U N I V E R S I D A D E I N S T I T U T O DE DE SAO P A U L O P S I C O L O G I A PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA EXPERIMENTAL OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO: A CONTRIBUIÇÃO DA ANALISE EXPERIMENTAL DO S i l v i o COMPORTAMENTO P a u l o B o t o m e Tese apresentada ao Departamento de P s i­ cologia Experimental do In stitu to de Ps_i_ cologia da Universidade de São Paulo co­ mo parte dos requisitos para a obtenção do grau de Doutor em Ciências . t I p. 78 - Apesar das controvérsias em relação » utilização da Escala It numerosos itens... leia-se:,..nume­ rosos estudos... p. 81 - .♦.•iuanto aos escores médios... l e i a - s e g u a n to à média dos escores... p. 84 _ - ...justifica a previsão de igualdade dos resulta- . _dos^...leia-se:... justifica a previsão de .inte­ ração entre estas variáveis... p. 102 - Como nota de rodapé, acrescente-se: Tod°s as com­ parações entre os grupos foram testadas ao nível de 5/». p. 108 i - Em vez 'de o item A constar do conjunto de conclu­ sões a>, deve ser incluído no conjunto de conclusões b. p. 116 - As aplicações fora», individulamcnte... l e i a - s e . individualmente... - Como nota de rodapé da Tabela 9» acrescente-se: n .1. = 58, p. 118 *5*. - Como nota de rodapé, acrescente-se: Todas as hipó­ teses genéricas foram testadas ? 5/'» Ouando esta foi rejeitada, or sub-hipótcscs cor^::. igu^lmcntc tes­ tadas a 5%. Quando esta nao foi rejeitada, o nível de significância dar. demais sub-hinétoros passou a ser 1%, para melhor controlar o efeito do aceso. p. 119 - Pelo exame da Tabela anterior, rode-s0 veriPicar... das sub-hioóteses a e c . L e i a - s e d a sub-hipótese c. p. 121 - A simples inspeção... iuatro rrnpos d:ferem... 3eia-se ...não diferem... - Basta dizer >-iue das 120 avali ações... pelo,próprio Pi­ lho a Escala... iria-se: ...na Escala... R P* 1 A T A - Por sua ves Thompson, Schv/artz, mcCar.dless e Edv ards (1973) ressaltou,.. leia-se: ...ressaltaram.■ P« 2 - ...resultados obtidos por Weishroth (1970),..leia se :...Weisbroth (1970)... jpt.— .vezes, afirmam esses autores, o agente cau sal gu.e produz desordens de comportamento noderão provavelo.ente por um aspecto do meio social nais amplo associado à ausência do pai euento a ausên­ cia em si. Leia-se: ...de comportamento poderá pro_ vavelt .ep.te ser um aspecto do u elo social mais am­ plo associado à ausência do pai, do que à ausência em si. p. 20 - A pesquisa com mães que trabalham e um bom exemplo — de-^eemo é incovcnicntuj .. loia-se: ...-inconvenien­ te... p. 22 - através de processos de limitação...leia-se: ... imitação... p. 37 - ... tornaram-se menos sexistas tanto no reteste como . no 'oroteste.-. leia-se :. ..po^-teste... ; p. 40 - na identidade sexual geral, esta rçalcionada...leia-se : ...relacionada.„. p. 44 - Segundo estes autores, rode-se questionar... leia-se: ..."pode-se questionar ... p. 54 - ...refinar as escalas anteriormente elaboradas por eles (1959 e 1960), replicando o estudo original... 3eia-se: ...replicaram... p. 61 - .. .en.pwnto iue dc 40 a 697. das meninas escolheram ^ alternativa feminina... leia-se: as alternativas femi 3 p. 122 - ...o tuc leva n rejeição tanto da hipótese genérx- ca B como das suh-hipóteses a ela'relacionadas. Le­ ia-se : ...da sub-hipótase a ela relacionada. p. 123 ...Eju outras palavras, a influencia. ..pela presença do marido, no caso das mães solteiras... leia-se: ...casadas... p. 127 - Fina li;,ente a quarta sub -hl ;x>to se 0.,. leia-se: subhipótese da hipótese genérica C, . .. p. 139 - ... Sternglaitz e Serbin (1974) puderam observar que os homens ^ão retratados co/i.o agressivos e as mulhe res como diferentes. Leia-se: p. 149 - Os resultados mostra» ...deferentes. -ue nenhuma diferença... a interação entre as duas variáveis e não...leia-se : ...ou seja... - Assim, por exemplo, pode-se pensar pie nesse nível sócio-eco nomico e ate a idade. .. leia-se... o até na idade... p. 167 - Acrescente-se («) nas referencias bibliográficas 103 e 106. : RESUMO Este trabalho teve como ponto de partida a intenção de a n a li­ sar a classe geral de comportamentos denominada "programar condições de ensino". Em relação a esta c la s s e , formularam-se in ic ia l mente as séguin tes perguntas: 1. quais as classes de respostas envolvidas nesta c la s ­ se geral de comportamentos? 2. quais as classes de estímulos - antece­ dentes e conseqüentes - que se relacionam com a probabilidade de ocor­ rência dessas classes de respostas? 3. quais as dimensões e valores que são c r ít ic o s para estes três componentes do comportamento em questão ? e 4. oue procedimentos são eficazes e adequados para obter estes tres componentes e para a n a lis a r as relações entre e le s? Mais especificameji te , este trabalho teve por o b jetivo a n a lis a r a sub-classe de comporta­ mentos envolvidos com c uso de objetivos comportamentais no ensino (par te da classe mais geral "programar condições de e n sin o "). Observaram-se desempenhos de aprendizes de programação de con dições de ensino (estudantes de p sico lo g ia ) estabelecendo o b je tivo s de programas de ensino a p a r t ir de informações da lit e r a t u r a disponível . 0 que propuseram, as perguntas e c r it ic a s f e it a s , as d efin ições e pro­ blemas levantados foram considerados em relação is contribuições da Anã li s e Experimental do Comportamento. Desses dados e considerações d e r i­ varam-se algumas propostas de trabalho em relação aos comportamentos e& volvidos com o estabelecimento de objetivos comportamentais no ensino: 1) um conceito de o b je tivo comportamental, 2) um ponto de p artid a (ante r io r ao estabelecim ento de objetivos de ensino) Dara quem se propõe pr£ gramar condições de ensino, 3) um procedimento para descrever o b jetivo s comportamentais. 4) uma a n alise do comportamento envolvido no e sta b e le ­ cimento de o b je tiv o s comportamentais e 5) uma centena de classes de res_ postas envolvidas na aprendizagem do uso de objetivos comportamentais no ensino. 7 Caro 1ina sem duvida, genese, apoio e orientação do caminho que pe_r corremos neste trabalho ... Meus alunos que sempre souberam e inquietar ... exigir Aqueles amigos cuja confiança me fez acredi­ tar que vale a pena tentar... ABSTRACT This work proposes a s p e c i f i c a n a ly s is o f the general c la s s o f b e h avio rs denominated "program ing te a ch in g c o n d itio n s ". The fo llo w in g q u estio n s were form ulated in r e la t io n to t h is c la s s o f b e h a v io rs : 1. what are the response c la s s e s envolved in t h is general c la s s o f behav­ io r s ? 2. what are the antecedent and consequent c la s s e s of re_ s tim u li la te d e to the p r o b a b ilit y o f ocurrence o f these response c la s s e s ? 3. what valu e s and dimensions o f th ese th re e b e h a v io ra l components a re c r itic a i a re fo r t h e i r r o le in the d e lin e a tio n o f b e h a v io r? 4. what the most adequate and e f f i c i e n t procedures to d e lin e a te these th re e com ponents and to analyse the r e la t io n among them? W ith re s p e c t to these fo u r q u estio n s t h is work deals s p e c i f i c a l l y w ith an a n a ly s is o f e s t a b lis h b e h a v io ra l teach in g o b je c tiv e s h o■» w (a s p e c if ic response c la s s o f the general c la s s "program ing tea ch in g c o n d it io n s " ). The study was conducted in a con text o f te a ch in g undergraduate psychology students to fo rm u late b e h a v io ra l teach in g o b je c t iv e s based on the In fo rm a tio n a v a ila b le in th e c u rre n t l i t e r a t u r e on t h is a re a . The b e h a vio r o f the students was observed and t h e i r p ro p o s a ls , 1 ques­ t io n s , d e fin i t io n s , c r it iq u e s and the problems encountered in th e ir w o r k were analysed in the li g h t o f c o n trib u tio n s from the Experim ental Ana]_ y s is o f B e h a v io r. From an a n a ly s is o f these data and c o n s id e r a tio n s , a working proposal was developed concerning the fo rm u la tio n o f b e h a v io ra l te a c h in g o b je c t iv e s , wich in clu d e the fo llo w in g m ajor p o in ts : c if ic 1) a sp£ concept o f what is a b e h a v io ra l o b je c t iv e ; 2) e s ta b lis h m e n t o f the s t a r t in g p o in t f o r which one fo rm u late o n e 's tea ch in g o b je c t iv e s ; 3) a procedure to d e scrib e b e h a v io ra l o b je c t iv e s ; 4) an a n a ly s is o f the b eh avio rs envolved in t h is ta s k ; and, f i n a l l y , 5) the p ro d u ctio n l i s t c o n ta in in g 120 response c la s s e s envolved in the le a rn in g use o f b e h a v io ra l te a ch in g o b je c t iv e s . 8 òf o f the Í N D I C E Resumo ........................................................................................................... I. P RE 7 F A C I 0 .................................... .................................................... 17 1. CONTRIBUIÇÃO DA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO PARA O CONHECIMENTO DO COMPORTAMENTO.................................. 17 2. DETERMINAÇÃO COMPORTAMENTO.................................................. 19 COMPORTAMENTO ............................................................... 25 3. NOÇAO DE DO k. PAPEL DO AMBIENTE EM RELAÇÃO COMPORTAMENTO................. 32 5. EXPERIMENTAÇÃO COMO FORMA DE TRABALHO E AS E X I ­ GÊNCIAS PARA SEU EMPREGO EM PSIC O LO G IA .'........................... 36 6 . Ar f a s onde l is e se t em EXPERIMENTAL u sa d o DO AO a s c o n t r ib u iç õ e s da ana­ COMPORTAMENTO............................... 7. PROBLEMAS ENVOLVIDOS NA PASSAGEM DAS DESCOBERTAS NO LABORAT0RIO PARA A APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES "NATURAIS" ...................................................................................... 39 Al 8 . CONTRIBUIÇÃO DA ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTA­ MENTO PARA A CONCEPÇÃO, PRODUÇÃO E USO DE TECNOLOGIA .............................................................................. A5 9. COMPORTAMENTOS QUE TEM ( E QUE NÃO TEM) SIDO CONTROLADOS ATRAVÉS DA TECNOLOGIA PRODUZIDA EM PSICOLOGIA ................................................................................ A9 y 9 II. INTRODUÇÃO 53 1. ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO E TEC­ NOLOGIA COMPORTAMENTAL EM EDUCAÇÃO .......................... 53 2. POSSIBILIDADES DE CONTRIBUIÇÃO DA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO A CONCEPÇÃO, E F IC IÊ N C IA E EFIC à C IA DO ENSINO ...................................... . . ........ . . . ............ ............ .... 3- CLASSES DE RESPOSTAS ENVOLVIDAS NA . 57 CLASSE GERAL ‘'ENSINAR'1 ....................... .............. 59 .............. 6A 5. CLASSES DE RESPOSTAS ENVOLVIDAS NA E S P E C IF I­ CAÇÃO DE O BJETIVO S COMPORTAMENTAIS DE UM PROGRAMA DE ENSINO E O O BJETIVO DES TE TRABALHO ......................................................... 7 ................ 83 A. CONCEITO DE OBJETIVO COMPORTAMENTAL III. H E T 'O D O ..................................... ....... 87 1. PARTICIPANTES ....................................... 87 2. SITUAÇÃO 87 DE OBSERVAÇÃO ............ A. Am biente f í s i c o .................................................... B. Programas desenvolvidos pelosparticipantes.,.. C. E s c o lh a dos program as D. A t iv id a d e s dos 3. MATERIAL UTILIZADO ............................................. p a r t i c ip a n t e s .............................. 87 87 88 88 90 4. PROCEDIMENTO .................................... ............................................ .. IV . 90 A. Forma de t r a b a lh o no c u r s o .......... , .......... ............ . . . . 90 B. Forma de o b s e rv a ç ã o do t r a b a lh o dos p a r ­ t i c i p a n tes ......................... ............................... ................ 91 0 B S E R V A Ç 0 E S ...................................................................... .. 93 1. OBSERVAÇÕES q u an to A s c a r a c t e r í s t i c a s dos o b j e ­ t i v o s DESCRITOS PELOS PA R T IC IPA N T ES.................................. 94 A. O b servaçõ es sob re as c a r a c t e r í s t i c a s c la s s e s de re s p o s ta s e n v o lv id a s o b j e t i v o s ....................... das nos 9 !* B . O b servaçõ e s so b re as c a r a c t e r í s t i c a s das c o n d iç õ e s " d ia n t e das q u a is os a p r e n d i­ zes d e v e ría m a p r e s e n ta r as c la s s e s de de r e s p o s t a s 1' .............................................. C. O b servaçõ e s so b re as c a r a c t e r í s t i c a s 10 dos critérios de desempenho que tornariam as c la s s e s de re s p o s ta s a c e i t á v e i s como e v id ê n c ia de desempenho adequado .............................. 110 2. OBSERVAÇÕES QUANTO AS PERGUNTAS FORMULADAS PELOS PARTICIPA N TES EM RELAÇÃO AO USO DE O BJETIVO S COMPORTAMENTAIS NO ENSINO ...................................................... 115 A. B. P e rg u n ta s so b re a s p e c to s que são p ré-requj_ s i t o s p ara a aprendizagem do uso de ob­ je t iv o s com p ortam entais no e n s in o .......................... 116 P e rg u n ta s 118 so b re e n s in o e ap re n d iz a g e m ................... .. C. P e rg u n ta s r e la c io n a d a s a c a r a c t e r í s t i c a s de o b j e t i v o s com p ortam entais .................................... 119 D. P e rg u n ta s so b re v a l o r ou r e le v â n c i a huma­ na e s o c i a l dos o b j e t i v o s comportamenta is e so b re a v a li a ç ã o do e n s in o atravêTs de o b j e t i v o s com p ortam entais .................................... 1 20 E v P e rg u n ta s so b re a s p e c to s é t i c o s , id e o ló g ic o s e s o c i a i s e n v o lv id o s no uso de o b je t iv o s co m p o rtam en tais ................................................................ 122 11 3. OBSERVAÇÕES QUANTO AS DESCRIÇÕES SOBRE O QUE CARACTERIZA PROGRAMAÇÃO DE CON - . TINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO NO ENSINO............... A. RESUMO DAS OBSERVAÇÕES FEITAS SOBRE O USO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO.... . 5. OBSERVAÇÕES QUANTO A ALGUMAS DAS CRÍTICAS FEITAS AO USO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO ........................ ....... . V. D I S C U S S à O 12A 126 ' ......... ........ ...... ........... . 129 131 1. PRE-REQUISITOS PARA DESCREVER OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS .................................... 131 A. Conceito de comportamento e de resposta........ 132 B . Propriedades ou dimensões de uma classe de respostas ....................... a. topografia de uma classe 13& de respostas..... 130 b. duração de uma classe de respostas ............... 137 c. latencia de uma classe de respostas ....... 137 d. velocidade de uma classe de respostas ..... 137 e. força de uma classe de respostas ....... . 137 f. frequência de ocorrência de uma ciasse de respostas............................. 137 C. Interações entre propriedades ou dimensões de classes de respostas e a escolha de unida des de ciasses de respostas .................... 138 D. Propriedades ou dimensões das classes de estímulos..... ................................... 139 E. Propriedades das relações entre classes de estímulos e classes de respostas ............... l*tl a. relações entre classes de respostas e classes de estímulos antecedentes ......... b. relações entre classes de respostas e classes de estímulos consequentes........ c. relações entre classes de estímulos con­ sequentes e classes de resposta que os antecedem....................... 12 1^1 1A2 1A3 F. Am plitude, vaguidade, p re cisã o e e s p e c i f i ­ cidade dos termos usados para descrever c la s s e s de respostas e c la s s e s de e s t f m ulos............................................. ............................. *v.- 1 A6 G. R eferen tes de verbos de ação ................................... 2. CONCEPÇÃO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM.......... .................... 3 . CARACTERÍSTICAS 148 1^9 DOS OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S .................... 155 A. C a r a c t e r ís t ic a s das c la s s e s de re sp o sta s .................. 155 a. c la s s e s de respostas ‘'n a t u r a is 11 e c la s s e s de respostas a r t i f i c i a i s .............. . 155 b. d ife re n te s n ív e is de abrangência das c la s s e s de respostas .................................... 159 c . verbos enfatizan d o d ife r e n te s r e la ­ ções e n tre ação (ou c la s s e de re£ po stas) e ambiente ..................................... 162^ B. C a r a c t e r í s t i c a s das c la s s e s de estím ulos antecedentes ................................................... ................ 164 C. Características das propriedades das c la s ­ ses de respostas ou dos " c r i t é r i o s de de­ sempenho" ........................................................................... 169 k. CONCEITO DE OBJETIVO COMPORTAMENTAL ..................................... 172 A. 0 c o n c e ito de o b je tiv o comportamental na 1 i te ra tu ra .......... ........................................ .................. 17^ B. Uma proposta para o co n c e ito de o b je tiv o comportamental .............................................................. 1 78 a. d e sc riç ã o das c la s s e s de estím u lo s a n te ­ cedentes relacio n ad as ã c la s s e de re s­ postas em foco no o b je tiv o com portam ental... 180 b. d e sc riç ã o das c la s s e s de estím u lo s conse­ quentes re la cio n ad as a c la s s e de respos_ tas em foco no o b je tiv o comportamental e aos estím ulos antecedentes d e s c rito s ............ 18*4 c. d e sc riç ã o das c a r a c t e r ís t Íc a s da c la s s e de respostas capazes de p ro d u zir a mudança das c la s s e s de estím ulos antecedentes pa_ ra as c la s s e s de estím u lo s consequentes........ 186 13 d. v e r ific a ç ã o da d escrição dos trê s com­ ponentes de um o b je tiv o comportamental............ 189 - elementos necessários em cada com­ ponente.......................... - generalidade das descrições de cada componente........................................................ - tip o de v a r iá v e is envolvid as em cada componente....................................................... - p o s s ib ilid a d e de decomposição de ca­ da um dos componentes ....................... e. o que é um o b je tiv o comportamental........... I 89 190 191 192 192 5. FONTES E PROCEDIMENTOS PARA SE OBTER DADOS PARA ES­ CREVER OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S ....................... 193 6. COMPARAÇÃO ENTRE 0 CONCEITO DE OBJETIVO COMPORTAMEN­ TAL PROPOSTO NA LITERATURA E NO PRESENTE TRABALHO.... 195 7. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E OUTROS "TIPOS" DE OBJETIVOS.. 197 8. DECOMPOSIÇÃO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S ................. 20^ 9. SEQUENC IAMENTO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S .............. 20^ 10. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E GENERALIZAÇÃO DE APREN 'DIZAGEM................................................... 205 11. ANÃLISE DE CONDIÇÕES DE ENSINO A PARTIR DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S .......................................... 209 12. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E AVALIAÇÃO NO ENSINO.......... 210 13. 0JETIV0S COMPORTAMENTAIS E PESQUISAS COM ENSINO.......... 210 IA. RELEVÂNCIA E AVALIAÇÃO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS..... 212 15. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS: ASPECTOS ÉTICOS, IDEOLCGI COS E SOCIAIS ......................................... 213 16. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E CARACTERIZAÇÃO DA PRO­ GRAMAÇÃO DE CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO NO ENSINO... 217 17. ASPECTOS ENVOLVIDOS NA APRENDIZAGEM D0 USO DE OBJETI­ VOS COMPORTAMENTAI S NO ENSINO........................ 220 / I 18. ALGUMAS CRÍTICAS AOS OBJETIVOS C O MPORTAMENTAIS....... . 221 19- PROCEDIMENTO DO TRABALHO: CARACTERÍSTICAS E POTENCIALIDADES .......................... V I. C O N C L U S Õ E S ............................... llk 227 1. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS PARA ENSINO: CONCEITO E PROCEDIMENTOS PARA DES C R E V E - L O S ...................... 230 2. CRITÉRIOS PARA A ESPECIFICAÇÃO DE CADA UM DOS COM­ PONENTES DE UM OBJETIVO COMPORTAMENTAL NOS VÃRIOS "TIPOS" DE OBJETIVOS DE E N S I N O .......................... 232 3. DADOS, FONTES DE DADOS E PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DE DADOS NECESSÁRIOS A DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S ............................ 2.3à A. COMPORTAMENTO DE UM PROGRAMADOR DE ENSINO EM R E l AÇÃO AOS OBJETIVOS COMPORTAMENTAI S .......................... 236 5. SEQUÊNCIA DOS COMPORTAMENTOS DE UM PROGRAMADOR DE E_N SINO EM TORNO DO COMPORTAMENTO DE PROPOR OBJETI VOS TERMINAIS COMPORTAMENTAI S .......................... 239 6. CLASSES DE RESPOSTAS ENVOLVIDAS NO COMPORTAMENTO DE PROPOR OBJETIVOS TERMINAIS COMPORTAMENTAIS ............ 241 7. CLASSES DE RESPOSTAS CONSIDERADAS COMO APRENDIZAGENS DE PRÊ-REQUISITO ENVOLVIDAS NO COMPORTAMENTO DE PROPOR OBJETIVOS TERMINAIS COMPORTAMENTAI S ............ 2Ã7 R E F E R E N C I A S ........................................................................... 261 Í N D I C E DE Q U A D R O S .................................................... 269 Í N D I C E DE A U T O R E S 277 .................................................. * O BJETIVO S COMPORTAMENTAIS NO ENSINO: A CONTRIBUIÇÃO DA ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO PREFACIO E d i f í c i l an alisar a tecnologia comportamental em educação sem considerar alguns aspectos que h is tó ric a , s o c ia l, c ie n t íf ic a e mé­ todo! ogi camente têm caracterizado a area de trabalho que lhe deu or1 gem: A Analise Experimental do Comportamento. Alguns conceitos fundamentais, as descobertas basicas, a's ãreas onde se tem usado essas descobertas, conceitos e metodologia, os problemas jã equacionados (ou, pelo menos, percebidos), a produzida e alguns efeitos so ciais do trabalho relacionado tecnologia a Analise Experimental do Comportamento nos parecem importantes para os objeti vos deste trabalho. Por is to que, antes mesmo de começarmos a introdução do que pretendemos, vamos tentar esclarecer alguns pontos que levaremos e m conta no resto do trabalho. Insistimos neles porque não nos parecemser consenso - talvez ate sejam pontos controvertidos - da comunidade que trabalha de forma direta ou in d ire ta relacionada ã Analise Experimen ta l do Comportamento. 1. CONTRIBUIÇÃO DA ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO PARA 0 CO­ NHECIMENTO DO COMPORTAMENTO Dentro de sua area a Analise Experimental do Comportamento produziu uma razoavel quantidade de contribuições em relação ao conhe­ cimento sobre, o comportamento. Como ãrea, maneira de abordar e mesmo co mo conjunto de dados, a AEC trouxe contribuições desde o conceito d e comportamento ate os processos e a dinâmica envolvidos nas interações 17 entre o comportamento e outras v a r iá v e is . Uma outra maneira de se exa­ minar esta co n trib u ição ê examinar os trabalhos em AEC desde"a pesqui­ sa basica ate as ap licaçõ es e mesmo sistem atização do conhecimento em relação ao seu objeto de estudo. As próprias re v is ta s e publicações são, de ce rta forma, uma eviden cia da p a rtic ip a ç ã o da A n alise Experimental do Comportamento no desenvolvimento dessa área do conhecimento. Do in T cio da pesquisa basj_ ca (Journal o f th e E xp erim en ta l A n a ly s is o f Behaviov) ate a ap licação (Jou rn a l o f A p p lie d B eh a v ior A n a ly s is ) e a c r T tic a e discussão do prÕp rio trab alh o e pressupostos (B e h a v io rism ) "tem havido um incremento de trabalhos bastante grande envolvendo j a , dezenas de p erió dico s e a l­ guns m ilhares de pesquisas, sin a liz a n d o , tudo i s t o , um tip o de c o n t r i­ buição para a p s ic o lo g ia enquanto conhecimento e enquanto p ro fis s ã o . As d ific u ld a d e s , co n tro vérsias e p o ssib ilid a d e s da A nalise Experimental do Comportamento são, também, uma e vid e n cia de sua contrj_ buição: a de colocai' problemas e e x ig ir o constante a le r t a para uma in_ vestigação mais cuidadosa, mais exigente e , mesmo, mais d i f í c i l em re ­ lação ao seu objeto de estudo. Poderiamos d is c u t ir as m ú ltip la s áreas ( c l í n i c a , en sino , la_ ze r, organização s o c ia l, tra b a lh o , e t c . ) ou n ív e is (conhecimento, aplj_ cação, t e o r ia , f i l o s o f i a , e t c . ) de co n trib u ição da A n alise Experimen ta l do Comportamento. Para os propósitos deste tra b a lh o , porem, ressam apenas alguns aspectos. Esses e stão , de c e rta forma, in t e ­ reunidos por um aspecto comum: não são patrim ônio ou apenas fru to do tra b a lh o da A n a lise Experimental do Comportamento. E s ta , emprestou-lhes a fo rçad o s dados obtidos através de cuidadosa e extensa v e r ific a ç ã o experim ental. Uma ampla gama de afirmações e c o n tro vérsias sobre o comportamento s a í ram da e sfe ra da especulação ou da te o r ia e passaram pelo c riv o da ve­ r if ic a ç ã o através da pesquisa experimental tornando-se objeto de inves_ tigação s iste m á tica . A determinação do comportamento, o conceito de comportamen­ to , o papel do ambiente em re la çã o ao comportamento, a experimentação como forma de trabalh o em p s ic o lo g ia , o co n tro le de v a r iá v e is como va­ lid ação do conhecimento, as d iversas áreas de estudo e a p licaçã o 18 d a p sicologia tem recebido in flu ê n c ia s de d ife ren tes tip o s , da Analise Ex perimental do Comportamento. Cada um desses aspectos, de uma forma ou de outra, recebeu ou re tiro u alguma coisa do que fo i produzido sob o, in c lu s iv e , controvertid o nome "A nálise Experimental do Comportamento". Os lim ite s do que seja AEC, hoje, são imprecisos ta l a d ifjj sao e integração com os demais trabalhos em p s ic o lo g ia , mas suas con trib u içõ e s são p e rce p tíve is apesar das suas c a ra c té rT s tic a s não serem, também, exclu sivas da A nalise Experimental do Comportamento (Todorpv , 1976). . 2. DETERMINAÇÃO DO COMPORTAMENTO A A nalise Experimental do Comportamento tem afirmado que o comportamento - incluindo o humano - e determinado e que is to traz se­ ria s e importantes im plicações s o c ia is . Skinner representa e esclarece esta posição, mais do que exaustivamente, nos seus liv r o s Beyond Free~ dom and Dignity (1971), About Behaviorism (1974b) e, recentemente, n o R e fle o tio n s on Behaviorism and S o c iô ty (1978). Ha porem, em relação a essa posição, uma grande quantidade de argumentos co ntrário s d is c u tin ­ do o problema da causalidade do comportamento humano e da sua determi­ nação (Grunbaum, 1973 e 1975; Immergluck, 1975). Nesses argumentos en­ contramos, basicamente, a suposição de que a “ natureza humana" e um f£ nõmeno de ordem especial d ife re n te daquele da "natureza f í s i c a " . 0 que se encontra nesta argumentação, porem, ê um grande número de suposições e confusões semânticas que precisariam ser melhor examinadas e esc!are ci das. Em alguns argumentos se considera o ser humano como parte da natureza e se assume a metodologia da c iê n c ia natural como adequada para o estudo do comportamento humano. Em ou tros, não se a c e ita t a l afirm ação, defendendo-se que o homem e de uma ordem (ou espécie) supe­ r io r e mais complexa e que, portanto, não e adequado u t i l i z a r a método lo g ia das ciê n cias n atu rais para estudá-lo (W alker, 1973). 0 debate so bre a p o ssib ilid a d e da explicação do comportamento humano f i c a , assim, lo ca liz a d o sobre o tip o de explicação a ser a c e ita . 19 A c o n tro v é rs ia se estende por v á rio s aspectos envolvendo 11 berdade humana, dominação do homem, c o n tro le s o e i a l , dignidade da pes­ soa, c u lp a , c o n s c iê n c ia , r e s p o n s a b ilid a d e ... As p a la v ra s se , m u l t ip li ­ cam e perde-se de v is t a o que pode e s t a r re la cio n a d o com d ife re n te s pectos do problema da determ inação do comportamento. As p a la v ra s term in ism o ", "c a u s a ", " l i v re - a rb T tri o " , "e x p lic a ç ã o ", 'a c a s o , de contro_ l e " , e t c . são empregadas em d iverso s s e n tid o s , muitas vezes não s i gni fi_ cando o que se encontra e admite na c iê n c ia a t u a l. A c o n t r o v é r s ia , que ta lv e z fosse genuína, transform a-se apenas em d isp u ta verb al ã medida que os termos não são d e fin id o s com c la re z a nem usados com p re c is ã o . A confusão sem ân tica, su sten tad a por form ulações im p re c is a s , apenas dei xa a ilu s ã o de um problema quando e l e , na r e a lid a d e , e o u tro , o a pa la v r a "ca u sa " tem inúmeros s ig n ific a d o s e e , a in d a , usada com d iverso s desses s ig n ific a d o s ao mesmo tempo (Bunge, 1961). Um desses c o n flito s se esconde atras da antiga e sim plista noção de que a determinação dos fenômenos se faz através de uma re la ­ ção simples de causa-e-efeito. Skinner (1974a) analisa algumas dessas n£ ções em torno da concepção de "causa" do comportamento, sal ientando que os termos "causa" e " e fe ito " tem significados muito alem do que os c i­ e n tista s quèrem dizer e que não são mais usados em ciê n cia . "A antiga 're la ção de causa e e fe it o ' transforma-se em uma 'relação fun cio n al' ( . . . ) " Queremos saber por gue os homens se comportam da maneira como o fazem. Qualquer condição ou evento gue tenha algum e fe ito demonstravel sobre o comportamento, deve ser considerado. Descobrindo e analisando estas 'causas' poderemos prever o comportamento. . . 11 (Skinner, 1974a, p. 2 1 ). A contribuição que a Análise Experimental do Comportamento trouxe ao problema da determinação do comportamento estã exatamente coji tid a nessas expressões: "queremos saber", "qualquer condição ou even to ", "demonstravel", "deve ser considerado", e "relação fu n cio n al". Para a A n a lis e Experim ental não se t r a t a de negar ou defen­ der mas de " qu erer sa b e r" e , para i s t o , se faz uma experim entação r i ­ gorosa examinando-se as re la ç õ e s supostas a té poder "d e m o n s tra - la s ". " Qualquer evento ou cond ição " id e n t if ic a d a s de acordo com e stas exigen 90 cias “ deve ser considerado11 e não apenas negado. A preocupação parece mais voltada para "d escob rir e a n a lis a r do que para d is c u tir o teori z a r ". A su b stitu içã o de "relação de causa e e fe ito " por "relação fun cion al" nio s ig n if ic a apenas uma mudança de expressão. Ela implica na consideração de que nao hã um único e simples determinante (" cau­ s a ") para cada evento ( " e f e it o " ) e sim vários possíveis determinantes para um mesmo evento. Ê o que marca a passagem de um determinismo abs£ luto ("ha uma causa") para um determinismo apenas ( ? ) p ro b a b ilís tic o (onde encontramos vários possíveis e atuais "eventos ou condiçoes" de­ terminando o comportamento). Probabi l í s t i co e o tip o de determinismo que a c iê n c ia - e den tro dela a Analise Experimental do Comportamento - defende. A palavra " p r o b a b ilís tic o ", porem, ainda precisa ser mais esclarecid a (B u n g e ,... 1961? Walker, 1973), explicitando-se melhor seus lim ite s e contornos. 0 problema básico na controvérsia sobre o determinismo pa­ rece se r a suposição de que "determinismo" e "p o ssib ilid ad e de determi_ nar" s io a mesma coisa- 0 conhecimento exato e a p o ssib ilidade de de­ terminação to ta l são tendências (como o conceito de in f in it o ) que ,a ci^ encia nio afirma como sendo sua c a r a c te r ís tic a ou capacidade. Os even­ tos ou condições que interferem na determinação são inúmeros e ha sem­ pre a p o ssib ilidade de haver fatores desconhecidos que também in te r f e ­ rem. Alem d is to , cada evento ou condição interage com os outros em nu­ mero e intensidade v a r iá v e l, alterando a própria in te rfe rê n c ia de cada um com o que ê determinado. A probabilidade de predição de um "e fe ito " f ic a , assim, r e la t iv a , de acordo com o número de fa to re s , interações en tre e le s , conhecimento que se tem, e tc . Aceita-se com fa c ilid a d e que um evento ou condição "influen^ c ia " o comportamento e nega-se que "determine" o comportamento. Dizer "in flu e n c ia " deixa cla ro que se tem uma "determinação p a r c ia l" . A tare fa a que se propõe a c iê n c ia ê descobrir e a n a lis a r estes eventos que influenciam (e como o fazem) o comportamento. Alem d is to , e la quer de­ monstrar a in flu e n c ia que é exercida (como? em que g ra u ?.. . ) . E cla ro que, 21 conhecendo estes "eventos in flu e n te s ", se poderá, id en tifican d o , ou mani pulando sua e x is tê n c ia e v a ria ç ã o , p rever e " in f lu e n c ia r 1’ em maior ou menor grau o comportamento (as p alavras g rifad as são de Skin n er, 1972, t 1974a e 1975). Dizer " in f lu e n c ia r em maior ou menor grau" e d iz e r "de term inar dentro de uma c e rta margem de pro b ab ilid ad e" (determinismo prcr b a b ilís t ic o ). Neste contexto, " in f lu e n c ia r " e "determ inar" são apenas duas maneiras de f a l a r da mesma c o isa . A fT s ic a atômica - com a te o r ia dos quanta - produziu boa parte das co n trib u içõ es para entendermos ainda melhor o problema do "d£ terminismo probabi l í s t i co"* Foi com a te o ria dos quanta e com a necessi_ dade de lo c a liz a r as minúsculas p a r tíc u la s em um n ív e l atômico, que ti[ vemos uma co n trib u ição ainda maior na elu cidação de v a r ia v e is c ru c ia is para a determinação desses fenômenos. Heisenberg (Swd.) co n trib u iu com o conhecimento sobre a pró pria energia dos processos de observação co^ mo uma das v a ria v e is que a fe ta o fenômeno observado. A v a ria v e l "obsej* vação" (ou energia en vo lvid a na observação) e mais úm determinante (ou fa to r in flu e n te ) do evento em exame. A co n trib u ição s a lie n ta que, quanto mais se n sív e l um evento, mais s u s c e tív e l de s e r alte rad o por fato res mínimos. Entre as su scetib ilid a d e s , Heisenberg ( s . d . ) destacou a de o fenômeno em exame s e r a l ­ terado pela p ró p ria observação. Em P s ic o lo g ia , temos algo semelhante quando dizemos que "o observador i n t e r f e r e " , "se a pessoa souber o que se espera d e la , muda­ r a " , "se souber o que a in f lu e n c ia , re a g ira d iferen tem en te", e tc . São i expressões que revelam não a indeterminação do comportamento ou o 11- á v r e - a r b ít r io , mas apenas mais fato res determinantes que são, as vezes, s u tis e de grande poder de in flu e n c ia . A P s ic o lo g ia não e uma exceção com relação ao fa to de que, quanto mais s e n sív e l fo r um fenômeno, mais s u s c e tív e l e le serã de s o fr e r alteraçõ es provocadas por pequenas va ria çoes nos eventos (seus potencialm ente determ inantes). Condições b io ló g ic a s , g e n e tica s, f is io ló g ic a s , econômicas , s o c ia is , de aprendizagem, e t c . , in terferem e determinam dimensões defi_ nidas do comportamento agindo, cada uma de uma forma, e sofrendo, nessa forma de a g ir , in flu e n c ia s p e cu lia re s das demais condiçoes re la cio 22 nadas a um dado organismo e a um dado comportamento desse organismo. Varias dessas condições se constituem em objetos de estudo de d ife re n ­ tes d is c ip lin a s c ie n t íf ic a s e is to pode fazer com que, muitas vezes, uma d is c ip lin a ignore ou não perceba fatores in flu e n te s (determ inantes) porque não pertencem ã sua esfera de conhecimento ou in ve stig ação . Não se pode, porém, por ignorância ou desconhecimento, afijr mar que outras v a ria v e is não existem ou não afetam o comportamento ou, ainda» que não conseguindo uma d is c ip lin a obter a determinação do com­ portamento, que eT^íjnão e x is ta . 0 comportamento e um fenômeno multidis^ c ip lin a r e is t o exige que cada d is c ip lin a delim ite ou defina quais as classes de v a ria v e is ou de interações que sao de sua area, alçada o u competência. C fa to de haver inúmeras “ d is c ip lin a s interm ediãria$"(psi^ co biologia, psico g en etica, p sico farm aco lo g ia.. . ) pode faz er com que se torne ainda mais contro vertid a a d efinição da p sico lo g ia e do seu obje to de estudo (Kel.ler,1970; W alker, 1973), 0 problema do “ campo de cada d is c ip lin a c i e n t i f i c a ” , sem diu vid a , não e um problema novo. 0 que parece ser mais novo e .a entre o determinismo relação p ro b ab iiT stico e as definições de cada d i s c i p l i ­ na c ie n t íf ic a . Cada d is c ip lin a domina apenas parte das v a riã v e is envoj_ vidas com a determinação do comportamento. Este problema, porem, se acentua quando se acrescenta a in ­ teração de d ife ren tes d is c ip lin a s c ie n t íf ic a s com as p ro fis s õ e s , de uma forma ou de ou tra, relacionadas a e la s . Talvez se possa is o la r v a ria veis p ertinen tes a cada d is c ip lin a quando se in v e stig a ou se organiza o conhecimento. Os fenômenos, porém, não são “ u n id is c ip lin a r e s " p ro fissõ e s, mais do que as d is c ip lin a s c ie n t íf ic a s , tendem a t e r e as que lid a r com os fenômenos m u ltid iscip lin arm en te. E nesse sentido,que a interação de d ife ren tes d is c ip lin a s com as p rofissões de qualquer forma relacionadas a e la s , poderá se a l ­ te ra r se cada uma deixar c la ro que conhece e domina apenas parte dos eventos que afetam o comportamento. Talvez a argumentação e o debate em torno das controvérsias sobre "o que ê responsável por um determinado padrão de conduta" tendesse a "somar ou combinar d iferen tes aspectos” em vez de " e x c lu ir uns ou outros". . .. 23 j A A n a lise Experim ental do Comportamento tem co n trib u íd o não exclusivam ente e la , e c la r o - na demonstração dessas mui tid e te rm ínações. As in ve stig a çõ e s dos la b o ra tó rio s de AEC trouxeram ao conheci­ mento humano um grande numero de condições que in te rfe re m no comporta­ mento e que tornaram p o ssív e l uma percepção cada vez mais n ít id a do que se faz e se pode fa z e r em re la çã o a determinação ( p r o b a b i l í s t i c a ! ) do comportamento. So cialm en te, sua c o n trib u iç ã o pode se r considerada como a divu lg ação (d e v e ria d iz e r denúncia) ã comunidade humana, a n ív e l i n ­ te rn a c io n a l , das l e is que se relacionam com o comportamento. Da mesma forma que torna p o s s ív e l uma determinação in te n c io n a l do comportamento (c o n tro le s o c i a l ) , torna v iá v e l uma defesa dessa determinação (contrac o n t r o le ) . As p a lavras de Sk in n er (1974a, p. 21) tomam, com tudo is to , um peso e s p e c ia l: não se t r a t a de d is c u t ir ou t e o r iz a r sobre a determl nação do comportamento; o que im porta, e " q u erer saber por que os ho­ mens se comportam da maneira como o fazem. Qualquer condição ou evento que tenha sid erad o . algum e f e it o demonstravei sobre o comportamento deve s e r con Descobrindo e analisando ( . . . ) poderemos p re ver o comporta - m ento". Enfim , a A n a lise Experim ental do Comportamento não se pro­ põe a "in v e n t a r a determinação do comportamento" mas a d e sc o b rí- la ,d e £ c re v e - la e p o s s i b i l i t a r , mais e fe tiv a m e n te , a denuncia do que e s tá en­ vo lvid o nos processos de u t iliz a ç ã o dessas l e i s t r o le s o c ia l ta n to quanto (d e sco b e rtas) no con - to rn a r p o s s ív e l e s c o lh e r e determ inar os com portamentos que queremos t e r , ca ra cte riz a n d o a noS mesmos em nossa so­ ciedade. Também se propõe a p ro d u z ir um conhecimento extenso, p re c iso e demonstravei (ou r e p lic a v e i) a re s p e ito dos fa to re s determ inantes do comportamento na abrangência que fo i d e fin id a para sua competência: as in t e r - r e i ações do que os organismos fazem com o ambiente em que o fa ­ zem. £ razoável a e v id e n c ia de que estas d esco b ertas, co n tro vé r­ s ia s e problemas produzi rão - ou poderão p ro d u zir - consêqüências que nos devem manter an alisan do e revendo o p a p e l, a re sp o n sa b ilid a d e , possibj_ lid a d e s , problemas e perigos decorrentes (ou e n vo lvid o s com) da c iê n c ia 24 I; e da tecnologia. Is to tem recebido cada vez mais atenção dos c = n tis ta s (L e ite Lopes, 1969; P in to , 1969; Ben-david, 1974; Mc B rid e , es- pôcialmente em relação aos países do te rc e iro mundo (L e ito Lopes, 1969 e 1978; Nicholson, 1978). A própria A nalise Experimental do Comportamento tem trazido novas po ssib ilidades sobre o questionamento em relação a concepção de homem que temos (Sk in n e r, 1975, pp.57-65) e ã concepção de organização so c ia l envolvendo o problema - d elicad o ' ■ * do planejamento c u ltu ra l (Sk in n e r, 1975, pp. 44-57). Não são problemas para se negar ou apenas debater mas para se in v e s tig a r e a v a lia r im plicações. Eles parecem co rre r dos estágios de desenvolvimento c ie n t íf ic o a que se chegou de_ e das p o ssib ilid ad es tecnológicas e nos devem deixar mais preocupados, £ tentos e exigentes ainda com as potencialidades de uma c iê n c ia e tecno lo g ia em relação ao comportamento dos organismos. 3. NOÇAO DE COMPORTAMENTO Além das contribuições em relação a determinação do compor­ tamento a AEC trouxe um segundo conjunto de contribuições mais t i p i c a ­ mente seu para a p s ic o lo g ia . Este conjunto de contribuições diz respei_ to diretamente a noção de comportamento. Se considerarmos apenas a diferença entre o que Skinner coii siderava comportamento em 1938 e no que ele in s is te em 1969 * temos uma diferença que ilu s t r a um longo caminho percorrido. N ele, encontramos muitos dados sendo progressivamente acumulados e esclarecendo a noção de comportamento. Skinner em 1938 afirmava que o comportamento era uma parte da ativid ad e to ta l de um organismo e que " . . . behavicv iswhatan organism is doing..." (Sk in n e r, 1938, p .6 ). Em 1969 Skinner s a lie n ta (mais uma vez?) o papel das complexas in te r- re i ações entre o estím ulo antecedente, a resposta e o estím ulo consequente, para se entender comportamento operante. o * De 1938 a 1969 tre s décadas de trabalho em A n alise Experi mental do Comportamento examinaram inúmeros problemas relacionados diferen tes ênfases nas proposições de Skinner. 25 as Desde 1931 ja havia uma contribuição que ate hoje não ' foi suficientemente equacionada. Ao d is c u t ir o conceito de reflex o ,Skin i (1931), em função de uma revisão da h is to r ia do conceito, propôs uma de fin içã o em termos de correlação entre estimulo e. resposta. 0 re fle i deixava de ser considerado a resposta (R) do organismo diante de ura tTmulo (S) para ser considerado a relação (S-R)entre um estTmulo e i s resposta. 0 estTmulo e a resposta eram apenas dois componentes usados para an a lisar a relação e x is te n te . Em 1934 Pavlov afirmava que "e legítim o chamar de reflex o ab soluto a relação permanente entre o agente externo e a ativid ad e do or­ ganismo por ele determinada, e de reflex o condicionado a relação te iy o rã ria " (P e s s o t t i, 1979, p.42; os g rifo s são nossos). A unidade de ana­ lis e , portanto, não era a atividade (ação ou resposta) do organismo o re fle x o , entendido como relação entre agente externo e ação do orga­ nismo. Em 1935, Skinner dava mais um avanço no problema, conside rando que os estímulos e respostas variam de um instante para outro e is to faz com que o reflexo não possa ser definido em termos da relação entre umestTmulo p a rtic u la r e uma resposta p a r tic u la r . Reflexos sam a s e r, então, relações entre classes de respostas e classes de es­ tímulos (Skinner, 1935). Como classe entendia-se todos os eventos todas as dimensões dos eventos relação. Com is to pas­ o u que pudessem d e fin ir ou fazer e x is t ir a foi colocado em evidencia o problema dos c r it é r io s pa ra escolher unidades de comportamento. A proposta de Skinner era que es_ sas unidades fossem classes de respostas e classes de estím ulos. A an alise poderia, de maneira semelhante ser estendida a o comportamento operante. S e ria ele também uma relação d iferen te das clas_ ses de estímulos e das classes de respostas envolvidas? A p a r t ir desses trabalhos de Skinner (1931 e 1935) surgiram vários outros examinando conceitos e seus usos em relação ao que e com portamento. Trabalhos que, no entanto, não parecem le v a r s u fic ie n te ­ mente em conta as inúmeras vezes em que Skinner, em diferentes traba Ihos , in s is te no comportamento operante como uma complexa relação com o ambi_ ente. Desde 1938 no Behavior of Organisms, o autor in s is te nessas relações. 26 Staddon (1967) d isc u te o co n ce ito de operante sa lie n ta n d o va rio s problemas e n v o lv id o s : o que d e fin e uma c la s s e de respostas e a uni dade comportamental, a in te ra ç ã o e n tre op erantes, e tc . Fundamentalmente , e n tra em questão um t e r c e ir o c o n c e ito : operante. Ja se tem s e is ex pressões que precisam s e r e s c la r e c id a s : comportamento, e stím u lo , c la s ­ ses de e stím u lo s, re sp o sta , cla sse s de respostas e comportamento ope ran te . Sch ick (1971) aponta ainda outros problemas em re la çã o ao co£ c e ito de comportamento. Um dos pontos sa lie n ta d o s e basicam ente, c r it é r io s para denominar ou d e f i n i r uma c la s s e de re sp o sta s. examina um conjunto de tra b a lh o s de S k in n e r, publicados en tre 0 o de au to r 1932 1969, an alisan d o o co n ce ito de operante e os c r it é r io s usados ou e pro­ postos para d e f i n i r este c o n c e ito . Sh ick c r i t i c a a dependência do co n ceito de comportamento ope­ rante ao de co n tin g ê n cia de reforçam ento sa lie n ta n d o a d ife re n ç a e n tre conseqüência que se segue a uma c la s s e de respostas e conseqüência que e produzida por uma c la s s e de re sp o sta s. 0 au to r ainda d isc u te a a f i r ­ mação de que o " r e fo r ç o " (deveriam os d iz e r "o evento que se segue")não e contingente a uma c la s s e de respostas mas a uma propriedade de uma c la s s e de re sp o sta s. Sc h ic k questiona qual s e r ia a propriedade c r í t i c a pondo em dõvida que s e ja a to p o g ra fia . 0 a u to r ainda r e s s a lt a que o e f e it o parece s e r c r í t i c o f 1 n i r um comportamento e não para d e f i n i r uma resposta ou c la s s e d e re s p o s ta s , pondo em duvida o que s e ja considerado e f e it o em re la ç ã o ao com portamento: o que e produzido ou o que se segue a uma determinada p ro ­ priedade de uma c la s s e de resp o stas? S ch ick a n a lis a o problema re la cio n ad o ã noção de comportamen­ to s u p e rs tic io s o se o e f e it o f o r considerado o que e produzido (e não o que se segue) p e la c la s s e de re sp o stas. Também aponta im p licaçõ es p_a ra os co n ceito s de e x tin ção e g en eralização se fo r considerado compor­ tamento apenas "a propriedade de uma c la sse de respostas que produz um e f e i t o " . Para o au to r a d e fin iç ã o de operante deve, fundamental mente , r e fe r ir - s e ã re la ç ã o en tre as respostas e o e f e it o dessas respostas no 27 para d ambiente e nao a outras propriedades dessas respostas. Da analise de Schick também se pode considerar o problema da diferença entre classes- de respostas e cadeia de respostas. Pode-se * igualmente, chamar ambas de comportamento operante? Se o que define um comportamento operante e o e fe ito produzido, a pergunta parece perti nente porque e x ig ira a e x p licitação de c r ité r io s para d e fin ir uma e ojj tra . 0 autor ainda considera que, ao fazer experimentos, se define uma propriedade qualquer de uma classe de respostas em relação a qual se seguira uma conseqüencia enquanto, ao trab alh ar com comportamentohju mano, as conseqbencias s£ podem ser obtidas por determinadas proprieda de de determinadas classes de respostas e não por outras e, por isso , aquelas que são as relevantes precisam ser descobertas e não apenas de­ fin id a s . 0 problema destaca especialmente a diferença entre os eventos que se seguem a classes de respostas no laboratorio e que não sio ne cessariamente produzidos por elas, a não ser devido a manipulação expe­ rimental, e os eventos que seguem necessariamente a determinadas cias ses de respostas. Este-problema fic a especialmente salientado no "Verbal Behav- iovn onde Skinner (1957) usa o c r it é r io de “ e fe ito a obter" para cate­ gorizar o comportamento verbal (ta to , mando, e t c . ) . Estas categorias po> deriam f ic a r comprometidas se fosse o e fe ito que se segue (porexemplo, alguém pedir agua e obter uma conseqüincia diferente de obter agua - uma explicação, do in te rlo c u to r, de que a agua não e boa para beber - to rn aria a verbalização algo d iferen te do “ mando"?) e não o que e pro­ duzi do (por exemplo, pedir agua e, por causa d isso , obter agua) o que se usasse para d e fin ir as categorias de comportamento. As diferenças na definição e analise do que seja comportamen­ to em situações de lab orato rio e em ambiente n a tu ra l, do ponto de v is ­ ta acima ainda são enriquecidas com aspectos mais esp ecífico s nos arti^ gos de Bolles (1970) e de Seligman. (1970). B o í1es discute as diferenças entre as reações de defesa espe­ c ífic a s da espécie e as relações a r b itr a r ia s estabelecida^ no laborat£ 28 r i a entre estímulos antecedentes, respostas selecionadas e conseqüen- cias apresentadas pelos pesquisadores. 'Seligman acrescenta a estes problemas as noções de preparação, nao preparação e contra-preparação do organismo para responder a ou pe£ ceber as relações antecedente-ação-conseqüente. A escolha das va riá v e is e a manipulação controlada em laborato rio traz o problema das diferenças entre conseqüencias naturais e ar b itr a r ia s e esconde a diferença entre eventos que se seguem e eventos produzidos pelas respostas dos organismos. Prosseguindo a an álise dos problemas relacionados ao conceito de operante, Catania (1973) vai mais longe que os autores acima, explj_ citando o que considera fundamental para d e fin ir o conceito de compor­ tamento operante. Catania (1973) faz considerações a p a r tir da afirmação de Skinner (1969, p.131) em relação a ser sempre sobre propriedades de uma clas^ se de respostas que uma dada conseqüencia e contingente e que e essa relação que define o operante. Por is t o , para Skinner, o que d e fin ia um operante era um conjunto de contingências, o que s a lie n ta o problema do uso dos termos resposta (ou classe de ) e operante como sinônimos. Pa­ ra Catania, porem, o conceito de operante deve basear-se em uma ênfase nas propriedades das relações entre respostas e estímulos e não nas pro priedades das classes de respostas. Como no conceito de re fle x o , o pecto c r it ic o de um operante e a relação entre eventos ambientais as e respostas (C atania, 1973). Para ser coerente com o que ate 1573 estava analisado, Cata­ nia deveria deixar claro que o aspecto c r it ic o de um operante e a relji ção entre propriedades de uma classe de respostas e propriedades de uma classe de eventos ambientais e não apenas entre classes de respostas e classes de estím ulos. Skinner (1969, p.' 131), neste sentido, denomina a resposta de componente ou instân cia de um operante que ele considera como classe de eventos. ■ 29 ?