UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA BIOPROSPECÇÃO DE ÓLEOS E DE FUNGOS ENDOFÍTICOS COM POTENCIAL ANTIFÚNGICO. EVILANNA LIMA ARRUDA GURUPI-TO JANEIRO DE 2014 EVILANNA LIMA ARRUDA BIOPROSPECÇÃO DE ÓLEOS DE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS COM POTENCIAL ANTIFÚNGICO. Trabalho de Dissertação apresentado à Universidade Federal do Tocantins junto ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia como requisito para obtenção do título de Mestre em Biotecnologia. Orientador: Dr. Manoel Mota dos Santos. GURUPI-TO JANEIRO DE 2014 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Universidade Federal do Tocantins Campus Universitário de Palmas L732b Lima Arruda, Evilanna Bioprospecção de óleos e de fungos endofíticos com potencial antifúngico / Evilanna Lima Arruda - Palmas, 2014. 85f. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, 2014. Linha de pesquisa: Controle Biológico. Orientador: Prof. Dr. Manoel Mota dos Santos. 1. Controle biológico 2. Metabólitos secundários. 3. Auxinas I. Mota Santos, Manoel. II. Universidade Federal do Tocantins. III. Bioprospecção de óleos e de fungos endofíticos com potencial antifúngico. CDD 633.88 Bibliotecária: Emanuele Santos CRB-2 / 1309 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – A reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio deste documento é autorizado desde que citada a fonte. A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. iii Trabalho realizado junto ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Tocantins, sob a orientação do Profº Dr. Manoel Mota dos Santos. Banca examinadora: ____________________________________________ Prof. Dr. Manoel Mota dos Santos Universidade Federal do Tocantins (Orientador) ____________________________________________ Prof. Dr. Aloísio Freitas Chagas Júnior Universidade Federal do Tocantins – Campus de Gurupi ____________________________________________ Prof. Dr. Raimundo Wagner de Souza Aguiar Universidade Federal do Tocantins – Campus de Gurupi ____________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Fidelis Universidade Federal do Tocantins – Campus de Gurupi iv Dedico esse trabalho à minha família, em especial, a minha querida mãe e a todos os meus amigos. v AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por ser meu guia e sustento me dando força e coragem para seguir sempre em frente. À minha mãe Raimunda Lima Arruda e irmã Rejanne Lima Arruda, pelo apoio, compreensão e companheirismo. Ao Prof. Dr. Manoel Mota dos Santos pela orientação, amizade, ensinamentos e compreensão. Ao Prof. Dr. Aloísio Freitas Chagas Junior e Líllian França Borges Chagas por cederem o laboratório de Microbiologia, além do apoio, incentivo e amizade, contribuições indispensáveis para realização desse trabalho. Ao professor Dr. Eduardo Andrea Lemus Erasmo pelo Laboratório de Plantas Daninhas. Ao professor Dr. Raimundo Wagner de Souza Aguiar pelo laboratório de Controle de Pragas. Aos professores ensinamentos. do Programa de Pós-graduação pela dedicação e A Nathalia Silva Oliveira pelo auxilio em várias etapas desse trabalho, e Jefferson Costa, pela ajuda, indispensável, na execução desse trabalho. Aos amigos de curso pelo companheirismo e amizade nesses dois anos de convivência, pelo momentos divertidos e agradáveis compartilhados. A todos que contribuíram diretamente ou indiretamente para realização desse trabalho. vi SUMÁRIO RESUMO GERAL .............................................................................................. xi ABSTRACT ....................................................................................................... xii 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13 2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 14 2.1 Óleos essenciais ..................................................................................... 14 2.2 Negramina (Siparuna guianensis) ........................................................... 15 2.3 Pinhão-manso (Jatropha curcas) ............................................................ 17 2.5 Microrganismos endofíticos e controle biológico ..................................... 19 2.6 Microrganismos e promoção do crescimento de plantas ........................ 20 2.7 Doenças radiculares ............................................................................... 21 Capítulo I .......................................................................................................... 24 RESUMO.......................................................................................................... 25 ABSTRACT ...................................................................................................... 26 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 27 2. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 29 2.1 Locais do experimento ............................................................................ 29 2.2 Coleta e extração dos óleos .................................................................... 29 2.3 Obtenção dos Fitopatógenos .................................................................. 29 2.4 Ensaios Microbiológicos .......................................................................... 30 2.4.1 Atividade antifúngica dos óleos isolados .......................................... 30 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 32 4. CONCLUSÃO............................................................................................... 40 Capítulo II ......................................................................................................... 41 RESUMO.......................................................................................................... 42 ABSTRACT ...................................................................................................... 43 1.INTRODUÇÃO .............................................................................................. 44 2. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 47 2.1 Material vegetal utilizado ......................................................................... 47 2.2Desinfecção e Isolamento ........................................................................ 47 2.3 Purificação e preservação dos isolados .................................................. 47 2.4 Antagonismo in vitro por confronto direto ................................................ 48 2.5 Extração de metabolitos secundários do meio de cultura ....................... 49 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 51 vii 3.1 Antagonismo in vitro por confronto direto ................................................ 51 3.2 Extração de metabólitos secundários ..................................................... 55 4. CONCLUSÃO............................................................................................... 56 Capítulo III ........................................................................................................ 57 RESUMO.......................................................................................................... 58 ABSTRACT ...................................................................................................... 59 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 60 2. METODOLOGIA ........................................................................................... 62 2.1 Seleção das estipes com potencial para produção de AIA ..................... 62 2.2 Produção de ácido indolacético .............................................................. 62 2.3 Curva de calibração AIA ......................................................................... 63 2.4 Solubilização de fosfato de cálcio ........................................................... 63 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 65 3.1 Produção de ácido indolacético .............................................................. 65 3.2 Solubilização de Fosfato de Cálcio ......................................................... 68 4. CONCLUSÕES ............................................................................................ 68 CONCLUSÃO GERAL ..................................................................................... 70 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 71 viii LISTA DE FIGURAS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 1. Folhas de negramina (Siparuna guianensis).......................................16 Figura 2. Sementes de Pinhão-manso ..............................................................17 CAPITULO II Figura 1. A. exibe a coloração amarela na zona de confronto formada pela amostra UFT.P 2.4.3 e B. mostra coloração amarelo claro em todo meio formada pelo fungo UFT.P 2.6.2. ....................................................................................52 Figura 2. Atividade antagônica de isolados endofíticos. A porcentagem de inibição do patógeno Rhizoctonia solani é expressa como média com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%.....................................53 Figura 3. Atividade antagônica de isolados endofíticos. A porcentagem de inibição do patógeno Sclerotium rolfsii é expressa como média com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%.....................................54 CAPITULO III Figura 1. Curva padrão do AIA ..........................................................................63 Figura 2. Produção de AIA na presença e ausência de L-triptofano, expressa como média com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%....................................................................................................................66 Figura 3. A seta indica presença de AIA revelada pelo reagente de salkowski na amostra UFT.P 1.5.2 após 168 horas de crescimento do fungo..........................67 ix LISTA DE TABELAS CAPITULO I Tabela 1. Resumo da análise de variância do crescimento micelial (mm) de Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii submetidos a diferentes concentrações de óleos avaliados em quatro épocas.....................................................................32 Tabela 2. Efeito in vitro dos óleos essenciais de Eucalyptus globulus e Siparuna guianensis, e do óleo de Jatropha curcas em diferentes concentrações sobre o crescimento micelial de Rhizoctonia solani, em diferentes períodos de avaliação............................................................................................................34 Tabela 3. Efeito in vitro dos óleos essenciais de Eucalyptus globulus e Siparuna guianensis, e do óleo de Jatropha curcas em diferentes concentrações sobre o crescimento micelial de Sclerotium rolfsii, em diferentes períodos de avaliação............................................................................................................36 Tabela 4. Principais constituintes químicos encontrados nos óleos essenciais de Siparuna guianensis, Eucalyptus globulus e no óleo fixo da semente de Jatropha curcas................................................................................................................38 Tabela 5. Comparação das medias dos halos de inibição (mm) obtidos para os óleos sozinhos em relação às combinações sobre o crescimento micelial de Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii...............................................................39 CAPÍTULO II Tabela 1. Interações entre fungos endofíticos isolados de Jatropha curcas e Corymbia citriodora e os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii utilizados nos testes de antagonismo in vitro após 14 dias de crescimento........................................................................................................51 CAPÍTULO III Tabela 1. Curva de calibração para o AIA......................................................... 63 x BIOPROSPECÇÃO DE ÓLEOS E DE FUNGOS ENDOFÍTICOS COM POTENCIAL ANTIFÚNGICO. RESUMO GERAL O objetivo desse trabalho foi buscar alternativas para controle de fitopatógenos através de biocompostos menos agressivos ao meio ambiente. Para isso, produtos naturais derivados de plantas e microrganismos foram investigados. A atividade antifúngica de óleos essenciais de Siparuna guianensis e Eucalyptus globulus e do óleo bruto de sementes de Jatropha curcas foram avaliados pela incorporação dos mesmo no meio de cultura BDA nas doses de 0 µl.ml-1; 0,5 µl.ml-1; 1,0 µl.ml-1; 1,5 µl.ml-1; 2,0 µl.ml-1 a cada 24 horas de crescimento. O efeito sinérgico da associação desses óleos na concentração de 1:1 foi investigado utilizando as doses de 0 µl.ml-1; 0,5 µl.ml-1; 1,0 µl.ml-1; 1,5 µl.ml-1; 2,0 µl.ml-1 no meio de cultura BDA. Foram isolados fungos endofíticos de Corymbia citriodora e Jatropha curcas e avaliado a capacidade antagônica desses microrganismo contra fitopatógenos por confrontação direta em placa. Extratos orgânicos de acetato de etila provenientes dos metabólitos secundários lançados no meio de cultura BD foram ressuspendidos em solução de tween 80 a 2% e filtrados em membrana de 22 µm. A capacidade de promoção de crescimento da planta desenvolvida por esses fungos foram analisada pela síntese de AIA e solubilização de fosfato, o reagente de salkowski foi utilizado na detecção de substâncias indólicas produzidas pelos fungos endofíticos e fosfato de cálcio foi formado em meio sólido para avaliação da capacidade solubilizadora desses fungos. O óleo essencial de Eucalyptus globulus teve efeito fungicida em doses acima de 1,0 µl.ml-1 inibindo o crescimento total dos fitopatógeno Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfisii. O óleo bruto da semente de Jatropha curcas não apresentou efeito fungitóxico diante os fitopatógenos. Dos fungos isolados UFT.E 1.1, UFT.E 2.11.2, UFT.E 2.2, UFT.E 3.3, UFT.P 1.5.2, UFT.P 1.6, UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2, UFT.P 5.13, UFT.P 2.4, UFT.P 2.4.3, UFT.P 2.4.7, UFT.P 2.6.2, UFT.P 3.1, UFT.P 3.5 que foram submetidos ao teste de antagonismo direto em placas de petri, os isolados UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2, UFT.P 5.13 inibiram 100% o crescimento micelial de Rhizoctonia solani. Os matebólitos secundários produzidos pelos fungos não apresentaram atividade antifúngica. Os isolados UFT.P 1.5.2 e UFT.P 1.6 foram capazes de sintetizar