“A China Parceira Estratégica de Portugal” debatida no ISEG

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ID: 63475666
02-03-2016
Tiragem: 10000
Pág: 20
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Quinzenal
Área: 21,56 x 26,07 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
“A China Parceira Estratégica
de Portugal” debatida no ISEG
O ISEG realizou, a 18 de fevereiro, a Conferência “A China Parceira Estratégica de Portugal”. O evento
assinalou, ainda, a realização do Protocolo de Cooperação entre o ChinaLogus e a AJEPC e o lançamento
do 3.º Curso de Língua Chinesa na Dinâmica de Negócios lecionado naquela instituição de ensino superior.
a China “nunca esquecer que
Portugal é uma porta de entrada para os países de língua
portuguesa”, acrescentou.
Fernanda Ilhéu lembrou que
“a China e o mundo são interdependentes” e nessa dinâmica,
o gigante asiático “desenvolve
bases de integração regional e
depois de integração global”.
Para a professora no ISEG e
coordenadora da ChinaLogus “a China é hoje a primeira
‘Joint Venture’ de povos num
objetivo de desenvolvimento
extraordinário na História”.
Fernanda Ilhéu explicou
que nesta fase da globalização
a China quer entrar na “inoA Importância da nova Rota da Seda do século XXI esteve em discussão no ISEG
vação” e para isso necessita de
“tecnologia, gestores à altura
Muito por causa da Poupan- e preparação”. E o caminho
ça Nacional Bruta (famílias, traçado é de “livre comércio”.
empresas e Estado) da China Curiosamente diz, porque “no
que continua “muito elevada”, passado a China fez o conna ordem dos 50% do PIB en- trário: protegeu-se e travou
quanto na Europa é de 20%, o a importação”. Agora, com a
Presidente do Conselho Geral iniciativa ‘Uma Faixa e Uma
e de Supervisão da EDP en- Rota’ vem liderar parcerias que
tende que esta vai ser aplicada assentam nesse livre comércio,
“externamente”, o que significa criando-se uma “network”,
uma “oportunidade para Por- uma forma dos países interA Conferência contou com um painel de 9 oradores
tugal”.
ligarem as suas “estratégias de
Henrique Ribeiro consi- desenvolvimento”. E tendo em
o intercâmbio entre as dife- exportações mundiais, acumu- derou que a parceria estraté- conta as declarações de responrentes ligações”. A Conselhei- lando saldos externos bastante gica global de Portugal com sáveis chineses, Fernanda Ilhéu
ra Económica e Comercial da positivos e reservas crescentes a China “é a génese de tudo não tem dúvidas: “Portugal esEmbaixada da China acredita que tem vindo aplicar”. E es- aquilo que estamos a viver”. tá oficialmente envolvido” na
que “Portugal situado no centro sas, além dos depósitos, “foram E explicou a aposta, pelo atual iniciativa.
da Rota Marítima do Atlântico aplicadas, a nível internacio- governo de Portugal, numa
Este evento contou ainda
pode vir a ter um papel impres- nal, no financiamento dos dé- secretaria de Estado da Inter- com a participação de Hélder
cindível na difusão do projeto”. fices das economias avançadas nacionalização como “forma Luz (Presidente da QuiznuSegundo Xu Weili “existe um através da compra de obriga- de evitar a tentação que todos mérico), Isabel Amaral (Esenorme potencial de coopera- ções”. Agora a China aplica os governos têm de pastorear pecialista e Consultora em
ção entre os dois países”.
o investimento direto a nível as empresas portuguesas e os Protocolo, Imagem CorporaPor seu lado, Eduardo Ca- global, incluindo em Portugal. seus projetos de internaciona- tiva e Comunicação Intercultroga identificou duas fases na “Passamos para uma fase em lização”, um erro do passado, tural), Fernando Costa Freire
recente história económica da que a acumulação de reservas garantiu. “Não compete aos (Presidente da EDELUC e
China: até 2013 e após 2013 continua a ser significativa”, governos dizer para onde é que Vice-Presidente da CCILC),
“com consequências nos flu- caminhando para outra que as empresas vão, mas criarem Luís Albergaria (Ex-aluno do
xos de investimento e finan- Eduardo Catroga considera condições para as empresas curso do ISEG em Língua e
ceiros a nível internacional”. “mais reprodutiva do ponto poderem decidir”, sustentou Cultura Chinesa na Dinâmica
Numa primeira fase “a China de vista da economia global: o Adjunto do Secretário de Empresarial) e Alberto Neto
transformou-se na fábrica do em aplicações de projetos de Estado para a Internacionali- (Presidente da AJEPC).
Paula Mourato
mundo, ganhando quotas nas infraestruturas e empresariais”. zação. No relacionamento com
Nadine martinho - DDT
O
ChinaLogus do ISEG e
a Associação de Jovens
Empresários Portugal
China – AJEPC – realizaram,
no dia 18 de fevereiro, a Conferência “ A China Parceira
Estratégica de Portugal”, que
contou com um painel de nove oradores no Auditório 2 do
ISEG, em Lisboa.
Foram vários os temas abordados na Conferência, entre
eles “As Relações Económicas
e Comerciais entre a China
e Portugal” pela Conselheira
Económica e Comercial da
Embaixada da República Popular da China, Xu Weili; “A
Importância do Investimento
Chinês em Portugal” pelo Presidente do Conselho Geral e
de Supervisão da EDP, Eduardo Catroga; “A Importância
da Parceria Estratégica com a
China para a Internacionalização das Empresas Portuguesas”
pelo Adjunto do Secretário de
Estado para a Internacionalização, Henrique Ribeiro; e “A
nova Rota da Seda e Oportunidades de Parcerias Futuras”
pela Coordenadora da ChinaLogus, Fernanda Ilhéu.
Xu Weili explicou que devido
ao abrandamento da economia
chinesa verificado nos últimos
anos “o governo chinês está a
promover ativamente reformas
para que o desenvolvimento
económico atinja um patamar
mais avançado”. A China “mantém a sua posição de maior país
de comércio do mundo e a sua
quota de mercado internacional cresceu”, acrescentou Xu
Weili. Recordando a iniciativa
chinesa de ‘Uma Faixa e Uma
Rota’ indicou que os objetivos
passam por dinamizar a Ásia
oriental e desenvolver a Europa, visando ainda “intensificar
a cooperação entre a Ásia e a
Europa promovendo a prosperidade na Rota dos países e
regiões envolvidas bem como
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