• Catania (1973) acrescen ta a tudo is t o que a e s p e c ific a ç ã o das cla sse s de estím ulos e das c la sse s de respostas exige que se e s p e c if i­ que, também, os tip o s de relaçõ es comportamentais nas quais essas cla£ ses podem e n tr a r . 0 au to r considera que o co n ceito de operante manti nha, ate então, uma ênfase maior nas c la sse s de respostas do que n a s propriedades da re la çã o en tre respostas e e s tím u lo s . Desta forma, sa­ l ie n t a , fo i e s ta b e le c id a uma dicotom ização en tre respondentes (c la s s e s de respostas d e fin id a s em termos dos estím ulos que a s ie lic ia v a m ) e op^ rantes (c la s s e s de respostas d e fin id a s em termos dos estím ulos que e la s produziam). C atania ai rida e s c la r e c e que nesta dicotomi a e sta im p líc it a uma outra e , t a lv e z , mais importante d is tin ç ã o e n tre duas c la sse s com-; plementares de re la çõ e s comportamentais: re laçõ es re fle x a s ( c o r r e la ­ ções e n tre c la sse s de respostas e cla sse s de estím ulos antecedentes) e re la çõ e s operantes (c o rre la ç õ e s entre cla sse s de estím ulos e c ia sse s de respostas an te ced en te s). Classes complementares porque ambas estão en­ v o lvid a s na d e scriçã o de um comportamento. Os d ife re n te s autores (S k in n e r, Staddon, S c h ic k , C a ta n ia ) sa­ lientam que é im portante d is t in g u ir , com c la r e z a , os c r it é r i o s que são usados para d e f in ir uma re la çã o comportamental: podemos nos r e f e r i r ao que um organismo faz de uma maneira d e s c r it iv a ( c a r a c t e r ís t ic a s daqui­ lo que o organismo fa z ) ou de uma maneira fu n cio n al ( c a r a c t e r ís t ic a s * da re la ç ã o daqu ilo que o organismo faz com o ambiente em que o f a z ) . Considerando tudo is t o temos, h o je , uma grande quantidade esclarecim en tos a p ro d u z ir e uma complexidade muito maior a le v a r de e m conta na a n a lis e do comportamento. Em re la çã o aos esclarecim en to s temos que u s a r, menos vaga e indiscrim inadam ente, termos so aparentemente sinônimos como: re sp o sta, c la sse de re sp o sta s, comportamento, comportamento operante, ou estímu lo , cla sse de e stím u lo s, estím ulos anteced entes, condições anteceden te s , estím ulos conseqüentes, e f e it o s , co n seq ü in cia s, estím ulos subse qbentes, e mesmo produto, re s u lta d o , re fo rço e reforçam ento. Algumas vezes e ssa s ,p a la vra s referem eventos sim ples; o u tra s , relaçõ es en tre es tes eventos, ò que, em s i , c o n s titu i um outro o b jeto de estudo. 30 Estas a n a lise s e questões todas marcam uma ra d ic a l mudança no que se concebia s e r comportamento ate os autores citad os aposentarem os problemas d e sc rito s e ha, n is t o , a co n trib u ição e s p e c ífic a da Analj_ se Experimental do Comportamento. Muitas perguntas permanecem ainda sem resposta e , se conside­ rarmos que o comportamento operante se ja uma re lação entre o que o o r­ ganismo faz e a s itu a ç ã o em que o fa z , novas perguntas precisam se r fo r mui adas: . Que tip o de relaçõ es existem? . Como d escrevê-las? . Qual a unidade que se pode usar para descrever ou f a l a r sobre estas re la çõ e s? . 0 que define cada um dos termos que usavamos ate agora para nos referirm os ao comportamento? - Se pudermos obter estes esclarecim entos poderemos e s ta r aten ­ dendo a considerações como a de F e r s te r e outros (1977, p p .36-39) quar^ do questionam o uso do termo "operante" para f a l a r do "desempenho ope­ r a n te ", ou e s c la r e c e r d iferen ças entre termos que antes tinham d ife re ji ças n ítid a s (por exemplo, classe s e cadeias da re sp o sta s). A co n trib u ição da A n alise Experimental se faz não so por t r a ­ zer a exame todos estes problemas como por te r ja muitas das respostas a e le s . Os prõprios objeto e d e fin iç ã o da p s ic o lo g ia terão que se r me­ lhor precisados se o comportamento ê "algo mais que aq u ilo que o orga­ nismo fa z ". Se acrescentarmos a estas indagações e problemas o exame d o conceito de "co n tin g ê n cia de reforçamento" ainda teremos uma percepção mais complexa do que sejam as relações envolvid as no comportamento, alêm do que se percebeu ate agora. As relações não são simples e ocor­ rem entre m ú ltip lo s componentes. Os dois aspectos (determ inação e conceito de comportamento o- 31 p erante) an alisad o s ate a q u i, podem por em dúvida muito do que se pen­ sava sobre conduta humana ate a década de 1970, em P s ic o lo g ia . Contu­ do K e lle r , ao usar uma an a lo g ia coerente com as afirm ações de Skinner (1974a, p. 2 1 ) , ja d e s c rita s a n te rio rm e n te , re a lç a o dinamismo quê os pro blemas e c o n tro v é ris a s da P s ic o lo g ia representam : "... e uma t e n t a t iv a s in c e ra e cabal de manter a casa da P s i­ co lo g ia em ordem: de repor e sta peça de m o b iliá r io , de re p a ra r aquela; de in d ic a r a ap arên cia fo ra de moda de uma s a la ou a nudez de o u tra ; a c re sc e n ta r uma a la aqui ou um andar a l i ; e , se n e c e s s á rio , de por a ca sa abaixo é c o n s tr u ir uma nova - sempre de acordo com o número, a n e ­ cessidade e as posses de seus ocupantes" (1970, p. 141). Mudando "m o v e is", " s a l a " , " a l a " , "c a s a " por "fa to s sobre o com portamento" pode-se t e r uma noçio do que s e ja o tra b a lh o de cada um no empreendimento que ê fa z e r c iê n c ia em P s ic o lo g ia e da im p o rtan cia de e£ c la r e c e r o que fo i a n a lisa d o até agora. 4. PAPEL,DO AMBIENTE EM RELAÇÃO AO COMPORTAMENTO (CONTINGÊNCIA DE REFQRÇAMENTO) Além das re la çõ e s de c la s s e s de estím u lo s e c la s s e s de respo£ ta s , o c o n c e ito de comportamento operante (que e n fa t iz a a re la ç ã o das cla sse s de respostas com as c la s s e s de estTmulos que ocorremapÕs a a p r£ sentação das cla sse s de re sp o sta ) teve o acréscim o do co n ce ito de con­ tin g ê n cia de reforçam ento (que e n f a t iz a a re la ç ã o das cla sse s de e stT ­ mulos que ocorrem apos a apresentação das c la s s e s de resposta com u m aspecto destas c la sse s de re sp o sta s: a sua p ro b a b ilid a d e de o co rrê n cia em c irc u n s tã n c ia s d e f in id a s ). Em 1969, S k in n e r an a liso u e s te tip o de re la çõ e s do ambiente com o comportamento no c a p ítu lo "0 papel do ambiente" de seu ' liv r o C on tin g en ci.es o f R e in fo r c e m e n t. 0 a u to r chama atenção para as comple xas in te r- r'e la çõ e s e n tre o ambiente e o comportamento, an alisan d o as iji terações en tre tre s componentes e n vo lvid o s na noção de comportamento co 32 m relação com o ambiente: as classes de estím ulos antecedentes, classes de respostas e as classes de estím ulos conseqüentes. a s c r ;nner, (1969) s a lie n to u a p o ssib ilid a d e de a n á lise de mais um aspecto nas re­ lações que d e fin i riam o comportamento operante. Esta c o n trib u iç ã o , porém, não é de 1969. Desde 1938, no Behav ior of Organisms , de d ife re n te s formas Skinner procurou d estacar que o comportamento é uma complexa in te rre la ç ã o entre o que o organismo faz e o ambiente em que o faz. Com este acréscimo fic o u mais p re cisa a noção de "reforçamento" não a p a r t i r de relações sim p lista s do tip o S-R ou R-S mas a n a li - sando, agora, vá rio s tipos de relações simultaneamente: . as relações entre classes de estím ulos antecedentes com cla sse s de resp o stas; . as relações de classes de respostas com classe s de e s t í ­ mulos conseqüentes a e la s ; . as relações entre classes de estím ulos antecedentes e cla sse s de estím ulos conseqüentes; / o e f e it o que as classes de estím ulos conseqüentes tem so bre a probabilidade de ocorrência das classes de res - postas a que se seguem. 0 comportamento operante ocorre dentro de uma dinâmica interja ç io desses quatro tipos de re la çõ e s. 0 prim eiro tip o de relaçõ es dava ê n fa se ^ ^ ao comportamento re fle x o (e as relações enfatizad as pelo co£ dicionamento c lá s s ic o ). 0 segundo, dava ênfase ãs relações que caracte’ rizavam o que era chamado de "comportamento operante" (ou de condicio- ( ) Não nos deteremos, neste tra b a lh o , em um exame mais profundo des­ sas re la çõ e s. No caso deste prim eiro tip o de re la ç õ e s , por exemplo, se podería acre scen tar as relações (e suas d ife re n ç a s ) entre e s t í ­ mulo e líc ia d o r e estím ulo d iscrim i n a tivo (ambos estím ulos antece dentes) . 33 namò.nto operante). 0 te rc e iro tipo e n fatiz ava o. controle de estímulos, no fortalecim ento operante. 0 quarto tip o de relações perm itiu prèci sa r mais um tip o de relação: a do fortalecim ento do operante. A c o n t r L b u i çao*dé Skinner no C on tin g ena ies o f Reiriiforoement fo i a de in te g ra r estes quatro tipos de relações como necessárias para e s p e c ific a r qual o tip o de-.rei ação complexa que esta havendo entre o que o organismo faz e o ambiente e vice-versa. 0 "vice - ve rsa" quer s a lie n ta r exatamente a reciprocidade da relação . 0 Quadro 1 ilu s t r a esquemãtica e sim plificadam ente, alguns tipos de relações entre o que o organismo faz e o ambiente em que o faz. 0 prim eiro tip o Quadro 1. Representação esquemáticaldas m ú ltip las re ­ lações envolvidas na complexa relação das classes^ de respostas de um organismo com as classes de estímu­ lo do seu ambiente. I mostra a tra d ic io n a l e sim p lista relação estím ulo-resposta, levando Ferste r e outros (1977)a questionarem a adequação do termo resposta para se r e f e r ir ao que o organismo f a z ^ . 0 segundo tip o de relações e n fa tiz a a noção d e Nao e de in te re sse deste trabalho d is c u t ir diferen ças ou semelhan­ ças entre :comportamento respondente e operante ou e r tr e estímulos e lic ia d o re s e sin a liz a d o re s (d is c rim in a tiv o s ). Embora sejam impor^ tantes para p re c is a r a noçao de comportamento^ neste trabalho sera analisada apenas grosseiramente a relação estímulo antecedente-res posta. Vale o mesmo para as demais relações ilu s tra d a s Quadro T. 34 ojperante, no sentido de "operar" no meio. 0 te rc e iro e n fa tiz a , ja não mais as relações que definem o comportamento mas as relações que e x is ­ tem afetando o que o organismo faz (e f e ito do ambiente): o fo r ta le c í mento operante ou a a n a lise das alterações na probabilidade de respos­ ta. 0 quarto tip o esquematiza o que Skinner chamou de contingências de reforçamento. Nesta ultim a se veem interações m últip las e recíprocas o correndo. Ja não e tao f á c il fazer an alise e f a la r do comportamento que esta ocorrendo e da sua probabilidade de v o lta r a o co rrer. Cada poss_í vel tipo de combinação tra ra um conjunto possível de contingências de reforçamento a id e n t if ic a r . Se considerarmos que cada um desses componentes tem diversas (ou, pelo menos mais que uma) propriedades, mesmo que nem todas p a r t i­ cipem de cada re la çã o , ainda assim teremos um aumento bastante grande na complexidade dessas in teraçõ es. Ê in te re s s a rte notar que os termos ( j ã examinados anteriormeri te ) envolvidos nessas interações deixam de ser tão simples como parecem a prim eira v is t a . As expressões "estím ulos antecedentes", "respo sta" e "estímulos conseqüentes" são "p a rte s" (componentes ou in s tâ n c ia s ) d o comportamente a r tific ia lm e n te separadas para a n a lise das relações que estão ex istin d o . Por is to não se pode confundir o simplismo da d e s c ri­ ção, mesmo extremamente bem f e it a ,'d o s aspectos de uma classe de res postas com o nome desta classe ou do comportamento operante em que a classe e apenas uma in stâ n cia ou componente. Staddon (1967) in s is te , por exemplo, na d e fin içã o de operante através do e fe ito das classes de estímulo conseqüente sobre a alte raçã o na probabilidade da re sp o sta.Is to nos parece m isturar o te rc e iro com o segundo tipo de relações es que matizadas no Quadro 1, o que tra ra d ificu ld ad es e confusões no uso e valo r desses conceitos. Neste contexto, estã uma outra contribuição da A nalise ExpeH mental do Comportamento que, aos poucos, se d e fin iu e firmou como r a c t e r ís t ic a e exigência desta mesma AEC: a experimentação como de trabalho. 35 ca­ forma 5. EXPERIMENTAÇÃO como forma de t r a b a lh o e e x ig ê n c ia s p a r a s e u preg o EM PSICOLOGIA em ­ ~ - ;■ Por t e r c o n trib u íd o na d e s m is tific a ç ã o e e scla re c im e n to da con t r o v ê r s ia sobre a determ inação do comportamento e por e le g e r a e x p e r i­ mentação - com suas e x ig ê n c ia s - como forma de tra b a lh o e que a A n a li­ se Experim ental do Comportamento pode e x p l i c i t a r problem as, i d e n t i f i - c a r v a r iá v e is , t r a z e r c o n t r o v é r s ia s , d e f i n i r melhor o o b je to de estudo da P s ic o lo g ia e e x p l i c i t a r as complexas in te r r e la ç õ e s e n tre os compo nentes do comportamento. Como d e c o rrê n c ia de sua a t iv id a d e , a AEC f o r ­ ta le c e u a experim entação como forma de tra b a lh o em P s ic o lo g ia e expli-^ c ito u uma s é r ie de e x ig ê n c ia s para o seu emprego n esta ãrea de conheci_ mento. A a n a lis e (r e s tr ita m e n te no s e n tid o de "separação das p a rte s' componentes de um to d o ") do comportamento (en ten d id o como re la ç ã o ) exi_ ge que se e s p e c ifiq u e qu ais os componentes em r e la ç ã o e o t ip o de cada uma das re la çõ e s e x is t e n t e s . Al em d is t o , há o problema de " dem onstrar" que os componentes e as re la ç õ e s sã o , de f a t o , as que foram e s p e c if ic a das. A e s p e c ific a ç ã o p o d e ria , t a lv e z , s e r f e i t a a tra v é s de estudos de£ c r it iv o s com d ife r e n te s n ív e is de profundidade ( e x p lo r a t o r io s , de cam­ po, amplos, r e s t r i t o s ) . A dem onstração, porem, j ã exige mais do queap£ nas d e s c riç ã o . A v e r if ic a ç ã o e as e v id ê n c ia s p e rtin e n te s a comprovação do v e r if ic a d o exigem mais que e s p e c ific a ç ã o e d e s c riç ã o . Esp ecialm e n te, quando o ob jeto não e uma " c o is a " mas uma "r e la ç ã o e n tre c o is a s " . 0 s procedimentos e cuidados n e c e s sá rio s para is t o são um conjunto de com­ portamentos assumidos por muitos c ie n t is t a s contemporâneos, c a r a c t e r i ­ zando o que ê chamado de experim entação. 0 método experim ental - com todo o r ig o r n e c e s s á rio - fo i e- l e i t o até como p a rte do nome da AEC. Foi e e o método considerado apro priado para a comprovação (seg u ran ça) e para a demonstração (com unica­ ção com a comunidade) das re la ç õ e s e x is te n te s e n tre os componentes do comportamento. As complexas in te r r e la ç õ e s e n tre os trê s componentes do comportamento não são fa c ilm e n te p e r c e p tív e is e nem fa c ilm e n te is o la v e is de forma a poder se i d e n t i f i c a r o que, quanto e como é sta e n v o lv i 36 do e determinando ou caracterizando a relaçao. 0 método experimental e, neste sentido, uma "ferram enta", um instrumento de trabalho que se mostrou, nao so adequado, como muito efj_ caz para elu cid ar o que até agora analisamos . As variave is envolvidas tiveram que ser id e n tificad as (desco­ b e rta s ?), d e sc rita s, defin id as, iso lad as, qu an tificadas, manipuladas e, finalm ente, controladas. Com is to ficou possível i r verificando,com precisão cada vez maior, o que, quanto e como esta envolvido no compor tamento dos organismos. 0 que os organismos fazem (as suas ações o u classes de respostas) foi progressivamente sendo descoberto como apa rência (ponta de iceberg!) das "complexas in te rre la çõ e s" existentes.Os controles que os estímulos exercem sobre as respostas, quando descober tos, permitem denominar melhor o que, de fa to , a pessoa esta fazendo na sua relação com o ambiente. Fazer carinho, por exemplo, se define pelo e fe ito que tem sobre alguém (o seu aspecto c r ít ic o e o e fe ito sobre ojj tra pessoa). Independentemente da "intenção" da pessoa ou do nome que dã para os gestos que faz em relação ao outro, é o que acontece com outro que perm itira v e r if ic a r se é carinho ou não o que fo i f e it o . o SÕ determinadas topografias e freqüencias (ou ainda outras dimensões) das ações (respostas) e certas situaçÕ es*(estímulos antecedentes) permiti^ rão o e fe ito sobre a pessoa alvo do "carinho" ser realmente carinho. As exigências para trabalh ar com o comportamento foram fic a n ­ do cada vez mais e x p líc ita s : 1) necessidade de controle das v a ria v e is que estavam envolvidas; 2) manipulação (in te rfe rê n c ia e variação ) d e uma por vez observando os seus e fe ito s ; 3) exigência de clareza e pre­ cisão dos enunciados verb ais; 4) e leição de melhores indicadores; 5) formulação de boas e pertinentes perguntas de investigação, e tc . Todas foram, aos poucos, se tornando exigências maiores. As conseqüincias, rapidamente também se fizeram s e n tir : 1) criação è p ro liferação de la b o ra tó rio s; 2) a invenção e construção a de equipamentos e condições que permitissem is o la r v a ria v e is para estudar uma por vez '(o que não é p o ssív e l, na natureza, para todos os eventos) e, 3) a criação , cuidado, manutenção e aperfeiçoamento de procedimen37 tos e instrumentos de r e g is tr o , sistematKzação» comunicação e estudo (r e v is t a s , congressos, encontros. . . ) que*permitissem haver questiona mento, ampliação, cum ulatividade e replicoação do conhecimento produzi­ do. 0 exame cuidadoso das v a ria v e is envolvidas e o seu isolamento e controle experimentais tornaram dispensável o uso do custoso, demora do e , muitas vezes, inadequado co ntro le e s t a t ís t ic o . As c o n tro v é rsia s , o custo da p esq uisa, a rapidez das conclusões, e tc . gerados por is t o tu do, ainda são dados e problemas em ab e rto rna pesquisa p s ic o ló g ic a . A conseqüencia f in a l fo i poder submeter o que se afirmava so­ bre g comportamento humano ao c r iv o da in vestig ação exigente que o l a ­ b o ra tó rio e o método experimental permitem. £ obvio que a investigação e desfcoberta do laborc\tõ**'ó são um momento do trabalho da produção do * h conhecimento em P s ic o lo g ia . A A n a lise Experimental do Comportamento não nega a "riatureza humana", a te o riz a çã o , o conhecimento. E la apenas es­ ta trazendo problemas para os procedimentos e crenças que sempre e x is ­ tiram em relação ao comportamento, especialmente o humano. Skinner (1950) ao d is c u t ir se as te o ria s de aprendizagem são n ecessária? e lo d o ro v (1978) ao a n a lis a r a sistem atização de dados em­ p íric o s sem (ou quase sem) o a u x ílio de uma te o r ia , são exemplos de guns problemas trazidos a discussão em relação a crenças e procedimen­ tos bem estab elecidos em c iê n c ia . 0 controle de v a ria v e is não ê (ou não deve se r) uma obsessão, como se divulga algumas vezes entre nos, mas ê uma forma de validação ou g aran tia do conhecimento. Ha, ain da, outras formas de proceder para is to . A AEC não nega estas outras formas mas quer d is c u tí- la s e exami­ nar se realmente são mais adequadas que o controle de v a riá v e is para o que se propõem in v e s tig a r ou demonstrar. A experimentação ainda e um problema para muitos psicólogos e c ie n tis ta s do comportamento. Alguns questionam sua v a lid a d e , outros ate sua p o ssib ilid a d e . A A n alise Experimental do Comportamento tem tentado "experimentar" o método experimental, usando-o. Os resultados dessa "ex p e riê n cia " parecem marcar mais uma co ntrib uição da AEC, na P s ic o lo g ia . 38 v Ha, ain da em re la ç ã o ao problema do c o n tro le de v a r i á v e i s , ou tro aspecto a c o n s id e ra r: as conseqüencias e im p lica çõ e s $ o c ia ,:s . A pre cisã o do conhecimento o b tid o a tra v é s do c o n tro le de v a r iá v e is na inves tig a ç ã o c i e n t í f i c a tem p e rm itid o uma in te rv e n ç ã o com m aior p ro b a b ilid a de de se co n seg u ir re s u lta d o s e com m aior grau de p re c is ã o e de p r e v i­ s ib ilid a d e . Algumas v e z e s , is t o tem sid o confundido com o c o n tr o le so­ c ia l do comportamento. Hã, porem, uma grande d ife re n ç a sobre a qual nu£ ca e pouco i n s i s t i r : uma c o is a e o c o n tro le de v a r ia v e is no la b o r a tó ­ r io determinando que e f e it o s e la s produzem sobre o comportamento em iji v e s tig a ç ã o (sem d ú v id a ,is t o perm ite p re d ição e conseqüente p o s s ib ilid a . de de m anipulação do com portam ento); mas alg o bem d if e r e n t e e o uso so c ia i desse conhecimento para e x e rc e r c o n tro le sobre as pessoas na conw nidade. A d esco b erta de re la ç õ e s e n tre v a r ia v e is é d if e r e n t e do u s, o das l e i s que e sta s d esco b ertas mostram, v o lta d o para m an ip u lar o com - portamento humano. A denúncia que a descoberta perm ite ê , sem dúvid a , uma fa ca de dois gumes: ao mesmo tempo que aumenta as p o s s ib ilid a d e s de c o n tro le s o c ia l pelos que tem poder na comunidade, também aumenta as po^ s ib ilid a d e s de que os que não tem poder possam i d e n t i f i c a r , a n u la r os c o n tro le s s o c ia is r e a g ir e inadequadamente exercid o s sobre a comunid_a de. 0 problema ta lv e z s e ja melhor co lo cad o , se d iscu tirm o s a quem a ci_ ê n cia - não sÕ a P s ic o lo g ia - se rv e em nossa so cie d a d e . T alvez a a p lic a ç ã o dos conhecimentos produzidos p e la se fa ç a com o mesmo n ív e l AEC não de cuidados e e x ig ê n c ia s que tem cercad o a produção desses conhecim entos. Mas is t o marca os proximos ite n s de anã l i se que se rão f e i t o s n este tr a b a lh o . 6. AREAS ONDE SE TEM USADO AS CONTRIBUIÇÕES DA ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO Além das in t e r f e r ê n c ia s com o conhecimento sobre o comporta­ mento humano e com os métodos de produção desse conhecimento a A n ã lis e ✓ Experim ental tem ,,d e d if e r e n t e s m an eiras, i n t e r f e r id o com m ú ltip la s areas da a tiv id a d e humana. 39 Seja produzindo novos dados (pesquisa a p lic a d a ), seja brindo técnicas (ap lica ção ) ou procedimentos de trabalho, tem desco­ havido uma particip ação abrangente dos a n a lista s do comportamento em d ife re n ­ tes areas de atividade humana. * A c lín ic a recebeu uma in flu e n c ia marcada por diferentes aspec tos ficando para muitos, caracterizada como "modificação de comporta mento". As técnicas usadas, os problemas, os comportamentos envolvidos, os diferentes tipos de questões, co n tro vérsias, d ificu ld ad es é tic a s se fizeram abundantes e apresentam exigências crescentes. 0 envolvimento da comunidade com o uso do que foi chamado “ tre in o de para-pro fissio nais" é uma contribuição importante no sentido de tornar o trabalho da \ Psicologia acessível a uma maior parte da comunidade, barateando o cus to e envolvendo mais pessoas. Sem dúvida aqui também as d ificu ld ad es e problemas são grandes e ha muito por d esco b rir, a n a lis a r , sistem atizar e a v a lia r. Nas empresas e in s titu iç õ e s a contribuição da AEC se faz sen­ t i r , desde o planejamento da in s titu iç ã o ate o treinamento dos fu n cio ­ nários envolvidos passando pela construção de ambientes e disposição de condições necessárias aos desempenhos que definem as próprias empresas e in stitu içõ e s (Sommer, 1973). Na sociedade temos v is to trabalhos sobre o uso de tra n sp o rte s, organização de serviços públicos, organização de laz e r e atividades da população. Planejamento de ambiente, comportamento s o c ia l, p ro fis s io nal e fa m ilia r são algumas situações e áreas as quais os trabalhadores da AEC tem se dedicado e se envolvido. Mais do que descrever estas areas e o tipo de in te rfe rê n c ia da AEC, importam alguns problemas e questões relacionados ã própria in te £ feren cia da Analise Experimental do Comportamento nessas áreas. Que tipo de contribuição tem dado, em linhas g e ra is , a tecno­ logia decorrente da AEC? Qual a' qualidade e quais as c a r a c te r ís tic a s dessa tecnologia e dessa contribuição? Quais as conseqílencias atuais e p re v is ív e is da in te rfe rê n c ia da AEC para as diferen tes areas onde s e tem aplicado e onde se. pode a p lic a - la ? Em suma, o que tem acontecido 40 desde o lab o rató rio atê os e fe ito s da ap licação do conhecimento produ­ zido ou nele in ic ia d o ? 7. PROBLEMAS ENVOLVIDOS NA PASSAGEM DAS DESCOBERTAS NO LABORATÜRIO PARA A APLICAÇAO EM SITUAÇÕES "NATURAIS" Snelbecker (1974) considera que a ap licação e a a p lic a b ilid a ­ de dos conhecimentos básicos de P s ic o lo g ia tem sido bastante d is c u ti das e pouco entendidas por psicólogos (ou, pelo menos, pelos p r o fis s io nais da educação que a consideram como uma área de ap licação desses co nhecimentos). 0 autor afirm a que o debate sobre a a p licaçã o e ap1icabj_ 1 idade das l e i s sobre a aprendizagem tem sido fe ita s em um terreno ina dequado. Para Snelbecker há uma dicotomia entre a produção e a a p lic a ­ ção do conhecimento produzido que, lhe parece, deva ser melhor entendi_ / da antes de prosseguir o debate. 0 problema, para o a u to r, decorre de ser a P s ic o lo g ia , tanto uma d is c ip lin a c ie n t íf ic a quanto uma p ro fissã o . Por se r uma d is c ip lin a relativam ente nova (um sé cu lo ?) muitos p s ic ó lo ­ gos se preocupam em defender sua recente identidade como c iê n c ia . tes dois aspectos tem levado a uma r e la t iv a r e s is tê n c ia em se te r p ro fis s io n a is da area envolvidos prematuramente ( ? ) na resolução Es­ os d e problemas p rá tic o s . Este envolvimento poderia colo car em perigo o sta­ tus da P s ic o lo g ia como c iê n c ia . Ha, nisso tudo, uma tendência a "sepa­ ra r as co isa s" e uma das im plicações e a e x is tê n c ia de pesquisadores "despreocupados" com o problema da a p lic a b ilid a d e de suas descobertas. A na­ tureza de suas formulações te ó rica s e p rin c íp io s gerais tem sido mais freque_n temente determinados pelas considerações da pesqui sa b asica do que pela v ia ­ b ilid a d e do uso; a v ia b ilid a d e desse uso não parece preocupá-los» Também encontramos o oposto: "p ro fis s io n a is da ap licaçã o " coni siderando exagerados, dispensáveis ou inexequíveis os cuidados e a t it u des. c ie n t íf ic o s quando se esta lidando com tecnologia e resolução problemas p rá tico s d a.vid a das pessoas. 41 d e Além desses aspectos, o termo "P s ic o lo g ia " tem sido usado pa­ ra s ig n if ic a r um patrimônio de conhecimentos tanto quanto a ap licação deste patrimônio. Hã, porém, uma grande quantidade de controvérsias so bre os meios pelos quais ta l conjunto' de informações (patrim ônio) pode ser u tiliz a d o . Snelbecker ainda apresenta algumas questões que estão envolvi_ das na aplicação do conhecimento produzido pela Psico lo g ia enquanto dis_ c ip lin a c ie n t íf ic a . A prim eira delas diz respeito a s£ alguma l e i , p ri£ c íp io ou te o ria é apropriado. Uma segunda pergunta e como pode ser fei^ ta a ap licação . 0 autor considera que parece haver uma expectativa de que, se alguém puder descrever as le is da natureza descobertas em lab£ ra to rio , poderá a p lic a r essas le is a determinadas situações e in d ic a r quais le is não deveriam ser aplicadas n ela. Esta exp ectativa tambémmos_ tra que se faz uma separação dicotômica entre a produção e a aplicação do conhecimento: ha os que descobrem e comunicam e ha os que estudam essas comunicações e aplicam as descobertas, Uma das expressões dessa dicotomia parece ser a in s is te n c ia de alguns psicólogos de que deve haver, prim eiro , s u fic ie n te e adequada te o ria bastante bem assentada sobre bases c ie n t íf ic a s em Psico lo g ia pa ra , depois, se te n tar ap licação de qualquer p r in c íp io , le i ou te o ria psicologi ca. Snelbecker (1974) s a lie n ta , de certa forma, a necessidade se te r também um continuvm de procedimentos p a rale lo ao aontinuvm de d e "pontos de in vestig ação ". A cada ponto do continuvm deve haver procedi­ mentos pertinentes aquele ponto e não a todos os demais. Também o co n trario : para determinados tipos de procedimentos ha conhecimentos e sp e cífico s necessários. Para procedimentos de aplica^ ção de tecnologia, por exemplo, são necessários determinados conheci ** mentos d iferen tes daqueles envolvidos ou produzidos com a pesquisa basica ou aplicada. São problemas especialmente verdadeiros ou importantes se coji siderarmos o que acontece nos países do te rc e iro mundo,tradicionalmen­ te consumidores (importam, compram e usam) de tecnologia dos países de_ 42 senvolvidos. Cabe aos c ie n tis ta s - da Psico lo g ia no caso - produzirem também estes conhecimentos e nio apenas envolver-se com o que é p r io r [ ta rio em outros p aíses, p rin cip al mente porque a lit e r a t u r a e os meios de comunicação são controlados, em grande p arte, por estes p a íses(P in ^ ky, 1978). Baer (1978), analisando também as controvérsias entre os ti­ pos de pesquisa, e x p lic it a três maneiras pelas quais tem sido comum ana^ l is a r a separação entre pesquisa básica e pesquisa aplicada. A prim eira sugere que a pesquisa básica descobre novos conhe­ cimentos, c la s s if ic a p rin c íp io s , se ocupa de, cuidadosamente, quantifi_ car o que de um tip o de fenômeno A causa B e a pesquisa aplicada então, toma- este conhecimento e o faz trab alh ar a serviço da sociedade, * solvendo problemas práticos e maximizando bem e star e sa tisfação redas pessoas. Uma segunda maneira e n fatiz a a dependência oposta. A pesquisa aplicada lo c a liz a o que está sendo necessário, importante e possível de ser resolvido no mundo real e a pesquisa basica, então, informada so­ bre "oride a verdade pode ser achada'1, procede de forma a c l a r i f i c a r as va riá v e is envolvidas (separando as que estão contidas nos ,,pacotes,, das soluções na vida r e a l ) , q u a n tific a r as funções que podem e x is t ir e , fi_ nalmente, tra z e r a tona um conhecimento sistem ático que "e x p lica rá" a solução do problema. A te rc e ira maneira, menos encontrada e com algumas desvanta gens, é , para o autor, a que mais se aproxima de uma maneira adequada de a n a lis a r as relações entre os dois "tipos de pesquisa". Nesta te r ceira maneira não se faz d istin ção entre pesquisa básica e aplicada,re^ duzindo a dicotomia e as controvérsias em torno dela a um conceito sim pies (pesquisa) que tem variações ao longo de um continuvm. Nesta neira de a n a lis a r o problema encontramos os c ie n tis ta s trabalhando ma­ em diferentes pontos ou aspectos de uma ampla gama de dimensões que podem te r os problemas, as v a r iá v e is , os procedimentos, controles experimen.'ta is , e tc . : Baer considera que e um problema h is té ric o o preenchimento des 43 ses pontos. No in íc io tínhamos apenas pontos extremos desse o o n tin u u m :. a ap licação sem a c iê n c ia basica de um lado e a pesquisa basica descom prometida de outro. Hoje, is to parece t e r muito mais variações e e s ta s , in c lu s iv e , se sobrepõem em v á rio s aspectos. Neste.ponto Baer com H errnstein (1977) com relação ã pró p ria evolução do coincide ' Behaviorism o,’ h istoricam ente avançando ao longo do preenchimento de muitos pontos de desconhecimento no oontinuum do conhecimento. A evolução h is t ó r ic a dos procedimentos experim entais e as exi^ gencias aumentando e se m u ltip lican d o também são d e sc rita s por Baer (1973) no seu a rtig o "In th e b eg in n in g th e r e was th e r e s p o n s e .. . " Atu­ almente hã bem mais que apenas a ‘‘respo sta” no trabalh o da AEC. Parece que uma te o ria comportamental u n ific a d a e stã in ic ia n do. A busca de generalidade levou os trabalhadores da P s ic o lo g ia de um ponto a outro de um oontinuum em grande parte desconhecido ... In e v it a ­ velmente se chegou ã pesquisa com as v a r ia v e is envolvidas nos proble mas s o c ia is . Hã pesquisas de d ife re n te s tipos e , ãs vezes, não e a l e i , ' o p rin c íp io ou a te o ria que estão em questão, mas a sua general id a d e .0 que importa é fazer tão bem um tip o de trab alh o quanto o outro. 0 que parece ser re le va n te ê que o problema não Ó apenas passagem do la b o ra tó rio para a a p lic a ç ã o , mas dos pontos do d e oontinuum que precisam ser preenchidos com conhecimento seguro. 0 engano parece ser a b s o lu tiz a r uma dicotomia e , com i s t o , consagrar as passagens d ire tas e sim p lista s de um a outro extremo. Ha no preenchimento desse oontinuum vãrio s problemas a ressaj_ ta r . As disposições ou exigências definem de que maneira ê po ssível tra balhar em muitos casos. Outras vezes os custos influem . Em o u tra s, as lim itaçõ es de conhecimento exigem estudos mais e x p lo rató rio s e d e s c ri­ tiv o s antes de se poder r e a liz a r estudos experim entais. Da pesquisa bã s ic a a ap licação te cn o ló g ica , hã que preencher (quanto ja se preen­ cheu?) muitos n ív e is de sistem atização do conhecimento. A dinâmica das in te rre la çõ e s entre estes n ív e is também determinara o caminho do C ien ­ tis ta . Ao pesquisar em um ponto ou em outro do oontinuum deveriamos 44 te r sempre presentes a in teg ração de dados e a curnulatividade do conhe cimento mais do que a negação de dados ou a oposição de uru o o u tro s. Uma t e o r ia u n ific a d a do comportamento que se i n i c i a dependera dessa p e rsp e ctiva no tra b a lh o dos seus pesquisadores. As p erguntas, em cada ponto, podem se r em re la çã o a: o que se descobre? em que contexto a descoberta e f e i t a ? que v a r iã v e is mudam? que aspectos das v a r iã v e is mudam? que elementos novos existem ? que mo­ d ific a ç õ e s esses novos elementos introduzem nas re la ç õ e s ? em que ponto do continuum o tra b a lh o se lo c a liz a ? Ha, e n tre todas as perguntas acim a, um problema b á sico a re s o lv id o : o de d esenvolver novos procedimentos adequados aos se r estudos de cada ponto do oontinum. Sem is t o não se t e r ã , provavelm ente, bons dados para cada pergunta que tiverm os que responder. As repercussões desses problemas e da forma de l i d a r com e le s ca ra cte riz a m , em grande p a r te , os c o n f lit o s en tre c iê n c ia e sociedade. Ê o j ã quase an tig o (embora ainda a t u a l) problema da produção do conhe_ cimento e as conseqüencias s o c ia is do uso deste conhecimento. T razer e stes problemas ã discussão e tra b a lh a r para responde- los tem sid o uma das c o n trib u iç õ e s da A n á lis e Experim ental do Comporta^ mento. Embora ainda se tenha mais levantado problemas e c a ra c te riz a d o novos caminhos do que produzido so lu çõ e s, parece haver uma promissora d ire çã o a s e g u ir. No ce n tro dessas questões to d as, encontramos, mais e s p e c if ic a mente, os problemas en vo lvid o s na produção e no uso da te c n o lo g ia comportam ental. 8. CONTRIBUIÇÃO DA ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO PARA A CON CEPÇAO, PRODUÇÃO E USO DE TECNOLOGIA Uma bem sucedida te c n o lo g ia não deixa de co n ter ris c o s tanto quanto contem b e n e fíc io s . A te c n o lo g ia comportamental, em p a r t ic u la r , pode s e r bem ou mal usada dependendo dos f in s a que e la atende. Cata nia e Brigham (1978, pp.1-8) comentam que nossos p ais viram o desenvol 45 vimento das tecnologias derivadas da F ís ic a e que, n5s p ró p rio s, e s ta ­ mos diante do impacto das tecnologias baseadas nas Ciências B io ló g ic a s . Temos v is to os e fe ito s e as p o ssib ilid a d e s dessas, tecnologias, jun to com os problemas relacionados a sua a p lic a ç ã o . As próximas gerações so fre-' rão o impacto da tecnologia comportamental. 0 que tr a r á e la de novo? Skinner em diversos de seus liv r o s afirm a que o problema d o uso da tecnologia i um problema que envolve o comportamento humano.Pre cisamos de uma c iê n c ia sobre o comportamento tão boa quanto c ia f ís ic a a cieji , de forma a produzir uma tecnologia comparável em e fe tiv i_ dade. A a n a lise de Skinn er, neste se n tid o , aproxima-se da d e O ve rstre e t i (1967) que a n a lis a , no seu liv r o MA Maturidade M e n ta l", o descompasso entre o poder e a sabedoria do homem para usar adequadamente o poder que tem. Sabedoria, para Skinn er, se c o n s titu i de comportamentos apro­ priados aos perigos e e fe ito s de uma tecnologia sobre a humanidade - e- sobre a vida no p la n e ta, desde a própria produção desta te cn o lo g ia. Ha, apesar dessa esperança, uma óbvia e generalizada re je iç ã o ou um grande questionamento atual da c iê n c ia e da te cn o lo g ia , pelos pr£ ju ízo s que tem produzido. -Catam’ a e Brigham (1978) também acreditam em uma c iê n c ia e tecnologia s o c ia l como um caminho para encontrar a so lu ­ ção desses p re ju íz o s. Eles consideram que a tecnologia comportamental, para is s o , t e r ia que se desenvolver em tres e stág io s: 1) o d e se n vo lvi­ mento de uma c iê n c ia b á sica ; 2) o desenvolvimento de procedimentos ou demonstrações; e , 3) o desenvolvimento de técnicas de ap licação de cam po ou, mais apropriadamente, de conhecimentos e procedimentos r e la c io ­ nados ao uso da tecn o lo g ia. A a n a lis e comportamental esta progredindo rapidamente nestes três e stá g io s. E is t o , a c re d ita - se , poderá v ir a p e rm itir- lh e ser uma parte das respostas aos problemas que a tecnolo g ia atual não tem re s o lv id o . Varsavsky s a lie n ta estes mesmos problemas ao d is c u t ir as ca r a c t e r ís t ic a s de uma p o lít ic a c ie n t íf ic a (1976) e os d ife re n te s e s ti­ los tecnológicos (1974) apropriados aos países do te r c e ir o mundo. Alêfn da p ersp ectiva de que ha um d e s e q u ilíb rio entre poder e comportamentos adequados ao seu uso, a A nalise Experimental do Comporta^ 46 v mento tornou possível mais duas percepções: a dos procedimentos (ou comportamentos) humanos relacionados ao uso da tecnologia disnonível e á dos controles que se exercem sobre estes comportamentos. Tem sido ge­ neralizada a id éia de tecnologia como solução (como "rem édio"). Supõese também que tecnologia são técnicas, aparelhos, e tc . Tudo is to , rém, é apenas instrumento que, para funcionar ou produzir os po­ efeito s que se espera ou se pretende, depende de comportamentos humanos que , por sua vez, também dependem de variãveis que determinam sua probabili_ dade de ocorrência. A confusão de tecnologia com instrumentos ou equi­ pamentos de tecnologia agora pode se r, pelo menos em parte, re la cio n a­ da à fa lt a de dois aspectos de tecnologia: os comportamentos humanos ne la envolvidos e as v a riã v e is relacionadas a probabilidade de ocorrên cia desses comportamentos. Contribuir para superar estes enganos tem sj_ do mais uma area de in flu e n cia da Analise Experimental do Comportamen­ to. Ê claro que esta ãrea de in flu en cia tem, no seu centro, u m a pergunta: quem vai manipular as variãveis que determinam estes compor­ tamentos? Esta e , sem duvida, uma pergunta relacionada com a nossá es­ trutura e organização s o c ia l. Talvez devéssemos fazer outras perguntas, ou fazer esta de maneira d ife re n te , para obter as respostas mais ade quadas ao que queremos saber. Que tipo de sociedade queremos? Quanto o poder deve ser centralizado ou d ilu íd o ? Quanto as riquezas devem concentradas ou repartidas? Os bens de produção devem ser ser controlados por p a rtic u la re s? Pela comunidade? 0 que deve c a ra cte riz a r o Estado? E outras que ainda poderiamos, interminavelmente, acrescentar. 0 que parece que temos de preocupante e uma organização s o c i­ al em que quase qualquer coisa estã se tornando uma ameaça para o ho­ mem. 0 poder e a força do homem parecem te r crescido desproporcional mente as suas percepções e possibilidades de comportamento. Sem duvida, uma das v ariãve is s ig n ific a tiv a s na alteração da probabilidade de certas categorias de comportamento é o que queremos c£ mo alvo ou ob jetivo de nossa vida e de nossa sociedade. Porém, ate di': zer o que queremos como alvo (se o problema fosse so d iz e r!) envolve uma grande amplitude de comportamentos de uma ampla gama de pessoas.Co 47 1 mo obtê-los? Talvez tivéssem os, com a resposta a esta pergunta, a solu ção ao que f a l t a em nossa tecn o lo g ia a tu a l. Qualquer te n ta tiv a de cien_ : c ia ou de tecnologia vai_ se r determinada pelo "p ro je to de.uma naçao". (Varsavsky, 1976) que também i n f l u i r a nos e s t ilo s tecnológicos e s c o lh í ' dos. Varsavsky (1974) i lu s t r a is t o ao a n a lis a r o trab alh o c ie n t íf i c o e ■! tecnológico fe ito s sob a ó tic a de " p r o je c to s p u e b to ~ -ce n tr ic o s ,r ou de ’ "p r o je c t o s empreso-centr-Coos D e fin ir este "a lv o - s o c ia l" ou faz e r as coisas que o tornariam real são comportamentos humanos e podem se r descobertos, d e s c r ito s , di_ vulgados e passarem a e x i s t i r se criarmos as condições (ou m anipular mos as v a r iá v e is ) responsáveis por sua pro babilidade de o co rrên cia na \\ sociedade. Sem duvida, a concepção de homem que temos e stá em jogo e de­ sempenhara um papel determinante sobre o que faremos (como nos compõrtaremos) em relação a estes problemas. Skinn er desde a década de 1950, in s is t e , em vário s de seus tra b a lh o s , na a n á lis e das im plicações de uma c iê n c ia do comportamento nos problemas humanos: lib erd ad e do homem,co£ tr o le do comportamento humano, planejamento da sociedade, a concepção de homem, o planejamento de comunidades exp erim entais, o comportamento p o lít ic o , e t c ! (S k in n e r, 1957, 1969, 1971, 1972, 1974, 1975, 1978). A A nalise Experimental do Comportamento p o d e ria , realm ente, in. t e r f e r i r na solução desses problemas? Se o uso e a produção de tecnolo gias envolvem o comportamento humano e se os e fe ito s dependem fundamejn talmente d e le , sem duvida, e la parece se r uma p o s s ib ilid a d e promissora para a in te rfe rê n c ia nesses problemas todos. Hã, porém, a questão das relações entre a descoberta no labo­ r a t ó r io , a ap licaçã o p r a t ic a , a pesquisa em d ife re n te s n ív e is , ate a produção e o uso desta tecn o lo g ia. Hã vá rio s estág io s de tra b a lh o onde existem lacunas e problemas a re s o lv e r. Estes estág ios - pontos de um co nt in um segundo Baer (1978) - poderiam completar o que f a l t a para se chegar ?. um ponto de "maturidade" c ie n t íf i c a onde os dados nos permi tam o lh a r para estes problemas de maneira d ife re n te da que olhamos atjj almente. 48 Neste estagio de desenvolvimento da A nalise Experimental e Aplicada do Comportamento (mais de uma década de publicação do Journal o f A p p lie d B ehavior A n a ly sis e um atestado de ap licação a ser c re d ita ­ do e a ser examinado com cuidado) parece que hã bastante para se pros­ seguir completando o que f a lt a . Se o problema cen tra l fo r o comportamento envolvido naquilo que e importante para a sociedade humana, a A nalise Experimental do Com portamento trouxe dados s u fic ie n te s para se formular pelo menos três perguntas como ponto de p a rtid a : 1) o que queremos obter com nossos com portamentos? 2) que comportamentos serão este s? e 3) quais as condições necessárias relacionadas a sua ocorrência? A n a lis a r estes comportamentos (estas relações com o am biente), submeter esta a n a lise a experimentação e c o n s tru ir um ambiente e uma tecnologia apropriados a eles e um grande desafio e,mais do que merè ce-lo ou sermos capazes de re so lv ê - lo , temos que e n fre n ta -lo . 9. COMPORTAMENTOS QUE TÊM SIDO (E QUE NAO TÊM SIDO) CONTROLADOS ATRA VÊS DA TECNOLOGIA PRODUZIDA EM PSICOLOGIA A A n alise Experimental ja produziu sua conseqüente Aplicada e tem havido v a ria s c r ít ic a s e in sa tisfa ç õ e s com a tecnologia comporta mental. Muitas dessas c r ít ic a s e in sa tisfa çõ e s tem sido a re sp e ito de que comportamentos (e comportamentos de quem) tem sido controlados e quais não o tem sido através da tecnologia produzida pela AEC. Este ta_^ vez seja um dos aspectos mais importantes a examinar em relação a te c ­ nologia comportamental. Holland (1970, 1973, 1974, 1976, 1978) sa lien to u em vário s de seus trabalhos alguns problemas relacionados aos e fe ito s s o c ia is deco_r rentes do atual uso„ da tecnologia comportamental. Sua afirmação ..de que ” a c iê n c ia esta a se rviç o daqueles que dominam os meios para usa-la" (1973, p.26S) leva a uma necessidade de ava lia çã o sobre a quem e stã ser vindo o uso,da tecnologia comportamental, 0 autor ainda denuncia a pe­ rigosa confusão entre c lie n te e paciente no nosso trabalho p r o fis s io n a l. Quem s o l i c i t a , paga e controla (c lie n t e ) o que os psicologos 49 fa ­ zem nem sempre e quem é alvo (p a cien te ) da intervenção desses p r o fis ­ sio n a is. 0 que garante que os interesses e necessidades do paciente são os mesmos do c lie n te ? Fundamental mente, este e o mesmo problema que Varsavsky (1974) an a lisa ao considerar os p r o je c to s p u e b to -c e n tr ic o s e p r o je c to s em p reso -cen trico s no uso de tecnologia nos países do te rc e i ro mundo. Neste sentido temos v is to com maior freqüencia programas para a lte r a r comportamentos de alunos, c ria n ç a s , p r is io n e ir o s , pacientes psi^ q u ia tric o s , "doentes", e tc . Botome (1978 ) r e la ta a mudança de perspe£ tiv a sobre que comportamentos deveriam se r mudados apos um demorado exa me da "queixa" do c lie n te . A "queixa" pedia a alte raçã o do comportameji to dos usuários ("p a c ie n te s ") de uma poderosa in s t it u iç ã o , quando o fo co do problema parecia ser os comportamentos dos administradores d a agência ( " c lie n t e s " ) . fia tecnologia comportamental aplicada ao ensino ja tivemos um debate em torno do problema de os programas comportamentais in s is tire m em comportamentos dos alunos voltados para a passividade, d is c ip lin a e subserviência ( f ic a r q u ieto , obedecer , se r d is c ip lin a d o , e t c . ) na es/ cola (W inett ç W inkler, 1972). Neste contexto, independentemente das conclusões do debate, o a le rta de Holland tem força e nos chama a ateji ção para o problema de "a quem servimos de fa to ?". Botomê (1979a) analj_ sa este problema no B r a s il, considerando os preços dos serviço s de ps_i_ cologia e as possib ilidades de pagamento desses serviços pela popula ção b r a s ile ir a . A an álise so confirma que se, por um lado, os laboratórios de AEC mostraram como o comportamento ê determinado, e le s , de outro lado, abriram, perigosamente, a p o ssib ilid ad e de sua manipulação tão mais ex^ tensa quanto maior o conhecimento d isp o n ível. Nem sempre, porem, ê f á ­ c i l ver em nossas a tiv id a d e s, as diferenças e relações entre o conheci^ mento do que determina o comportamento humano e a manipulação do com portamento que este conhecimento torna v iá v e l. 0 que’ os comportamentalis t a s fazem, porem, não pode ser confundido com o que o comportamenta lismo p o s s ib ilita faz e r. 0 comportamento dos c ie n tis ta s e tecnólogos comportamentais também e determinado pela comunidade em que trabalham. 50 i Infelizmente, as praticas culturais das quais discordamos ainda são as que determinam os nossos comportamentos. A conclusão que aparece como importante é a de ser necessário alterar as contingências que controlam os comportamentos relacionados a produção do conhecimento e a aplicação de tecnologia comportamental. Pode-se, neste sentido, considerar o debate, a c r ít ic a e a iji vestigação desses comportamentos como a denuncia que p o ssib ilita ra a alteração das contingências sig n ificativas envolvidas com eles. Uma das ãreas em que tais problemas têm se manifestado e onde tem havido uma ampla gama de interferências a p a rtir da AEC e a educa ção. 51 INTRODUÇÃO Considerados todos os aspectos ate agora ap resen tado s, f i c a uma pergunta c e n t r a l: de que forma e le s afetam ou deveriam a f e t a r o compo^r tamento de quem tra b a lh a com te c n o lo g ia comportamental? Neste tra b a lh o , te n tar-se-a d esen vo lver uma p arte da a n a lis e ne c e s s a ria para responder a pergunta acima em re la ç ã o a uma área re s tr[ ta de uso da te c n o lo g ia comportamental: o e n sin o . Nem sequer se tomara e sta area e s p e c ífic a em muitos de seus asp ecto s. 0 tra b a lh o se rã tr ito re s­ a poucos pontos de in te re s s e para o seu o b je tiv o . 1. a n a l is e e x p e r im e n t a l do comportamento e t e c n o l o g ia comportamen TAL EM EDUCAÇAO F r e it a s (1979) apresenta seu tra b a lh o sobre Programação de Cojt tin g e n c ia s de Reforçamento de Ensino com uma c ita ç ã o que nos parece resjj m iro s problemas de te c n o lo g ia comportamental d e s c rito s ate a g o ra e q u e se r e f e r ir ã o , a s e g u ir, a esta te c n o lo g ia u t iliz a d a em Educação: "A Moi d ific a ç ã o de Comportamento pode s e r uma ferram enta para manter um mau sistem a e d u ca cio n a l; pode se r uma ferram enta para v a lo r iz a r os aspectos p o s itiv o s do nosso sistem a; ou pode s e r u t i l na c ria ç ã o de novos s is ­ As tre s p o s s ib ilid a d e s não são e x c lu s iv a s da te cn o lo g ia com­ temas" . portam ental mas são excelentes e s u f ic ie n te s para o b rig a r a uma cons ta n te a v a lia ç ã o c r í t i c a do que se fa z , da d is ta n c ia do que se faz e m re la ç ã o ao que poderia ser f e i t o , da d ire çã o em que se anda e do cami­ nho que se e stá percorrendo. 0 au to r considera que a M o dificação de Comportamento - tecno­ lo g ia d erivad a da A n a lise Experim ental do Comportamento - e um fa to i_n c o n te s tá v e l'n o ensino , a p a r t ir da a v a lia ç ã o dos resu ltad o s da sua pa£ tic ip a ç ã o em educação. 