O imperativo da competitividade

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ID: 55847213
24-09-2014
O imperativo
da competitividade
Na passada segunda-feira a Comissão Europeia divulgou o relatório “Market Reforms at
Work in Italy, Spain, Portugal
and Greece”, onde se faz uma
análise de algumas reformas
feitas nestes países para dinaVítor
mizar a actividade económica e
Conceição
Gonçalves
a competitividade. O estudo é
Professor
interessante e apresenta resulCatedrático
tados que permitem concluir
de Gestão, ISEG
que o “intenso esforço de reforma começa por evidenciar alguns sinais de eficácia” nestes países, apesar dos
ritmos de ajustamento diferentes.
Para Portugal, as conclusões dão argumentos
tanto ao Governo como à oposição. Há “sinais encorajadores” que já são visíveis, apesar da “enorme destruição de postos de trabalho com os custos
económicos e sociais associados, a reestruturação
em curso está a criar a base para uma forte recuperação, se a produtividade continuar a aumentar”.
Isto é, as reformas estruturais têm de continuar a
ser feitas para tornar a economia mais competitiva. O que foi feito até agora não é suficiente.
A síntese de conjuntura do Índice ISEG para o
mês de Setembro, refere que em Portugal nos últimos anos o nível de actividade económica mais
baixo terá sido atingido no último trimestre de
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País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 14,32 x 12,06 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
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2012, após o que se iniciou uma lenta recuperação. No entanto, com a excepção do crescimento
registado no último trimestre de 2013, baseado na
procura interna e na procura externa líquida, o
crescimento posterior foi fraco e pouco estruturante, pois voltou a ser fundamentado na procura
interna e a ter contribuição negativa da procura
externa líquida. Tendo em conta evolução previsível da economia europeia, o contributo da procura externa não deverá melhorar no curto prazo.
O que torna cada vez mais premente o imperativo
da competitividade, pois uma economia mais
competitiva tende a crescer mais rapidamente ao
longo do tempo.
Como é sabido a competitividade de um país é
determinada por uma multiplicidade de factores.
No caso de Portugal, se se melhorar o contexto
institucional e a sofisticação das práticas de gestão das organizações, seguramente que a produtividade irá aumentar. E se a produtividade aumentar, a rendibilidade dos investimentos na
economia também irá aumentar o que irá influenciar decisivamente as taxas de crescimento.
Mas o imperativo da competitividade também
existe porque é necessário aumentar o padrão de
vida e a qualidade de vida da população residente
em Portugal. Ainda que a qualidade de vida das
pessoas dependa de factores (objectivos e subjectivos) que vão para além do crescimento económico, a evidência empírica tem vindo a demonstrar que existe uma correlação positiva entre ambos. Melhor saúde, educação, lazer, segurança e
ambiente natural tendem a estar associados a
economias mais competitivas. ■
ID: 55847213
24-09-2014
Tiragem: 13613
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Vítor Conceição Gonçalves
O imperativo da competitividade também
existe porque é necessário aumentar o padrão
de vida e a qualidade de vida da população
residente em Portugal. ➥ P24
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