predominante como indicado a
seguir:
cal virgem cálcica: óxido de cálcio entre 100% e 90% dos óxidos totais
presentes;
cal virgem magnesiana: Teores intermediários de óxido de cálcio, entre 90%
e 65% dos óxidos totais presentes;
cal virgem dolomítica: teores de cálcio entre 65% e 58% dos óxidos totais
presentes.
São comercializadas em recipientes (plásticos, metálicos e outros) ou a
granel, na forma de blocos (tal como sai do forno),
britada (partículas de diâmetro 1 a 6 cm) ou
moída e pulverizada (0,150 mm).
272
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Aglomerantes: cal
CLASSIFICAÇÃO:
Outro tipo de cal muito comum no mercado é a cal hidratada. É classificada
de acordo com a cal virgem que lhe dá origem:
cal hidratada cálcica
cal hidratada magnesiana
cal hidratada dolomítica
A cal hidratada, geralmente, é embalada em recipientes plásticos ou em
sacos de papel Kraft (com 8,20 kg e 40 kg do produto), possuindo
granulometria de 85% abaixo de 0.075 mm.
273
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Aglomerantes: cal
CAL HIDRATADA
A cal hidratada pode ser classificada em três tipos quanto à pureza:
CH II e CH III.
CH I,
Isto significa que se o consumidor quiser uma cal mais "pura" ele deve adquirir
uma CH I.
CHI > CHII > CHIII (pureza)
Esta informação deve estar presente na embalagem do produto;
274
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Aglomerantes: cal
Segundo a NBR 7175 - “Cal Hidratada para argamassas - Especificação” as
cales são classificadas como segue:
275
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Aglomerantes: cal
Segundo a NBR 7175 - “Cal Hidratada para argamassas - Especificação” as
cales são classificadas como segue:
276
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Aglomerantes: cal
Armazenar em local seco, coberto e fora do alcance de crianças e
animais, sendo recomendável o seu uso até 6 meses após a data de
fabricação.
A embalagem original (sacos de papel de duas folhas de papel extensível)
é suficiente para manter a integridade do produto, desde que sejam
respeitada as regras do armazenamento.
Algumas características das cales aéreas (extintas ou hidratadas):
•
•
•
•
Endurece com o tempo (normalmente longo);
Seu aumento de volume é de 2 a 3 vezes, pela extinção;
Cor predominantemente branca;
Resiste ao calor;
277
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Aglomerantes: cal
PROPRIEDADES
DENSIDADE APARENTE
A densidade aparente das cales varia de 0,3 a 0,65, que corresponde à
massa aparente de 300 a 650 Kg/m3.
PLASTICIDADE
Propriedade que
espalhamento.
confere
fluidez
à
argamassa,
facilitando
seu
As cales magnesianas produzem argamassas mais plásticas que as cálcicas.
278
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Aglomerantes: cal
RETENÇÃO DE ÁGUA
A retenção de água é uma propriedade muito importante, evitando a
perda excessiva da água de amassamento da argamassa, por sucção, para
os blocos ou tijolos.
É uma medida indireta da plasticidade da cal, uma vez que cales plásticas
têm alta capacidade de retenção de água, embora o inverso nem sempre
seja verdadeiro.
Esta propriedade é, também, importante por prolongar o tempo no estado
plástico da argamassa fresca, aumentando a produtividade do pedreiro.
279
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Aglomerantes: cal
INCORPORAÇÃO DE AREIA
Propriedade que expressa a facilidade da pasta de cal hidratada envolver
e recobrir os grãos do agregado e, consequentemente, unindo os mesmos.
Cales com alta plasticidade e alta retenção de água têm maior capacidade
de incorporar areia.
Comparativamente, o poder de incorporação de areia da cal hidratada é
de 1 : 3 a 4 enquanto que, no cimento é de 1 : 2 a 2,5. Esta
propriedade justifica o emprego das cales na produção de argamassas.
280
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Aglomerantes: cal
ENDURECIMENTO
O endurecimento decorre da recarbonatação da cal hidratada pela
absorção do CO2 presente na atmosfera.
Espessuras de revestimento argamassado acima de 20 mm podem
prejudicar o processo de recarbonatação da argamassa, impedindo a
efetivação das reações próximo à interface substrato x argamassa e,
consequentemente, reduzindo a aderência do revestimento.