AIA alcançando concentrações de 57,00 µg.ml-1 e 73,26 µg.ml-1, respectivamente, na presença de L-triptofano no meio de cultura. Nenhum dos isolados foram capazes de solubilizar fosfato de cálcio. Palavras-chave: controle biológico; metabólitos secundários, auxinas, fungicida xi BIOPROSPECTING OILS Siparuna guianensis AUBLET, Eucalyptus globulus AND Jatropha curcas L. AND OF Corymbia citriodora ENDOPHYTIC FUNGI AND Jatropha curcas L. WITH POTENTIAL ANTIFUNGAL. ABSTRACT The aim of this work was to seek alternatives to control phytopathogens through less aggressive biocompounds to the environment. For this reason, natural products derived from plants and microorganisms were investigated. The antifungal activity of essential oils of Eucalyptus globulus and Siparuna guianensis and crude oil from Jatropha curcas seeds were evaluated by incorporating the same in PDA culture medium at doses of 0 µl.ml-1; 0.5 µl.ml-1; 1.0 µl.ml-1; 1.5 µl.ml-1; 2.0 µl.ml-1 every 24 hours of growth. The synergistic effect of the combination of these oils at a concentration of 1:1 was investigated using doses of µl/ml; 0.5 µl.ml-1; 1.0 µl.ml-1; 1.5 µl.ml-1; 2.0 µl.ml-1 in PDA culture medium. Endophytic fungi Corymbia citriodora and Jatropha curcas were isolated and assessed the ability of these antagonistic microorganisms against phytopathogens by direct confrontation on board. Organic extracts of ethyl acetate from the secondary metabolites released in the culture medium of PD (Potato Dextrose) were resuspended in 2 % Tween 80 and filtered at 22 µm membrane. The ability of plant growth-promoting of these fungi have been developed for synthesis analyzed by AIA and phosphate solubilization, salkowski reagent was used to detection of indolic compounds by endophytic fungi and calcium phosphate was formed on solid medium to assessment solubilizing ability of these fungi. The essential oil of Eucalyptus globulus had fungicidal effect at doses above 1.0 µl.ml-1 inhibiting the total growth of the plant pathogen Rhizoctonia solani and Sclerotium rolfisii. The crude oil from Jatropha curcas seeds showed no antifungal effect on phytopathogens. Fungal isolates UFT.E 1.1, UFT.E 2.11.2, UFT.E 2.2, UFT.E 3.3, UFT.P 1.5.2, UFT.P 1.6, UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2, UFT.P 5.13, UFT.P 2.4, UFT.P 2.4.3, UFT.P 2.4.7, UFT.P 2.6.2, UFT.P 3.1, UFT.P 3.5 that have undergone the test of direct antagonism in petri dishes, the UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2, UFT.P 5.13 100 % isolates inhibited the mycelial growth of Rhizoctonia solani. Secondary metabólitos produced by fungi showed no antifungal activity. The isolated UFT.P 1.5.2 and UFT.P 1.6 were able to synthesize AIA increasing concentrations of 57,00 µg.ml-1 and 73.26 µg.ml-1, respectively, in the presence of L- tryptophan in the culture medium. None of the isolated were able to solubilize calcium phosphate. Keywords: biological control, secondary metabolites, auxin, fungicide xii 1. INTRODUÇÃO Os prejuízos causados por pragas e doenças na produção agrícola estimulam a busca por recursos que reduzam a perda de produtividade. Para isso, a aplicação de defensivos agrícolas na lavoura tem sido uma alternativa adotada pelo agricultor para evitar perdas de produção. No entanto, sabe-se que a composição química presente nesses produtos são tóxicas não apenas para os organismos alvos, como também para o homem e o meio ambiente. Em consequência, a busca por produtos alternativos no combate de pragas e doenças de plantas tem ganhado destaque em diversas pesquisas, que buscam moléculas ativas com reduzida toxicidade em derivados de plantas, animais e microrganismos. Entre essas substâncias, os óleos essenciais extraídos de plantas aromáticas tem mostrado uma rica fonte de compostos ativos de ação isolada ou sinérgicas. Os compostos originários do metabolismo de microrganismos, também tem chamado a atenção de pesquisadores, por apresentarem um arsenal de substâncias, além de vantagens sobre vegetais como a obtenção de biomoléculas sem a necessidade de grandes espaços para produção da matéria prima. Além disso, junto ao controle biológico, estudos demostram a capacidade desses microrganismos em disponibilizar nutrientes do solo e produzir moléculas que auxiliam no crescimento da planta. Dessa forma, o presente trabalho buscou avaliar a atividade antifúngica de produtos de origem vegetal, como óleos essenciais e óleos fixos, assim como a capacidade de fungos endofíticos em combater fitopatógeno de importante interesse agronômico, além de investigar a capacidade desses em promover o crescimento de plantas. 13 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Óleos essenciais Os óleos essenciais, etéros ou essências, são misturas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente líquidas incolores e de odores característico (SIMÕES e SPIDER, 2007). Possuem vasta aplicação em setores da agroindústria, indústria farmacêutica, de cosmético e perfumarias, de alimentos, entre outros segmentos. O Brasil tem ganhado destaque na produção mundial de óleo essencial, no entanto a falta de padrão dos óleos e os baixos investimentos governamentais no setor abalam o desenvolvimento na produção dessa matéria prima (SOUZA, et al 2010). Visto o leque de aplicações que esses compostos estão inseridos, o potencial de produção de óleos essenciais apresenta-se promissor em seus aspectos econômicos. Em alguns seguimentos, como no de alimentos, a preocupação do consumidor frente a produtos sintéticos tem estimulado o uso de produtos naturais (SCOLLARD et al, 2013). Isso somado a outras aplicações contribuem para o incentivo em novas pesquisas, uma vez que, a produção em países com grande biodiversidade os óleos essenciais surgem como um recurso viável e bastante rentável. Atualmente, pesquisas brasileiras vêm tomando repercussão internacional sobre o desenvolvimento de biotecnologias, principalmente na agricultura, por gerarem riquezas através do uso adequado de componentes da biodiversidade (MMA 2013). Os metabolitos secundários produzidos pelas plantas são compostos orgânicos que por muito tempo pareciam não ter função direta no seu desenvolvimento. Atualmente sabe-se que muitos produtos desse metabolismo possuem funções ecológicas importantes como: proteção da planta contra microrganismos patogênicos e herbívoros, proteção contra raios UV, além de agir como atrativos para animais polinizadores e dispersores de sementes. São divididos em três grupos: terpenos, compostos fenólicos e compostos nitrogenados (CUNHA et al 2005; TAIZ e ZEIGER, 2009). No século dezenove, iniciou-se a investigação da composição química destes óleos, levando a descoberta de alguns hidrocarbonetos isoméricos, C6H16, denominando-os, terpeno. Mais tarde, após determinação da estrutura de alguns terpenos, percebeu-se que eles poderiam ser múltiplos de uma unidade 14 estrutural básica pentacarbonada chamada isopreno (2-metil-1,3-butadieno) (ALLINGER et al 2009; TAIZ e ZEIGER, 2009). Os terpenos apresentam-se como o maior grupo de metabólitos secundários de origem vegetal. São hidrocarbonetos e quando contém oxigênio são denominados terpenóides. Várias plantas possuem misturas de monoterpenos, sesquiterpenos voláteis e fenilpropanos, que podem ser geralmente acrescidos de moléculas menores, como álcoois, ésteres, aldeídos e cetonas de cadeia curta, caracterizados como óleos essenciais (CUNHA et al, 2005; ZEIGER e TAIZ, 2009; SOLOMOS e FRYHLE, 2009). Os óleos essenciais podem ser encontrados em pelos glandulares, células parenquimáticas diferenciadas, canais oleíferos, ou em bolsas lisígenas, além de flores, folhas, ou nas cascas dos caules, madeiras e frutos (CASTRO et al 2005). São solúveis em solventes orgânicos apolares como éter e voláteis na água apresentando limitada solubilidade, contudo, suficiente para aromatizar as soluções aquosas sendo denominadas de hidrolatos (SIMÕES e SPIDER, 2007). A obtenção desses compostos é alcançada, principalmente, pelo processo destilação a vapor (SOLOMOS e FRYHLE, 2009). 2.2 Negramina (Siparuna guianensis) Conhecida como, negramina, mata-cachorro e castigoso (ALVINO et al., 2005), a Siparuna guianensis Aublet é um arbusto ou arvoreta monóico, que pertence à família Monimiaceae, com aproximadamente 5 metros de altura, alcançando um diâmetro na altura do peito de 20 cm; possui casca cinza e lisa com pequenos ramos jovens cilíndricos, achatados nos nós, o sumo extraído das folhas é popularmente aplicado no tratamento de alergias e ressecamento da pele (ZANDONÁ, 2009; VALENTINI et al, 2010). Segundo Renner e Hausner (2005) citado por Valentini et al (2010) o gênero Siparuna envolve espécies de arbustos e arvoretas, com exceção para 15 espécies que são árvores de 20 a 40 metros de altura, com troncos com diâmetros maiores que 120 cm, que ocorrem frequentemente na Amazônia. Os frutos se apresenta como capsulas elipsóides deiscentes, de cor verde quando 15 jovens e quando maduros vinhos, que se abrem mostando o interior róseoavermelhado com as sementes (MONTANARI, 2010). Figura 1. Folhas de negramina (Siparuna guianensis) (VALENTINI et al, 2010) Em relação à produção de óleo essencial a planta apresenta alteração do rendimento da composição volátil em função da sua fenologia e variações meteorológicas locais, mostrando maior rendimento no período reprodutivo (VALENTINI et al., 2010). Estudos como de Rangel (2010), avaliaram outras espécies do gênero, como a Siparuma cubaja, onde foi possível apontar a atividade antifúngica do extrato em leveduras de Candida ssp. e Cryptococcus ssp. No Brasil, extratos de S. guianensis é utilizada na medicina popular como inseticida (VALENTINI et al, 2010), em banhos contra espamos musculares, dores de cabeça, febres e gripe (MONTANARI, 2010), comunidades do jalapão no Tocantins, fazem o uso de infusão para analgesia (ROCHA-COELHO, 2012; SANTOS, 2008a). Avaliando a composição química do óleo extraído das folhas e frutos dessa planta coletados no cerrado brasileiro descobriram como principais constituintes da folha o ácido decanoíco na proporção de 46,6% e o 2undecanona na de 31,7% (FISCHER et al., 2005). 16 2.3 Pinhão-manso (Jatropha curcas) O pinhão-manso (Jatropha curcas L.) é uma espécie perene e monóica, pertencente à família das Euforbiáceas, a mesma da mamona, é um arbusto ou árvore com até quatro metros de altura, possivelmente nativo do Brasil. (MARTINS et al, 2007; LAVIOLA e DIAS, 2008). Apresenta bom desenvolvimento em diversas regiões como nas tropicais secas, nas zonas equatoriais úmidas, também em solos áridos e pedregosos, sendo capaz de suportar extensos períodos de secas (PEIXOTO, 1973 apoud ARRUDA et al., 2004). Essa oleaginosa tem sido utilizada em cultivo tanto para proteção do solo contra erosão como para estabelecimento de cercas vivas, e suas folhas, seu látex, sua casca e seu óleo são bem conhecidos da medicina tradicional (SPINELLI, 2010). O pinhão manso tem chamado atenção em diversos estudos por ser uma planta com um grande potencial como matéria-prima na produção de biodiesel (PEREIRA, 2009). A amêndoa e a semente do pinhão - manso são ricas em óleo (figura 2), onde na amêndoa pode-se encontrar até 61% de óleo (SILVEIRA, 1934 apoud ARRUDA et al., 2004). Spinelli et al (2010) em seu trabalho aponta maior rendimento de óleo em plantas de maior produtividade de grãos e de maior volume de copa. Figura 3. Sementes de Pinhão-manso (ARRUDA, 2013) 17 A extração de óleo de sementes e tradicionalmente baseada no uso de solventes orgânicos. O método mais utilizado e o processo de extração por hexano (PEREIRA, 2009). O Pinhão manso (Jatropha curcas L.) está sendo considerado uma opção agrícola para o semi-árido nordestino por ser uma espécie nativa, exigente em insolação e com forte resistência a seca (ARRUDA et al, 2004). Até 1939, o principal emprego do óleo de pinhão manso era na saboaria e na fabricação de estearina, mas devido, às necessidades militares, na segunda Guerra Mundial, outras possíveis utilizações começaram a ser analisadas. Também é utilizado em vários seguimentos da indústria como na fiação de lã, de tinta para escrever, de impressão e para pintura, podendo ser utilizado como óleo de lustrar e após tratamento, utilizado para envernizar móveis, no entanto seu maior emprego ainda é nas saboarias (ARRUDA et al., 2004). 2.4 Gênero Eucalyptus Membros do gênero Eucalyptus e Corymbia pertencem à família Myrtaceae são originários da Austrália, mas tem sido naturalizadas na maioria dos continentes, sendo representado por mais de 600 espécies e uma grande diversidade de variedades, incluindo híbridos naturais e artificiais (MULYANINGSIH et al, 2010; GARCIA et al, 2013). São conhecidas cerca de 400 espécies de Eucalyptus que apresentam óleos voláteis de composições bastante diversificadas (SIMÕES; SPITZER, 2007). Existem muitas atividades biológicas atribuídas a certas espécies de eucaliptos, como por exemplo, óleos essenciais das espécies E. citriodora, E. globulus e E. staigeriana que apresentaram efeito acaricida contra o carrapato de bovinos, Boophilus microplus, em concentrações de 17,5%, 15% e 12,5% (CHAGAS et al., 2002). Grande parte das plantações de eucaliptos no Brasil estão destinados a produção de papel e carvão, porém tem aumentado o uso dessas espécies para madeira, na construção civil e para extração de essências (SILVA; BRITO; SILVA, 2006). Devido a sua atoxicidade para o homem e para o meio ambiente o óleo essencial de eucalipto torna-se um produto de baixo impacto ambiental 18 (PIATI et al, 2011) além do efeito toxico sobre muitos microrganismos diversas pesquisas tem avaliado o efeito antifúngico do óleo essencial de espécies de Eucalyptus (SOUZA et al, 2004; VILELA, 2007; PIATTI et al, 2011). 