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Quem sofre de mau hálito geralmente não percebe.
Veja como tratar
Beber bastante água e investir em uma alimentação fibrosa ajuda a evitar o problema
Matéria publicada em 27 de Abril de 2014
Mau hálito, ou halitose, é um problema que traz sérias consequências sociais, pessoais
e até profissionais para a pessoa que sofre do mal. Muitas vezes o distúrbio não é
encarado com a seriedade que deveria e, por isso, acaba sendo tratado de forma
superficial, de modo a mascarar o sintoma sem, de fato, atacar sua causa.
São muitos os fatores que geram a halitose e, em alguns casos, ela pode ser
multifatorial, ou seja, causada por uma somatória de problemas. Diferente da crença
popular, o mau hálito não tem relação com o estômago. Na maioria dos casos (90 a
95%), ele tem origem na boca, mas também pode ser causado por doenças metabólicas
ou sistêmicas, ou, ainda, ser originado nas vias aéreas superiores.
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Segundo a dentista Celi Vieira, especialista em periodontia pela Associação Paulista de
Cirurgião Dentista, o mau hálito é sempre indicativo de alguma outra situação, que pode
ser:
Fisiológica – a halitose matinal é um exemplo. Ela ocorre graças à estagnação da saliva
de repouso no dorso lingual que acontece durante o sono, já que não movimentamos a
boca. A saliva de repouso é aquela produzida sem nenhum estímulo e contém grande
quantidade de proteína salivar. Esta proteína, por sua vez, facilita a ação das mais de
seis bilhões de bactérias presentes na nossa boca, favorecendo a formação dos
compostos de enxofre. “Os componentes do enxofre são considerados os vilões do mau
hálito, pois são os maiores causadores de alteração no hálito e têm a capacidade mais
agressiva de incomodar”, afirma a especialista.
Transitória – pode ser causada pela fome, ingestão de algum alimento de odor forte,
dieta desequilibrada, cirurgia na região da boca, etc. Quando estamos há muito tempo
sem comer, nosso organismo passa a queimar as reservas de gordura, o que provoca
um cheiro desagradável. Ele, na verdade, é expelido pelo pulmão, e não pelo estômago,
e não possui cheiro de enxofre como no caso visto acima. Segundo a periodontista, a
melhor forma de tratar a halitose transitória é evitando que ela aconteça. “Se está com
fome, o remédio é comer. Se a dieta está desequilibrada, tem de ser ajustada”,
recomenda.
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Patológica – neste caso, a halitose é um sinal de que há algo de errado no nosso corpo.
Na maioria dos casos, está associada a alterações na produção salivar, que causam
excesso ou falta de saliva na boca. É também frequentemente causada por inflamações
na região bucal, como periodontites, gengivites, amidalite, rinites, sinusite, etc. Além
disso, doenças sistêmicas, como o diabetes e a síndrome de Sjögren (doença
autoimune que reduz a secreção das glândulas salivares e lacrimais), também podem
causar o mau hálito.
O diabetes faz com que o paciente urine mais do que o normal, causando desidratação
e, portanto, boca seca, o que origina o mau hálito. Mas a doença também pode causar a
falsa halitose, ou halitose subclínica. Esta é uma condição em que a pessoa sente um
gosto muito alterado na boca e o associa ao mau hálito, que, na verdade, não existe.
“Esses pacientes chegam hoje em grande quantidade nos consultórios e mutilam suas
vidas no quesito social, sentimental e profissional, porque acham que o mau hálito é
constante e extremamente forte, mas ele realmente não é detectado”, explica Celi. O
distúrbio, portanto, apresenta as mesmas consequências que a halitose real. Ele
geralmente é provocado pela assialia, que é a ausência total de saliva (muito comum no
diabetes), ou mesmo por medicações que causam um gosto ruim na boca. Neste caso,
o paciente deve procurar um especialista apto a tratar o problema – em geral, o dentista.
Como identificar e tratar a halitose?
A melhor forma de identificar é através do olfato humano. O problema é que a pessoa
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que sofre de halitose geralmente não sente o mau cheiro. Isso acontece porque, após
cerca de um segundo expostas a determinado odor, as células olfativas se adaptam a
ele, o que é conhecido como fadiga olfatória. Por isso, os especialistas aconselham que
a pessoa que desconfia que tem mau hálito pergunte a alguém de confiança. A
Associação Brasileira de Halitose disponibiliza em seu site um serviço de envio de
mensagem anônima para quem deseja alertar um conhecido sobre o problema, mas não
gostaria de dizer pessoalmente.
Uma vez identificada a halitose, ou mesmo se há apenas suspeitas, a orientação é
procurar um profissional especializado em periodontia que consiga identificar a causa do
problema. Tenha cuidado com os tratamentos que envolvam apenas a limpeza ou
raspagem da língua, pois isso não irá solucionar o problema. “O maior nicho de
formação de compostos de enxofre é o dorso lingual, mas ele só promove essa
produção se houver outras alterações no organismo. Muitos profissionais resumem o
tratamento à limpeza de língua, o que é um grande risco. Ao decorrer dos anos, o uso
indiscriminado dos raspadores e mesmo da escovação da língua agride as papilas
linguais e acabam formando nichos que agregam bactérias, ou seja, fazem o trabalho
justamente oposto”, alerta a especialista. “Limpar a língua é importante apenas quando
a qualidade bucal ainda não foi equilibrada. Depois que o tratamento acaba, a própria
lavagem fisiológica da saliva já é suficiente”, completa.
Celi afirma que um bom tratamento começa com um bom diagnóstico, que identifique o
tipo de halitose e as alterações que estão gerando o mau hálito. “Não adianta querer
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estimular a produção salivar se o profissional não entende por que o paciente está tendo
déficit. É um tratamento completamente relacionado a descobrir as causas que levam ao
problema”, diz.
Dicas para amenizar o mau hálito
Alguns hábitos podem ajudar a controlar o possível odor desagradável. Beber muita
água, ter uma alimentação fibrosa e que exija bastante mastigação (que é o estímulo
mecânico para a produção de saliva), manter hábitos adequados de higiene bucal e ter
cuidado com os horários e escolha da alimentação são alguns deles.
Dica: carregue sempre na bolsa um kit de higiene com escova, fio e creme dental, uma
garrafinha de água e saquinhos com frutas secas, que são bons para evitar longos
períodos de jejum e exercitar as glândulas salivares através da mastigação.
Fonte: BOLSA MULHER
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