REVISTA PERIO SETEMBRO 2011 04-08-11.indd

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Braz J Periodontol - September 2011 - volume 21 - issue 03
ESCOVAÇÃO LINGUAL E PERCEPÇÃO SUBJETIVA DA
HALITOSE EM PACIENTES ATENDIDOS NO CURSO DE
ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Tongue brushing and halitosis subjective perception in patients seen at the dental clinic from
University of Fortaleza
Yuri Jivago Pereira Carvalho1, Felipe Ximenes Barreto1, Camila Silveira de Queiroz1, Anastácia Leite Jucá Ramalho2, Roberto
Dias Rêgo3, Danilo Lopes Ferreira Lima4
1 Graduados
2 Professora
em Odontologia pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR
de Odontopediatria da Universidade de Fortaleza – UNIFOR
3 Professor
de Cínica Odontológica II e III da Universidade de Fortaleza – UNIFOR
4 Professor
de Clínica Odontológica I e III da Universidade de Fortaleza – UNIFOR
Recebimento: 21/01/11 - Correção: 03/03/11 - Aceite: 29/04/11
RESUMO
O termo halitose é derivado do latim “halitus” que significa ar expirado e do sufixo grego “ose”, que expressa uma
condição anormal ou patológica. Pode ser simplesmente definido como um odor bucal desagradável. Este é um estudo
do tipo retrospectivo. Foram analisados 3187 prontuários dos pacientes do curso de Odontologia da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR) e separados 1500 prontuários que tinham respostas completas às perguntas “VOCÊ ACHA QUE TEM
MAU-HÁLITO?” e “ESCOVA A LÍNGUA?”. Dos investigados, 518 (34,53%) eram do gênero masculino e 982 (65,47%)
do gênero feminino. A média de idade foi de 37,0±14,3 anos. Quando questionados se escovavam a língua, 1288
(85,87%) afirmaram que sim e 212 (14,13%) responderam negativamente. Ao serem indagados sobre se achavam que
tinham mau hálito, 532 (34,47%) afirmaram que sim e 968 (64,53%) responderam negativamente. Pode-se concluir que
a maioria dos pacientes atendidos no curso de Odontologia da UNIFOR possui noção da importância da escovação
lingual. O estudo também demonstra a preocupação predominante do gênero feminino em relação aos autocuidados
evidenciada pela realização da escovação lingual e pela sensação de ainda continuar o problema da halitose.
UNITERMOS: Odontologia, escovação dentária, halitose. R Periodontia 2011; 21:81-85.
INTRODUÇÃO
O termo halitose é derivado do latim “halitus”
que significa ar expirado e do sufixo grego “ose”, que
expressa uma condição anormal ou patológica. Podem ser
simplesmente definido como um odor bucal desagradável1.
Desde gerações passadas o assunto vem sendo tema de
discussões na literatura, como em ensinamentos litúrgicos
judeus datados de cerca de dois mil anos, em que se um
homem casasse com uma mulher e depois descobrisse que
ela era portadora de halitose, ele poderia divorciar-se sem
precisar cumprir o contrato de matrimônio2. É importante o
estudo da halitose, pois ela é um problema de restrição social
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e, segundo a Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores
Bucais (ABPO), no Brasil, 40% da população é portadora de
halitose crônica. O paciente pode não saber que possui, pois
o olfato se adapta rapidamente ao odor, fazendo com que
ele seja incapaz de mensurar seu mau hálito, e as pessoas
próximas muitas vezes se sentem constrangidas em informálo da situação.
O mau odor bucal tem como principais responsáveis
os compostos sulfurados voláteis, como sulfidreto,
metilmercaptana e dimetilsulfeto, produzidos no processo
de metabolização de proteínas por microorganismos, na sua
maioria, Gram-negativos. Estas proteínas podem provir da
saliva, de fluidos gengivais, da dieta ou da descamação de
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células epiteliais3.
