11/Junho/2014 11/março/13 A economia brasileira desacelerou o ritmo de alta no primeiro trimestre, com o PIB avançando 0,2% na comparação com o trimestre anterior ajustado sazonalmente, depois de ter crescido 0,4% no trimestre anterior. Chamou atenção o recuo dos investimentos pelo terceiro trimestre consecutivo, com os dados do 4T13 sendo revisados de +0,3% para -1,2%. O PIB do ano de 2013 foi revisado de 2,3% para 2,5%, diante da mudança metodológica realizada na pesquisa industrial do IBGE. Tema Econômico O viés para o desempenho da economia no 2T14 é de baixa, com ambiente desafiador para investimentos Os sinais dos diversos setores industriais estão longe de serem animadores, com notícias de paralisações e greves. Assim, o ambiente para os investimentos continua desafiador ao longo do ano. Por conta dos sinais de atividade econômica mais fraca, revisamos as projeções para o PIB de 2014 para 1,0% de 1,5% anteriormente previsto. Para 2015 mantemos por ora projeção de +2,0% de crescimento. Os índices de confiança de maio sofreram fortes quedas. Na indústria, o índice da FGV se retraiu 5,1%, com os estoques voltando a subir e produção prevista a cair. No setor de serviços, o índice caiu quase 6% em maio. A baixa confiança mostrada pelos índices está em linha com o fraco desempenho da economia no 2T14. Tendências para Maio (Resumo e Integral) Nacional Inflação Projetamos IPCA próximo de 0,3% e 0,2% para os meses de junho e julho, respectivamente. O IPCA deverá com isso desacelerar de uma média de 0,7% nos cinco primeiros meses do ano. O recuo esperado na inflação ao consumidor deve se à menor alta observada nos preços dos alimentos no atacado. Prevemos IPCA de 6,6% para 2014 (anterior de 6,7%) e 6,4% para 2015. A inflação no atacado deve ser menor por conta da deflação observada em alguns preços de produtos agropecuários. Com isso, reduzimos a projeção do IGP-M para 5,7% de 7,0%. Juros (de lado) O BC trouxe mensagem mais favorável na ata da reunião do COPOM de junho em relação ao balanço de riscos para a inflação, e uma preocupação maior quanto à dinâmica da atividade econômica. No contexto de menor dinamismo da atividade econômica, esperamos que o BC mantenha a taxa Selic no patamar atual até dezembro de 2014, quando o ciclo de aperto deverá ser retomado, em nossa opinião. A persistência inflacionária deverá levar o BC a retomar o ciclo de alta dos juros, passado o período eleitoral. Projetamos taxa Selic em 11,50% a.a. em dezembro de 2014 e 12,50% a.a. em dezembro de 2015. Câmbio (de lado) As contas externas continuam dependentes dos termos de troca e queda adicional nos preços das commodities pode demandar depreciações adicionais do câmbio. Mantemos projeção para a taxa de câmbio de R$ 2,40/US$ para dezembro de 2014 e de R$ 2,50/US$ para dezembro de 2015. Nível de Atividade O viés para o desempenho da economia neste 2T14 segue sendo de surpresa negativa. Os sinais dos diversos setores industriais estão longe de serem animadores, com notícias diversas de paralisação, demissões temporárias e greves, o que torna o ambiente para os investimentos desafiador ao longo do ano. Por conta dos sinais de atividade econômica mais fraca, revisamos as projeções para o PIB de 2014 para 1,0% de 1,5% anteriormente previsto. Para 2015 mantemos por ora projeção de +2,0%. Balança Comercial A balança comercial deve registrar saldo ligeiramente positivo pelo segundo ano consecutivo. Estimamos superávit de US$ 4,4 bilhões para 2014 (de US$ 2,6 bilhões em 2012) e de US$ 17,6 bilhões para 2015. O aumento na importação de petróleo decorrente da maior utilização das usinas térmicas devido à escassez de chuvas no início deste ano e a desaceleração da Argentina são alguns dos fatores que explicam o menor saldo comercial esperado para 2014. O déficit em conta corrente deve atingir patamar de US$83,8 bilhões (3,7% PIB) no final de 2014 e de US$ 75,1 bilhões (3,2% PIB) no final de 2015. Internacional EUA – A revisão do PIB do 1T14 (de +0,1% para -1,0% QoQ AS) indicou que parte da desestocagem da economia ocorreu no período, o deve melhorar as perspectivas para o PIB dos próximos trimestres. Ainda assim, a revisão do 1T14 deve implicar em menor crescimento no ano. Apesar do fraco desempenho no 1T14, a recuperação esperada para o PIB americano a partir do 2T14 poderá paulatinamente começar a gerar pressões inflacionárias na margem. Na visão do FED, a inflação convergirá muito lentamente para a meta de 2%, o que deverá implicar em continuidade do processo de normalização dos juros muito gradual a partir de meados de 2015. Nossa projeção para o PIB americano deste ano passou de 2,5% para 2,3%. Para 2015 mantemos estimativa de 3,1%. Europa – Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou na reunião de 5 de junho à sinalização apontada pela autoridade monetária de que deveria promover estímulo adicionar à economia. O BCE anunciou corte da taxa básica de juros de 0,25% a.a. para 0,15% a.a. e da taxa de depósito de 0,0% a.a. para -0,10% a.a.. A economia europeia segue se recuperando de forma geral, mas em ritmo bastante distinto entre os países. Esperamos alta do PIB da Zona do Euro de 1% para 2014 e 1,4% para 2015. Emergentes – Na China, os dados econômicos do segundo trimestre apontam para desaceleração do PIB. A economia tem respondido cada vez menos ao impulso dos investimentos e o setor imobiliário continua sendo a principal fonte de risco para o cenário chinês. A China corre risco de frustrar projeção de 7% de crescimento em 2014. Para 2015 esperamos desaceleração da economia para 6,8%.. 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