acao do peeling de acido salicilico no tratamento de - TCC On-line

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AÇÃO DO PEELING DE ÁCIDO SALICÍLICO NO TRATAMENTO DE ACNE
Mariana Cristina Jasinski1, Neiva Lubi2
1. Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do
Paraná (Curitiba, PR);
2. Farmacêutica e professora adjunta do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da
Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR);
Endereço para correspondência: Mariana Jasinski, [email protected]
RESUMO
A acne é uma dermatose multifatorial e estima-se que 80% da população sofre de
algum tipo de acne durante a vida, em ambos os sexos, e pode ser classificada em
cinco graus. Diversas pessoas com acne apresentam queda na qualidade de vida,
transtornos sociais e psicológicos. Tratamentos podem incluir medidas higiênicas e
profiláticas, prescrição de medicamentos orais ou tópicos, realização de cirurgia ou
tratamentos estéticos e alternativos. O uso de ácidos está se tornando um recurso
importante para o tratamento de diversas disfunções estéticas, dentre elas a acne.
Esse estudo tem como objetivo discutir sobre a acne e o seu tratamento com o peeling
de ácido salicílico. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com publicações entre os
anos de 2011 a 2014, por meio de livros e do site SCIELO para consulta, que
demonstrou que o peeling de ácido salicílico é um agente com resultados satisfatórios
por suas diversas propriedades devido ao fato de facilitar a penetração no folículo
pilosebáceo e reduzir a secreção sebácea, se tornando eficaz para pessoas com acne.
Palavras-chave: acne, peeling, fisiologia da pele, ácido salicílico.
ABSTRACT
Acne is a multifactorial skin disease and it is estimated that 80% of the population
suffers from some form of acne during life, in both sexes, and can be classified into five
grades. Several people with acne have lost quality of life, social and psychological
disorders. Treatments may include hygienic and prophylactic measures, prescription
oral medications or topical, surgery or aesthetic and alternative treatments. The use of
acids is becoming an important resource for the treatment of various aesthetic
disorders, among them the acne. This study aims to deepen the knowledge about acne
and its treatment with salicylic acid peeling. A literature search of publications between
the years 2011 to 2014 was carried out through books and SCIELO site for
consultation, which showed that salicylic acid peel is an agent with satisfactory results
for its various properties due to the fact facilitate penetration pilosebaceous follicle and
reduce sebum secretion, becoming effective for people with acne.
Keywords: acne, peeling, skin physiology, salicylic acid.
1
INTRODUÇÃO
A acne é uma disfunção do folículo com processo inflamatório ou não,
sendo mais frequentes em adolescentes principalmente do sexo masculino
devido à alta produção de hormônios. (KAWATA, Y; OLIVEIRA, G.G., 2011).
É caracterizada inicialmente pela presença de comedões e em estágios
mais avançados por pápulas, pústulas, nódulos e cicatrizes. Classifica-se em
cinco graus, sendo o primeiro não inflamatório, e os próximos apresentam
lesões inflamatórias progressivamente mais graves. (LIKES, J. AMARAL, F.
DEON, K, 2012).
O peeling químico é uma técnica que utiliza agentes químicos com
aplicação local para renovação da pele. Pode-se aplicar na face com lesões
provocadas pela acne, melasma, verrugas, entre outros (DALLABRIDA, R. J, et
al., 2012). Se caracteriza por uma esfoliação acelerada da pele induzida por
agentes cáusticos que provocam dano controlado. A profundidade da aplicação
depende
do
tipo
de
pele,
tratamentos
prévios,
local
anatômico,
desengorduramento, técnica de aplicação, agentes, entre outros. Assim, a
classificação mais aproximada divide os peelings em muito superficial (camada
granulosa e córnea), superficial (epiderme), médio (derme papilar) e profundo
(derme reticular) (BAGATIN, E., HASSUN, K., TALARICO, S., 2009).
O peeling de ácido salicílico é um processo muito superficial, tem efeitos
queratolíticos e comedolíticos, ideal para pessoas com acne. O ácido salicílico
é um betahidroxiácido, ou seja, possui uma hidroxila no segundo carbono após
o agrupamento carboxila (carbono beta), causa uma descamação na parte
superior das camadas do estrato córneo e ativa as células basais e os
fibroblastos. (LIKES, J. AMARAL, F. DEON, K; 2012).
