Morfologia Vegetal M .E . Me Caule Raiz ans ana res Dra. MARIANA ESTEVES MANSANARES Departamento de Biologia Setor de Botânica Sistemática Universidade Federal de Lavras (UFLA) A PLANTA E SUAS PARTES • Raiz (radícula) M • Caule (caulículo, com hipo e epicótilo) • Folha • Inflorescência • Flor • Fruto • Semente .E .M ans ana res DESENVOLVIMENTO M .E .M ans ana res ÁPICE CAULINAR ENTRENÓ MERISTEMA APICAL CAULINAR nervura gema axilar GEMA DO PRIMÓRDIO NÓ M ramo lateral ÁPICE CAULINAR .E .M ramo secundário ans ÁPICE RADICULAR ana CAULE res PELOS RADICULARES raiz secundária RAIZ meristema apical radicular COIFA Raiz Parte do eixo do vegetal desprovido de folhas, geralmente aclorofilado, cilíndrico, desprovido de nós, entrenós ou gemas. gemas. M .E .M Constitui um sistema subterrâneo adaptado às funções: funções: • Fixação; Fixação; • Absorção; Absorção; • Condução; Condução; • Armazenamento; Armazenamento; ans ana res As raízes crescem geralmente dentro da terra (geotropismo positivo) entretanto, existem raízes aéreas e aquáticas. aquáticas. A RAIZ E SUAS PARTES PARTES DE UMA RAIZ: M .E .M -COLO COLO (transição com o caule) -ZONA ZONA DE RAMIFICAÇÃO (suberosa) -ZONA ZONA DE PILÍFERA (absorção) -ZONA ZONA LISA (crescimento, meristema) -COIFA (proteção) ans ana res Raízes aquáticas: aquáticas: coifa especialmente desenvolvida (pode ser constituída de várias camadas superpostas); superpostas); M .E .M ans ana res Micorrizas e Nódulos Radiculares M .E .M ans ana res Quanto à origem das raízes normais adventícias M .E .M ans ana res RAIZ • SISTEMA RADICULAR PRIMÁRIO “Sistema derivado do crescimento e ramificação lateral da radícula, encontrado frequentemente nas Eudicotiledôneas”. Eudicotiledôneas”. M .E .M ans ana • SISTEMA RADICULAR ADVENTÍCIO “Raízes formadas, secundariamente, independentes da raiz primária do embrião, nascem nos caules ou nas folhas. folhas.” res Quanto ao Meio onde se Desenvolvem Raízes Terrestres: correspondem ao caso mais comum; M Quanto à função: comum (não tuberosas) ou de reserva (tuberosas) .E .M ans ana res Tuberosa – Ginseng (Pfaffia iresinoides) – possui saponinas, glicosídeos e triterpenos uso contra hipertensão, menopausa, disfunções hormonais, estresses de diferentes origens. Como tônico renegenerativo e imunoestimulante. RAIZES TUBEROSAS “Raízes que possuem algum tipo de reserva.” M .E .M ans ana res Dioscorea elephantipes Raízes TUBEROSAS Pivotante Laterais M .E .M ans ana res Raízes Aquáticas: Podem ser fixas ou flutuantes; M As flutuantes geralmente são pequenas e comumente sem pêlos absorventes; .E .M ans ana Apresentam estruturas (câmaras) para armazenamento de ar; res AERÊNQUIMA • Raízes Aéreas: se desenvolvem acima do nível do solo e geralmente recebem denominações de acordo com a função que desempenham; a) Raízes Grampiformes (Fixadoras) M .E .M ans As raízes da hera são pequenas, adventícias formadas ao nível dos nós e em forma de grampos – raízes grampiformes; ana res São ricas em mucilagens, o que facilita a fixação ao substrato. b) Raízes Escoras ou Raízes Suporte: “Raízes desenvolvemdesenvolvem-se nos caules ampliando a base das plantas e aumentando seu sistema de fixação em solos movediços como dos manguezais.” M .E .M ans ana Rhizophora sp. res Ficus sp. Raízes Escoras ou Raízes Suporte M .E .M ans ana res Raízes Escoras ou Raízes Suporte M .E .M ans ana Pandanus sp. res Raízes ESCORA M Ficus sp. .E .M ans ana res Figueira “mata“mata-pau” Raízes “estrangulantes” Ficus benjamina Raízes ESCORA M .E .M ans ana res c) Raízes Respiratórias: Encontradas em plantas de terrenos pantanosos, pouco arejados. arejados. M “Raízes que se desenvolvem verticalmente, com geotropismo negativo. Estas raízes são denominadas pneumatóforos, sendo providas de pequenos orifícios (lenticelas), chamadas pneumatódios, que possibilitam a oxigenação das raízes.” .E .M ans ana Avicennia sp. res d) Raízes Tabulares: Exemplos: • Pau-d’alho (Gallesia integrifolia) M .E .M ans ana res “Raízes que desenvolvemdesenvolvem-se na superfície do solo, formando pranchas alongadas que ampliam a base da planta, bem como aumentam a superfície respiratória e de condução da água absorvida.” Raízes Tabulares M .E .M ans ana res Ficus enormis e) Raízes das Epífitas M .E .M ans Tillandsia sp. ana res Rhipsalis sp. Função de acumular água da umidade da atmosfera ou da superfície do “hospedeiro”. VELAME M .E .M ans ana res Células mortas e altamente higroscópicas f) Raízes das parasitas Órgão especiais - Haustórios M .E .M ans “Plantas parasitas ou hemiparasitas (não fotossintética e fotossintética, respectivamente) que possuem raízes modificadas que penetram nos tecidos da planta hospedeira, sendo tais raízes denominadas haustórios.” ana res Cuscuta sp. (Cipó(Cipó-chumbo) HAUSTÓRIOS M .E .M ans ana res HAUSTÓRIOS M .E .M ans ana res CAULE •CONCEITO CONCEITO e FUNÇÕES M 1.Suporte 1.Suporte mecânico para . Efolhas, flores e frutos . M e dispersão 2.Posição 2.Posição das flores x polinização ansdas raízes para a copa 3.Condução 3.Condução de água e sais minerais ana hormônios e 4.Condução 4.Condução de açúcares, aminoácidos, res metabólitos 5.Acúmulo 5.Acúmulo de reservas ou água 6.Estruturas 6.Estruturas de reprodução vegetativa outros CAULE Ápice caulinar é constituído por um meristema cônico, protegido pelos primórdios foliares Gemas axilares M .E .M na axila das folhas aparecem as gemas axilares ou laterais. Estas gemas podem desenvolver-se e originar os ramos ou flores. ans Nó região do caule onde se inserem as folhas e estão presentes uma ou mais gemas axilares. Entrenó região do caule compreendida entre dois nós sucessivos. Sua estrutura anatômica é diferente daquela do nó. ana res RAMIFICAÇÃO Indivisos – não ramificado. Ex. Palmeira Ramificados – com ramos laterais. Monopodial - o crescimento do M caule se dá pela atividade de uma única gema apical, que persiste ao longo da vida da planta. O eixo principal difere, acentuadamente, em espessura em relação aos ramos laterais. Ex: pinheiros, agaves. Indiviso .E .M Simpodial – várias gemas ans participam consecutivamente da formação de cada eixo. Isso acontece ou porque a gema apical cessa sua atividade ou porque o eixo principal perde sua preponderância sobre os ramos laterais, levando à formação das copas arredondada das copas da maioria das árvores. ana res monopodial simpodial DIREÇÃO DE CRESCIMENTO Ortótropo - como conseqüência da ação unilateral de um estímulo (luz, gravidade, etc.), o caule cresce em posição vertical em relação a direção deste estímulo. Ex: caule principal das árvores. M • Plagiótropo - quando o crescimento .E .M é obliquo ou transversal em relação a direção do estímulo. Ex: ramos das Araucarias, ramos secundários do café ans ana res CONSISTÊNCIA Herbáceos - caules flexíveis por apresentar poucas células lignificadas. Ex: ervas em geral. M .E .M Sublenhosos – caules semi-rígidos somente na base, enquanto que o ápice continua características herbáceas. Ex: Cica ans ana res Lenhosos - caules rígidos por apresentar grande desenvolvimento de células com paredes lignificadas. Ex: árvores e arbustos em geral. CAULE – TIPOS BÁSICOS • AQUÁTICO M .E .M ans ana res CAULE AÉREOS – TIPOS BÁSICOS HASTE caule delicado, não lenhoso ereto, encontrado na maioria das ervas. M .E .M ans ana res CAULE – TIPOS BÁSICOS • TRONCO caule aéreo, lenhoso e maciço, de estrutura secundária, característico de árvores e arbustos. Ex: manga, imbuia, mogno, etc. M .E .M ans ana res CAULE AÉREOS – TIPOS BÁSICOS • ESTIPE caule geralmente cilíndrico, freqüentemente não ramificado, apresentando uma coroa de folhas no ápice. M Ex.: palmeiras, Dracaena (Agavaceae), Pandanus (Pandanaceae). .E .M Muitas palmeiras morrem quando é cortado o estipe, mas outras pode perfilhar (formar outros caules desde a base). ans ana res CAULE AÉREOS – TIPOS BÁSICOS COLMO caule bem dividido em nós e entrenós, geralmente ramificado com folhas desde a base. M Ex.: cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) milho (Zea mays, ambos Poaceae) – colmos cheios .E .M bambu (Bambusa spp. Poaceae) com colmos ocos. ans ana res – Cheio - Oco CAULE AÉREOS – TIPOS BÁSICOS VOLÚVEL M .E .M ans ana caule que se enrola a um suporte Ex.: muitas trepadeiras e cipós res CAULE – TIPOS BÁSICOS PROSTRADO, RASTEJANTE ou SARMENTO M .E .M ans ana res caule herbáceo ou lenhoso, que cresce apoiandoapoiando-se no solo Aristolochia (Aristolochiaceae) CAULE – TIPOS BÁSICOS PROSTRADO, RASTEJANTE ou SARMENTO M .E .M ans ana Abobra viridiflora (Cucurbitaceae) res Citrullus lanatus (Cucurbitaceae) CAULE – TIPOS BÁSICOS ESTOLÃO ou ESTOLHO eixo caulinar emitido por uma planta, que rasteja junto a superfície do solo, tem entrenós bem alongados e em cada nó apresenta gemas e raízes, podendo-se fixar novamente nesse ponto. M .E .M ans ana Ex.: morangueiro (Fragaria vesca - Rosaceae). res CAULE AÉREOS – TIPOS BÁSICOS ESCAPO Caule portando exclusivamente flores ou inflroescências, originados de rizoma, bulbo ou plantas com folhas basais. M .E .M ans ana res Ocorre em plantas cujo caule é muito reduzido ou subterrâneo e suas folhas aparentam nascer diretamente do solo. CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS RIZOMA caule de crescimento horizontal, possuindo catáfilos (folhas escamiformes), gemas, ramos aéreos e raízes adventícias. Geralmente são subterrâneos (espada de são jorge, bananeira, tiririca). M .E .M ans ana res CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS RIZOMA M .E .M ans ana res Zingiber officinale Roesc. CASOS ESPECIAIS ESTOLÃO X RIZOMA M .E .M ans ana res CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS TUBÉRCULO não constitue o caule principal da planta M .E .M ans ana res “Caule subterrâneo ou aéreo muito espessado por concentrarem grande quantidade de substâncias nutritivas como o amido.” CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS BULBO M sistema caulinar comprimido verticalmente, onde o caule propriamente dito é reduzido a um “disco basal” do qual partem muitos catafilos densamente dispostos, os mais externos secos e os mais internos suculentos .E .M ans catáfilo s ana res Um bulbo sempre é um órgão de reserva. reserva. CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS Bulbo tunicado M o prato é rodeado pelas bases persistentes das