ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. NOME DO MEDICAMENTO MAXALT 5 mg Comprimidos MAXALT 10 mg Comprimidos 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA MAXALT 5 mg comprimidos Cada comprimido contém 7,265 mg de benzoato de rizatriptano (correspondendo a 5 mg de rizatriptano). Excipiente(s) com efeito conhecido: 30,25 mg de lactose mono-hidratada no comprimido de 5 mg. MAXALT 10 mg comprimidos Cada comprimido contém 14,53 mg de benzoato de rizatriptano (correspondendo a 10 mg de rizatriptano). Excipiente(s) com efeito conhecido: 60,5 mg de lactose mono-hidratada no comprimido de 10 mg. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido MAXALT 5 mg comprimidos Os comprimidos de 5 mg são cor-de-rosa pálido, em forma de cápsula, com a gravação MSD de um lado e 266 no outro. MAXALT 10 mg comprimidos Os comprimidos de 10 mg são cor-de-rosa pálido, em forma de cápsula, com a gravação MAXALT de um lado e MSD 267 no outro. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento agudo da fase de cefaleia das crises de enxaqueca, com ou sem aura, em adultos. 4.2 Posologia e modo de administração Modo de administração MAXALT não deve ser usado profilaticamente. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com líquido. Efeito dos alimentos: A absorção do rizatriptano é atrasada em, aproximadamente, uma hora quando administrado com os alimentos. Assim, o início do efeito pode ser atrasado quando o rizatriptano é administrado no pós-prandial (ver também Propriedades farmacocinéticas, Absorção). MAXALT encontra-se também disponível na forma de liofilizado oral. Posologia Adultos com 18 ou mais anos de idade A dose recomendada é 10 mg. Repetição da dose: As doses devem respeitar um intervalo mínimo de 2 horas; não devem tomar-se mais do que 2 doses num período de 24 horas. para recorrência da cefaleia dentro de 24 horas: se a cefaleia voltar depois do alívio da crise inicial, pode tomar-se mais uma dose. Devem respeitar-se os limites indicados acima. depois de falência de efeito: a eficácia duma segunda dose para tratamento da mesma crise, depois de não ter sido eficaz a primeira dose, não foi avaliada em estudos controlados. Assim, se um doente não responder ao tratamento com a primeira dose, não deverá tomar uma segunda dose para a mesma crise. Os estudos clínicos mostraram que os doentes que não respondem ao tratamento de uma crise podem vir a responder ao tratamento de crises subsequentes. Alguns doentes devem receber a dose mais baixa (5 mg) de MAXALT, em especial os seguintes grupos de doentes: doentes sob propranolol. A administração de rizatriptano deve ser intervalada de pelo menos 2 horas da administração de propranolol (ver secção 4.5). doentes com insuficiência renal ligeira ou moderada doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada. As doses devem ser espaçadas pelo menos 2 horas; não devem ser tomadas mais do que 2 doses no período de 24 horas. População pediátrica Crianças e Adolescentes (idade inferior a 18 anos) A segurança e a eficácia de MAXALT em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos não foram ainda estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis encontram-se descritos nas secções 5.1 e 5.2, mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica. População idosa Não foi sistematicamente avaliada a segurança e eficácia do rizatriptano em doentes com mais de 65 anos. 4.3 Contraindicações Hipersensibilidade ao rizatriptano ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1. A administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (MAO) ou a utilização dentro das duas semanas que se seguem à interrupção da terapêutica com inibidores da MAO. (Ver secção 4.5). MAXALT está contraindicado em doentes com insuficiência hepática grave ou insuficiência renal grave. MAXALT está contraindicado em doentes com prévio acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente isquémico transitório (AIT). Hipertensão moderadamente grave ou grave, ou hipertensão moderada não controlada. Doença coronária estabelecida, incluindo doença isquémica cardíaca (angina pectoris, história de enfarte do miocárdio ou isquemia silenciosa documentada), sinais e sintomas de doença isquémica cardíaca ou angina de Prinzmetal. Doença vascular periférica. Uso concomitante de rizatriptano e ergotamina, derivados da cravagem do centeio (incluindo metisergida), ou outros agonistas dos recetores 5-HT1B/1D. (Ver secção 4.5). 