O objetivo deste estudo é aprofundar os conhecimentos sobre a acne e
o seu tratamento com o peeling de ácido salicílico para a mesma.
2
Considerações da pele
Formada por camadas, a pele se divide em epiderme, derme e seus
anexos. A epiderme é a camada externa, composta por epitélio escamoso e
estratificado contendo cinco tipos de células, sendo elas: estrato córneo,
estrato lúcido, estrato granular, estrato espinhoso e camada basal. A epiderme
não é vascularizada. Sua passagem de nutrientes é feita por difusão da derme
para a epiderme (FONSECA, M. S. R.?).
A derme é formada por duas camadas de tecido conjuntivo – derme
papilar e derme reticular, que dão sustentação e suporte à epiderme. Também
aloja as raízes dos pelos, glândulas, terminações nervosas, vasos sanguíneos
e alguns tipos de células, sendo as maiores células os fibroblastos, fibras de
colágeno e elastina agrupadas em feixe. A derme reticular produz uma
substância gelatinosa fabricada pelos fibroblastos, também apresenta vasos
sanguíneos e linfáticos, glândulas sudoríparas e os folículos pilosebáceos
(FONSECA, M. S. R.?).
Acne
Acne é uma dermatose muito frequente que acomete aproximadamente
de 80% dos adolescentes. É uma doença multifatorial da unidade pilosebácea,
desencadeada pelos andrógenos, com aumento da secreção sebácea, levando
ao surgimento dos comedões e aumento da colonização bacteriana. Diversos
indivíduos com acnes apresentam prejuízo na sua qualidade de vida, perda de
autoestima, disfunções sociais e psicológicas (BAGATIN, E., LEÃO, C. S.,
HASSUN, K. M.?). Apesar de acometer ambos os sexos, a manifestação desta
enfermidade tende a ser mais grave nos homens. É mais frequente na
adolescência devido à alta produção de hormônios o que leva a hiperprodução
de sebo nas glândulas sebáceas (DE MAIO, M. 2011).
A acne se forma no indivíduo a partir da puberdade devido à maior
atividade das glândulas sebáceas nesta época, podendo durar até o início da
fase madura. Porém, pode permanecer por muito mais tempo em algumas
pessoas que têm predisposição à doença ou sem o devido cuidado preventivo
(AZULAY, R.D., 2011; FONSECA, M. S. R.?).
Os principais fatores para a causa da acne são a hiperqueratose
folicular, o aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas, a
3
colonização e proliferação pelo Propionibacterium acnes no ducto sebáceo com
resposta inflamatória no folículo e na derme (LIKES, J. AMARAL, F. DEON, K;
2012).
A bactéria Propionibacterium acnes torna-se residente normal do folículo
pilossebáceo e através da produção de ácidos graxos livres, estimula a
produção de mediadores pró-inflamatórios (inflamação mediada pela ação
irritante do sebo) que se estendem para a derme, quando ocorre a abertura da
parede folicular gerando a presença de fatores quimiotácticos (invasão
microbiana)
e
de
mediadores
pró-inflamatórios
produzidos
pelo
Propionibacterium acnes (FONSECA, M. S. R.?).
A presença de comedões e, em estágios mais avançados, pápulas,
pústulas, nódulos e cicatrizes são os principais sinais iniciais da acne. Pode ser
classificada como: acne não inflamatória – acne comedoniana e acne
inflamatória – acne papulopustulosa, acne nodulocística, acne conglobata,
acne fulminans (AZULAY, R. D., 2011). É mais frequente na face, pescoço,
colo e costas. Pode ser classificada em cinco graus, sendo o primeiro não
inflamatório. Os próximos apresentam lesões inflamatórias progressivamente
mais graves. (Tabela 1) (LIKES, J.; AMARAL, F.; DEON, K., 2012).
Tabela 1: Esquematização dos graus de acne .
