Neoplasias do Aparelho Digestivo As neoplasias do

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Neoplasias do Aparelho Digestivo
As neoplasias do aparelho digestivo são constituídas por tumores malignos que se originam
no esôfago, estômago, cólon, reto, canal anal, apêndice cecal, vesícula biliar/vias biliares, fígado e
pâncreas. Entenda um pouco mais sobre tumores de esôfago, estômago e cólon e reto:
NEOPLASIA DE ESTÔMAGO
O que é?
* O estômago é o órgão que vem logo após o esôfago, no trajeto do alimento dentro do aparelho
digestivo. Ele tem a função de armazenar por pequeno período os alimentos, para que possam
ser misturados ao suco gástrico e digeridos.
* O câncer de estômago (também denominado câncer gástrico) é a doença em que células
malignas surgem nos tecidos do estômago.
* Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos
histológicos: adenocarcinoma (mais frequente, responsável por 95% dos tumores), linfomas e
sarcomas.
Epidemiologia
* Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos.
* No Brasil, esses tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto
lugar entre as mulheres.
Fatores de
Fatores de risco
Risco/
* Dietas ricas em alimentos salgados, defumados, mal-conservados, pobre em frutas e verduras.
Prevenção
* Helicobacter pylory (aumenta em cerca de três vezes o risco).
* A maioria dos adenocarcinomas gástricos são esporádicos, ou seja, não têm evidência de
relação com hereditariedade ou síndromes genéticas de alto risco.
Prevenção:
* Seguir dieta balanceada, composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras,
desde a infância.
* Além disso, é importante o combate ao tabagismo.
Rastreamento
* O rastreamento do câncer gástrico não é recomendado de maneira rotineira no Brasil.
Sintomas
* Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, podem surgir sinais como: perda
de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas, desconforto
abdominal persistente e sangramentos. Esses sintomas podem indicar tanto uma doença benigna
(úlcera, gastrite, etc.) quanto maligna (tumor de estômago).
* Grande parte dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estágio avançado porque
não há sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais.
Diagnóstico
* O método mais eficiente é a endoscopia digestiva alta (EDA), que permite a avaliação visual da
lesão e a realização de biópsias.
* EDA: nesse exame, um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera é introduzida pela boca
e conduzida até o estômago. O exame é realizado sob sedação e com anestesia da garganta,
para diminuir o desconforto.
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NEOPLASIA DE CÓLON E RETO
O que é?
* O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso, o
cólon e o reto.
* Nos EUA, aproximadamente 70% dos tumores se originam no cólon, e 30% no reto.
Epidemiologia
* É o terceiro tumor mais frequente no mundo.
* No Brasil, esses tumores aparecem em quarto lugar na incidência entre homens e em
terceiro entre as mulheres.
Fatores de risco/
Fatores de risco
Prevenção
* Idade acima de 50 anos.
* História familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de
ovário, útero ou mama).
* Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn.
* Doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal
hereditário sem polipose (HNPCC).
* Fatores ambientais, a maioria relacionados à dieta (dieta calórica, rica em gordura animal
ou carnes vermelhas e pobre em fibras, frutas e verduras) está associada ao aumento de
risco. Baixo consumo de cálcio. Obesidade. Sedentarismo. Consumo de álcool.
* Alguns estudos epidemiológicos sugerem que o uso crônico de cálcio, anti- inflamatórios
não hormonais e estrógeno reduzem o risco de adenoma ou de câncer colorretal.
Prevenção
* Detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.
* Dieta saudável.
* Uso de aspirina.
Rastreamento
* O Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda que indivíduos com mais de 50 anos
sejam submetidos à pesquisa de sangue oculto nas fezes uma vez por ano, e que pessoas
com exame positivo sejam submetidas à colonoscopia.
* Para indivíduos com histórico familiar ou pessoal de câncer colorretal ou para portadores
de retocolite ulcerativa, doença de Crohn, FAP ou síndrome de Lynch, o INCA recomenda
procurar orientação médica.
Sintomas
* Mudança no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre).
* Desconforto abdominal com gases ou cólicas.
* Sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou
após
a
evacuação.
* Também pode ocorrer perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes de cor escura,
náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal.
* Diante desses sintomas, procure orientação médica. A presença deles pode significar ou
não câncer.
Diagnóstico
O diagnóstico requer biópsia (exame de fragmento de tecido retirado da lesão suspeita). A
retirada do fragmento é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).
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NEOPLASIA DE ESÔFAGO
O que é?
* O esôfago conduz alimentos da garganta para o estômago.
* Os tumores do esôfago se apresentam, predominantemente, na forma de dois tipos
histológicos: carcinoma epidermóide (se originam de células do tipo epitelial) e o
adenocarcinoma (originam-se de células glandulares).
Epidemiologia
* É o oitavo tumor mais frequente no mundo.
* No Brasil, esses tumores aparecem em sexto lugar na incidência entre homens e em nono
entre as mulheres.
* Mais frequente nos homens brancos, em idade mais avançada.
Fatores de risco/
Fatores de risco
Prevenção
* Grande parte destes tumores são considerados esporádicos (sem história familiar
ou evidência de síndromes genéticas de alto risco).
* Dieta pobre em frutas e verduras.
* Tabagismo e etilismo.
* Histórias de outros tumores como pulmão e cabeça/pescoço.
* Esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro
do esôfago) e doença do refluxo gastroesofágico.
* Outras doenças como: tilose (espessamento da pele nas palmas das mãos e na
planta dos pés), acalasia (falta de relaxamento do esfíncter entre o esôfago e o
estômago), esôfago de Barrett lesões cáusticas (queimaduras) no esôfago.
Prevenção
* É importante adotar dieta rica em frutas e legumes.
* Evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados,
bebidas alcoólicas e derivados do tabaco.
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Rastreamento
* O rastreamento do câncer de esôfago não é recomendado de maneira rotineira.
* Pessoas com fatores de risco para esta neoplasia devem procurar o seu médico
regularmente para revisão e avaliar a necessidade de realização de exames.
Sintomas
* Na fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. Porém, com a
progressão da doença, alguns sintomas podem surgir: dificuldade ou dor ao engolir,
dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito), dor torácica, sensação de
obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda do apetite e do peso.
Diagnóstico
* É feito através da endoscopia digestiva (com biópsia).
Obs.: biópsia é a retirada de um pequeno pedaço do local. O material retirado é
examinado por um médico patologista, que avalia se existem alterações e se estas
estão relacionadas a lesões malignas (câncer) ou benignas.
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