Atualmente, sabe-se que existem mais de 50 possíveis
causas para o mau hálito, podendo estas ser de origem
bucal (cerca de 85%) ou de origem sistêmica. Dentre os
fatores externos, os que mais se destacam são o estresse
e os medicamentos. O estresse aumenta a liberação de
adrenalina, o que inibe o funcionamento das glândulas
salivares, causando a redução do fluxo salivar. Já o uso de
medicamentos contribui para a formação da saburra lingual4.
Em estudos dos últimos 50 anos têm-se observado uma
relação direta entre a doença periodontal e o odor da halitose.
A bolsa periodontal é um ambiente favorável para a produção
dos gases sulfurados voláteis em relação ao perfil bacteriano
e ao fornecimento de enxofre proveniente da deposição de
matéria orgânica e do sangramento presente na bolsa, além
de secreção purulenta em casos de abscesso5.
Doença periodontal, cárie, saburra lingual, estomatites,
neoplasias, cicatrização de ferida cirúrgica, putrefação salivar,
presença de cisto dentígero drenando para a cavidade bucal,
milíase bucal e obstrução de glândulas são algumas das
causas de halitose relacionadas com processos patológicos
relacionados à cavidade oral. Processos patológicos das vias
aéreas superiores também estão relacionados ao mau odor
bucal, como corpos estranhos, tonsilite, cáseos, faringites,
sinusites, adenóides e rinites6. Doenças do sistema digestório
também podem levar à halitose, entre elas são: hérnia hiatal,
doença do refluxo gastroesofágico, divertículos e síndromes
de má absorção2.
Tendo em vista o diagnóstico da halitose pode-se utilizar
o Halimeter, fabricado nos Estados Unidos, o qual é um
aparelho que detecta a presença de compostos sulfurados
voláteis em ppb (partes por bilhão). Existem controvérsias
quanto aos valores obtidos para se considerar o resultado
positivo para halitose. De acordo com o fabricante (Halimeter Interscan Corp, Chatsworth, Ca) de 100 a 120 ppb, a halitose
é classificada como moderada, de 120 a 150, halitose mais
pronunciada, e acima de 150 ppb, halitose severa.
No Brasil, utiliza-se o Breath Alert, um método rápido,
simples, barato e bastante confiável, detectando em poucos
segundos o nível de hálito do indivíduo, através do qual a
halitose é classificada em quatro níveis, sendo considerados
halitose os níveis 3 e 4 enquanto o nível 1 é considerado
normal e o 2 halitose limítrofe. O uso do aparelho consiste
em aproximar o sensor da boca entreaberta do paciente por
10 segundos. Após esse tempo, a mensuração é determinada
e obser vada no visor. Hoje, o aparelho mais utilizado
cientificamente para a mensuração dos compostos sulfurados
voláteis é o Oral Chroma®, que usa a cromatografia gasosa
para medir cada um dos compostos sulfurados voláteis
separadamente.
Pode-se recorrer ainda aos testes subjetivos de detecção
da halitose também conhecidos como testes organolépticos,
que dependem da capacidade olfatória do examinador, o
que limita sua utilidade. O teste organoléptico consiste em
pedir ao paciente para respirar profundamente pelas narinas e
expirar pela boca, enquanto o examinador avalia o ar expirado
colocando-se a uma distância de aproximadamente 20 cm do
paciente classificando a halitose em uma escala de 0 a 4, onde
o 0 representa ausência de odor; 1, odor natural; 2, halitose
da intimidade; 3, halitose do interlocutor; e 4, halitose social.
Com o avanço das pesquisas sobre halitose, sabe-se hoje
que o tratamento primário deve ser baseado no combate à
causa que determina a produção de gases voláteis causadores
do mau hálito e complementação com higiene adequada.
Didaticamente, podemos dividir o tratamento em curativo,
onde procura-se a cura do que está produzindo os gases
sulfurados voláteis; profilático, que é feito pelo dentista,
com medidas profiláticas desde remoção de raízes residuais,
restaurações putrecíveis, a instruções de higiene oral, ensinado
o uso da escova dental, fio dental, colutórios; e mascarador,
que é o consumo de produtos cujo cheiro se sobreponha
ao do hálito, tornando-o mais agradável, como balas, por
exemplo7.