GRAU DE ACNE
DESCRIÇÃO
Grau I
Apenas comedogênica e não inflamatória. Caracterizada pela
presença de comedões abertos e fechados.
Grau II
Pápulo-pustulosa e inflamatória. Caracterizada por lesões sólidas
(pápulas) e lesões líquidas de conteúdo purulento (pústulas).
Grau III
Nódulo-cística e inflamatória. Formada por lesões sólidas mais
exuberantes.
Grau IV
Conglobata e inflamatória. Ocorre formação de abscessos e
fístulas
(nódulos
vermelhos,
doloridos
e
sem
sinal
de
desobstrução).
Grau V
Fulminante. Fase mais rara e mais grave de todas. Promove
febre, dores musculares, dor nas articulações, perda de apetite
com graves inflamações.
(adaptada de DE MAIO, M., 2011; FONSECA, M. S. R.).
4
De modo geral, o tratamento da acne é baseado no tipo de afecção e no
seu grau de acometimento. O seu tratamento pode envolver medidas
higiênicas e profiláticas, até o uso de medicamentos orais ou tópicos,
realização de cirurgia ou tratamentos estéticos e alternativos. (DE ARAÚJO, A.
P. S.; DELGADO; D. C.; MARÇAL, R., 2011).
Os produtos tópicos atuam nas lesões cutâneas, inibindo a produção de
sebo, como queratolíticos e comedolíticos, reduzindo a proliferação bacteriana,
com efeito antioxidante e inibindo a inflamação. (DALLABRIDA, R. J. et al.,
2012).
Peeling químico
O peeling químico é uma técnica que utiliza agentes químicos com
aplicação local para renovação da pele. Pode-se aplicar na face com lesões
provocadas pela acne, melasma, verrugas, entre outros (DALLABRIDA, R. J.,
et al., 2012).
Também conhecido como quimioesfoliação ou dermopeeling, o peeling
químico consiste na aplicação de agentes esfoliantes na pele, resultando na
destruição de partes da epiderme ou derme, seguida de regeneração dos
tecidos destruídos. Esse tipo de tratamento tem várias aplicabilidades, entre
elas: melanoses, rugas, melasmas, queratoses actínicas, hiperqueratinização
pós-inflamatória, acnes, cicatrizes atróficas, estrias, queratose pilar e para
clareamento de pele (GUERRA, F. M. R. M., et al., 2013).
Os agentes cáusticos utilizados no peeling químico provocam dano
controlado. A profundidade da aplicação depende de uma série de fatores,
como o tipo de pele, tratamentos prévios, local anatômico, desengorduramento,
técnica de aplicação, agentes, etc. Assim, a classificação mais aproximada
divide os peelings em muito superficial (camada granulosa e córnea),
superficial (epiderme), médio (derme papilar) e profundo (derme reticular)
(BAGATIN, E., HASSUN, K., TALARICO, S., 2009).
O uso de ácidos vem se tornando um recurso importante para os
tratamentos de diversas disfunções estéticas, dentre elas a acne. No peeling
químico o agente esfoliante é aplicado na pele para destruição das porções da
epiderme ou derme com revitalização dos tecidos. A profundidade dos peelings
químicos é classificada em quatro categorias, sendo que as duas primeiras são
5
de caráter não invasivo e muito utilizadas no tratamento da acne e as duas
últimas, a estética não atua (Tabela 2). (YOKOMIZO, F. et al., 2013; GUERRA,
F. M. R. M., et al., 2013; LIKES, J.; AMARAL, F.; DEON, K., 2012).
O uso do peeling químico é contraindicado nos casos de fotoproteção
inadequada, gravidez, estresse ou escoriações neuróticas, uso de isotretinoína
oral há menos de seis meses, cicatrização deficiente ou formação de
queloides, casos de hiperpigmentação pós-inflamatória e dificuldade para
entender e/ou seguir orientações fornecidas. Quanto maior a concentração do
ácido, menor o seu pH e mais profunda e rápida será sua permeabilidade. São
vários os ácidos que podem ser aplicados nos procedimentos de peelings
químicos. Os mais usados são: salicílico, glicólico, mandélico, retinóico, lático,
ascórbico (vitamina c) e fenol (GUERRA, F. M. R. M., et al., 2013).