2.5 Microrganismos endofíticos e controle biológico A microbiota existente no interior dos tecidos e órgãos vegetais que aparentemente não causam danos a seu hospedeiro recebe a denominação de endofítica. Como não existe um limite claro entre os grupos, mas sim um gradiente entre eles, os conceitos de microrganismos endofíticos, epifíticos e patogênicos são apenas distinções de natureza didática. Logo, um fungo endofítico, conforme as condições do ambiente pode tornar-se um patógeno; assim como um microrganismo epifítico pode, entrar em uma planta permanecendo por certo período sem causar danos à mesma (AZEVEDO, 1999). Geralmente, os microrganismos endofíticos penetram nas plantas por meio de aberturas naturais ou ferimentos. Eles penetram principalmente pelas raízes, pelo fato de apresentarem abrasoes durante a emergência de raízes secundarias laterais (ROCHA, 2007). Da relação simbiótica entre esses fungos e a planta hospedeira funções relevantes para sanidade vegetal são desempenhadas, protegendo as plantas contra pragas e patógenos, aumentando o crescimento, enraizamento, resistência a estresses, além de produzir compostos químicos como enzimas, alcalóides, hormônios e antibióticos (PEIXOTO NETO et al., 2002). As espécies de fungo envolvidas na colonização de plantas podem variar de acordo com o hospedeiro, distribuição geográfica, idade da planta, condições ecológicas e sazonais, incluindo-se a altitude e precipitação (PIMENTEL et al, 2010). Microrganismos endofíticos têm sido estudados no controle biológico de pragas e doenças (LI et al, 2012; SBRAVATTI JÚNIOR et al, 2013; YANG et al, 2013). Muitas das abordagens para controle biológico de doenças de plantas usam apenas um agente de controle, no entanto a aplicação de um único endofítico pode está sujeito a um declínio acentuado da população durante as diferentes fases de crescimento da planta (HARDOIM et al, 2012). 19 Os microrganismos endofíticos habitam um nicho ecológico semelhante aos habitados por fitopatógenos, dessa forma, podendo controlá-los por competição de nutrientes, produção de substâncias antibióticas, parasitando o patógeno ou até mesmo utilizando mecanismos que induzam a planta desenvolver mecanismos de resistência (AZEVEDO et al, 2002). 2.6 Microrganismos e promoção do crescimento de plantas Os microrganismo endofíticos são capazes de produzir metabólitos que o auxiliam na colonização, adaptação e propagação no hospedeiro. Esses compostos atuam tanto na competição com outros microrganismos como também na promoção do crescimento vegetal (AZEVEDO et al, 2002). Diversos mecanismos estão envolvidos na capacidade de estimular o crescimento vegetal apresentada por esses organismos, que podem ser diretos tais como fixação do nitrogênio e produção de fitohormônios, e indiretos como antagonismo a fitopatógeno (LUZ et al, 2006). Entre os fitohormônios produzidos por endofíticos, uma auxina denominada ácido indol-3-acético é a mais estudada. O termo auxina é usado para compostos que apresentam capacidade de induzir a elongação celular nos vegetais (CHITARRA; CHITARRA, 2005). O ácido indol-3-acético (AIA) é a auxina mais abundante e de maior relevância fisiológica em vegetais superiores (TAIZ; ZEIGER, 2009). Dependendo da espécie, da idade da planta e da estação do ano, outras auxinas naturais podem ser encontradas como o ácido-4-cloroindolil-3-acético (4-cloro AIA), o ácido fenilacético e o ácido indol-3-butírico (AIB) (MERCIER, 2004). O Catabolismo do AIA pode ser mediado pela ação enzimática da IAAoxidase, ou de forma não enzimática por oxidação direta pelo peróxido de hidrogênio, luz e radiação ultravioleta (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Perspectivas na aplicação de microrganismos capazes de sintetizar essas substâncias tem ganhado destaque em trabalhos que buscam alternativas para promoção de crescimento de plantas de maneira sustentável e menos agressivas ao meio ambiente (LUZ et al, 2006). 20 Além da produção de hormônios vegetais, os microrganismos endofíticos também podem atuar na disponibilização de nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta. Entre esses, destaca-se o fosforo. No Brasil, devido à baixa fertilidade do solo, a demanda por recursos corretivos e fertilizantes como os fosfatados, é bastante expressiva, fazendo do fósforo um recurso estratégico para o país, pois sem esse a produção agrícola é limitada (MARRA, 2012) O fósforo é essencial para o desenvolvimento da planta, uma vez que satisfaz os dois critérios da essencialidade, que podem ser diretamente pela participação de compostos e reações vitais para as plantas, e indiretamente porque na sua ausência a planta não completa seu ciclo de vida, não podendo ser substituído por outro elemento (ALMEIDA JUNIOR, 2009). 2.7 Doenças radiculares Os fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, são fungos causadores de diversas doenças como trombamento, podridão de raízes, podridões de colo e murchas, eles não produzem esporos e apresentam micélio e estruturas de sobrevivência como esclerócios e estão diretamente envolvidos em doenças originárias do solo como as doenças radiculares (MICHEREFF et al, 2005) Quando comparadas com as doenças foliares as doenças radiculares recebem pouca atenção principalmente quando os sintomas ficam confinados às raízes, isso acontece devido à dificuldade de detecção dos sintomas abaixo do solo, além de fatores que envolvem a interação hospedeiro-patógeno-ambiente, onde o desenvolvimento da doença pode ser influenciado de maneira direta e/ou indireta por características bióticas e abióticas (MICHEREFF et al, 2005). A melhor medida para o controle dessas doenças em áreas extensivas é a rotação de culturas. Contudo, quando os fungos apresentam habilidade de competição saprofítica, ou desenvolvem estruturas de resistência, medidas como a rotação de culturas não é economicamente viável (TOLÊDO-SOUZA, 2009). O fungo Rhizoctonia solani, comum nas regiões de altas temperaturas, chuvosas e com alta umidade, é o principal agente causador da mela, ou murcha da teia micélica. Essa enfermidade está associada geralmente a fase 21 teleomófica do fungo, Thanatephorus cucumeris, apresentando-se como um fator limitante do cultivo do feijoeiro nos trópicos (NECHET; HALFELD-VIEIRA, 2007; SARTORATO et al, 1994; SARTORATO et al, 1996). Esse fungo vive no solo na forma de esclerócios, uma estrutura de resistência, e não gera esporos assexuados (HUANG et al. 2011). A mela afeta toda a parte aérea da planta caracterizada principalmente por dois tipos de sintomas, um produzido pelo micélio e escleródio e o outro por basidiósporos que podem ser observados principalmente na folha. No início os sintomas se manifestam por pequenas lesões circulares de crescimento rápido que coalescem formando manchas viscosas e de aspecto aquoso em grande área do folíolo, podendo provocar queda das folhas e às vezes até morte das plantas. É uma doença de difícil controle, e os fungicidas usados no controle químico, apesar de caros, nem sempre apresentam resultados satisfatórios (SATORATO et al, 1994; SOBRINHO et al, 2005). As principais medidas de controle recomendadas para a mela do feijão encontradas na literatura são evitar o plantio em áreas de elevada umidade e a eliminação dos restos de cultura (SOBRINHO et al., 2005; NECHET; HALFELD-VIEIRA, 2007). No feijoeiro, R. solani pode apresentar diversos sintomas, como tombamento pré ou pós emergente, podridão de raízes e colo e podridão de vagens (TOLÊDO-SOUZA et al, 2009). O fitopatógeno Sclerotium rolfsii Sacc. é um fungo com capacidade de afetar um grande número de hospedeiros, principalmente em regiões tropicais. Ele pode causar tombamento de mudas e podridão do coleto e raízes resultando em murcha, o que, na maioria das vezes, culmina com a morte da planta (DUARTE et al, 2006; MARTINS et al, 2010). hifas ou escleródios infectam a Em condições favoráveis, planta e, posteriormente, colonizam e invadem a raiz e o caule com o típico micélio branco sedoso (MULLEN, 2001).É uma da doença de difícil controle porque as estruturas de resistência do patógeno capaz de infectar o hospedeiro, mesmo em condições ambientais desfavoráveis, conseguem permanecer viáveis no solo por longo tempo (DUARTE et al, 2006). Diversos métodos tem sido utilizado para o controle de S. rolfsii como o tratamento químico que atualmente encontra-se como o principal método de controle para reduzir a incidência desse patógeno, 22 onde o brometo de metilo é o principal defensivo utilizado mundialmente para a desinfestação do solo (MICHEREFF et al, 2005). 23 Capítulo I ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE NEGRAMINA (Siparuna guianensis AUBLET), EUCALIPTO (Eucalyptus globulus) E PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) SOBRE OS FITOPATÓGENOS Rhizoctonia solani E Sclerotium rolfsii 24 Atividade antifúngica de negramina (Siparuna guianensis AUBLET), eucalipto (Eucalyptus globulus) e pinhão manso (Jatropha curcas L.) sobre os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii RESUMO Objetiva-se avaliar as propriedades antifúngicas de três espécies vegetais: Eucalyptus globulus, Siparuna guianensis e Jatropha curcas, contra os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerottium rolfsii encontrando a concentração ideal para inibição do crescimento micelial desses fungos e investigar possíveis efeitos sinérgicos na combinação desses óleos testados em diferentes concentrações. Nos ensaios de inibição do crescimento micelial foram testados 5 concentrações (0 µl.ml-1, 0,5 µl.ml-1, 1 µl.ml-1 e 1,5 µl.ml-1, 2,0 µl.ml-1) em 4 períodos (24, 48, 72, 96 horas) do óleo bruto de pinhão – manso, negramina e eucalipto. Os óleos foram inseridos em meio BDA acrescido de 1% de tween 80. Discos de 5,0 mm de diâmetro contendo micélio do patógeno foram transferidos para o centro de cada placa que foram incubadas por 4 dias e a cada 24 horas o crescimento micelial do patógeno foi avaliado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 (doses) x 4 (tempos), com 3 repetições. O óleo essencial de Eucalyptus globulus inibiu totalmente o crescimento micelial de R. solani nas doses de 1,0 µl.ml-1, 1,5 µl.ml1, 2,0 µl.ml-1 em todos os períodos de avaliações de S.rolfssii períodos de 24 h, 72 h e 48h, com exceção da dose de 2,0 µl.ml-1 que inibiu o crescimento micelial em todos os tempos. O óleo de Siparuna guianensis possui como componente marjoritario o mirceno (74,93%), e nas concentrações de 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 reduziram o cresciemento dos fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. As associações 1 e 2 nas concentrações 1,5 µl.ml-1 e 2 µl.ml-1 inibiram totalmente o crescimento micelial dos fitopatógenos. O óleo de Jatropha curcas não apresentou atividade antigúngica. Palavras-chave: fungitoxidade, controle alternativo, crescimento micelial 25 Antifungal activity of plant species Negramine (Siparuna guianensis Aublet), Eucalyptus (Eucalyptus globulus) and Jatropha (Jatropha curcas L.) on plant pathogens Rhizoctonia solani and Sclerotium rolfsii ABSTRACT The objective is to evaluate the antifungal properties of three plant species: Eucalyptus globulus, Siparuna guianensis and Jatropha curcas, against plant pathogens Rhizoctonia solani and Sclerottium rolfsii finding the optimal concentration for inhibition of mycelial growth of these fungi and to investigate possible synergistic effects of the combination of these oils tested in different concentrations. In inhibition assays of mycelial growth five concentrations (0,0 μl.ml -1 , 0,5 μl.ml -1, 1,0 μl.ml -1, 1,5 μl.ml -1, 2,0 μl.ml -1) in 4 periods (24, 48, 72, 96 hours) of crude oil of Jatropha - Jatropha , negramine and eucalyptus. The oils were placed on PDA plus 1 % Tween 80. Disks 5,0 mm in diameter containing mycelium were transferred to the center of each plate were incubated for 4 days and every 24 hours mycelial growth of the pathogen was evaluated. The experimental design was completely randomized factorial 6 (doses) x 4 (time) with 3 replications. The essential oil of Eucalyptus globulus completely inhibited the mycelial growth of R. solani in doses of 1,0 μl.ml -1, 1,5 μl.ml -1 , 2,0 μl.ml -1 in all periods of reviews S.rolfsii periods of 24 h, 48 and 72 h, with except for the dose of 2,0 μl.ml -1 that inhibited mycelial growth at all times. The oil Siparuna guianensis has the marjoritario as myrcene (74.93 %) component, and at 1 μl.ml -1, 1,5 μl.ml -1, and 2,0 μl.ml -1 reduced the fungal growth Sclerotium rolfsii and Rhizoctonia solani. Associations 1 and 2 at concentrations 1,5 μl.ml -1 and 2,0 μl.ml -1 completely inhibited the mycelial growth of pathogens. The oil from Jatropha curcas antifungal showed no activity. Keywords: fungitoxic, alternative control, mycelial growth. 26 1. INTRODUÇÃO O uso abusivo de produtos químico no controle de fitopatógenos vem provocando graves consequências ambientais. Esse consumo é efeito da busca por benefícios imediatos encontrados na aplicação de defensivos químicos como aumento da lucratividade e a rápida paralisação ou eliminação dos sintomas da doença (BENCHIMOL et al, 2008). Uma importante fonte de defensivos agrícolas no combate a doenças de plantas são os produtos naturais de origem vegetal e seus análogos (SILVA e BASTOS, 2007). Assim, diversos óleos têm sido largamente investigados contra fitopatógenos de diversas culturas como, por exemplo, de mamão, maracujá e cacau (SILVA e BASTOS 2007; CARNELOSSI et al, 2009; SOUZA JUNIOR et al, 2009). O metabolismo das plantas pode ser dividido em metabolismo primário e secundário. O primário sempre foi considerado essencial a todas as espécies, e é responsável pelo desenvolvimento e manutenção celular, participando desse processo substâncias como carboidratos, lipídeos, proteínas, clorofila e ácidos nucleicos (PROBST, 2012). Nas últimas décadas, com o esclarecimento das centenas de componentes dos óleos essenciais, foi possível compreender a complexidade e a enorme diversidade que existe neste grupo de produtos naturais (FRANZ, 2010). A variabilidade das quantidades e dos perfis dos componentes de óleos essenciais aponta que a sua atividade antimicrobiana não se atribua a um único mecanismo, mas sim, a diversos locais de ação a nível celular (DJILANI e DICKO, 2012). Estudos que investigam a atividade de óleos essências, ou compostos derivados do metabolismo primário de planta como óleos extraídos de sementes, tem ganhado força em pesquisas que busca controle de agentes causadores de doenças em vegetais que, muitas vezes, levam a significativas perdas de produção, contaminação de grãos durante a estocagem, diminuição dos valores nutritivos além da produção de micotoxinas prejudiciais ao homem e aos animais (SANTOS et al, 2010; VELLUTI et al, 2004). A ação antimicrobiana de óleos essenciais em diversas pesquisas como a de Silva e Bastos (2007) que avaliaram a atividade fungitóxica de espécies de Piper spp. em Crinipellis perniciosa, Phytophthora palmivora e Phytophthora capsici, mostram resultados significativos de algumas espécies contra esses fitopatógenos contribuindo na 27 busca de defensivos agrícolas. Além disso, a exportação de essências de interesse industrial estimula o cultivo de culturas produtoras desses compostos. Os métodos preliminares para avaliação de interações de substâncias foram desenvolvidos para a detecção de sinergismo de drogas, portanto, não há método padronizado desenvolvido para avaliar a interação entre óleos essenciais ou seus componentes (MACKAY et al, 2000). Entende-se por sinergismo quando a ação de uma droga é facilitada ou aumentada por outra, ocorrendo sinergismo aditivo quando o efeitos das duas drogas se somam e sinergismo potenciador quando o efeito da associação é maior do que os efeitos individuais dos componentes ou da soma dos mesmos. Já o efeito antagônico caracteriza-se pela inibição ou redução de uma droga por outra (SILVA, 2010). A ausência de interações é definida como indiferença (BASSOLÉ e JULIANI, 2012). Na busca do controle alternativo de microrganismos causadores de doenças em culturas importantes, objetivou-se com esse trabalho avaliar as propriedades antifúngicas de três óleos: Eucalyptus globulus, Siparuna guianensis e Jatropha curcas, contra os fitopatógenos Rhizoctonia solai e Sclerottium rolfsii encontrando a concentração ideal para inibição do crescimento micelial desses fungos e investigar possíveis efeitos sinérgicos na combinação desses óleos testados em diferentes concentrações. 