O aumento da chance de racionamento de energia elétrica

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02/Abril/2014
11/março/13
O aumento da chance de racionamento de energia elétrica adicionou incerteza ao cenário doméstico em março. A
seca continua elevando as chances de haver um racionamento de energia ainda em 2014, segundo os especialistas
do setor. Porém, as chances de ocorrência do evento ficarão mais claras até o final de abril, quando se encerra o
período chuvoso. Se as chuvas ficarem inferiores à média histórica até lá, adentrando o período seco com nível dos
reservatórios historicamente baixos, a probabilidade de se adotar o racionamento de energia sobe
consideravelmente. Ou seja, o cenário segue incerto até lá.
Tema Econômico
Estiagem pressiona inflação e eleva probabilidade de ocorrência de racionamento em 2014
Neste sentido, a dúvida sobre o impacto de um eventual racionamento no PIB de 2014 ainda é elevada. Em 2001,
quando o país adotou racionamento de 20% de energia a partir de junho, o PIB recuou 3 pontos percentuais
comparado a 2000 (foi de 4,3% para 1,3% em 2001). Porém, na época, a desaceleração da economia também foi
contaminada pela crise da Argentina no final de 2001. Nossos cálculos sugerem que o impacto do racionamento de
2001 sobre a economia foi de quase 2 pontos percentuais. Cabe lembrar, no entanto, que isolar estes dois efeitos é
difícil. Mantemos cenário de alta do PIB de 1,5% para 2014 e 2% para 2015, sem ocorrência de racionamento.
Se do ponto de visto do PIB ainda há esperança, o mesmo não ocorre com a inflação. A estiagem terá impacto
relevante sobre os preços dos alimentos. A seca prejudicou a produção de alimentos, em especial dos chamados in
natura, que possuem ciclo de produção curto e impacto rápido nos índices de preços ao consumidor. A escassez de
chuvas, que tem implicado em maior utilização de energia térmica a um custo de energia muito superior, deverá
impactar também os preços da energia elétrica ao consumidor final em horizonte de mais médio prazo. Por conta
disso, elevamos nossas projeções do IPCA para 2014 de 6,2% para 6,4% e para 2015 de 5,5% para 6,0%.
Tendências para Março (Resumo e Integral)
Nacional
Inflação
Projetamos IPCA próximo de 0,8% e 0,7% em março e abril, respectivamente. A aceleração nos preços
dos alimentos devido à estiagem deve chegar aos preços ao consumidor ainda no primeiro trimestre e inicio do
segundo trimestre.
Elevamos nossa projeção para o IPCA em 2014 de 6,3% para 6,4% e para 2015 de 5,5% para 6,0%.
Juros
Apesar do cenário de inflação de curto prazo ter mostrado significativa deterioração devido à elevação dos
preços dos alimentos, acreditamos que pesará na decisão do Banco Central a partir de maio os efeitos da política
monetária que ainda estão por serem sentidos na economia.
Estimamos que a taxa Selic atinja o patamar de 11,50% em dezembro de 2014 e 12,50% em dezembro de 2015.
Câmbio
de 2015.
Mantemos projeção para a taxa de câmbio de R$ 2,50 para o final de 2014 e de R$ 2,65 para dezembro
A redução prevista no saldo comercial, a maior aversão ao risco internacional e as maiores incertezas no mercado
doméstico continuam justificam nossa hipótese de real mais depreciado.
Nível de Atividade A atividade econômica segue apresentando desempenho moderado nos primeiros meses de
2014. Mantemos variação nula para o PIB do primeiro trimestre de 2014.
Projetamos PIB de 1,5% para 2014 e de 2,0% para 2015, sem hipótese ocorrência de racionamento de energia
elétrica.
Balança Comercial
Nossa projeção para o saldo da balança comercial para 2014 fica mantida. O aumento na
importação de petróleo e do menor PIB na Argentina devem contribui r para o menor saldo estimado.
Projetamos superávit da balança comercial para 2014 de US$ 7,9 bilhões e para o déficit em conta corrente de
US$ 78 bilhões.
Internacional
EUA – Os indicadores econômicos reforçaram percepção de que a fraqueza dos dados no início do ano decorreu das
fortes nevascas. As estatísticas de mercado de trabalho e demais indicadores de atividade econômica apontam para
recuperação em fevereiro. A inflação segue baixa, sem indícios de aceleração.
Nossa projeção para o PIB americano fica mantida em 2,8% para 2014 e 3,1% para 2015. Esperamos que o banco
central norte-americano (Federal Reserve) dê prosseguimento ao programa de retirada de liquidez da economia ao
ritmo de US$ 10 bilhões/mensais.
Europa – Na Europa, a economia segue lento processo de recuperação. Os indicadores coincidentes (PMI) das
grandes economias sugerem melhora na margem.
O mercado segue projetando PIB da ordem de 1% para 2014 e 1,4% para 2015. A inflação segue baixa, mas os
indícios de deflação reduziram-se na margem. No que se refere à politica monetária, o Banco Central Europeu (BCE)
optou por não anunciar relaxamento monetário adicional na reunião de março. Segundo o presidente do BCE, Mario
Draghi, as expectativas de inflação seguem “firmemente ancoradas” e a instituição não antevê preocupação com a
dinâmica da atividade econômica. Ainda assim, não descartamos estímulo monetário adicional.
Emergentes – Na China, os sinais parecem ser de menor vigor no ritmo de expansão da economia.
Os dados econômicos de fevereiro foram fracos, mesmo excluindo os efeitos do feriado do Ano Novo Lunar. A força
deflacionária dos preços das commodities deve manter a inflação em nível baixo, abrindo algum espaço para
estímulo monetário. Diante das evidências de menor vigor da economia chinesa, o mercado começou a revisar suas
projeções para o crescimento da economia (atualmente em 7,4%). Mantemos projeção de PIB chinês de 7,0% em
2014 e 6,8% para 2015.
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