53 Na sua a n a lis e , F re ita s organiza a p a rticip a çã o aa tecnologia comportamental em educação sob dois grandes conjuntos; o de programa ção de m icro-contingencias (trabalhando com m ateriais in s t r u c io n a is ) e o de programação de macro-contingencias (trabalhando com a manipulação de comportamentos abertos em sala de a u la ). Trabalhando com vá rio s tipos de su je ito s que foram submetidos aos procedimentos, a Modificação de Comportamento tem mostrado um a lto grau de e fe tiv id a d e . Nestes procedimentos, porém, F re ita s aponta uma dj_ ferença marcante no que se tem f e it o em relação ã programação de macrocontingencias e em relação a programação de m icro-contingencias. Enquanto uma grande quantidade de estudos envolvendo controle de comportamento em sala-de-aula (m acro-contingencias) tem sido r e a l i ­ zada, abordando comportamentos cada vez mais complexos (de postura na cadeira a c r ia t iv id a d e , por exemplo), os estudos na ãrea preocupada com os problemas dos m a te ria is in s tru c io n a is que são colocados ã disposi ção dos alunos tem sido em quantidade beni menor. F r e ita s c it a que, por exemplo, nas revisões fe ita s por Hanley (em 1970) e por Copelande H al1 (em 1976), a area de m icro-contingências nem e citad a como um se to r ativ o em pesquisa, com exceção de ativid a d e s ligadas ao S P I(S is te m a Per sonalizado de In s tru ç ã o ). F r e it a s , em relação a estes dois grandes conjuntos, d iscu te quatro aspectos dos quais nos interessam particularm ente os três pri m eiros: metodologia, é t ic a , tecnologia e o problema dos p re -re q u isito s para o S P I . Em relação ao problema metodológico, o autor s a lie n ta queaMo d ific a ç ã o de Comportamento tem desenvolvido, preferen cialm en te, pesqui_ sas em sala-de-aula, trabalhando progressivamente com comportamentos ca da vez mais complexos. Caminhar para o estudo de comportamentos cada vez mais complexos, porem, não é o mesmo que s a ir fo ra de sa la de aula ou questionar a pró pria sa la de au la. Para F r e it a s , esta saTda e ques­ tionamento da sa la de aula envolverão um maior numero de v a riã v e is e provavelmente maior d ific u ld a d e para is o la r relações funcionais através dò 'controle dessas v a r iã v e is . 0 autor mostra, no entanto, diversos e s­ tudos atestando, para e le , que o conhecimento ex isten te ia permite am54 p lia r investigações nesta direção "mesmo que seja para i<Jer+;;f~:car l i ­ mitações existentes e e stru tu ra r novos planejamentos experini •-*i:ai (Frei tas , 1979, p .5 ) . Salientando os problemas é tico s em relação ao trabalho da te£ nologia comportamental em educação, F re ita s considera que são, p r in c i­ palmente, devidos i ênfase na programação de macro-contingências e a não (ou pouca) preocupação com a programação adequada de micro-contingencias. "Um aluno não tem a obrigação de f ic a r sentado em seu lugar ou p restar atenção a um professor que fa la ou d is tr ib u i m ateriais que não estão adequadamente planejados para produzir aprendizagem. Qualquer con tro le que seja inserid o sobre este aluno para induzT-lo a p restar ate£ ção ou f i c a r em seu lugar nestas condições - com exceção de casos e s­ p e cia is como a u tis ta s , retardados, e tc . - incorre em problema é tic o " (F r e it a s , 1979, p.5). "A crescente divulgação das técnicas de modificação de compor, tamento em sa la de aula estã colocando nas maos dos professores um po­ tente instrumento. A responsabilidade so cial de c o n trib u ir para que es_ ta tecnologia seja u tiliz a d a no sentido de manter um sistema educacio­ nal metodologicamente caótico é de todos. A u tiliz a ç ã o desta tecnolo gia não devera ser f e it a partindo-se da id é ia de que a respo n sabilida­ de pela aprendizagem é do aluno e que ao professor apenas compete admi_ n is tr a r contingências para engendrar comportamentos adequados, compor­ tamentos de estudar ou para elim in ar inadequados. A responsabilidade p£ la produção de aprendizagem dos comportamentos fin a is esperados nas dis_ c ip lin a s é responsabilidade da situação de aprendizagem montada que en_ vo lve , entre outras co isas, os m ateriais que sao entregues ao aluno, o ambiente escolar e o próprio professor" (F r e it a s , 1979, p. 7). Gostaríamos de re s s a lta r um aspecto na expressão "e n v o lv e (. . . ) o proprio p ro fe sso r". 0 comportamento do professor e o foco deste pro­ blema desde o momento que in ic ia sua atividade voltada para o ensino . No caso, se ria de extrema relevân cia destacarmos a an a lise comportamejn ta l da classe de comportamentos denominada "e n s in a r ".' Quando analisa o problema tecnológico, F re ita s s a lie n ta que o produto mais v is ív e l da preocupação com macro-contingências e o Siste55 ^ „ ii. fu ‘T- ^ • *-**-0 - ma Personalizado de Instrução ( S P I ) . Ê o que tem recebido mais atenção dos modificadores de comportamento. 0 autor a n a lisa as c a r a c t e r ís t ic a s das etapas de preparação de um SPI (t a l como proposta por Sherman e Ruskin em 1978) e s a lie n t a , apesar da atenção dos m odificadores de com portamento, sua quase identidade com o que c a ra cte riz a v a a mesma forma de instru ção dez anos antes. Ao d is c u t ir esta maneira de preparar o SPI o autor diz que , para se faz e r uma preparação de condições de ensino, comportarnental men_ te , deve-se r e a liz a r , p rim e iro , uma s e rie de a n a lises e sÕ depois de­ term inar o m aterial in s t r u c io n a l. Nas c a r a c t e r ís tic a s d e s c rita s para o S P I, a prim eira etapa de preparação e "esco lh er o curso e o l iv r o tex ­ to ". 0 autor s a lie n ta que vário s autores (Sk in n e r, Mager, Mechner e ou tro s ) j ã apresentaram uma proposta de seqüencia de etapas na prepara ção de m aterial in s tru c io n a l d ife re n te e que e possível ser integrada ao que se faz em programação de m acro-contingencias. Não basta p ed ir que a tecno lo gia comportarnental s e ja mais e fic ie n t e do que a tra d ic io n a l apenas encontrada em Educação. Os c r i t é ­ rio s para a v a lia r uma tecnologia comportarnental têm que ser buscados dentro da prõ p ria A n alise Comportarnental. Embora defenda esta posição, F re ita s não e x p lic it a neste a rtig o (1979) como se poderia fa z e r is to . Sua proposta é exatamente que se passe a desenvolver um trabalh o para conseguir fa z e r is t o . A a n a lise d e s c rita ate agora vai de encontro com as c r ít ic a s de Ribes em relação a "co n ve rte r conteúdos tra d ic io n a is em o b je tiv o s com portam entais". 0 autor considera que o Sistema Personalizado de In s trjj ção "lim ito u - se a o tim izar o desempenho dos estudantes dentro dos cu r­ ríc u lo s planejados trad icio n alm en te" (1976, p. 21). Ribes não põe e m dúvida que is t o é uma c o n trib u içã o . 0 que e le re s s a lta e que "não s e tem ap licad o corretamente os p rin c íp io s aprendidos no la b o ra to rio " que "a a p lica çã o da tecno lo gia comportarnental aos programas de t r a d ic io n a is , constituem apenas um p a lia t iv o " e ensino (p. 21). Ribes aponta ainda* a neçessidade de uma e fe tiv a a n a lis e comportarnental do que , s e vai ensinar antes de se p la n e ja r os c u rríc u lo s e as condições de e n s i­ no. ' 56 Ao examinar "por que nao são ainda mais e fe tiv a s . : ; íêhcias do comportamento", Skinner (1975, pp. 469-4/7) responde, íi:. ' w n ú ! - mente, que é porque não são suficientem ente comportament. :T - . e c n o l o qia comportamen 1:a ! pode se r in c lu íd a nesta afirm ação. ■ F r e it a s , Ribes e Sk in n er, de d ife re n te s formas, propõem que se leve as implicações e exigências da A nalise Experimental do Comporta mento para a apl icação e se e x ija , Lambem a í , uma cuidadosa a n a lise do comportamento. As contribuições e c r ít ic a s sobre a tecnologia comportamental em Educação são abundantes. Que mais poderia faz e r a A nalise Experimejn tal do Comportamento pela Educação? 2. POSSül II. IDADES DE CONTRIBUIÇÃO DA ANALISE EXPERIMENTAL. DO COMPOR TAMHN 1’0 EM KFI.AÇAü A CONCEPÇÃO, EFICIÊriCÍA E EFICACIA DO ENSINO As contribuições fundamentais da A nálise Experimental do Com­ portamento em relação ao ensino, jã rios parecem delineadas por F re ita s (1979), Ribes (1976) e Skinner (1975) nas c r ít ic a s f e it a s ate agora.Ba_ sicarnente nos parece ser que en sin a r , mais do que qualquer outra coi sa, õ uma classe, de comportamentos e e p assível de exame como qualquer outra classe de comportamentos. Tradicionalm ente se tem defin id o "o e_n s in a r" como "a q u ilo que o professor fa z ". Nas nossas a n a lise s i n i c i a i s , ac considerarmos a concepção de comportamento, destacamos que o que de fin e um comportamento operante e a relação ent re o que o organismo faz e o ambiente em que...o... fa z . Se aplicarmos o que esta d e sc rito no Quadro 1 ã classe de comportamentos "e n s in a r ", talvez encontremos caminho pa­ ra um tipo de trabalho complementar ao que sido desenvolvido pela tecnologia comportamental difundida em nosso p a ís. A prim eira oonseqdencia e consid erar que a palavra "e n sin ar" e d e f i n i p o r um e fe ito do que o pro fesso r faz sobre o comportamento de um outro organismo (a p re n d iz ). Sõ poderemos d iz e r que o professor e£ sinou se houver uma mudança no comportamento do aprendiz e se demons trarmos a r elação funcional entre o que o professor fez (suas classes de respostas) e a mudança observada nu desempenho do aluno (e fe ito s das 57 classes de respostas do p ro fesso r). Se não for tV ito is t o , não se pode f a la r de ensino, a não ser que a palavro no ira apenas, a t opografia de d ife ren tes classes de respostas do professor1 1ndependentemente de seus e fe ito s sobre o comportamento do aprend iz. Mesto caso, a palavra não e s ta r ia se referindo ao operante"ensinar') Esta nos parece ser uma primeiro contribuição da A nalise Expe rimental do Comportamento: a p o ssib ilid ad e do a n a lis a r as relações com portamentais que ocorrem entre o que o professor e o aí uno fazem nas "situ ações de ensino". Estudar a "relação prolessor-aluno" ou o "pro cesso ensino-aprendizagem" desta forma nos parece ser um caminho pro ~ m issor. Um segundo aspecto envolvido na possível co n trib u ição da Ana­ lis e Experimental do Comportamento ê sus tentada pela c r í t i c a de Ribes (1976).. Se o professor puder demonstrar que o que c 1e faz ê inequivòca mente o que a lte ra o comportamento cos a i unos podemos F a la r de um pro­ fessor _efi£ i ente, no sentido que consegue obter o que pretend ia. Aqui, surge a segunda questão que nos parece s ig n if ic a t iv a : e o que os a lu ­ nos aprendem, o que e? Quais as relações (en tre o que os alunos fazem e o seu ambiente) que estão sendo "aprendidas"? Que tipos de in te rv e n ­ ções ou e fe ito s essas relações produzem nu ambiente? Sao as respostas a estas perguntas que nos perm itirão cami - nhar para uma a n a lise comportamental do "aprender" e esta e que nos per mi t i r a demonstrar se o que o aluno faz real mente estabelece as r e la ­ ções que se supõe com o ambiente. Em outras p alavras: as ações dos a lu ­ nos vão i n t e r f e r i r no ambiente em que vivem cia Forma como se pretendia ao "e n sin á- lo s"? 5Jo então poderemos f a la r de um ensino e fic a z , no sentido d e obter os e fe ito s s ig n if ic a t iv o s , pertinentes ao ensino ta l como se pr£ tende. A re le vâ n cia do que se ensina, sem duvida, deve ser uma preocu­ pação cen tral de um educador (Postman e W eingartner, 1974). Qual, porem, o caminho a esco lh er? Quais os comportamentos id e n t if ic a r , a n a lis a r , submeter ã experimentação, e para os quais a s e c ria ra condições para que se tornem ativid ad es humanas? Ha muitos cami nhos a e sco lh er, Com o que fo i ate'ag o ra com? i dera cio , es ;.c \ . 1hc- s$ propõe - como caminho escolhido - faz e r um< a n a lis e comportem*.:' •a-í classe de respostas "e n s in a r". A a n a lis e - pretende-se -.cevará da c r ia r condições para, alem d e la , p o s s ib ilit a r a .v e r if ic a ç ã o experimental das relações envolvidas na a tiv id a d e de en sin ar por e la e x p lic ita d a s . 3. CLASSES DE RESPOSTAS ENVOLVIDAS NA CLASSE GERAL "ENSINAR" Ha uma in fin id a d e de classes de respostas envolvidas na c la s ­ se geral "e n s in a r". Conforme, in c lu s iv e , fo r a concepção de ensino, as pessoas poderão encontrar um ou outro conjunto de classes de respostas envolvidas nessa c la sse g e ra l. Skinner (1972 , p. 16) faz uma estimati^ va de 50.000 contingências para o ensino-de matemática nos quatro p r i ­ meiros anos de escola p rim á ria. F r e ita s (1979, pp. 12-13) chegou .. a 10.000 contingências em um curso in tro d u tó rio de Química a n ív e l u n i ­ v e r s it á r io , na prim eira versão do m aterial ( F r e it a s , 1974). Num tra b a ­ lho nac publicado, Botome e outros (1979) encontraram, em um levantamen to s im p lific a d o , 1800 classes g erais de respostas de um enferm eiro n ív e l u n iv e r s it á r io . Detalhando essas classes g e ra is , os de professores de algumas.das d is c ip lin a s encontraram para cada uma de suas d i s c i p l i ­ nas entre sete a dez vezes mais classes de respostas (mais e s p e c ífi cas) para a formação de um enferm eiro em n ív e l de graduação, em r e la ção ãs que tinham encontrado in ic ia lm e n te (como classes g e r a is ). Se considerarmos os s ig n ific a d o s que existem para. a palavra ensinar poderemos i r em inúmeras d ire çõ e s, em um trabalh o de a n á lise do ensino. Skinner (1972 , pp. 1-7) considera alguns desses s ig n ific a d o s do ponto de v is t a etim o lõ g ico . As d iversas "e s c o la s " de Educação, li­ nhas te ó ric a s , e tc . apresentam outros tantos s ig n ific a d o s . A preocupa­ ção b asira deste tra b a lh o , porem, ê aproximar-se do que tem sido realj_ zado como co n trib u ição c a r a c t e r ís t ic a da A n alise Experimental do Com­ portamento em relação ã tecno lo gia em educação. Para fin s deste tra b a lh o , fo i e sco lh id a , como cla sse de res postas a ser examinada, a de "e n sin ar através de condições de ensino programadas". Existem outras classes de respostas que podem se r consi59 deradas, no mesmo n ív e l de abrangência, como pertencentes a classe ”{ s in a r " . Neste trabalho não se pretende a n a lis a r ia s . A expressão “ ENSINAR ATRAVÉS DE CONDIÇÕES DE ENSINO PR0GR/ DAS" e ampla ainda e envolve d iversas classes de respostas menos g€ ra is (mais e s p e c ific a s ) e que podem dar uma id é ia rnais p recisa esta sendo in c lu íd o (e entendido) nesta expressão. se observar quatro c la s s e s , ainda g e r a is , de do qi No Quadro 2, podei respostas envolvidas c la sse “ en sin a r através de condições de ensino programadas". As quatrl classe s de respostas (c o n s tr u ir programas, a p lic a r programas, avaliai sua e f ic a c ia e m odificã-los a p a r t ir dos dados de a v a lia ç ã o ) que sã! consideradas envolvidas na classe geral d e s c r it a , parecem atender a um! integração entre as d iversas etapas de trabalho que tem sido u t iliz a das em programação de m icro-contingéncias (na linguagem de F r e it a s , 1979) e de m acro -co n tin g in cias, de acordo com a lit e r a t u r a relacionai p rin cip a lm en te , ao Sistema Personalizado de In stru ção ( K e lle r , 1972) 0 comportamento de u t i l i z a r condições programadas para ensino deve sei d e fin id o pelas relações entre o que o p ro fesso r faz (desde que decide o que ensinar), aprend iz, e o momentc os e fe ito s obtidos sobre o comportamento os e fe ito s do que o aprendiz faz sobre o ambiente em quê u t il i z a r a as classe s de respostas que aprendeu. Neste se n tid o , foras separadas, esco lh id as e organizadas as quatro cla sse s de respostas en^ vo lvid a s na cla sse geral "e n sin ar através de condições de ensino pro gramadas", conforme i lu s t r a o Quadro 2. Um outro aspecto importante a d estacar e que não estão sendi apresentadas descrições pormenorizadas dessas cla sse s nem oferecidas fin iç õ e s op eracionais das mesmas porque o alvo de in te re s s e e exatamel te a n a lis a r as cla sse s de respostas envolvid as e não propriamente respostas e s p e c ífic a s pelas quais se vai te r e vid e n cia observável e fid e ­ digna dessas c la s s e s . A e s p e c ific a ç ã o que in te r e s s a , no momento, e apenas a de ex p . lic it a r as cla sse s de respostas menos g e ra is envo lvid as nas classes r a is que consideramos alvo deste estu do. Dentre as quatro sub-classes e x p lic ita d a s no Quadro 2, foi co lh id a apenas uma para prosseguir a descrição de classes ainda 60 meno' .. -a CONSTRUIR PROGRAMAS DE ENSINO APLICAR PROGRAMAS DE ENSINO AVALIAR A EFICACIA DE PROGRAMAS DE ENSINO MODIFICAR PROGRAMAS DE ENSINO A PARTIR DE DADOS DE AVALIAÇAO DE SUA EFICÁCIA •* \rr 2. Quatro classes gerais de respostas envolvidas na classe, ainda mais ge 'ENSINAR ATRAVFs nE CONDIÇÕES DE.. ENSINO PROGRAMADAS” . As quatro classes não ^*tan: o que se entende por ensinar e nem excluem, por exemplo, situações como •oteracao professo^-a]uno", envolvida na classe de respostas "aplicar programas * ensino" gerais" envolvidas nessas sub-classes e x p lic ita d a s . A classe de interes^ se para esta maior descrição fo i a de "CONSTRUIR PROGRAMAS DE ENSINO". No Quadro 3 pode-se observar uma descrição mais detalhada da classe de in te re sse. As 13 classes de respostas ilu stra d a s no Quadro 3 como sub-classes de "c o n s tru ir um programa de condições de ensir.o" são apresentadas em uma seqüencia d e fin id a ^ \ A decomposição da classe "c o n s tru ir um programa de ensino"nas 13 sub-classes que constam do Quadro 3, foram baseadas, fundamentaImeni te , no trabalho desenvolvido pela Dra. Carolina M. Bori na d is c ip lin a "Programação de Curso In d ivid u a liz a d o " do Curso de PÕs-Graduação e m P sic o lo g ia Experimental da Universidade de São Paulo, durante o ano de 1973. A term inologia que consta no Quadro 3, não necessariamente, e o f ic ia l ou reconhecida como de Análise Experimental do Comportamento . Foi usada de propósito no sentido de, efetivam ente, manter a descrição no nTvel de classes gerais de respostas. Dessa forma,o Quadro 3 permi_ t i a uma ampliação alem dos procedimentos, na época, entendidos como e_x clu sivo s e c a ra c te rís tic o s de AEC: Sistema Personalizado de Instrução (modelo mais òu menos conforme o d e scrito por K e lle r em 1972) e In stru ção Programada, englobando a programação de texto programado lin e a r a ram ificad a, conforme modelos d escrito s por Taber, Glaser e e Schaefer (1974, pp. 151-158). Poder-se-ia, de certa forma, estab elecer uma diferença ensino programado e programação de ensino. No primeiro a ênfase entre ê no produto e seu uso; no segundo caso, a ênfase e no comportamento de quem faz ensino. Uma ênfase pode le v a r a uma s o fis tic a d a tecnologia de mat£ r i a i s com conseqüente complexo com ercial. Outra pode le v a r mais f a c i l ­ mente a um contínuo processo de ensino e interação entre quem faz ensi_ Esta seqüencia fo i usada pelo autor para "ensin ar programação de ensino "'n a d is c ip lin a "Programação de Contingências de reforçamento de Ensino" em um curso de P sico lo g ia durante o ano de 1974. 62 ir Quadro 3. Classes gerais de respostas consideradas envolvidas na cla sse "CONSTRUIR UM PROGRAMA DE ENSINO" na te n ta tiv a i n i c i a l de ensino desta c la s s e a estudantes de graduação em P s ic o lo g ia . 63 no, criando, ta lv e z , tipos de pesquisas e trabalhos onde se estuda mais o comportamento humano responsável pela produção de determinados e f e i­ to s. As duas ênfases tra rã o , como conseqüência d ife ren tes tecnologias. As classes de respostas a que nos referimos no Quadro 3 nos parecem i r na direção da segunda a lte r n a tiv a . Cada uma das 13 sub-classes pode ser objeto de discussão e ana l i s e , A seqüência delas e o conjunto como um todo, também. Ê exatamente esta a direção do o b je tivo deste trab alh o . Para fin s prático s e pela extensão do que c o n s is t ir ia fazer uma a n a lise comportamental de toda a classe de respostas "c o n s tru ir um programa de ensino ", escolheu-se,uma vez mais, apenas uma das 13 classes para e s p e c ific a r ainda mais o alvo de estudo deste trabalho. A classe de respostas esco lhida para an a lise fo i a segunda da seqdência ilu s tra d a no Quadro 3: ESPECIFICAR 0 ( S ) OBJETIVO(S) TERMINAL ( I S ) DE UM PROGRAMA DE ENSINO SOB UMA FORMA COMPORTAMENTAL". 4. CONCEITO DE OBJETIVO COMPORTAMENTAL Um consenso entre os trabalhadores da Analise Comportamental é que a v a riã v e l dependente, o foco de estudo ou o aspecto cen tra l do trabalho ê o comportamento. Este consenso e x iste desde o n ível de te c ­ nologia comportamental ate o nTvel de construção de t e o r ia , de pesqui_ sa aplicada ou de pesquisa basica. No caso da tecnologia comportamental aplicada ã Educação e da pesquisa realizad a nessa área , e notável a ausência de trabalhos r e la ­ cionados ao "correspondente do comportamento" em tecnologia educacio n a l: os o b jetivo s comportamentais. Se, realmente, o foco de atenção o comportamento na A nálise Comportamental, o que sig n ificam ou ê devem s ig n if ic a r os ob jetivo s comportamentais na tecnologia correspondente em Educação? . F re ita s (1979) sa lien to u a ausência da ap licação dos p r in c í­ pios do la b o ra to rio a tecnologia em Educação. Ê, também, notável a au­ sência de re fe rê n c ia a ob jetivo s comportamentais na "re v is ã o a v a l i a t i ­ va da instrução comportamental"de Johnson e Ruskin (1977). Também 64 não se encontra essa referencia no Handbook of Applied P.ekavior'AHalysis (Catania e Brigham, 1978) publicado no ano seguinte. As características do SPI feitas por Sherman e Ruskin õm.1978 não analisam as relações entre objetivos comportamentais e o SPI. 0 mesmo acontece com as descrições do SPI feitas por Junco (1974) discu­ tindo as aplicações deste sistema de ensino no México. 0 que parece ser ressaltado no SPI ê, antes de "objetivos com portamentais", os próprios "comportamentos" que se quer ensinar. Apa rentemente, a expressão "objetivos" parece ser dispensada de acompa - nhar os "comportamentos que se quer instalar". A pratica do SPI, porém, tem enfatizado o uso de classes gerais de respostas como "comportamen­ tos a instalar" (o que equivalería aos "objetivos comportamentais")e a otimizar o ensino existente através das estratégias caracterlsticas do SPI (Keller, 1972; Junco, 1974; Ribes, 1976; Sherman e Ruskin, 1978; Freitas, 1979). Talvez não usar o termo "objetivo comportamentai" e sim apenas "comportamento" seja uma estratégia útil para evitar controvér­ sias tradicionais ou para se aproximar mais do que seja uma tecnologia comportamentai. De qualquer forma o problema não parece ter sido sufi­ ciente e publicamente explicitado ou analisado. Fora isto, ainda se pode considerar que, no os comportamentos a instalar (e portanto objetivos) caso do não são ensino, qual - quer tipo de comportamento, Talvez a expressão "objetivo comportamen tal" ou "comportamentos-objetivo " (ou "alvo") tenha algum sentido. Baer, Wolf e Risley (1968), ao analisar algumas dimensões 'ha tuais" da analise aplicada do comportamento, consideram que uma dessas dimensões é "ser comportamentai". Não ha, porém, qualquer referência mais explicita sobre objetivos comportamentais, embora "comportamentai" seja uma especie de "exigência" para que um trabalho aplicado seja con_ siderado dentro da Analise Comportamentai. E estas "dimensões atuais" foram publicadas no primeiro número do Jou rn a l o f A p p lie d B eha vior Anal_ y.-,Í3 como uma espécie de "justificativa" para a edição de uma revista voltada para a aplicação e como uma espécie de "guia de avaliação" dos trabalhos aplicados em análise comportamentai. 65 0 c o n c e ito “ o b je tiv o comportamental" , porem, é usado e ap are ­ ce na l i t e r a t u r a há mais de t r i s décadas. T y le r (1978) tem algumas con sid e raçõ e s-so b re o b je tiv o comportamental (a p rim e ira ed ição de,seu l i ­ vro e de 1949) c a ra c te riz a n d o como fo rm u lar o b je tiv o s de modo que se ­ jam ú t e is na se le ção de e x p e riê n c ia s de aprendizagem e na o rie n ta ç ã o do ensino . T y le r c r i t i c a os o b je tiv o s de ensino expressos como c o is a s que o p ro fe s s o r deve fa z e r ou expressos sob a forma de elementos de conteú­ do que deverão s e r tra ta d o s no curso (to p ic o s , c o n c e ito s , g e n e r a liz a ­ ç õ e s . . . ) . Também c r i t i c a o b je tiv o s sob a forma de padrões g e n e r a liz a ­ dos de comportamento do a lu n o , porque são omissos quanto a in d ic a ç ã o mais e s p e c if ic a da area de v id a ou de conteúdo a que se a p lic a t a l com portam ento. 0 a u to r co n sid era que "a mais ú t i l maneira de fo rm u lar ob­ j e t iv o s ê ex p ressa-los em termos que indiquem ta n to a esp é cie de com portamento a s e r d esen vo lvid o no estudante como o conteúdo ou área v id a em que deve op erar e s te comportamento11 ( T y le r , que e la s de 1978, p .2 ). Em re la ç ã o ãs duas p rim e ira s maneiras c r it ic a d a s o a u to r diz “ nao são as f in a lid a d e s ú ltim a s do programa e d u c a c io n a l; não são, p o is , os verd ad eiro s o b je t iv o s " (p. 40). Em 1962 fo i e d itad o P r e p a r in g O b je a t iv e s for Pvogvammeâ In s t v u a t io n de Robert Mager que, d e p o is, te ve seu nome a lte ra d o para P r e p a r in g I n s t r u c t i o n a l O b j e c t i v e s . Na edição b r a s i l e i r a , Mager (1976) s i s t e ­ matizou o que durante muito tempo f o i (desde 1962) considerado as c a ra c ­ t e r í s t i c a s de um o b je tiv o comportamental. As tre s c a r a c t e r ís t ic a s são: 1. Desempenho - o que o aluno deve s e r capaz de fa z e r 2. Condiçoes - condições im portantes em que se espera que o desempenho o co rra 3. C r i t é r io - a q u alid a d e ou o n ív e l de desempenho que se ra satisfatório. . Na mesma pagina de seu l i v r o Mager coloca uma nota em que d iz : "N o - in íc io cía década de 60 falavam os em comportamento, e não em desem­ penho.. Foi uma esco lh a i n f e l i z de term os, pois v a r ia s pessoas foram en 66 ganadas, e pensaram que os o b je tiv o s tinham algo a v e r com o b e h a v io rismo e com os b e h a v io r is t a s . Na verdade não tinham. Os o b je tiv o s descrevem desempenhos, ou comportamentos, porque uro o b j e t iv o _ c s p e c í f ic o e não-geral ou amplo; da mesma forma, 'o desempenho, ou comportamento ê o assunto que podemos t r a t a r com e s p e c if ic id a d e 51 (1976, p .2 3 ). A nota nos parece apenas c r i a r um sinônimo para to rn a r a c e ita vel o que o a u to r propõe como o b je tiv o de en sin o . Reforça a id é ia d e que comportamental e ig u al a e s p e c íf ic o ou in s tr u c io n a l e a fa s ta -.exp lic ita m e n te - o seu tra b a lh o das c a r a c t e r ís t ic a s do Comportamentalismo. 0 termo comportamental, porem, continua a se r usado pelo au to r co­ mo sinônimo de desempenho. ; Em ou tras paginas do l i v r o o au to r ainda r e s s a lt a alguns as­ pectos que devem c a r a c t e r iz a r um bom o b je tiv o de en sin o . Na pagina e le s a lie n t a que um o b je tiv o 21 (de e n sin o ) deve t e r trê s c a r a c t e r í s t i c a s : 1) Desempenho - um o b je tiv o sempre diz o que o aluno deve se r capaz de f a z e r ; 2) Condições - um o b je tiv o sempre descreve as condições impor tantes (se as houver) em gue o desempenho deve o c o rre r e ; 3) C r it e r io - sempre que fo r p o s s ív e l, um o b je tiv o descreve o c r i t é r i o de desempenho s a t i s f a t õ r io ,, indicando quão bem o aluno deve a tu a r para ( seu desempe­ nho) se r consi derado a c e i t á v e l . Ha alguns pequenos acréscim os ao que o autor d e s c re v ia na pagina 23 do mesmo l i v r o . Na pagina 121 do l i v r o o a u to r ainda r e s s a lt a outros aspectos do que consid era in d isp e n sá ve l para um o b je tiv o de en sino . Ao e x p l i c i ­ t a r as perguntas, que se deve fa z e r para a v a l i a r se um o b je tiv o e sta bem formulado o au tor in d ic a as questões: 1) 0 in te n to p r in c ip a l in d ica d o ? 2) No caso do in te n to p r in c ip a l s e r o c u lt o , ha menção vem a comportamento in d ic a d o r? 3) E ste comportamento in d ic a d o r ê sim ples d ir e t o ? um e 4) Voce descreveu os elementos que o aluno te ra a d is p o s iç ã o , ou de que sera p rivad o ao demon s t r a r domínio do o b je t iv o ? e 5) Descreveu a q u a lid a d e , que se espera do desempenho do alu n o , para que e le se­ ja consi derado competente? Na'mesma pagina Mager resume o que entende por um o b je tiv o de en sin o , propondo uma d e fin iç ã o : "Ê um enunciado que descreve um re su l67 tado pretendido. Descreve um resultado que se pretende a lc a n ç a r, em te r mos de desempenho do aluno. Descreve um resultado que se pretende a l­ cançar, em termos do desempenho do aluno, no momento em que finda u m período de aprendizagem, em que você deixa de in flu e n c ia - lo . Descreve o desempenho do aluno ao invés de descrever o desempenho do professor, ou os procedimentos de ensino ." De Cecco (1968) assume estas c a r a c te r ís tic a s para um o b jetivo de ensino, chamando-o de o b jetivo in s tr u c io n a l. 0 autor faz diferença (pp. 30-32) entre o b jetivo s de ensino educacionais e in s tr u c io n a is , es clarecendo que ob jetivos educacionais referem os o b jetivo s e valores am pios que os sistemas educacionais englobam enquanto que os in stru cio - nais são realizações e sp e cífica s que os estudantes adquirem através de procedimentos in stru c io n a is p a r tic u la r e s . Em seguida a is to o autor acrescenta " como professores nosso papel e o de converter ob jetivo s educacionais em in s tr u c io n a is " . Em 1968, no B r a s il, sai a prim eira edição do liv r o "O bjeti - vos Educacionais" de O.P. Steves que, embora não inclua Mager na b ib lio g r a fia , assume os c r it é r io s sua (não todos nem com a mesma precisão ) propostos'por Mager. 0 aspecto interessante e que este autor chama seus ob jetivos de ensino de edu cacio n ais, acrescentando ãs expressões "instru c io n a l" e "comportamental" a de "educacional" referin d o os mesmos a_s pectos dos ob jetivo s de ensino propostos por T y le r, Mager e De Cecco. Em 1970 sao editados outros liv r o s dedicados a o b jetivo s e a problemas de desempenho: Popham, Mager e Gronlund sao autores que en­ contramos analisando estes problemas. As considerações que se seguem sio fe ita s a p a r t ir das respectivas edições em português. Gronlund (1975) - o rig in a l editado pela prim eira vez em 1970chama de o b jetivo s comportamentais aos objetivos e sp e cífico s que " t r a ­ duzem" os- o b jetivo s gerais em desempenhos observáveis do alu n o . Para e le ’ o o b je tiv o in strü c io n à l parece ser o mesmo que comportamental o u o b s e r v á v e l Hã„ embora o autor não use explicitam ente o conceito d e Mager (1976), bastante aproximação do conceito proposto por Mager. Gronlund, porem, acrescenta algumas coisas ao que Mager havia proposto. 68 As perguntas que constam da " l i s t a de v e r ific a ç ã o " ao fina* do liv r o ilustram bem as diferenças e semelhanças entre Mager e Gronl-nd, 0 s "acréscim os" ao prim eiro autor nos parecem e s ta r contidos nas seguin tes perguntas (os g rifo s são destaques nossos): ."Cada o b je tivo in s tru c io n a l esta formulado como um produto de aprendizagem (ao invés de em termos de processo de apren_ di zagem )?"; ."Cada o b je tivo in s tru c io n a l geral esta formulado em termos do comportamento term inal do aluno (ao invés do assunto a ser tratado 1 ? "i . ' Cada opj&s-tvo in s tru c io n a l geral in c lu i somente um r e s u ltado de aprendizagem g e r a l?" ."Cada o b je tiv o in stru c io n a l geral esta formulado a um n íve l adequado de generalidade ( is to é , c la r a , concisa e pronta­ mente defi n í v e l ) ? " ; ."Cada o b je tivo in s tru c io n a l geral estã formulado de ta l fo£ ma que se ja r elativam ente independente ( is t o e, l i v r e d e sobrepor-se a outros o b je tiv o s ) ? 11 (Gronlund, 1975, pp. 8587). As expressões g rifad as assinalam os acréscimos deste autor ao : . f : 5 z ~z í ‘" : :■ : ••*; •;; -■; *. ;-'r ; ; r ; et * r:-s amí ^ts *>« , wã um termo novo adjetivando a palavra o b je tiv o : g e ra l. Além de ad jetivação dupla (o b je tiv o in stru cio n a l g e r a l) o autor tr a t a comportamental, pelo menos aparentemente', como sendo in s tr u c io n a l. As palavras "re s u lta d o ", "produto", "te rm in a l", "g e n e ra lid a d e ", "independência" acrescentam um conjunto de c a r a c te r ís tic a s aos o b jetivo s que não nos parece terem f i ­ cado c la ra s no liv r o . Ora são usadas como sinônimos, ora parecem d if e ­ re n te s, deixando um conjunto de palavras que são "e x ig ê n cias" a aten der para se te r um bom o b je tiv o comportamental, sem uma precisão s u f i ­ cie n te para poder u t iliz á - la s . Mager e Pipe (1976) propõem uma d istin çã o entre problemas de desempenho que podem (ou devem) ,e que não podem (ou devem) ser, a t r ib u i 69 dos e resolvid o s através de ensino. Os autores (cu ja primei ra edição norte- americana é de 1970) separam "desempenhos" que "devem se r considerados problemas de ensino" e outros que não o devem. Chama a atenção o fato da a n a lis e f e i t a no l iv r o ser bastante " comportamental" embora os aut£ res continuem a f a l a r em " desempenho" . Também chama a atençao a separa çao entre "de ensino" e " não de ensino" quando ta lv e z a organização pu_ desse ser "d ife re n te s comportamentos a e n sin a r" ou "d ife re n te s procedj_ mentos de ensino a empregar". Não f ic a c la ra a extensão abrangida pela p alavra "e n sin o ". Talvez as palavras "re s u lta d o " e "produto" empregadas por Gron lund (1975, pp. 85-87) possam ser relacionadas a v a ria s das propostas de solução f e it a s para "re s o lv e r discrepancias de desempenho" no liv r o de Mager e P ip e . Popham e Baker (1976a) ao anal i sar "como e s ta b e le ce r metas de e n s i­ no" (a primei ra edição norte-americana e de 1970) usam o termo "metas" co­ mo sinonimo de o b je tivo s e propõem os c r it é r io s de Mager para se 11des­ cre ve r o b je tiv o s sob a forma comportamental" . Os autores separam, po­ rém, o que consideram "padrão de desempenho" (correspondente a o s "c r it é rio s de desempenho" de Mager) do que consideram ser o comportamento(?) do aluno. Também explicam padrão de desempenho como sendo o " r n v e l__de re a liz a ç ã o u tiliz a d o para ju lg a r a adequação do ensino" , e o dividem em " q u a lit a t iv o e q u a n tita tiv o " (p. 66). Popham e Baker (1976b) na sua "sistem atiz ação do ensino" acres_ centam, ainda, outros aspectos ao que chamaram de o b je tiv o (a prim eira edição norte-americana deste l iv r o também é de 1970). Os autores falam de "d escrever os o b je tiv o s em termos de com portamento mensurável do aluno" (p. 17) e usam a expressão "formulação operacional de o b je tiv o s " onde também fazem d ife ren ça (no outro liv r o 1976a- nao faziam ) entre o b je tiv o e meta. Consideram esta como uma ex­ pressão para designar "intençõ es educacionais amplas da sociedade" en­ quanto que " o b je tiv o se re fe re a uma intenção de s a ia de au la por p ar­ te de um determinado professor " (pp. 18-19), Os autores propõem que os termos "meta e o b je tiv o " sejam usados como sinônimos, considerando i r ­ re le van te a d is tin ç ã o f e i t a por outros au tores. De in te re sse não é 70 o Fato cie se?'1 esta nu aquela a per-: in pressão ser usada para designar coisrAl ern d autores •ia p y •$ m. qjud ema contribui ca ae ope ra cio n a liz a r metas (cv o b je tivo s) através de descrição cio comportamen t ° observave I especTtico oue o alun-o devera apresentar ou através descrição das e ^ e c ú t; -jq ptodutus d.» sau comportamento (p. 22). da H a casos em que na o se pode observar d i rei: amente o comportamento e a ma­ neira de operaciona l i ? a r o o b jetivo e descrever o produto que o aluno devera apresentar corno evidencia do aprendizagem. Os autores não ofe­ recem c r ité r io s maio cia roo sobre quando se deve usar um ou outro pro cedimento de operacioraiicação dos o b jetivo s. 0 s i Oi) i i >t. ada du termo "produto" para Popham e Baker (1976b) é tíiferen (:e ’ •; ir m edo ou Steves (1968) para a mesma palavra. Pa- ra este s i gn ; ■i ;/;v, " a p o s o ensino.- p*ra aqueles parece s ig n if ic a r " alguma obra c-u j r . ist.ro f í s ic o ". Para Steves era sinonimo de e f e i t o , para Popham e Dater parece querer dizer objeto, coisa f í s i c a , observa vel ou v e rifi- ié c ::;. No 5,OU l i v r o o. primeira edição norte americana e de 1972) "Analise de Ooú v. ivos crever obj e t i vo ■ , c. 1h -l\ o nome ~ para nos inapropriado - de "a n ali - se". Nrs [r i sinônimo do "cc" . ;m r introduz (p. 11) urna palavra nova , . •■!/ ív e l11: " . . . i d e n t i f i c a r enunciados como que descrevem abscrc c ! ;: ííc "atuar" aparece i;:c-:.a vez» nestes autores> para re fe ri r ;:aqui - iridos que descrevem a tuações11. A palavra 1o que o aprendí Além d í~ i •>, i-■i cviiH.a no plural o "desempenho do o b jetivo " propondo como um <h;, rdírd ivo s do liv r o que o le it o r o termine "capaz de descrever os Sev-mue;dios que representem o sig n ifica d o do o b je tiv o " (p. 11). Neste sou: ido pode-se dizer que seu liv r o e sobre um procedi mento paro cq ■ • : i ,:vr_,.,b j d qyqn^ do ensino" . Nas ■»=:*«•. c r ité r io s ant. í u ;r»o-. u<> liv r o , prati camente o autor mantêm r *,• „ ■ ■ ni.-? 6 /] o s o b jetivo . SÕ a respeito do "cri_ t e r iò de desempenho" que agora e ex p licad o da se g u in te m aneira: " n atu ­ reza» q u alid ad e ou quantidade que serão consideradas a c e it á v e is " . W heeler e Fox (19 7 3 ), editaram seu l i v r o sobre o b je tiv o s nos EUA em 1972. N e le , os autores acrescentam aspectos d ife r e n te s ao pro blema da d e s c riç ã o de o b je tiv o s com portam entais. Em p rim e iro lu g a r os autores fazem uma d ife re n ç a e n tre " f in s e d u c a c io n a is " e " o b je tiv o s e d u c a c io n a is " considerando "o b je tiv o s educa, c io n a is " como " f in s e d u c a c io n a is " mais e s p e c íf ic o s . Os " f in s e d u ca cio ­ n ais são form ulações a b s tra ta s e pro põsitos id e a is da educação". Consi_ d e ra , " f i n s " como a maneira de fo rm u lar abstratam ente " re su lta d o s edu­ c a c io n a is a serem obtidos no f u t u r o " (p. 1 ). Urna ou tra novidade e o uso concom itante (e não como sinônim os) dos termos "comportamento" e "desempenho" . Parece que a p a la v ra "desem penho" e usada no se n tid o de r e u n ir , em um o b je tiv o de e n sin o , o com portamento do aluno e os c r i t é r i o s que o to rn arão um c omportamento acei t i v e ! . A p a la v ra desempenho parece s e r usada no se n tid o de " comporta mento q u a lific a d o ou q u a n tif ic a d o " . Um t e r c e ir o aspecto novo no l i v r o de W heeler e Fox e o uso da expressão r,verbos de ação" para in d ic a r o desempenho e a re s p e c tiv a c la s s if ic a ç ã o deles em " d iretam en te o b s e rv á v e is " , ' " ambíguos" e " não di retam ente o b s e rv á v e is " (pp. 31-33). Os autores avaliam a adequabi1id a ­ de do uso desses tre s tip o s de verbos de ação para r e f e r i r o "comporta mento do alu n o " (As c a te g o ria s de verbos foram r e tir a d a s de um le v a n ta mento f e i t o por Deno e Je n k in s , em 1967). 0 qu arto aspecto novo e que os autores acrescentam que o " com portamento te r m in a l" do aprendiz deve s e r " o b servável por dois observa dores independentes" (p. 3 8 ). Nos demais a s p e cto s, os au to res assumem os c r i t é r i o s e o con­ c e it o de o b je tiv o comportamental propostos por Mager (1976). Na ordem crono lõgi ca de prim ei ra edi ç ã o , Vargas (1974) é o proximo a u to r trabalh an do com o c o n c e ito de o b je tiv o comportamental (a p rim e i­ ra edição norte-am ericana de seu l i v r o e de 1972), que considerarem os. 72 Vargas usa a expressão "o b je tiv o comportamento!" para basica mente, a mesma proposta de Mager (1976) em relação a o b je tiv o ' instruc io n a is. A autora e s p e c ific a : "Para ser comportamenta! um o b jetivo de­ ve: * A) R e fe rir- s e ao comportamento do aluno e não ao do professor B) Descrever comportamento observável C) E s p e c ific a r um n ív e l ou c r it é r i o de desempenho a c e it á v e l" (P- « ) . 0 ílnico aspecto que Vargas re tiro u fo i o que se r e f e r ia a “ con­ dições que se p e rm itira ou se p r o ib ir a ao aprendiz". A autora não co menta porque excluiu este aspecto dos o b jetivo s que considera comportjj m entais. Ha, porém, tres co ntrib uiçõ es de Vargas que são novas para o co n ceito , para a descrição e para o uso dos o b jetivo s comportamentais no ensino. A prim eira dessas co ntrib uiçõ es refere-se a elim inação de "pa lavras desnecessárias em um o b je tiv o ", largas defende que a u tilid a d e de um obje-tivo comportamenta! depende de sua cla rez a e que uma coisa que d i f i c u lt a is to é o uso de p alavras desnecessárias na d escrição dos o b je tiv o s . Expressões verb ais que, muitas vezes, querem "e s c !a re c e r nos_ sas intenções e va lo re s" sõ servem para obscurecer a c la re z a do objetj_ vo. Uma segunda co n trib u ição de Vargas e le v a n ta r o problema das diferenças entre "o b je tivo s de ensino" e "a tivid a d e s de ensino". Para e scla re c e r esta d ife re n ç a , a autora diz que " Os o b jetivo s comportamen­ ta is especificam o comportamento do alu no , mas são d ife re n te s das a tivid ad es. A d iferen ça esta entre fin s e meios. Os o b jetivo s determinam habilidades que você quer que seus alunos tenham; as a tiv id a d e s são os meios pelos quais são alcançados os o b je tiv o s " (p. 83). Ao exem plifi car esta afirmação Vargas s a lie n ta que as ativid a d e s estão presas a con­ dições de ensino p a rtic u la re s e os o b je tiv o s a condições mais g e r a is . As afirmações da au tora, porém, não deixam c la ro o que é uma c o is a e ou 73 tra ou, pelo menos, não esclarecem as d iferen ças fundamentais entre elas para se poder d is t in g u í- la s . A t e r c e ir a co n trib u ição de Vargas e a e x p lic ita ç ã o de dois as_ pectos importantes para o v a lo r de um o b je tiv o comportamental: a c la r£ za e a im portância. Por c la re z a , a autora entende que devam atender aos c r it é r io s de um bom o b je tivo comportamental. Para ser importante (que também chama de u t i l ) Vargas considera que um o b je tiv o de ensino "deve c o n trib u ir para a fin a lid a d e global da educação: deve a j udar o i n d i v í ­ duo a atuar efetivam ente na sua vid a c o tid ia n a " (p. 107). Um quarto aspecto a destacar no l i v r o de Vargas e a inclu são das categ o rias de o b je tivo s educacionais de Bloom (da sua conhecida ta xionomia de O bjetivos Ed u cacio n ais). Embora a autora sõ a n a lis e as ca­ teg orias do domínio co g n itivo (Bloom ainda tem as categorias do dorní nio a fe tiv o e psicomotor), o que importa para este trabalho e se conside^ r a r em um l iv r o de "o b je tiv o s comportamentals11 catego rias de d ife re n tes areas e complexidades, ê , para Vargas, mais um aspecto a responder ao problema da re le v â n c ia . Bloom teve seu trabalho de taxionomia publi_ cado ja na década de 50 e tinh a um levantamento bastante extenso (nos tre s domínios) de categ orias de o b je tiv o s . As relações com o b je tiv o s comportamentais, alem da id é ia de categ o rias , porem, não s^rão objeto de a n a lis e neste tra b a lh o . Kaufman (1977) no Planificación de Sistemas Educativos (p r i­ meira edição norte-americana de 1972) descreve quatro tipos de a n a li ses a serem f e it a s para se obter o b je tivo s de ensino: "a n a lis e de mis­ sões", "a n a lis e de fun ções", "a n a lis e de ta r e fa s " e "a n á lis e de meto dos e meios". As tre s prim eiras se referem a d ife re n te s n ív e is de obje­ tiv o s , os prim eiros englobando ou tendo os demais como parte in te g ra n ­ te ou in te rm e d ia ria . A quarta "a n a lis e " refere-se ao"que faz er e usar" para a consecução dos o b jetivo s dos tre s prim eiros n ív e is . A nomencla­ tura ja havia sido usada pelo proprio autor em outras publicações ante^ rio re s (desde 1968). 0 que importa,porem, e r e g is t r a r , por enquanto, a noção.de d ife ren tes n ív e is de o b je tiv o s , de abrangência ou g e n e ra lid a ­ de d ife re n te s . 0 estudo destes n ív e is (quais são, como o b ti- lo s . . . )não sera objeto deste trab alh o (ve r Quadro 3 ). 74 Enquanto Vargas (1974) apresentou ca te g o ria s (re fe rin d o - se a Bloom e colaboradores (1956), Kaufman (1977) f a la de n ív e is do abran gencia dos o b je tiv o s de ensino. São dois aspectos complementares que me recerão a n a lis e s mais detalhadas aò se t r a t a r da conceituação de o b je ­ tiv o s comportamentais, Mager (1977b) no seu l i v r o "Medindo O b jetivo s de Ensino" ( a prim eira edição norte-am ericana e de 1973) faz uma s e r ie de c o n s id e ra ­ ções sobre o problema da a v a lia ç ã o u tiliz a n d o o t je t iv o s in s t r u c io n a is . Neste trab alh o o autor apresenta alguns aspectos das d ife re n ça s e n tre o b je tiv o s e a tiv id a d e s de a v a lia ç ã o (te s te s e ite n s de v e r if ic a ç ã o ou de d ia g n o s tic o ) ã semelhança de Vargas (1974): "O b je tiv o s sao d e scri ções de resultados alm ejados" e " ite n s de v e r if ic a ç ã o são usados comprovar se os o b je tiv o s foram alcan çado s" (p . 13). 0 au to r para comenta que algumas vezes o o b je tiv o se parece muito com o item de v e r if ic a ç ã o e que nem sempre e f á c i l d is tin g u T - lo s . Em re la çã o a o b je tiv o s , propriam ente, Mager a n a lis a as suas ca ra c te rT s tic a s (em re la çã o a a v a lia ç ã o ) acrescentando algumas expressões novas em relação a desempenho, condições e c r i t é r i o s . Sobre o desempenho do aprendiz d e s c rito no o b je tiv o , o au to r considera que e le pode expressar o p ro po sito p r in c ip a l ou s e r um i n d i ­ cador desse p ro p ó s ito . Ao p ro p o sito p r in c ip a l Mager chama também de ha b ilid a d e que o aprendiz deve d e s e n v o lv e r, e que as vezes não e n co n tra­ mos no enunciado de um o b je tiv o (p . 2 3 ). Alem dessas expressões, Mager acrescen ta os termos " e x p líc it o e im p líc it o " ao desempenho de um o b je ­ t iv o e que, quando o "p ro p o sito p r in c ip a l f o r t r a r um in d ica d o r para to rn a- lo e x p líc it o " im p líc ito deve-se encon­ (p . 35). Sobre "con dições" nos o b je tiv o s , Mager as considera como de­ vendo s e r ig u a is ãs condições de te s te do o b je t iv o . "Se as condições não forem as mesmas tanto no item de te s te quanto no o b je t iv o , voce não sabera se o o b je tiv o fo i alcançado. E se voce não souber se os seus o b je tiv o s (que você afirm a serem im portantes) foram alcan çad o s, você também não saberá quão e fe t iv o vem sendo no seu ensino ou o que fa z e r para to rn s- lo e fe t iv o " (p. 72). 0 au to r in s is t e ao d iz e r a regra 75 para "adequação das c o n d iç õ e s": "Faça com que os ite n s de te s te incluam as mesmas condições (nada a m ais, nada a menos) que e stão d e s c r ita s n o s o b je tiv o s " fp. 72 ). Sobre a r e le v â n c ia das "co n d içõ es" Mager faz urna afirm ação que se assemelha ã de Vargas (1974) sobre o mesmo assunto: "Quando uma am­ p litu d e de estím ulos e/ou condições é usada numa s e r ie de ite n s de tes t e , use apenas os estím u los e as condições que o aluno vai e n co n trar dentro de aproximadamente s e is meses, a p a r t i r do momento em que o tes te vai s e r a p lic a d o " (p . 95). Mager usa o termo estím u lo ju n to ao de condições embora na no ta (p, 23) de seu l i v r o "A Formulação de O b je tivo s de Ensino" (1976) , e le d isse sse s e r d ife r e n te o que chamava de desempenho e de comporta mento. Alem d is t o , e le diz que se deve u sar nas "condições e/ou estírnu lo s " apenas a q u ilo que o aluno vai e n co n trar dentro de um c e rto apos a a p lic a ç ã o do t e s t e . 0 argumento b ásico ê de se r ú t i l tempo ao apren - d iz , de haver p ro b a b ilid a d e de e le u sar o que aprendeu nesta margem de tempo. Em s ín t e s e , Mager retoma o que Vargas (1974) h avia an a lisa d o anteriorm erite (d ife re n ça s- o u semelhanças? - en tre a tiv id a d e s e o b j e t i ­ vos e o problema da r e le v â n c ia dos o b je tiv o s - ou a t iv id a d e s ? - para o e n s in o ). Os e scla re cim e n to s não parecem aumentar mas ha uma s e r ie d e expressões novas acrescen tad as ao co n ce ito de o b je tiv o comportamental (ou i n s t r u c i o n a l ? ) : im p líc it o , e x p l íc it o , p ro p ó sito p r in c ip a l, in d ic a ­ d o r, adequação de co n d içõ es, adequação do desempenho... Popham e Baker (1976c) escreveram um l i v r o blema da adequação e re le v â n c ia dos o b je tiv o s : sões dos O b je tivo s de En sin o " re la cio n a d o ao pro­ "Como Am pliar as Dimen­ (a p rim e ira edição em in g lê s também e de 1973). N e le , os au tores consideram o problema de r e le v â n c ia podendo se r re s o lv id o pela am plicação de areas (" c a t e g o r ia s " na 1inguagemde Bloom) a que se referem os o b je t iv o s . 0 l iv r o . n a sua m aior p a rte parece uma defesa - aparentemente inócua e ingênua - a acusação de t r i v i a l i d a d e dos o b je tiv o s in s tr u c io n ais.. 76 A primeira parte do liv r o e sobre "como humanizar os o b jeti vos de ensino" e, nela, os autores propõem, basicamente, duas grandes nhas: formular objetivos mensuráveis para metas de desenvolv imento.pes­ soal e social e envolver individualmente os alunos.na se ie çio de seus próprios o b je tiv o s . A segunda parte tra ta sobre a "defensabilidade das metas d e ensino" e o caminho sugerido é um " levantamento das preferências de vá­ rios grupos represen tativo s". Dessa forma, os autores acreditam aumen­ ta r a possibilidade de os objetivos de ensino selecionados se tornarem re le v a n te s. A te rc e ira parte contem um programa para ajudar a produzir ob_ je tiv o s (in s tr u c io n a is ? )a fe tiv o s . 0 c r it é r io , neste caso e de catego r i a mais relevante que outras (a fe tiv a mais "humana" que a c o g n itiv a ? ). A quarta parte tra ta de um aspecto relacionado a que a operacionalização dos objetivos deva in c lu ir conteúdo que seja generaliza vel além do item do t e s te . 