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização MAXALT só deve ser administrado a doentes a quem tenha sido feito um diagnóstico seguro de enxaqueca. MAXALT não deve ser administrado a doentes com enxaqueca basilar ou hemiplégica. MAXALT não deve ser usado para tratar cefaleias “atípicas”, isto é, aquelas que podem ser sintomáticas de doenças potencialmente graves (p.ex., AVC, rotura de aneurisma) nas quais a vasoconstrição cerebrovascular pode ser lesiva. O rizatriptano pode estar associado a sintomas transitórios, incluindo dor torácica e dificuldade em respirar, os quais podem ser intensos e envolver a garganta (ver secção 4.8). Quando estes sintomas sugerirem doença isquémica cardíaca, não deverá ser administrada outra dose e deverá ser feita uma avaliação adequada. Tal como outros agonistas dos recetores 5-HT1B/1D, o rizatriptano não deve ser administrado, sem se proceder a uma avaliação prévia, a doentes que possam ter doença cardíaca não identificada ou a doentes em risco de doença coronária (D.C.) (p.ex., doentes com hipertensão, diabéticos, fumadores ou utilizadores de terapêutica de substituição de nicotina, homens com mais de 40 anos, mulheres pósmenopáusicas, doentes com bloqueio de ramo e os que têm história familiar consistente de D.C.). As avaliações cardíacas podem não identificar todos os doentes com doença cardíaca e, em casos muito raros, ocorreram eventos cardíacos graves em doentes sem doença cardiovascular subjacente, quando foram administrados agonistas 5-HT1. Àqueles em que se diagnostica D.C. não deve ser administrado MAXALT (ver secção 4.3). Os agonistas dos recetores 5-HT1B/1D foram associados a vasoespasmo coronário. Em casos raros, foram relatados enfarte ou isquemia do miocárdio com agonistas dos recetores 5-HT1B/1D, incluindo o MAXALT (ver secção 4.8). Não devem ser usados outros agonistas da 5-HT1B/1D (p.ex., o sumatriptano) concomitantemente com MAXALT (ver secção 4.5). Antes de tomar medicamentos do tipo da ergotamina (p.ex., ergotamina, di-hidro-ergotamina ou metisergide), é aconselhável esperar pelo menos 6 horas após a administração de rizatriptano. Rizatriptano deverá ser administrado pelo menos 24 horas após a administração de um medicamento contendo ergotamina. Embora não tenham sido observados efeitos vasospásticos aditivos, num estudo de farmacologia clínica realizado em 16 homens saudáveis que receberam rizatriptano por via oral e ergotamina por via parentérica, tais efeitos são teoricamente possíveis (ver secção 4.3). Foi notificada síndrome serotonínica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonómica e irregularidades neuromusculares) após tratamento concomitante de triptanos e inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) ou inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSN). Estas reações podem ser graves. Se o tratamento concomitante com rizatriptano e um ISRS ou IRSN for clinicamente justificado, é aconselhável uma observação apropriada do doente, especialmente no início do tratamento, com o aumento da dose, ou com a adição de outra medicação serotoninérgica. (Ver secção 4.5). Os efeitos indesejáveis podem ser mais frequentes durante a utilização concomitante de triptanos (agonistas da 5-HT1B/1D) e preparações de plantas medicinais que contenham erva hipericão (Hypericum perforatum). Em doentes tratados com triptanos, entre os quais o rizatriptano, pode ocorrer angiedema (p.ex., edema facial, tumefação da língua e edema da faringe). Se ocorrer angiedema da língua ou da faringe, o doente deve ficar sob vigilância médica até à resolução dos sintomas. O tratamento deve ser rapidamente suspenso e substituído por um fármaco pertencente a outra classe terapêutica. A quantidade de lactose mono-hidratada por comprimido é a seguinte: 30,25 mg no comprimido de 5 mg e 60,5 mg no comprimido de 10 mg. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência na lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento. Deve considerar-se uma potencial ocorrência de interação quando o rizatriptano é administrado a doentes que estão a tomar substratos CYP 2D6. (Ver secção 4.5). Cefaleia por uso excessivo de medicamentos A utilização prolongada de qualquer analgésico poderá agravar as cefaleias. Se se verificar ou suspeitar desta situação deverá obter-se aconselhamento médico e o tratamento deve ser interrompido. Nos doentes com cefaleias frequentes ou diárias apesar da (ou devido à) utilização regular de medicamentos para as cefaleias deve considerar-se o diagnóstico de cefaleia por uso excessivo de medicamentos. 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação Ergotamina, derivados da cravagem do centeio (incluindo metisergida), ou outros agonistas dos recetores 5-HT1B/1D: Devido a um efeito aditivo, a utilização concomitante de rizatriptano e ergotamina, derivados da cravagem do centeio (incluindo metisergida), ou outros agonistas dos recetores 5-HT1B/1D (p.ex., sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano) aumenta o risco de vasoconstrição coronária e efeitos hipertensivos. Esta associação está contraindicada. (Ver secção 4.3). Inibidores da monoaminoxidase: O rizatriptano é principalmente metabolizado pela via do subtipo A monoaminoxidase (MAO-A). As concentrações plasmáticas de rizatriptano e do seu metabolito ativo N-monodesmetil foram aumentadas pela administração concomitante de um inibidor seletivo e reversível da MAO-A. Esperam-se efeitos análogos ou superiores com inibidores não seletivos, reversíveis (p.ex., linezolida) e irreversíveis da MAO. Devido a um risco de vasoconstrição coronária e episódios hipertensivos, a administração de MAXALT a doentes que tomam inibidores da MAO está contraindicada. (Ver secção 4.3). Bloqueadores-beta: As concentrações plasmáticas de rizatriptano podem ser aumentadas pela administração concomitante de propranolol. Este aumento é muito provavelmente devido à interação entre os dois fármacos no metabolismo de primeira passagem, uma vez que a MAO-A desempenha um papel nos metabolismos, quer do rizatriptano, quer do propranolol. Esta interação leva a aumentos médios de 70-80 % da AUC e da Cmax. Em doentes a tomar propranolol deve usar-se a dose de 5 mg de MAXALT. (Ver secção 4.2). Num estudo de interação medicamentosa, o nadolol e o metoprolol não alteraram as concentrações plasmáticas do rizatriptano. Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS's) /Inibidores da Recaptação da Serotonina e Noradrenalina (IRSN’s) e Síndrome Serotonínica: Foram notificadas descrições de doentes com sintomas compatíveis com a síndrome serotonínica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonómica e irregularidades neuromusculares) após a utilização de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS's) ou inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN's) e triptanos. (Ver secção 4.4). Estudos in vitro indicam que o rizatriptano inibe o citocromo P450 2D6 (CYP 2D6). Não se encontram disponíveis dados sobre a interação clínica. Deve considerar-se um potencial de interação quando o rizatriptano é administrado a doentes que estão a tomar substratos CYP 2D6. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Fertilidade Os efeitos na fertilidade humana não foram investigados. Os estudos em animais revelaram apenas efeitos mínimos na fertilidade em concentrações plasmáticas muito superiores às concentrações terapêuticas humanas (mais de 500 vezes). Gravidez A segurança do rizatriptano para utilização na gravidez humana não foi estabelecida. Os estudos em animais não indicaram efeitos prejudiciais em doses que excedem as terapêuticas, no que respeita ao desenvolvimento do embrião ou do feto no decurso da gestação, parto e desenvolvimento neonatal. Porque nem sempre os estudos animais de reprodução e desenvolvimento predizem a resposta humana, MAXALT só deve ser usado na gravidez se for necessário. Amamentação Os estudos em ratos revelam uma transferência muito elevada do rizatriptano para o leite. Foram observadas diminuições muito ligeiras, transitórias, nos pesos corporais das crias na fase de prédesmame, apenas quando a exposição sistémica da mãe foi bastante superior aos níveis de exposição máximos para a espécie humana. Não existem dados na espécie humana. Por isso, deve exercer-se precaução quando se administra rizatriptano a mulheres que estão a amamentar. A exposição dos lactentes deve ser minimizada evitando a amamentação no período de 24 horas após o tratamento. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Em alguns doentes, quer a enxaqueca, quer o tratamento com MAXALT podem causar sonolência. Também têm sido notificadas tonturas em alguns doentes a tomar MAXALT. Por isso, os doentes devem avaliar a sua capacidade para realizar tarefas complexas durante as crises de enxaqueca e após a administração de MAXALT. 4.8 Efeitos indesejáveis MAXALT (como formulação comprimido e liofilizado oral) foi avaliado em mais de 8630 doentes adultos, até um ano, em estudos clínicos controlados. Os efeitos adversos mais frequentes observados em estudos clínicos foram tonturas, sonolência e astenia/fadiga. Os seguintes efeitos adversos foram verificados nos estudos clínicos e/ou notificados na experiência pós-comercialização: Muito frequentes (≥1/10); Frequentes (≥1/100, <1/10); Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100); Raros (≥1/10.000, <1/1.000); Muito raros (1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Doenças do sistema imunitário: Raros: reação de hipersensibilidade, anafilaxia/reação anafilactoide. Perturbações do foro psiquiátrico: Frequentes: insónia. Pouco frequentes: desorientação, nervosismo. Doenças do sistema nervoso: Frequentes: tonturas, sonolência, parestesia, cefaleias, hipoestesia, diminuição da capacidade mental. Pouco frequentes: ataxia, vertigens, disgeusia/mau sabor, tremor, síncope. Desconhecido: convulsões, síndrome serotoninérgica. Afeções oculares: Pouco frequentes: visão turva. Cardiopatias: Frequentes: palpitações. Pouco frequentes: arritmia, anomalias no ECG, taquicardia. Raros: acidente vascular cerebral (a maioria destas reações adversas foi notificada em doentes com fatores de risco preditivos de doença arterial coronária), bradicardia. Desconhecido: isquemia ou enfarte do miocárdio (a maioria destas reações adversas foi notificada em doentes com fatores de risco preditivos de doença arterial coronária). Vasculopatias: Pouco frequentes: hipertensão, afrontamentos. Desconhecido: isquemia vascular periférica. Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Frequentes: desconforto faríngeo. Pouco frequentes: dispneia. Raros: respiração sibilante. Doenças gastrointestinais: Frequentes: náuseas, xerostomia, vómitos, diarreia, dispepsia. Pouco frequentes: sede. Desconhecido: colite isquémica. Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Frequentes: rubor. Pouco frequentes: prurido, urticária, angiedema (p.ex., edema facial, tumefação da língua, edema da faringe) (para o angiedema ver também a secção 4.4), erupção cutânea, sudação. Desconhecido: necrólise epidérmica tóxica. Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Frequentes: sensação de peso localizado, dor cervical, rigidez. Pouco frequentes: endurecimento local, fraqueza muscular, dor facial, mialgia. Perturbações gerais e alterações no local de administração: Frequentes: astenia/fadiga, dor abdominal ou torácica. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.: INFARMED, I.P. Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa Tel: +351 21 798 71 40 Fax: + 351 21 798 73 97 Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: [email protected] 4.9 Sobredosagem Rizatriptano, 40 mg (administrado quer em dose única, quer em duas doses com 2 horas de intervalo) foi geralmente bem tolerado por mais de 300 doentes adultos; tonturas e sonolência foram os efeitos adversos relacionados com o fármaco e mais comummente relatados. Num estudo de farmacologia clínica no qual 12 indivíduos adultos receberam rizatriptano em doses cumulativas totais de 80 mg (dadas no período de quatro horas), dois indivíduos sofreram síncope e/ou bradicardia. Um indivíduo, uma mulher de 29 anos, sofreu vómitos, bradicardia e tonturas que começaram 3 horas depois de ter tomado um total de 80 mg de rizatriptano (administrado em 2 