Tabela 2: Divisão e descrição dos tipos de peeling de acordo com a sua
profundidade.
PROFUNDIDADE DO PEELING
DESCRIÇÃO
Muito superficial
Remove o estrato córneo e não cria lesão
abaixo do estrato granuloso.
Superficial
Provoca esfoliação epidérmica, produz necrose
da epiderme em todo o estrato granuloso até a
camada basal.
Médio
Atinge a derme reticular, produz necrose da
epiderme e da derme papilar.
Profundo
Atinge a derme reticular média, produz necrose
da epiderme e da derme papilar, estendendo-se
para a derme reticular.
(adaptado de YOKOMIZO, F. et al., 2013; GUERRA, F. M. R. M., et al.,
2013; LIKES, J.; AMARAL, F.; DEON, K., 2012).
Ácido Salicílico
O ácido salicílico é derivado de plantas da espécie Salix, mais conhecida
como salgueiro, foi descoberto pelo médico grego Hipócrates e utilizado como
analgésico, anti-inflamatório e antifebril (desde 400 a. C.). O Reverendo
6
Edmund Stone, em 1763, o descreveu de forma científica, e, em 1828, o seu
primeiro ativo foi isolado pelo farmacêutico francês Henri Leroux e o químico
italiano Raffaele Piria, a partir da casca do salgueiro, tomando a forma
propriamente do ácido salicílico, mas apenas em 1899 foi industrializado com o
nome de Aspirina pelo Laboratório alemão Bayer (FONSECA, M. S. R.?).
Em 1860, descobriu-se que a utilização do ácido salicílico poderia
esfoliar
levemente
e
amaciar
a
camada
córnea
da
epiderme.
Em
concentrações de 2% ou mais, é um agente ativo em produtos antiacne (DE
MAIO, M. 2011).
O peeling de ácido salicílico é um agente muito superficial. Tem efeitos
queratolíticos e comedolíticos, ideal para pessoas com acne. É um
betahidroxiácido, ou seja, possui uma hidroxila no segundo carbono após o
agrupamento carboxila (carbono beta). Desta forma, sua formulação é de 20 a
30% em solução alcoólica e de 40 ou 50% sob forma de pasta para aplicação
em membros superiores. Constituem em uma descamação na parte superior
das camadas do estrato córneo e ativa as células basais e os fibroblastos. É
indicado para fotoenvelhecimento leve a moderado, melasma e cicatrizes
superficiais de acne, sendo excelentes agentes para tratar peles escuras. É
contraindicado para pacientes alérgicos ao ácido salicílico (LIKES, J.;
AMARAL, F.; DEON, K., 2012; YOKOMIZO, F. et al., 2013).
O peeling de ácido salicílico apresenta efeitos positivos para acne
comedogênica e inflamatória, com diminuição de eritema e lesões pustulosas,
tem maior penetração e descamação em áreas inflamadas e muitos comedões
são expulsos após alguns dias da aplicação. Esta técnica tem sido considerada
simples, rápida e bem tolerada, segura e eficaz se for realizada de forma séria
e respeitadas as indicações para cada caso (DE MAIO, M., 2011). Devido às
propriedades queratolíticas do ácido salicílico, traz bons resultados no controle
da oleosidade excessiva, além de melhorar a aparência foto envelhecida,
reduzindo as rugas finas e apresentando ação anti-inflamatória, além de
melhorar a textura da pele por atuar como esfoliante (FONSECA, M. S. R.?).
Não se recomenda o uso frequente do ácido salicílico em concentrações
acima de 10% pode produzir quadro tóxico por salicilismo por absorção pela
pele. Este quadro se caracteriza por náuseas, dispneia e alucinações. Não
deve ser realizada em fotoproteção inadequada, gravidez, estresse físico e
7
mental grave, presença de ferimentos abertos ou danos recentes no local.
Medidas de fotoproteção durante tratamento com peeling de ácido salicílico são
imprescindíveis (DE MAIO, M. 2011).