Os objetivos do presente estudo são avaliar qual o
frequência de pacientes do curso de Odontologia da UNIFOR
que se acha possuidor de halitose e investigar a prevalência
dos pacientes que higienizam a língua.
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MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo é do tipo retrospectivo e objetiva investigar
a quantidade de pessoas que se acha portadora de halitose
e identificar aquelas que fazem a higienização da língua,
evitando o acúmulo de saburra lingual.
Foram escolhidos 1500 prontuários como meta de
pesquisa, onde foi considerado um número relevante para
o cálculo da prevalência desse estudo. Para chegar a esse
número, foram analisados 3187 prontuários dos pacientes
do curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR), pois 1687 prontuários não continham um ou mais
dados referentes ao estudo. Verificou-se a quantidade de
pessoas que responderam “sim e não” às perguntas “VOCÊ
ACHA QUE TEM MAU-HÁLITO?” e “ESCOVA A LÍNGUA?”.
Foram incluídos prontuários de pacientes pertencentes ao
curso de Odontologia. Foram excluídos prontuários dos
pacientes com problemas mentais e prontuários de pacientes
de odontopediatria, pois estes não apresentam as perguntas
necessárias à pesquisa.
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Todos os dados foram anotados e tabulados na
planilha do programa Microsoft Excel® e os resultados
expressos através da freqüência percentual. Este estudo
foi cadastrado no Sistema Nacional de Informação sobre
Ética em Pesquisa (SISNEP) e submetido ao Comitê de Ética
da UNIFOR – COÉTICA para apreciação e aprovação sob
parecer nº211/2009. O termo de fiel depositário, usado como
permissão para que os dados pudessem ser coletados, foi
assinado pela responsável pelo curso de Odontologia da
UNIFOR.
RESULTADOS
Participaram do presente estudo os prontuários de 1500
indivíduos. Destes, 518 (34,53%) eram do sexo masculino e
982 (65,47%) eram do sexo feminino. A idade dos pacientes
variou de 12 a 84, tendo uma média de 37,0±14,3 anos.
Quando questionados se escovavam a língua, 1288
(85,87%) afirmaram que sim e 212 (14,13%) responderam
negativamente (figura 1).
Daqueles que responderam positivamente à escovação
da língua (1288), 431 (33,46%) eram homens e 857 (65,54%)
eram mulheres. Dos que responderam não (212), 87 (41,04%)
eram homens e 125 (58,96%) eram mulheres (figura 3).
Dos que responderam positivamente sobre se achavam
que tinham mau hálito (532), 172 (32,33%) eram homens e
360 (67,67%) eram mulheres. Das respostas negativas (968),
346 (35,74%) eram homens e 622 (64,26%) eram mulheres.
Fazendo a correlação entre a escovação lingual e a
percepção subjetiva da halitose, verificou-se que 450 (30%)
pessoas responderam que escovam a língua e acham que
possuem mau hálito, 838 (55,86%) escovam a língua e não
acham que possuem mau hálito, 82 (5,47%) não escovam a
língua e acham que possuem mau hálito e 130 (8,67%) não
escovam a língua e não acham que possuem mau hálito
(tabela 1).
Tabela 1
Correlação entre a escovação lingual e a percepção
subjetiva da halitose
Figura 1: Respostas quanto à escovação lingual
* - Diferença estatisticamente significativa – Teste Qui-quadrado
Ao serem indagados sobre se achavam que tinham
mau hálito, 532 (34,47%) afirmaram que sim e 968 (64,53%)
responderam negativamente (figura 2).