0 problema da relevân cia e considerado como vinculado a generalização além do item de teste (condições?) do ob jeti vo. A' ultima parte retoma o problema da diferença e semelhança e_n tre objetivos e atividades de ensino (iten s de te ste ) de maneira seme­ lhante a Vargas (1974) e Mager (1977b). No conjunto Popham e Baker propõem procedimentos de obtenção , categorizações de objetivos e generalização (para outras situações alem do item de te ste ) como maneira de aumentar ou obter relevân cia para os objetivos de ensino. 0 conceito de o b jetivo comportamental, porem, pe£ manece o mesmo, sem se colocar em duvida se um dos problemas não e que o próprio conceito ainda é inadequado. Short (1978) - a primeira edição em inglês ê de 1974 - a n a li­ sa o problema da relevân cia de objetivos sugerindo também o procedimen^ to para "obter grupos representativos de pessoas para c la ssific a re m a relevân cia de o b je tivo s". A esse procedimento, porem, o autor acrescer^ ta c r it é r io s relacionados ãs c a ra c te rís tic a s dos ob jetivo s. Para Short N, hã, pelo menos, dois testes para a relevân cia de um o b jetivo : 77 l.o o b je t iv o descreve uma h a b ilid a d e ou c o n c e ito que e pro­ v á v e l que a pessoa n e c e s s ite fo r a da e sco la » agora ou mais t a r d e , em sua v id a ? 2. se não o fa z , então o o b je tiv o d escreve uma h a b i1i dade gue a pessoa p r e c is a aprender ag o ra, não pelo seu p ro p rio va­ l o r , mas porque o aju d a ra a aprender outros o b je t iv o s que são u t e is fo ra da e s c o la ? Embora o a u to r fa ç a as duas perguntas como dois te s te s neces ­ s á r io s para c o n f e r ir a r e le v â n c ia de um o b je t iv o , e le as co n sid era mais f á c e is de fo rm u la r do que de respo n der. Com exceção do procedim ento des^ c r i to acim a, e le nao encontra formas para resp o n d ê-las. De q u alq u er m an eira, sua c o n tr ib u iç ã o d if e r e um pouco e a c re £ cen ta aspectos novos ao que os au to res a n te r io r e s pham,. . ) (M ager, V arg as, Po- consideram sobre o problema da r e le v â n c ia de o b je tiv o s compo£ tam en tais ou i n s t r u c io n a is . S h o r t, além desta c o n trib u iç ã o em re la ç ã o a o b je tiv o s de ensi_ no, ainda tra z uma s e r ie de aspectos cu jo r e g is t r o nos parece importar^ te para a d iscu ssão do c o n c e ito de o b je tiv o s de ensino rom portam entais. 0 a u to r usa d iv e r s a s expressões ju n to ã p a la v ra o b j e t iv o , ora como sinônim os, ora como c o is a s d if e r e n t e s . A p a la v ra o b je tiv o de ensj_ no e am pliada, e s p e c ific a d a e q u a lif ic a d a com as se g u in tes exp ressões: "g e r a l", " e s p e c íf i c o " , t r u c io n a l " , "m e n s u rá v e l", " t e r m in a l" , "e d u c a c io n a l". Neste a r t ig o "com portam ental" ,"ins_ (1 9 7 8 ), Sh o rt co n sid e ra objetj_ vos te r m in a is , com portam entais, e s p e c íf ic o s ou in s t r u c io n a is como sinÕ nim os, usando-os sem d is t in ç ã o . P ara o a u to r , o b je tiv o s g e ra is são o oposto de e s p e c íf ic o s , m ensuráveis ou o b s e rv á v e is . O b je tiv o s g e ra is tam bem são considerados vag o s, ambíguos e d i f í c e i s Em re la ç ã o aos o b je tiv o s e s p e c íf ic o s de m edir. (também sinônimos de ins- t r u c io n a is , te rm in a is e com portam entais) o a u to r co n sid era q u e 'e le s d£ vem " l i m i t a r " o o b je t iv o g e r a l , re s trin g in d o - o e e sp e cifica n d o - o (para V arg as, fa z e r is t o s e r ia tra n sfo rm á- lo s em a t iv id a d e s de e n s in o ), d e forma a to rn á - lo s dem onstraveis e a p e r m it ir co nco rd ân cia e n tre d if e 78 rentes observadores. Para is t o , os o b je tiv o s específicos tamFm ‘ devem conter detalhes s u fic ie n te s para que sejam c la r o s . Sua função.- ‘'iri re la ção aos o b je tiv o s gerais e , basicam ente, re d u z ir a f a l t a do c l a re z a . Um outro aspecto a d estacar é o autor co n sid era r: 1 ) . o concei­ to de Educação im p líc ito no co nceito de o b je tiv o s mensuráveis e 2) £ resultado da educação como uma mudança no comportamento do aluno, Para alguns autores is t o podería ser uma redução muito grande no que se quer como resu ltad o da Educação. S h c rt também a n a lis a as d ife re n ça s entre o b je tiv o s comporta mentais e a tivid a d e s de ensino considerando que um “ o b je tiv o educacio­ nal mensurável descreve o comportamento desejável dos alunos apôs com­ pletarem um evento educacional e que diferem das ta re fa s dos alunos du rante os eventos e d u cacio n ais*/ Is to parece se r c o n tra rio ao c r i t é r i o de Mager (1977b) sobre a adequação de o b je tiv o s e te ste s de a v a lia ç ã o . Para Short ha que d is tin g u i r o gue farã o durante e apos os eventos edu c a c io n a is . Para Mager d everia haver identid ade entre o b je tiv o s e tes tes de a v a lia ç ã o . É, também, bastante d ife re n te do que Vargas (1974) considera se r re le van te para d is t in g u ir entre o b je tiv o s e a tiv id a d e s d e ensino. 0 au to r, contudo, faz uma d ife re n ça entre a tiv id a d e s e o b j e t i­ vos que se assemelha ã de Vargas. E le f a la de o b je tiv o s mensuráveis co­ mo resu ltad o do uso de métodos e m a te ria is educacionais fazendo, tam­ bém e le , esta d ife ren ça entre meios e fin s no ensino. Sh ort ainda considera a re le v â n c ia como oposta ã t r i v i a l idade e sugere apenas que e po ssível e scre v e r o b je tiv o s mensuráveis não t r i ­ v ia is sem, porém, e x p lic it a r como fa z e - lo , 0 a u to r, no entanto , bém afirm a que “ o b je tivo s mensuráveis são uma parte c r í t i c a de tam­ q u a l­ quer esquema de observação e medida porque eles definem o comportamen­ to importante a ser observado e medido? Ao mesmo tempo que diz se r pos_ s ív e l e v it a r a t r i v i a l idade, afirm a que são os o b je tiv o s que definem o que e im portante. Short ainda acrescenta tre s co n trib u içõ es em re la çã o ãs cara£ t e r ís t ic a s de o b je tivo s comportarnentais. A de que o o b je tiv o deve se r algo que o aluno passe a fa z e r na sua vid a apos o curso e não o abando- 79 ■QêJ o go, depois do processo in s t r u c io n a l. Acha d i f í c i l m edir esse tip o de re su lta d o (g e n e r a liz a ç ã o ). Aconselha como uma so lu çã o , para aumen t a r a p o s s ib ilid a d e de g e n e ra liz a ç ã o , d e f i n i r o b je tiv o s e e s c o lh e r a t i vidades nao a v e rs iv o s aos a lu n o s . A segunda dessas tre s c o n trib u iç õ e s ê o fa to de s a li e n t a r que os o b je tiv o s comportamentais bem d e s c r ito s apresentados aos alunos já são uma condição de ensino no s e n tid o de que, sõ com i s t o , j ã e p o s s í­ v e l consegu ir que os alunos aprendam. C ita um estudo de Mager e Mclaun (1961) em que se v e r if ic o u aprendizagem, com sucesso e em pouco tempo, usando apenas a apresentação dos o b je tiv o s comportamentais aos alunos como condição de ensino. A t e r c e ir a c o n trib u iç ã o de Sh o rt chama a atenção para as d i f i ­ culdades em r e la c io n a r conteúdos, inform ações ou conhecimentos c i e n t í ­ f ic o s com o b je tiv o s comportamentais. 0 au to r afirm a que as e sco la s êns in a m (?) muitos o b je tiv o s que a m a io ria de nos nunca usa apos s a i r da e s c o la . E pergunta: “ Quando eram f e it o s na e sco la eram im p o rta n te s?" £ in te re s s a n te que o termo e n s in a r, no contexto dessas c o n s i­ d eraçõ es, s ig n ifiq u e apenas " in d u z ir a apresentação de uma c la s s e d e respostas d e fin id a s op eracio n alm en te"em vez d e "i n s t a l a r comportamentos o p era n tes".T a lv e z v a le s s e a pena, realm en te, nos dedicarmos a uma ana­ l i s e comportamental do que s e ja aprender e das re la çõ e s d isso com o con­ c e it o de o b je tiv o com portam ental. A afirm ação f i n a l do a u to r no tex to e r e l a t i v a ã co nsid eração de que uma das maiores c o n trib u iç õ e s n e c e s sá ria s no campo da Educação, atualm en te, ê d e se n vo lver melhores meios para d eterm inar a r e le v â n c ia de o b je tiv o s e d u ca cio n a is. 0 au to r co n sid era que o p rim e iro passo, para co nsegu ir estes melhores m eios, ê d e sc re v e r os o b je tiv o s de forma m ensurável. Talvez va_ lha a pena c o n s id e ra r i s t o apenas um dos aspectos e n vo lvid o s e não o "p rim e iro passo n e c e s s á rio " para se d e s c o b rir a r e le v â n c ia de o b je ti - vos e d u c a c io n a is . Mechner (1974), em um curso no CENAFOR (São P a u lo ) sobre ana­ lis e comportamental de t a r e f a s , não deixa c la r o o que entende por com80 •v. ila ç ã o cbr.rr-- ■ j 0• j|- i. . !• CcidoS *I t ■i ava ■ (pp "a nc entiiüto, uma pergunta formulada por Mechner que nos pa­ rece im portante d estacar como c r i t é r i o para a v a lia r, um o b je tiv o de.enS1Í!° : *° dcoen^ot.bo p.* oc-g cada no contexto de a U- tio tra b a lh o ?"(A questão esta colo i 1i o os fa ro fa s de um trabalhador ou funciona - ri o) * '‘P arto re-\V: podo ser o eq u ivale n te a "v id a do aprendiz" que Vargas (19**3) *n<;i q i a no sue concepção de o b je tiv o s de ensino re le v a n ­ te s. Para Mer.hner- no e n tan to , parece ser uma c a r a c t e r í s t i c a té cn ica e não de Importa - :!.;, v orno o e oars Vargas, Poriori amos cont inuar analisando o que d iverso s autores conce­ bem como o b je tiv o compor Um eoca!. Não e» porem, o b je tiv o deste traba Iho uma re v is ã o sis te m á tic a da lit e r a t u r a sobre is to . Al em dos aspec­ tos apontados, ainda v a le a pena co n sid erar as d ive rsas c r i t i c a s que tem sido f e it a s ao uso de o b je tiv o s comportamentais no ensino. Ni dej ç.off (197 <) examina os o b je tiv o s de pro fesso res a r g e n ti­ nos ques Li onan-ic <i-, ti autora cons i derr que r. pardo ido dos valo res _de quem d efin e e usa os ob- j e t i vos no er.sinc cH: -■ :t i..,*»! que estes professores trabalham . s A a uma educação “ p o l i c i a l " e nao a uma educação "popu rosner e ( i v /r ) Lambem analisam o problema da oposição entre ioeoioTin e tr,i r ü P a mi 1ações v u 0 b : - C ? . ■ r r a p ;s d e { r r i g o j C f ;'0 : ': u t o ! r s : . • j * ;.ç 1 u - 1 t5 / j C ia f" ' t i r p o que eles consideram o " v ie s " dos obje ; ; Í t ' : ; r 1i . V i o g í C í í - O í" i e n t - a 'i a m u u • e s r c lo g ias que eum. rstem o qc-uí de depcmdonc ia de nossos educadores de t é c ­ n ic a s , coniíõsim.- m r:. e aqoimrs a lúcios a nossa re a lid a d e . ■1Ü UC1'1 uar iriumer irr. » h : ursos de P s ic o lo g ia costumam apresen. s,roç»r .m-ulo e ao uso de o b je tiv o s com - p o rta n re n ta is» tornando d i f í c i l a a c e ita ç a o d este asp e cto da te c n o lo g ia com portam entai. 0 problem a, porem, não e apenas dos que c r it ic a m je t iv o s o uso de ob­ com portam entais no e n s in o . E le e n vo lve os c i e n t i s t a s do compo^r tam ento, e sp e cia lm e n te os que consideram o comportamento como o c e n tra l fo co de seu t r a b a lh o . F r e it a s (1979) a le r t o u para a f a l t a de p esq u isa na te c n o lo g ia do e n sin o . Ribes de uso do que conhecemos (1976) qu estio n o u o que cha­ mamos de o b je tiv o s com portam entais e os procedim entos que empregamos para d e s c re v ê - lo s . S k in n e r (1975) s a lie n t o u que as c iê n c ia s do compor-' tamento ain d a são pouco com p ortam entais. Os t r ê s mostram um pouco dos d e s a fio s que e n e c e s s á rio e n f r e n t a r , em r e la ç ã o ao que chamamos de"com portam ento de e n s in a r " , com as ferra m e n tas e a e x p e r iê n c ia acumulada da A n a lis e Ex p erim en tal do Comportamento. Os problemas apontados em r e la ç ã o ao uso do .termo com portam entai" envolvem : as suas c a r a c t e r í s t i c a s 1) o c o n c e ito de o b je t iv o " o b je t iv o com portam entai; 2) fu n d am en tais; 3) as d ife r e n ç a s com d if e r e n t e s tip o s de o b j e t iv o s ; 4) sua fu n ç ã o ; 5) a r e le v â n c ia para o p ro fesso r,p a^ ra o a p re n d iz e p ara a ed u cação ; 6 ) os p e rig o s e 7) c r i t i c a s r e la c io n a dos ao seu uso. Não se e n c o n tra co n co rd ân cia e n tre os d if e r e n t e s a u to ­ re s sobre cada um desses asp e cto s e, mesmo, não f i c a c la r a a e x is t ê n c ia de r e la ç ã o e n tre o que propõem como o b je t iv o comportamentai e a A n a l i ­ se Ex p erim en tal do Comportamento. No c o n ju n to , todos e s te s problemas evid en ciam que e x is t e pergunta de c e n tr a l o b je t iv o s uma in t e r e s s e para quem deve se com portar em r e la ç ã o a com portam entais no e n s in o : QUAIS SAO OS COMPORTAMENTOS ENVOLVIDOS COM 0 USO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO? E sta pergunta r e s t r in g e - embora ain da não c o n c r e tiz e se preten d e com e s te tr a b a lh o . - o que 5. CLASSES DE RESPOSTAS ENVOLVIDAS MA ESPECIFICAÇÃO DE OTu... H -O S COM PORTAMENTAIS DE UM PROGRAMA DE ENSINO E O OBJETIVO DES IT.' -TRABA LHO A pergunta "q u a is são os comportamentos e n v o lv id o s com ouso de o b je tiv o s comportamentais no e n s in o ?" ainda e g e r a l. E la pode ser desdobrada em v a r ia s ou tras perguntas que, por sua vez , darão d if e r e n ­ tes d ireçõ es ao tra b a lh o de p e sq u isa. Ainda poderiam os, mais e s p e c ific a m e n te , p e rg u n ta r; . qu ais as c la s s e s de re sp o stas e n v o lv id a s no uso de o b je ti - vos comportamentais para o e n sin o ? . que c la s s e s de e stím u lo s e stã o re la c io n a d o s os aspectos do ambiente que a e la s ou qu ais as p o s s ib ilita m e x i s t i r ? . quais os e f e i t o s , re s u lta d o s ou conseqüencias de cada u m a dessas c la s s e s de re s p o s ta s ? . quais as re la ç õ e s dessas c la s s e s de . e essas mesmas perguntas em . dizagem do uso de o b je tiv o s re sp o stas com o am biente? r e la ç ã o , não ao uso, mas a apren_ comportamentais no ensino como se riam resp o n d id as? São perguntas que exigem estudos d e s c r it iv o s e não, necessa riam en te, estudos e x p e rim e n ta is. Permitem ou sugerem o levantam ento do que acontece e de como a c o n te c e . De c e r ta form a, no co n ju n to , suas re_s postas e que p e rm itirã o se d e se n v o lv e r estudos e x p e rim e n ta is. A e x p lic it a ç ã o das « a r ia v e is (ta n to as c la s s e s de re sp o stas co mo os aspectos do am biente) ê que p e r m itir a i d e n t i f i c a r as p o s s ív e is ou p ro vá veis re la çõ e s e n tre e la s . A p o s s ib ilid a d e ou p ro b a b ilid a d e dessas re la çõ e s p o d e rio , e n tã o , s e r submetidas ã experim entação. Os e stím u lo s em jogo e as re la ç õ e s apontadas s e rã o , mesmo que bem d e s c r it a s , ainda p a s s ív e is de re p lic a ç õ e s e estudos e x p e rim e n ta is. A d e s c riç ã o dessas re 1ações, sem d u vid a , não é a mesma c o is a que a sua dem onstração. Os dados para se co n seg u ir re sp o stas a e sta s perguntas poderiam s e r obtidos com d ife r e n te s s u je it o s e s itu a ç õ e s . 83 Po d er-se-ia fa^zer, p o r exemplo, um exame de programas j a c o n stru íd o s e e x t r a i r esses dados do exame re a liz a d o . Também s e r ia p o s s ív e l e n t r e v is t a r ou o b servar p r o f is ­ s io n a is de programação tra b a lh an d o . Ou ainda se re v e r a l i t e r a t u r a so­ bre o b je tiv o s de e n sin o . Uma o u tra dessas p o s s ív e is s itu a ç õ e s poderia s e r a de o b serva r estu dan tes aprendendo a programar condições de e n s i­ no. Por razões p r a tic a s (h a v ia um curso sobre programação de ensj_ no a s e r dado na época da r e a liz a ç ã o deste t r a b a lh o )e de in t e r e s s e (e r a mais a tra e n te o estudo dos comportamentos, e n v o lv id o s no aprender a usar o b je tiv o s do que no usa-los a p e n a s), de d is p o n ib ilid a d e (dos s u je it o s p a r t i c ip a n t e s ) , escolhemos acompanhar o tra b a lh o de estu d an tes apren - • dendo a programar condições de e n s in o , com r e la ç ã o aos comportamentos que seriam apresentados durante a aprendizagem e não apenas ao f in a l de cada aprendizagem. A prendizes também têm vantagens no se n tid o de que, como es tão, aprendendo, e x p lic it a m mais c la s s e s de comportamentos in te rm e d iá rio s do que p r o f is s io n a is que j a aprenderam. Al em d is s o , se tem m aior e x p l i c i ­ tação das d u v id a s , p re c o n c e ito s e d if ic u ld a d e s . Estas e x p lic it a ç õ e s p£ dem le v a r a d e s c o b r ir mais comportamentos e n v o lv id o s do que se desco b r ir ia se SÕ fossem observados p r o f is s io n a is trab alh an d o com programa­ ção de e n sin o . Todas e s ta s condições e n v o lv id a s e a p o s s ib ilid a d e de tra b a lh a r com estu d an tes de P s ic o lo g ia , nos fiz e ra m c o n c r e tiz a r mais as pergunta s para as q u ais gostaríam os de o b te r dados de forma a poder respon d ê - la s . As questões b á sica s se re fe ria m a um conjunto de c la s s e s d e re sp o stas que j ã se tin h a e x tra íd o da l i t e r a t u r a e que f o i uma e sp é cie de "ponto de p a r t id a " para as questões que fa ría m o s . 0 Quadro 4 mostra um diagrama, onde se pode o b se rva r os d if e r e n te s n ív e is de c la s s e s d e re sp o stas que foram co n sid erad as como "ponto de p a r t id a " . Observa-se q u atro n ív e is de c la s s e s de re sp o stas que, em seqü ên cia» dariam um pe­ queno programa de e n s in o . 84 ^arr^^yaiarrraaptgirecs * & tX X Z X = Z E L Z £ f* X L 2 K & l jÜ . — AVALIAR USAR IMPLICAÇÕES DIFERENTES DE FORMAS PARA APRESENTAR OBJETIVOS IQUEM VERBOS QUE .ESPECI AÇAO OBSERVÁVEL DC APRENDIZ DISTINGUIR TERÍSTICAS DE UM OBJETIVO TERMINAL DE ENSINO JSAR IDENTIFICAR QUAIS AS CARAC ENTRE VERBOS (OE AÇAO) AMBÍGUOS E VER­ SOS (DE AÇAO) NAO AMBÍGUOS DISTINGUIR E ENTRE “HABILIDADE" O QUE E 0 QUE E COMPORTAMENTO ESPECIFICAR 0 (S ) OBJETIVO ($) TERHINAL(IS) co cn DO GRAMA OE ENSINO SOB PRO UMA DISTINGUIR FORMA COMPORTAMENTAL ÇÃO DESCAEYER A SITUAÇXO EM DIANTE ENTRE DA "SITUA­ QUAL O APRENDIZ OEVE RESPONDER" E PRt-REQUISITOS IDENTIFICAR NO QUE CCNSIS TE "A SITUAÇÃO OI ANTE OA QUAL O APRENDIZ DEVE APP£ SENTAR A RESPOSTA" QUE A RESPOSTA DO APRENDIZ DEVE OCORRER | ESTABELECER O CRITÉRIO Ml j NIKO DE DESEMPENHO PARA A í RESPOSTA DO APRENDIZ SER CONSIOERAOA CORRETA JUSTIFICAR A RELEVÂNCIA DA SI7UAÇA0 PROPOSTA CO KO SENDO AQUELA EM QUl O APRENDIZ DEVE RESPON­ DER JUSTIFICAR PORQUE ESTA3ELE CER CRITÉRIO MÍNIMO OE D£^ SEPMENHO ACEJTAVEL PARA A RESPOSTA CO APRENDIZ SER ACEITA COMO CORRETA IDENTIFICAR NO QUE CGN-j SISTE "CRITÉRIO MÍNIMO OE I DESEMPENHO ACEITÍVEL" Quadro 4. Algumas c la sse s de respostas envo lvid as na classe geral "ESPECIFICAR O(S) OBJETIVO/S) TERMINAL(IS) DE UM PROGRAMA DE ENSINO, SOB UMA FORMA COMPORTAMENTAL". As classes d e scrita s fo ­ ram e x traíd a s da lit e r a t u r a c ita d a no texto e propostas como ponto de p artid a para a a n a lis e que e o b je tiv o deste tra b a lh o . I Seqüenci mdo estas classes de respostas e teritanto ensinar ca 'n — da uma delas,poderiamos obter dados sobre o que acontece com os compor tamentos relacionados a cada uma destas classes cie respostas. Seriam so estas classes as necessárias para os aprendizes ob­ terem boas descrições de o b je tiv o s comportamentais? Quais outras apare ceriam? Que tip o de re la çã o teriam com a aprendizagem de e s p e c if ic a r ob je t iv o s comportamentais? Que tipos de o b je tivo s produziríam os aprendj_ zes? Que c a r a c t e r ís t ic a s seriam s ig n if ic a t iv a s ? Quais seriam os compor tamentos realmente importantes para aprender a e s p e c if ic a r o b je tivo s comportamentais? Não era de in te re s s e do trabalh o v e r i f i c a r se os m a te ria is in£ tru c io n a is instalavam ou não as classes de respostas d e s c rita s no Qua­ dro 4. 0 que se pretendia era d esco b rir quais os comportamentos a in s ­ t a la r . Quando esta questão fosse respondida, s e ria mais p e rtin e n te cons t r u i f condições de ensino e v e r i f i c a r sua e f ic á c ia . A este trab alh o in teressava a prim eira etapa: a de d esco b rir que comportamentos estariam envolvidos na aprendizagem do uso de o b je tiv o s comportamentais no ensi­ no. Mais' re stritam en te ain d a , pretendíamos v e r i f i c a r apenas quais comportamentos estariam relacionados ã descrição de um (ou mais) o b je­ t iv o comportamental term inal para um programa de ensino. 86 MÊTÜOO 1. PARTICIPANTES P a r tic ip a r a m desse tr a b a lh o , 28 alunos dos últim os-períodos de um Curso de Graduação em P s ic o lo g ia . Os p a r tic ip a n te s eram p a rte dos a lu ­ nos que integravam um programa de formação em M o d ificaçã o de Comporta­ mento embora fizessem as demais d i s c ip l in a s do Curso de P s ic o lo g ia . Os p a r tic ip a n te s tinham , p o rta n to , uma formação em re la ç ã o a A n a lis e Expe r i mental do Comportamento razoavelm ente d e s e n v o lv id a . Conheciam bastaji te bem os c o n c e ito s b á s ic o s , os p re ssu p o sto s, a m eto d o lo g ia, e tra b a Ihos de a p lic a ç ã o da A n a lis e do Comportamento em c l í n i c a e e n sin o . To­ dos eram p a r tic ip a n te s da d i s c ip l in a em que foram r e a liz a d a s as o b ser­ vações u t iliz a d a s neste tra b a lh o . 2. SITUAÇAQ DE OBSERVAÇÃO A. Ambiente F í s i c o . As observações foram re a liz a d a s em uma s a la de au la comum, de cerca de 6 x 8 m etro s. As ja n e la s eram na p a rte sup_e r i o r de uma das paredes a uma a lt u r a que não p e rm itia v is ã o para f o r a , mesmo para pessoas de pe. As c a d e ira s eram do tip o “ u n i v e r s i t á r io " com braço para usar como "p ra n c h e ta " e lo c a l sob o assento para c o lo c a r ma t e r ia l e s c o la r . As c a d e ira s eram organizadas em grupos " c ír c u lo s " acordo com os grupos de tra b a lh o (de q u atro a c in c o a lu n o s ). d e Em uma das paredes h a v ia uma lousa para uso do p ro fe s s o r e dos a lu n o s. Sob e s t a f i_ cava uma mesa e c a d e ira s onde eram d e ix ad o s, durante o h o rá rio de t r a ­ b a lh o , o m a te ria l n e c e s s á rio para uso durante as a tiv id a d e s e os regis^ tro s do p ro fe s s o r (c o o rd e n a d o r), sempre a c e s s ív e is aos alunos (p a r t ic i_ p a n t e s ). B. Programas desen vo lvid o s pelos p a r t ic ip a n t e s . Cada p a r t ic ip a n ­ te e sco lh eu , apos as a tiv id a d e s i n i c i a i s ir ia da d i s c i p l i n a , o programa que d e se n vo lver e os colegas que p a r tic ip a r ia m do grupo. 0 coordena­ dor impôs a condição de os grupos não u ltra p a ssa rem o número de cin co p a r tic ip a n te s e de não haver mais de o it o programas em desenvolvim ento. Os programas d esen vo lvid o s pelos p a r tic ip a n te s foram: 87 - In stalação de comportamentos adequados para aprender a tr a ­ vés de le it u r a . - Treino de atendentes de uma in s t itu iç ã o para crianças defi_ c ie n te s . - Noções basicas de A nalise Experimental do Comportamento pa­ ra atendentes de um hospital p s iq u iá tric o . - Treino de atendentes na ap licação de A nálise Experimental.do Comportamento em uma in s t itu iç ã o de excepcionais. - P rin c íp io s de Modificação de Comportamento para mães de cri_ anças pequenas. - In sta la ção de comportamentos adequados de estudo. C. Escolha dos programas. Os p a rtic ip a n te s propuseram os progra­ mas a desenvolver de acordo com seus interesses a p a r t ir das a t iv id a des que estivessem desenvolvendo na escola (cu rso s, e stá g io s , e t c . ) ou fora dela (casa, tra b a lh o , e t c . ) . A unica lim itação exigida pelo pro fesso r fo i que cada programa se destinasse a um publi co real e fosse a p lic ã v e l D. A tivid ad es dos p a r tic ip a n te s . A maior parte das a tiv id a d e s dos p a rtic ip a n te s era desenvolvida dentro da sa la "de a u la s ". Cada um pode^ r ia estudar, d is c u t ir com os demais membros do grupo, formar subgrupos para trabalhos e s p e c ífic o s , ou r e d ig ir tex to s, in stru çõ e s, e tc . in d iv ^ dualmente. Todo o trabalho era coordenado, supervisionado e observado pelo coordenador. Os p a rtic ip a n te s podiam, in c lu s iv e , s o l i c i t a r sua pre sença para a u x ilia r ao grupo ou para auxTlio in d ivid u a l sempre que t i ­ vessem qualquer duvida, d ific u ld a d e , questão, ou mesmo, vontade de coji ta r ou mostrar alguma coisa f e it a . Em re la ç ã o , especificam ente, a ta re fa que este estudo está ana lisa n d o , basicamente, as ativid ad es dos alunos consistiram de: - Ler as instruções de trab alh o , individualmente*, - E sc la re ce r duvidas em grupo, com o coordenador. - Estudar o m aterial ind icad o; ' : - - E s c la re c e r duvidas, questões, o p in iõ es, e tc . com os colegas de grupo e coordenador do curso; 88 - R e a liz a r a t a r e fa : " E s p e c if ic a r o (s ) o b je t iv o (s ) term inal ( i s ) do programa de ensino sob uma forma comportamenta1, a p a r t i r do documento que r e g is tr a v a a ta re fa a n te rio r, 'esco­ lh e r o tema ou assunto para o programa de e n sin o ' Nessas a tiv id a d e s pretendia-se que ocorresse a seguinte seqüen c ia de c la sse s de respostas (v e r Quadro 4) : . i d e n t i f i c a r quais as c a r a c t e r ís t ic a s de um o b je tiv o comportamental term in al» . a v a li a r im plicações de usar d ife re n te s formas para apresen­ t a r o b je tiv o s de en sin o ; . d is t in g u ir en tre verbos de ação ambíguos e não ambíguos; . d is t in g u ir en tre o que e "h a b ilid a d e " e o que e comportamen to ; . usar verbos que especifiquem ações o b serváveis para d e scre ­ ve r o (s ) desempenho(s) de um ap ren d iz ; , i d e n t i f i c a r no que c o n s iste "a situ a ç ã o d ia n te da qual o aprendiz deve ap re sen ta r uma re s p o s ta "; * . d is t in g u ir en tre "s itu a ç ã o d ia n te da qual deve responder" e "p re - re q u is i t o s " ; . j u s t i f i c a r a re le v â n c ia da s itu a ç ã o proposta como sendo aqu£ la em que o aprendiz deve responder; . d escrever a ( s ) s itu a ç ã o (õ e s ) n a (s ) q u a l( is ) a {$ ) re s p o s ta (s ) do aprendiz deve(m) o c o rre r; . i d e n t i f i c a r no que c o n s iste " c r i t é r i o mínimo de desempenho acei t a v e l " ; . j u s t i f i c a r porque e s ta b e le c e r c r i t é r i o mínimo de desempenho a c e ita v e l para a ( s ) r e s p o s ta (s ) do aprendiz ser(em ) a c e ita ( s ) como c o r r e t a ( s } ; . e s ta b e le c e r o (s ) c r i t e r i o ( s ) m ínim o(s) de desempenho para a (s ) re s p o s ta (s ) do aprendiz ser(em ) a c e it a ( s ) como co rre ta (s ); ■89 v ■ e s p e c if ic a r o ( s ) o b j e t iv o ( s ) term in al ( i s ) do programa de en, s in o sob uma forma com portam ental. 3. MATERIAL UTILIZADO Os p a r t ic ip a n t e s , além dos m a te ria is de uso acadêmico (p a p e l, l á p i s , b o r r a c h a .. . ) usaram o se g u in te m a te ria l de tr a b a lh o : “ Texto: Mager, R .F . P r e p a r i n g O b j e c t i v e s f o r P r o g r a m m e d In s ~ C a li f ó r n i a : truction. zido no B r a s il Fearon P u b lis h e r s , In c , 1962. (T rad u ­ como “ A Formulação de O b je tiv o s de Ensino pe_ la E d ito r a G lo b o ). Foi usada uma tr a d u ç ã o - liv r e do o r ig in a l em in g lê s , a p o s tila d a para os alu n o s; - Texto: W h eeler, A.H. e Fox, W. M a n i p u l a ç ã o de C o m p o r t a m e n t o M o d i f i c a ç ã o de C o m p ortamento: Guia do P r o f e s s o r p a r a a Formu lação de O b j e t i v o s I n s t r u c i o n a i s . São P a u lo : E d ito r a Pedagó­ g ic a e U n iv e r s it á r ia L t d a ., 1973; - Texto: Mager, R .F . A n a l i s i s de M e t a s . M éxico: Ed. T r i l l a s , 1973. Foi u t iliz a d o um resumo deste te x to em tra d u çã o 1 iv r e e a p o s tila d o ; - Texto: B u sh e ll , D, C l a s s r o o m B e h a v i o r - A L i t t l e B o o k Teachers. N .Y .: fo r P r e n tic e - H a l1, 1973. C a p itu lo sobre "Compo_r tamento em s a la de a u la '1 (trad u ção l i v r e e a p o s tila d o para os alu n o s); - In s tru ç ã o para as a t iv id a d e s ; - M a te r ia l preparado pelos p a r tic ip a n te s de cada grupo na t a ­ r e fa a n t e r io r : "E s c o lh e r o tema ou assunto para o programa de e n s in o "; 4. PROCEDIMENTO A. Forma de tra b a lh o no c u r s o . 0 tra b a lh o basicam ente se desen - vo lve u de acordo com as seg u in tes etap as: - le itu r a in d iv id u a l da in s tru ç ã o para a a t iv id a d e ; 90 ~ pequeno "sem inário" com o coordenador da ! :s c ip ’ ' c ;nara es c la re c e r dúvidas, d is c u t ir ênfases oú aspectos .n; -os e de in te re sse dos p a rtic ip a n te s , a n a lis a r o procedimento de trab alh o , prever os p o ssíve is problemas, e t c .; - estudo ^ndividual (ou em sub-grüpos) do m aterial indicado na instrução (copias a disposição dos alunos na s a la ); - anotações de dúvidas, questões e destaques durante o estudo; - esclarecim ento ou conversas com o coordenador sobre as dúvj_ das, questões e destaques f e it o s , durante o período de estjj do in d iv id u a l; - reunião com o grupo e re la to de uns para os outros sobre dú vid a s , destaques, questões fe ito s durante o estudo individ^u al e esclarecim entos obtidos ou an a lise s f e it a s com o coor­ denador ; - execução, em grupos, da ta re fa s o lic ita d a na in stru ção ; - esclarecim ento ou conversa com o coordenador sempre que hoju vesse dúvida, problema, destaque, ou simplesmente vontade . do$ p a rtic ip a n te s , surgidos durante a execução da ta re fa so 1i ci ta d a; - elaboração e entrega do produto f in a l da ta re fa s o lic ita d a . B . Forma de observação do t rabalho dos p a r tic ip a n te s . As observa çoes do desempenho dos p a rtic ip a n te s eram f e ita s em relação a dois as­ pectos: o desempenho de cada um durante a execução das ativid a d e s d o curso e as c a r a c te r ís tic a s dos produtos interm ediários ou fin a is de ca da ta re fa . 0 coordenador c irc u la v a pelos grupos de trabalho "espontanea­ mente" ou atendendo as s o lic ita ç õ e s dos p a rtic ip a n te s e re g is tra v a , ba_ sicamente, dúvidas, questões, eventos que chamassem sua atenção, ou a_s pectos do desempenho em que os aprendizes mostrassem d ific u ld a d e , es­ quiva, demora, sofrim ento, e tc . Não h avia , alêm d isso , d efin ição do que observar. SÕ havia bem defin id o que "in te re ssa va r e g is tr a r qualquer in 91 formação que pudesse tra z er alguma contrib uição para a descrição e anã l i se do comportamento de um programador de condiçoes de ensino visando ènsinar esta classe de comportamentos11. 0 re g is tro era disponível aos p a rticip a n te s e, eles mesmos, ' também podiam acrescen tar questões ou anotações suas. Para cada tarefa havia uma pasta onde se re g is tra v a o que era observado pelo coordena dor e p a rtic ip a n te s . Não se in s is t iu ou formalizou a necessidade deles registrarem observações pessoais ou de grupo. Os p a rtic ip a n te s foram informados pelo coordenador, no in íc io do curso, que estava interessado em " r e g is t r a r todas as informações que pudessem a u x ilia r na melhora do programa de ensino da d is c ip lin a , in ­ cluindo o que pudesse melhorar a a n a lise comportamental que c o n s titu ia o programa". Um aspecto importante da observação era a p a rtic ip a ç ã o , e mes_ mo provocação, do observador na formulação de problemas, perguntas, c r í t ic a s , e tc . 0 coordenador (e observador) a u x ilia v a na e x p lic ita ç ã o que acontecia com o trabalho dos p a rtic ip a n te s . 92 do OBSERVAÇÕES As observações fe ita s foram organizadas em cinco conjuntos de dados. Cada um dos conjuntos foi ainda subdividido em partes conforme a variab ilid a d e das c a ra c te rís tic a s dos eventos observados. De acordo com is to , encontra-se a seguir: 1 - observações sobre c a ra c te rís tic a s encontradas nos o b je ti­ vos descritos pelos p a rticip an tes, envolvendo: (a) c a ra c te rís tic a s das classes de respostas contidas nos objetivos (Quadros 5 a 9 )j (b) carac_ te r ís tic a s das condições "diante das quais os aprendizes deveriam apre sentar as classes de respostas" (Quadros 10 a 1JJ) e (c) c a ra c te rís ti cas dos c rité rio s de desempenho que tornariam as classes de respostas dos aprendizes aceitáveis como evidência de aprendizagem (Quadros 13 e H ); 2 - perguntas formuladas pelos participantes sobre diversos pr£ blemas relacionados ao uso de objetivos comportamentais no ensino en­ volvendo questões sobre: (a) pre-requisi tos para o uso de objetivos com portamentais (Quadro 15); (b) relação entre ensino e aprendizagem (Qua dro 1 6 );(c ) c a ra c te rís tic a s dos objetivos comportamentais (Quadro 17); (d) valor ou relevância do uso de objetivos comportamentais no (Quadro 18); (e) ensino aspectos Óticos, ideológicos e sociais envolvidos no uso de objetivos comportamentais no ensino (Quadro 19); 3 - descrições do que os participantes consideravam caracter^ zar programação de contingências de reforçamento no ensino (Quadro 20); 4 - resumo dos aspectos observados nos tres primeiros conjun­ tos de observações (Quadros 21 e 22); 5 - c r ít ic a s apresentadas quanto ao uso de objetivos comportai mentais no ensino (Quadro 23). 93 1. OBStRVAÇOES QUANTO ÂS CARACTERÍSTICAS DOS OBJETIVOS DESCRITOS PE LOS PARTICIPANTES No conjunto de te n ta tiv a s que fizeram para propor os o b je ti - vos dos seus programas observaram-se v á rio s exemplos que traziam possj. b ilid a d e de a n á lis e para d ife re n te s aspectos dos o b je tiv o s comportameji t a is . As observações que se seguem (Quadros 5 a 14) foram c l a s s i f i c a das de acordo com os tre s aspectos envolvidos em um o b je tiv o comportamental conforme in d ica va o m a te ria l de estudo u t iliz a d o no trab alh o (v e r seção de MEÜTODO e o Quadro 4 na INTRODUÇÃO). A. Observações sobre as c a r a c t e r ís t ic a s das cla sse s de re s p o s ta envolvid as nos o b je tiv o s . No Quadro 5 observam-se s e is exemplos de d ife re n te s maneiras que os p a rtic ip a n te s usaram para verbos que referissem "desempenhos.ob 1 - r e fo r ç a r comportamento d e se jáve l ... 2 ~ v e r b a liz a r c a r a c t e r ís t ic a s da modelagem . . . 3 - di zer o que são refo rço s ou refo rçadores . . . 4 - id e n t i f i c a r todas as premissas e conclusões, colocando um £ fre n te a premissas e um C fre n te a conclusões . . . 5 - v e r b a liz a r por e s c r it o o tema c e n tra l de um texto . . . 6 - d is c rim in a r e n tre comportamento adequado e inadequado . . . Quadro. 5.. Exemplos de partes de o b je tiv o s destacando_” c la s s e s de respostas." que Ilu s tra m d ife re n te s formas de d e scrição de res postas ob serváveis conforme propuseram os p a rtic ip a n te s . 94 s e rv a v e is " do aprendiz. Nos exem plos'2 e 3 os verbos verbaT i r zer e d i­ parecem, para os p a rtic ip a n te s que os usaram, c a r a c t e r : -sr s u f ic i entemente o desempenho. Qualquer to p o g ra fia usada para v e r b a liz a r o u d iz e r podería ser a c e ita . No exemplo 5 observa-se que o desempenho tem uma to p o g ra fia mais r e s t r i t a : 1 "por e s c r it o " . Nota-se neste exemplo uma maneira de to r nar mais p re cisa a c la sse de resposta do "o b je tiv o " através de sua re_s triç ã o por adjunto de modo (por e s c r it o ) que re s trin g e a amplitude do verbo. No exemplo 4 nota-se o uso de um verbo "não o b servável" ( idejn t i f i c a r ) que e acompanhado de um gerundio (colocando) onde o p a r t ic i - pante acrescenta qual a c la sse de respostas observáveis que e v id e n c ia ­ rá o que o "verbo não o b servável" nomeava. 0 exemplo 6 também apresenta um verbo "não o b s e rv á v e l". Neste caso, embora se saiba o que o programador pretende não ha uma especifj^ cação de qual o "desempenho que e v id e n c ia rá " a aprendizagem pretendida pelo programador com o verbo "d is c r im in a r ". No exemplo 1, ha algo semelhante: embora o desempenho possa v a r ia r , o *verbo evid en cia um e f e it o que pode se r observado: "o fo rta lj? cimento do comportamento". Não e o desempenho mas o seu e f e it o que i n ­ te re ssa . Pode-se d iz e r que qualquer c la sse de respostas que produzisse ta l e fe it o poderia ser a c e ita como evid ê n cia de aprendizagem. No conjunto do Quadro 5 temos d ife re n te s maneiras pelas quais foram apresentados os verbos que referiam a c la sse de respostas de in ­ teresse para o o b je tiv o do programador. No Quadro 6, observam-se c la sse s de respostas que, no conjun­ to , tem uma mesma c a r a c t e r ís t ic a : são, tip icam en te, classes s o l i c i t a das em situ ações e s c o la re s , raramente em outras s itu a ç õ e s . D e fin ir,ris ^ car d ife r e n c ia l mente, j u s t i f i c a r por e s c r it o , l e r g rifa n d o , v e r b a liz a r , id e n t i f i c a r colocando um P, a s s in a la r com um X, le r e e scre v e r a res posta, são exemplos de desempenhos usualmente requeridos por pro fesso ­ res em situ ações geralmente denominadas acadêmicas. 95 1. d e f i n i r o que e r e f o r ç o . . . 2. dado um te x to r i s c a r d i f e r e n c i alm ente as info rm açõ es r e le v a n t e s e não r e le v a n t e s . . . 3. ... j u s t i f i c a r por e s c r i t o a r e s p o s ta ... 4. dado um t e x t o , l e r g r ifa n d o tod as as inform ações cen t r a i s c o n tid a s no mesmo 5. v e r b a l i z a r as c a r a c t e r í s t i c a s da e x tin ç ã o e suas coin s e q d e n c ia s . . . 6. dado um co n ju n to de^ afirm açõ es i d e n t i f i c a r todas as prem issas e c o n c lu sõ e s colo cand o um P f r e n t e a pre m issas e um £ f r e n t e a c o n c lu s õ e s ... 7. i d e n t i f i c a r as v a r i a v e i s que in te r fe r e m com o estudo i d e n t i f i c a r os p r in c íp io s b á s ic o s da t é c n ic a de l e i t u r a * CONDIÇÕES . in s tr u ç ã o ... . te x to programa_ do s o b r e . . . . a p r e s e n ta r um a r gumentó^para c a ­ da v a r i a v e l id e ji t i f ic a d a . a s s in a l a r com um X as v a r i ã v e is que in te r f e r e m n eg a tivam e n te no estudo . l i s t a das v a r i ã v e is a m b ie n ta is le v a n ta d a s no passo a n t e r io r 8. CRITÉRIO RESPOSTA CONDIÇÕES RESPOSTA . l e r te x to pro qramado e e s c re v e r a re s p o s ta a cada questão CRITÉRIO . 90% de a c e r to nas re s p o s ta s a n o ta ­ d a s , na p r im e ir a t e n t a t iv a ... Quadro 6. Exemplos de p a rte s de o b je t iv o s d estacan do “ c la s s e s de r e s ­ p o s ta s " que ilu s t r a m c la s s e s que se rã o ap re se n ta d a s apenas em s i t u ação e s c o la r . Os exem plos, as v e z e s , contem asp e cto s j a a n a lis a d o s no Quãcfro B". 96 Ai em dos verbos terem estas c a r a c t e r í s t i c a obs;:5 que os complementos usados com estes acentuam ainda mais o a r t if ic ia lid a d e 1 também •' ■. to de (no sentid o de uso t íp ic o da e s c o la ). Risca,- d iferènci- alm ente, im p lica em r is c a r de duas forrnas d ife r e n te s . J u s t i f i c a r por e s c ri t o a e s p e c ific a um padrão da c la sse " j u s t i f i c a r " que exige papel e lã p is como recursos a u sa r; l e r grifan d o parece um acréscimo ao 1 e r que ta lv e z só in te re s s e a uma condição e s c o la r (ha outras formas, t a l ­ vez mais re le v a n te s , que poderiam s e r v ir para d estacar informações fo ­ ra do ambiente e s c o la r ). 0 exemplo 6 i lu s t r a um aspecto in te re s s a n te : a c la sse de re s ­ postas " i d e n t i f i c a r premissas e conclusões" atravé s de s in a liz a ç ã o com P e C, respectivam ente, re la cio n a- se com os tip o s de te ste s usados •em escola nas provas que se conhece no ensino t r a d ic io n a l. . A expressão "colocando um P_ fre n te a premissas e um £ fre n te a conclusões" e s p e c i­ f ic a urna c la sse de respostas que torna o " i d e n t i f i c a r " o b servável. 0 exemplo ainda i lu s t r a o uso de gerundio au x ilian d o na e s p e c ific a ç ã o de um verbo (no caso, i d e n t i f i c a r ) in su ficien te m en te "o b s e rv á v e l". No exemplo 8, a resposta i lu s t r a um procedimento d ife re n te a- traves do emprego do co nectivo e juntando mais uma c la sse cie respostas que, desta vez não"torna o b servá vel" a c la s s e de respostas l e r mas pos_ s ib ilit a sua in fe rê n c ia atravé s da redação de informações relacio n ad as a le it u r a e s o lic ita d a s através de questões no texto a ser lid o . Hã se melhança com o exemplo 6 quanto ao uso de dois verb o s, o segundo permi_ tindo v e r i f i c a r o prim eiro como um desempenho do aprendiz. No 8, exemplo no entanto, os dois verbos ( l e r e e sc re v e r a re sp o sta ) são, ainda, a e s p e c ific a ç ã o de um outro ( i d e n t i f i c a r os p rin c íp io s b á s i c o s . . . ) . N£ ta - se , neste exemplo, tre s verbos para r e f e r i r um determinado o b je tiv o de ensino. No exemplo 7, o verbo id e n t i f i c a r ( v a r iã v e is ) e e sp e cifica d o como "a s s in a la r com um X" (as v a r iã v e is ) . Notam-se, nos dois exemplos, (7 e 8) d ife re n te s expressões para descrever um "mesmo tip o " de desem­ penho do aprendiz. P a re ce , no entanto, que os desempenhos s o lic ita d o s em 7 e 8 são bastante d ife re n te s ao examinar a maneira como são especi_ ficad o s os verbos " i d e n t i f i c a r " . 97 No Quadro 7 encontramos exemplos de d ife r e n te s n ív e is de-abra ri gencia ou de g eneralidade nos verbos u tiliz a d o s para d e sc re v e r os sempenhos nos v á rio s o b je tiv o s . 1 “ i d e n t i f i c a r v a r iá v e is que in t e r f e r e m ... 2 ~ h ie r a r q u iz a r v a r iá v e is que in t e r f e r e m ... 3 - a v a li a r p o s s ib ilid a d e s de a l t e r a r as v a r i á v e i s . . . 4 - nomear, em se q ü en cia , os ite n s da t é c n i c a . . . 5 - a p lic a r todos os ite n s da té c n ic a em s e q ü e n c ia ... CONDIÇOES RESPOSTA . in s tru ç ã o 2 . e s c re v e r quais as v a r iá v e is presentes no ambiente . ambiente qualquer CONDIÇÕES . t e r a tin g id o o c r it é r io no passo an­ t e r io r . in s tru ç ã o 3 RESPOSTA . ap resen tar Delo ínos uma razão pe la qual assT nalou cada v a r i ave 1 . l i s t a de va­ r iá v e is ambi e n ta is e scrT ta pelo aprendi z no passo anter i or CRITÉRIO . a t in g i r 100% do c r i t é r i o e s ta b e le c id o p ela equipe CRITÉRIO . a s s in a la r com um X as v a ria v e is que in t e r ferem negativa, mente no e s tu ­ do . Quadro 7.' Exemplos de p a rte s de o b je tiv o s destacando "c la s s e s de respostas" corrí d ife re n te s n ív e is de abrangência (gene r a lid a d e ) 98 de­ Nos exemplos 1 * 2 e 3 "a v a lia r po ssib ilidades de a lt e r a r va­ r iá v e is " pode envolver ou e x ig ir que seja antes (ou para pod< r a v a lia r ) fe ito "id e n tific a ç ã o " e "hierarq uização" de v a r iá v e is . . . Nes.vc sentido " a v a l i a r . . . " e mais abrangente (ou g e r a l) , que " h i e r a r q u i z a r . e e s t a , por sua vez, ê mais que " i d e n t i f i c a r . . . " Embora uma possa englobar a ou t r a , as tres classes de respostas são apresentadas como o b je tiv o . A se_ qdência,porem, parece ser necessária no sentido de que uma permite a ocorrência de outra, criando uma “ condição para". Nos exemplos 4 e 5, também o "a p lic a r a té c n ica " i mais abran. gente (envolve mais classes de respostas) que "nomear os iten s da té c ­ n ic a ". A d iferen ça com os outros tres exemplos, porem, e que "nomear" não necessariamente c r ia uma condição para a ocorrência da classe p lic a r a té c n ic a ". Nos exemplos 4 e 5, por outro lado, pode-se "adizer que "nomear" pode ser necessário para a aprendizagem dos itens que per. m itirão ao aprendiz a p lic a r a té c n ica . Hi,.porém , uma diferen ça entre estes dois conjuntos (1, 2, 3 e 4, 5) no sentido de que o prim eiro mo£ tra uma seqüencia em que cada etapa ( id e n t if ic a r , h ie ra rq u iz a r, a v a l i ­ a r) pode c r ia r uma condição "m a te ria l" para a ocorrência da classe se­ guinte (mais geral ou abrangente?) enquanto que na seqdencia do segun­ do conjunto, "nomear" ê, ta lv e z , um pré-req u isito de aprendizagem mas não c ria uma "situ ação " para a ocorrência da classe " a p lic a r " . Pode-se dizer que no prim eiro conjunto ( id e n t if ic a r , h ie rarq u iz ar e avaliar)c_a da classe gera uma situação que é necessária para a ocorrência da cias se seguinte na segtiência. No segundo conjunto (nomear os iten s e a p l i ­ cá-los) embora a prim eira classe possa ser uma condição para a ocorrêji c ia da ou tra, e la não parece gerar uma situação necessária para a sua ocorrência. No prim eiro caso os verbos referem elos de uma cadeia; n o segundo verbos que nomeiam d ife ren tes classes de respostas, apenas. Nos exemplos 6 e 7 a apresentação dos o b jetivo s ê f e it a sob a forma de quadros onde se e s p e c ific a "condições", "resposta" e " c r it é r io " . As respostas são de um n íve l muito mais e sp e cífico que os dos cinco primeiros exemplos. São, de certa forma, operacionalizações especificam uma classe de respostas bem mais r e s t r it a (menos geral abrangente) que as dos exemplos i n i c i a i s . 99 H que e Se examinarmos apenas o exemplo 7 (que é uma e sp e cifica çã o do exemplo 1) notamos que a classe de respostas d e scrita no exemplo 1 mais abrangente que a d e sc rita no 7, no sentido de que ha outras e res­ postas que podem ser dadas além de "a s s in a la r com X" para se "id e n tifj_ car as v a riá v e is que in te rfere m ". No conjunto dos sete exemplos do Quadro 7, observamos que ha tres c r it é r io s de abrangência envolvidos; uma seqüéncia (exemplos 1, 2 e 3 ), um p ré-req u isito de aprendizagem (exemplos 4 e 5) e uma especifi^ cação (exemplos 1 e 7 ). Todos, no entanto, são propostos como classes de respostas componentes de o b jetivo s de ensino. No Quadro 8 observam-se vário s exemplos de o b jetivo s em que d iferen tes verbos foram reunidos com um conectivo no mesmo o b je tiv o . 0 exemplo 1 mostra a junção de dois verbos que referem classes de respo£ tas em que uma delas (c o n tro la r) engloba, necessariamente, a outra (j_ d e n t if ic a r ) , Para co n tro la r v a riá v e is de um ambiente é necessário ident i fic á - la s antes. 0 conectivo reune,neste exemplo, duas classes em que uma é “ p ré - re q u isito " para a outra. 1,- id e n t if ic a r e co n tro la r condições do ambiente que In terferem com uma T iT u ação de e stu d o ... 2 “ observar e re g is t r a r comportamentos e acontecimejn tos do am biente... 3 - dado uma situação pre-estabelecida observar os com portamentos emitidos por uma pessoa e v e rb a liz a r quais foram os comportamentos observados... 4 - manipular v a riá v e is ambientais e ap lic a r uma té c ­ n ica ‘de le itu r a adequada a um tex T o ... 5 - . . . elaborar e a p lic a r um procedimento... 6 - dado um te x to , v e rb a liz a r o tT tu lo e r i scar no tex to quais as sentenças que se referem, e sp e cifica mente ao tT tu lo . 7 - ... in s t a la r , manter e e x tirig u ir comportamentos. . . Quadro 8, Exemplos de partes de ob jetivos que envolvem d ife ren tes cias No exemplo 2 acontece a mesma rn .> ri- rs n a*- . o.r-ta:'- "'-o ;:> { r a r ” exige (ou engloba) a c la s s e " u!>$ci . s;■/ (no seu* ‘ s itMi"c e b e r). Hã, alem d is to , mais um aspecto im portante: a ■ "obser­ v a r" nao e diretam ente observável e ao e x ig ir , além d e la , a c ia sse "rc g is f r a r " f ic a garantida a p o s s ib ilid a d e de se i n f e r i r a observação ( a percepção). Is to ê mais eviden te no exemplo 3 onde a c la sse "v e rb a li - ? a r " parece ser a e sp e cifica çã o de um desempenho observável (v e r b a li - zar) para ser p o ssível i n f e r i r um outro desempenho não tão observável (observar comportamentos). Nos exemplos 2 e 3 hã também uma d ife re n ça importante. No 2 as duas cla sse s de respostas são n ecessárias se quere mos que o aprendiz r e g is t r e , o observar é um "p re - re q u is ito " para o re g is t r a r . No exemplo 3 "v e r b a liz a r " nao exige observar como pré-requisj_ Ne No raso 2, temos uma junção de "o b je tiv o in te rm e d iã rio " (e nao ob' •/woM fom um "o b je liv o te rm in a l" (e o b s e rv á v e l); no 3, temos a iun • 1 -ie um "u W p tiv o 1 f(M I ~ | O /'nil fí-rminnl" com "uma resposta o b servável" que penni- ■:<')' Í f if ã - 1O) . n {.w<»mn1o (t reune aspectos ilu s tra d o s rios exemplos 2 e 3 ."H is - :>• •jr> texto o (]U‘ se re fe re ‘io t í t u l o " e,- ige que tenha havido uma "j_ ■1 n i f i<açao .!«> fiit<!n". n p a r t i c i p a n t e , porem, j a espe' H iceu no oh.je : que propôs , uma 1m■ ; poderia ini>, h ve 1 (ris-..ar) une " ’( ide:.ti f i • «*• *‘|<i>; • I a'■■'•es do y r ;]<■■■ r 1■*sso d - > postas observável (verbalizar) d a a f lasse i d e n t i f i c a r ° juntou-a com outra observa uma forma de poder i n f e r i r outra c la ss e nao-ohserva sentenças que se referem ao título) >-,einp 1os e , N e / h-t unia •.nmnfpi i ;> (mm t) t (.'■lec i. i vo j•f* . 1.j s i ! u p ‘ nd^u *r-, d i f np-.n tos . No caso desses exem • 1! ■ “ , n ea r t i - ioonl'f> prr mo c|uer” > - v á rio s 1 ■• a s 0*0.1 ‘.í -• i-i d': dif ’r M*]!r''' i I r , ’, o o) de d iju ti VOS e a d e scriçã o revê d<* resj?o’“ l.as. Nao se curouI ram cx^mp! p.í; , o c a ) i-■ter ( t i o ss H-- -.ritas nos an te r i ores . Wm aspecto importante a r e s s a lt a r ocorre no exemplo 5, em que o pode ' J 'servn>- que " a p lic a r um pro» odiro«nto" exige que e x is ta um pro ■j d imento o 1•■'•orado . A coma t.oria ia> c.aso desse exemplo parece n;a tv-i • r r >-a;-r'r i i.u (o qij'1 e d if; r* nl-’ uns exemplos ] , 2 u 3) a a p li d ■ um l ■j mostrar ' '>•! . ■ t ’ íq .py. ■: : •1 \;d >yadf) uiir* :,r I ih/irnu mrumn jr' rir;-; ■' v <" ff' jp nais onde o psicologo elab o ra os procedimentos e a atendente a p lic a . 0 p a r tic ip a n te q u eria m o d ific a r esta s itu a ç ã o ensinando, alem da c la s s e a p l i c a r , a c la s s e e la b o ra r procedim entos. No conjunto do Quadro 8, observam-se d ife re n te s tip o s de uso do co n e ctivo _e em d e scriçõ e s de o b je tiv o s de ensino: somar d ife re n te s o b je tiv o s , ju n t a r c la s s e s de respostas in te rm e d ia ria s com outras mais f i n a i s , e x p l ic it a r a necessidade de um in te rm e d iá rio que poderia n ã o s e r e x ig id o e ju n t a r uma c la s s e de respostas observáveis a uma outra não o b s e rv á v e l. No Quadro 9, pode-se v e r exemplos de partes de o e scriçõ e s de o b je tiv o s com dois tip o s de en fase: alguns realçam c a r a c t e r ís t ic a s da to p o g ra fia da re sp o sta , outros contem verbos que referem não a ação da pessoa mas uma re la çã o com o ambiente 1 - dar exemplos de dois tip o s de esquemas de r e fo r ç a ­ m ento... 2 - . . . re fo r ç a r comportamentos d e se jáve is de uma c r i ­ ança. .. 