281
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Aglomerantes: cal
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
O uso da cal hidratada contribui muito pouco para a resistência à
compressão das argamassas.
Isto levou, alguns construtores a substituí-la pelo cimento portland,
quando de seu aparecimento no começo do século e, só mais tarde, com a
ocorrência de falhas nestas construções, verificou-se que a cal hidratada
conferia às argamassas outras propriedades além de aglomerante que, não
eram apresentadas pelo cimento Portland.
282
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Aglomerantes: cal
CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES
Esta propriedade é conferida à argamassa pela cal hidratada e, torna-se
de grande importância quando aplicada em paredes ou lajes muito
solicitadas.
283
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Aglomerantes: cal
APLICAÇÃO
284
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APLICAÇÃO
285
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APLICAÇÃO
286
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Aglomerantes: cal
APLICAÇÃO
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Lista de exercícios
1) Dentre os óxidos que compõe o cimento Portland, o maior responsável pela resistência
nas primeiras idades é o:
a)
Oxido de bário;
b)
Silicato tricálcio;
c)
Silicato dicálcio;
d)
Aluminato tricálcio;.
e)
Ferro aluminato tetracalcicos.
2) Explique como é formado o clinquer e posteriormente o cimento Portland? Quais são os
componentes formadores do clinquer e quais as suas influencias com relação à resistência,
quanto o calor de hidratação e tempo de pega.
3) Na presença de água, os silicatos e os aluminatos formam produtos de hidratação que,
com o transcorrer do tempo, dão origem a uma massa firme e resistente. A hidratação dos
aluminatos (C3A e C4AF) na presença do gesso – adicionado na fabricação do cimento –
resulta na formação de etringitas que assumem formas de agulhas e começam minutos após
o início da hidratação, sendo estas responsáveis pelo fenômeno da pega. A hidratação dos
silicatos se dá algumas horas após o início da hidratação do cimento.
Explique a evolução microestrutural de 1 grão e cimento durante a hidratação desde do 0
min até anos de endurecimento.
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Lista de exercícios
4) Quais são os tipos de cimento comercial existentes e o que significa suas siglas?
5) Você deverá concretar uma viga de grande volume de concreto e que deverá ser
descimbrada o mais breve possível. Por outro lado, devido ao seu volume e às condições
ambientais da região da Obra, existe o risco de fissuras de origem térmica que devem ser
evitadas. Você como Engenheiro Civil recém-formado pela UNIP-Universidade Paulista e
responsável pela Obra, recomendaria que tipo de cimento para este concreto? Justifique
sua resposta!!
a)
CP-II, com alto calor de hidratação
b)
CP-III, com alto calor de hidratação
c)
CP-V, com baixo calor de hidratação.
d)
CP-I, com baixo calor de hidratação
e)
CP-I-S, com alto calor de hidratação.
6) A gipsita é basicamente composta por sulfato hidratado de cálcio. Apresenta geralmente
coloração branca a incolor. É o sulfato mais comum na crosta terrestre, ocorrendo em
evaporitos ou na forma de camadas interestratificada de folhelhos, calcário e argila,
podendo também ser encontrado em meteoritos. A gipsita, também designada por pedra de
gesso, ou sulfato de cálcio (de maneira resumida), é um minério de cálcio, cuja composição
química corresponde a fórmula Ca(SO4) • 2H2O. Em que fase da fabricação do cimento
portland é adicionado gipsita e com qual finalidade? Qual a quantidade típica da adição de
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gipsita?
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Lista de exercícios
7) Quais as principais propriedades do gesso como material de construção? Dê exemplos.
8) O gesso é um material que retarda a ação do fogo. Descreva, em suas palavras, a(s)
razão(ões) que explica(m) essa propriedade.
9) Considere a seguinte afirmação: “Como o gesso reage com a água não se pode considerálo um aglomerante aéreo”. Essa afirmação é correta ou incorreta? Justifique a sua
resposta.
10) Descreva o processo de obtenção da cal. Para essa descrição transcreva as reações
químicas que ocorrem em cada etapa.
11) O que é cal viva ou cal virgem?
12) Quais as principais propriedades da cal hidratada como material de construção que
são de interesse para a construção? Dê exemplos.
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Bibliografia
Materiais de Construção - Volume 1 - 5ª Edição - Bauer
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