horas). Observou-se um bloqueio auriculoventricular do terceiro grau que respondeu à atropina, uma hora depois do início dos outros sintomas. Um segundo indivíduo, um homem de 25 anos, sofreu tonturas episódicas, síncope, incontinência e assistolia de 5 segundos (no monitor do ECG) imediatamente a seguir a uma punção venosa que causou dor e foi feita duas horas depois do doente ter tomado um total de 80 mg de rizatriptano (administrado em quatro horas). Adicionalmente e com base na farmacologia do rizatriptano, podem ocorrer hipertensão ou sintomas cardiovasculares de outra natureza e mais graves após a sobredosagem. Deve ponderar-se o esvaziamento gastrointestinal (p.ex., lavagem gástrica seguida de carvão ativado) em doentes que se suspeite de terem feito uma sobredosagem de MAXALT. Deve manter-se monitorização clínica e eletrocardiográfica por um mínimo de 12 horas, ainda que não se tenham observado sintomas clínicos. Desconhece-se o efeito da hemodiálise ou diálise peritoneal nas concentrações séricas de rizatriptano. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: 2.11. – Sistema Nervoso Central. Medicamentos usados na enxaqueca, código ATC: N02C C04 Mecanismo de ação: Agonistas seletivos dos recetores da serotonina (5HT 1B/1D). O rizatriptano liga-se de forma seletiva com elevada afinidade aos recetores 5-HT1B e 5HT1D e possui pouco ou nenhum efeito ou atividade farmacológica nos 5-HT2, 5-HT3; alfa1, alfa2 ou beta adrenérgicos; dopaminérgicos D1, D2, histaminérgicos H1; muscarínicos; ou recetores benzodiazepínicos. A atividade terapêutica do rizatriptano no tratamento da cefaleia da enxaqueca pode ser atribuída aos seus efeitos agonistas nos recetores 5-HT1B e 5-HT1D nos vasos sanguíneos intracranianos e extracerebrais, que se pensa dilatarem durante uma crise de enxaqueca, e nos nervos sensoriais trigeminais que os inervam. A ativação destes recetores 5-HT1B e 5-HT1D pode conduzir a uma constrição dos vasos sanguíneos intracranianos responsáveis pela dor e à inibição da libertação dos neuropéptidos, que conduz à diminuição da inflamação nos tecidos sensitivos e à redução da transmissão do sinal de dor trigeminal central. Efeitos farmacodinâmicos Adultos A eficácia de MAXALT comprimidos no tratamento agudo das crises de enxaqueca foi determinada em quatro estudos multicêntricos controlados com placebo, que incluíram mais de 2.000 doentes que receberam 5 ou 10 mg de MAXALT por um período de tempo que se estendeu até um ano. O alívio da cefaleia foi patente 30 minutos após a administração, e as taxas de resposta (isto é, redução da dor da cefaleia moderada a grave, para dor ligeira ou ausência de dor), às 2 horas após o tratamento foram de 67 a 77 % com o comprimido de 10 mg, de 60 a 63 % com o comprimido de 5 mg, e de 23 a 40 % com o placebo. Embora os doentes que não responderam ao tratamento inicial não tenham voltado a tomar MAXALT para a mesma crise, verificou-se que podiam beneficiar de eficácia numa crise ulterior. MAXALT diminuiu a incapacidade funcional e aliviou as náuseas, fotofobia e fonofobia associadas às crises de enxaqueca. MAXALT é ainda eficaz no tratamento da enxaqueca associada ao período menstrual, isto é, a enxaqueca que ocorre nos três dias anteriores ou posteriores ao início da menstruação. População pediátrica A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de submissão dos resultados dos estudos com MAXALT comprimidos em todos os subgrupos da população pediátrica no tratamento da enxaqueca. Ver secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica. Adolescentes (12-17 anos de idade) A eficácia de MAXALT liofilizado oral em doentes pediátricos (12 a 17 anos de idade) foi avaliada num estudo multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com placebo, de grupo paralelo (n=570). À população de doentes foi requerido serem historicamente não respondedores à terapêutica com AINEs e com paracetamol. Doentes com qualificação de cefaleia da enxaqueca administraram inicialmente placebo ou rizatriptano no intervalo de 30 minutos após o início da mesma. Após 15 minutos da administração de placebo, os indivíduos que não responderam ao placebo, em seguida, trataram uma única