3 " v e r b a liz a r c a r a c t e r ís t ic a s de reforçamento e conseqüencias. . . suas 4 - e x t in g u ir comportamento in d e s e já v e l. . . 5 - dada uma s itu a ç ã o r e a l , c l a s s i f i c a r os comportameji tos apresentados p e la crTãnça como "d ese jáve ls o u in d e s e já v e is . .. 6 - em situ a ç õ e s de v id a d ia r ia dos p a c ie n te s , in s ta l a r , manter e e x tin g u ir comportamentos. . . 7 - i d e n t i f i c a r verb al mente o comportamento da c ria n ç a ... . 8 - d e sta c a r inform ações re le v a n te s de um t e x t o . . . Quadro 9. Exemplos de p a rte s de o b je tiv o s destacando "c la s s e s de r e s ­ p o stas" que referem to p o g ra fia de uma resposta e "c la s s e s de re sp o sta s" que referem uma re la ç a o com o am biente. 102 Os exemplos 1, 3, 5 e 7 descrevem um aprendiz pografia f ic a r que e n fa tiz a a to p o g ra fia . 0 de uma resposta se v e r b a l; o a c la sse de ro. exemplo 3 c la s s e de g ra fia da resposta o s u fic ie n te observável abrangente para de respostas re le van te para onde se rá d iz e r que o e le faça topo - de respostas aspecto que não im portante descrevem nio nestes exemplos, a referem c la sse / e 0 exemplo 8 r ia em re la çã o o é que o que amplas um te r destacada. também no ambiente que e o e f e it o f i z e r , so se este cla sse s de respostas tem um verbo re fe re de com n o pode­ comporta­ verbos onde enfase um e f e it o resp o stas. v a ria s respostas a o , o que cji determinado e f e it o sobre o ambiente. (d e s ta c a r) qual se poderia uma a topogra­ c a r a c te r iz e "e x tin ç ã o ". Os a estas duas. Não Mas o aprendiz f iz ê aprendiz uma to p o g ra fia e s p e c íf ic ia e fe ito que "e x tin g u iu um comportamento" quando s o fr e r uma a lte ra ç ã o re um a to rn a - la o b servável. 0 exemplo 7 contêm expressões id e n tific a r o Por exemplo, r a c te r iz a i lu s t r a sem p r e c is a r Nestes verbos (r e f o r ç a r , e x tin g u ir , i n s t a l a r , manter) ambiente. por ( i d e n t i f i c a r ) e x p lic ita d a no verbo do o b je tiv o . Os exemplos 2, 4 e 6 nem to- exemplo' 1 faz o mesmo sem e s p e c i­ e s p e c ific a qual a to p o g ra fia (verbalm ente) da c la s s e mento a respostas mais abrangente. 0 exemplo 5 uma cla sse de respostas ainda mais fia . descr . de a to p o g ra fia e s p e c ific a v a i ser o ral ou e s c r it a , sendo, is t o , uma cla sse n ■ ' ; desde interm edi£ sobre o ambiente Ê uma c la sse que a informação para a fosse expressão "inform ação destacada" não r e fe ­ que id e n t if ic á v e l sem s e ja mais infomra ções. Mesmo 7 da ainda poderia resposta quantidade a "ênfase ser (d ar d e fin id a na maior exemplos de to p o g ra fia " se houvesse poderia nos exemplos uma melhor in c lu ir "por 1, 3, 5 e e s p e c ific a ç ã o e s c r ito " , um a exemplos, e t c . ) . 103 ■s • B. Observações sobre as c a r a c t e r í s t i c a s das condiçoes "d ia n te das quais os aprendizes deveriam a p re s e n ta r as c la s s e s de r e s p o s ta s " , No Quadro 10 ha d iv e rs o s exemplos de p a rte s de o b je tiv o s so ­ bre "a s itu a ç ã o d ia n te da qual o aprendiz ap re se n ta ra o desempenho". 1 - dada uma l i s t a contendo exemplos de comportamentoe cie ambiente o ap rend iz deve d is t in g u ir ' e n tre um e~ o u tro í . 2 - i d e n t i f i c a r » em exemplos dados» os e lo s de uma dei a . . . ca- 3 - . . . r e f o r ç a r determ inados comportamentos propostos p e lo p r o f e s s o r . . . 4 - v e r b a liz a r » apos as perguntas f e i t a s pelo p r o f e s s o r » o que ocorreu (o que o s u j e it o f e z ) f r e n t e a o equipam ento.. . 5 - dadas duas s itu a ç õ e s . . . i d e n t i f i c a r em qual e s ta sendo usado d procedim ento c o r r e t o . .. d e la s 6 - em uma situação-exem plo (d e s c r iç ã o e s c r i t a ) v e rb a li_ zar os e f e it o s das conseqüencias e os e f e it o s da ime d i a t i c i d a d e . .. 7 - dados d o is exemplos de procedim ento f r e nte a um com portam ento in d e s e já v e l T n cT icar qual o "m elhor7* p ro ­ c e d im e n to ... 8 - v e r b a liz a r exemplos de v id a re a l ( . . . ) onde ocorram reforçam ento co ntín uo e ( . . . ) in t e r m it e n t e . .. 9 - d ia n te da in tro d u çã o da unidade por e s c r it o e de um te x to sobre comportamento d e s e já v e l e in d e s e já v e l 7 e s c re v e r t r e s exemplos . . . 10 - e m it ir ( . . . ) em: a) s itu a ç õ e s n a tu r a is p re - e s ta b e le c id a s nas qu ais o atendente exerça 'sua função h a b itu a l ou e m b) s itu a ç õ e s a r t i f i c i a i s caso a) não tenha r e q u i­ s ita d o a~T‘missao desses comportamentos . Quadro 10. Exemplos de p a rte s de o b je tiv o s destacando "s itu a ç õ e s d ia n ­ te das qu ais ó ap rend iz d e v ia a p re s e n ta r a c la s s e de re s p o s ta s " n o s quais, se observa que as " s it u a ç õ e s " serviam para o p ro fe s s o r 11ve r i f i c a r" o desempenho. ~ ~ 104 Nos exemplos desse Quadro nota-se que as situações apresentadas em geral são situações nas quais o professor v e r if ic a r á a aprendi zagvi do a lu ­ no em relação ãs classes de resposta d escritas nos o b jetivo s. São e sp e cifica ções do que o professor c ria r a para a v e rific a ç ã o da aprendizagem e que d e i­ xara de " e x is t ir " em seguida ao aprendiz te r sido "aprovado" na v e rific a ç ã o . No exemplo 1 a l i s t a contendo exemplos e uma "situação diante d a qual o aprendiz" se comportara para a v e rific a ç ã o . Nesse sentido, ela e a rt^ f i c i a l porque o aprendiz deveria "d is tin g u ir entre ambiente e comportamen­ to" di ante de comportamentos e ambi entes reai s . . . 0 mesmo parece acontecer nos dema is exemplos. No exemplo 2, os "exemplos dados",no 3 "os comportameji tos propostos pelo professor" , no 4 "apos as perguntas fe ita s pelo profes­ sor" , etc. são situações de v e rific a ç ã o e não situações reais diante das quais o organismo devera a g ir. Nos exemplos que se seguem hã aspectos um pouco diferentes a destacar. No exemplo 5, a situação se re fe re a "duas situações" para o aprendiz "id e n t if ic a r em qual ocorre o procedimento co rre to ". Aparenta mente esta situação poderia ser considerada como "não apenas para v e n f ic a r a aprendizagem" e sim uma situação diante da qual o aprendiz se encontrara mesmo fora da situação e sco la r. Is to , porem, não acontece . D ificilm en te haveranduas situações ocorrendo para o aprendiz d is tin - guir em qual esta sendo aplicado o procedimento co rre to ". É mais prova vel que ocorram procedimentos diante dos quais o aprendiz devera ava l i a r se cada um esta correto ou não. Ê por esta razão que a situação d e scrita no exemplo 5 íos parece a r t i f i c i a l , servindo apenas como s i­ tuação para o professor v e r if ic a r a aprendizagem. A situação deste exem pio, porem, parece mais próxima {menos acadêmica) as situações diante das quais o aprendiz deverá apresentar a classe de respostas do objeti^ vo fora da situação e s c o la r. Uma analise semelhante pode ser f e it a com os exemplos 6 e 7 . Apenas são mais próximos ãs condições reais que os aprendizes encontram quando se comportam do que as d escritas nos exemplos de 1 a 4. São, mo entanto, ainda situações que costumam ocorrer em situações acadêmicas. No exemplo 8, não aparece uma "situ ação " na descrição do'obje_ 105 t i vo. Talvez e le pudesse ser considerado semelhante ao exemplo 4 onde a "situ ação diante da qual o aprendiz deve apresentar a classe de re s­ postas" é~a " s o lic ita ç ã o do p ro fesso r". Nos exemplos an te rio res (1 a 7) ha d ife re n te s formas de s o lic ita ç ã o mas são, em g e ra l, criadas pelo pro fe s so r, como situações que "e x ig irã o " um desempenho adequado ao apren­ d iz, No exemplo 9, alem dos aspectos considerados para os exemplos a n te rio re s , hã urna novidade. A "situ ação diante da qual o aprendiz de­ ve se comportar" refere-se a situações (ou condições dadas) que ocor rem antes do momento em que deve ocorrer a resposta do aprendiz. Não é propriamente "d ian te d e", mas sim "dado" ou "apõs" que deve o co rrer desempenho do aprendiz. Neste exemplo a "situ a ç ã o " d e s c rita exige o ou­ tra s classes de respostas p re - re q u isito ( l e r a introdução, estudar o t e x t o . , . ) para a que esta d e s c rita no o b je tiv o (e scre ve r trê s exemplos). Não são, propriamente, situações que se relacionam 4iretam ente com cla sse "e scre ve r exemplos", a não ser do ponto de v is t a de a condições que propiciem aprendizagens "p rê - re q u is ito s " para a cla sse de respos tas do o b je tiv o do exemplo. No exemplo 10 ha um aspecto d ife re n te dos a n te rio re s . São apre sentadas diversas situações para o o b je tiv o . Uma delas mais próxima as condições "n a tu ra is " que o aprendiz encontra fo ra da situ ação e sco lar ("s itu a ç õ e s n a t u r a i s . . . " ) e a outra mais c a ra c te rT s tic a de situações apenas de ensino ("situ a çõ e s a r t i f i c i a i s c a s o 'a )’ não t e n h a . . . " ) . Na tuação " a )" ha o aspecto de as "situ açõ es n a tu ra is " serem "pre-estabele c id a s " , o que torn a, também esta condição um aspecto de uma situ ação de v e r ific a ç ã o de aprendizagem. A situ ação "b )" parece se r exatamente uma a lt e r n a t iv a " a r t i f i c i a l " para o caso de o prê~estabelecido não ocor r e r . Em ambas parece que temos apenas a indicação de "situ açõ es onde se vai v e r i f i c a r a apresentação da cla sse de respostas do ap rend iz". U m aspecto p e c u lia r a r e s s a lta r e que, provavelmente, e apenas em relação a situações sim ila re s a condição " a ) " que in te re ssa ao programador pre_ parar., o aprendiz. A condição " b ) “ mostra com mais cla rez a que "caso a) não o c o r r a . . ." o aprendiz deve comportar-se perante " b ) " . Então, "b )n e uma condição realmente para " v e r i f i c a r se" e não "onde se quer che- 106 g a r’‘ (o que c a r a c t e r iz a r ia urna s itu a ç ã o de o b je t iv o ). No Quadro 11 ha, ain d a, exemplos de partes d e.o b je i . trando "s itu a ç õ e s d ia n te das quais o aprendiz deve a p r e s e n t e ilu s > •- res - p o sta s", com c a r a c t e r ís t ic a s de "s itu a ç õ e s de v e r if ic a ç ã o c ria d a s pelo p ro fe s s o r", embora e la s tenham alguns aspectos d ife re n te s dos exemplos do Quadro 10. 1 - dado um t e x t o , i d e n t i f i c a r as j u s t i f i c a t i v a s do au­ to r para i colocação do te m a ... 2 ~ dada uma l i s ta de v a r iá v e is e x is te n te s na s it u a ç ã o , a s s in a la r . .T 3 - dado um te x to , r i s c a r d ife re n c ia lm e n te informações re le v a n te s e inform ações i r r e l e v a n t e s . . . 4 - cm uma si tuação-exernp 1o v e r b a liz a r o que fa z e r pa­ ra um comportamento d e s e já v e l o c o rre r mais v e z e s ... 5 - dada uma s itu a ç ã o n a tu ra l de i n s t i t u i ç ã o , id e n t i f i car. . . . 6 - em d ife re n te s s i tuações i d e n t i f i c a r o p r in c íp io do reiõrçamen to posTti vo... 7- . . . usar um procedimento de time-out todas as vezes que as c ria n ç a s apresentarem um comportamento indes e ja v e l Quadro 11. Exemplos de p artes de o b je tiv o s destacando "s itu a ç õ e s dian te das quais o aprendiz d evia a p re se n ta r a c la s s e de re sp o stas" n o ? quais se observa, apesar de s u t i l , apenas o que o p ro fe sso r vai usar para v e r i f i c a r ou vaguidades que so serão ú te is porque "o p ro fe s s o r ú$araJ uma forma de V eriTTcaçC õ em que e le d e f in ir á mais e stas s itu a - ' çb e s. 107 . Nos exemplos 1, 2 e 3» a s itu a ç ã o parece s e r aquela que o aprendiz» normal e n atu ralm en te, en co n trara apos e fo ra da s itu a ç ã o de curso . Somente a expressão "dado" em cada um desses exemplos e que l e ­ vanta duvidas quanto a i s t o . Se e la s i g n i f i c a r "o co rre n d o ", "to da qu e", "quando" e t c . , podemos a c r e d it a r que a s itu a ç ã o s i g n i f i c a vez "situa^ ções d ia n te das quais o desempenho sera s o lic it a d o " como ressaltam os a_ cima, Mas se a expressão "d ad o ", nesses t r i s necido pelo p r o fe s s o r", exemplos s i g n i f i c a r " f o r ­ "na s itu a ç ã o apresentada pelo p r o fe s s o r ", e tc . j a c a r a c t e r iz a r a a a r t i f i c i a l i d a d e da s itu a ç ã o para o o b je t iv o . N o s quadros apresentados an terio rm en te , a expressão "dado" era usada neste segundo s e n tid o , o que nos leva a d e sc re v e r este s tr ê s o b je tiv o s como apresentando situ a ç õ e s com e sta s c a r a c t e r ís t ic a s a r t i f i c i a i s . No exem­ plo 3, o verbo que descreve a c la s s e de respostas do o b je tiv o (r is c a r d ife re n c ia lm e n te ) re fo rç a a percepção de que e sta condição (dadoum tex to ) s i g n i f i c a uma condição onde o p ro fe sso r vai v e r i f i c a r , no cu rso , o desempenho do ap ren d iz. Nos exemplos 4, 5 e 6 do Quadro 11, ha mais d ific u ld a d e em se perceb er e ste s asp ecto s. Somente no exemplo 4 is to é mais p e rc e p tív e l devido ao aspecto de a s itu a ç ã o s e r uma "situação -exem plo" (p o s s iv e l mente c ria d a pelo p ro fe s s o r) d if e r e n te dos exemplos 5 e 6 onde a - "s i­ tuação n a tu ra l de i n s t it u i ç ã o " e as "d if e r e n te s s itu a ç õ e s " parecem mais próximas a uma condição que o aprendiz en co n trara fo ra e apõs o cu rso . Nos exemplos 4, 5 e 6 hã, a in d a , outro aspecto in te re s s a n te a d e s ta c a r: a vaguidade das expressões que referem a "s itu a ç ã o d ia n te da q u al" o aprendiz deve desempenhar-se. Nos trê s exemplos não se encon tra que aspectos da s itu a ç ã o são re le v a n te s e que tem re la ç ã o d ir e t a com a c la s s e de respostas do exemplo. "S itu ação -e x em p lo ", "s itu a ç ã o na^ tu ra l da i n s t it u i ç ã o " e "em d ife r e n te s s itu a ç õ e s " são vagos e amplos , perm itindo um número muito grande de in te rp re ta ç õ e s e ta lv e z in c lu in d o aspectos ou situ a ç õ e s não p e rtin e n te s ao que o p a r t ic ip a n t e q u e ria des ç re v e r com a expressão que empregou. Nos s e is p rim e iro s exemplos encontramos dois aspectos que são, de c e r ta forma, extremos de um g ra d ie n te , A am plitude e vaguidade das situ a ç õ e s d e s c rita s nos exemplos 4, 5 e 6 c o n tra s ta com a e s p e c if ic id a 108 de e limitaçao (a ponto de ser apenas próxima a situaçõec :s; lares) das situações descritas nos exemplos 1, 2 e 3. No exemplo 7 a situação descri ta (grifada) pode também ser cri­ tério de desempenho (todas as vezes) além da vaguidade do aspecto "que as crianças apresentarem um comportamento indesejável" permitir que j_n desejável seja entendido desde "incomodo para quem exerce influência ou atende a criança" até "prejudicial para a própria criança". Neste exemplo, porém, o interessante é um aspecto quantitativo (todas as ve­ zes) poder ser entendido como "situação diante da qual" o aprendiz de­ va apresentar uma classe de respostas. Vale também a consideração de que as expressões "todas as vezes" e "comportamento indesejável" podem ser usadas porque o programador está descrevendo a situação de verifi­ cação da aprendizagem que será construída por ele. Neste sentido tam­ bém o exemplo 7 nos parece ser artificial quanto as "situações" em que o aprendiz deve apresentar o desempenho. No Quadro 12 onde ainda se pode ver exemplos de "situações"de objetivos descritos pelos participantes. 1 - ... ter discutido com a equipe, ... 2 - ... ter atingido o critério de desempenho no passo anterior, ... 3 - tendo sido capaz de identificar... assinai ar quais... 4 - apgs ter lido o texto... escrever... Quadro 12. Exemplos de partes de objetivos destacando aspecto de 'situações diante das quais o aprendiz devia apresentar a classe ce respostas" nos quais se observa que "pré-requisitos" foram considerados "situações diante das quais.7711 109 I I 4 y Nos exemplos desse quadro nota-se que as "s itu a ç õ e s " se r e f e ­ rem ao que o aprendiz f i z antes do momento em que será e x ig id a a c l a s ­ se de resp o stas d e s c rita s nos o b je tiv o s propostos pelos p a r t ic ip a n t e s . Nesse se n tid o e que a s itu a ç ã o parece se r considerada como (ou p a r e c i­ da com) p re - re q u is ito s para a c la s s e de respostas dos o b je tiv o s em exa_ me. Nos exemplos 3 e 4 e sta e x p lT c ita na d e sc riç ã o da "s itu a ç ã o " (g r i­ fada no quadro), a c la s s e de re sp o stas que antecede a que sera e x ig id a no o b je tiv o ("te n d o sid o capaz de i d e n t i f i c a r . . . te r lid o . . . e scre ve r. . . " ) . C. a s s in a la r " e Observações sobre as c a r a c t e r í s t i c a s dos c r i t é r i o s "apo.s de desempe nho que to rn ariam as c la s s e s de respo stas dos aprend i zes a c e it á v e is co­ mo e v id ê n c ia de desempenho adequado. No Quadro 13, temos cin co exemplos onde se pode o b se rva r p a r­ tes de o b je tiv o s re la c io n a d a s a " c r i t é r i o de desempenho" para e sp e cifi_ c a r o "padrão da c la s s e de re s p o s ta s " que sera considerado adequado no o b je t iv o . Nos cin co exemplos podemos v e r , fundamentalmeente d ife r e n te s m aneiras, usadas pelos p a r t ic ip a n t e s , para d e screve r to p o g ra fia s de in. te re s s e para o desempenho. No exemplo 1 observamos uma enumeração de aspectos que a clas_ se de resp o stas ( v e r b a liz a r ) deve c o n te r. No exemplo 2 a enumeração se r e fe r e a etapas de um procedim ento. que também c a r a c t e r iz a aspectos de uma to p o g ra fia . No exemplo 3, a to p o g ra fia da c la s s e de resp o stas " i d e n t i f i - c a r" e e s p e c ific a d a a tra v é s de o u tra c la s s e de resp o stas mais especTfi_ cas ( colocando P e C ) . Neste exemplo encontramos, no mesmo o b je tiv o , duas c la s s e s de resp o stas em que a segunda é usada como e s p e c ific a ç ã o da p rim e ira , e x p lic ita n d o um c r i t é r i o de desempenho que sera adequado (ou a c e ito pelo p r o fe s s o r ). E in te r e s s a n te n o tar o uso do verbo no gerundio n este tip o de exemplo. No exemplo 4, hã v ã r io s aspectos que e s p e c ific a m os c r i t é r i o s de desempenho. Um d eles é o a d vérb io de modo (d ife r e n c ia lm e n te ) a c r e s ­ centado ao verbo que e s p e c if ic a um aspecto da to p o g ra fia 110 (cada aspecto 1 - . . . v e r b a liz a r o comportamento, a conseqüênci a ___ r se r usada e o melhor procedimento a ser u t iliz a d o p a ra . . . 2 - . . . em uma situ a ç ã o ( . . . ) e n s in a r um comportamento a tra vé s dos seguintes p asso s. . . 3 - . . . dado um conjunto de afirm ações i d e n t i f i c a r to ­ das as premissas e co nclusõ es, colocando um P fren te a premissas e um C f r e n t e a c o n c lu s õ e s ... 4 - . . . dado um te x to , r i s c a r d ife re n c ia lm e n te as in formações re le v a n te s _e não re le v a n te s e j u s t i f i c a r , por e s c r it o , sua r e s p o s t a ... 5 - . . . a s s in a la r com um X as v a r ia v e is que in te rfe re m negativam ente no estudo apresentando um argumento para cada v a r iã v e l i d e n t i f i c a d a . .♦ Quadro 13. Exemplos de partes de o b je tiv o s destacando o que fo i apresentado como " c r i t é r i o de desempenho" t íp ic o da c la s s e de respostas dos o b je tiv o s apresentados, nos quais se pode n o tar uma Õnfase em d ife re n te s aspectos de to p o g ra fia da c í a s s e d e re s p o s ta s . deve s e r risca d o de uma maneira d if e r e n t e ) sem d iz e r , no en ta n to , qual é essa to p o g ra fia exatamente (qual a forma de r i s c a r ) . Um outro aspec­ to e o co n ectivo _e indicando o que deve ser (e s e ra ) a c e ito como de$ta_ que, ao ju n ta r dois aspectos (re le v a n te s e não re le v a n te s ) e, de c e rta forma, enumerando o que deve se r ris c a d o . 0 t e r c e ir o aspecto, neste exemplo, re ia cio n ad o ao c r i t é r i o de desempenho é o acréscim o de mais uma cla sse de respostas ( j u s t i f i c a r ) que também podería se r apresentada sob a forma de verbo no gerundio ( ju s t if ic a n d o ) e com uma expressão (p o re s c r it o ) que não so e s p e c ific a o que sera e v id ê n cia a c e ita para e sta cla_s se ( j u s t i f i c a r ) como a c re s c e n ta , im p lic ita m e n te , uma t e r c e ir a c la s s e de respostas (e s c re v e r) no mesmo o b je tiv o . 0 verbo " j u s t i f i c a r " acre scen ­ tado ao " r i s c a r d ife re n c ia lm e n te " parece m ostrar que "ha necessidade " de "conhecer as razoes" pelas quais o aprendiz "r is c o u diferen cialm en t e " . Em resumo, neste exemplo temos v á rio s verbos, um e sp e cifica n d o ou 111 acrescentando coisas ao o u tro , enumeração de aspectos do ambiente ( r e ­ levan tes e não re le v a n te s ) e um aspecto da to p o g ra fia de r is c a r . No exemplo 5, encontramos algo semelhante. A c la s s e de respos^ tas a s s in a la r tem uma to p o g ra fia d e fin id a ("com um X ") e ha um verbo no gerundio adicionando outra c la s s e de respostas (a p re se n ta r argumentos) que ainda tem um aspecto q u a n tita tiv o d e fin id o (um argumento para cada v a r iã v e l id e n t if ic a d a ). Nos dois exemplos (4 e 5 ), porém, a " j u s t i f i c a t i v a " e o "argjj mento" não são e sp e cifica d o s alem de "por e s c r it o " para o prim eiro e "um" para o segundo. Não hã outros aspectos (ta lv e z mais re le v a n te s do que estes ) d e s c rito s nos o b je tiv o s apresentados nestes exemplos. "Ju_s t i f i c a r por e s c r it o " e "um argumento" ainda parecem vagos, no sentido de p e rm itir v á rio s tip o s de j u s t i f i c a t i v a s e argumentos. Os c r it é r i o s to p o g rá fico e q u a n tita tiv o não parecem se r s u fic ie n te s e mesmo relacio^ nados com o que e stã d e s c rito nos.demais aspectos dos o b je tiv o s . Nos exemplos 3, 4 e 5 do Quadro-13, encontramos uma d ife re n ç a em re la çã o aos exemplos 1 e 2. No 1 e no 2 o c r i t é r i o pode se r e fe r ir a padrões de desempenho que "vão alem da e s c o la ", no sentido que podem se r u te is ,(usados) e s ig n if ic a t iv o s "apos e fo ra " do curso . Nos exem - pios 3, 4 e 5, os c r it é r i o s de desempenho parecem voltados para o "prc) fe s s o r poder ob servar o desempenho do aprendiz" em situ açõ es e s c o la re s . Em re la çã o ao exemplo 6 ainda se pode observar a q u a n tific a ç ã o com uma aparência de não se r re le v a n te (por que um?) ou, no exemplo 5 uma topc> g r a f ia que pode não se r a mais re le v a n te no o b je tiv o (por que e s c r it o ? ). Os exemplos no conjunto mostram, especialm ente os exemplos 3, 4 e 5, que pode haver uma decisão do programador, a r b i t r a r i a , no sentj_ do de t e r colocado um aspecto e não outros que poderiam e s p e c if ic a r as_ pectos d ife re n te s da re sp o sta. No Quadro 14, podemos observar ainda aspectos relacio n ad o s a c r it é r i o s de desempenho que aparecem nos exemplos de o b je tiv o s , d if e rentes de aspectos to p o g rá fico s das c la sse s de resp o stas. No exemplo 1 temos um caso que aparenta se r de c r i t é r i o sim plesmente q u a n tita tiv o . 0 que parece im portar e que os exemplos 112 sejam " t r ê s " . Ha, no entanto, uma outra especificação que importa e e*ta ex­ p lic ita d a na expressão "de". Os exemplos devem ser referentes ã um de­ terminado aspecto. Neste sentido, o o b jetivo ilu s tr a um c r it é r io de de sempenho em que se tem a especificação de uma quantidade de uma topo g ra fia e sp e cifica de resposta. 1 - . . . c it a r t r ê s exemplos d e ... 2 - . . . a s s in a la r, pelo menos, 90% dos itens corretamente ... 3 - d i a n t e j . . . ) de um ambiente qualquer, escrever quais as v a riá v e is presentes no ambiente, atingindo 100% do c r it é r io estabelecido pela equipe de professores. .. 4 - . . . in s t a la r , manter e e x tin g u ir comportamentos de pacientes do Hospital P s iq u iá tric o nas situações de vida d iã ria dos pacientes com 100% de a c e rto . .. 5 - . . . r e la ta r verbalmente sem i n f e r i r causas do com portamento ou outros tipos de in f e r ê n c ia ... 6 - . , . usar um procedimento de time-out todas as vezes quedas crianças apresentarem um comportamento iTide^ se ja ve l. 7'- . . . u t il i z a r a técnica ( . . . ) obtendo o maxirno aproveitamento no menor tempo p o s s ív e l!.. d e Quadro 14. Exemplos de^partes de objetivos destacando o que foi apresentado como " c r it é r io de desempenho" típ ic o da classe d e respostas dos objetivos apresentados onde se podem notar ênfase em, aspectos diferen tes dos aspectos topográficos das classes de respostas. Nos exemplos 2, 3 e 4 o c r it é r io de desempenho dos objetivos esta exp licitad o em termos de percentagem. No exemplo 2 a percentagem esp ecifica um mínimo ace itãve l de itens que devem ser assinalados d e uma "certa forma" (corretam ente). A "certa forma", porem, não passa de um advérbio de modo, que precisa ser melhor especificado para se poder id e n tific a r o que se ria "c o rre to ". Novamente hã o problema da quantida 113 de (sõ que, neste exemplo, em percentagem) de uma to p o g ra fia (c o rre ta mente) vagamente d e s c r it a . No exemplo 3 a percentagem e de um v a lo r que tlependerã de quantas v a r iá v e is houver no "ambiente qu alq uer" e que, pa ra cada caso, s e rá e s ta b e le c id o pela equipe que e sco lh e rá o ambiente. No exemplo 4 a percentagem e s tá , aparentem ente, dependendo de aspectos que náo estão e s p e c ific a d o s no o b je tiv o . Não esta c la r o o que se entender pela expressão: deve " i n s t a l a r comportamentos com 100% de a c e r to ". A menos que haja uma maneira de proceder d e fin id a como c e rta ou um pa­ drão que será considerado como "100% de in s t a la ç ã o " e i s t o , também, ca r a c t é r iz a r ia uma a r t i f i c i a l i d a d e no c r i t é r i o . No exemplo 5, o c r i t é r i o de desempenho e uma r e s t r iç ã o (nega­ ção) e sp e cifica n d o que c a r a c t e r ís t ic a s a c la s s e de respostas não t e r , alem de uma to p o g ra fia que serã a c e ita se de respostas " r e l a t a r " . "am pliação" pode (verbalm ente) para a c la s ­ Neste exemplo, a " r e s t r iç ã o " parece se r (no se n tid o de "s e ra a c e ito tudo que não i s t o " ) . Não uma esta c la r o , alem de que s e ja verb al a re sp o sta , quais as c a r a c t e r ís t ic a s que a torn ariam adequada, r e le v a n te , c o rre ta ou a c e it á v e l. No exemplo 6, ha do is aspectos que parecem e s ta r relacio n ad o s ao c r i t é r i o do desempenho. Um deles r e fe r e a "to p o g ra fia " to de timé-out ) . Essa e a to p o g ra fia (procedim en­ i(embora s e ja um nome geral para uma grande quantidade de c la s s e s e cadeias de re s p o s ta s ). 0 outro r e fe r e a "q uantid ad e" de vezes que esta "to p o g ra fia " deve o c o rre r. A expressão "todas as v e z e s", porem, pode - e parece - r e f e r ir - s e também ã s itu a ção em que deve o c o rre r a c la s s e de respostas " a p lic a r o time-out". A expressão r e v e la , de c e rta forma, uma quantidade que "se ra a c e it a como e v id ê n c ia " no o b je t iv o . A duvida sobre se ê mais " c r i t é r i o " do que "si_ tuação" de desempenho pode s e r re s o lv id a se analisarm os o conjunto de exemplos do Quadro 14 e observarmos que, em todos e le s , o que parece im­ p o rta r e que o c r i t é r i o se re la c io n e com a p o s s ib ilid a d e de o pro fes sor v e r i f i c a r a aprendizagem e d e c id ir sobre e la . Neste caso , a expres^ são "todas as vèzes" e s tá querendo s i g n i f i c a r "em cada uma das s itu a çoes apresentadas pelo p ro fe sso r em que houver comportamento in d e s e já ­ vel " . S e fo sse fo ra e àpõs a s itu a ç ã o e s c o la r , não parece que s e r ia a- dequado " a p lic a r time-out a todos os comportamentos in d e s e já v e is " . 114 No exemplo 7, o c r i t é r i o de desempenho r e fe r e um e f e it o a se r obtido pela c la s s e (ou c a d e ia ) de resp o stas " u t i l i z a r a t é c n ic a " . Se o aprendiz não consegu ir o e f e it o deHmãximo aproveitam ento no menor tempo p o s s ív e l" e le não te r S alcançado o que o o b je tiv o d e screve . Ê i £ te re s s a n te d e sta car que " u t i l i z a r uma determinada té c n ic a " (e não ou­ t r a s ) d e fin e também uma margem de to p o g ra fia s que serão a c e it a s . N o exemplo temos, então, uma c e r ta to p o g ra fia de respostas (c la s s e ou ca ­ d e ia ) e um re su lta d o (m aior aproveitam ento e menor tempo) como c a r a c t£ r ls tic a s sem as quais ríao se po d ería d iz e r que o aprendiz a t in g iu o ob. j e t i v o . Al em d is to , a expressão "máximo aproveitam ento no menor tempo p o s s ív e l" e muito vaga, não esclarecen d o quanto s e r ia um e o u tro . No conjunto dos exemplos do Quadro 14, nota-se que os c r i té r io s tendem a e s p e c if ic a r padrões de desempenho para o "p ro fe s s o r ou v e r i f i c a r " o desempenho do ap ren d iz. SÕ o exemplo 5 parece ver r e fe r ir c r i t é r i o s de desempenho que serão u t e i s , s i g n i f i c a t i v o s e u sa re is fo ra e apos o curso . Algumas vezes e ste s c r i t é r i o s referem to p o g ra fia ou quantidade das cla sse s de re s p o s ta s , o u tras vezes c a r a c t e r ís t ic a s do pr£ duto (ou e f e i t o ) dessas c la s s e s de re sp o sta s. 2. OBSERVAÇÕES QUANTO AS PERGUNTAS FORMULADAS PELOS PARTICIPANTES EM RELAÇAO AO USO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO Um segundo conjunto de observações d iz re s p e ito as perguntas f e i t a s pelos p a r tic ip a n te s durante o processo de elaboração dos o b jetj_ vos comportamentais. As perguntas que se seguem foram c la s s if ic a d a s em cin co agrupamentos: a) sobre p ré - re q u is ito s para a d e sc riç ã o de ob jeti_ vos com portam entais, b) sobre a re la ç ã o ensino-aprendizagem , c ) sobre c a r a c t e r ís t ic a s de o b je tiv o s de e n sin o , d) sobre v a lo r ou r e le v â n c ia ' dos o b je tiv o s comportamentais e, e ) sobre aspectos é t ic o s , id e o ló g ic o s e s o c ia is en vo lvid o s no uso de o b je tiv o s comportamentais no en sino . 115 *& aA A- Perguntas sobre aspectos que sao pré-reguisitos para a apren­ dizagem do uso de o b jetivo s comportamentais no ensino. No Quadro 15, temos um conjunto de perguntas fe ita s pelos par; tic ip a n te s , durante as ativid ad es para obter a descrição dos ob jetivos dos programas que iriam desenvolver, que se referem a diversos ore-re­ q u is ito s para a descrição de o b jetivo s comportamentals. 1. Qual a d iferen ça entre amplitude, ambiguidade e vaguidade de um termo ? 2. Qual a d iferen ça entre e sp e cificid a d e e operacional idade ? 3. Como se relacio n a a precisão de um o b je tivo de ensino com opera^ cionalidade e e s p e c ific id a d e , amplitude e vaguidade ? 4. Qual a diferença entre resposta,_c1asse e cadeia de respostas , comportamento operante e contingência de reforçamento ? 5. Qual a diferen ça entre verbos que referem ação de um organismo e verbos que referem relação de um organismo com o ambiente ? 6. Qual a diferença entre as v a ria s dimensões de uma resposta os nTveis de mensuração de uma resposta ? e 7. Como descrever "dimensões" e escolher "nTveis de mensuração adequados em relação a uma classe de respostas ? 8. Qual a diferença entre estim ulo, -condição de estim ulo, situ a ção de estimulo e condiçoes antecedentes ? 9. Qual a diferença entre consequenciação, reforçamento, condições sub-sequentes e consequentes, e fe ito s , resultado s, produtos e consequências ? Quadro 15. Perguntas dos p a rticip a n te s relacionadas a PRÉ-REQUISITOS PARA A DESCRIÇÃO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS, fe ita s ao coordenador e ou colegas durante o processo de d efin ição dos o b jetivo s dos seus programas de ensino. Podemos observar nas perguntas 1, 2 e 3, que as expressões am p litu d e , ambiguidade, vaguidade, e sp e cificid a d e , operacional idade e pre^ cisão aparecem como sendo termos que, pelas perguntas, se supõe tenham d ife ren ça s-mas também relações entre s i . A pergunta 1 e a 2 salientam diferenças entre dois conjuntos e a pergunta 3 levanta o problema d a relação que estes dois conjuntos de elementos, com diferenças entre s i , tem com um te rc e iro conjunto: o da precisão de o b jetivo s de ensino. Mais do que conceitos sobre cada uma dessas palavras as questões solici^ 116 íí t íini di ferencas e relações entre e la s , no contexto de des c r i 7^ de obje tiv o s comportamentais para ensino. As perguntas 4, 5, 6 e 7 referem-se a termos que au xiliam na descrição do desempenho de um organismo. A questão 4, especificam en te, s o l i c i t a o que c a ra c te riz a cada um dos termos re sp o sta, c la s s e de re s ­ postas, cadeia de re sp o stas, comportamento operante e contingências de reforçamento. A junção dessas p a lavras em uma uni ca questão também as c a ra c te riz a como um conjunto que, embora tenha d ife ren ça s en tre $1, p£ dem t e r algo em comum. Quando menos, surgiram jun tos nos estudos e de­ bates sobre o b je tivo s comportamentais. A pergunta 5 também s o l i c i t a uma d ife re n ça entre dois conjun­ to s. Certos verbos que apareciam nos tra b a lh o s claram ente se referiam a desempenhos ob serváveis de um organismo enquanto outros verbos, tam­ bém tipicam ente "verbos de ação" re fe ria m uma re la çã o entre a açao do organismo e um determinado e f e it o no ambiente. A questão s o l i c i t a o es_ c la r e e i mento dessa d ife re n ç a . Nas perguntas 6 e 7 encontramos s o lic it a ç õ e s de esclarecim en ­ tos ainda mais e s p e c ífic o s . Ao l i d a r com um verbo relacio n ad o com uma resposta (c la s s e de respostas ou cadeia de re sp o stas) pode-se fazê-lo re fe rin d o aspectos d ife re n te s ou quantidades da ação. A questão 6 re la ciona-se com a aprendizagem desta d iscrim in a çã o , enquanto a questão 7 se re fe re ao procedimento (como) para d escrever e u t i l i z a r os dois co£ c e ito s : aspectos de uma resposta e nTveis de mensuração. As questões 8 e 9 referem-se a dúvidas relacio n ad as a d e s c r i­ ção do ambiente onde se comporta um organismo. A pergunta 8 contêm a s o lic ita ç ã o para se d estacar as d ife re n ça s en tre estím u lo , condições e situ ação de estímulo e condições antecedentes. Novamente ê in te re s s a n ­ te notar que estas questões apareceram no contexto de d escrição de ob­ je t iv o s comportamentais para ensino. A pergunta 9 s o l i c i t a esclarecim entos sobre outros aspectos do ambiente: o que ocorre apos a apresentação da ação de um organismo. Os termos que aparecem na pergunta surgiram também durante a ta re fa de de£ c re v e r os o b je tivo s comportamentais dos programas de ensino. 117 No conjunto de perguntas do Quadro 15 observa-se um grande nuí mero de p a lavras que exigem d iscrim in a çã o p re c is a e que estão r e la c i£ nadas a d ific u ld a d e s e problemas com a d escrição de o b je tiv o s de e n s i­ no. Os termos, as vezes, parecem sinônimos e , no e n ta n to , as perguntas s o lic ita m d ife re n ça s e o tip o de re la çõ e s e n tre e le s . Apenas duas per­ guntas são do tip o "como" (relacio nam -se a procedim entos) enquanto as demais s o lic ita m esclarecim en to s sobre as d ife re n ça s e n tre os termos. B. Perguntas sobre ensino e aprendizagem. No Quadro 16, ha tr ê s perguntas que se relacionam com a con cepção de ensin o , de aprendizagem e a re la çã o disso com o uso de o b je ­ t iv o s comportamentais. 1. Qual a função do ensino ? 2. 0 que quer d iz e r "processo ensino-aprendizagem "? 3. Qual a re la ç ã o de o b je tiv o s comportamentais com o . ensino e a aprendizagem? Quadro 16. Perguntas dos p a r tic ip a n te s sobre ENSINO E APREND^ ZAGEM f e i t a s aos colegas e ou ao coordenador durante o proce£ so de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s dos seus programas de ensino . A pergunta 1 (função do ensino ) e a pergunta 3 (r e la ç ã o com o b je tiv o s comportamentais) mostram a necessidade do exame destas con cepções ao se d e screve r o b je tiv o s de ensino sob forma comportamental A pergunta 2 contêm uma expressão (processo ensino-aprendizagem ) . fre ­ quentemente encontrada em te x to s sobre educação, ensino c aprendizagem. No conjunto das perguntas desse quadro temos s o lic it a ç ã o do e s c l a r e c i ­ mento dos termos ensin o , aprendizagem, processo, o b je tiv o s comportameji t a is e das re la çõ e s e x is te n te s e n tre e le s . 118 C. Perguntas re la cio n ad as a c a r a c t e r ís t ic a s de o b je t iv o s compor-tamentais. No Quadro 17, encontramos 14 questões re la cio n ad as a c a r a c te ­ r ís t i c a s de o b je tiv o s de ensino . As perguntas de T a 7 são questões re 1. Como se faz para d e sc re v e r d i r e it o um o b je tiv o de en sin o ? 2. Por que os o b je tiv o s de ensino devem se r comportameji t a is ? 3. Para se t e r um bom o b je tiv o basta que e le s e ja bem de f in id o ? 4. 0 que c a r a c te r iz a um bom o b je tiv o comportamental? 5. Como a n a lis a r a forma e a função de um o b je tiv o com­ portamental ? 6. Qual a d ife re n ç a e n tre um o b je tiv o e uma a tiv id a d e de ensino? 7. Qual a d ife re n ç a e n tre o b je tiv o s : te rm in a is , educaci£ n a is , g e r a is , in te r m e d iá r io s , comportamental e in s t n j c io n a l? 8. Como e v i t a r que um o b je tiv o fiq u e " t r i v i a l " quando e d e fin id o comportamentalmente? 9. Como saber o que e uma "s itu a ç ã o n a tu r a l" e uma "sj_ tuação a r t i f i c i a l " em um o b je tiv o comportamental? 0 10. Quais os aspectos de uma s itu a ç ã o de estím ulo que iji teressam para a d e scriçã o de um o b je tiv o comportamen t a l? 11. Como fa z e r para o b te r, e para t e r segurança sobre os aspectos de in te re s s e em uma "s itu a ç ã o de e stím u lo " para d e scre ve r um o b je tiv o comportamental? 12. 0 que le v a r em conta para in d ic a r os c r i t é r i o s de de: sempenho mais adequados em um o b je tiv o comportamen ta l? 13. Como in d ic a r os c r i t é r i o s de desempenho quando o que o aprendiz deve fa z e r não e diretam ente o b se rv á v e l? 14. Como saber se os c r i t é r i o s de desempenho esco lh id o s sao s ig n if ic a t iv o s para o o b je tiv o e para o ap rend iz? Quadro 17. Perguntas dos p a r tic ip a n te s sobre as CARACTERÍSTICAS DE OBJETIVOS DE ENSINO f e it a s aos colegas e/ou coordenador durante o processo de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s dos seus programas de ensino . 119 lacionadas a forma de o b je tiv o s de ensino de d ife re n te s tip o s (a ques­ tão 7 re v e la i s t o ) . Mais esp ecificam en te, as questões de 1 a 4 levan ­ tam problemas relacionados ao que e e como ob ter um bom o b je tiv o de en s in o . As questões 5» 6 e 7 usam v á rio s termos que necessitam e s c la r e c í mentos precisando d ife ren ça s e relaçõ es entre estes termos. A questão 5, embora não s o l i c i t e diretam ente esclarecim entos sobre as d iferen ças en tre forma e função, exige que os dois termos (contidos na pergunta) sejam bem e scla re c id o s antes de se responder ao que e s o lic it a d o . A pergunta 8 im p lica em uma suposição de que ha uma re la çã o en t r e descrever um o b je tiv o comportamental e tornã-lo t r i v i a l . Novamente, a resposta a questão te rã que co n sid era r e e s c la r e c e r a suposição d a pergunta. As questões 9, 10 e 11 referem-se as ‘‘situ açõ es dian te d as quais o aprendiz deve se comportar" e j ã supõem determinadas c a ra cte r í s t i c a s de um o b je tiv o (que e le deva conter este a sp e cto ). D is tin g u ir en tre situ ações a r t i f i c i a i s e n a tu r a is , d e sc o b rir o que (e como o b te r) deve se r d e s c rito como "s itu a ç ã o d ia n te da q u a l . . . " e " a v a lia r a qualj_ dade do que fo r d e s c rito " em re la çã o a is to são os trê s conjuntos d e problemas envolvidos nestas questões. * Nas perguntas 12, 13 e 14 os problemas são semelhantes sõ que, agora, colocados em re la çã o ao aspecto de " c r it é r i o s de desempenho" de um o b je tiv o . No conjunto do Quadro 17 observa-se que as perguntas s o l ic i - tam esclarecim en to s, procedimentos, c r it é r i o s e a v a lia ç ã o das c a ra c te ­ r í s t i c a s de bons o b je tiv o s de ensino. D. Perguntas sobre o v a lo r ou re le v â n c ia humana e s o c ia l dos ob­ je t iv o s comportamentais e sobre a v a lia ç ã o do ensino através de o b je titiv o s comportamentals. Nò Quadro 18, estão lis ta d a s questões re fe re n te s ã re le v â n c ia humana e s o c ia l dos o b je tiv o s e ã a v a lia ç ã o do ensino através de objet i yos comportamentai s . 120 1. Como a n a lis a r o v a lo r (a re le v â n c ia ) cie um o b je tiv e comportamental? • , 2. Como saber se os o b je tiv o s garantem o ensino do que e necessário e im portante? 3. Os o b je tivo s são tudo o que se guer e n sin a r? Não h_a vera outras coisas a en sin ar alem dos o b je tiv o s ? 4. São apenas os o b je tiv o s o que se quer como r e s u lt a ­ do do ensino? 5. Como saber quais são as vantagens do que se quer en s in a r? 6. Para quem devem se r estas vantagens? 7. De que maneirasse pode te r alguma g a ra n tia de que os o b jetivo s são u te is ou s ig n if ic a t iv o s para o apren diz e para a comunidade, quando se i n i c i a um progra­ ma de ensino? 8. Como a v a lia r as conseqüencias a longo e curto prazo para o aprendiz e para a comunidade, daquilo que se quer en sin ar? Quadro 18. Perguntas dos p a rtic ip a n te s sobre VALOR OU RELEVÂN­ CIA HUMANA E SOCIAL DOS OBJETIVOS E SOBRE AVALIAÇÃO DO ENSINO ATRAVÉS DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS, f e it a s ao coordenador e ou colegas durante o processo de d e fin içã o dos o b je tiv o s dos seus programas de ensino. Cinco dessas questões (1 , 2, 5, 7 e 8) referem-se a procedi mentos a desenvolver para: a n a lis a r re le v â n c ia (questão 1 ), d e sco b rir se os o b je tivo s garantem o que e n ecessário (questão 2 ), saber as van­ tagens dos o b jetivo s (questão 5 ), te r g a ran tias da im portância dos ob­ je t iv o s para o aprendiz e para a comunidade antes de a p lic a r o progra­ ma (questão 7) e a v a lia r as conseqüências, a curto e a longo prazo,dos o b je tiv o s , antes de a p lic a r o programa (questão 8 ). Todas se referem a como fa z e r cada uma dessas coisas ao descrever os o b je tiv o s de ensino antes de a p lic a r o programa de ensino. A questão 6 e x p lic it a um aspecto envolvido na pergunta 5 mos­ trando uma suposição de que as vantagens podem se r para d ife re n te s pes^ soas e sol i ci ta para quem devem ser as vantagens que se devem a n a lis a r pa­ ra poder a v a lia r a re le v â n c ia de um o b je tiv o de ensino. A pergunta sub 121 entendevque se possa t e r c r it é r i o s p l i c i t a um desses c r i t é r i o s para a a v a lia ç ã o de r e le v â n c ia e ex (o a lv o dos benefTcios do program a). As questões 3 e 4 levantam problemas re la cio n ad o s ao que quer s e o b ter com o ensino . A questão 3 põe em duvida se os o b je tiv o s sao tudo o que se quer e n s in a r . Sugere que ta lv e z não se possa d e scre ­ v e r como o b je tiv o v a r ia s c o is a s que se pode qu erer e n s in a r. A questão 4 le va n ta o problema dos re su lta d o s do ensino : são os o b je tiv o s apenas ou e “ algo m ais” o problema a s e r re s o lv id o pelo en sin o ? No conjunto as questões do Quadro 18 e x p lic ita m perguntas quaji to a tre s conjuntos de problemas re la cio n ad o s a d e scriçã o de o b je tiv o s de ensino : se o b je tiv o s podem g a r a n t ir o que e n e c e s sá rio e o que in t e re ssa e n s in a r, que conseq üencias, vantagens ou re su lta d o s se podem ana l i s a r a p a r t i r dos o b je tiv o s e o que e a quem e le s b en eficiam . E. Perguntas sobre aspectos é t ic o s , id e o lo g ic o s e s o c i a i s e n v o lv i­ dos no uso de o b je tiv o s comportamentais no ensino, No Quadro 19 encontramos um conjunto de perguntas f e i t a s pelos p a r tic ip a n te s em re la ç ã o a aspectos é t ic o s , id e o ló g ic o s e s o c ia is en v o lv id o s no uso de o b je tiv o s no ensino . As cin co p rim eiras questões referem -se as fo n tes que se pode u sar para e x t r a i r o b je tiv o s e c r i t é r i o s de julgam ento de sua re le v a n c ia . A questão 2 le v a n ta o problema da in t e r f e r ê n c ia dos v a lo re s do pr£ fe s s o r (id e o lo g ia ) na d e s c riç ã o de o b je tiv o s de um curso . A d u vid a, ex pressa na pergunta 5, resume as questões a n te rio re s e qu estio na a sufj_ c iê n c ia das fo n tes e procedimentos do p ro fe sso r como g a ra n tia da r e l e ­ vân cia dos o b je tiv o s . Nas questões 6 e 7 se e x p lic it a o problema do " d i r e i t o " do pro fe s s o r em d e f i n i r os o b je tiv o s (e portanto os comportamentos) e os cogi t r o le s que devem se e x e rc e r sobre os comportamentos dos ap ren d izes. Es^ tas duas questões parecem e x ig ir , para uma resposta s a t i s f a t ó r i a , as a n te rio re s (de 1 a 5) estejam respondidas. 122 que 1. De onde e x t r a i r o b je t iv o s para um programa de e n s in o ? . 2. De que forma i n t e r f e r e a id e o lo g ia do p ro fe s s o r o b je tiv o s do seu programa? nos 3. Quais os c r i t é r i o s que o p r o fe s s o r usa para j u l g a r aim po rtân cia do que en sin a ou deixa de e n s in a r ? 4. Onde e como o p ro fe s s o r obtem c r i t é r i o s para j u l g a r a im portância dos o b je tiv o s de seus c u rs o s ? 5. As fo n tes e os procedim entos que o p r o fe s s o r u t i l i z a para o b te r os c r i t é r i o s de ju lg am en to da im p o rtâ n c ia dos o b je tiv o s de seus cu rso s podem j u s t i f i c a - l o s (os o b je tiv o s e os c r i t é r i o s ) ? 6. Que d i r e it o tem o p ro fe s s o r de d iz e r como o ap re n d iz deve se com portar? 7. Que d i r e it o tem o p ro fe s s o r de d e f i n i r q u a is os con­ t r o le s que se devem e x e rc e r sobre o a p re n d iz ? 8. Onde f i c a a in te ra ç ã o espontânea e n tre p r o fe s s o r e a lunos quando se tem o b je t iv o s p r e c is o s para a t i n g i r T 9. Quando se definem o b je t iv o s com portam entais para um curso não se c o rre o r is c o de d e ix a r de lad o a s p e c ­ tos im portantes do en sin o como c r i a t i v i d a d e , r e l a c i o namento s o c i a l , e sp o n ta n e id ad e , o r ig in a lid a d e , c r ít i^ ca e t c . ? Quadro 19. Perguntas dos p a r t ic ip a n t e s sobre ASPECTOS ÉTIC O S, IDEO lOGICOS E SO CIAIS ENVOLVIDOS NO USO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO, f e i t a s aos colegas e/ou ao coordenador d u ra n te o proce£ so de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s dos seus programas de e n s in o . As duas ú ltim a s questões do Quadro 19 levantam d ú vid as quanto ao problema da re la ç ã o p ro fe s s o r- a lu n o d e ix a r de s e r espontânea e ao problema de h aver um r is c o de o b je t iv o s não p e rm itire m (ou deixarem de la d o ) aprendizagens s o c i a i s , s i g n i f i c a t i v a s zes. 123 para a v id a dos ap rend i - 3." mação o bservaçõ es quanto As d e s c r iç õ e s so bre o que c a r a c t e r iz a pro g ra­ DE CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO NO ENSINO. O t e r c e i r o co n ju n to de observaçõ es d iz r e s p e it o a alguns exem pios de d e s c riç õ e s que os p a r t ic ip a n t e s fiz eram do que consid eravam ca r a c t e r i z a r a programação de c o n tin g ê n c ia s do refo rçam ento no e n s in o . As d e s c riç õ e s que aparecem no Quadro 20 foram t r a n s c r i t a s dos tra b a lh o s dos p a r t ic ip a n t e s . 1. 0 modelo op eran te no e n sin o en g lo b a: a ) as cond ições que de vem f a v o r e c e r a o c o rrê n c ia do comportamento, b ) o p ró p rio com portam ento, c ) as conseq üências dadas a esse com portam ento.. . 2. . . . os comportamentos se ria m co n sid erad o s v a r iá v e is dependentes con t r o la d a s pelos even tos an te ced en te s e conseqüentes que são as v a ~ " r i a v e is independentes ma n ip u la d a s p elo p ro g ramador de e n s in o . Assim , o papel do programador de en sin o s e r ia o de p l ane.iar a t i v i d a ­ des e s itu a ç õ e s adeq uadas ( e v e n tos a n te c e d e n te s) que f a c i l i t a r i a m o máximo a em issão dias r e sp o stas e s p e ra d a s , pelos a p re n d iz e s , e o de p la n e .ia r conseqüên c ia s adequadas para que esses comportamentos fo s s e m f o r t a l e c id o s . 3. . . . ab ran ger as c o n tin g ê n c ia s de re fo rça m e n to , ou s e j a , as r e la çoes e n tre o comportamento e suas condições an teced en tes e e n tr e ò comportamento e suas consequências ( . . . ) se a aprendizagem não o c o rre as conseq üências e as condições an te ced en te s dadas ao com portam ento ê que se rã o r e v is t a s e re fo rm u la d a s . . . 4. o a r r a n jo de c o n tin g ê n c ia s de refo rçam ento no e n sin o le v a ao p l a ­ nejam ento de cond ições f a v o r ã v e is para que um dado comportamento o c o rra e , conseqüentem ente, p erm ite um aumento na q u an tid ad e d e conseq üências re fo rc a d o ra s o f e r e c id as ao a p re n d iz . Desta fo rm a,o erisino se c o n s t it u i de um co n ju n to de v a r i á v e is independentes que afetam as resp o stas^ d e desempenho do aprend iz . A aten ção do pro gramador de c o n tin g ê n c ia s de refo rçam ento para o e n sin o nao e s ta apenas v o lta d a para o problema de como p la n e ja r mas também para o de a v a l i a r a r e le v â n c ia do que v a i s e r e n sin a d o , tendo como r e f e ­ r e n c ia a v id a do a p re n d iz . Quadro 20. Exemplos de d e s c riç õ e s que os p a r t ic ip a n t e s consid eravam ca r a c t e r i z a r a- p ro g ram ação .d e-co n tin g ên cias de refo rçam en to no e n sin o . As .partes g r ifa d a s são destaques nossos para exame. No Quadro 20 podem ser vistas quatro descrições d .