Resumo de Aula: Lançamentos. Quadro 1: Equações do MUV. • Função da posição at 2 s = s0 + v0 t + 2 • Função da velocidade v = v 0 + at • Equação de Torricelli v 2 = v 02 + 2a∆s • Regra de Merton ∆s v 0 + v = 2 ∆t Quadro 2: O valor de “g” . O valor da aceleração média gravidade na Terra é de 9,87 m/s2. Mas este valor pode variar de acordo com a altitude e longitude do local. Na maioria dos problemas teóricos apresentados arredondamos o valor de g para 10m/s2 para simplificar os cálculos 1- Introdução O estudo dos lançamentos é uma aplicação do estudo do Movimento Uniforme e do Movimento Uniformemente Variado. Todas as equações utilizadas serão as destes movimentos. A maior diferença é que estaremos tratando de movimentos verticais, além dos horizontais. Para podermos descrever adequadamente este movimento Figura 1 utilizamos o plano xy (Figura 1) para orientarmos o movimento. Apesar de este sistema poder ser utilizado em qualquer situação, vamos, para simplificar alguns problemas, adotar o eixo vertical sendo positivo para baixo. Isto não faz diferença nenhuma para a física, pois estas orientações espaciais são arbitrárias. 2- Queda livre A queda livre é o estudo da queda dos corpos sob ação exclusiva da gravidade. Apesar de na prática isto não ocorrer de verdade1 (pois há sempre a resistência do ar), existem muitos casos onde o movimento pode ser aproximado por uma queda livre2. Figura 2 Quando um corpo é abandonado em queda livre ele possui aceleração constante g, e sua análise faz uso das equações do MUV. A diferença é a escolha da orientação do movimento. Neste caso a escolha mais simples é orientar o sinal de positivo para baixo. Nesta escolha tanto as velocidades quanto a aceleração serão positivas (pois apontam no mesmo sentido da orientação). O zero da trajetória é colocado no ponto onde o corpo é abandonado (veja a Figura 2). O valor de g normalmente é dado. Por simplificação é adotado, em geral, o valor de 10m/s2 (veja Quadro 2). 3- Lançamento Vertical Figura 3 Neste lançamento um corpo é disparado com uma velocidade inicial v0 na vertical para cima (Figura 3). A velocidade diminui por ação da gravidade até que o corpo pare no ponto mais alto da trajetória (v = 0). Em seguida ele começa a cair atingindo novamente o solo no ponto onde ele foi lançado. Se aplicarmos a equação de Torricelli na solução do problema podemos calcular o valor da altura h atingida em função da velocidade inicial. Observe: 1 2 Exceto no caso de experimentos controlados. Como no caso de corpos aerodinâmicos caindo de pequenas alturas. 1 www.plantaofisica.blogspot.com Quadro 3: Trigonometria. Considere um triângulo retângulo como o da figura a seguir. Define-se o seno do ângulo α como: senα = Esta altura é a mesma que será percorrida na queda, apenas devemos trocar o sinal. Então, usando novamente Torricelli. v 0 = 0 v 02 v 02 2 2 2 v = v 0 + 2a∆s ∆s = − ⇒ v = 0 + 2g ⇒ v 2 = v 02 2g 2g a = −g Ou seja, a velocidade com que o corpo retorna ao solo é, em módulo, a mesma com que ele partiu. Como conseqüência disto o tempo de subida será igual ao tempo de descida, e o tempo de permanência no ar (tempo de voo) será o dobro deste valor. c.o. hip Define-se o co-seno do ângulo α como: cosα = v = 0 v2 v 2 = v 02 + 2a∆s ∆s = h ⇒ 0 = v 02 − 2gh ⇒ h = 0 2g a = −g c.a. hip t↑ = t↓ e t voo = 2t ↑ 4- Lançamento horizontal Neste caso lançamos um objeto na direção horizontal de um ponto situado a uma altura h do solo, como alguém chutando uma bola do topo de um prédio. Após o lançamento o objeto mantém sua velocidade horizontal inicial v0x, mas passa a acelerar para baixo devido à ação da gravidade. Com resultado disto o corpo descreve uma trajetória parabólica como mostrada na Figura 4. O lançamento horizontal é um exemplo de composição de movimentos. Temos um MU na direção horizontal e um MUV na direção vertical. Os dois movimentos estão conectados pelo tempo. O tempo que o objeto leva para atingir o chão é o tempo que ele se move na horizontal (o que nos permite calcular o alcance). Figura 4 5- Projeção de vetores Antes de avançarmos precisamos aprender uma técnica conhecida com projeção de vetores. Considere inicialmente um vetor r v que faz um ângulo α com a horizontal. Podemos escrever este vetor como a soma de dois vetores perpendiculares entre si. Um vetor na direção do eixo x que chamaremos de r v x e outro na direção do eixo y, chamado Figura 5 2 www.plantaofisica.blogspot.com r de v y (observe a Figura 5). Se utilizarmos a trigonometria (veja quadro 3) podemos escrever: senα = cosα = r vx v vy v ⇒ v x = v.senα ⇒ v y = v.cosα r Os vetores v x e v y são chamados de projeções (ou componentes) do vetor r v . Na prática é muito mais fácil lidar com as projeções de um vetor do que o vetor em si. 6- Lançamento Obliquo. No lançamento obliquo o corpo é lançado com velocidade v0 com um ângulo a com a horizontal. O movimento descrito pelo corpo é um arco de parábola como o mostrado na Figura 6. Figura 6 Para a analisar o movimento nós o decompomos em dois movimentos: um no eixo x e outro y (Figura 7), determinando as componentes da velocidade nestes eixos como mostrado no item 5. Figura 7 No movimento horizontal temos um MU, pois, desprezando a resistência do ar, não há aceleração nesta direção. Como conseqüência disto a velocidade neste eixo será sempre v0x, inclusive no ponto mais alto da trajetória. Já na direção y o movimento resume-se a um lançamento vertical. Como no caso do lançamento horizontal os dois movimentos podem ser relacionados pelo tempo: o tempo que o corpo demora para subir até o ponto mais alto e descer até o nível do solo é o tempo que ele se move da direção horizontal (que determinará o alcance) É possível demonstrar que lançamentos com ângulos complementares possuem o mesmo alcance e que o ângulo de 45º fornece o alcance máximo. Veja mais sobre Física e Matemática no Site Plantão de Física - ΠΦ www.plantaofisica.blogspot.com 3