crise de enxaqueca com placebo ou rizatriptano. Utilizando uma estratégia de dosagem baseada no peso corporal, doentes de 20 Kg a <40 Kg receberam 5 mg de rizatriptano e doentes ≥40 Kg receberam 10 mg de rizatriptano. Neste estudo populacional enriquecido, foi observada uma diferença de 9 % entre o tratamento com o ativo e o placebo para o endpoint primário de eficácia de ausência de dor (redução de dor moderada ou grave para ausência de dor) 2 horas após o tratamento (31 % sob rizatriptano vs. 22 % para o placebo (p=0,025)). Não houve diferença significativa para o endpoint secundário de alívio da dor (redução de dor moderada ou grave para dor ligeira ou ausência de dor). Crianças (6-11 anos de idade) A eficácia de MAXALT liofilizado oral foi também avaliada em doentes pediátricos dos 6 aos 11 anos de idade, no mesmo ensaio clínico agudo controlado com placebo (n=200). A diferença na percentagem de doentes que atingiram a ausência de dor nas duas horas após o tratamento não foi estatisticamente significativa em doentes que receberam MAXALT liofilizado oral 5 e 10 mg, quando comparado com aqueles que receberam placebo (39,8 % vs. 30,4 %, p=0,269). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção O rizatriptano é rápido e completamente absorvido após administração oral. A biodisponibilidade oral média do comprimido é aproximadamente de 40 a 45 % e o pico médio das concentrações plasmáticas (Cmax) é atingido em cerca de 1-1,5 horas (Tmax). A administração oral da dose de um comprimido com uma refeição de alto conteúdo lipídico não teve efeito na quantidade de absorção de rizatriptano, embora o tempo de absorção tivesse sido atrasado aproximadamente uma hora. Efeito dos alimentos: Não foi estudado o efeito dos alimentos na absorção do rizatriptano a partir do liofilizado oral. Para os comprimidos de rizatriptano, a Tmax foi atrasada aproximadamente uma hora quando os comprimidos são administrados no pós-prandial. Pode ocorrer um atraso adicional na absorção do rizatriptano quando o liofilizado oral é administrado após as refeições (ver secção 4.2). Distribuição O rizatriptano liga-se minimamente às proteínas plasmáticas (14 %). O volume de distribuição é aproximadamente de 140 litros nos indivíduos do sexo masculino e de 110 litros nos do sexo feminino. Biotransformação O metabolismo do rizatriptano faz-se primariamente por via de desaminação oxidativa pela monoaminoxidase A (MAO-A), até ao metabolito ácido indol-acético que não é farmacologicamente ativo. Em menor grau, forma-se o metabolito N-monodesmetil-rizatriptano, com atividade semelhante à do composto original a nível dos recetores 5HT1B/1D, mas a sua pequena produção não contribui de modo significativo para a ação farmacodinâmica do rizatriptano. As concentrações plasmáticas de Nmonodesmetil-rizatriptano são aproximadamente de 14 % das do fármaco original e a eliminação fazse a velocidade semelhante. Outros metabolitos menores incluem os compostos N-óxido, 6-hidroxi e o sulfato conjugado do metabolito 6-hidroxi. Nenhum destes metabolitos menores é farmacologicamente ativo. Após administração oral do rizatriptano marcado com 14C, o rizatriptano corresponde a cerca de 17 % da radioatividade plasmática. Eliminação Após administração endovenosa, a AUC em homens aumenta proporcionalmente e em mulheres quase proporcionalmente à dose, numa variação posológica de 10 a 60 g/kg. Após administração oral, a AUC aumenta quase proporcionalmente à dose, sob variação posológica de 2,5 a 10 mg. A semivida plasmática do rizatriptano é de cerca de 2 a 3 horas, tanto em homens como em mulheres. A depuração plasmática do rizatriptano é da ordem dos 1000 a 1500 ml/min nos homens e dos 900 a 1100 ml/min nas mulheres; cerca de 20 a 30 % dessa depuração são feitos pelos rins. A seguir a uma dose oral de rizatriptano marcado com 14C cerca de 80 % da radioatividade é excretada na urina e da ordem dos 10 % nas fezes. Isto prova que os metabolitos são primariamente de eliminação renal. Em concordância com o metabolismo de primeira passagem, aproximadamente 14 % duma dose oral são excretados na urina na forma inalterada de rizatriptano, enquanto que 51 % são excretados como metabolito