Figura 2: Respostas quanto à percepção subjetiva da halitose
POSSUI MAU
HÁLITO
NÃO POSSUI
MAU HÁLITO
TOTAL
ESCOVA A
LÍNGUA
450
838
1288
NÃO ESCOVA
A LÍNGUA
82
130
212
TOTAL
532
968
1500
Comparando somente entre cada sexo, quanto ao sexo
masculino, 431 (82,20%) responderam que escovam a língua
e 87 (16,80%) responderam que não escovam (figura 3); 172
(33,20%) responderam que acham que tem mau hálito e 346
(66,80%) responderam que não tem (figura 4).
Figura 3: Respostas quanto à escovação lingual
* - Diferença estatisticamente significativa – Teste Qui-quadrado
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* - Diferença estatisticamente significativa – Teste Qui-quadrado
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É de extrema importância para qualquer profissional
da área da saúde tentar diagnosticar a causa da halitose e,
consequentemente, indicar o tratamento que seja o mais
adequado, já que é comum existirem causas associadas.
Sabe-se que a halitose é capaz de causar diversos problemas
como, por exemplo, problemas sociais a quem a possui,
como constrangimento e dificuldade de relacionamentos em
geral (amorosos e profissionais). O indivíduo portador pode
se tornar retraído, inseguro com baixa auto-estima e pode
sofrer rejeição da sociedade. Enfim, a halitose compromete
severamente a qualidade de vida.
Em alguns casos, as pessoas se dizem possuidoras de
halitose, quando, na verdade, não a possuem. Esses casos
são classificados como halitofobia ou halitose fictícia, onde o
paciente é submetido ao exame físico, teste organoléptico,
halitometria de compostos sulfurados voláteis com o halímetro
e apresenta resultados normais. A halitofobia é, na realidade,
um problema psicológico e o paciente deve ser encaminhado
a um tratamento com um psicólogo, pois os tratamentos
convencionais da halitose são ineficazes2.
Por ser uma pesquisa subjetiva, os resultados podem ter
sofrido influência da halitofobia, quanto às respostas positivas
para a pergunta “VOCÊ ACHA QUE TEM MAU-HÁLITO?”,
e da rápida adaptação do olfato ao odor bucal, quanto às
respostas negativas à mesma pergunta.
A preocupação existente com a saúde difere entre os
sexos. Enquanto no sexo feminino esta ação é intrínseca,
porque o cuidar está ligado intimamente à formação da
mulher, no sexo masculino configura como uma ação, na
maioria das vezes, não voluntária, onde se preocupar com
sua saúde e seus autocuidados pode ser considerado uma
afronta ao poder que ele tem sobre seu corpo8. Este dado está
de acordo com os resultados evidenciados por este estudo.
A saburra lingual é a maior causa de halitose e não
recebe a atenção necessária dos profissionais, já que a maioria
preocupa-se com os dentes e gengivas, ignorando que
devemos conhecer toda a boca7, preocupando-se em verificar
se a higiene como um todo está sendo feito com eficácia.
Quando a halitose é causada por língua saburrosa,
pode-se optar por um tratamento que consiste na remoção
mecânica da saburra por meios de limpadores linguais,
como também podemos manter a superfície lingual bem
oxigenada ou até mesmo através da identificação da causa da
redução do fluxo salivar para que possamos estabelecer um
tratamento adequado9. A halitose ocasionada por regimes e
jejum pode ser solucionada com uma boa alimentação, dando
um intervalo de três horas entre elas e dando preferências
pelo consumo de frutas6. O odor proveniente do cigarro e
de bebidas alcoólicas pode ser evitado se o consumo destes
for reduzido. Já quando a causa é tensão emocional, o
tratamento é feito com escovação lingual e com mascaradores
do hálito10. Existem também cremes dentais e gomas de
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Figura 4: Respostas quanto à percepção subjetiva da halitose
* - Diferença estatisticamente significativa – Teste Qui-quadrado
Quanto ao sexo feminino, 857 (87,27%) responderam
que escovam a língua e 125 (12,73%) responderam que não
escovam (figura 3); 360 (36,66%) responderam que acham
que tem mau hálito e 622 (63,34%) acham que não tem
(figura 4). Na tabela 2, podemos ver uma comparação entre
as respostas dos homens e das mulheres.
