Ondas contra o câncer: radioterapia mais precisa e eficaz Cerca de 80% dos pacientes diagnosticados com algum tipo de câncer irão se submeter ao tratamento com radioterapia em determinado momento. Na região Sul, os tumores mais frequentes que utilizam esse procedimento são os de mama e próstata. A médica do serviço de Radioterapia do Instituto de Oncologia do Paraná-Oncoville, Paula Régia Soares, conta que a grande novidade para o tratamento é a radioterapia mais precisa, indo direto ao tumor. “A tecnologia evoluiu para aplicarmos a radiação mais localizada, preservando os tecidos sadios ao redor. Temos pacientes com metástase óssea, por exemplo, e conseguimos tratar apenas o tecido tumoral.” Com o tratamento focado direto no tumor com doses altas, ele será menos tóxico para o paciente e mais agressivo com o tecido doente. A médica explica que antigamente os riscos de complicação e os efeitos colaterais eram maiores, mas com as novas tecnologias o paciente será cada vez mais beneficiado. “Dependendo do local do corpo onde a radioterapia será realizada, o tempo do tratamento pode ser reduzido”, sentencia. Entre as novas técnicas utilizadas para potencializar os resultados está a Radioterapia IGRT guiada por imagem. “O paciente entra em uma máquina e a equipe médica visualiza a região com o tumor através de imagens geradas pelo software presente no mecanismo que coleta as informações”, aponta Paula Régia. Também se destaca a IMRT (Radioterapia de Intensidade Modulada), ou seja, que possibilita que a radiação seja aplicada com intensidade diferente, colocando o mínimo de componentes radioativos em outros locais do organismo e indo com mais intensidade ao local afetado. Ainda é disponibilizada a Radioterapia em 3D, a radiocirúrgica (quando aplica uma dose única e o paciente é liberado) e a extracraniana (também com apenas uma sessão quando apresenta lesão metastática). A radioterapia pode estar presente em diferentes momentos durante o tratamento, sendo para complementar a cirurgia, aliviar a dor ou diminuir o tumor antes de o cirurgião operar o paciente. O Instituto de Oncologia do Paraná-Oncoville é referência nacional no Serviço de Radioterapia. “Possuímos uma equipe altamente capacitada para trabalhar com oncologia, somos cada vez mais eficazes nos tratamentos. Sempre buscamos alternativas e novas técnicas que potencializem e diminuam o tempo total do tratamento”, finaliza a doutora Paula Régia Soares. SAIBA MAIS O objetivo da IGRT é melhorar a acurácia através de imagens obtidas na máquina antes da aplicação, tornando viável a diminuição das margens ao redor do tumor e, com isso, possibilitar novas abordagens clínicas, como o hipofracionamento e o escalonamento de dose para alguns sítios anatômicos. O emprego da IGRT é muito importante devido à distribuição precisa de dose produzida pela IMRT ou até mesmo pela radioterapia conformada. Esses dispositivos podem também verificar as mudanças que podem ocorrer na localização e no tamanho do volume alvo durante o tratamento, gerando a necessidade de novos planejamentos, conhecidos como radioterapia adaptativa.