28 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Locais do experimento A extração do óleo essencial de Siparuna guianensis e Jatropha curcas foram conduzidas no laboratório de Malerbologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Gurupi. Os ensaio de inibição de crescimento micelial dos experimentos foram realizados no Laboratório de Microbiologia da UFT, Campus de Gurupi. 2.2 Coleta e extração dos óleos As folhas de Siparuna guianensis foram obtidas na Fazenda Floresta, coordenadas geográficas 10°37’10’’S e 49°27’59’’O e altitude de 290, e armazenadas no laboratório de Malerbologia da UFT. A obtenção do óleo de Siparuna guianensis, foi feita por meio de hidrodestilação por arraste a vapor pelo método de Clevenger. O óleo extraído foi conservado em ampolas de vidro âmbar a temperatura de 4 °C. As sementes de Jatropha curcas L. foram obtidas na UFT pelo laboratório de Malerbologia. O óleo foi extraído, pela técnica extração contínua via extrator de soxhlet, das sementes trituradas de pinhão- manso, utilizando como solvente hexano e álcool na proporção de 1:8 em um tempo de extração de três horas. Após a destilação o produto foi levado a um evaporador rotativo para retirada dos solventes e óleo obtido armazenado em frasco âmbar a 4 °C. (PEREIRA, 2009). O óleo essencial de Eucalipto (Eucalyptus globulus), extraído por arraste a vapor foi fornecido pela empresa JUMP Florestal localizada no município de Dueré-TO. 2.3 Obtenção dos Fitopatógenos A amostra dos patógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii foram obtidas do laboratório de Fitopatologia da UFT. 29 2.4 Ensaios Microbiológicos 2.4.1 Atividade antifúngica dos óleos isolados Nos ensaios de inibição do crescimento micelial foram testados 5 concentrações (0 µl.ml-1, 0,5 µl.ml-1, 1 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1, 2,0 µl.ml-1) em 4 períodos (24, 48, 72, 96 horas) do óleo bruto de pinhão – manso (Jatropha curcas L.), negramina (Siparuna guianensis Aublet), eucalipto (Eucalyptus globulus Labill) seguindo a metodologia usada por Silva e Bastos (2007). Como referência uma placa controle contendo os fungos desenvolvendo-se apenas no meio de cultura sem óleo e o controle positivo contendo 1,11 µl.ml-1 do fungicida APRON RFC® no meio cultura, segundo a dosagem sugerida na bula do fungicida que indicava uma concentração de 100 ml pra cada 100 kg de semente, sendo os valores ajustados para as condições do experimento. Os óleos analisados foram inseridos em meio BDA (batata Agar dextrose) acrescido de 1% de tween 80 e vertidos em placas de 80 mm de diâmetro. Após solidificação do meio, discos de 5,0 mm de diâmetro contendo micélio do patógeno foram transferidos para o centro de cada placa que foram incubadas em estufa B.O.D a 28 °C por 4 dias. A cada 24 horas o crescimento micelial do patógeno foi avaliado através da medição do diâmetro da colônia (média de duas medidas diametralmente opostas com auxílio de um paquímetro). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 (doses) x 4 (tempos), com 3 repetições sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se como instrumento estatístico o programa ASSISTAT versão 7.7 beta (SILVA; AZEVEDO, 2009). 2.5.2 Atividade antifúngica das combinações dos óleos Foi avaliado o efeito da associação entre os óleos, obtendo-se assim três tratamento constituídos de: eucalipto + negramina (associação 1), eucalipto + pinhão manso (associação 2) e pinhão-manso + negramina (associação 3) preparados na proporção de 1:1 como concentração inicial. Essas associações foram submetidas à seguidas diluições no meio de cultura obtendo-se as concentrações de 0,0 µl.ml-1, 0,5 µl.ml-1, 1 µl.ml-1; 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 assim como os óleos isolados. Como referência foi ultilizado uma placa controle contendo os fungos desenvolvendo-se apenas no meio de cultura sem óleo e o 30 controle positivo contendo 1,11 µl.ml-1 do fungicida APRON RFC® no meio cultura. Os óleos analisados foram inseridos em meio BDA (batata Agar dextrose) acrescido de 1% de tween 80 fundente e vertidos em placas de 80 mm de diâmetro. Após solidificação do meio, discos de 5,0 mm de diâmetro contendo micélio do patógeno foram transferidos para o centro de cada placa que foram incubadas em estufa B.O.D a 28° C por 4 dias. A cada 24 horas o crescimento micelial do patógeno foi avaliado através da medição do diâmetro da colônia (média de duas medidas diametralmente opostas com auxílio de um paquímetro). Para análise do tipo de interação apresentada pelas associações, utilizouse como critério a metodologia utilizada por Zhou et al. (2007) com modificações e adequações para crescimento de fungos filamentosos. Nesse método o efeito sinérgico ou antagônico das associações foram conceituados de acordo com as diferenças significativas submetido à análise de variância. O delineamento experimental nos ensaios foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 (tratamentos) x 6 (doses) x 4 (tempos) comparando-se o desempenho das associações com os óleos isolados, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se como instrumento estatístico o programa ASSISTAT versão 7.7 beta (SILVA e AZEVEDO, 2009). 31 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi possível observar a atividade antifúngica dos óleos analisados em diferentes períodos de crescimento. Onde a análise de variância (Tabela 1) mostrou que as variações em função da dose e do tempo de avaliação e as interações entre eles foram significativas a 1% de probabilidade para os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. Tabela 1. Resumo da análise de variância do crescimento micelial (mm) de Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii submetidos a diferentes concentrações de óleos avaliados em quatro épocas. Rhizoctonia solani Fontes de Eucalyptus globulus Siparuna guianensis Jatropha curcas variação GL1 QM2 QM QM Doses 5 2773,33** 2121,96** 1998,72** Tempo 3 561,26** 2856,69** 9699,62** Doses x tempo 15 404,61** 293,09** 443,91** Tratamentos 23 939,98** 1025,05** 1989,18** Resíduo 48 5,91** 18, 03** 86,18** Coeficiente de 35,59 % variação 27,13 % 40,24 % Sclerotium rolfsii Fontes de Eucalyptus globulus Siparuna guianensis Jatropha curcas variação GL1 QM2 QM QM Doses 5 3677,67** 3083,52** 4768,65** Tempo 3 1401,01** 10923,45** 11804,51** Doses x tempo 15 480,48** 449,65** 487,67** Tratamentos 23 1295,59** 2388,38** 2894,43** Resíduo 48 5,82** 8,97** 9,79 Coeficiente de variação 22,89% 9,63% 7,77% **Significativo a 1% de probabilidade; ¹G.L.: Grau de liberdade; ²Q.M.:Quadrado médio. . Observa-se que o óleo essencial de Eucalyptus globulus exerceu atividade inibitória sobre o Rhizoctonia solani nas concentrações de 1 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1 e 2 µl.ml-1, a partir de 24 h de crescimento inibindo todo o crescimento micelial do fungo, não apresentando diferença estatística com o tratamento com o fungicida comercial Apron RFC. O óleo essencial de Siparuna guianensis apresentou efeito sobre Rhizoctonia solani na concentração de 2 µl.ml-1 nos 32 períodos de 24 h, 48 h e 72 h, já as concentrações de 1 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1 e 2 µl.ml-1 nos períodos de 48 h, 72 h e 96 h apesar de não demostrarem a mesma eficiência que o princípio ativo comercial apresentaram ação inibitória sobre o fungo quando comparados com o tratamento contendo a concentração de 0 µl.ml-1 (Tabela 2). Quanto à ação inibitória no crescimento micelial do fungo Rhizoctonia solani sob efeito do óleo extraído da semente de Pinhão manso (Jatropha curcas) foi observado que o mesmo não apresentou atividade antifúngica sobre os patógenos. O fungo Rhizoctonia solani é um fitopatógeno que afeta inúmeras culturas em todo o mundo. Estudos que relatam a fungitoxicidade de extratos e óleos essenciais de plantas sobre o fungo R. solani, como o de Brum (2012) mostram que a utilização de tais compostos são promissores para o controle alternativo deste patógeno, já que é possível perceber a variação do crescimento do fungo. No trabalho de Piati et al (2011), concentrações maiores que 2,5 µl.ml-1 do óleo de Eucalyptus globulus demonstraram efeito inibitório sobre Penicillium sp. um agente causal de doença pós-colheita em citros. Quando comparado com a atividade inibitória de outros óleos essenciais sobre Rhizoctonia solani, Pragadheesh et al (2013) observaram completa inibição no crescimento desse fitopatógeno sob efeito do óleo essencial de Ocimum canum (manjericão). Outros estudos também demostram a ação de óleos essenciais sobre R. solani e S. rolfsii. Benini et al. (2010) testaram concentrações de 20, 40 e 60 µL do óleo essencial de Ocimum gratissimum sobre esses patógenos, e observaram inibição total do crescimento dos fungos em todas as concetrações testadas. Hillen et al. (2012) relata que o óleo essencial de candeia (Eremanthus erythropappus) inibiu o crescimento micelial de Rhizoctonia solani nas concentrações 20, 40, 60, 100, 200, 500 e 1000 μL em 20 ml de meio. As tabelas 2 e 3 revelam que o não houve diferença significativa no crescimento micelial dos fitopatógenos sob efeito do óleo extraído da semente de Pinhão manso (Jatropha curcas). Guedes (2009) em seu trabalho não encontrou efeito fungicida do óleo de Jatropha curcas L. contra fungos patogênicos de sementes de Bauhinia forticata nas concentrações de 30, 50, 70 e 100%. 33 Tabela 2. Efeito in vitro dos óleos essenciais de Eucalyptus globulus e Siparuna guianensis, e do óleo de Jatropha curcas em diferentes concentrações sobre o crescimento micelial de Rhizoctonia solani, em diferentes períodos de avaliação. Concentração (µl.ml-1) 0,0 0,5 1,0 1,5 2 Fungicida 24 h Eucalyptus globulus Tempo 48 h 72h 96 h 6.71 Ad 22.14 aC 50.86 aB 71.29 aA 0.00 Bb 0.00 bB 2.06 bB 10.87 bA 0.00 Ba 0.00 bA 0.00 bA 0.00 cA 0.00 bA 0.00 bA 0.00 bA 0.00 cA 0.00 bA 0.00 bA 0.00 bA 0.00 cA 0.00 bA 0.00 bA 0.00 bA 0.00 cA Siparuna guianensis 0,0 0,5 1,0 1,5 2 Fungicida 6.71 aD 22.14 aC 50.86 aB 71.29 aA 7.20 aC 16.27 abC 26.43 bB 40.53 bA 0.00 aC 8,70 bcBC 17.22 bcB 32.43 bA 0.00 aC 7,10 bcBC 14.53 cB 30.55 bA 0.00 aB 4.82 cB 4.12 dB 14.78 cA 0.00 aA 0.00 cA 0.00 dA 0.00 dA Jatropha curcas 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Fungicida1 6.71 aC 22.14 aC 50.86 aB 71.28 aA 0.00 aB 4.39 aB 18.33 bcB 56.85 aA 0.00 aC 15.26 aC 44.25 aB 66.16 aA 0.00 aC 7.75 aC 31.49 abB 60.00 aA 0.00 aC 4.38 aC 29.71 abB 64.12 aA 0.00 aA 0.00 aA 0.00 cA 0.00 bA 1 Apron RFC: 100 ml/100 kg *Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si significativamente a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. O óleo essencial de Eucalyptus globulus demosntrou ação inibitória sobre o crescimento micelial de Sclerotium rolfsii a partir da concentração de 0,5 µl.ml1 em todos os tempos de avaliação onde nas concentrações de 1,0 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1, 2,0 µl.ml-1 o crescimento do fitopatógeno foi totalmente inibido nos períodos de 24 h, 48 h e 72 h. A concentração de 2,0 µl.ml-1 foi a de maoir ação fungicida, uma vez que impediu o desenvolvimento do fungo em todas os tempos testados obtendo resultados similares ao fungicida comercial (Tabela 3). 34 O óleo essencial de Siparuna guianensis inibiu o cresciemento micelial do fitopatógeno Sclerotium rolfsii nas concrentrações de 1,0 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 com 24 h de crescimento, contudo, a partir de 48 h de incubação foi possível observar o desenvolvimento do patógeno. Uma explicação para o não desenvolvimento do fungo no período 24 h pode ser o devido o tempo de adaptação do fungo ao meio com a presença do óleo, interferindo assim no seu tempo de crescimento. As concetrações de 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 não inibiram totalmente o crescimento micelial do patógeno, no entanto, foi observado redução no seu crescimento quando comparados com a concetração 0,0 µl.ml-1 (Tabela 3). O óleo de Jatropha curcas não apresentou ação fungitóxica contra S. rolfsii e observando as concentrações de 0,5 µl.ml-1, 1,0 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 nos períodos de 48 h e 72 h o diâmetro da colônia fúngica apresentou-se maior que na dose 0,0 µl.ml-1. Outros trabalhos avaliaram a eficiências de óleos essenciais na inibição desse fitopatógeno. Benini et al. (2010) testaram doses de 20, 40 e 60 µL do óleo essencial de Ocimum gratissimum sobre S. rolfsii, e observaram inibição total do crescimento dos fungos em todas as doses testadas. Avaliando o efeito do óleo essencial de espécies de Copaifera sobre Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, Oliveira et al (2006) demonstraram maior efeciencia desses extratos na redução do crescimento micelial sobre Rhizoctonia solani. A diferença dos constituintes da parede celular desses fitopatógenos podem admitir maior resistência do Sclerotium rolfsii aos tratamentos químicos que o Rhizoctonia solani, uma vez que, segundo Fukuda et al (2009) a composição química da parede celular dos fungos é bastante complexa, constituída principalmente por polissacarídeos, ligados ou não a proteínas ou lipídeos, polifosfatos e íons inorgânicos formando a matriz de cimentação. Tendo tambem quitina, glucanas, galactomananas, manoses e proteínas como compostos mais freqüentes, embora suas quantidades variem entre as diferentes espécies de fungos. 