> que os par ticipantes consideravam caracterizar a programação de ensino. As qua •tro descrições destacam que a programação envolve o comportamento d o aprendiz e as condições antecedentes e consequentes planejadas pelopro gramador. Na descrição 1 os participantes especificaram que as "condi ções" devem favorecer a ocorrência do comportamento, e que as condições sHo dadas ao comportamento. Não ha, nessa primeira descrição maiores considerações sobre o comportamento propriamente. Na descrição 2, os participantes consideraram os eventos ante cedentes e conseqüentes ao comportamento como variáveis independentes manipuladas pelo programador de ensino e os comportamentos foram consj^ derados variáveis dependentes controladas por essas variáveis indepen­ dentes . Os participantes que elaboraram esta descrição caracterizaram o papel do programador como o de planejar atividades e situações adequa­ das que eles consideram eventos antecedentes; referem as respostas co­ mo sendo esperadas e que o programador também deve planejar consegüÔncias adequadas para fortalecer os comportamentos. Nesta descrição tam­ bém e usado o termo resposta como sinônimo de comportamento. Na descrição 3, os participantes chamam contingências de re~ forçamento "as relações entre o comportamento e suas condições antece­ dentes e entre o comportamento e suas conseqüências"... Depois afirmam que "se a aprendizagem não ocorre deve-se rever e reformular as conse­ quências e as condições antecedentes dadas ao comportamento". Nesta des_ crição "aprendizagem" parece ser o mesmo que "emissão de resposta" e as condições antecedentes e conseqüentes são consideradas como aquelas que o programador _da ao comportamento. Na descrição 4 se afirma que "o arranjo de contingências d e reforçamento no ensino leva ao planejamento de condições favoráveis p_a ra que um dado comportamento ocorra e, consequentemente, permite um a_u mento de conseqüências reforçadoras oferecidas ao aprendiz". 0 ensino "se constitui de um conjunto de variáveis independentes que afetam as respostas de desempenho do aprendiz". Os termos respostas, desempenhoe comportamento parecem ser usados como sinônimos. Nesta descrição, 125 o s participantes ainda consideraram que o programador deve "avaliar a re­ levância do que vai ser ensinado, tendo como referencia a vida do apren diz". Esta expressão e usada sem explicitar o que significa "avaliar"e "vida do aprendiz" como referencia dessa avaliação. Não fica explícito em nenhuma das descrições qual a função ou relação que tem os objetivos comportamentais e o que se entende por pro gramação. Talvez se possa entender como sendo a VI) - variável dependente (ou os comportamentos) instalados pelo desenvolvimento do programa. Neste caso, seria discutível qual a relação entre os objetivos e o programa de contingências para ensino. 4. RESUMO DAS OBSERVAÇÕES FEITAS SOBRE 0 USO DE OBJETIVOS COMPORTA­ MENTAIS NO ENSINO Nos Quadros 21 e 22 hã, simplesmente, um resumo das observa ções feitas e apresentadas nos quadros anteriores. Este resumo consti­ tui o quarto conjunto de observações deste trabalho. No Quadro 21 podemos observar um resumo das observações a res peito de "condições", "desempenho" e "critério de desempenho" descri tos pelos participantes durante a tarefa de descrição dos objetivos de seus programas de ensino. No quadro podemos notar o conjunto de carac­ terísticas observadas nos objetivos que foram descritos pelos partici­ pantes e destacadas para os fins deste estudo. As características refe rem-se a aspectos problemáticos dos objetivos que surgiram durante o trabalho dos participantes (a maioria deles permaneceu sem solução na época em que foram descritos). 0 quadro permite ver, em resumo e no con­ junto, as características analisadas nos quadros anteriores. No Quadro 22 pode-se observar o conjunto de aspectos contidos nas perguntas dos participantes quanto a.prê-requisi tos para descrição de objetivos comportamentais, a relação entre ensino e aprendizagem,as características de objetivos de ensino, a análise da relevância de ob­ jetivos è os aspectos ideologicos, éticos e sociais envolvidos no de objetivos comportamentais no ensino. 0 quadro permite uma visão uso do resumo e do conjunto de quais aspectos foram objeto de questionamento, 126 C O N D I Ç O E S D E S E M P E N H O CRITÉRIO DE DESEMPENHO . situação artificial criada ape nas para verificar o desempenho . verbos de diferentes níveis de generalidade e vaguidade . enumeração de aspectos da clas­ se de respostas . situação relacionada a apren­ dizagens anteriores (pre-re quisitos de aprendizagem) . verbos que referem topogra fia da resposta . enumeração de etapas de um pro cedimento . descrições muito amplas e vagas . verbos que referem efeitos da classe de-respostas . descrições exageradamente es­ pecificas . verbos referindo classes^de res postas artificiais (acadêmicas) . uso de uma classe de respostas especifica como critério para outra classe mais vaga . descrições artificiais . verbos que servem para profes­ sor verificar a emissão e não a aprendizagem de uma resposta . enumeração de aspectos do am biente a que a resposta deve referir-se . verbos vagos com um especificar^ do o outro, adicionados por um conectivo ou gerundio . descrição de aspectos topogrã ficos da resposta . descrições contendo mistura com critério de desempenho . descrições de classe de res postas de elos anteriores da cadeia . descrições de classe de res postas referindo aprendiza gens anteriores . vários verbos referindo elos de uma cadeia unidos por conectivos . mistura de verbos referindo S£ a d e n d a * pré-requisito de apren dizagem e especificação um do outro . ciasses de respostas exagerada^ mente restritas . uso de advérbios de modo vages . critérios vagos . critérios irrelevantes para o]d servara classe de respostas . critério especifico para pro­ fessor ver e medir 1 . quantificação artificial . critéri os restri ti vos ou nega­ tivos . critérios referindo efeito ou produto a ser obtido1 Qliadro 21. Resumojdas observações sobre objetivos de ensino propostos pelos participantes durante, ü yrá balho de elaboraçao dos objetivos do programa de ensino com relação,a: condiçoes diante das quais dev.e-ria ocorrer o desempenho, o desempenho propriamente e os critérios de desempenho aceitáveis como eviden cia de aprendizagem. 1 PRC-REQIUSITOS ' . d ife re n ç a en tre aroplj^ tu d s, vaguidade e am­ biguidade | . d ife re n ç a en tre espec if ic id a d e e operacio h alid a d e 8 I re la ç ã o en tre p re c i s ã o e o p e ra d o n a lid a d e I I | | I | . d ife re n ç a en tre res p o sta , c ia s se e cadeia de resp o stas, comportaraento operante e con t i ivgêm: i a de r e f orça r mento I . d ife re n ç a s en tre verbos que referem ação e qua referem re la ç ã c com ambiente I ENSINO X APRENDÍZAGEM . função do ensino . processo ensinc-apreji di zagera , re la ç ã o do en sin o e da aprendizagem com objje t iv o s ccm portaaientai? . d ife re n ç a en tre aspe£ tos e m v e is de mensuração de uma respos ta características de OBJETIVOS DE ENSINO como descrever objeti^ vos de ensino por que o b je tivo s de ensino devem s e r comportamer.tais b asta se r bem d e f in i­ do para u» o b je tiv o se r bom forma e função de um o b je tiv o comportamenta l d ife re n ç a en tre obje­ t iv o e a tiv id a d e d o ensino d ife re n ç a en tre obje­ t iv o te r m in a l, educa­ c io n a l. interm ed iá rio » comportaraental e in$tr u c io n a l t r i v i a l idade dos obje tiv o s comportamentais >o u escrever espec tos e esco lher n ív e is de mensuraçào de uma resposta id e n t if ic a ç ã o de s i tuações n a tu ra is e ar t i f i c i a i s em o b je ti r vos comportamentais d ife re n ç a entre e s t í ­ mulos, condições de e£ tTmulo, condições an­ tecedentes e situ ações de estím ulo o que in te re ss a de tuações de estím ulo para um o b je tiv o d ife re n ç a entre cor,$£ q üenciação, condições subseqftentes e conseqüentes, e f e it o s , r e ­ s u lta d o s , conseoflln c ia s e reforçam ente Quadro 22. Resumo dos aspectos e n v o lv id o o b je tiv o s dos seus programas de ensino , RELEVÂNCIA £ AVALIA ÇÂO DE OBJETIVOS“ ASPECTOS IDEOLÓGICOS, tTICOS£SOCIAIS DOS OBJETIVOS como a n a lis a r v a lo r e re le v â n c ia de um obj^ t i vo comportamental . ce onde e x t r a ir o b je ti vos para um programa de ensino como saber se cs obje tiv o s são tudo o que e n ecessário e impor­ tante- e n sin ar como in t e r fe r e q ideo1cgia do p ro fesso r com os o b je tiv o s de um pro graça importa ensinar semen te os o b je tivo s c r it é r i o s do p ro fe sso r par* ju lg a r importan c ia dos o b je tivo s s5 os o b je tivo s in t e ­ ressam como resu ltad o do ensino cemo saber as vanta gens dos o b jetfvo s para quem devem se r van ta jo so s os o b je tivo s como a v a l ia r conseqdên c ia s para o aprendiz e para a comunidade de se t e r determinados obje­ tiv o s ccmportamentais fonte e procedí.'nentos para obte^ c r it é r io s pa ra ju lg a r im portânciados o b je tiv o s d ir e it o do p ro fe sso r de d e f in ir como o aprendiz deve se comportar e de ex e rce r c o n tro le sobre os comportamentos d o aprendiz p erigo de perder a in ­ teração espontânea Quando se d efin e o b je ­ tiv o s comportamentais p erigo de deixar de Ta óc aspectos ir.portan íes do ensino quando se ícfir.em o b je tiv e s comportamen ta Ise n te o que co nsid erar para d e s c re v e r c r it é r i o s de desempenho adequados e s ig n if ic a t iv o s nas perguntas f e it a s pelos p a rtic ip a n te s ao e la b o ra r os discussão, a n á lis e e pesquisa dos p a rtic ip a n te s e do coordenador d o curso. A maior parte desses problemas não fo i re s o lv id a e os que foram, em boa p a rte , o foram verbalmente não se e fe tivan d o em procedimentos pa ra descrever ou usar o b je tiv o s comportamentais ou em proposição de coji c e ito s ou dados novos que permitissem c o n t r ib u ir de uma maneira segura para re s o lv e r estes aspectos. 5. OBSERVAÇÕES QUANTO A ALGUMAS DAS CRÍTICAS FEITAS AO USO DE OBJE­ TIVOS COMPORTAMENTAIS NO ENSINO 0 quinto conjunto de observações diz re sp e ito as c r it ic a s fe1_ tas ao uso de o b je tiv o s comportamentais no ensino. No Quadro 23, podese observar s e is dessas c r í t i c a s , levantadas pelos p a rtic ip a n te s duran. te o processo de d escrição dos o b je tiv o s comportamentais dos seus pro­ gramas de ensino. As c r ít ic a s referem-se a aspectos que, de uma forma ou de ou­ t r a , apareceram nas observações a n te rio re s : 1) t r i v i a l idade dos objetj_ vos comportamentais, 2) sÕ abrangem parte dos resultad o s que a esco la deve o b te r, 3) são socialm ente inõcuos e in ú t e is , 4) são anti-democrãt ic o s , 5) não podem se r usados para áreas importantes de aprendizagem em que não- e p o ssíve l haver mensuração do comportamento e 6) ignoram o novo e o inesperado que podem aparecer no ensino e que são importantes para a aprendizagem. As c r í t i c a s são, algumas d e la s, encontradas na l it e r a t u r a e referem-se aos o b je tiv o s t a is como foram d e sc rito s ate agora neste trja balho. As c r ít ic a s não estão colocando em duvida os o b je tiv o s ta l como são conceituados e e s tã o de acordo com as exigências ou c a r a c t e r ís t ic a s da A n álise Experimental do Comportamento. Nos quadros 5 a 23 há uma razoável quantidade de exemplos,per guntas e c r ít ic a s relacio n ad as ao uso de o b je tiv o s comportamentais no ensino. No conjunto representam d iversas informações que servem de da­ dos para se a n a lis a r os comportamentos envolvidos no uso e na aprendi­ zagem do uso de o b je tiv o s comportamentais no ensino. Os dados apresentados permitem v a ria s p o ssib ilid a d e s de dis 129 * 1. Os comportamentos t r i v i a i s dos alunos são os mais fa c e js de o p e r a c io n a liz a r . Is t o tr a z a te n d ê n cia de mT n im iz a r os re s u lta d o s realm ente im po rtantes da educa ção. Geralm ente os o b je tiv o s comportamentais são com portam entos t r i v i a i s dos a lu n o s. 2. Os o b je tiv o s com portam entais^enfatizam mudanças nos comportamentos dos alu n o s. Ha, porem, o u tro s tip o s de re s u lta d o s que sao im po rtan tes (p o r ex. v a lo r e s soc^ a i s , a t it u d e s p r o f is s io n a is , e t c . ) e que devem s e r as_ sumidos p e la e s c o la . 3. Os o b je tiv o s comportamentais expressam comportamen to s in o c u o s, so c ia lm e n te i n ú t e is . SÕ a p ró p ria e sco ­ la in t e r e s s a o b se rva - lo s o b jetivam en te^ e m edí-loscom p r e c is ã o . Fora da e sco la e le s não sao u t e is . 4. Os o b je tiv o s com portam entais sao a n ti- d e m o c rá tic o s .0 p ro fe s s o r d e fin e antecipadam ente como deve se compor^ t a r o ap re n d iz não p erm itin d o a c r T t ic a e a l ib e r d a ­ de para o aluno c r i a r inovações no c u rso . 5. Ha ãrea s do comportamento que não são m ensuráveis e não se pode e s p e c if ic a r o b je tiv o s com portam entais em areas que envolvem comportamentos complexos (p o r e x . A r te s ). 6. Os o b je t iv o s com portam entais fazem com que o impre v is t o e o novo não tenham v a lo r quando acontecem em um c u rs o . E esses re s u lta d o s não p r e v i s ív e is são os *maís im p o rtan tes porque e le s revelam a in d iv id u a l id a de e o r ig in a lid a d e humanas. Quadro 23. C r i t i c a s le v a n ta d a s p elo s p a r t ic ip a n t e s ao uso de olb j e t i v o s com portam entais no e n sin o . Algumas dessas c r í t i c a s eram e x tr a íd a s da l i t e r a t u r a e assumidas p elo s p a r t ic ip a n t e s , como "a lg o a s e r capaz de re sp o n d e r". cussão. de fo rm a ta l e às "propor como Nas a paginas se chegar classes objetivos parte da qu e de a se seguem, um c o n c e i t o respostas mais geral ensino". 130 de serão ob jetivo envolvidas comportamentais classe eles na term inais" ."programar considerados c o m p o rta m e r[ classe para geral ensino condições de I DISCUSSÃO Os dados observados - exemplos de partes de o b je tiv o s, pergun­ tas, crTticas e concepções do que seja programação de ensino - podem ser considerados de diferentes pontos de v is t a . De acordo com os objetivos deste trabalho eles interessam como informações para a n a lisa r cada u m dos diferentes aspectos de um o b jetivo comportamental de forma a identi_ f ic a r possíveis classes de respostas envolvidas no uso de objetivos comportamentais no ensino. Não se pretende d is c u tir esta ou aquela c rT tic a ou concepção , nem responder a uma ou outra pergunta. Elas - por aparecerem durante a aprendizagem do uso de objetivos comportamentais - nos parecem u teis pa. ra lo c a liz a r algumas das classes de respostas envolvidas nesta aprendi­ zagem. São informações, em ultima a n a lis e , que podem s e r v ir para ex p l i c i t a r quais os comportamentos (pelo menos alguns) de quem constroi um programa de ensino. As considerações a seguir serão fe ita s por partes, em relação aos d iferen tes conjuntos de observações apresentados. 1. PRÉ-REQUISITOS PARA DESCREVER OBJETIVOS comportamentais As perguntas que constam do Quadro 15 referem-se a "pre-requis i t os " para a descrição de objetivos comportamentais. Por istomesmonos parecem um bom começo para a discussão dos dados analisados. As perguntas 4 a 9 do Quadro 15 parecem te r im p líc ita a neces­ sidade de e sclarecer o conceito de comportamento. As dificuld ad es não aparecem apenas nas perguntas. Os Quadros 5 a 9, por exemplo, ilustram que, ao apresentar os desempenhos dos aprendizes nos objetivos de e n si­ no, os particip an tes usaram diferentes tipos de c r it é r io s , ilu stra d o sp ^ la variedade de tipos de verbos que aparecem referindo os desempenhos 131 d e s c rito s nestes quadros. Alguns referem uma "e v id e n cia o b se rv á v e l" c la s s e de respostas em jogo (exemplo 3 do Quadro 6: " . . . da por e s c r ito ")* , outros uma re la çã o com um determinado e f e it o no ambiente (exemplo 1 do Quadro 5: " . . . r e f o r ç a r . . . " ) sem e s p e c if ic a r a resposta do ap ren d iz ; ou_ t r o s , ain d a , um aspecto da c la s s e de respostas id e n tific a n d o a topogra­ f i a de uma determinada resposta ( " . . . r i s c a r d ife re n te m e n te .. . " ) . . Sem uma a n a lis e i n i c i a l dos p o ssív e is co nceito s que se tem que s e ja comportamento» esses problemas do correm o r is c o de não serem -re s o lv id o s . A. Conceito de comportamento e de respo sta. J a se sabe que e p o ssíve l d e fin ir - s e um fenômeno de v a r ia s ma­ n e ira s ou pontos de v is t a (Salmon, 1971, pp. 120-140; C op i, 1974, 104-135; Hegenberg, 1974). Cada m aneira, le va em conta mais alguns pectos do que outros pp. as­ em re la ç ã o ao evento a que se re fe r e a d e fin iç ã o . A percepção, o uso da d e fin iç ã o e as decorrên cias para o conhecimento e para o comportamento humano são, em grande p a rte , determinados pelo cri_ t e r io usado para d e f in ir um termo. 0 comportamento - humano ou não - também pode s e r d e fin id o de ê v a ria s maneiras e is t o nos parece se r um dos problemas e x is te n te s nas perguntas 4 a 9 ao Quadro 15. Para os p a r tic ip a n te s , o uso in d iscrim in ad o dos termos respos­ t a , comportamento e op erante, levou a se t e r o b je tiv o s de v á rio s tip o s , alguns nitidam ente com enf a se em uma to p o g rafia e s p e c if ic a , outros e n fa ti zando (nomeando) uma re la çã o com o ambiente. Fste parece ser um p ro b le­ ma bãsico nas d escriçõ es que os aprendizes propuseram do "comportamen to " en vo lvid o nos seus "o b je tiv o s de e n sin o ". A p rim e ira c o is a que parece importante r e s s a lt a r ê exatamente a d ife re n ç a en tre re sp o sta .e comportamento, de acordo com os a r tig o s de Skinner (1931 , 1935, 1938)., Staddon (1967), Schick (1971) e Catania (1973). Para e le s o que parece c r u c ia l ê a d ife re n ça entre o que o organismo faz e a re la ç ã o en tre a q u ilo que o organismo faz e o ambiente em que o fa z . • No p rim eiro caso , a ênfase e s ta r ia nas c a r a c t e r ís t ic a s da ação 132 do organismo {respostas ou c la s s e s de re s p o s ta s ). No segundo a ênfase se r ia na re la çã o entre esta ação e o ambiente (o que se poder ia chamar de comportamento). 0 termo comportamento, porem, tem sido usado indiscr.iminadamen te para uma co isa e outra (v e r S t a a t s , 1973; S k in n e r, 1974a ;.M illenson , 1975; Sidman» 1976). Outras vezes, mais e sp e cifica m e n te , como sendo "cias. ses de ações" do organismo (v e r Cunha, 1976). Mais raramente a p alavra comportamento tem r e fe r id o bem d e fin id a s re la çõ e s e n tre o que o o rg an U mo faz e o ambiente em que o fa z . As perguntas dos p a rtic ip a n te s revelam a e x is tê n c ia dos termos e o seu emprego in d iscrim in ad o para r e f e r i r as mesmas c o is a s . Ao se tejr t a r equacionar estas perguntas e de que maneira e la s se relacionam com o uso de o b je tivo s comportamentais no ensino , e n ecessário começar por consid erar os d ife re n te s tip o s de relaçõ e s que podem e x i s t i r e n tre o que o organismo faz e o ambiente em que o faz . Um dos tip o s de re la çõ e s e d e s c rito por Skinn er (1931 e 1935)e se faz entre propriedades de c la s s e s de estTmulos antecedentes e p ro p rie dades de cla sse s de respostas subsequentes a estas c la s s e s de estTmulos. E o que fo i considerado como "comportamento r e f le x o " . Esta re la ç ã o pode se r ilu s tra d a pelo esquema do Quadro 24. Ainda se poderia examinar esta re la çã o em mais detalh es especi_ ficand o o tip o de re la çã o e x is te n te nas relaçõ e s re fle x a s propriamente d ita s (quando o estím ulo e e li c i a d o r ) e nas re la çõ e s operantes ( quando o estím ulo e por exemplo, s in a liz a d o r ou d is c r im in a t iv o ) . 0 exame e s p e c ífic o porém nos parece i r alem dos o b je tiv o s deste tra b a lh o . . A S ------- --------- > R Quadro 24. Esquematizaçao da relação en tre p ro p rie dades de uma c la s s e de estím ulos antecedentes ( S " y e p ro p rie d a d e s de uma c la s s e de respostas (R ) sub­ sequentes a estes e stím u lo s. A fle c h a representa a re la çã o com ênfase em uma d ireção de in flu ê n c ia d£ fin id a . 133 mais A e x p lic ita ç ã o de que a re la çã o e en tre propriedades de c la sse s de estím ulos e de c la sse s de respostas e não e n tre estím ulos e respostas ê impor tante* Nao se t r a t a de c la s s e s g e ra is de fenômenos, mas de ra la çõ e s bem d e fin id a s e n tre aspectos e s p e c ífic o s dessas c la s s e s de fenômenos. As re laçoes d if ic ilm e n t e ocorrem en tre estím ulos e respostas sin g u la re s (qual sera a unidade de um e outro re le v a n te em cada r e la ç ã o ? ) rnas e n tre c la s s e s que contenham propriedades comuns ou próximas. Os g rad ien tes de g e n e ralização sao, de c e rta forma, uma e vid e n c ia d is to . Ha, porem, um outro tip o de re la ç ã o e n tre o que um organismo faz e o ambiente em que o fa z . São as re la çõ e s en tre o que o organismo faz e o que acontece com o ambiente em seguida a estas re s p o s ta s , como consegflencia d e la s . Staddon (1967) e Sch ick (1971) denominam a e ste t i ­ po de re la ç ã o como sendo t íp ic a s do que f o i considerado "comportamento o p era n te". 0 esquema do Quadro 25 mostra e ste tip o de re la ç ã o . 1 Quadro 25. Esquematização da re la ç ã o en tre pro­ priedades de uma c la s s e de respostas (R ) e c as , propriedades de uma ceasse de estím ulos (S ) que se seguem como conseqdencia desta c la s s e . A fle^ cha rep resen ta a re la ç ã o com ênfase em uma d ir e ção d e fin id a . C atania (1973) e s c la r e c e que os dois tip o s de re la çõ e s (S^— >R C _ e . R—>$ ) sao apenas dois aspectos complementares de uma re la ç ã o mais \iVij ". -’• complexa que envolve as duas re la çõ e s e a re cip ro c id a d e e n iw :e 1 a s . A a n a lis e de C atan ia nos tra z um t e r c e ir o aspecto nas re la çõ e s e n tre o que um organismo faz e o ambiente em que o fa z . 0 esquema do Quadro 26 mos- 134 tra a c o n trib u iç ã o de C atania para a compreensão e a n a lis e d , í r e l a ­ ções . ...... » '■ i ■ ,------------ > s A < 11 1rp^^mi Mfci i■■ ■ r .......... I m f— — f H*» U<K ---- > ^ S c Quadro 26. Esquematização das re la çõ e s en tre pro­ priedades de c la s s e s de estím ulos antecedentes (S propriedades de c la s s e s de respostas (R ) e propriedades de c la s s e s de estím ulos conseqtíentes (S ) , conforme a n a lis e de C atania (1973). As f l e ­ chas indicam as m ú ltip la s d ire çõ e s de in flu e n c ia dos componentes destas re la ç õ e s . Skinner (1969) e quem e x p lic it a um pouco mais as re la çõ e s en­ tr e o que um organismo faz e o ambiente em que o faz^quando chama d e "co n tin g ê n cias de reforçam ento" ãs "complexas in t e r r e la ç õ e s " e n tre a s propriedades de c la s s e s de estím ulos an teced en tes, propriedades das clas_ ses de respostase propriedades das c la s s e s de estím ulos consequentes. Enquanto nas re la çõ e s do esquema do Quadro 26 as re la çõ e s são complementares e r e c íp ro c a s , no co n ceito de co n tin g ên cias de reforçamer^ to ha um acréscim o e x p líc it o a re s p e ito da "p ro b a b ilid a d e da o co rrê n cia ' de d e fin id a s propriedades de uma c la s s e de respostas perante d e fin id a s propriedades de c la sse s de estím ulos antecedentes. No Quadro 27, ha urn esquema ilu s tra n d o -a nova re la çã o a c r e s c i­ da ao esquema do Quadro 26. As expressões "propriedades das c la sse s de e stím u lo s" e upro priedades das cla sse s de re sp o sta s" também são aspectos importantes a e s c la r e c e r para ser p o ssíve l d is c u t ir as re la çõ e s e n tre as perguntas fei_ tas no Quadro 15 e o b je tiv o s comportamentais de ensino . 135 Quadro 27. Esquematização das relações entre pro­ priedades de classes de estímulos antecedentes (S ) , propriedades de classes de respostas (R) e prgpriedades de classes de estímulos conseqdentes (S ) , ilu stra n d o a noçao de contingência de refo rçamento (Skirtner, 1969}. B. Propriedades ou dimensões de uma ciasse de re spostas. 0 que esta em jogo quando usamos a expressão '‘propriedades ou dimensões das classes de respostas” e o foco do que nos h a b ilit a r ia • a descrever com precisão o que um determinado organismo esta fazendo e m uma determinada situ ação . Por exemplo, dependendo da pessoa, da situ a ção e do que se esta fazendo, determinadas propriedades das ações das pessoas importam mais do que outras. Se não se fo r capaz de notar estas propriedades não se sera capaz de descrever ou c a ra c te riz a r o que em jogo em relação aquilo que a pessoa faz. Ou então, se esta correra o r i £ co de notar ou e n fa tiz a r aspectos irre le v a n te s em relação ao que esta a_ contecendo. Vejamos alguns exemplos de “ propriedades das c iasses de respostas” . a * Topografia de uma classe de respo stas. Quando nos referimos a forma dos movimentos ou das posições de um organismo estamos nos referin d o a uma propriedade ou dimensão e s p e c ífic a da classe de respostas envolví da. Um exemplo típ ic o desta dimensão podería ser v is to nas classes de respos tas de um ginasta ou b a ila r in o .- Uma das dimensões das classes de respos tas envolvidas nesta a tiv id a d e e a forma pela qual os movimentos envolyjdos n a.c!assa são executados. As posições e deslocamentos de braços , pernas, pescoço, cabeça, tronco são fundamentais para se d e f in ir a co r­ reção ou perfeição dos e x e rc íc io s , passos ou danças. 136 b. Duração de uma c la s s e de respostas. Algumas vezes a dimen são relevan te em uma c la sse de respostas e o tempo entre o i n íc io , e o termino de sua o co rrên cia. L ig a r um equipamento em um pronto-socorro dar banho em um paciente de uma enferm aria, são cla sse s (ou ca d e ia s) de respostas (uma mais e s p e c ific a , a outra mais g e r a l) em que importa o tem po que decorre desde que a c la sse (ou c a d e ia ) começou a se r apresentada, ate o momento em que e la pode se r considerada“ concluTda“ . c . Laténcia de uma c la sse de respo stas. Algumas vezes a dimen­ são re le van te de uma c la sse de respostas e o tempo que e la le v a para o co rrer desde o evento que " s i n a l iz a 11 que e la deva o c o rre r, a té o momen. to em que ela se i n i c i a , efetivam ente. No tre in o de um t e n is t a , c o rre s ­ pondería a tr e in a r a "rapidez de seus re fle x o s " (a la té n c ia de suas res_ postas de bater na b o la ). Um medico operando deve ser capaz de (responder) com rapidez perante determinados s in a is r e a g ir (e stím u lo s) de que ha perigo com o p aciente. d. Velocidade de uma c la sse de resp o stas. A re la çã o e n tre o tem po e o espaço de execução de uma c la s s e (conjunto ou seqílencia) de re s ­ postas, c a ra c te riz a outra dimensão que, em determinadas c irc u n s tâ n c ia s , pode ser a dimensão re le van te para se d e f i n i r , notar ou obter uma dete£ minada c la sse de respostas. 0 quanto alguém demora para i r de um lu g ar a outro ou para completar uma ta re fa são exemplos em que a dimensão a e n fa tiz a r e a velocidade da c la sse (ou c a d e ia ) de respostas. e. Força de uma cla sse de respo stas. Quando a dimensão c r í t i c a de uma c la sse de respostas e o esforço do organismo envolvido em cada o co rrê n cia , da resposta, podemos d iz e r que a fo rça e ao que se da ênfase ao d e f i n i r , notar ou obter esta c la sse de respostas. B ate r um m artelo so bre uma tachinha ou sobre um prego grande provavelmente serão c la s s e s de respostas com d ife re n te s forças musculares e n vo lvid as. f . Fregflencia de ocorrência de uma c la sse de respo stas. Quando se considera,numero de vezes que uma c la sse de respostas deve ocorrerem uma unidade de tempo, a dimensão de uma c la sse de respostas que esta ser^ do en fatizad a e a freqüencia de o co rrência desta c la s s e de respostás. 0 137 numero de paginas que alguém l i por d ia , o numero de vezes que alguém s o rri ou cumprimenta pessoas, o numero de vezes que uma cria n ça faz bi_r ras no d ia , ou que um paciente h o sp ita liz ad o se queixa, podem ser exem­ plos de classes de respostas em que se e n fa tiz a a freqdencia de ocorrer^ c ia da c la sse ( l e r , s o r r i r , fa z e r b ir r a s , qu eix ar-se). PoderTamos contin uar esta a n a lis e descobrindo outras dimensões de cla sse s de respostas. De c e rta forma e la s são, ain da, um problema em aberto. No momento in te re s s a , ain da, mais alguns problemas que estão re 1acionados a e la s . C. In te ra çã o entre dimensões das cla sse s de respostas e a escolha de unidades de c la sse s de respostas. 0 prim eiro desses problemas e que as dimensões de uma c la sse de respostas não acontecem is o la d a s . E raro (ou é a r t i f i c i a l ) que o que es t e ja em jogo se ja apenas uma dimensão de uma c la sse de respostas. A se­ paração nos e u t i l para e s p e c ific a r ou manipular uma c la s s e mas estas dj_ mensões não correspondem a propriedades "puras" (ou " n a tu r a is ") dasclas^ ses de resp ostas. Uma c la sse pode envo lver duas ou mais dessas dimen - soes (Po r exemplo, podemos e s ta r interessados na freqtiência de ocorrên­ c ia de uma determinada f orca de uma c la sse de respostas com determinada latjn&Lâ)0 segundo problema e a d e fin iç ã o do que se ja a unidade de uma c la sse de resp ostas. Quando estamos falando de uma cla sse ou de uma res posta e s p e c ific a ? Uma dimensão pode d e f in ir uma c la s s e ? V arias dimen - soes (ou propriedades) definem uma c la s s e ? fts vezes encontramos na l i t e ra tu ra o e fe it o obtido por qualquer tip o de resposta definindo uma clas^ se (Staddon, 1967). Is to nos parece não se r adequado porque o e fe ito ob tid o jã se re fe re ã re la çã o entre dimensões de uma c la sse de respostas e propriedades de uma c la s s e de estím ulos. , Por exemplo, "lim p a r um o b jeto " ê mais que uma c la s s e de res postas; o verbo re fe re também c la sse s de estím ulos (manchas, s u je ir a c h e i r o . . . ) que se alteram (mudam de aspecto devido ã apresentação c la s s e de re sp o sta s). 0 que d e fin e a açãò "lim p a r" é a a lte ra ç ã o de 138 , d a um conjunto de c a ra c te rT s tic a s de um objeto (s u je ir a ) para o u lr onjunto ■ (lim peza) através de determinados padrões de resposta (alguns serão,-.inú­ te is ou irre le v a n te s para obter este re s u lta d o ). £ p o s s ív e l, no entanto, separar o que diz re sp e ito ao ambiente, o que diz respeito.á relação entre respostas e ambiente e o que diz re sp e ito a cla sse de respostas apenas. Al em d is to , certas cla sse s de respostas nao apenas envolvemres^ postas a lte r n a tiv a s para obter um determinado e fe it o mas,as vezes, c adeias de respostas, onde apenas algumas são a lt e r n a t iv a s . Da maneira .c£ mo Baer e B ijo u (1978, p.20) definem c la s s e de respostas d ific ilm e n te se d istin g u e se uma expressão re fe re uma c la s s e , uma ou mais cadeias de re£ postas e se re fe re um operante. Os autores entendem que c la sse de res postas s ig n if ic a todas as variad as formas de resposta que tem o mesmo efeito. D. Propriedades (ou dimensões) das cla sse s de estím ulos. Para se fa z e r esta separação e necessário te r c la ro que o ambi^ ente não e em s i um todo homogeneo. Skinner (1974a) diz que o termo est£ mulo i usado para designar os aspectos do ambiente que estão re la cio n a dos a uma determinada resposta. Os aspectos que não influenciam a c la s ­ se de respostas não podem ser considerados estím ulos em re la çã o a esta cla sse de respostas. Os “ aspectos" do ambiente também se apresentam sob a forma classes de estím ulos, cada uma com propriedades (ou dimensões) que de a s - caracterizam (B ijo u e Baer, 1978, pp. 22-29). Que cla sse s e que pro prie dades seriam e stas? ; Descobrir que aspecto do ambiente esta relacionado com que as­ pecto da ação de um organismo e exatamente uma das ta re fa s de que se ocupa a A nalise Experimental do Comportamento. A m u ltip lic id a d e de propriedades dos eventos ambientais que p£ dem se re la c io n a r com d e fin id as propriedades (ou dimensões) das classes de respostas e i n f i n i t a . Como ilu s tra ç ã o consideraremos alguns aspectos de partes do am biente que podem te r relação funcional com cla sse s de respostas. 139 ^Poderiamos t e r p e s s la s , p a rte s de pessoas, c o is a s , o b je to s , par tes de c o is a s ou de o b je to s , c a r a c t e r ís t ic a s de pessoas ou de seus com­ portam entos, ações de pessoas, fa to s ou e ve n to s, e t c . , como " s itu a ç õ e s ” com propriedades que afetassem a "c la s s e de r e s p o s t a s " .. . No caso t e r r a mos c la s s e s de estím u lo s afetando c la s s e s de resp o stas de um organismo. T alvez in te r e s s e d e ta lh a r a abrangência dessas c la s s e s sempre que se qui_ s e r o b te r propriedades mais e s p e c if ic a s do ambiente e que podem e s ta r em re la ç ã o com uma re s p o s ta . Cada uma das c la s s e s d e s c r it a s acima pode v a r i a r em alguns a s ­ pectos e , as ve z e s , so um aspecto (ou c o n ju n to ) e sta re i acionado as pro­ priedades da resp o sta em jo g o . F re q d e n c ia , in te n s id a d e , p o siç ã o , nho, d is t a n c ia , form a, c o r , e t c . . . , tama­ são exemplos de alguns aspectos (ou dimensões) em jo g o . Al em d is t o , cada aspecto pode v a r i a r ao longo de m ú ltip lo s v a ­ lo re s que pode assu m ir. Nem sempre todos os v a lo re s de um aspecto ( o u dimensão) estão re la c io n a d o s a pro pried ad e da c la s s e de resp o stas examj_ nada. É mais comum apenas uma f a ix a dessas dimensões (ou mernno um v a lo r d is c r e t o ) e s ta r em jo g o . Os g ra d ie n te s de g e n e ra liz a ç ã o obtidos em labo r a t õ r io são um exemplo dessas p o s s ib ilid a d e s onde os v a lo re s de uma d i ­ mensão de ama c la s s e de e stím u lo s controlam d ife ren tem en te as c la s s e s de resp o stas de um organismo. C la s s e s , aspectos (ou dimensões) e v a lo re s de estím u lo s não são "p a rte s do am biente" e s t á t ic o s . Ãs vezes o que pode e s t a r re la c io n a d o com umac la s s e de resp o stas e exatamente a "mudança" são ou v a lo r de da c la s s e , dimen - e stím u lo s. Por exemplo, a mudança de fre q ü ê n cia nos ba­ tim entos ca rd ía co s de um c li e n t e pode s e r o aspecto c r í t i c o (da c la s s e de estím u los fre a íie n c ia de batim ento s) re la cio n a d o a uma c la s s e de r e s ­ postas de um c ir u r g iã o . Ou, e n tão , pode s e r c r í t i c a c la s s e de estím u los Outras ta s ê a (p a ra r um barulho a e lim in a çã o de uma , por exemplo). vezes o que e s ta re la c io n a d o com uma c la s s e de respos re la ç ã o e n tre duas c la s s e s de e s tím u lo s . Por exemplo, - quando a proporção e n tre pressão e tem peratura f o r de uma determ inada ordem ,e ne^ C e s s a rio a c io n a r um conju nto de comandos de um ap arelh o ate o b ter 140 uma proporção d e fin id a e n tre os in d ic a d o re s de pressão e te m p era tu ra’. : ■' Jludança e proporção são exemplos de aspectos que indiram r e l a ­ ção e n tre propriedades (e mesmo dimensões) dos e stím u lo s. São aspectos dinâmicos (estão em co n stan te mudança) que tem (ou podem t e r ) uma r e l a ­ ção c r i t i c a com a c la s s e de re s p o s ta s . Ainda e p o ssíve l se t e r o u tras pro priedades das c la s s e s de e s ­ tím ulos envolvid os na re la ç ã o com uma c la s s e de re s p o s ta s . "Q u a is ?" e exatamente o que a pesquisa experim ental pode dem onstrar ou d e s c o b rir . 0 trabalho-de Michael (1979) sobre magnitude do re fo rç o e e f e it o de ini_ bição do reforçam ento e um exemplo d is t o . E. Propriedades das r e l a ções e n tr e c la s s e s de e stím u lo s e c la s s e s de r e s postas . Não so ?s c la s s e s de resp o stas e as c la s s e s de estím u lo s tem propriedades c r í t i c a s como também as c la s s e s de re la ç õ e s e n tre e la s as tem. a. Relações en tre c l a sses de resp o stas e c la s s e s de estím u lo s antecedentes. A re la ç ã o en tre uma c la s s e de estím u lo s antecedentes e uma / c la s s e de respostas pode se r a b s o lu ta , ou s e ja , se não e x i s t i r aquela e s p e c ífic a propriedade do e s tím u lo , a c la s s e de resp o stas em jogo não a c o n te c e ra . Ê o que poderiamos chamar de "a c la s s e de e stím u lo s s e r uma condição n e c e s sá ria para a o c o rrê n c ia da r e s p o s ta ". Ou, também, quando a propriedade do estím u lo e x i s t i r somente uma c la s s e e s p e c íf ic a de r e s ­ posta o co rre ra (P o r exemplo: luz no olho produz r e fle x o p u p ila r mas nao re fle x o p a t e la r ) , Se uma porta não e s t i v e r fechada nao se poderá que alguém a ab ra. A b rir a porta tem como condição n e c e s s á ria d iz e r que e la e s te ja fech ad a. A r e la ç ã o , porém, pode se r apenas de " f a c i l i t a ç ã o " , is t o e , c la s s e de estím u los a u x i li a a (aumenta a p ro b a b ilid a d e de) a c la s s e de re£ postas o c o r r e r , mas não é uma condição n e c e s s á ria . A c la s s e de respos ta s pode o c o rre r sem a e x is tê n c ia desta c la s s e de estím u lo s. E , também,a c la s s e de estím u lo s pode o c o rre r sem que se ja seguida por qualquer r e s ­ posta e s p e c íf ic a . A c la s s e de e s tím u lo s , nesse caso , e apenas uma çondi_ ção f a c i 1it a d o r a . 141 Pára a c la sse de respostas "banhar uma c r ia n ç a ", as cla sse s de estím u los"ag u a", "c ria n ç a " ou "p artes do corpo da c r ia n ç a " são condi -CÕ.e$ n ecessãrias " para a o corrência desta c la sse de respostas. Hã, porem, "condições f a c ilit a d o r a s " que aumentam a p r o b a b ili­ dade de o corrência da c la sse mas não estão re la cio n a d a s, necessariamen­ te , a e la s . No exemplo acima, uma "ordem", "in s tru ç ã o " ou "pedido" d e uma outra pessoa podem se r condições deste tip o . Ha, entre estas duas p o s s ib ilid a d e s , ou iras in te rm e d ia ria s . ’Si_ tuações em qqe o custo da resposta e a lt o so com as condições necessa r i a s , ta lv e z fossem n ecessãrias condições " a u x i li a r e s " , no sentido d e f a c i l i t a r somente o que in te re ssa para aumentar a probabilidade de ocor ré n cia da c la s s e de respostas em foco. b. Relações e n tre cla sse s de respostas e estím ulos consequentes. Uma a n a lis e semelhante pode s e r 'f e i t a para as relaçõ es e n tre c la sse s de respostas e cla sse s de estím ulos conseqdentes. Algumas vezes podemos te r classe s de estím ulos conseqdentes que necessariam ente se seguem ã c la sse de respo stas. São o que poderiamos chamar de e fe ito s da c la s s e de respostas sobre o ambiente. Esses e fe ito s podem se r imediatos ou não em re la çã o a c la s s e de respostas que os pro­ duz. Os prazos de demora podem v a r ia r , bem como a sua id e n tific a ç ã o como e fe ito s da c la sse de respostas pelo organismo que apresenta a c la s s e de respostas que os produz. Ks vezes, porém, os estím ulos apenas "se seguem" as respostas no sentido de acontecerem logo em seguida mas não serem produzidos ne­ cessariam ente pela c la s s e de respostas que os antecedeu. As seqdencias deste tip o podem se r a c id e n ta is {ocorrerem uma vez ou outra sem re la çã o de cau sa-e-eféito com a re s p o s ta ), o casio n ais (no sentido de acontece rem com alguma freqflencfa em seguida a c la s s e de resp o stas) ou a r t i f i c i ­ a i s. (no sentido de serem criad o s por alguém como conseqdencia para a c la sse de respostas e não e x istire m n ecessária e naturalmente - sem in ­ te r fe r ê n c ia a r t i f i c i a l - como e f e it o da resposta do organismo). 142 “ Seguir-se a 11, neste sentido e d ife re n te de "produzido por1*; Na verdade, d escritivam en te, sõ se pode f a l a r de seqdencias no tesnpo. Con­ sequência no sentido de "produzido por" sõ se pode id e n t if ic a r através de v e r ific a ç ã o experim ental. c. Relações en tre c la sse s de estím ulos conseqflentes e cla sse s ' de respostas que os antecedem. Um te r c e ir o aspecto a co nsid erar nas pro priedades das relações entre c la sse s e estím ulos e classes de respostas são as que existem entre as c la sse s de estím ulos que se sequem (por i s ­ to ta lve z fosse melhor chamã-los de subseqdentes e não conseqílentes) a classe de respostas e esta p rõ pria c la s s e de respostas apõs a ocorren c ia dos estímulos subsequentes ã apresentação desta c la s s e . É o que corresponderia ã relação esquematizada no Quadro 28. L ___ ___ ______________________________ ____________ J Quadro 28. Esquematizaçao de uma das relaçõ es e x isten tes entre propriedades de classes de e£ tTmulos subseqíJentes (S 5) e propriedades d e classes de respostas antecedentes (R ) a e le s . Conforme as c a r a c t e r ís t ic a s do que acontecer com a c la sse d e respostas poder-se-ã te r d ife re n te s tip o s de re la çõ e s. A cla sse de estím ulos subsequente sendo e f e i t o , pode aumen - t a r , dim inuir ou não a fe ta r a pro babilidade de ocorrência da resposta . E conforme forem estas re la ç õ e s , poderemos te r um reforçamento ( p o s i t i ­ vo ou negativo conforme a c la s s e de respostas produzir ou remover uma cla sse de estímulos do am biente), punição (também p o s itiv a ou n egativa) ou nenhuma contingência de reforçamento id e n t if ic á v e l em curso. Nes^e ultimo caso, pode-se, simplesmente, observar que a c la s ­ se de estTmulos conseqdentes não tem propriedades que a tornariam re fo r 143 çadora para'a c la sse de respostas na situ ação ein jogo (estím ulos antece­ dentes) embora seja produzida pela c la s s e de respostas. Pode ser p o ssí­ vel faz e r a c la sse de estím ulos conseqilentes a d q u irir estas proprieda des através de condicionamento. £ o que acontece no ensino quando se faz com que certo s eventos in icia lm e n te n te sem propriedades de c o n tro le so­ bre as respostas, passem a se r c la sse s de eventos reforçadores de c ia s ses de respostas. Pode se r também que a c la s s e de estím ulos conseqdentes (porque sao e fe it o s ) tenha propriedades refo rçadoras mas que, momentaneamente , não tenham açao (por exemplo, nos casos de saci ação ha um n ív e l em que, mesmo com propriedades re fo rç a d o ra s , uma c la sse de estím ulos perde o va_ . lo r refo rçad o r por algum tempo) sobre a c la s s e de respostas que os pro­ duziu. Is to poderia se r a lte ra d o por privação dc organismo, durante a l ­ gum tempo, daquela c la sse de estím ulos. Mas a c la s s e de estím ulos subseqüente pode rm.o_ser um e f e it o da c la sse de respostas embora a siga ocasional ou acidentalm ente. Novamen­ t e , podemos te r diversos e fe ito s sobre a c la sse de respostas anteceden­ te s . Pode haver um aumento na freq íien cia de ocorrência da c la s s e de re^s p o stas, pode haver uma dim inuição ou nenhuma a lte ra ç ã o . Se houvesse a l ­ te ra ç ã o , térlamos uma re la çã o de in te rm ite n c ia , nos dois casos ilustran^ do um comportamento s u p e rs tic io s o . Qualquer tip o de subseqílencia aciden_ ta l (p o s itiv a ou n egativa de c la sse s de estím ulos aversivo s ou agrada - v e is ) poderia in s t a la r comportamento s u p e rs tic io s o . Bijo u e Baer (1978, pp. 21-29) discutem o problema dos "estím ulos sem função" para as res postas dos organismos, de c e rta forma, ampliando o que se d iscu te aqui. As relações e n tre a c la s s e de estím ulos subseqdentes a uma c ia s se de respostas em re la çã o ã o co rrência desta c la sse ainda podem s e r examinados,para o caso de a r t if i c ia li d a d e na produção dos estím ulos sub seqflentes, da mesma maneira. 0 problema mais re le van te em relação a is to e se a a r t if i c ia li d a d e vai ser mantida ou se tem uma duração temporária em re la çã o ao organismo cujo comportamento esta em foco. Se vai ser m antida, houve uma a lte ra ç ã o no ambiente e o ‘' a r t i ­ f i c i a l " , sendo permanente, nao c r ia outros problemas para as contingênci 144 as de reforçam ento que passarão a e x i s t i r . Ê o caso tT p ic o de ograma- ção e co n stru ção de am bientes para o comportamento humano - p o r exemplo, sempre que um operador c o lo c a r um c a rtã o com dados não programados'em um computador, o c a rtã o sera d e v o lv id o . Se a a r t i f i c i a l i d a d e , porem, não v a i s e r m antid a, podemos d iz e r que o comportamento também "d e ix a ra de e x i s t i r " quando a a r t i f i c i a l i d a ­ de d e ix a r de o c o r r e r . £ a p a re c e , o caso tT p ic o das s itu a ç õ e s que depen­ dem da presença de uma pessoa (p u n iç ã o , e x ig ê n c ia s e s c o la r e s ) s e n ta r as "c o n se q ílê n c ia s" mas que so e x is t e c e r t a forma o que K e lle r para apre "numa dada s it u a ç ã o " . (1972) d e s c r e v ia com seu a r t ig o "Good-bye D e tea - oher" i l u s t r a i s t o , alêm da au sê n cia de refo rçam ento p o s it iv o na e s c o la . As conseqdencias ao comportamento na e s c o la , alem de a v e r s iv a s (c a ra c t£ rizan d o punição aos inadequados) ainda deixam de e x i s t i r quando o aluno se af a s t a da s itu a ç ã o e s c o la r . Resumindo o que f o i co n sid erad o a te a g o ra , poderiamos d iz e r que os c o n c e ito s em jogo nas perguntas do Quadro 15 se sobrepõem uns aos ou_ tro s tendo p a rte s comuns e n tre s i . Se houver a te n ç ã o , en fase ou d e f i n i ­ ção sobre as p ro pried ad es que e ste s c o n c e ito s têm em comum não se insta_ Ia r a d is c rim in a ç ã o , enquanto que se realçarm o s o que c a r a c t e r iz a cada um d ife re n c ia n d o - o dos dem ais, s e rã mais p ro vá vel uma d is c rim in a ç ã o e n tre e le s . Esses c o n c e ito s sao , de c e r ta form a, p te - r e q u is ito s fundamen t a is para se poder tr a b a lh a r com o b je tiv o s comportamentais no e n sin o . É im po rtan te p e rceb er que a re sp o sta (c la s s e s ou dimensões de re sp o sta s ) ê um componente do comportamento entendido como r e la ç ã o e n tre o que o o_r ganismo fa z (c la s s e s de re s p o s ta s ) e o ambiente em que o f a z . Sem percepção ta lv e z não se co n sig a d e s c re v e r adequadamente o b je tiv o s e s ta com­ portam en tais no en sin o . A percepção também deve e n v o lv e r os d if e r e n t e s tip o s de r e la ções que podem e x i s t i r ent^e a a t iv id a d e do organismo e o am biente que r e a liz a e sta a t iv id a d e . e m I d e n t i f i c a r e nomear adequadamente e sta s re 1ações e uma-condição im portan te para propor adequadamente'os o b je tiv o s de ensino em termos com portam entais. 145 Sem d u v id a , e p r e - r e q u is ito in d is p e n s á v e l dimensões das c la s s e s de re s p o s ta s , de e stím u lo s l i d a r com d ife r e n te s e de re la ç õ e s e n tre e le s . Cada uma pode t e r ^m plicações s e r ia s para quem se propõe l i d a r com o b je tiv o s de ensino sob a forma de comportamentos dos organism os. F. A m plitude, vaq u id ad e, p re c is ã o e e s p e c if ic id a d e dos termos u sa­ dos para d e s c re v e r c la s s e s de re sp o stas e c la s s e s de e s tím u lo s . Em re la ç ã o as perguntas do Quadro 15, ainda hã d o is pontos a coii s id e r a r . 0 p rim e iro d e le s e que a linguagem que usamos pode se r mais abrangeni te ou menos abrangente conforme o uni verso de eventos que queremos i ncl ui r na. q u ilo que fa la m o s. As p a la v ra s podem r e f e r i r um u n iv e rs o r e s t r i to de fa t o s co mo podem r e f e r i r um u n iv e rs o amplo d e le s . Os termos que empregamos para r e f e ­ r i r ações de pessoas ou para r e f e r i r aspectos do ambiente podem t e r qu alq uer dessas c a r a c t e r í s t i c a s . As vezes se quer exatamente i n c l u i r um grande numero de even tos e , por i s t o , se usam termos amplos. As vezes se quer r e f e r i r apenas um pequeno numero-dei es e para i s t o , se usam termos mais e s p e c íf ic o s . A a m p litu d e , quanto m a io r, mais to rn a — ou c o r r e o r is c o de to r n a r — a s expressões vagas ou ambíguas porque incluem um maior numero de e ve n to s. Quando se tem c la s s e s mais amplas de eventos reunidos em um te_r mo, r e s t r in q í- lo s im p lic a em d e s c a r a c t e r iz a r a am plitude que e le s tem . Se o que se quer d iz e r exatamente e amplo, r e s t r i n g i r , apenas para uma id e ia c o n c re ta , nao e uma medida adequada. do que se quer ab ran g er. dar Is t o im p lic a em p re c is ã o Para d iz e r com p re c is ã o qual a am plitude dos fenômenos aos qu ais se r e fe r e uma p a la v ra e la p re c is a abranger e s ta am­ p lit u d e , se não e la te r a apenas a lte r a d o o que se q u e r ia . D iz e r com p re ­ c is ã o o que se quer e d if e r e n t e de e s p e c if ic a r cada c o is a c o n tid a expressões v e rb a is que descrevem o que se qu er. nas Esta e apenas uma manei_ ra de o p e r a c io n a liz a r ( i s t o e , to r n a r v e r i f i c á v e l por o u tra pessoa) o •que se f a l o u , Os termos que usamos para r e f e r i r c la s s e s de eventos am bienta­ is (c la s s e s de e s tím u lo s , c la s s e s de p ro pried ad es de e s tím u lo s , p ro p ri£ dades de c la s s e s de e s t í m u lo s . . . ) ou c la s s e s de ações de um organismo 146 (re s p o s ta s , c la sse s de re sp o sta s, propriedades de uma classe t a s , e t c . ) podem se r rnais ou menos amplos de acordo com o que abranger d Respos­ ".risermos em uma determinada e x p lic it a ç ã o . 0 uso de termos abrangentes não quer d iz e r que, necessariam en­ t e , o que se diz e ambTguo ou vago. Urna expressão pode . se r ampla e d i­ zer exatamente a am plitude que abrange sendo p re c is a embora ampl a . A es_ p e c if ic a ç io maior ( f a l a r das p a rte s do amplo) não, n ecessariam en te, sic[ n i f i c a d e ix ar de se r vago. Todos estes termos são dependentes da " r e la ç ã o " que tem com ( s ) o b je to (s ) a que se r e fe re (m ). o Se ind icarem a am plitude de eventos a que se referem e le s são p re c is o s mesmo que incluam uma grande am plitude desses eventos. Neste se n tid o e que nao se pode i d e n t i f i c a r , sim plesm ente, am­ p litu d e com vaguida.de, nem p re c isã o com e s p e c if ic id a d e . No contexto de o b je tiv o s de ensino podemos, por exemplo, r e r que um aluno se ja capaz de "e s c re v e r todo e q u alq uer tip o de que­ c a rta com ercial de acordo com as normas de co rrespo n dência c o m e rc ia l". Este e uin exemplo de uma expressão designando uma am plitude b astan te grande de ações do aluno. Alguém poderia e s p e c if ic a r e s ta expressão da seguintema_ n e ir a : "e s c re v e r c a rta s para empresas s o lic it a n d o m ercadorias de acordo com as normas da correspondência com ercial para pedidos de m e rcad o ria s". No exemplo, re sl;rin g iu - se a expressão a n t e r io r a um aspec t o , mas não se preciso u o aue se q u e r ia . A e s p e c ific a ç ã o d e v e r ia , no ca so , g a r a n tir to ­ dos os tip e s de c a rta s in c lu i dos na expressão o ri gi nal pa ra de i xã-1 a pre c is a de maneira c o rre ta . Pode-se f a l a r em d ife r e n te s am plitudes e s e r ou não vago depe_n dendo do que se quer d e s c re v e r. Os re fe re n te s para o que se d iz podem va^ r i a r em numero, asp ecto s, e tc . No exame dos quadros r e fe re n te s a d e sc riç õ e s de p artes dos ob­ j e t i v o s , e ste problema serã considerado novamente. 