DOC - Senado Federal

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REQUERIMENTO Nº
, DE 2009
Requeiro, nos termos regimentais, seja apresentado pelo
Senado Federal, voto de pesar pelo falecimento do radialista e exDeputado Raul Brunini, do Rio de Janeiro, apresentando condolências à
família.
JUSTIFICAÇÃO
O Estado de Rio de Janeiro está de luto com a perda de
Raul Brunini, homem público que honrou o povo do meu estado nas
funções que ocupou.
Raul Brunini Filho nasceu em Rio Claro, no interior de São
Paulo, no dia 18 de fevereiro de 1919, filho de Raul Brunini e de Alice
Brunini, foi locutor da Rádio Clube de Rio Claro e da Rádio Clube de
Marília (SP), antes de vencer o concurso para locutores da Rádio Tupi do
Rio de Janeiro, em 1941. Entre 1942 e 1945, participou de programas
destinados à recreação das tropas brasileiras enviadas à Itália na
Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro locutor a utilizar a reportagem
radiofônica direta quando cobriu, ao lado de Ari Barroso, o incêndio que
destruiu o edifício Parc-Royal, no Rio de Janeiro. Graças ao rádio
aproximou-se do cenário político, tendo sido o introdutor de debates
radiofônicos e o primeiro a transmitir discursos parlamentares através do
programa Parlamento em Ação, levado ao ar pela Rádio Globo do Rio de
Janeiro entre 1950 e 1958.
Convidado por Carlos Lacerda a filiar-se à União
Democrática Nacional, em 1954 foi o candidato eleito com maior votação
para a Câmara de Vereadores do Distrito Federal; reelegeu-se em 1958,
obtendo outra vez a maior votação. Em 1960, elegeu-se deputado à
Assembléia Constituinte no novo estado da Guanabara, reelegendo-se
deputado estadual em 1962. Era o Presidente da Assembleia Legislativa
do Estado da Guanabara em 1964, quando começou o regime militar no
Brasil. Afastou-se do mandato em abril de 1964, para assumir o cargo de
secretário de Estado sem pasta do governo de Carlos Lacerda. Retornou
no ano seguinte à Assembléia Legislativa para ali assumir a liderança da
bancada governista.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2, de 27 de outubro de 1965, filiou-se ao Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instalado no
Brasil em abril de 1964, por cuja legenda elegeu-se deputado federal
pela Guanabara, em novembro de 1966. Em 16 de janeiro de 1969, teve
seu mandato de deputado federal cassado e seus direitos políticos
suspensos por dez anos com base no Ato Institucional nº 5, baixado em
13 de dezembro do ano anterior.
Ao readquirir seus direitos políticos em 1979, voltou ao
MDB juntamente com outros ex-deputados ligados a Carlos Lacerda,
cassados em 1969. Entretanto, com a extinção do bipartidarismo em 29
de novembro desse ano e a conseqüente reformulação partidária,
acabou por não se filiar a nenhuma das novas agremiações formadas a
seguir.
Apresento hoje um requerimento para que o Senado
Federal possa expressar, em meu nome e de todos os demais
senadores, os nossos sinceros sentimentos de pesar pela morte desse
grande político, que fez história nos tempos difíceis em nosso país.
À esposa Neusa Alves Brunini, ao seu filho e aos demais
familiares a nossa solidariedade por esse momento de profunda tristeza.
Sala das Sessões,
Senador PAULO DUQUE
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