35 Tabela 3. Efeito in vitro dos óleos essenciais de Eucalyptus globulus e Siparuna guianensis, e do óleo de Jatropha curcas em diferentes concentrações sobre o crescimento micelial de Sclerotium rolfsii, em diferentes períodos de avaliação. Eucalyptus globulus Tempo Concentração (µl.ml-1) 24 h 48 h 72h 96 h 0,0 8.17 aD 30.83 aC 57.83 aB 79.33 aA 0,5 0.00 bD 7.16 bC 18.33 bB 38.33 bA 1,0 0.00 bB 0.00 cB 0.00 cB 8.00 cA 1,5 0.00 bA 0.00 cA 0.00 cA 5.16 cdA 2,0 0.00 bA 0.00 cA 0.00 cA 0.00 dA Fungicida1 0.00 bA 0.00 cA 0.00 cA 0.00 dA Siparuna guianensis 0,0 8.16 aD 30.83 aC 57.83 aB 79.33 aA 0,5 5.66 abD 28.50 abC 57.50 aB 73.33 abA 1,0 0.00 bD 24.91abC 52.50 abB 71.66 bcA 1,5 0.00 bD 21.33 bcC 49.66 bcB 64.75 cdA 2,0 0.00 bD 17.50 cC 44.16 cB 58.83 dA Fungicida1 0.00 bA 0.00 dA 0.00 dA 0.00 eA Jatropha curcas 0,0 8.16 aD 30.83 bC 57.83 cB 79.33 aA 0,5 9.33 aD 34.16 abC 62.66 bcB 77.33 aA 1,0 13.00 aD 39.33 aD 68.33 abB 80.00 aA 1,5 12.66 aC 40.25 aB 73.50 aA 80.00 aA 2,0 11.16 aD 38.33 abC 70.20 abB 80.00 aA Fungicida1 0.00 bA 0.00 cA 0.00 dA 0.00 bA 1 Apron RFC: 100 ml/100 kg *Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si significativamente a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. A identificação da composição química de extratos naturais é uma importante ferramenta na prospecção de novos produtos (LORENZETTI et al, 2011). De acordo com Valentini (2010), a composição dos óleos essenciais da Siparuna guianensis Aublet sofre alterações de acordo com a região ou até com 36 as estações do ano. Na composição química do óleo essencial dessa espécie, foram encontrados monoterpenos, sesquiterpenos, álcoois sesquiterpenos e duas cetonas alifáticas, 2-undecanona e 2- tridecanona. O α- pineno, mirceno, γ-cadineno, epi- α - cadinol estavam presentes em todas as amostras, mas o epiα -cadinol (39,9%) foi sempre o maior componente, exceto para óleos das cascas e frutos, cujos maiores componentes foram respectivamente terpinoleno (33,4%) e 2-undecanona (52,7%) (VIANA, 2002). Ainda quanto à função dos constituintes da planta, a presença de mirceno pode estar relacionada às propriedades medicinais contidas na mesma (SILVA, 2006). O mirceno é um monoterpeno encontrado em muitos óleos essenciais exercendo importante papel na atividade expressada pelo óleo das folhas, além disso, a ação sinérgica associada à outros componentes químicos presentes no óleo essencial não deve ser desprezada, normalmente os efeitos sinérgicos podem ser observados facilmente em compostos fenólicos e não fenólicos (SANTOS et al, 2008a). A atividade fungitóxica dos óleos essenciais que inibem ou reduzem o crescimento micelial, se dá devido à ação das substâncias presentes em sua composição (tabela 4), onde esses compostos podem afetar a integridade das membranas celulares, causando o derramamento do conteúdo celular (PEREIRA et al., 2011). Pesquisas descrevem a completa supressão do crescimento de R. solani pelo monoterpeno fenólico, carvacrol, a uma concentração de 100 mg.ml -1 e pelo seu isómero estrutural, timol, a uma concentração ligeiramente mais elevada (150 mg.ml -1) (GWINN et al., 2010). A análise obtida por cromatografia relatado no trabalho de Macedo et al (2009) indicou os principais constituintes e concentrações encontrados no óleo essencial de Eucalyptus globulus, onde entre esses compostos destacaram-se a presença do α-pineno (4,15%), o-cimeno (2,93%), (+) -limoneno (8,16%), e terpineno (0,87%), tendo o eucaliptol (1,8 cineol) (83,89%) como componente marjoritário. Os constituintes que incidem com mais frequência em óleos essenciais manifestando elevada atividade antifúngica são: D -limoneno, cineol, α -pineno, β -pineno, β - mirceno e cânfora (MARTINEZ, 2012). Assim o efeito inibitório encontrado neste trabalho pelo óleo de Eucalyptus globulus pode ser explicado pela presença de compostos com conhecido efeito antifúngico presente em sua composição química. 37 Tabela 4. Principais constituintes químicos encontrados nos óleos essenciais de Siparuna guianensis, Eucalyptus globulus e no óleo fixo da semente de Jatropha curcas. Planta Siparuna guianensis Aublet Jatropha curcas L. Eucalyptus globulus Principais Componentes Referências 2-undecanona, humuleno, óxido cariofileno, espatulenol, aromadendreno, siparunona, acetato de dihidrocarvil, dióxido de Valentini et al, 2010. limoneno, ledol, viridiflorol, Montanari, 2010. ácido 1,2 benzenodioico, αpineno, β-micerno, αterpineno, α-terpinoleno, αbisaboleno, β-bisaboleno, bisaboleno, α-bisabolol, Ácido mirístico, ácido palmítico, ácido palmitoléico, ácido esteárico, ácido oleico, Sarin et al, 2007. ácido linoleico, ácido Akbar et al, 2009. araquídico, ácido eicosenoico, ácido beénico, ácido lignocérico. α-pineno, o-cimeno, limoneno, eucaliptol e γterpineno, α-tuhujene, 3careno, canfeno, trnsMacedo et al, 2009. thujenol, β-felandreno, βKaremu et al, 2013. pireno, β-mierceno, αfelandreno, linalool, pmenth-2-en-1-ol, terpinen-4ol, cruptone, 4-careno, citral, espatulenol, isoborneol Isoladamente, cada óleo essencial apresenta diversos compostos, e quando dois óleos são combinados, a interação entre as diversas substâncias químicas pode provocar sinergismo ou efeitos antagônicos (PROBST, 2012). Existem poucos relatos sobre mecanismos de ação da combinação de óleos essências assim como o efeito dessas associações em fungos filamentosos. Na tabela 5 observa-se o efeito das associações sobre o crescimento micelial do fungo Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. Onde as diferenças 38 estatísticas encontradas entre os tratamento com óleos isolados e a combinação dos mesmos indicam o possível tipo de interação entre seus componentes. Tabela 5. Comparação das medias dos halos de inibição (mm) obtidos para os óleos sozinhos em relação às combinações sobre o crescimento micelial de Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. Óleo Rhizoctonia solani 0 µl.ml-1 0,5 µl.ml-1 1,0 µl.ml-1 1,5 µl.ml-1 2,0 µl.ml-1 Fungicida1 E. globulus 43.00 aA 3.23 cB 0.00 cB 0.00 bB 0.00 bB 0.00 aB S. guianensis 43.00 aA 22.61 bB 14.58 aC 13.04 aC 5.93 aD 0.00 aE Assoc. 1(1:1) 43.00 aA 26.35 aB 5.00 bC 0.00 bD 0.00 bD 0.00 aD E. globulus 43.00 aA 3.23 bB 0.00 cB 0.00 bB 0.00 bB 0.00 aB J. curcas 43.00 aA 19.89 aC 31.42 aB 24.81 aBC 24.55 aBC 0.00 aD Assoc. 2(1:1) 43.00 aA 25.87 aB 10.25 bC 0.00 bD 0.00 bD 0.00 aD S. guianensis 43.00 aA 22.61 bB 14.58 cC 13.04 cCD 5.93 cDE 0.00 aE J. curcas 43.00 aA 19.89 bC 31.42 bB 24.81 bBC 24.55 bBC 0.00 aD Assoc. 3(1:1) 43.00 aB 60.75 aA 58.33 aA 56.70 aA 46.41 aB 0.00 aC Óleo Sclerotium rolfsii E. globulus 41.04 aA 15.95 cB 2.00 cC 1.29 bC 0.00 bC 0.00 aC S. guianensis 41.04 aA 41.25 aA 37.27 aB 33.93 aB 30.12 aC 0.00 aD Assoc. 1(1:1) 41.04 aA 33.54 bB 20.70 bC 0.00 bD 0.00 bD 0.00 aD E. globulus 41.04 aA 15.95 cB 2.00 cC 1.29 cC 0.00 bC 0.00 aC J. curcas 41.04 aC 45.87 aB 50.16 aA 51.60 aA 49.92 aA 0.00 aD Assoc. 2(1:1) 41.04 aA 29.02 bB 20.56 bD 6.00 bD 2.37 bDE 0.00 aE S. guianensis 41.04 aA 41.25 bA 37.27 bB 33.93 bB 30.12 bC 0.00 aD J. curcas 41.04 aC 45.87 aB 50.16 aA 51.60 aA 49.92 aA 0.00 aD Assoc. 3(1:1) 41.04 aA 40.37 bA 26.39 cD 35.56 Bb 30.52 bC 0.00 aE 1 Apron RFC: 100 ml/100 kg *Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si significativamente a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Observa-se que o efeito dos óleos combinados na proporção de 1:1 disposto na concentração de 0,5 µl.ml-1 não apresentou nenhum efeito sinérgico, podendo-se notar uma interação antagônica nas associações 1 e 3 justificada pelo aumento do crescimento micelial do Rhizoctonia solani. Já em relação ao fitopatógeno Sclerotium rolfsii apesar de não apresentar sinergismo, observa-se que na associação 1 e 2 há diferença significativa no diâmetro de crescimento do fungo, denotando melhor atividade inibitória que os óleos isolados de S. guianensis e J. curcas, respectivamente. Tal efeito pode ser 39 explicado pela presença do óleo de E. globulus que isoladamente mostrou-se mais efetivo na redução do crescimento micelial do fungo. Buscando a associação mais efetiva na inibição do crescimento micelial dos fitopatógenos, as associações 1 e 2 nas concentrações 1,5 µl.ml-1 e 2 µl.ml1 exibiram efeito similar ao fungicida comercial. Em muitos casos a atividade resulta de uma interação complexa entre as diferentes classes de compostos, tais como éteres, aldeídos, cetonas, álcoois, ésteres, éteres ou hidrocarbonetos encontrados nos óleos essenciais (BASSOLÉ e JULIANI, 2012). A competição de várias substâncias por uma mesma molécula alvo pode resultar em atividade antagônica, diminuindo o efeito antibiótico dos óleos essenciais misturados em grandes proporções (D’ARRIGO et al., 2010). Diversos trabalhos descrevem o efeitos de óleos essenciais e outros extratos naturais no controle de doenças de plantas, no entanto, observa-se que não há um padrão quanto à metodologia adotada o que dificulta a comparação dos resultados assim como sua discussão. 4. CONCLUSÃO O óleo essencial de Eucalyptus globulus inibiu totalmente o crescimento micelial de R. solani nas concentrações de 1,0 µl.ml-1, 1,5 µl.ml-1, 2,0 µl.ml-1 em todos os períodos de avaliações. Para S.rolfssii a concentração de 2,0 µl.ml-1 inibiu o crescimento micelial do fitopatógeno em todos os tempos. O óleo de Siparuna nas concentrações de 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 reduziram o cresciemento dos fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. O óleo de Jatropha curcas não apresentou atividade antifúngica sobre os fitopatógenos testados. As associações 1 e 2 nas concentrações 1,5 µl.ml-1 e 2,0 µl.ml-1 inibiram totalmente o crescimento micelial dos fitopatógenos. 40 Capítulo II ISOLAMENTO, ATIVIDADE ANTAGÔNICA E EXTRAÇÃO DE METABÓLITOS COM POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE FUNGOS ENDOFÍTICOS DE PINHÃOMANSO (Jatropha curcas L.) E EUCALÍPTO (Corymbia citriodora). 41 Isolamento, atividade antagônica e extração de metabólitos com potencial antibiótico de fungos endofíticos de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) e eucalípto (Corymbia citriodora). RESUMO Objetiva-se com este trabalho isolar fungos endofíticos de folhas de Jatropha curcas e Corymbia citriodora além de avaliar o potencial dos mesmos para controle biológico dos fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. Fungos endofíticos foram isolados de folhas sadias de Corymbia citriodora e Jatropha curcas L. onde após desinfecção das folhas fragmentos de aproximadamente 1 cm foram recortados com o bisturi e transferidos para placas contendo meio BDA com clorafenicol (100 mg.L-1) suplementado de 0,2 % de extrato de levedura. Os fungos isolados foram preservados em ultrafreezer a 80°C em microtubos contendo glicerol 10%. Quinze fungos foram submetidos ao teste de antagonismo in vitro por confronto direto onde a capacidade antagônica de cada organismo fúngico foi determinada usando uma escala de classificação para os três tipos principais de reações (A, B, C) e quatro sub-tipos (CA1, CB1, CA2 e CB2). Também foi determinada a porcentagem de inibição. Para extração de metabólitos secundário de meio de cultura foram 11 fungos que apresentaram melhor desempenho na inibição dos fitopatógeno onde os fungos foram inoculados em 200 de meio BD (batata dextrose) acrescido de 1ml de uma solução contendo os fitopatógeno inativos e incubados por 10 dias a 28°C a 120 r.p.m.. Após o crescimento o micélio foi separado do meio de cultura por filtração simples. O meio com o metabólito foi submetido a partição líquido/líquido com acetato de etila e o extrato obtido rotoevaporado. Os extratos ressuspendidos solução de Tween 80 a 2% foram pipetados em discos de papel filtro esterilizado para os testes de antibiose colocados em placas de petri contendo meio BDA a 1 cm da borda As placas. Foram isolados 31 fungos endofíticos entre os fungos purificados 22 foram isolados de Jatropha curcas e 9 de Corymbia citriodora. Dos 15 isolados selecionados 12 apresentaram interação com pelo menos um dos patógenos. As amostras UFT.P 3.1.2. UFT.P 3.2 e UFT.P 5.13 inibiram 100% o crescimento de Rhizoctonia solani após 14 dias de crescimento. Não houve efeito inibitório dos metabólitos extraído do meio de cultura. Palavras-chave: controle biológico, antibiose, isolamento. 42 Isolation, antagonistic activity and extraction of metabolites with antibiotic potential of endophytic fungi of jatropha (Jatropha curcas L.) and eucalyptus (Corymbia citriodora). ABSTRACT Objective of this work is to isolate endophytic fungi from leaves of Jatropha curcas and Corymbia citriodora addition to assessing the potential of these pathogens for biological control of Rhizoctonia solani and Sclerotium rolfsii. Endophytic fungi were isolated from healthy leaves of Corymbia citriodora and Jatropha curcas L. where after disinfection of leaf fragments of approximately 1 cm were cut with a scalpel and transferred to plates containing PDA medium with chloramphenicol (100 mg.l- 1) supplemented with 0,2 % yeast extract. The isolates were preserved at -80 °C ultrafreezer in microtubes containing 10% glycerol. Fifteen fungi were subjected to test in vitro antagonism by direct confrontation where the antagonistic capacity of each fungus body was measured using a rating scale for the three main types of reactions (A, B, C) and four sub- types (CA1, CB1 ,CB2 and CA2). The percentage of inhibition was also determined. For extraction of secondary metabolites from culture medium were 11 fungi performed better in inhibiting the pathogen where fungi were inoculated in 200 BD medium (potato dextrose) plus 1 ml of a solution containing inactive pathogen and incubated for 10 days 28 °C at 120 rpm. After growth the mycelium was separated from the culture medium by simple filtration. The medium with the metabolite was subjected to liquid/liquid partition with ethyl acetate and the extract obtained rotoevaporado. The extracts resuspended solution of 2% Tween 80 was pipetted on sterile filter paper discs for the tests antibiosis placed in petri dishes containing PDA medium 1 cm from the edge of the plates. 