147 Sem d ú vid a , e p re - r e q u is ito in d isp e n sá ve l dimensões das c la s s e s de re s p o s ta s , de estím u lo s l i d a r com d ife r e n te s e de re la ç õ e s e n tre e le s . Cada uma pode t e r *m plicaçoe$ s e r ia s para quem se propõe l i d a r com o b je tiv o s de ensino sob a forma de comportamentos dos organism os. F. A m plitude, vao u id ad e, p re c isã o e e s p e c ific id a d e dos termos usa­ dos para d e s c re v e r c la s s e s de resp o stas e c la s s e s de e s tím u lo s . Em re la ç a o ás perguntas do Quadro 15, ainda ha d o is pontos a c a n s id e r a r . 0 prim ei ro dei es e que a 1i nguagem que usamos pode s e r mai s abrangen te ou menos abrangente conforme o u n iverso de eventos que queremos i n c l u i r na_ q u ilo que falam os. As p a la v ra s podem r e f e r i r um u n iv e rso r e s t r i to de fa to s co mo podem r e f e r i r um u n ive rso amplo d e le s . Os termos que empregamos para r e f e ­ r i r ações de pessoas ou para r e f e r i r aspectos do ambiente podem t e r qualq uer dessas c a r a c t e r í s t i c a s . As vezes se quer exatamente i n c l u i r um grande numero de even tos e , por i s t o , se usam termos amplos. As vezes se quer r e f e r i r apenas um pequeno número d e le s e para i s t o , se usam termos mais e s p e c íf ic o s . A am p litu d e , quanto m a io r, mais to rn a — ou c o rre o r is c o de to rn a r as expressões vagas ou ambíguas porque incluem um maior número de even to s. Quando se tem c la s s e s mais amplas de eventos reunidos em um t e r mo, r e s t r in q í- lo s im p lic a em d e s c a r a c te r iz a r a am plitude que e le s têm . Se o que se quer d iz e r exatamente e amplo, r e s t r i n g i r , apenas para uma id é ia c o n c re ta , não e uma medida adequada. do que se quer ab ran g er. dar Is t o im p lic a em p re c is ã o Para d iz e r com p re c is ã o qual a am plitude dos fenômenos aos qu ais se r e fe r e uma p a la v ra e la p re c is a abranger e sta am­ p litu d e , se não e la te r a apenas a lte ra d o o que se q u e r ia . D iz e r com p re­ c is ã o o que se quer e d if e r e n t e de e s p e c if ic a r cada c o is a co n tid a expressões v e rb a is que descrevem o que se quer. nas Esta e apenas uma manei_ ra de o p e r a c io n a liz a r ( i s t o e , to rn a r v e r i f i c á v e l por o u tra pessoa) o que se f a l o u , Os termos que usamos para r e f e r i r c la s s e s de eventos am bienta­ is (c la s s e s de e s tím u lo s , c la s s e s de propriedades de e s tím u lo s , proprie^ dades dê c la s s e s de e s t í m u lo s . . . ) ou c la s s e s de ações de um organismo 146 (r e s p o s ta s , c la s s e s de r e s p o s ta s , p ro p ried ad es de uma cla sse ta s , e tc .) abranger podem se r mais ou menos amplos de acordo com o que d espos".risermos em uma determ inada e x p lic it a ç ã o . 0 uso de termos abrangentes não quer d iz e r que, n ecessariam en ­ t e , o que se diz e ambfguo ou vago. Uma exp ressão p o d e .se r ampla e d i- zer exatamente a am plitud e que abrange sendo p r e c is a embora am pla. A es_ p e c if ic a ç ã o m aior ( f a l a r das p a rte s do amplo) não, n e c e s sa ria m e n te , s i £ n i f i c a d e ix a r de s e r vago. Todos e stes termos são dependentes da " r e la ç ã o " que têm com ( s ) o b je t o (s ) a que se r e fe r e (m ). o Se in d icare m a am plitud e de even to s a que se referem e le s são p re c is o s mesmo que incluam uma grande am plitud e desses e ve n to s. Neste s e n tid o e que não se pode i d e n t i f i c a r , sim plesm ente, am­ p litu d e com vag uidade, nem p re c is ã o com e s p e c if ic id a d e . No con tex to de o b je t iv o s de en sin o podemos, por exemplo, r e r que um aluno s e ja capaz de " e s c r e v e r todo e q u a lq u e r tip o de que­ c a r ta co m ercial de acordo com as normas de co rre s p o n d ê n c ia c o m e r c ia l". E s te e um exemplo de uma expressão desiynand o uma am plitud e b a sta n te grande de ações do a lu n o . Alguém p o d e ria e s p e c i f i c a r e s ta exp ressão da s e g u in te ma n e ir a : "e s c re v e r c a r ta s para empresas s o lic it a n d o m ercadorias de acordo com as normas da c o rre s p o n d ê n c ia co m e rcia l para pedidos de m e rc a d o ria s ". No exemplo, r e s t r i ng i u -se a expressão a n t e r io r a um a s p e c to., mas não se p re c iso u o oue se q u e r ia . A e s p e c if ic a ç ã o d e v e r ia , no c a s o , g a r a n t ir to ­ dos os tip e s de c a r tas i n c 1uid os na exp ressão o r ig in a l para deixa-1 a pr£ c is a de m aneira c o r r e t a . Pode-se f a l a r em d if e r e n t e s am p litu d es e s e r ou não vago depen dendo do que se quer d e s c r e v e r . Os r e fe r e n te s para o que se d iz podem v_a r i a r eni numero , aspec tos , e t c . No exame dos quadros r e fe r e n t e s a d e s c riç õ e s de p a rte s dos ob­ je t iv o s , e s te problema se rã co n sid era d o novamente. 147 G. .Referen tes de verbos de ação. Os verbos que se usam em português podem r e f e r i r estado ou ação de um organismo. Para e ste . contexto — d e scre ve r as c la s s e s de respos^ tas de um organismo — interessam apenas os verbos que referem ações de um organismo. Os verbos de ação» porem, também e x p lic ita m mais do que apenas o que o organismo fa z . As vezes e le s referem uma re la ç ã o com o am biente. G ron lu nd(1975, Apêndice B ) ap resen ta uma l i s t a de verbos onde podemos en_ c o n tra r ên fase nos d ife r e n te s tip o s de re la çõ e s do que o organismo faz com o ambiente em que o fa z (v e r Quadros 24 e 25) ou nas c a r a c te r ís ti­ cas das ações (c la s s e s de re s p o s ta s ). Os verbos i n f e r i r , c o n c lu ir , ded uzir não dizem propriam ente o que o organismo faz (e s c r e v e r , d iz e r , f a l a r . . . ) mas enfatizam uma r e l a ­ ção do t ip o —->R. I n f e r i r e d iz e r (fa la n d o , e s c r e v e n d o ,..) algo r e l a ­ cionado com aspectos d e fin id o s do am biente. 0 mesmo se pode a n a lis a r em re la ç ã o aos verbos c o n c lu ir e d ed u z ir. Se examinarmos os verbos d iz e r , f a l a r , m archar, c o r r e r , s a lt a r veremos que e le s referem ccm maior enfase as c a r a c t e r ís t ic a s da c la s s e de resposta-s do organismo. Quase não precisamos de aspectos do ambiente para entender ou v is u a li z a r o que se quer d iz e r. Ha, também, verbos cu ja ênfase parece e s ta r ria re i ação das ações do organismo com a c la s s e de eventos conseqdentes (e não apenas subse - qü entes) a e la s : fe c h a r , lim p a r, l a v a r , a b o to ar, e n r o la r , e t c . 0 asp ec­ to mais im portante e , exatam ente, o re s u lta d o cie uma s é r ie de ações do organismo sobre o am biente. Se alguém q u is e r d iz e r o que um organismo fa z para co n seg u ir abotoar um casa co , devera d e s c re v e r os tip o s de movi_ mentos, p re ssõ e s, e t c , que uma pessoa faz para ob te r t a l e f e it o (casaco ab o to ad o ). É c la r o que nem sempre precisamos dessas e s p e c if ic a ç õ e s . Ha,no entanto., s itu a ç õ e s em que e u t i l E ste problema sera mais não se co n fu n d ir estes asp e cto s. extensamente examinado na d iscu ssã o de o u tra s observações f e i t a s com os p a r tic ip a n te s d e ste tra b a lh o . 148 Um ou tro aspecto a c o n s id e ra r em re la ç ã o aos " v e r b .r que também podem r e f e r i r ações (ou r e la ç õ e s ) sim ples dades p e r c e p t ív e is ) ou c o n ju n to s. ação"e (no s e n t iio de u n i­ Por exemplo,, a b r a ç a r , a p o n ta r, e tc .o u c o n s t r u ir , e x p re s s a r, fa z e r pantom inas, c a l c u l a r , fa z e r g r á f ic o s , e t c . No caso de verbos que referem conjuntos (envolvem v a r ia s o u tras ações de um organism o) ain d a podemos e n c o n tra r verbos r e fe r in d o v a r ia s ações em s e g d in c ia (por exem plo,fazer g r á f ic o s e n vo lve v a r ia s e ta p a s : m edir, r i s c a r , nomear, e t c . ) ou re fe r in d o v a r ia s ações P o s s ív e is - a l t e r n a t i vas ou nao - sem e n v o lv e r v a r ia s etapas p la n e ja r , m a n o b ra r...) - (p o r exemplo; c a l c u l a r , comover, (Gronlund 1975, Apendice B ). Todos e s te s asp ecto s consid erados ate agora nos parecem e n v o l­ vidos no que chamamos de Mp r e - r e q u is it o s u para a d e s c riç ã o de o b je tiv o s comportamentais no e n sin o . £ c la r o que ate agora não se respondeu as perguntas do Quadro 15, nem se descreveu q u ais os comportamentos correspondentes a p r e - r e q u is it o s . Voltarem os a e sta a n a lis e depois de c o n s id e ra m o s e ste s ou - tro s aspectos e n vo lvid o s nas demais observações f e i t a s n este tr a b a lh o . 0 in t e r e s s e , porem, e o de e x p l i c i t a r o que e sta em jogo a o aprender a 'u s a r o b je tiv o s de ensino de forma a d e s c re v e r todos os com portamentos e n vo lvid o s nessa aprendizagem. I d e n t i f i c a r q u a is , p re c is a - mente, são os re fe re n te s dos chamados verbos de ação e uma cond ição p_a ra se r e a liz a r e sta s d e s c riç õ e s de m aneira e f i c i e n t e . 2. CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 0 Quadro 15 ap re sen ta questões re la c io n a d a s a e n s in o , a p re n d i­ zagem e o b je tiv o s com portam entais. São expressões encontradas no prõ p rio m a te ria l que os p a r tic ip a n te s , usaram. Também são expressões seguidam ente, aparecem em c r í t i c a s - que , ao uso de o b je tiv o s comportamentais no e n sin o . Por exemplo: o b je tiv o s comportamentais são apenas um aspecto do processo ensino-aprendizagem , os o b je tiv o s não abrangem tudo o que d iz re s p e ito ao e n sin o , os o b je t iv o s comportamentais lidam apenas com a a- prendizagem de c o isa s t r i v i a i s (v e r Quadro 23). 149 0 que nos parece importante d is c u t ir é exatamente no que a An£ l i s e do Comportamento tem a c o n tr ib u ir - especificam ente - para a re s ­ posta a essas tre s perguntas, Não nos parece importante o fe re c e r concej^ to s , d is c u t ir d e fin içõ e s ou debater a " f ilo s o f ia subjacente" a cada co_n cepção de ensino ou de aprendizagem. A maneira de responder a essas ques_ toes é que nos parece ser o problema re le v a n te . A A n alise do Comportamen to pode c o n trib u ir em relação a isso ? De que forma? 0 prim eiro aspecto importante é que as expressões "e n sin a r" "aprender" são dois verbos que se referem ao que faz um pro fesso r e e ao que acontece com um aluno, como d e c o rrê n c ia . Nesse sentido nos parece ca^ b er, antes de qualquer outra p ro vid en cia, uma descrição do que co n siste "e n s in a r". Um segundo aspecto relacionado a "e n sin a r" e o tem o (um verbo de ação) r e f e r i r uma categ o ria de comportamentos do pro fesso r. nãodeixa de ser Ensinar uma a tiv id a d e humana e , portanto, p a ssível de a n a lis e . 0 te r c e ir o aspecto decorre dessa p o ssib ilid a d e de a n a lis e : co­ mo a n a lis a r esta categ o ria de comportamentos? Considerando os aspectos ja d iscu tid o s em relação ao Quadro 15, podemos le v a n ta r algumas perguntas que a u x ilia ria m a obter a a n a lise com portamental do e n sin a r. Se en sin ar e uma cate g o ria de comportamentos (e , po rtan to, uma relação com o ambiente) cabe perguntar: - Quais as cla sse s de estím ulos envolvidos? - Quais as cla sse s de respostas relacionadas a estes estím ulos? Podemos começar a a n a lis e considerando que o mais c r í t i c o na rja laçao com o ambiente e x p lic ita d a pela p alavra ensinar e o e fe ito do que o professor fa z . E o tip o de e fe ito que parece ser importante e a apren­ dizagem do aluno. Bushell (1973) no prim eiro c a p ítu lo de seu l i v r o aviov: A Little Book for Teachers Çlassroom Beh a n a lis a que muitas das expl icações pa^ r a o fracasso da aprendizagem são apenas explicações para o fracasso do ensino. 0 au tor e sclare ce que ninguém pode afirm ar que "ensinou mas 150 o aluno não aprendeu", En sin a r d e fin e - se por obter ap^endizag» ^ aluno e nao pela intenção (ou o b je tiv o ) do p ro fesso r ou por uma descv ição que e le faz em s a la de a u la . A re la çã o en tre o que o p ro fesso r faz do e a e f e t iv a aprendizagem do aluno e que se chama de e n sin a r. Se colocarmos em uma fig u r a o esquema dos componentes re lação f ic a r a mais c la ro o que e o "comportamento de e n s in a r" dessa (ve r Quadro 29). SITUAÇSO SUBSEQUENTE CLASSES DE RESPOSTAS ações aprendizagem do do aluno p ro fesso r ..................................... ............. . . . . n . i ^ n . r l e fe tiv a d a t.— ......... ............................................................................... .................— n— Quadro 29. Representação esquemãtica da re la ç ã o que d e fin e o ensino: que o p ro fesso r faz e responsável pela aprendizagem do aluno. o No Quadro 29, pode-se v e r uma representação esquemãtica do que d e fin i r i a a p a la vra e n sin a r. Ha, porem,a f a l t a de uma maior e x p lic it a ção do que ,s e ria "aprendizagem e f e t i v a " do aluno, Bushell (1973) e s c la ­ rece que fundamentalmente a a lte ra ç ã o do desempenho (mudança de compor­ tamento) do aluno e o que e vid e n cia aprendizagem. Nesse sentido ha ne cessidade de se d escrever ainda mais os componentes do e n s in a r, e x p lic ^ tando o que c a r a c te r iz a a aprendizagem. Também ha alguns aspectos que o p ro fesso r — ao " e n s i n a r " —" l e ­ va em co n ta" ou "com que toma c o n ta to ". E le s também se relacionam a s suas c la s s e s de respostas e precisam se r e x p lic ita d o s . No Quadro 30 encontramos um maior detalhamento da re la ç ã o en­ tr e o que o p ro fe sso r faz (c la s s e s de respostas do p ro fe sso r) e os efei^ tos que deveriam se r produzidos por esta c la s s e de re sp o stas. SÕ então poder-se-a d iz e r que ha ensino e f e t iv o . Um aspecto im portante a desta c a r e que as c a r a c t e r ís t ic a s das c la s s e s de respostas do p ro fe sso r não definem que e le ensinou. E c la r o que deve haver algumas c la s s e s de resp cstas que são melhores que outras para o b ter com mais e f ic a c ia o desem 151 COMPORTAMENTO SITUAÇffO ANTECEDENTE DE CLASSE DE RESPOSTAS DO PROFESSOR . o b je tiv o s de e n s i­ no d e fin id o s (d e s c riç ã o do de sempenho f i n a l do a p re n d iz ) . c a r a c t e r í s t i c a s dos ap ren d izes: - desempenho c ia l - in te re s s e s - e tc . ENSINAR SITUAÇSO SUBSEQUENTE . desempenho do apren d iz de acordo com o b je tiv o s C lasses de resp o stas in i­ do . outros desempenhos do aprendiz p ro fe sso r . m a te ria l e s i t u a ­ ções de ensino Quadro 30. D escriçã o dos componentes do comportamento de e n s in a r . No es_ quema do q u a d ro , somente se a re la ç ã o e n trç o componente "c la s s e s de re £ postas do p ro fe s s o r" fo r o responsável p ela o c o rrê n c ia do componente "s itu a ç ã o su b se q ílen te"» pode-se f a l a r que houve e n sin o . No Quadro tam­ bém e stã o e x p lic ita d o s alguns componentes da s itu a ç ã o (a n te c e d e n te ) com os qu ais o p ro fe s s o r "toma c o n ta to " quando ap resen ta as c la s s e s de r e s ­ postas e n v o lv id a s no " e n s in a r " . penho f in a l do ap rend iz sem, i n c lu s i v e , lh e s e r a v e r s iv o , d i f í c i l ou s a g ra d a v e l. Os procedimentos do p ro fe s s o r d e s c r ito s por K e l le r (1972) sao desse tip o de c la s s e s de re s p o s ta s . £ e v id e n te que ainda podemos des^ c o b r ir formas mais e f e t i v a s . 0 que demonstrara sua e f e t iv id a d e e a re la / ção fu n c io n a l e n tre p ro pried ad es d e fin id a s das c la s s e s de resp o stas do p ro fe s s o r com aspectos também d e fin id o s do que acontece com o ap re n d iz . Ainda poderiamos e s p e c if ic a r melhor os tr e s componentes do que chamamos de e n s in a r , acrescentando a s p e c to s , e s p e c ific a n d o mais os que j a estão no Quadro 30. Para os f in s dessa d is c u s s ã o , porém, b asta c a r a c t e r iz a r o que j ã fo i a té agora d e s c r it o . Em re la ç ã o ã aprendizagem podemos fa z e r uma a n a lis e semelhan t e . 0 foco de in t e r e s s e , porem/ e o comportamento do alu no e não o d o p ro fe s s o r. dos No Quadro 31 podemos o b servar uma d e s c riç ã o esquem ãtica componentes da c a te g o ria de comportamentos denominada "a p re n d e r". 0 qua152 dro ilustra o que nos parece essencial para a análise ccmpc . • vstal re lacionada as perguntas do Quadro 16. COMPORTAMENTO SITUAÇAO ANTECEDENTE DE APRENDER CLASSES ‘SES DE RESPOSTAS DO APRENDIZ si tuaçao-problema para o aprendiz desempenho inicial inadequado para^re sol ver a situação-" problema objetivos de ensi­ no material e situa ções de ensino SITUAÇAO SUBSEQUENTE desempenho do apren_ diz resolve a situa ção-problema origi­ nal classes de respostas do aprendiz conforme descrição nos objeti^ vos de ensino classes de respos­ tas do professor ^ Quadro 31. Descrição dos componentes do comportamento de aprender. N o esquema do quadro podemos dizer que houve aprendizagem somente se veri­ ficarmos a relação (mudança) do componente "SITUAÇAO ANTECEDENTE" para o^componente "SITUAÇAO SUBSEQUENTE". A evidencia da aprendizagem também nao e dada pelas características da classe de respostas do aluno, mas pela mudança no seu desempenho em relação a algum aspecto do seu ambien_ te. Corn os Quadro 29, 30 e 31, pode-se ter mais claro porque ha uma estreita ligação entre ensino e aprendizagem. As duas categorias de even_ tos estão relacionadas e Scão interdependentes. Também se pode ter mais claro porque e como se relacionam com objetivo? comportamentais. Se ob­ jetivos comportamentais definem o que deve ser "aprendido" eles são o fo_ co da analise desses dois comportamentos. São, de certa forma, o elo de ligação entre o ensinar e o aprender. No Quadro 32 pode-se observar melhor a interação entre o com portamento de ensinar e o comportamento de aprender. A interação entre os dois comportamentos se define fundamentalmente em torno dos objeti vos de ensino - ou dos comportamentos do aluno- que se deseja ensinar. Ha em relação a estes dois comportamentos uma interdependência, E nesse 153 COMPORTAMENTO SITUAÇÃO ANTECEDENTE DE ENSINAR CLASSE DE RESPOSTAS DO PROFESSOR ' SITUAÇAO SUBSEQUENTE ob jetivo s de ensino definidos (descrição do desem penho f in a l do apren d iz ) c a ra c te rT s tic a s dos aprendizes: - desempenho i n i ­ c ia l - in te re sses - e tc. Wl» 3 .-* Quadro 32. In teração entre os componentes dos comportamentos de ensinar e aprender. Nos esquemas do quadro - sim p lificad o s - pode-se observar que o “ re su lta d o ” das classes de respostas do professor (e que d efine se e le . ensinou ou não) e o comportamento (aprender) do aluno. Este comportamen­ to, por. sua vez, também pode ser analisado nos seus t r i s componentes co­ mo se pode observar na parte in f e r io r do quadro. Em ambos os comportamen tos, o b je tivo s de ensino são parte importante. 154 sentido que parece prom issor a n a lis a r a in te ra ç ã o p ro fesso r- a" n o no que d iz re s p e ito ao "p rocesso ensino-aprendizagem ". Uma a n a lis e ma:s porme­ norizada e p re c is a é p o s s ív e l e , pro vavelm ente, n e c e s s á ria e ú t i l , 3. CARACTERÍSTICAS dos o b j e t i v o s c o m po r t a m en t a is Os desempenhos dos p a r tic ip a n te s mostram inform ações relaciona^ das a d ife r e n te s aspectos dos o b je tiv o s com portam entais. Analisarem os ca da um d eles separadamente. A. C a r a c t e r ís t ic a s das c la s s e s de re sp o sta s. As c la s s e s de resp o stas - o p rim e iro desses aspectos - serão aaa Visadas quanto a d ife r e n te s conjuntos de dados que aparecem nas o b serva­ ções f e i t a s . a . C lasses de respostas " n a t u r a is 11 e .c la s s e s .jifi_ j^ £ £ pstas_.ar..fcir f i c i a i s . No Quadro 6 as c la s s e s de respo stas do a p re n d iz , em g e r a l, sao, tip ic a m e n te , as c la s s e s de re sp o stas que encontramos sendo ap resen ta - das em s a la de a u la . D ific ilm e n t e vamos e n co n tra r as c la s s e s de resp o s­ tas d e s c rita s nos exemplos de 1 a 6 ( d e f i n i r o que ê , r i s c a r d if e r e n c ialm ente, j u s t i f i c a r por e s c r i t o , l e r g r ifa n d o , v e r b a liz a r as c a r a c t e r ^ t ic a s , c o lo c a r um £ ou um £ na fr e n te d e . , . ) como c la s s e s de resp o stas que serão apresentadas fo ra ou apos a s itu a ç ã o de aprendizagem. Pelo me nos se considerarmos a " v e r if i c a ç ã o " da aprendizagem — como ilu s tr a m Ma_ger (1976, 1977a), Popham (1976a e b) e Vargas (1974) — p a rte do proces^ so de aprendizagem e , p o rta n to , dentro da s itu a ç ã o e s c o la r . Os exemplos 1 a 6, porem, estão de acordo com m uitas das exi gências dos co n ce ito s de o b je tiv o s comportamentais dos d iv e r s o s au to res que constam na intro du ção deste tra b a lh o : "... e s t u d a n t e ..." "... fa z e r ..." indiquem a e sp é cie de comportamento a s e r d e se n vo lvid o no ( T y le r , 1978, p. 2) um o b je tiv o sempre d iz o que o ap rend iz deve se r capaz de (Mager, 1976, p. 21) 155 "... re a liz a ç õ e s e s p e c ífic a s que os alunos adquirem através de procedimentos in s t r u c io n a is . . . " "... (De Cecco, 1968, pp, 30-32) desempenhos observáveis dos a lu n o s . . , ’' (Gronlund, 1975, pp. 85-87) "... comportamento mensurável do a lu n o . . . " (Popham e Baker, 1976b, p. 17). "... p re s e n ta r.. . " "... comportamento observável e s p e c ific o que o aluno devera a(Popham e Baker, 1976b, p. 22). observável por dois observadores in d e p e n d e n te s..." (Whee- le r e Fox, 1973, p. 38) ... descrever comportamento o b s e r v á v e l..." (Vargas, 1974, p. 43). Os aspectos das d e fin içõ e s acima, pode-se d iz e r sem duvida,são atendidos pelos exemplos 1 a 6 do Quadro 6. 0 problema, porem, ê que nenhuma dessas d e fin içõ e s permite uma discrim inação e n tre desempenhos típ ic o s de ativ id a d e s de ensino e desempenhos tTpicos de o b je tiv o s de e n sin o . Nao se p£ de d iz e r, na linguagem de Mager(1976, p. 121) que o in ten to p rin c ip a l do o b je tiv o e s te ja c la ro nos desempenhos d e sc rito s nestes exemplos! a 6. Ele s parecem mais serem "e vid e n cie s o b s e rv á v e is ", mas não, necessariam en­ te , e vid e n cias re p re s e n ta tiv a s do "in te n to p rin c ip a l dos o b je tiv o s ".P e ­ lo menos, parecem p e rm itir le v a n ta r este problema. Ao examinar os exemplos 7 e 8 do Quadro 6 f ic a um pouco mais e x p lic it o o problema do "in te n to p r in c ip a l" . Fm cada um destes exemplos, observa-se uma expressão { " i d e n t if i c a r as v a r iã v e is que in te rfere m com o estudo" e " id e n t i f i c a r os p rin c íp io s bãsicos da té c n ic a de l e i t u r a " ) que pode r e v e la r um in te n to p rin c ip a l e depois uma te n ta tiv a de d e scre ­ ver os aspectos componentes de um o b je tiv o comportamental (C0NDIÇA0,RES^ POSTA, CRITÉRIO) de acordo com as d e fin içõ e s basicas de Mager, Popham e Vargas e conforme o modelo apresentado por Wheeler e Fox (1973) em que propõem um quadro semelhante ao dos exemplos 7 e 8 do Quadro 6 onde são e sp e cifica d o s CONDIÇÕES, COMPORTAMENTOS( ? ) E CRITÉRIOS. Para se r mais próximo ã noção de comportamento operante (r e la 156 çao entre o que o organismo faz e o ambiente) s e ria mais adequado espe­ c i f i c a r "SITUAÇAO ANTECEDENTE, CLASSE DE RESPOSTAS E SITUAÇÃO SUBSEQCJEN TE". Duran e outros (1976) programaram um curso sobre "programação de curso" onde ensinam a d escrever o o b je tiv o comportamental conforme se pode ver no Quadro 33. Os componentes de um o b je tiv o comportamental dejs c r i tos no Quadro 33 são d ife re n te s e se aproximam mais da a n a lis e f e i t a no inTcio deste trabalho sobre o que se considera comportamento. r* " CONDIÇÕES ------------------ 1 i 1 RESPOSTAS : PRODUTOS E CONSEQUÊNCIAS I| Quadro 33. Moaelo proposto por Duran e outros (1976) para descrição de o b je tivo s compor/tamentais. Dentro deste modelo (Duran e o u tro s, 1976) a "c la s s e de respos­ ta s " deve conter o " c r i t é r i o de desempenho" por ser este parte da des­ c riç ã o da cla sse de resposta. Este modelo ainda permite atender ao que e analisad o por Po - pham e Baker (1976b) sobre o produto do desempenho do aprendiz se r a evj_ dência de aprendizagem que ãs vezes s u b s titu i o "verbo observável n a c la s s e de re sp o stas". Nos exemplos do Quadro 6, mesmo considerando todos estes aspec_ to s, ainda f ic a uma pergunta: seriam as classe s de respostas d e s c rita s aquelas re le van tes para o que se quer que o aluno aprenda (s e ja capaz de fa z e r )? Talvez fosse mais s ig n if ic a t iv o se a cla sse de respostas que se descrevesse como componente do o b je tiv o fo s s e , também, a c la sse d e respostas que quiséssemos ver in sta la d a no re p e rtó rio do aprendiz perma­ nentemente, e que fosse a cla sse de respostas envolvida no comportamen- 157 \ \ to operante que quiséssemos instalar dessa forma. No caso do exemplo 7 do Quadro 6, por exemplo, ha um evidente afastamento entre as expressões "identificar as variáveis que interfe^rem com o estudo" e "assinalar com um X". "Assinalar com um X" e uma classe de respostas tipicamente pa­ ra "professor ver" o desempenho do aluno. Ela não tem quase nenhuma pro_ priedade em comum com as classes de respostas que provavelmente serão ^ sadas pelo organismo ao obter uma identificação das variáveis oue inter ferem com o estudo em urna situaçao natural (que encontrara corriqueira- inente). Estas classes de respostas e que precisariam fazer parte da des_ crição do objetivo. Elas e que precisam ser desenvolvidas. "Assinalar com um X" talvez seja observável mas parece ser irrelevante para a des­ crição do objetivo. A expressão talvez seja precisa mas não diz o que se pretende de fato ("intento principal", conforme Mager). A mesma análise, nos parece, pode ser feita, para os demais e_ xemplos do Quadro 6. Nos exemplos 7 e 8 o verbo "identificar" (que talvez não cor respondesse a classes de resposta somente acadêmicas) ê especificado nas classes de ,resposta "assinalar com um X" (no exemplo 7)? "ler texto pro gramado" (tipicamente uma atividade para aprender algo) e "escrever a resposta a cada questão" (tipicamente uma classe de respostas exigida p£ lo material de ensino escolhido). 0 que parecia ser uma tentativa d e i "comportamentalizar" um objetivo (vago?) se transformou numa "operacio­ nal ização i n s t r u c i o n a l A descrição final nos dois exemplos se aproxi­ ma das exigências da literatura para um objetivo comportamental, mas na forma apenas. 0 que eles, de fato, mostram são descrições de atividades de ensino ou o que o aluno "fará como evidência de aprendizagem". Mes­ mo as classes de respostas envolvidas no uso do material programado não se constituem em desempenhos que, por si, evidenciam objetivos de ensi­ no. 0 relevante a destacar ê que ao descrever um objetivo comport^ mental e necessário a discriminação entre as classes de respostas que o aprendiz devera ser capaz de apresentar fora e apos a situação de ensi- 158 m quando l i d a r com s itu a ç õ e s n a tu ra is e r e a is de sua vid a e enrve c ia s ses de resp o stas que serão e v id e n c ia s que o p ro fe sso r usa*-ã pcv.a c o n fe ­ r i r aprendizagem de algo que ensinou. Neste segundo caso , a ênfase eã "com portam entalizar os conteu dos que se quer e n s in a r " , enquanto no p rim e iro e p ro cu rar os comporta mentos que devem se r ensinados. A n ão -d iscrim in ação e n tre e ste s d o is aspectos le v a ju n to a coii fusão e n tre "m eios" e " f i n s " (V a rg a s, 1974; S h o rt, 1978) ou ao processo de simplesmente c o lo c a r em linguagem aparentem ente comportamental o que jã se faz no ensino t r a d ic io n a l (R ib e s , 1976). b . D ife re n te s riTveis de abrangência das c la s s e s de re sp o sta s. Os exemplos do Quadro 7 ilu s tra m d ife r e n te s n ív e is em que se pode des c re v e r o b je t iv o s . Nos p rim e iro s tr ê s exemplos e n ít id a a noção de "cad eia com portam ental". 0 t e r c e ir o o b je tiv o ge como ta r e fa s uma ( a v a l i a r ) pressupõe ou exjp in te rm e d ia ria s que se id e n t if iq u e e h ie r a r g u iz e . . . t co_ mo se tivéssem os um verbo com d iv e rs o s componentes ocorrendo sempre uma seqdencia d e f in id a . Os t r e s exemplos, porém, foram d e s c r it o s em como "o b je tiv o s com portam entals" e atendiam aos r e q u is ito s das d e fin iç õ e s de ob jetivos, comportamentals conforme a l i t e r a t u r a a n a lis a d a n este traba Iho ap re sen ta . Aparece com is t o uma questão: quando hã uma cad eia de respos tas onde se encontra uma longa seqdência de t a r e f a s a té coinpletar uma ta re fa d e fin id a mais ab ran gente, qual das re sp o stas faz p a rte do o b je tiv o comportamental? Se considerarm os a enfase colocada na p a la v ra o b je tiv o parece que sõ a u ltim a p a rte s e r ia um o b je t iv o . Se colocarmos a ênfase no termo com portam ental, porém, todos os e lo s da cad eia poderão s e r des_ c r i tos conforme as e x ig ê n c ia s form ais para se t e r um o b je tiv o comporta­ mental . 0 unico problema s e r i a , t a l v e z , d e f i n i r a unidade de um "evento e d u c a c io n a l". T a lve z pudéssemos t e r "o b je tiv o s de uma a t iv id a d e de ensi_ n o ", "o b je t iv o s de uma unidade da d i s c i p l i n a " , n a ", "o b je tiv o s do curso como um to d o ", e t c . "o b je tiv o s da d i s c i p l i - SÕ seriam comportamentals os e s p e c íf ic o s ? Os te rm in a is seriam amplos? G e r a is ? Ou s e r i a p o s s í v e l se 159 te r o b je tivo s comportamentais em qualquer n ív e l de abrangência ou espe­ c if ic id a d e ? Talvez nessa a n a lis e e s tiv e s s e a p o s s ib ilid a d e de se responder a d ife ren ça en tre "te rm in a l1', "e d u c a c io n a l", " g e r a l" , " e s p e c íf ic o " , " in te rm e d ia rio ", " in s t r u c io n a l" , "com portam ental", todos termos usados con fusamente como sinônimos. Ou, também, se contrapondo e n tre s i ou eom a expressão "comportamental". Nos exemplos 4 e 5 do Quadro 7, ha ainda mais um problema $efo£ lh a n te , embora e le tenha um aspecto e s p e c ífic o que o d ife r e n c ie , "A p lic a r os ite n s da té c n ic a " também parece englobar ou abran­ ger "nomear os it e n s " . Aqui, porem, não nos parece que se ja por haver uma "seqdencia comportamental" mas sim por se r n ecessário aprender an­ tes alguma coisa en vo lvid a na execução de uma ce rta ta r e f a . A re la çã o ê de aprendizagem pre - re q u is ito para a o u tra , mais complexa, abrangente ou te rm in a l. £ d ife re n te do que acontece nos exemplos 1, 2 e 3 onde havia , nitidam ente, o envolvim ento de v a ria s sub-classes de respostas por serem parte da seqCIência de uma ta re fa mais ampla ou mais complexa. Nos exem­ plos 4 e 5 ,o envolvim ento e por exigência de aprendizagens i n i c i a i s de p re - re q u is ito para executar a t a r e f a . Nos exemplos 6 e 7 encontramos uma outra forma de e n vo lver d i ­ fe re n te s n ív e is de uma ta r e fa . Ao e s p e c if ic a r o verbo id e n t i f i c a r por "e s c re v e r” (exemplo 6) e "a s s in a la r com um X" (exemplo 7) evidencia.-se um c r i t é r i o d ife re n te dos a n te rio re s : o de d ife re n te s respostas alterna^ t iv a s como e vid ê n cia observável de um "comportamento". 0 exemplo 7 êuma e s p e c ific a ç ã o do exemplo 1 e, neste s e n tid o , mostra uma escolha ("a s s in a la r com X” ) para to rn ar o " i d e n t if i c a r " um desempenho o b se rv á v e l. 0 exemplo com o verbo i d e n t i f i c a r e u t i l para m ostrar um gran­ de grupo de "o b se rvá ve is" para o verbo. E s c re v e r, f a l a r , ap o n tar, a s s i ­ n a la r (com i n f in it o s s i n a is ) , r i s c a r , s u b lin h a r, e tc . são formas todas que cabem como ações observáveis do verbo id e n t i f i c a r . Neste caso não temos verbos que englobam seqdencias de ações, nem ações p re - re q u is ito s de aprendizagem. Agora, temos a lt e r n a t iv a s 160 de desempenhos que podem evidenciar a aprendizagem relacionada verbo usado. São apenas alguns exemplos de diferenças de nível de. abrangên­ cia (amplitude, generalidade e complexidade) ou de especificidade em que encontramos diferentes critérios envolvendo os verbos desses variados nT veis. 0 que seriam? Classes de respostas? Cadeias comportamentais? Qual a diferença? SÕ pode haver objetivo comportamental nos nTveis mais específicos? Pode-se ter objetivos comportamentais nos verbos que ertglo^ bam virios outros desempenhos intermediários? Talvez o que melhor defina um objetivo comportamental não seja o grau de sua especificidade mas a forma de sua descrição. Nesse caso, talvez tivéssemos que refazer o conceito de objetivo comportamental que temos na literatura. 0 problema dos diferentes nTveis de abrangência nas descrições de objetivos aparece de forma peculiar (freqdente em aprendizes de pro­ gramação de ensino) nos exemplos do Quadro 8: o uso do conectivo j2 li­ gando mais de um verbo no mesmo objetivo. Oá exemplos 4 e 8, deste Quadro, nos ilustram um caso de jun tar diferentes objetivos relativamente independentes, em uma uni ca ex­ pressão verbal denominada de "objetivo terminal". A utilidade do objeti_ vo pode exigir que, nesses casos, se especifique dois ou tres objetivos que podem constituir os objetivos terminais. Não parece, porem, ser sem pre útil ou esclarecedor reuni-los em um nome mais. geral. 0 risco de , em se fazendo isto, tornã-los vagos nem sempre compensa reunT-los, Tam­ bém coloca-los juntos com um conectivo pode prejudicar a percepção dos desempenhos que estão em jogo. Nos demais exemplos do Quadro 8 este pre juTzo é mais evidente. 0 exemplo 5 em que se diz "elaborar e aplicar um procedimento" contém um aspecto mais sutil. Poderiamos considerar que "aplicar" englo ba o "elaborar" e que e mais abrangente. Ha casos, porem, em que e pos­ sível que o que se pretenda é que alguém "aplique procedimentos já ela­ borados". Ê o caso de paraprofissionais que s ã r , muitas vezes, responsa^ 161 v e is por a p Jic a r procedimentos elaborados por p r o fis s io n a is de formação mais avançada. Nesse s e n tid o , o exemplo 5 quer e s p e c if ic a r que contem os dois aspectos. V a le , então, o que fo i a n a lisa d o para os exemplos 4 e 8. Se fosse considerado o "e la b o r a r " e n vo lvid o no " a p l ic a r " como um passo da seqdencia (uma etapa e n v o lv id a ), o o b je tiv o s e r ia vago por p e r m itir e s ­ ta p o s s ib ilid a d e . Os exemplos 1, 2 e 3 do Quadro 8 j ã são, tip ic a m e n te , junções de desempenhos abrangentes com algum dos seus componentes. "C o n tro la r" exige o " i d e n t i f i c a r " como in te rm e d iá rio , " r e g is t r a r um comportamento" exige que e le s e ja "notado" (o b se rva d o ), " v e r b a liz a r os comportamentos * observados" o exige também. São junções que não se ju s t if ic a m . 0 que pc> d e ria s e r f e i t o s e r ia in c lu T - lo s na d e s c riç ã o dos o b je tiv o s in te rm e d iá ­ rio s e não simplesmente ju n ta - lo s por um c o n e c tiv o . Um ou tro aspecto a d i s c u t ir no uso do c o n e c tiv o , reunindo d i f rentes verbos em um o b je tiv o de e n sin o , e a junção de uma "c la s s e de v e r bos o b s e rv á v e is " a uma "c la s s e de verbos não o b s e rv á v e is ". 0 exemplo 3 (aind a do Quadro 8) i l u s t r a e sta s itu a ç ã o . Também o exemplo 2 podería se r considerado neste caso. 0 exemplo 6, porem, reune dois o b je tiv o s em A que o p rim e iro e e v id e n c ia de uma percepção do aprendiz (v e r b a liz a r o t i t u l o ) n e c e s s á ria para a execução e s p e c ific a d a na expressão " r i s c a r as sentenças que se referem ao t i t u l o " . Em todos os caso s, o uso do c o n e c tiv o parece s e r disp en sável e , a t e , p r e j u d i c i a l . S e r ia melhor e s p e c if ic a r em cada o b je tiv o uma unidade de desempenho, mesmo que s e ja uma c la s s e ampla a ponto de r e u n ir v ã r io s componentes. Se f o r im p re sc in d ív e l e s p e c if ic a r os componentes no objetj_ vo (caso do exemplo 7) parece se r mais u t i l s e p a ra - lo s , considerando ca da um como uma unidade de o b je tiv o . c . Verbos e n fatizan d o d ife r e n te s re la ç õ e s e n tre ação ( ou c la s ­ ses dé re s p o s ta s ) e am biente. Nò Quadro 9, vemos o uso dos verbos dando ênfase a d ife r e n te s aspectos do comportamento. De um la d o , e n fatiz a n d o a to p o g ra fia de c la s s e s de re sp o stas 162 encontramos: dar exemplos, verba- liz a r, c la s s ific a r » id e n t if ic a r verbalmente, destacar de um texto.;. De outro, os verbos enfatizam a relação de uma classe de respostas com o ■ ambiente, sem e s p e c ific a r quais seriam as respostas. Reforçar, extin -■ g u ir, manter ou in s t a la r comportamentos não'referem desempenhos mas e fe i­ tos de desempenhos. Seriam comportamentais so os prim eiros? Não nos parece u t il f a ­ zer esta re s triç ã o , embora a lit e r a t u r a pertinente a objetivos comporta mentais seja in s is te n te quanto ao "desempenho observável" n o o b jetivo d e ensino. Em português temos verbos referindo desempenho (R ), referindo relação S-R e referindo relação R-S. Gronlund (1975) dã vário s exemplos de verbos no Apêndice B de seu liv r o "A Formulação de Objetivos Comportamentais para as A u las", dn de se encontram estes t r i s tipos de r e f e r ê n c ia s J I n f e r i r , deduzir, c o n c lu ir, dançar, in d ic a r, apontar, assina la r são exemplos de verbos que enfatizam a relação S-R e o autor os apr£ senta como "verbos ilu s t r a t iv o s para formulação de resultados e s p e c íf i­ cos de aprendizagem". Cooperar, comover, p e rfu ra r, m istu rar, c o lo r ir , esmagar, e t c ., ilustram alguns cuja ênfase nos parece ser na relação R-S. A evidencia que nomeiam e o e fe ito de classes de respostas. Outros verbos, ainda na l is t a de Gronlund, ilustram classes de respostas em que a ênfase parece ser no desempenho apenas: sap atear, ma_r char, co rre r, esfreg a r, d iz e r, f a l a r , e tc . Também encontramos verbos que referem cadeias de desempenhos: c a lc u la r, medir, fazer g rá fic o s , c a lc u la r area, ta b u lar, fazer pantomi­ nas, e tc. Ainda nos parece possível que a linguagem possa v a r ia r estas ejn fases, combinando-as ou dando-lhes valores proximos aos lim ite s uma da outra, tornando, ãs vezes, d i f í c i l discrim in a-las. A listagem apresentada por Gronlund ê de au toria de C alvin K. Claus. 163 A im plicação desse tip o de problema, que ê re le v a n te d e sta c a r, e no e ^e Pode se re la c io n a r e i n t e r f e r i r com a formulação de o b j e t i­ vos comportamentais no en sin o , Nos Quadros 5 a 9, em s ín te s e , temos v á rio s problemas r e la c io ­ nados a d escrição do desempenho nos o b je tiv o s comportamentais e que pre cisariam de uma sistem atização tanto em relação ao que se re fe re ao coji c e ito de o b je tiv o comportamental quanto ao que esta envolvido na apren­ dizagem do seu uso. A d ife re n ça entre classe s de respostas n atu rais e classes d e respostas a r t i f i c i a i s , os d ife re n te s n ív e is de abrangência das classes de respostas e x p lic ita d a s nos verbos e as enfases em d ife re n te s r e la - çoes da ação com o ambiente,são os tre s conjuntos de aspectos a serem considerados para uma melhor percepção do que esta envolvido na formula_ ção de o b je tivo s comportamentais no ensino. B. C a r a c te r ís tic a s das classes de estím ulos antecedentes. Nos Quadros 10, l i e 12 encontram-se exemplos de aspectos d o que d ife re n te s autores chamam de "condiçoes" nos o b je tiv o s comportamen­ t a is . A lit e r a t u r a relacion ad a ã formulação de o b je tiv o s comportamen t a is in s is t e em que o o b je tiv o deve conter uma "e s p e c ific a ç ã o das condi_ çoes em que se vai observar o desempenho do ap rend iz": "... condições importantes em que se espera que o desempenho o c o r r a . . . " (Mager, 1976, p. 23) "... um o b je tiv o sempre descreve as condições importantes (se as houver) em que o desempenho deve o co rrer (M a g e r,!976, P. 21) "... os elementos que o aluno te ra ã disposição ou sera p r i ­ vado ao demonstrar domínio do o b j e t i v o . . . " (Mager, 1976, p. 121) . . no momento em que fin d a um perTodo de aprendizagem em que voce deixa de i n f lu e n c ia - lo . . . " (Mager, 1976, p. 121) 164 "... devendo ser iguais às condições de teste do t:ivo" (Mager, 1977b, p. 72) A enfase nessas citações ê sempre na "condição em que o profes_ sor vai verificar o desempenho" ou, pelo menos, são confusaseambíguas porque referem também situações que existem fora ou 'independentemente da situação de ensino. Os demais autores (Popham e Baker, De Cecco, Va_r gas, Steves, Short) citados repetem Mager ou se omitem sobre este as - pecto (embora citem Mager, como e o caso de Vargas, como a fonte do seu conceito). Nesse sentido, podemos observar que os exemplos que aparecem no , Quadro 10 atendem às exigências da literatura citada. Todos os exemplos descrevem situações que deixarão de existir na vida do aprendiz apõs a situação escolar. Sao artificiais no sentido de que o professor ê que as criara para verificar o desempenho, apenas. As situações todas se asse­ melham muito mais ao que existe na escola do que com as possíveis situa_ ções em que o aprendiz se encontrara e quando tera que usar a classe de desempenhos que devia ter aprendido na escola. E curioso notar que a expressão usada por diferentes autores, principalmente nos exemplos e exercícios em seus livros e artigos, pre­ cedendo condições ê "dado" ("dadas tais coisas...","dadas tais situa - ções..."). 0 termo "dado" reforça a idéia de que as "condições" são da­ das, construídas, etc., pelo professor. Se a expressão fosse "diante de..." talvez minimizasse um pou­ co esta impressão de que são coisas previstas ou construídas pelo pro fessor. Os exemplos 1 a 7 do Quadro 10 ilustram esta analise. 0 exem pio 4, especial mente destaca: "apõs as perguntas do professor". 0 exemplo 9 inclui o que foi dado e feito antes e que ele deve ria ter como pre-requisito, como condição (ou situação) na qual apreseji tarã o objetivo. 0 objetivo do exemplo 10, ilustra, com ênfase especial, a ção de que a "condição" descrita no objetivo deva ser aquela na qual no­ o professor v e r if ic a r a o desempenho. Nos dados do Quadro 11, embora se continue percebendo o mesmo que no Quadro 10, ha bastante mais s u tile z a em alauns exemplos (1 , 2 e 3) em que a semelhança do o b je tiv o com as situ açõ es acadêmicas pode ser devida a p ró p ria natureza do o b je tiv o . Os aspectos ja d is c u tid o s ante riorm ente e os outros aspectos desses o b je tiv o s , porém, nos fazem con­ c l u i r pela s im ila rid a d e com os exemplos do Quadro 10. Em nenhum dos exemplos dos p a rtic ip a n te s e em nenhum dos autores cj_ tados aparece a "condição" como cla sse s de estím ulos que estão ou devem e s ta r relacion ad os funcionalm ente ã c la s s e de respostas que se quer en­ s in a r e que devera se r usada fo ra da e s c o la , d ia n te dessas pró prias ooridições de e s tím u lo . Nos exemplos 4, 5 e 6 do Quadro I I , hã vaguidade na d e scriçã o de condições. £ c la ro que e p o ssível o p ro fesso r d e ix a r no o b je tiv o es­ te tip o de vaguidade quando jã sabe que e s p e c ific a r a a condição na ava­ lia ç ã o do o b je tiv o . As perguntas que podem s u r g ir , porem, são tulacion-a das exatamente a vaguidade dessas expressões: não e n ecessário esp ecifj_ car os aspectos re le v a n te s dessas situ açõ es com a qual o aprendiz deve­ ra l i d a r ? Que aspectos são e s te s ? Corno devem ser d e s c r ito s ? E in te re s s a n te notar os aspectos re ssa lta d o s nos exemplos d o Quadro 12: “ p re - re q u is ito s " foram considerados condições que deveriam co n star da d e scriçã o dos o b je tiv o s . Talvez s e ja uma outra d e co rrên cia do uso da p a lavra dado ( que jã fo i dado no c u rs o ?) empregada pelos autores cujos textos o foram u tiliz a d o s no tra b a lh o . Estos exemplos, escapam ãs regras propostas pe­ la lit e r a t u r a e enfatizam o processo de en sin ar e não a s itu a ç ã o - fin a l de "v e r if ic a ç ã o do e n sin o ". No conjunto dos Quadros 10 a 12, destaca-se a id é ia de que con dição ê o que o pro fesso r da ao aluno oara r e a liz a r o desempenho. Embo­ ra a. lit e r a t u r a re fo rc e is to em v á rio s pontos ( j ã destacamos alg u n s),h ã também momentos em que se encontra a lte ra ç õ e s nesta p e rs p e c tiv a . Mager, por exemplo, c it a "Quando uma am plitude de estím ulos e/ ou condições é usada numa s e r ie de ite n s de te s te , use apenas os estímu 166 i \ los e as condições que o aluno vai encontrar dentro de, apropriadam ente, seis meses, a p a r t ir do rnomento em que o te s te vai ser a p lic a d .;" (1977b, p. 95). ^ , Mager, nesta afirm ação, deixa c la r o que se t r a t a de estím ulos e que deve haver alguma g e n e ralização ou pelo menos p o s s ib ilid a d e de o aprendiz encontra-los ern um prazo de ate s e is meses apos o curso. Popham e Baker (1976a) falam de a operacional ização de o b je tiv o s dever g a ra n tir gen eralização para alem do Ttem de t e s t e , embora não ex­ p lic ite m como deva se r a o p era cio n aliz a ção para g a r a n tir is t o . Short (1978) s a lie n ta que o o b je tiv o devo ser algo que a pes soa "n e c e s s ite f ora da esco l a , agora ou mais ta rd e , em sua vida*1 ou a in da que Hdeve se r algo que descreve o comportamento d esejável dos nos apos completarem um evento educacional e que d if e r e das a lu ­ ta re fa s dos alunòs durante os eventos e d u c a c io n a is ". Short também acrescen ta que de ve ser algo que o aluno passe a fa z e r na sua vid a apos o curso e nao o deixe de fa z e r logo. Nao e x p lic it a também quanta e o "lo g o ". Os autores parecem i n s i s t i r em dois aspectos c o n t r a d it o r io s : o de as condições do o b je tiv o serem as mesmas dos te ste s de a v a lia ç ã o e o de e la s sèV^m‘àquelas da vid a do aprendiz fo ra da s a la de a u la ? de forma que e le u s e e g e n e raliz e para outras situ açõ es alem da e s c o la r. Duran e outros (1976), na sua proposta de que a d e scriçã o d e um o b je tiv o comportamento! in c lu a partes fu n c io n a is , respostas fun cio nais e produtos fu n c io n a is , atribuem um novo sentido ao que se co n sid e­ rava "condições" ate agora. Para estes autores a d e scriçã o de um o b je tiv o comportamental tem tre s componentes: a q u ilo que a pessoa faz (resp o sta f u n c io n a l), par^ tes - ou aspectos - do ambiente com as quais a pessoa e n tra em contato ao fa z e r ta l co isa (p artes fu n cio n ais do ambiente) e o produto do que a pessoa faz (produto de respostas fu n c io n a is ). Parte s fu n cio n a is são o e q u iva le n te as condições d e s c rita s pelos autores c ita d o s (Mager e s p e c i­ alm en te). Chamam de "fu n c io n a is " nc sentid o de terem uma re la çã o s i . Relação de dependência uma da outra (não de c a u s a lid a d e ). 167 en tre Al em ríi s to , Duran e outros insistem :-.ii procedimentos para iden_ t i f ic a r partí.:", í w-.c ionais do ambiente eld l.l vamun i.o re ! acionadas a s classes de rúspos U r ;: auto-oi)ser\açao, eu i rr.v i■ . La, cônsul ba de m a te r ia l, etc. Estão em j-.j-yM, ai m i a , perguntas do tipo: í} Ata aves de que formas se pode obter partes fun cion ais do ambiente? ? ) !"m (pia c irc u n s ta n c ia s s e pode usar cada uma delas? 3) Quais os cuidados que o uso de cada forma exige? Nestas perguntas, esta im p líc ita a preocupação com um procedimen­ to para descrever o que ê chamado de "p artes funcionais1' do ambiente re lacionadas a uma "resposta fu n c io n a l". Os conceitos de "respostas e partes fun cion ais" tiram a descri_ ção dos componentes de um o b je tiv o comportamentaí do contexto de e s c o la , lim itad o pelos componentes d e sc rito s pelos demais autores. Condição comportamento são "p artes fu n c io n a is" e "respostas fu n c io n a is ". e Nestes conceitos o que importa i o que o organismo faz no seu ambiente n a tu r a l, independentemente da situ ação e s c o la r, ao executar uma ta re fa ou ação e as partes do ambiente com as quais toma contato ao r e a liz a r essa tarefa ou ação. A a n a lis e de partes e respostas fun cion ais e bem mais próxima a noção de comportamento como relação com o ambiente do que as formula­ ções a n te rio re s , "P a rte s fun cio n ais do ambiente" corresponde bem melhor a "cla sse s de estím u lo" do que "condi ções^e "respostas fu n cio n ais” nos parece mais p reciso do que^dssempenho” (Mager, Popham e Baker, Vargas)ou "comportamento“ (Wheeler e Fox ), para descrever os componentes de um obje tiv o comportamentaí. Os s ig n ific a d o s realçados pe^o conceito da "condição" emprega­ dos por diversos autores (que dão id é ia de "fo rn ecido pelo p ro fesso r" , de "situ a çã o apresentada pelo p ro fe sso r") trazem junto a noção de que as condições sao "ig u a is a te s te de medida do desempenho". Desta forma co­ locam o o b je tiv o como parte da situ ação escol a r , embora neguem is t o . é c la ro que os autores que foram analisados deixam c la ro •algumas exigências para o que consideram condições, embora os mais exemplos dados não correspondam as ex ig ên cias. T y le r (1978, p. 2) diz que os ob­ je tiv o s , são -as "fin a lid a d e s ultim as do programa edu cacio n al". Mager (1976) f a la èiii "condições importantes em que o desempenho deve o c o rre r" 168 (p* 21) e "no momento em que fin d a a aprendizagem ou em que do., i n f iu e n c ia - 1o" (p. 121). deve c o n t r ib u ir para ( . . . ) de ix a Vargas (1974, p. 107) d iz que um "o b jé t iv o a ju d a r o in d iv íd u o a a tu a r e fe tiv a m e n te na sua v id a c o t id ia n a 11. Mager (1977b) ainda t r a r á a in s is t ê n c ia de que se deve u sar "apenas os e stím u lo s e as condições que o aluno vai e n c o n tra r dentro de, aproximadamente, s e is meses" (p. 95) apõs o fim do curso . p£ pham e Baker (1976) sa lie n ta m que a r e le v â n c ia e v in c u la d a a g e n e ra liz £ çâo dos o b je tiv o s aTem das condições p r e v is ta s para o aprendiz evidenci_ a r sua aprendizagem. E S h o rt (1 9 7 8 ), i n s i s t e em que o o b je tiv o descreve o que e p ro vável que a pessoa n e c e s s ite fa z e r fo r a da e s c o la , em sua vi_ da. Estas afirm ações completam a id é ia de que i mais s i g n i f i c a t i v o que o componente "c o n d içã o " de um o b je tiv o s e ja a d e s c riç ã o d a q u ilo com que a pessoa tomara co n tato (p a rte s fu n c io n a is do ambiente ou c la s s e s de estím ulo^ mais do que "o que lh e se ra dado ou p ro ib id o pelo p ro fe sso r quando f o r t e s t a r a aprendizagem ". 