Tabela 2
Comparação das respostas de cada gênero
GÊNERO
EL
PSH
SIM
NÃO
SIM
NÃO
MASCULINO
431
(82,20%)
87
(16,80%)
172
(33,20%)
346
(66,80%)
FEMININO
857
(87,27%)
125
(12,73%)
360
(36,66%)
622
(63,34%)
Na correlação do sexo masculino, verificou-se que 139
(26,83%) homens escovam a língua e se acham possuidores
de mau hálito, 292 (56,37%) escovam a língua e não acham
que possuem mau hálito, 33 (6,37%) não escova a língua e
acham que possuem mau hálito e 54 (10,43%) não escovam
a língua e não acham que possuem mau hálito.
Já no sexo feminino, 311 (31,67%) mulheres escovam a
língua e se acham possuidores de mau hálito, 546 (55,60%)
escovam a língua e não acham que possuem mau hálito,
49 (4,99%) não escova a língua e acham que possuem mau
hálito e 76 (7,74%) não escovam a língua e não acham que
possuem mau hálito.
DISCUSSÃO
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mascar que associados a procedimentos mecânicos auxiliam
no controle das halitoses6.
Para chegar a um diagnóstico seguro da halitose
dependerá da interpretação dos resultados coletados na
anamnese do paciente, do exame clínico e dos resultados
obtidos através de métodos de diagnóstico utilizados pelos
cirurgiões-dentistas. Esta halitose pode ser quantificada
através do metodo B.A.N.A. (benzoyl dl-argimime-2napthylamide/ knowell terapeutil technologies), o qual
funciona medindo o enxofre liberado, obtido de raspado
lingual, provenientes do metabolismo de determinados
microorganismos, especialmente os Gram-negativos
anaeróbios, que são os maiores responsáveis pelo mau
hálito11, porém sem esquecer que a halitose, é considerada
um problema de caráter multifatorial.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que 86% dos pacientes atendidos
no curso de Odontologia da UNIFOR possui noção da
importância da escovação lingual. O estudo também
demonstra a preocupação predominante do gênero feminino
em relação aos autocuidados evidenciada pela realização da
escovação lingual superior aos homens e pela percepção de
ainda persistir o problema da halitose. Além disso, o número
de mulheres (982) foi bem superior ao de homens (518),
mostrando o maior interesse feminino em cuidar da saúde
bucal.
ABSTRACT
The term halitosis is derived from the Latin “halitus” which
means breath expired and the Greek suffix “ose”, which
expresses an anormal or pathological condition. Can be simply
defined as an unpleasant oral smell. This is a retrospective
study. Was analyzed 3187 patients’ charts from the course
of Dentistry at University of Fortaleza (UNIFOR) the amount
of people who answered “yes” to questions “YOU THINK
YOU HAVE BAD BREATH?” and “BRUSH YOUR TONGUE?”,
being accounted 1500 in this study, due to lack of data in
the remainder. From those accounted, 518 (34.53%) were
male and 982 (65.47%) were female. The age average was
37,0±14,3 years. When asked if brushing the tongue, 1288
(85.87%) said yes and 212 (14.13%) answered negatively.
When asked whether they thought they had bad breath,
532 (34.47%) said yes and 968 (64.53%) answered negatively.
It can be concluded that most patients seen at the dental
clinic of UNIFOR has a notion of the importance of tongue
brushing. The study also demonstrates the predominant
concern of female gender in relation to self-care evidenced
by the completion of tongue brushing and by perception of
still be with the halitosis problem.
UNITERMS: Dentistry, toothbrushing, halitosis
Agradecimentos: Agradecemos ao curso de Odontologia
da Universidade de Fortaleza por nos autorizar fazer a coleta
dos dados nos prontuários do curso.
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Endereço para correspondência:
Yuri Jivago Pereira Carvalho
Rua Monsenhor Salazar, 452 – Tauape
CEP: 60130-370 – Fortaleza - CE - Brasil
E-mail: [email protected]
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