31 endophytic fungi were isolated from the purified 22 fungi were isolated from Jatropha curcas and 9. 12 of 15 selected isolates showed interaction with at least one of the pathogens. The samples UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2 and UFT.P 5.13 inhibited 100% the growth of Rhizoctonia solani after 14 days of growth. There was no inhibitory effect of the metabolites extracted from the culture medium. Keywords: biological control, antibiosis, isolation. 43 1.INTRODUÇÃO Os microrganismos endofíticos podem ser encontrados em órgãos e tecidos vegetais como as folhas, ramos e raízes (AZEVEDO et al, 2002; PEIXOTO NETO et al, 2002). As relações não patogênicas entre microrganismos endofíticos e seus hospedeiros, desenvolvem associações que quando benéficas podem conferir importantes benefícios como estimular o crescimento das plantas, aumentar a resistência a doenças e às condições adversas do ambiente (SILVA et al, 2006b). Nos últimos anos, tem-se aumentado o interesse na aplicação de microrganismos em práticas agrícolas, e isso se deve a benefícios fornecidos por eles na promoção de crescimento vegetal, no controle biológico de pragas e doenças de plantas entre outros motivos, assim como se estabelecerem como substitutos de produtos químicos, contribuindo para preservação do meio ambiente (PEIXOTO NETO, 2002). Esses microrganismos possuem grande potencial na agricultura, onde diversas espécies têm apresentado promissor emprego na produção de defensivos agrícolas, e em outros seguimentos industriais como farmacêutica e alimentos (VERZIGNASSI et al, 1998; SOUZA et al., 2004). Com a descoberta da penicilina a partir do fungo Penicillium notatum, o aparecimento dos antibióticos sintetizados por microrganismos despertou uma atenção tanto da indústria farmacêutica como de outros setores industriais, desencadeando uma intensa pesquisa de compostos ativos oriundos de microrganismos (BARREIRO, 2009). Tal interesse tem se destacado com os avanços da biotecnologia acompanhados de técnicas modernas de fracionamento químico e elucidação estrutural que tem mostrado o enorme potencial de diversos microrganismos como fungos e bactérias em fornecerem novas entidades químicas ativas e com padrões moleculares novos e originais (VIEGA JR et al, 2006; BARREIRO, 2009). Ao mesmo tempo, têm-se demonstrado que a identificação de genes que controlam a produção dos metabólitos por alguns microrganismos podem proporcionar uma alternativa para o aumento da produção dos principais produtos naturais bioativos (GONDON e NEWMAN, 2013). Fungos endofíticos também podem ser uma importante fonte de produtos naturais. Pesquisadores acreditam que metabólitos secundários bioativos produzidos por esses 44 microrganismos estejam diretamente associados com a planta hospedeira através da recombinação gênica entre as espécies em um processo co-evolutivo (CONTI et al, 2012). Bons exemplos na utilização de microrganismos endofíticos na produção de compostos biologicamente ativos podem ser vistos em diversas pesquisas, onde substâncias como a citocalasina, um inibidor da polimerização de actina, produzida por Xylaria sp. isolado de Piper aduncum (SILVA et al, 2010), hipericina por Hypericum perforatum (KUSARI et al, 2008), a camptothecine, um alcaloide inibidor da topoisomerase I em eucariotos produzida por endofíticos (SHWETA et al., 2013), confirmam o potencial do emprego desses microrganismos na produção de substancias biologicamente ativas em escala industrial. A busca por alternativas para o controle de doenças mostra-se uma prática necessária, onde produtos agrícolas mais saudáveis e com menor impacto ao meio ambiente vem despertando grande interesse no mundo. O controle biológico, a indução de resistência e o uso de produtos com atividade antimicrobiana e/ou indutora de resistência, apresentam-se como uns dos mecanismos de controle alternativo (OLIVEIRA et al, 2011a). O uso do controle biológico natural torna-se essencial na redução de problemas causados por agrotóxicos (FERNANDES et al, 2010). A tendência do mercado internacional é a procura por produtos de melhor qualidade, além da preservação ambiental, desta forma intensificando a necessidade de métodos e produtos para controles alternativos, que substituam os insumos poluentes, mantendo a qualidade do produto, reduzindo os resíduos de produtos químicos nos produto final, assim como aumentando a segurança e a saúde do consumidor (PIATI et al, 2011). Os fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, são fungos causadores de diversas doenças como trombamento, podridão de raízes, podridões de colo e murchas, eles não produzem esporos e apresentam micélio e estruturas de sobrevivência como esclerócios e estão diretamente envolvidos em doenças originárias do solo como as doenças radiculares (MICHEREFF et al, 2005). Diversos estudos sobre microrganismos endofíticos com potencial antagônico sobre fitopatógenos tem sido executados para emprego no controle biológico, entre esses fungos com capacidade antagônica os mais estudados são do gênero Trichoderma (OLIVEIRA, 2011a). Assim, objetiva-se com o trabalho isolar fungos endofíticos de folhas de Jatropha curcas e Corymbia 45 citriodora além de avaliar o potencial dos mesmos para controle biológico dos fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii por confrontação direta em placa e pela atividade antimicrobiana de extratos contendo substâncias ativas lançadas no meio de cultivo por esses fungos. 46 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Material vegetal utilizado As folhas sadias de Corymbia citriodora e Jatropha curcas L. foram coletadas na vegetação na área experimental da Universidade Federal do Tocantis – Campus de Gurupi, coordenadas geográficas 11°44’52.34’’ S e 49°2’54.84’’ O, 11°44’52.49’’ S e 49°3’7.08’’ O, com o auxílio de uma tesoura. 2.2Desinfecção e Isolamento As folhas foram lavadas em água corrente e detergente líquido para retirada do excesso de impurezas superficiais. Em condições assépticas o material foi imerso em álcool 70% (1 minuto), em seguida hipoclorito 3% (4 minutos) e novamente em álcool 70% (30 segundos), após esse processo as folhas foram lavadas em água estéril, sendo retirado 100 µL da água de lavagem (ARAÚJO, 2002) para validar o protocolo de assepsia, sendo incubados em placas contendo BDA (Batata dextrose agar), com cloranfenicol (100 mg.L-1), suplementado com 0,2% de extrato de levedura a 28 ºC em BOD por 15 dias. As folhas foram secas em papel filtro esterilizado. Após a última lavagem foram retirados o ápice e a base das folhas em meio asséptico, com auxilio de um bisturi asséptico, deixando apenas a parte central do folíolo. Fragmentos de aproximadamente 1 cm foram recortados com o bisturi e transferidos para placas contendo meio BDA com clorafenicol (100 mg.L-1) suplementado de 0,2 % de extrato de levedura, cada placa recebeu 6 fragmetos de folha dispostos equidistantes entre si. As placas foram vedadas e incubadas em BOD a 28 ° C, com fotoperíodo de 12 horas. 2.3 Purificação e preservação dos isolados Com o surgimento das colônias que emergiam do material vegetal, fragmentos eram transferidos para placas contendo BDA a 28 ºC em B.O.D., sendo o processo repetido até completa purificação do endofítico. Para preservação das colônias puras, foi empregada a metodologia usada por Deshmukh (2013) com modificações, onde as culturas purificadas foram incubadas em meio líquido Czapek sob agitação de 100 r.p.m., em temperatura ambiente por sete dias. Cinco repetições com um ml do caldo acompanhado de estruturas fúngicas foram pipetados, em condições assépticas, em tubos de 2 ml 47 (eppendorf), sendo seus volumes completado com solução de glicerol 10% (v/v) e armazenada em ultrafreezer a -80°C. 2.4 Antagonismo in vitro por confronto direto O antagonismo de 15 fungos endofíticos isolados da folha de Jatropha curcas e Corymbia citriodora foram selecionados aleatoriamente e submetidos ao teste de cultura pareada. Em placas de Petri contendo meio BDA, foram inseridos dois fragmentos de cinco milímetros do meio de cultura contendo os fungos endofíticos e o fitopatógeno, previamente incubados em câmara BOD a 28 °C por 7 dias, a uma distância de um centímetro da borda paralelos entre si. As placas foram incubadas por 14 dias a 28°C. Como controle apenas o fungo fitopatogênico foi colocado na placa. Todos os ensaios foram realizados em triplicata (MARIANO, 1993). Para avaliação das interações foi utilizada a escala de Innocenti et al (2002). Onde a capacidade antagônica de cada organismo fúngico foi determinada usando uma escala de classificação para os três tipos principais de reações (A, B, C) e quatro sub-tipos (CA1, CB1, CA2 e CB2). Tipo A e B será de impasse (inibição mútua, em que nenhum organismo era capaz de crescer demais o outro) em contacto micelial (A), ou a uma distância (B); substituição tipo C, o crescimento excessivo sem impasse inicial. Os subtipos intermédios marcados serão: CA1 parcial, CA2 e completa, substituição após o impasse inicial com contato micelial; CB parcial, e CB2 completa, após a substituição inicial bloqueio, a uma distância. Resumindo, nessa escala serão avaliadas três interações possíveis A, B e C. Sendo: A (deadlock) crescimento com contato micelial; B (deadlock) crescimento a distancia e; C crescimento do endofítico sobre o fitopatógeno sem “deadlock” inicial; A interação do tipo C é subdividida em 4 onde: CA1 e CA2 = crescimento parcial e completo, respectivamente, do endofítico sobre o fitopatógeno depois de “deadlock” inicial com contato micelial; CB1 e CB2 = crescimento parcial e completo, respectivamente, do endofítico sobre o fitopatógeno depois de “deadlock” inicial a distância. 48 Ao mesmo tempo, foi determinada a porcentagem de inibição calculada pela equação abaixo (EDGINTON et al, 1971), onde essa avaliação foi realizada por meio da medida do diâmetro da colônia de crescimento dos fitopatógenos. Todo experimento foi conduzido em três repetições. 𝑃𝐼 = (𝐷𝑐 − 𝐷𝑡) 𝑥 100 𝐷𝑐 Onde: Dc = diâmetro médio da colônia do patógeno no controle Dt= diâmetro médio da colônia do patógeno nos tratamentos testados Os resultados obtidos foram dispostos em gráficos de médias com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%. 2.5 Extração de metabolitos secundários do meio de cultura A partir do teste de antagonismo em placa foram selecionados 11 fungos que apresentaram melhor desempenho na inibição dos fitopatógeno, os isolados UFT.P 3.1, UFT.P 3.1.2, UFT.P 5.13, UFT.P 2.4.7, UFT.E 3.3, UFT.P 3.2, UFT.P 2.6.2, UFT.P 2.4.3, UFT.P 2.4, UFT.P 3.5 e UFT.E 2.11.2, foram inoculados em um erlenmeyer de 250 contendo 200 de meio BD (batata dextrose) acrescido de 1ml de uma solução contendo os fitopatógeno inativos e incubados por 10 dias a 28°C a 120 r.p.m. O inoculo foi padronizado em uma concentração de 106 de esporos e para os fungos que não esporularam após 7 dias de crescimento foi inoculado 1 ml de uma solução de micélio. Para inativação dos fitopatógeno, 15 discos de 5 mm contendo o micélio de cada fungo foram transferidos para um erlenmeyer contendo 100 ml de meio BD e em seguida submetidos a duas autoclavagens de 40 minutos. Após o crescimento o micélio foi separado do meio de cultura por filtração simples. O meio filtrado com o metabólito foi transferido para um balão de titulação de 1 L, onde foi acrescentado 200 ml de acetato de etila e submetido a partição líquido/líquido. Após a separação das fases foi coletada a fase aquosa. A fração com acetato de etila foi misturada a mais 200 ml de acetato de etila novamente, repetindo-se o processo por mais duas vezes. Ao final a fração aquosa foi descartada e a fração solúvel em acetato de etila submetida a rotaevaporação para concentração da amostra (LÓPEZ, 2010). 49 Após a concentração da amostra, os extratos obtidos foram ressuspendidos em 1 ml de uma solução de Tween 80 a 2%. Para avaliação da atividade antibiótica dos extratos, discos de papel filtro esterilizado foram colocados em placas de petri contendo meio BDA a 1 cm da borda e embebidos com de 10 µl do extrato com Tween 80 a 2% filtrado em membrana millipore de 22 µm, na outra extremidade foi adicionado um disco de 5mm contendo o patógeno. Como controle negativo foi usado disco com a solução de tween 80 a 2%. As placas foram incubadas em estufa B.O.D a 28°C por cinco dias. 50 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Antagonismo in vitro por confronto direto Foram isolados 31 fungos endofíticos dos fragmentos de folhas da placa de petri. Entre os fungos purificados 22 foram isolados de Jatropha curcas e 9 de Corymbia citriodora. Por meio do teste de cultura pareada foram observadas as interações entre os fungos endofíticos e os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii onde dos 15 isolados 12 apresentaram (Tabela 1) interação com pelo menos um dos patógenos. Tabela 1. Interações entre fungos endofíticos isolados de Jatropha curcas e Corymbia citriodora e os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii utilizados nos testes de antagonismo in vitro após 14 dias de crescimento. Tipo de interação/ Endofítico Rhizoctonia solani Sclerotium rolfsii A UFT.E 2.2, UFT.P 1.5.2 UFT.P 5.13, UFT.P 3.5, UFT.P 2.6.2 Fitopatógeno B UFT.E 2.11.2, UFT.P 2.4, CA1 UFT.P 3.1 UFT.P 2.4.3, UFT.P 3.5 UFT.P 3.2, UFT.P 3.1.2, CA2 UFT.P 2.4.7, UFT.P 2.6.2, UFT.P 5.13 CB1 CB2 * Os demais isolados que não estão listados, não apresentaram interações. A interação do tipo CA2 foi a mais frequente desenvolvida pelos endofíticos sobre o fungo R. solani seguida pela CA1, esses tipos de interação caracterizam o crescimento do fungo endofítico sobre o patógenos, onde CA2 indica sobreposição total do endofítico sobre o patógeno após um contato inicial e CA1 sobreposição parcial após o contato. Ainda entre as amostras que proporcionaram algum tipo de interação o isolado UFT.P 2.4.3 apresentou mudança de coloração do meio formando uma faixa de cor amarela na zona de confronto (Figura 1). O mesmo foi notado no isolado UFT.P 2.6.2 onde observou-se uma coloração amarelo claro no fundo da placa tomando todo meio de cultura. Essa coloração pode indicar a produção de 51 metabólitos com efeito antibiótico lançados devido à competição por espaço ou nutriente com o fitopatógeno. Figura 1. Antagonismo por pareamento direto entre fungos endofíticos e Rhizoctonia solani, onde A. exibe a coloração amarela na zona de confronto formada pela amostra UFT.P 2.4.3 e B. mostra coloração amarelo claro em todo meio formada pelo fungo UFT.P 2.6.2. Ao mesmo tempo observou-se maior resistência do fitopatógeno Sclerotium rolfsii aos endofíticos uma vez que poucos isolados apresentaram alguma interação, além de, em algumas amostras o patógeno sobrepor o endofítico. Tais interações sugerem que dependendo do grupo de fungos, tanto do endofítico, quanto do fitopatógeno, diferentes modos de ação dos endofíticos sobre o fitopatógeno podem ocorrer, podendo indicar um potencial para produção de metabólitos ou competição direta pelo espaço e nutrientes, assim como o que acontece dentro da planta hospedeira (BERNARDI-WENZEL et al, 2012). Sbravatti Júnior (2013) explica que os valores negativos além de não serem eficazes como inibidores do patógeno, o endofítico pode ter produzido alguma substância que estimulou o crescimento do fitopatógeno. Apesar da sobreposição do patógeno sobre os endofíticos, no fundo da placa foi possível observar que as amostras UFT.P 3.1.2. UFT.P 3.2 e UFT.P 5.13 demostraram um avanço na inibição do fitopatógeno. Esses inibiram 100% o crescimento de Rhizoctonia solani após 14 dias de crescimento (Figura 2). 