folhas, dispostas concentricamente e carregadas de substâncias de reserva .E .M ans ana res CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS Bulbo escamoso sobre o prato dispõem-se os catáfilos densamente imbricados e carregados de substâncias de reserva M .E .M ans ana Lilium longiflorum res CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS Bulbo sólido o eixo aparece engrossado e coberto pelas bases membranosas ou papiráceas das folhas M .E .M ans ana res CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS Bulbo composto M .E .M ans ana res bulbilho CAULE – SISTEMAS SUBTERRÂNEOS CORMO “Sistema caulinar subterrâneo, provido de catáfilos secos e no qual as reservas nutrivas se localizam no eixo.” M .E .M ans ana res CAULES ESPECIAIS Cladódio M .E .M “Ramo de formato comprido ou, até, laminar, geralmente provido de folhas rudimentares, com cor verde. “ ans ana res CAULES ESPECIAIS PSEUDOBULBO “Segmento de caule engrossado, com um ou mais entrenós” M .E .M ans ana res CAULES ESTRUTURAS ESPECIAIS • ESPINHOS: ESPINHOS: estruturas endurecidas e pontiagudas, podem ter diversas origens e é de natureza endógena. M .E .M ans ana res CAULES ESTRUTURAS ESPECIAIS • ACÚLEOS: ACÚLEOS: estruturas pontiagudas superficiais e sem ligação com sistema vascular do caule. são meras formações epidérmicas ou peridérmicas, sem vascularização, geralmente sem posição definida no caule M .E .M ans ana res CAULES ESTRUTURAS ESPECIAIS • GAVINHAS: GAVINHAS estruturas que se enrolam num suporte porque são sensíveis ao estímulo do contato. M .E .M Ex.: uva (Vitis vinifera, Vitaceae), maracujá (Passiflora spp., Passifloraceae) ans ana res A cortina-japonesa (Parthenocissus tricuspidata, Vitaceae) tem discos adesivos na gavinha. A gavinha caulinar encontra-se sempre na axila de folhas. Formas de vida de plantas vasculares - Hábito ERVA – planta com caule tenro (não lenhoso), o qual não vive mais de um ano em geral SUBARBUSTO – planta geralmente pequena com base levemente lenhosa e resto herbáceo, pouco ramoso, geralmente vivendo vários anos M .E . M– são plantas lenhosas com caule e ARBUSTOS e ÁRVORES ramos, que vivem vários anos, tornando-se mais espessados a cada a nsa adiciona novas camadas de estação, à medida que o câmbio vascular nar xilema e floema es principal, mas vários ARBUSTO – não tem um tronco eixos que aparecem do nível do solo ARVORETA – uma árvore de baixo porte, ou com tronco principal muito curto ÁRVORE – tronco com ramos apenas na parte superior Formas de vida de plantas vasculares - Hábito Plantas que crescem sobre ou apoiadas em outras Epífitas – germinam e enraízam sobre outras plantas vivas ou mortas, ou eventualmente sobre outros suportes, como cercas, postes, etc. M .E .M ans ana res Formas de vida de plantas vasculares - Hábito Epífitas M .E .M ans ana res Formas de vida de plantas vasculares - Hábito Plantas que crescem sobre ou apoiadas em outras Lianas – plantas que germinam no solo, escalam um suporte, mas mantém sempre o contato com o solo M .E .M ans ana res Formas de vida de plantas vasculares - Hábito Plantas que crescem sobre ou apoiadas em outras Hemiepífitas (Pseudolianas) – plantas que germinam sobre outras plantas e depois estabelecem raízes no solo, ou plantas que germinam no solo, escalam um suporte e posteriormente desconectam sua ligação com o solo M .E .M ans ana res Plantas que crescem sobre rochas são chamadas RUPÍCOLAS M .E .M ans ana res