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com publicações entre os anos
de 2011 a 2014, por meio de livros e do site SCIELO para consulta de seus
acervos. Como palavras-chave foram utilizadas: acne, peeling, fisiologia da
pele, ácido salicílico.
DISCUSSÃO
Para Vaz (2003), o objetivo do tratamento de acne é prevenir ou tratar as
lesões, reduzir o desconforto físico provocado pelas inflamações, melhorar a
aparência do paciente com acne, prevenir ou minimizar as cicatrizes e evitar o
desenvolvimento de efeitos psicológicos adversos.
O tratamento realizado por um profissional da área estética em relação à
limpeza, extração de comedões, apresenta resultados satisfatórios em relação
à melhora do quadro. Entretanto, durante o tratamento o indivíduo não deve
fazer esfoliações semanais, deixando apenas o profissional fazê-lo, para evitar
hipersensibilidade cutânea. Após algumas aplicações de ácido salicílico notase uma pele com espessura mais fina, com desobstrução dos folículos.
(FONSECA, M. S. R.?).
O peeling é um agente químico utilizado para estimulação cutânea,
podendo ser aplicado na face em lesões provocadas por doenças de pele
como acne, melasma, verrugas, entre outros. É essencial iniciar o tratamento
de acne com um agente comedolítico, sendo o ácido salicílico muito indicado
por reduzir a queratose e melhorar processos inflamatórios, afirma Dallabrida et
al. (2012)
Para Kawata & Oliveira (2011) o peeling de ácido salicílico tem
característica lipofílica, melhorando a penetração na glândula sebácea. Devido
ao seu efeito queratolítico, bacteriostático, fungicida, antimicrobiano e antiinflamatório, torna-se efetivo contra comedões e lesões. Dessa forma, é eficaz
8
na correção do defeito da queratinização folicular, redução da atividade
sebácea, diminuição da infecção bacteriana e dos processos inflamatórios.
Likes, Amaral & Deon (2012) relatam que os agentes queratolíticos causam
descamação da epiderme, entre eles o ácido salicílico que é o mais indicado
para o tratamento da acne. Em um experimento, o peeling de ácido salicílico foi
aplicado em nove participantes com acne e cinco com pele oleosa e poros
dilatados, foram aplicados dois peelings a 20% e três a 30% com intervalo de
duas semanas cada, totalizando cinco sessões. Observou-se uma melhora
significativa de 89% nos pacientes com acne e de 100% nos pacientes com
pele oleosa.
O peeling de ácido salicílico possui ação queratolítica que resulta em um
rápido rejuvenescimento do estrato germinativo da pele. É indicado para acnes
comedônicas e pápulo-pustulosas é frequente devido à grande capacidade em
promover turnover celular e ser de fácil uso. Para iniciar o tratamento com
ácido salicílico não é necessário preparar a pele, mas encontra-se melhores
resultados quando utilizado ácido glicólico e ácido retinóico anteriormente.
Quando
usado
em
mais
de
uma
região
corporal
pode
ocorrer
hiperpigmentação, crostas superficiais, eritemas e edema. (Guerra et al. 2013)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A acne mesmo sendo uma patologia que atinge parte da população,
causando desconforto físico e psicológico pode ser controlada. Para controlar a
acne é necessário diminuir a hiperprodução de sebo das glândulas sebáceas,
evitando inflamação e a colonização da bactéria Propionibacterium acnes.
O peeling de ácido salicílico é um agente com resultados satisfatórios
devido as suas diversas propriedades, como: queratolítico, bacteriostático,
fungicida, antimicrobiano e anti-inflamatório.
Outro benefício atribuído ao peeling de ácido salicílico deve-se às
características lipofílicas desta substância que tem facilidade em penetrar o
folículo pilosebáceo e reduzir também a secreção sebácea.
Entretanto recomenda-se que antes de iniciar qualquer tratamento para
acne faz-se necessário uma avaliação cutânea para definir o grau de
acometimento e analisa doenças pré-existentes como asma ou alergias,
9
embora os estudos não sejam conclusivos, podem ocorrer reações adversas
quando utilizado em áreas extensas do corpo.
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