52 Figura 2. Atividade antagônica de isolados endofíticos. A porcentagem de inibição do patógeno Rhizoctonia solani é expressa como média com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%. No trabalho de López (2010), um fungo endofítico isolado de Croton urucurana (FCU 028) chamou a atenção por produzir um pigmento amareloesverdeado ao redor do fitopatógeno Guignardia citricarpa, o mesmo sugeriu que o pigmento tratava-se de compostos antifúngicos produzidos pelo endofítico. Em contraste aos resultados obtidos no presente trabalho, BernardiWenzel et al (2012) observou em seu estudo um rápido crescimento de R. solani, o que impediu na maioria dos casos o crescimento do endofítico, sugerindo, portanto, um fitopatógeno mais difícil de ser controlado pelos endofíticos avaliados. Outras pesquisas como a de Rocha et al (2009) relataram a atividade antagônica de quatro fungos endofíticos (Trichophyton sp., Chrysosporium sp, Candida pseudotropicalis e Candida tropicalis) isolados de Symphytum officinale L. onde esses atingiram uma taxa de inibição que variou de 46,7% a 50%. Naik et al (2009) mostraram o potencial antagônico de três espécies endofíticas isoladas de arroz contra os patógenos Rhizoctonia solani, Nigrospora oryzae, Macrophomina phaseolina, Macrophomina phaseolina, Alternaria 53 alternata apresentando porcentagens de inibição que variaram de 49, 21% a 79,81%. As figuras 2 e 3 mostram a atividade inibitória dos endofiticos sobre os fitopatógenos R. solani e S. rolfsii, observando-se maior sensibilidade do fungo Rhizoctonia solani aos endofíticos. Contudo, a amostra UFT.P 3.1 exibiu efeito redutor no crescimento micelial de Sclerotium rolfsii (44, 57%) maior que no patógeno R. solani (25,10%). O efeito demonstrado pelas amostras UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2 e UFT.P 5.13 sobre R. solani pode ser explicado pela produção de compostos com atividade antibiótica. Parreira et al (2009) explicaram que quando ameaçados, os fungos podem desenvolver mecanismos que lhe confiram resistência a produtos tóxicos, para assegurar a sobrevivência da espécie. Tal resultado pode indicar a adoção de diferentes mecanismos de resistências aos compostos liberados pelo endofítico empregados pelos patógenos. Isso pode ser sugerido as amostras UFT.E 1.1, UFT.E 2.11.2, UFT.E 2.2, UFT.E 3.3, UFT.P 1.5.2, UFT.P 1.6, UFT.P 2.4, UFT.P 2.4.3, UFT.P 2.4.7, UFT.P 2.6.2 e UFT.P 3.5 que obtiveram médias de inibição próximas e com pouca ação inibitória aos fitopatógenos. Figura 3. Atividade antagônica de isolados endofíticos. A porcentagem de inibição do patógeno Sclerotium rolfsii é expressa como média com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%. 54 Estudos têm apontado fungos endofíticos capazes de controlar doenças fúngicas ou bacterianas em culturas de interesse. Entre os gêneros promissores o Neotyphodium, Fusarium e Trichoderma apresentam grande potencial para controle biológico (AZEVEDO et al, 2002, PIMENTEL et al, 2006). Pesquisas relatam a ocorrência de diferentes fungos endofíticos encontrados em Jatropha curcas, entre elas Kumar e Kaushik (2013), identificaram 9 fungos isolados da folha de J. curcas onde quatro foram identificados com Colletotrichum truncatum e o outros Nigrospora oryzae, Fusarium proliferatum, Guignardia cammillae, Alternaria destruens e Chaetomium sp. Lichun et al (2009) isolaram 42 fungos do xilema e floema de J. curcas, e entre os gêneros identificados foi encontrado Cephalosporium, Trichoderma, Mucor, Penicillium, Rhizopus, Aspergillus, Pestalotiopis, Phoma, Acremonium e Fusarium. Avaliando o potencial para controle biológico Trichoderma isolados do solo sobre Sclerotinia sclerotiorum Chagas et al (2013) encontraram 5 isolados, JCO-UFT 28, JCO-UFT 37, JCOUFT 45, JCO-UFT 63 e JCO-UFT 85, significativamente eficientes como antagonistas obtendo respectivamente porcentagens de inibição iguais a 63, 68, 63, 66 e 65%. Bettucci e Saravay (1993) também relataram a ocorrências de espécies de Trichoderma isolados de diferentes parte de Eucalyptus globulus, além de outros gêneros fúngicos como Cytospora sp, Microsphaeropsis sp., Penicillium sp., Unidentified sp. 3.2 Extração de metabólitos secundários Nenhum dos extratos testados mostraram atividade inibitória contra os fitopatógeno Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii. Tal resultado pode ter ocorrido devido à baixa solubilidade dos compostos no meio cultura testado, ou no solvente acetato de etila utilizado para extratação das substâncias lançadas no meio pelos fungos. Marasciulo et al (2006) afirma que o resultado obtido pode ser devido à pouca solubilidade da substância antimicrobiana no meio de cultura utilizado. Outros trabalhos que utilizaram metodologia semelhante na obtenção desses extratos como Rhoden et al (2012) observaram o efeito antimicrobiano de extratos de acetato de etila de Cordyceps memorabilis isolado de Trichilia elegans sobre as bactérias Enterococus hirae, Micrococcus luteus e Escherichia 55 coli. Cafêu et al (2005), identificaram os componentes encontrados nos extratos brutos PDB-AcOEt e milho-MeOH, produzidos pelo fungo endofítico Xylaria sp., encontrando ácido 2-hexilideno-3-metilbutanodióico, citocalasina D, 7- declorogriseofulvina, citocalasina B e griseofulvina, onde extrato bruto obtido após cultivo de Xylaria sp. em meio Potato Dextrose Broth (PDB) e os compostos ácido 2-hexilideno-3-metilbutanodióico e citocalasina D apresentaram-se ativos sobre às linhagens Cladosporium cladosporioides e Cladosporium spahaerospermum. 4. CONCLUSÃO Os fungos endofíticos isolados de Jatropha curcas e Corymbia citriodora mostraram atividades antagônicas contra os fitopatógenos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, destacando-se os isolados UFT.P 3.1.2, UFT.P 3.2 e UFT.P 5.13 que inibiram 100% o crescimento micelial de R. solani. Os extratos obtidos do caldo fermentado não apresentaram atividade antifúngica. 56 Capítulo III CAPACIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ISOLADOS DE FOLHAS DE Jatropha curcas L. E Corymbia citriodora NA PRODUÇÃO DE ÁCIDO INDOL ACÉTICO E CAPACIDADE DE SOLUBILIZAÇÃO DE FOSFATO in vitro. 57 Capacidade de fungos endofíticos isolados de folhas de Jatropha curcas L. e Corymbia citriodora na produção de ácido indol acético e capacidade de solubilização de fosfato in vitro. RESUMO A microbiota endofítica têm proporcionado a capacidade de estimular o crescimento das plantas por mecanismos diretos, pela fixação biológica de nitrogênio e/ou produção de fitohormônios e por mecanismos indiretos, através do antagonismo contra patógenos. Muitos microrganismos associados a plantas são capazes de produzir fitohormônios, principalmente as auxinas. Objetivou-se avaliar o potencial de solubilização de fosfato e a capacidade de sintetizar AIA, in vitro, usando fungos endofíticos isolados das folhas de Jatropha curcas L. se Corymbia citriodora. Foi realizada uma pre-seleção dos 15 isoladosfungicos originados das folhas de Jatropha curcas e Corymbia citriodora, sendo selecionado 8 isolados, que foram inoculados em 100 ml de meio Batata Dextrose com e sem L-triptofano na concetração de 0,489 mM ao abrigo da luz, a 120 r.p.m. Alíquotas das amostras foram coletadas nos períodos de 24h, 48h, 96h, 120h e 168h para avaliação da produção de AIA, em seguida as amostras foram centrifugas a 10000 rpm por 10 min. O teste qualitativo foi feito com reagente salkowski para posterior quantificação através de análise colorimétricada produção de AIA. Para solubilização de fosfato de cálcio os 15 isolados foram avaliados medindo o diâmetro do halo de solubilização, foi medido a cada 24 horas até que a colônia fúngica tomasse toda a placa. Os isolados UFT.P 1.5.3 e UFT.P 1.6 foram os fungos que mais produziram AIA em meio BD suplementado com L-triptofano a partir do primeiro de dia de avaliação com uma medias de 13,28 µg.ml-1 e 44,61 µg.ml-1, respectivamente. Na ausência do L-triptofano a síntese de AIA apresentou diferentes concentrações entre o isolados, sendo a amostra UFT.P 1.6 a que obteve maior média com concentração de 10,39 µg.ml-1 após 96 horas de crescimento. Nenhum dos isolados testados apresentou capacidade de solubilizar fosfato de cálcio. Palavras-chave: fitohormônios; auxina; fósforo 58 Ability of endophytic fungi isolated from leaves of Jatropha curcas L. Corymbia citriodora and production of indole acetic acid and phosphate solubilization capability in vitro. ABSTRACT The endophytic microbiota have provided the ability to stimulate plant growth by direct mechanisms, the biological nitrogen fixation and/or production of phytohormones and indirect mechanisms through antagonism against pathogens. Many microorganisms associated with plants are able to produce phytohormones, particularly auxin. This study aimed to assess the potential for phosphate solubilization and the ability to synthesize IAA in vitro, using endophytic fungi isolated from the leaves of Jatropha curcas L. and Corymbia citriodora. A pre-selection of 15 isolados fungics derived from the leaves of Jatropha curcas and Corymbia citriodora, with 8 selected isolates were inoculated in 100 ml Potato Dextrose medium with and without L- tryptophan averaged concentration of 0.489 mM in the dark was performed, at 120 rpm aliquots of the samples were collected during periods of 24 h, 48 h, 96 h, 120 h and 168 h to evaluate the production of IAA, then the samples were centrifuge at 10000 rpm for 10 min. The qualitative test was done with Salkowski reagent for quantification colorimetric of the analysis through production of IAA. To solubilize calcium phosphate 15 isolates were evaluated by measuring the diameter of the halo solubilization was measured every 24 hours until the fungal colony take the whole plate. The UFT.P 1.5.3 and UFT.P 1.6 isolates were fungi that produced more IAA in BD medium supplemented with L- tryptophan from the first day of evaluation with a medium of 13,28 μg.ml - 1 and 44,61 μg.ml -1, respectively. In the absence of L-tryptophan synthesis IAA showed different concentrations between the isolates and the UFT.P 1.6 sample with highest average concentration of 10,39 μg.ml – 1 with after 96 hours of growth. None of the isolates tested showed the ability to solubilize calcium phosphate Keywords: plant hormone, auxin, phosphorus 59 1. INTRODUÇÃO A agricultura moderna tem enfrentado o grande desafio de aumentar a produção das culturas gerando sustentabilidade, visando a proteção ambiental onde, para atingir esse objetivo, uma das alternativas é a utilização de microrganismos promotores de crescimento vegetal (SILVA et al, 2006) A microbiota endofítica têm proporcionado a capacidade de estimular o crescimento das plantas por mecanismos diretos, pela fixação de nitrogênio e/ou produção de fitohormônios e por mecanismos indiretos, através do antagonismo contra patógenos ou resistência a drogas (MARCHIORO, 2005). Muitos microrganismos associados a plantas são capazes de produzir fitohormônios, principalmente as auxinas (RODRIGUES et al, 2007). As auxinas são hormônios que apresentam capacidade de induzir a elongação celular nos vegetais (CHITARRA; CHITARRA, 2005). O ácido indol-3-acético (AIA) é a forma prevalente natural e atua promovendo o crescimento das raízes e a proliferação de pelos radiculares, trazendo benefícios como a melhora da absorção de nutrientes e água do solo e, consequentemente, estimular o crescimento da planta (CABALLEROMELLADO, 2006). Os mecanismos de biossíntese e regulação do AIA ainda não foram totalmente descoberto, sabe-se que ele é derivado do triptofano e pode ser transportado tanto por mecanismo polar ativo, como de forma não-polar passiva (CHITARRA; CHITARRA, 2005). A via mais conhecida envolve três passos, onde, primeiro, o triptofano é desaminado do ácido indol-3-pirúvico, seguido pela descarboxilação de IPA (Ácido indol 3-pirúvico) para indol-3-acetaldeído, finalmente a AIA. O Indol-3-acetaldeido é um intermediário chave em duas vias suplementares da biossíntese de IAA e pode ser gerado diretamente a partir de triptofano ou após a conversão do triptofano em triptamina (ZHAO et al, 2002). A produção de AIA por fungos tem sido reportada, evidenciando a capacidade de fungos em sintetizar AIA na rizosfera de plantas, podendo proporcionar o desenvolvimento radicular (OLIVEIRA, 2012). Dependendo da informação desejada a quantidade e/ou a identificação de auxinas em amostras biológicas podem ser detectadas por bioensaios, espectrometria de massa ou ELISA (TAIZ; ZEIGER, 2009). O reagente de Salkowsky tem sido largamente utilizado na detecção do AIA produzido por 60 microrganismos, devido à sua facilidade, rapidez, sensibilidade e custo (STEENHOUDT; VANDERLEYDEN, 2000). A coloração rosa do teste em amostras positivas para produção do AIA é obtida através do contato do reagente de Salkowski com o AIA, desencadeando uma reação oxidativa de compostos indólicos por sais férricos (MARCHIORO, 2005). Os solos do Cerrado são naturalmente ácidos pela constituição do material de origem e pelo elevado processo de intemperismo, normalmente apresentam baixos teores de cátions básicos, além da acentuada deficiência de cálcio, magnésio e fósforo e a elevada concentração de alumínio que constituem inicialmente a maior limitação para seu cultivo, sendo necessário a aplicação de corretivos e fertilizantes (SILVEIRA et al., 2000; FAGERIA, 2001). O fósforo de solos com pH próximos à neutralidade ou ligeiramente alcalinos como alguns do semiárido brasileiro, pode estar ligado, em grande parte, ao cálcio formando compostos susceptíveis à solubilização por uma série de microrganismos rizosféricos que produzem acidez (SOUCHIE et al, 2007). O P no solo está estreitamente relacionada com as partículas do solo e relativamente disponível para as plantas. Assim, a quantidade de P no solo pode ser relativamente grande, mas apenas uma pequena parte está disponível para as plantas. Em consequência, grandes doses de fertilizantes fosfatados são aplicados para obter altos rendimentos de produção (FERREIRA et al, 2009). Dessa forma, a inoculação de microrganismos benéficos em plantas tem sido empregada para melhorar seu desenvolvimento, entre esses, fungos e bactérias tem mostrado desempenho satisfatório na disponibilização desse nutriente (CARAVACA et al., 2002; FERREIRA, 2009). Diante do baixo nível de fósforo e baixa fertilidade dos solos do Cerrado tocantinense, o presente estudo objetivou selecionar fungos endofíticos isolados de folhas de Jatropha curcas L. e Corymbia citriodora quanto ao seu potencial de solubilização de fosfato e capacidade de sintetizar AIA in vitro. 