ácido indol-acético. Não mais do que 1 % são eliminados pela urina na forma de metabolito ativo N-monodesmetil. Administrando o rizatriptano no regime posológico máximo previsto, não ocorre acumulação plasmática, de dia para dia. Características em grupos de doentes Doentes com crise de enxaqueca: Uma crise de enxaqueca não afeta a farmacocinética do rizatriptano. Sexo: A AUC do rizatriptano (10 mg per os) é cerca de 25 % mais baixa em homens do que em mulheres, a Cmax é de 11 % menor e o Tmax ocorre aproximadamente ao mesmo tempo. Estas diferenças farmacocinéticas não têm significado clínico aparente. População idosa: As concentrações plasmáticas do rizatriptano observadas em idosos (65 a 77 anos) foram semelhantes às verificadas em adultos jovens. População pediátrica: Um estudo de farmacocinética de rizatriptano (na formulação liofilizado oral) foi realizado em doentes pediátricos dos 6 aos 17 anos de idade com enxaqueca. A média das exposições após uma administração única de rizatriptano liofilizado oral 5 mg a doentes pediátricos com peso corporal de 20-39 Kg ou de rizatriptano liofilizado oral 10 mg a doentes pediátricos com peso corporal ≥40 Kg foi respetivamente 15 % mais baixa e 17 % mais alta quando comparada com a exposição observada após a administração de uma dose única de rizatriptano liofilizado oral 10 mg a adultos. A relevância clínica destas diferenças não é clara. Compromisso hepático (grau 5-6 da escala de Child-Pugh): Após a administração oral em doentes com compromisso hepático provocado por cirrose alcoólica de grau ligeiro, as concentrações plasmáticas de rizatriptano foram análogas às observadas em jovens saudáveis e de ambos os sexos. Foi verificado um significativo aumento da AUC (50 %) e da Cmax (25 %) em doentes com compromisso hepático moderado (grau 7 da escala de Child-Pugh). Não foi estudada a farmacocinética em doentes acima do grau 7 da escala de Child-Pugh (compromisso hepático grave). Compromisso renal: Em doentes com compromisso renal (depuração da creatinina de 10 a 60 ml/min/1,73m2), a AUC do rizatriptano não foi significativamente diferente da de indivíduos saudáveis. Em doentes sob hemodiálise (depuração da creatinina <10 ml/min/1,73 m2), a AUC do rizatriptano foi aproximadamente 44 % maior que nos doentes com função renal normal. A concentração plasmática máxima de rizatriptano em doentes com todos os graus de compromisso renal foi idêntica à de pessoas saudáveis. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Dados pré-clínicos indicam não haver risco para o ser humano, com base em estudos de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico, toxicidade de reprodução e desenvolvimento, segurança farmacológica, e farmacocinética e metabolismo. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Lactose mono-hidratada, celulose microcristalina (E460a), amido pré-gelificado, óxido de ferro vermelho (E172) e estearato de magnésio (E572). 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 3 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 30C. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters de alumínio violáveis por compressão, com 2, 3, 6, 12 ou 18 comprimidos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Merck Sharp & Dohme, Lda. Quinta da Fonte Edifício Vasco da Gama, 19 Porto Salvo 2770-192 Paço de Arcos 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO N.º de registo: 4426789 - Embalagem de 2 comprimidos (5 mg) N.º de registo: 2715886 - Embalagem de 3 comprimidos (5 mg) N.º de registo: 2715985 - Embalagem de 6 comprimidos (5 mg) N.º de registo: 4426888 - Embalagem de 12 comprimidos (5 mg) N.º de registo: 4426987 - Embalagem de 18 comprimidos (5 mg) N.º de registo: 4427084 - Embalagem de 2 comprimidos (10 mg) N.º de registo: 2716082 - Embalagem de 3 comprimidos (10 mg) N.º de registo: 2716181 - Embalagem de 6 comprimidos (10 mg) N.º de registo: 4427183 - Embalagem de 12 comprimidos (10 mg) N.º de registo: 4427282 - Embalagem de 18 comprimidos (10 mg) 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 7 de julho de 1998 Data da última renovação: 27 de setembro de 2013 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 04/2014