61 2. METODOLOGIA 2.1 Seleção das estipes com potencial para produção de AIA Foi realizada uma triagem entre os 15 isolados previamente isolados das folhas de Jatropha curcas e Corymbia citriodora para seleção dos microrganismos com potencial para produção de AIA. Para isso, foi seguido a metodologia de Santos et al (2008b) com modificações, onde os isolados foram inoculados em meio BD, obtido do caldo de 200g de batata, 20 g de dextrose em 1L de água destilda, acrescido de 0,489 mM de L-triptofano, 120 r.p.m em temperatura ambiente, ao abrigo da luz. Após 168 horas de crescimento as amostras foram avaliadas quanto a produção de AIA para seleção das amostras potenciais. 2.2 Produção de ácido indolacético Os 8 isolados com potencial para produção de AIA foram inoculados em meio Batata Dextrose com L-triptofano na concentração de 0,489 mM e sem Ltriptofano, para isso 5 discos com micélio dos fungos crescido por 7 dias foram inoculados no meio, os frascos foram colocados em uma mesa agitadora ao abrigo da luz, sob agitação de 120 r.p.m. Alíquotas de cada amostra foram coletadas nos períodos de 24h, 48h, 96h, 120h e 168h para avaliação da produção de AIA, onde cada amostra foi centrifugada a 10000 rpm por 10 min. Foi adicionado na proporção 1:1 o reagente de salkovski (1 ml de FeCl3 . 6 H2O a 0,5M em 50 ml de HClO4.a 35%) (GORDON; WEBER, 1951) para a análise colorimétrica da produção de AIA. As amostras foram submetidas a um agitador de tubos tipo vortex e mantidas no escuro por 25 minutos para a determinação da produção de AIA em espectrofotômetro com comprimento de onde de 530 nm, onde os valores foram comparados com a linha de regressão da curva (GRAVEL et al, 2007). O experimento foi conduzido em 3 repetições para cada amostra. Os resultados obtidos foram dispostos em gráficos de médias com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%. 62 2.3 Curva de calibração AIA Para confecção da curva padrão (Figura 1) utilizou-se uma solução padrão na proporção de 2 µg.ml-1 de AIA em água destilada dispostas nas seguintes concentrações (Tabela 1) segundo a metodologia usada por Santos et al (2008b) com modificações: Tabela 1. Curva de calibração para o AIA Quantidade (µg) AIA (µL) Água destilada (µL) Reagente (µL) Volume final (µL) 0 0 1000 2000 3000 20 10 990 2000 3000 40 20 980 2000 3000 60 30 970 2000 3000 80 40 960 2000 3000 100 50 950 2000 3000 120 60 940 2000 3000 160 80 920 2000 3000 200 100 900 2000 3000 Figura 1. Curva padrão do AIA 2.4 Solubilização de fosfato de cálcio Todos os 15 isolados foram submetidos ao teste de solubilização de fosfato de cálcio. Para isso foi utilizado o meio de cultura desenvolvido por Sylvester-Bradley et al. (1982), composto por 10 g de glicose, 2 g de extrato de levedura e 18 g de ágar por litro. Separadamente foram preparadas duas 63 soluções denominadas A (com 5 g de K2HPO4em 50 mL de água) e B (com 10 g de CaCl2 em 100 mL de água). Essas soluções foram acrescentada ao meio de cultura após autoclavagem para a formação do fosfato de cálcio precipitado. Em seguida, ajustou-se o pH para 4,5 e 6,5. Os isolados fúngicos, crescido em meio BDA (Ágar Batata Dextrose) por 7 dias, foram repicados para o meio de solubilização com auxilio de uma alça de inoculação retirando-se uma pequena porção do isolado, realizado um leve toque no meio. O diâmetro do halo de solubilização, caracterizado pela área translúcida em torno da colônia, foi medido a cada 24 horas, utilizando-se um paquímetro, até que a colônia fúngica tomasse toda a placa. A partir dessas medidas, foram obtidos os Índices de Solubilização (IS), para cada isolado, utilizando a seguinte formula (BERRAQUERO et al., 1976): 𝐼𝑆 = Diâmetro do halo de solubilização 𝐷𝑖â𝑚𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑙ô𝑛𝑖𝑎 De acordo com os índices, os isolados foram classificados quanto a capacidade de solubilização em baixa (IS<2), média (2≤IS<4) e alta (IS>4). 64 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Produção de ácido indolacético Entres os isolados analisados foram selecionados 8 com potencial para produção de AIA, sendo eles: UFT.E 2.2, UFT.E 3.1, UFT.P 2.6.2, UFT.P 1.6, UFT.P 3.1.2, UFT.P5.13, UFT.P 1.5.3 e UFT.P. 3.2. As equações ŷ=0,0204*x+0,0037 (R² 0,9963) e ŷ =0,0222*x-0,2011 (R² 0,9956) foram obtidas a partir da curva de calibração. Foi necessário a produção de duas curvas devido a produção de novo reagente de Salkowski. Determinou-se então, a concentração de hormônio produzido por cada isolado, observando-se a produção de AIA nas amostras UFT.E 2.2, UFT.P 1.5.3, UFT.P 1.6, UFT.P 5,13 e UFT.P 3.1. Apesar das amostras UFT.P 3.1.2 e UFT.P 3.2 demonstrarem concentrações expressivas de AIA, a coloração obtida após reação com reagente de Salkowski não apresentava as características descritas na literatura, onde segundo Marchioro (2005) a reação de uma solução de AIA com o reagente de Salkowski resulta coloração amarelada para o teste negativo e rosa avermelhado para o teste positivo. As amostras desenvolveram uma coloração verde escuro, originada do próprio fungo, que em condições normais de crescimento desenvolve essa coloração no micélio e nos metabólitos lançados no meio. Os isolados UFT.P 1.5.3 e UFT.P 1.6 produziram grandes concentrações de AIA no meio suplementado com L-triptofano a partir do primeiro dia de avaliação (24 horas de crescimento), com médias de 13,28 µg.ml-1 e 44,61 µg.ml1, respectivamente (Figura 2). Além disso, os isolados mostraram-se hábeis na produção do hormônio em todas os períodos de avalição apresentando picos de produção com 48 horas de crescimento para o isolado UFT.P 1.6 (média de 73,26 µg.ml-1) e com 120 horas de crescimento para o isolado UFT.P 1.5.3 (média de 57 µg.ml -1). 65 Figura 2. Produção de AIA na presença e ausência de L-triptofano, expressa como média com uma barra de erro que representa o intervalo de confiança a 95%. Alguns trabalhos relatam a capacidade de síntese de AIA por microrganismos, onde Assumpção et al (2009), obteveram a produção de 34,9 µg.ml-1 de AIA por uma bactéria endofítica isolada de semente de soja utilizando reagente de salkowsk. Oliveira et al (2012) revelaram o potencial de fungos do gênero Trichoderma spp. em sintetizar AIA, obtendo média de concentração de 18,7 µg.ml-1 em meio BD da amostra Tr-SMb. Não se sabe qual concentração de substâncias indólicas produzidas pelos microrganismos seria eficiente nas plantas (FERNANDES, 2012). Entretanto, altas concentrações de moléculas com atividade auxinicas como o ácido 2-metil, 4-cloro fenoxiacético (AMCP) e o ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético (2,4,5-T) possuem propriedade herbicida (MARCHIORO, 2005), destacando a importância do conhecimento de concentrações necessárias para promoção de crescimento das plantas. Segundo Machado et al (2006) esses compostos, em grandes quantidades, provocam alterações no metabolismo dos ácidos nucleicos, aumento da atividade enzimática e destruição do floema, gerando alongamento, turgescência e rompimento celular. Araújo e Guerreiro (2010) isolaram bactérias de amostras de solo para avaliar o efeito de sua inoculação 66 em milho onde observaram que maioria dos isolados que promoveram crescimento do milho não estão entre os maiores produtores de AIA em laboratório. Patten e Glick (1996) explicam que a adição de AIA microbiano pode alterar a auxina endógena para nível ótimo ou acima do ótimo, resultando na indução ou inibição do crescimento da planta. Microrganismos usam AIA para interagir com as plantas, como parte de estratégia de colonização, incluindo fitoestimulação e evasão dos mecanismos de defesa da planta (SPAEPEN et al, 2007). Os fungos que apresentaram habilidade de produzir esse hormônio (UFT.P 1.5.2 e UFT.P 1.6) (figura 3) foram isolados da folha adulta da planta Jatropha curcas. Figura 3. A seta indica presença de AIA revelada pelo reagente de salkowski na amostra UFT.P 1.5.2 após 168 horas de crescimento do fungo. Na ausência do L-triptofano a síntese de AIA (Figura 2) apresentou diferentes concentrações entre o isolados, onde a amostra UFT.P 1.6 obteve a maior média alcançando a concentração de 10,39 µg.ml-1 com 96 horas de crescimento. Os fungos UFT.P 3.1.2 e UFT.P 3.2 apesar de apresentarem médias de até 16,74 µg.ml-1, não demonstraram capacidade de produção de AIA durante as avaliações, tais resultados foram obtidos devido a produção de metabólitos de coloração verde lançado no meio de cultura. Ainda que as amostras UFT.P 1.5.2 e UFT.P 1.6 tenham obtido baixas concentrações de ácido indolacético na ausência do indutor, observa-se que as mesmas foram as únicas a produzirem o hormônio. O aminoácido L-triptofano é, preferencialmente, utilizado pelos microrganismos como precursor na produção de AIA (PATTEN; GLICK, 1996), assim comparando a produção do fitohormônio pelas linhagens 67 UFT.P 1.5.3 e UFT.P 1.6, na presença e ausência desse aminoácido no meio de cultura, foi observado que esses isolados apresentaram um aumento na média de produção de 37,09 µg.ml-1 e 53,94 µg.ml-1, respectivamente. 3.2 Solubilização de Fosfato de Cálcio Nenhum dos 15 isolados demostraram capacidade de solubilizar fosfato de cálcio através da metodologia utilizada tanto com pH 4,5 quanto 6,5. A solubilização de fosfato pode ser avaliada por diversas metodologias onde diferentes fontes de fosfato podem ser utilizadas. Exemplos de métodos e meios utilizados para avaliar a capacidade de microrganismos em solubilizar fosfatos estão relatados em trabalhos como o de Sperber (1958), Nautiyal (1999) e Sylvester-Bradley et al. (1982). Souchie et al (2007), avaliaram a habilidade de microrganismos rizosféricos em solubilizar fosfato em seis meios diferente, onde algumas linhagens de bactérias não apresentaram capacidade de solubilizar fosfato em meio com Araxá enquanto conseguiam nos outros meios. Os autores verificaram que, provavelmente, os íons fosfato estavam complexados em uma forma mais cristalina no fosfato de Araxá tornando a sua solubilização mais difícil que a de CaHPO4 formado artificialmente no meio sólido. O P contido no material de origem do solo encontra-se totalmente na forma mineral, predominando os fosfatos de cálcio (RHEINHEIMER; ANGHINONI, 2001), tal fato encorajou a utilização de CaHPO4 para investigação de fungos solubilizadores de fosfato nesse trabalho. 4. CONCLUSÕES Os isolados UFT.P 1.5.2 e UFT.P 1.6 foram capazes de sintetizar AIA na presença e na ausência de triptofano. Na presença de triptofano esses isolados tiveram picos de produção de 57 e 73, 26 µg.ml-1 Os isolados não apresentaram capacidade de solubilização de fosfato. 68 69 CONCLUSÃO GERAL Os óleos essenciais de Siparuna guianensis e Eucalyptus globulus mostraram atividade antifúngica contra os fitopatógenos. As associações desses óleos também mostraram capacidade de inibir o crescimento micelial desses microorganismos. Entre os fungos endofíticos isolados da folha de Jatropha curcas e Corymbia citriodora, três foram capazes de controlar o crescimento dos fungos Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii, in vitro, mas os metabólitos lançados no meio não apresentaram atividade antifúngica. Dos fungos isolados, dois isolados endofíticos foram capazes de sintetizar hormônios indólicos, no entanto nenhum foi capaz de solubilizar fosfato, através da metodologia testada. Futuros trabalhos devem ser realizados para melhor avaliação da atividade antifúngica dos óleos utilizados, além de estudos que avaliem o desempenho dos mesmos em campo estabelecendo concentrações, veículos e condições necessários para o a atividade antimicrobiana. Quanto à atividade antifúngica demonstrada pelos fungos endofíticos, sugere-se a utilização de outras metodologias na investigação da atividade antimicrobiana dos metabólitos lançados no meio de cultura, além de testes de patogenicidade e a avaliação da capacidade de microparasitismos desses isolados. Para os isolados que não demonstraram capacidade soluilizadora de fostato, a avaliação por outras metodologias pode ser indicada, uma vez que a complexidade das moléculas de fosfato do meio podem influenciar na capacidade soluilizadora dos microrganismos. 70 REFERÊNCIAS AKBAR, E.; YAAKOB, Z.; KAMARUDIN, S.K; ISMAIL, M.; SALIMON, J. 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