0 componente do o b je tiv o deve s e r mais a s it u a ção di ante da qual a pessoa te r â que a g ir no fu tu ro do que a condição de te s te de seu desempenho. T a lv e z , com e sta mudança, alterássem os b a sta n te o que os partj^ c ip a n te s indicaram como componentes dos o b je tiv o s nos Quadros 10 a 12, p r in c ip a l mente em re la ç ã o a s itu a ç ã o d ia n te da qual o aprendiz d e v e ria a p re se n ta r a c la s s e de r e s p o s t a s 'd e s c r it a no o b je t iv o . C. C a r a c t e r ís t ic a s das pro pried ad es de c la s s e s de respostas ou dos " c r i t e r i o s de desempenho". Nos Quadros 13 e 14, os re su lta d o s mostram d ife r e n te s aspectos cio que fo i considerado " c r i t é r i o pantes. de desempenho a c e it á v e l 11 pelos p a r tic i_ Exceto em alguns casos ou d e ta lh e s , os exemplos e stã o co eren tes com o que a l i t e r a t u r a d is p o n ív e l b a sta n te re la c io n a d a a o b je tiv o s com po rtam entais p reconiza. Revendo o que os d iv e rs o s au to res destacam como c r i t e r i o s de d£ sempenho, encontramos basicamente uma ênfase em e s p e c if ic a r aspectos que permitam ao p ro fe sso r v e r i f i c a r e medir o desempenho do aprendjz. 169 Mager (1976) chama de c r i t é r i o a "qualidade ou o n ív e l de desem penho que sera s a t is f a t ó r io " (p. 23) ou a "in d ica çã o de quão bem o a lu ­ no deve atu ar para (seu desempenho) ser considerado a c e it á v e l" (p. 21). Popham e Baker (1976a) consideram o padrão de desempenho como o de re a liz a ç ã o u tiliz a d o para ju lg a r a adequação do ensino" e o "n ív e l dividem em " q u a lit a t iv o " e "q u a n t it a t iv o 1^ (p. 66). Estes autores ainda insistem no aspecto de merisuraçao e operacional idade. Mager (1977b) e x p lic a c r i t i r io de desempenho como sendo “ natureza, qualidade ou quantidade que se­ rão consideradas a c e it á v e is " . De acordo com estas informações os p a rtic ip a n te s não poderiam, t a lv e z , fa z e r a d e scrição de seus o b je tiv o s muito d ife re n te do que fizeram . Nos quadros 13 e 14 encontramos c r it é r io s observáveis através de d escrição to p o g ráfica , e s p e c ific a ç ã o de uma cla sse por outra mais re£ t r i t a , adiçao de outra c la s s e de respostas que evid en cia uma a n te r io r , quantidade do desempenho, r e s tr iç ã o ou negação salien tand o o que o a lu ­ no nao pode fa z e r, u t iliz a ç ã o de uma té c n ic a ou procedimento a ser obti^ do, e tc . E in te re s s a n te o padrão de desempenho e n c o b rir, nos exemplos dos quadros, algumas vezes formas de d e scriçã o mal f e i t a s . Ju n ta r v e r bos com o co n ectivo _e ou com o d is fa r c e de adição pelo uso de gerundio, ilu stra m este problema. Deve-se d e sta c a r, nos exemplos apresentados, o c r i t é r i o de de- . sempenbo através da e s p e c ific a ç ã o de um procedimento ou té c n ica d e fin iidos. 0 c r i t é r i o deixa de se r uma medida, quantidade ou qualidade para se r um aspecto e sp e cia l de to p o g ra fia : uma seqü in cia d e fin id a de respos^ tas e s p e c ífic a s . Talvez porque s e ja a que melhor se preste para obter um bom re su lta d o . Ou então, simplesmente porque fo i a seqdencia p re fe rid a (ou a única conhecida) pelo programador. Também é d is c u t ív e l a d e scriçã o do c r it é r i o de desempenho a tn j ves do uso de percentagem, Nos exemplos dos Quadros 13 e 14, encontra mos percentagem de ite n s assin alad o s corretam ente, e percentagem de ace£ tos para " i n s t a l a r , manter e e x tin g u ir comportamentos" (exemplo 4 do Qua dro 14). Esta ú ltim a,evid e n cian d o uma a r t i f i c i a l i d a d e incom p reensível. A 170 exigência de q u a n tific a ç ã o e medida parece su p e rio r ao que importa n o O bjetivo. A f a l t a de re la ç ã o , neste caso, entre o "padrão a c e it á v e l" e d=desempenho é que nos parece uma e vid ê n cia de que e n ecessário t e r c ia ro o que importa como quantidade em cada desempenho e não uma escolha do professor para poder v e r i f i c a r o desempenho do aprendiz. No exemplo 7 do Quadro 14, encontramos, embora de uma maneira bastante vaga, re fe re n c ia ao e f e it o a se r obtido como c r i t é r i o de desemperiho a c e ita v e l . Is to pode s i g n i f i c a r que, se o aprendiz obtêm um e f e i ­ to , qualquer desempenho capaz de obter e ste e f e it o pode ser a c e itá v e l . 0 perigo pode ser dispensar o p ro fesso r de d e sco b rir quais as cla sse s de respostas e quais as c a r a c t e r ís t ic a s (asp ecto s, dimensões, e t c . ) dessas que tornariam mais provável e f á c i l de se obter o e f e it o desejado. Este exemplo também tem um correspondente na a n a lis e de Popham e Baker (1976b) sobre si tuações em que, , is vezes, o c r i t é r i o de desempe­ nho e d e s c rito a tra vé s das c a r a c t e r ís t ic a s do produto do desempenho. Pa ra esses au to re s, porem, is t o deve se r f e it o quando não se pode obser var diretam ente o desempenho do ap rend iz, e não porque ê ir r e le v a n t e a top ografia da re sp o sta, desde que o aprendiz consiga obter o produto es p e c ifica d o . Há certos produtos que podem ser obtidos de m ú ltip la s e v a r ia ­ das maneiras sem p re ju íz o ou custo a d ic io n a is . Nesses casos e melhor de^ xar que cada aprendiz escolha a cla sse de respostas que lhe e mais fá ­ c il ou agradável para o b ter o produto re le v a n te . Não e o mesmo caso quan_ do o aprendiz não e capaz de ap resentar nenhuma resposta ou quando classes de respostas mais apropriadas h a (mais e f ic ie n t e s , econômicas, etc.) para se obter o produto de in te re s s e . Neste, in te r e s s a r ia p r e c is a r quais as c a r a c t e r ís t ic a s da c la s s e de respostas mesmo que não fosse fa c ilm e n ­ te o b s e rv á v e l. As vezes, o " c r i t é r i o de desempenho" parece m istu rar-se com coji d iç ã o ". £ o caso do exemplo 6 do Quadro 14 em que se poderia d iz e r que "todas as vezes" pode ser considerado não um c r i t é r i o mas uma "situ a ç ã o diante da q u al" o aprendiz d e ve ria a p lic a r time-òut. Mager também s a lie n t a que o c r i t é r i o de desempenho se confun - 171 de, muitas vezes com "s itu a ç õ e s de v e r if ic a ç ã o de aprendizagem” , s a lie n tando que deve haver d ife re n ç a , embora em outros textos o au to r s a lie n ­ te que são a mesma c o is a . Nos exemplos 7 e 8 do Quadro 6, ha uma e s p e c ific a ç ã o dos obj_e tiv o s de acordo com o modelo de W heeler e Fox (1973, p. 8) separando os termos "c o n d iç ã o ", "comportamento" e " c r i t é r i o " . Duran e outros (1976), porem, propunham um quadro onde os trê s componentes de um o b je tiv o f o s ­ sem "p a rte s fu n c io n a is do am biente" (c la s s e s de estím ulos a n te c e d e n te s?) "^éspostas fu n c io n a is " (c la s s e s de re s p o s ta s ) e "produtos de resp o stas fu n c io n a is " (c ia s s e s de estím u lo s conseqdentes ou e f e i t o s ? ) . Esta u ltim a form ulação nos parece mais adequada p o r, pelo m nos, duas razoes. A p rim eira ê por s e r mais coerente com a noção de com portamento como uma relação.com o ambiente onde encontramos aspectos (c la s s e s de e stím u lo s) an te ced en te s, ações do organismo (c la s s e s de res. p o stas) e aspectos subseqÜentes do am biente(estTm ulos subseqüentes, e fe j[ to s , produtos ou co n seq ü ên cias). A segunda razão se r e la c io n a ao aspec­ to de os c r i t é r i o s de desempenho ou c a r a c t e r ís t ic a s das c la s s e s de r e s ­ postas fazerem p a rte da d e s c riç ã o da c la s s e de re s p o s ta s . Os c r i t é r i o s de desempenho não são um componente ã p a rte da c la s s e de re sp o sta s. Ta^ vez , na mis'tura com situ a ç õ e s de e n sin o , e le s se co n stitu ísse m em c a te ­ g o ria a p a rte , mas não como d e sc riç õ e s de o b je tiv o s com portam entais, ejn tendidos como sendo c o is a s d ife r e n te s de a tiv id a d e s de ensino . Todas e stas considerações sobre as c a r a c t e r ís t ic a s dos o b j e t i ­ vos comportamentais nos parecem to r n a r n e c e s s á ria uma a n a lis e e a v a li a ­ ção do p ró p rio c o n c e ito de o b je tiv o com portam ental. 4. 0 CONCEITO DE OBJETIVO COMPORTAMENTAL No Quadro 17 encontramos um conjunto de perguntas sobre as ca­ r a c t e r í s t i c a s de o b je tiv o s comportamentais. 0 que e um o b je tiv o compor­ tam ental ? Como o b te r um o b je tiv o comportamental? 0 que s ig n ific a m os dj_ versos 'termos usados como sinônimos ou a d je tiv a n d o o b je tiv o s comporta m entais? 0 que d ife r e n c ia d e f i n i r p e la forma ou pela função? Como evi t a r a t r i v i a l i d a d e quando se usam o b je tiv o s com portam entais? Quais 172 a s c a r a c t e r ís t ic a s de boas condições, bons c r it é r i o s e de bons desempenhos em um o o je tiv o comportamental? São sÕ esses os componentes de um bom ob­ j e t iv o ? Como a v a lia r se o o b je tiv o d e s c rito tem p o ssib ilid a d e s de se r um bom o b j e t iv o ? . . . São algumas das perguntas que surgiram durante os t r a ­ balhos de aprendizagem para descrever os o b je tiv o s comportamentais de um curso pelos p a rtic ip a n te s deste estudo. As perguntas não aparecem ao acaso, nem são g r a tu ita s . As difi^ culdades, os questionamentos e a necessidade de comunicar com c la re z a o que se q u e ria ou se f a z ia , impunha in v e s tig a r e e s c la r e c e r aspectos,tal_ vez s u t is , relacionad os a o b je tiv o s comportamentais. As d ific u ld a d e s ,a s duvidas e as perguntas não são p r iv ilé g io nem ex clu sivid ad e dos aprendj^ zes. Elas são, também, as duvidas, problemas e perguntas dos pesquisad£ res que lidam com programação de ensino. As in c o e rê n c ia s , lacu n as, ros são parte da lit e r a t u r a também e representam pontos importantes e r­ do conhecimento a serem preenchidos (B a e r, 1973 e 1978). As c rT tic a s f e it a s ao uso de o b je tiv o s no ensino , especialm en­ te ao uso de o b je tiv o s comportamentais, levantam também outros proble mas e perguntas. Talvez pudéssemos hoje aumentar a l i s t a tanto de per guntas, como de c r ít ic a s ou mesmo de pontos obscuros. As questões do Quadro 17, porem, exigem, mais do que respostas a cada uma, um re-exame do que fo i ate agora considerado sobre o b je ti vos comportamentais e uma e s p e c ific a ç ã o de qual e a co n trib u içã o da Ana l is e Experimental do Comportamento em re la çã o a este problema. Um dos prim eiros aspectos esclareced o res para o co nceito e uso de o b jetivo s comportamentais no ensino e a noção de comportamento ope ran te. Esta noção deve ser bem p re c isa de forma a que se possa re la c io nã-la com o seu correspondente em te cn o lo g ia edu cacio n al: o o b je tiv o com portam ental, 0 uso ind iscrim in ad o dos termos re sp o sta, c la s s e de resp o stas, propriedades de uma c la s s e de re sp o stas, dimensões de uma propriedade de uma c la sse de re sp o stas, comportamento e comportamento operante traz uma s e rie de problemas que, aparentemente, são co n tro v é rsia s e diverg ên cias e, de f a t o , não passam, na maior parte das vezes, de confusões semânti- 173 cas. F a l a r "com portam ento" r e f e r in d o (ou dando ê n fa s e ) à to p o g r a f ia (òu o u tra s c a r a c t e r í s t i c a s ) de uma c la s s e de re s p o s ta s ê a lg o m uito d i ­ f e r e n t e de f a l a r comportamento r e f e r in d o (ou e n fa tiz a n d o ) q u a lq u e r t ip o de r e la ç ã o e n tre asp e cto s p re c is o s de uma c la s s e de re s p o s ta s e aspec to s p re c is o s do am b iente. Os tip o s de r e la ç õ e s que se podem t e r uma p ro p rie d a d e e n tre (ou dimensões d e s ta ) de uma c la s s e de re s p o s ta s e aspe£ tos do am biente e s tã o esquem aticam ente ilu s t r a d o s nos Quadros 24 a 27. As c o n t r o v é r s ia s se acentuam quando se t r a t a de a p lic a ç ã o d o conhecim ento p s ic o ló g ic o . M uitos dos problemas p r á t ic o s envolvem v a r i á ­ v e is e d e te rm in a n te s de o u tra s a re a s e d i s c i p l i n a s pam aos l im it e s c ie n t íf ic a s das p e sq u isa s e conhecim ento dos p s ic ó lo g o s . mento de um organism o e mui t i determ inado e o "mui t i " s ív e l e esca - 0 com porta nem sempre e' a c e s ­ aos p s ic ó lo g o s p e lo s caminhos da p r ó p r ia d i s c i p l i n a . Nesse s e n t i ­ do, a p r e c is ã o de linguagem se to rn a ain d a mais n e c e s s á r ia . T a lv e z r ia s va­ das c o n t r o v é r s ia s sejam apenas o u tra s ta n ta s confu sões s e m â n tic a s , ou asp e cto s com plem entares do mesmo problem a, ou a in d a , dados re la c io n a _ dos a v á r io s pontos de um continuum , e t c . As q u estões do Quadro 17 e as c o n s id e ra ç õ e s acima trazem a exi_ g e n c ia de uma s í n t e s e , a n te s de d i s c u t i r os dados dos quadros s e g u in te s . Antes de q u a lq u e r o u tro a s p e c to , p a re ce s e r n e c e s s á r io e s c la r e c e r o con_ c e l t o de o b je t iv o com p ortam ental. E le e o problem a c e n t r a l lis e em toda a arva e d is c u s s ã o n e s te t r a b a lh o . A. 0 c o n c e ito de o b je t iv o comportamental na l i t e r a t u r a As confusões com o uso dos termos r e la c io n a d o s a comportamento ( h a b ilid a d e , r e s p o s t a s , a ç õ e s , desempenho, c la s s e s de r e s p o s t a s , compojr tamento o p e ra n te ) se acentuam ain d a mais quando se f a l a de " o b je t iv o s c o m p o rta m e n ta is ". Em alg u n s casos a confusão pode s e r j u s t i f i c a d a im p re c is ã o a c e it a c ir c u n s ta n c ia lm e n t e . Mas ha s itu a ç õ e s em que não pode a c e i t a r que se e s t e ja fa la n d o apenas de as p e cto s d e s c r it iv o s e a se. das ações de uma pessoa ( a q u ilo que e la fa z independentem ente do am biente ) quando é n e c e s s á r io r e f e r i r , i d e n t i f i c a r , ou e s c la r e c e r a r e la ç ã o 174 e n tr e o que a pessoa faz e o ambiente em gue_ ela o f a z . Ê c la ro <]u: s j Tin guagem co tid ian a nao fo i f e i t a para certo s tipos de usos (Copi, í 974) e suas c a r a c t e r ís tic a s podein v a r ia r in fin ita m e n te (Sk in n e r, 1957; Hayakawa, 1972; Staa ts e S ta a ts , 1973, pp. 202-284)7 Mas-no contexto ernquese pretende produzir conhecimento ou i n t e r f e r i r com a natureza, a lingua gem e um instrumento ou uma ferram enta que p re cisa e s ta r “ a fia d a " para a função que se lhe exige e de acordo com as im plicações que podem ad­ v i r de seu uso inadequado. Na lit e r a t u r a d is p o n ív e l, e p e rtin e n te a o b je tiv o s comportamejs t a is , encontramos estes mesmos problemas com o conceito de o b je tiv o com portam ental. As d e fin içõ e s enfatizam , no co n ce ito , aspectos topografi cos da cla sse de respostas “ descrever um o b je tiv o comportamental" (como fa z e r) ou to p o g rafias do,,comportamento" que deve ser d e s c rito pelo objja t i vo comportamental. Is to tra z , de im ediato, a confusão com o conceito de comportamento operante. Vários autores (De Cecco, 1968; Ste v e s, 1968; Wheeler e Fox, 1973; Gronlund, 1975; Popham e Baker, 1976a' e 1976b; Sh o rt, 1978; Ty - l e r , 1978) descrevem aspectos de to p o g rafia de classe s de respostas co­ mo sendo o que c a ra c te riz a o b je tiv o s de ensino. Todos concordam que o o b je tivo comportamental re fe re - se ao desempenho do aprendiz, que deve ocorrer ao f in a l das exp eriências de aprendizagem e que deve ser “ espec T f ic o " . Nenhum dos autores usa, na proposição do que se ja o b je tiv o com portam ental, as co n trib u içõ es da A nalise Experimental do Comportamento em relação ao conceito de comportamento operaote. Um exemplo c la r o , e exp licitam en te nomeado de "o b je tiv o compor tam ental", ê dado pela d e fin iç ã o de Vargas (1974, p. 43): “ Para ser com portamental um o b je tiv o deve: a) r e fe r ir - s e ao comportamento do aluno e não ao do pro fesso r; b) descrever comportamento o b servá vel; c ) esp ecifi_ car um rnvel ou c r i t é r i o de desempenho a c e it a v e l" . Os exemplos do l iv r o esclarecem que a palavra comportamento quer d iz e r "c la sse s de respostas" embora possa ser entendida de maneira d ife r e n te , sem o contexto do li­ vro. A d e fin iç ã o , porem, re fe re apenas aspectos d e s c r itiv o s das classes de respostas envolvidas no comportamento dos aprendizes. E la da ênfase na topografia (p rin cip alm en te) de uma cla sse de respostas e não na fel_a 176 ção que esta classe venha a te r com o ambiente em que ela ocorre. Mesmo Mager (1976), que F re ita s (1979, p. 10) considera como o autor que apresenta a tecnologia de d e fin içã o de o b jetivo s comportamenta is mais c la ra corno exemplo da ap licação dos conhecimentos da AEC, não escapa desse problema. A d e fin içã o proposta por Mager (1976, p. 23) crescenta a c a r a c t e r ís tic a de "condições" .ao que Vargas propôs, a- quando diz que as c a r a c t e r ís tic a s de um o b jetivo ú t i l são: 1) Desempenho - o que o aluno deve se r capaz de fa z e r; 2) Condições - condições importan­ tes em que se espera que o desempenho ocorra; 3) C r it é r io - a qualidade ou o n íve l de desempenho que sera s a t is f a t ó r io . Este co n ceito , no enta_n to , também e n fa tiz a a top ografia de classes de respostas mais do que a relação entre classes de respostas e aspectos do ambiente, deixando,ain da, lacunas a preencher na defin ição do que seja o b jetivo comportamen ta l. Duran e outros (1976) oferecem o conceito que mais se aproxima de uma "d e fin iç ã o mais funcional do que to p o g rá fica" de um o b je tiv o com portam ental. Para estes autores» o o b jetivo deve descrever partes funcioonais do ambiente, respostas funcionais e produtos das respostas fu n ci£ n ais. Por "partes fu n c io n a is" os autores entendem as propriedades d e classes de estímulos que se relacionam com as propriedades das classes de respostas que caracterizam o desempenho do aprendiz. "Produtos d e respostas fu n cio n a is" e o termo usado para r e f e r i r a “mudança no ambieji te " produzida pela classe de respostas envolvida no o b je tiv o . Sem dúvida, este conceito se aproxima bastante mais do que en­ tendemos por comportamento operante. Os autores consideram os trê s as pectos como componentes da descrição de um o b jetivo comportamental. Duran e outros (1976), porem, não chegam a propor um conceito de o b je tivo ou estabelecem relações com as propostas de Vargas (1974) e Mager (1976).. Também não esclarecem como se faz para descrever estes três componentes de um o b je tiv o comportamental ao se construírem objetj_ vos de ensino. Num desenvolvimento p o ste rio r do trabalho de Duran e colabora­ dores na Fundação CENAFOR,encontramos exemplos que indicam serem neces- 176 /amos tra n sc re v e r e comentar uri dos exemplos que encontramos no m aterial examinado. No Quadro 34 pode-se ver um exemplo d estes, ilu s tr a r i do os três componentes de um o b je tiv o comportamental conforme a a n a lis e de Duran e colab o rad o res. PARTES FUNCIONAIS RESPOSTAS FUNCIONAIS . Cafezal A p lic a r o fu n g icid a PRODUTOS E CRITÉRIOS Fungicida ap licad o em toda a v o lta do pe de . P u lve riz ad o r c a fe e iro , de baixo p£ ra cima, de m o d o a ati£ . Fungicida g ir o lado de baixo das folhas : . . . . : Quadro 34. Exemplo de uma descrição dos componentes de um o b je tiv o com porcamental a p a r t ir das informações elaboradas por Duran e colaborad£ res (1976). 0 exemplo não representa a versão f in a l do tra b a lh o , sendo apenas uma 'ilu s t r a ç ã o de p o ssíve is problemas decorrentes do co n ceito que se examina neste tra b a lh o . 0 que se observa no exemplo do Quadro 34 e que, nos dois p ri meiros componentes, estão d e sc rito s "c la s s e s g e ra is de estím ulos antece dentes" e "c la sse geral de uma re sp o sta ". Is to f ic a mais eviden te quan­ do encontramos no te r c e ir o componente (Produto de respostas fu n c io n a is ) a descrição dos c r it é r io s que e s p e c ific a ria m a "c la s s e de re sp o stas" e não o produto. A expressão "de baixo para cima" e uma d escrição da topo­ g ra fia de uma cla sse de respostas mais e s p e c ífic a do que " a p lic a r o fun g ic id a " . Não e o produto que ê "de baixo para cima" e sim a c la s s e d e respostas de " a p lic a r o fu n g ic id a " que exige movimentos e posições d e "baixo para cima" de forma a ob ter um produto "fo lh a s com fu n g icid a na p arte i n f e r i o r " . As classes de respostas e as c la sse s de estím ulos podem 177 ser detalhadas., e esp e cifica d a s ate o n ív e l de in te re sse para cada o b je tiv o comportamental. 0 problema ê: como faz e r is s o ? Em outros exemplos e mais d i f í c i l esta d is tin ç ã o e mesmo quase im possível d is c rim in a r quais os aspectos a d e ta lh a r. Para f a c i l i t a r e s c la re c e r o conceito de o b je tiv o comportamental e um procedimento e que nos pode le v a r a d escrevê-lo , vamos usar um exemplo simples e a n a lis a lo por etapas. B• Uma proposta para o co nceito de objetiv o comportamental.. E freqüente termos um verbo e um complemento esp ecifican d o um desempenho qualquer: e scre v e r um te x to , to ca r um instrum ento, agendar um retorno para um c lie n t e , dar um remédio, apresentar um argumento, fa z e r carin h o , aju d ar uma pessoa, cooperar com o grupo, c r i t i c a r um tra b a lh o , e tc . São exemplos de cla sse s de desempenho que poderiam se r o nosso pon to de p a rtid a para descrever um o b je tiv o comportamental. Mager (1977a) ensina um procedimento desses em seu l i v r o "A n a lise de O b je tiv o s " e Du- ran e outros (1976) de c e rta forma, também. Ambos, porem, o fazem em fun ção do conceito que apresentaram e que não co in cid e com o o b je tiv o des­ te tra b a lh o . Pretende-se aqui a n a lis a r e propor um caminho que a u x ilie a su p erar, em parte pelo menos, os problemas que estamos detectando na con trib u iç ã o desses d ife re n te s autores. Vamos co n sid era r um exemplo simples e os conceito s que aprese_n tamos ate agora para e x e m p lific a r o co nceito de o b je tiv o comportamental e o procedimento para descrevê-lo . Queremos propo-los a p a r t i r dos da dos e problemas que foram encontrados com o desempenho dos p a rtic ip a n tes deste tra b a lh o . Em vez de "p artes fu n c io n a is do ambiente" ou de "condições",va_ mos usar a expressão "c la s s e s de estím ulos an teced en tes"; em vez de "re ^ postas fu n c io n a is " e de "desempenho", usaremos "c la sse s de resp o stas" e em vez de "produto de respostas fu n c io n a is ", usaremos "c la s s e s de estímiu los conseqíientes". No pro p rio desenvolver da a n a lis e esclarecerem os po£ que a p re fe rê n cia por estas expressões. Se: considerarmos que gostaríam os de ensinar a alguém uma habi- 178 iidade simples como, por exemplo, a uma crian ça de 12 anos m i ;.< „>r. um t e lefo n e, poderiamos chamar ao "desempenho do aprendiz'1 limpar o t e lefone como o nosso o b je tivo de ensino. Poderiamos o b jeta r que e le ainda é .va­ go e que podería ser melhor e sp e cifica d o . Não vamos, porem-, e s p e c ific a lo a maneira dos autores j ã conhecidos. Para descrever comportamentalmente este desempenho vamos usar um quadro conforme esta ilu s tra d o a seguir (Ver Quadro 35), [ C” CLASSES DE ESTÍMULOS CLASSES DE RES­ ANTECEDENTES POSTAS ■ 'irr' n' 1,ji,,iji 1........... ..... .......... — -......... j CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES 1 £ i k -_________ . . Quadro 35. Componentes para a descrição de um o b je tiv o comportamental pa ra ensino. Ê c la ro que, para uma descrição de um o b je tiv o comportamental, não basta descrever as classes de respostas envolvidas em um programado ensino. Uma l i s t a de classes de respo stas, por maior e mais detalhada ou e s p e c ific a qúe s e ja , não descreve os comportamentos a in s t a la r n o aprendiz, Cada classe de respostas pode - e ta lv e z deva - dar in íc io a uma descriçan comportamental, para ser um instrumento u t il e que permi­ ta c o n s tru ir um programa de ensino. Tendo o nome da cla sse de respostas (lim par o te le fo n e , no e- xemplo e s c o lh id o ), b a s ta ria in d ic a r para cada classe de resp o stas, quais as classes de estímulos (aspectos do ambiente) que se relacionam com a classe de respostas em fo c o. Parâ fa z e r esta in d ic a ç ã o , porem, e u t i l uma c e rta ordem - o que jã e uma sugestão de procedimento para descrever um o b je tiv o compor tamental - na maneira de organizar a d escrição . 179 a - D escrição das c la sse s de estím ulos antecedentes re la cio n ad as a c la sse de respostas em foco no ob.ietivo comportamental. A prim eii a ta r e fa e DESCREVERAS CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES RELACIONADAS à CLASSE DE RESPOSTAS EM FOCO." Quando um organismo faz alguma c o is a , não o faz em um vácuo. E le toma contato com determinados aspectos do ambiente que tem re ia ça o com as suas ações. 0 "c o n ta to " pode ser através de qualquer um dos Õr gaos do se n tid o : o lf a t o , gosto, v is ã o , ta to , audição. 0 aspecto impor ta n te e que hã cla sse s de estTmulos do ambiente que estão em re la çã o com a c la s s e de resp o stas. 0 que importa e d e sc o b ri- Ia s. Se perguntássemos, no caso do exemplo que estamos examinando , "com o oue o organismo toma contato ao lim par o te le fo n e ? " poderTamos responder que e le toma contato com o te le f o n e . Se in s is tir m o s , podemos acre scen tar que também toma contato com m aterial de lim peza. Usando o modelo ilu s tr a d o no Quadro 35, pode-se te r o que es t i no Quadro 36, com os elementos obtidos ate agora. CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES CLASSES DE RESPOSTAS . te le fo n e . lim par o te le fo n e j CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES j . m a te ria l de lim pe­ za . _ _ . Quadro 36. P a rte de uma p o s s ib ilid a d e de d escrição comportamental c la s s e “ lim par o te le fo n e ". A d e s c riç ã o , porem, i s d a inadequada e in s u f ic ie n t e . Nao e ú t i l de_s c re v e r os componentes de um o b je tiv o comportamental dessa forma. Não e qualquer, nem todos os aspectos de um te le fo n e que estão relacionad os ã c la s s e “ lim par o te le fo n e ". Também não e qualquer m aterial de limpeza que se re la c io n a com esta mesma c la s s e de resp o stas. As c la s s e s de estT mulos antecedentes variam em generalidade conforme a c la s s e de respos 180 tas que esta em jogo. As vezes se pode te r "c la s s e s de estímc- • muito amplas" a ponto de serem "s itu a ç õ e s ". Outras vezes se pode ter unidades extremamente simples de e stím u lo s. 0 tip o de re la çã o em jogo e que d ir ã o que e quanto deve ser d e s c rito como "c la s s e de estím ulos antecedentes" As variaçõ e s na am plitude, quantidade e e s p e c ific id a d e do deta lhamento podem ser i n f i n i t a s . Pode-se, conforme a re la ç ã o que se q u ise r p r e c is a r , t e r pessoas, c o is a s , o b je to s , ações de o u tras pessoas, moví mentos, partes de coisas , de pessoas, de o b je to s , c a r a c t e r ís t ic a s de pes^ soas, f a t o s , even tos, inform ações, sons, lu z e s , e t c . Tarnbem poderiamos te r apenas quantidades p re c isa s ou fa ix a s de v a lo re s de quantidades d e qualquer aspecto desses. Cada aspecto desses pode v a r ia r ao longo de v a r ia s dimensões que pode assum ir e nem sempre todas estão e n v o lv id a s (ou importam des_ c re v e r) na re lação que se quer c a r a c t e r iz a r . lambem se pode t e r aspec­ tos "dinâm icos" do ambiente como c la sse s de estím ulos que são re le van tes para a relação e n vo lvid a . Mudança de e stim u la çã o , ausência de c e r tos e stím u lo s, re la çã o e n tre dois tip o s de estím ulos são exemplos de pr£ priedades de c la s s e s de estím ulos que podem s e r aspectos c r í t i c o s de ijn te re s se para uma/relação en tre c la s s e s de estím ulos antecedentes e d e c la sse s de respostas que se quer d escrever ou o b ter (no caso de um obj£ tiv o comportamental). Quais os aspectos que existem nessas c la s s e s de e stím u lo s? Quais tem re la çã o com a re sp o sta ? Quais as dimensões c r í t i c a s ? 0 quanto se deve d e sc re ve r? São todas perguntas que sõ podem ser respondidas emp irica m e n te. £ a re lação e o que se souber sobre a re la çã o o que permi­ tir a responder a estas perguntas. Sem d u vid a, muitas vezes o problema t£ ra que se r re s o lv id o atravé s de pesquisa. Sem d ú vid a, também, nao sabenios todas as c la sse s de estím ulo de in te re s s e para todas as c la s s e s de respostas e n vo lvid as nas re la çõ e s comportamentais de in te re s s e em e n s i­ no. Voltando ao nosso exemplo, ta lv e z os e stím u lo s, t a is como es­ tão d e s c r it o s , pudessem s e r v ir se a c la s s e de respostas e n v o lv id a fosse algo como " i d e n t i f i c a r um te le fo n e en tre v á rio s tip o s de objeto s domés­ t ic o s " . Como não ê este tip o de re la ç ã o em que se e sta in te re s s a d o , de181 ve-se a n a lis a r mais a d e scriçã o dos estím ulos antecedentes do exemplo em exame. Ha alguns tip o s de perguntas que podem a u x ilia r na descoberta de que c la s s e s (asp ecto s, dimensões, e t c . ) de estím ulos podem in te re s - sar para a d e sc riç ã o . Por exemplo: 0 que se usa ao r e a liz a r e sta c la s s e cie re sp o stas? Com que co isas (asp ecto s, p ro p rie d a d e s.. , ) se toma conta­ to (com qualquer um dos Õrgãos s e n s o r ia is ) ao r e a liz a r esta c la s s e d e resp o stas? No que se deve p re s ta r atenção ao r e a liz a r a c la s s e de r e s ­ postas? e tc . Ha, conforme a re la çã o em jo g o , outras perguntas que podem ser apropriadas para nos aju d ar a obter as respostas n ecessárias e per­ tin e n te s ao problema. No exemplo do "lim p a r o t e le f o n e ", se fizéssemos estas pergun­ tas ta lv e z obtivéssemos o que e stá d e s c r ito no Quadro 37. Neste quadro se pode ob servar que a d e scriçã o das cla sse s de estím ulos parecem mais " s i g n if i c a t i v a s " para as re la çõ e s que estão sendo examinadas. São cia s- Quadro 37. P a rte de uma d e scriçã o comportamental da c la s s e de relaçõ e s comportamentais "lim p a r o te le fo n e ". ses de estím ulos sem as quais as respostas da cla sse "lim p a r o t e le f o rie" não ocorreriam . E la s são im portantes exatamente por is s o : se não ex is tirem » Se o aprendiz não aprender a nota-las ou i d e n t i f i c ã - í a s , não .ex istid a a c la s s e chamada’1!im par o te le fo n e ? Mesmo que alguém sa ib a (e 182 r e a liz e ) todas as to p o g ra fia s das classes de respostas que. s." ostuma apresentar ao lim par um te le fo n e , se não l id a r , tomar co ntato , id e n t if i car (poderiamos d iz e r "e s ta r sob c o n tro le desses e s tím u lo s ") estas clas_ ses de estím u los, não estarã"!im pand o" nem sendo "capaz de lim p a r" u m te le fo n e . A re la çã o do organismo com estas cla sse s de estím ulos (aspec­ tos do ambiente) e que d e fin e a c la sse de comportamento e a sua possibj^ 1idade. £ por isso que se pode considerã-1as "condições n e c e s sá ria s" pa ra a o co rrên cia de uma c la s s e de respostas d e fin id a s* No exemplo hã ce rtas e s p e cifica çõ e s que ê in te re s s a n te exami nar. Por qye"ãlcoo1" e não "água e sabão", por exemplo? Por que pano de " f la n e la " ? Simplesmente porque foram considerados os adequados para es­ ta situ a ç ã o , Agua e sabão podem e n fe r r u ja r partes m etálicas do ap arelho; outros panos podem não dar b r i l h o . . ’. Quem t i v e r mais e melhores conheci_ rnentos de um assunto ou ãrea e que pode d iz e r o que e quanto é adequado. E mesmo assim o c r i t é r i o do que e adequado pode se r a lte ra d o por novas descobertas em re la çã o ao assunto. Por mais que alguém "en sin e" as c a r a c t e r ís t ic a s de uma de resp ostas, c la sse se não e n sin a r ao aprendiz a l i d a r com estas "condições nja c e s s a r ia s ", não e s ta rá ensinando o comportamento (e le e uma r e la ç ã o ). A emissão de cla sse s de respostas em s a la de a u la , por exemplo, e muitodi_ fe re n te da "o co rrê n cia destas respostas d ia n te dos estím ulos que c o n tro la r sua o c o rrê n c ia " devem (embora possam nio ser ainda os determinantes da probabilidade de o co rrê n cia ou da freq üên cia da c la s s e de re s p o s ta s ). Embora se e s te ja falando de o b je tiv o s de ensino , a expressão "condições n e c e s sá ria s" não deve ser confundida com "condições de e n s i­ no". Estas são condições f a c i 1it a d o r a s , a u x ilia r e s e a r t i f i c i a i s arran ­ jadas para classes de respostas também típ ic a s de situ açõ es de aprendi­ zagem. Pode haver, ãs vezes, cla sse s de respostas em que encontramos estím ulos tipicam ente acadêmicos. Se nossos o b je tiv o s envolverem a tiv i_ dades humanas com estas c a r a c t e r ís t ic a s , pode-se encontrar e ste t i pode estím u los. 0 problema das d ife re n ça s entre a tiv id a d e s e o b je tiv o s d e ensino e os d ife re n te s " n ív e is de o b je tiv o s com portam entais", porém, não e objeto deste tra b a lh o . 183 b. D escrição das c la s s e s de estím u lo s conseqüentes re la c io n a d a s a c la s s e de r e s posta s em fo co no o b je tiv o comportame.nta 1 e aos e stím u lo s antec edentes d e s c r it o s . Apôs termos concluTdo a t a r e f a de d e sc re v e r as c la s s e s de e stím u lo s antecedentes r e i aci onadas a cl asse de resp o stas em fo c o , ha uma segunda t a r e f a a se r r e a liz a d a : DESCREVERAS CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUEN­ TES RELACIONADAS A CLASSE DL RESPOSTAS EM FOCO E AOS ESTÍMULOS ANTECEDENTES DESCRITOS. Quando um organismo age em re la ç ã o a determinados aspectos do ambiente (que estamos chamando de "c la s s e s de estím u los a n te c e d e n te s ") e le muda, a lt e r a ou transform a esses asp e cto s. 0 que e le a l t e r a no ambj_ ente i um aspecto c r í t i c o , porque d e fin e a re la ç ã o do organismo com um segundo conjunto de aspectos do am biente: as c la s s e s de e stím u lo s conse* q(lentes de sua ação. Ao d e s c re v e r um o b je tiv o de forma com portam ental, e s ta re la ç ã o C ~ (R-S ) e um aspecto im portante da d e s c riç ã o . 0 tra b a lh o e in d ic a r as ca r a c te r ís tic a s re le v a n te s que deve t e r a a lte r a ç ã o no ambiente p ro du zi­ da p e la c la s s e de resp o stas em fo c o , nas condições de e stim u lo descrj_ tas como "c la s s e s de e stím u lo s a n te c e d e n te s". Destacamos a expressão "deve t e r " p ro p o sitalm en te para re s s a l- { t a r que estamos a n a lisa n d o os componentes de um o b je tiv o comportamental j e não descrevendo os componentes de um comportamento observado. Um o bj£ 1 t i v o comportamental propoe a re la ç ã o que deve e x i s t i r e não apenas des- ■* cre ve o que aco n tece. Nesse se n tid o e que se deve d e sc re v e r as c a ra cte ; r í s t i c a s do ambiente que deverão d e c o rre r (deverão s e r co nseq dencia,p ro i ! duto ou e f e i t o ) da c la s s e de resp o stas em fo c o , quando o organismo apre s e n ta - la perante as condições de e stím u lo d e s c r ita s como sendo a q u ilo com que se toma co n tato ao a p re s e n ta r a c la s s e de re sp o sta s. Se fo sse a d e s c riç ã o de um comportamento observado, a d e s c riç ã o se r e s t r i n g i r í a ãs c a r a c t e r í s t i c a s do que d ecorre da ação do organismo. £ obvio que desta forma não s e r ia , n ecessariam en te , a d e s c riç ã o de um o b je t iv o , A obsenra çao de comportamentos, p o d e riâ s e r uma fo n te de dados para o b te r compo nentes de um o b je tiv o com portam ental, desde que a p o s s ib ilid a d e de os e f e i t o s do comportamento fossam , com segurança, aqueles que devem s e r o_b tid o s (No caso de,observarm os comportamentos de p e r ito s trab alh an d o condições i d e a is , por exem plo). 184 em Em relação a este componente (classes de estTmulos ccn..-qüente s) e importante descrever os detalhes su fic ie n te s e relevantes para c a ra cte riz a r a alteração no ambiente que deve re s u lta r da apresentação de cada classe de respostas do aprendiz diante das classes de estTmulos j antecedentes d e scritas. Qual e o produto (ou e fe ito ) que deve ser obti- | do (ou produzido) por cada classe de respostas d e s c rita ? j Da mesma forma que nas classes de estTmulos antecedentes, nas conseqüentes pode haver d iferen tes e variados aspectos envolvidos. Alem dos aspectos comuns, porem, as classes de estTmulos conseqdent.es podem te r algumas caracterT sticas que vale a pena destacar pela função que p£ dem te r em uma descrição de um o b jetivo comportamental. Um tip o de c a r a c t e r ís tic a e que as classes de estTmulos conseqüentes necessariamente se seguem as classes de respostas. Sao o que se pode chamar de produtos ou e fe ito s da classe de respostas. Estes produ­ tos ou e fe ito s podem ocorrer imediatamente apos a apresentação da c la s ­ se de respostas ôu podem demorar tempos variados para ocorrerem. Em a l­ guns casos, também, estes produtos ou e fe ito s podem não ser facilm ente id e n tific á v e is como e fe ito s da classe de respostas pelo organismo que apresenta a classe de respostas que os produz. Uma demora na ocorrência desses e fe ito s , mesmo pequena, pode fazer com que o organismo nao a i- den tifiqu e. Ou, também, o e fe ito pode não ser id e n tifica d o pelo organi_s mo por este não ser capaz de nota-lo. Nenhuma dessas co isas, porem, de­ ve impedir de colocar as c a ra c te r ís tic a s relevantes no o b je tiv o . Ainda em relação aos e fe ito s produzidos pela classe de respos­ ta s, ãs vezes eles podem depender de te rc e iro s ou serem a r t i f i c i a i s (no sentido de criados pelo homem). Tambim estes devem ser d e scrito s. Uma segunda c a r a c t e r ís tic a de classes de estTmulos que se se­ guem ãs classes de respostas são aquelas que exatamente apenas se seguem mas não são produzidas pela classe de respostas do organismo, Aciden - ta is ou ocasionais elas não sao importantes para a descrição de um obje^ ti vo comportamental. Se forem, deve-se descobrir qual a classe de res postas que os produzem e, então, descrever um outro o b je tiv o . No exemplo em exame, descrevendo quais os e fe ito s que deve te r a classe de respostas"1 impar o te lefo n e" em relação a classe de estímu- 185 los antecedentes d e s c r it a , o b te r- s e - ia algo semelhante ao que e stá n o Quadro 38. CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES CLASSES DE RESPOSTAS . á lc o o l . lim p ar o te le fo n e . pano de f la n e la . te le fo n e . s in a is de s u je ir a comuns em t e le f o ­ nes: manchas, p5, s in a is de gordura e tc . CLASSES DE ESTÍMULOS j CONSEQÜENTES j 1 . te le fo n e lim p o ,se m i pó ou s in a l de go_r j dura em toda a su- | p e r fíc ie a v is t a , j seco e sem c h e iro i de fumo | . o móvel onde e s t iv e r o te le fo n e deve f i c a r seco e sem s in a l ou mancha de á lc o o l Quadro 38. P a rte de uma d e s c riç ã o comportamental da c la s s e de re la çõ e s comportamentais "lim p a r o te le fo n e ". Neste Quadro pode-se o b serva r que fi cou cl aro o que se entende "lim p a r o t e le f o n e " . Qualquer que s e ja o que um organismo faça, el e por devera d e ix a r o "am b ien te" com as c a r a c t e r T s t ic a s d e s c ri tas na tercei ra coluna d o Quadro 38. Também podemos n o ta r que as c la s s e s de e stím u lo s conseqüentes en­ volvem c la s s e s de e stím u lo s p e r c e p tív e is pela v i s t a ( p ó ), ta to (g o rd u ra) e o lf a t o (c h e iro de fum o). Também se nota que aparecem do is novos a s p e c to s : c h e j ro de fumo e movei onde f i c a o t e le fo n e . No conjunto do Quadro, "lim p a r o te le fo n e " c o n s is te em fa z e r alguma c o is a para passar da s itu a ç ã o d e s c r it a como "c la s s e s de e stím u lo s a n te ced en te s" para a s itu a ç ã o d e s c r it a como "c la s s e s de e stím u lo s c o n se q ü e n te s". c. D escriçã o das c a r a c t e r í s t i c a s da c la s s e de re sp o stas capa zes de p ro d u z ir a mudança das c la s s e s de e stím u lo s antecedentes para as c la s s e s de estím u lo s cohseqüentes. Essa " alguma co is a a f a z e r " e o te r- j c e iro componente de um o b je tiv o comportamental a se r examinado e descrj_ to . 0 foco de in te r e s s e agora é : QUAIS CARACTERÍSTICAS DA CLASSE DE RES_ POSTAS- SAO CAPAZES DE (OU RESPONSÁVEIS POR) PRODUZIR A MUDANÇA DAS CLAS SES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES PARA AS CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES. 186 j j | J S Até este ponto da analise a expressão "limpar o telefone" pare cia dizer o que o organismo fazia. Com as duas descrições anteriores,po rem, a expressão não parece mais suficiente para descrever, o que o ôrga. nismo faz e sim parece apenas o nome da rei ação. entre "algo que o orga­ nismo faz" e a "mudança ocorrida no ambiente". A próxima tarefa é desço brir e caracterizar este "algo que o organismo faz". A descrição poderá envolver diferentes aspectos do que um orga_ nismo é capaz de fazer. 0 que importa, porem, é descrever apenas aquilo que e mais adequado para obter o produto sem esforço inútil ou algum ti_ po dc prejuízo para o organismo. Saindo cia situação do exemplo, as características das classes de respostas que podem produzir os efeitos descritos, variam em relação a muitas coisas. Para alguns casos serã relevante descrever a quantida­ de de uma determinada unidade de resposta (quanto deve ser feito para conseguir), outras vezes e o prazo ou latencia que e importante (quanto pode demorar apos aparecer as classes de estímulos antecedentes), tras, ainda, e a forma do movimento (topografia da resposta). ou­ Força freqüincia, duração, intensidade, etc. são outras características , que podem estar envolvidas na classe de respostas responsável pela mudança no ambiente. Cada uma dessas características ainda pode variar ao longo uma infinidade de valores onde de somente alguns (quando não for um valor so) serio capazes de produzir o efeito descrito como sendo a mudança im portante a obter no ambiente. Alem dessas características da classe de respostas, as vezes , hi situações em que e necessário especificar "quando a resposta deve ocorrer". Isto so acontece nos casos em que ha um limite ou espaço de tem po entre cada resposta (por exemplo, tomar um comprimido de seis em seis horas). Nestes casos deve-se cuidar para não confundir a "situação em que a resposta deve ocorrer" (classes de estímulos antecedentes) com "as ca racterfsticas da classe de respostas". As vezes, também, pode ocorrer que haja um instrumento defini­ do para realizar a resposta o é somente com ele que a resposta deve ser realizada para obter o efeito descrito. Somente nos casos em que ha uma 187 lim itação-de instrum ento é que e sta lim ita ç ã o faz p a rte da d e scrição da c la sse de resp o stas. Caso c o n trá rio também e la f a r i a p a rte das cla sse s de estím ulos antecedentes. Pode h aver, a in d a , outras c a r a c t e r ís t ic a s im portantes para des c re v e r as c la sse s de respostas capazes de p ro d u z ir os e fe ito s no ambieji te . Para cada caso ha que se fa z e r a a n a lis e ap rop riada. D e s co b rirq u a is as c la sse s de re sp o sta s, as c a r a c t e r ís t ic a s e dimensões re le v a n te s ê uma ta r e fa de pesquisa e c a r a c t e r iz a o p ro p rio tra b a lh o de d e scre ve r objeti_ vos de ensino sob a forma comportamental. Voltando ao exemplo do Quadro 38 e tentando responder ã pergun ta : "Quais as c a r a c t e r ís t ic a s da (ou corno d e v e ria se r a) resp o sta que o aprendiz conseguisse ob ter o e f e it o para (ou produto) d e s c r ito nas coni diçÕes de estim u lo d e s c r it a s ? " , poder-se-ia t e r o que o Quadro 39 i l u s ­ tra . CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES . á lco o l . pano de f la n e la . te le fo n e . s in a is de s u je ir a comuns em t e le f o ­ nes; manchas, po, s in a is de gordu­ r a , e tc . ( CLASSES DE RESPOSTAS passar o pano umedecido em álcool por toda a s u p é rfí c ie v i s í v e l do t e ­ le fo n e , mantendo-o d is ta n te pelo me­ nos t r i n t a centlme tro s do movei onde e s t iv e r apoiado, sem d e ix a r e sco r­ r e r á lc o o l, em um tempo menor que dois minutos CLASSES DE ESTÍMULOS? CONSEQUENTES te le fo n e lim po, sem po ou s in a l de gordura e m toda a s u p e r f í­ c ie ã v i s t a , se co e sem ch e iro de fumo o movei onde es_ t i v e r o t e le f o ­ ne deve f i c a r seco e sem s i nal^ou mancha de á lc o o l Quadro 39. P a rte de uma d e scriçã o comportamental da c la s s e de re la çõ e s compórtamentais "lim p a r o te le fo n e ". No Quadro 39 oode-se o b servar a d e sc riç ã o da c la s s e de respos­ tas que. produz a mudança de ambiente que se denomina "lim p a r o te le f o n e ". Neste Quadro se observa que a d e sc riç ã o da c la s s e de respostas contemos " c r it é r io s de desempenho" ou as c a r a c te r T s tic a s da c la s s e que são res - 188 ■ pc.nsareis pela obtenção do efeito ou produto descrito na tv . : na (classes de estímulos conseqílentes). A relação entre a cl -c. colu­ de res postas e o ambiente esta mais clara que estava ao ser iniciada esta anã li se como podemos ver se compararmos o Quadro 39-com o 36. d. Verificação da descrição dos três componentes de um objeti­ vo comportamental. Além de fazer a descrição dos tres componentes, podese verjflcar, no conjunto, como estão estas descrições. Esta verifica ção pode ser feita em relação a, pelo menos, quatro aspectos. " Elementos necessirios em cada componente, A tarefa de descrição, porem, ainda não esta completa. Depois de se obter os dados sobre os três componentes de um objetivo comportamental é necessário, ainda VERIFICAR SE A DESCRIÇÃO FEITA TROUXE NOVOS ELEMENTOS A ACRESCENTAR NOS COMPONENTES DESCRITOS. No exemplo em exame nota-se (ver Quadro 39) que, ao descrever os componentes, foram incluídos aspectos relacionados ao "cheiro de fu­ mo" e "manchas nos moveis". Isto implicou em que houvesse necessidade de acrescentar o aspecto da resposta "a, pelo menos trinta centímetros do mover'. Ainda se deve acrescentar aspectos nas "classes de estímulos an_ tecedentes"’relacionados ao cheiro e ao móvel, Conferindo o conjunto tem que ser obtida uma descrição dos componentes cujo conjunto possa, sem djj vida, receber o nome que deu origem ã descrição: "limpar o telefone".No Quadro 40 pode-se ver a descrição completa dos três componentes da "re­ lação entre o que o organismo faz e o ambiente em que o faz" chamada " Iimpar o telefone". Cada aspecto descrito nos componentes da relação especificada no Quadro 40, tem uma função. As características da classe de resposta são descritas e precisadas de acordo com o efeito que se quer no ambien_ te. Não ê qualquer característica, dimensão ou quantidade que importa , mas sim os aspectos responsáveis pela obtenção do efeito que se quer oj> ter no ambiente. No exemplo usado, o aspecto "pano umedecido" e relaci_o nado a "não manchar o móvel", "não escorrer álcool", não estragar o ap_a rolho usando um excesso de álcool no pano a ponto de entrar liquido nos mecanismos do aparelho, etc. A distancia mínima (30 cm) e uma garantia 189 CLASSES DE ESTÍMULOS ' ANTECEDENTES CLASSES DE RESPOSTAS 1 ’—--- . ãlcool . pano de flanela . telefone I | | 1 . sinais de sujeira comuns em telefones: manchas, po, sinais de gordu­ ra, cheiro de fu­ mo, etc. . mõvel onde fica o telefone «CLASSES DE ESTÍMULOS j CONSEQUENTES . passar o pano umede . telefone limpo, sem cido em ãlcool por po ou sinal de gortoda a superfície dura em toda a su visível do telefone, perfície a vista, mantendo-o distante, seco e sem cheiro pelo menos, trinta de fumo centímetros do movei . o mõvel onde esti onde estiver apoiado, ver o telefone d_e sem deixar escorrer ve ficar seco e alcoo" e em tempo me sem sinal ou mannor que dois minutos cha de ãlcool j 1 j | \ | j i \ J 1 | 1 Quadro 40. Descrição dos tres componentes da relação entre o que um ora_a nismo faz e o ambiente em que o faz, que se podería chamar de "limpar o telefone". para que a resposta nao produza um efeito indesejável (manchar o movei). 0 tempo de dois minutos refere-se a que o efeito seja obtido em um tem­ po adequado (imagine alguém levar meia hora. para limpar um telefone) ao que esta em jogo. 0 que importa, no conjunto da descrição, e que os aspectos ex­ plicitados sejam os relevantes para o organismo lidar com sucesso com os aspectos do ambiente com que ele toma contato em sua vida. 0 exemplo usado nos Quadros 36 a 40 i simples mas ainda permi­ te algumas considerações: - Generalidade das descrições de cada componente. A primeira delas e sobre a generalidade das descrições dos três componentes. Poderiamos especificar qualquer um dos tres componentes ern as­ pectos ainda mais moleculares. A classe de estímulos antecedentes, por exemplo, podería espe­ cificar que ,tipos de telefone interessam 190 (talvez sÕ interessasse alguns) ou o tamanho do pano, ou o tipo de álcool, etc. A classe de respostas também poderia ser especificada, em deta­ lhes maiores do tipo: segurar o telefone de uma maneira definida (topo­ grafia), quanto deveria ser umedecido o pano, forma e direção dos movi­ mentos com o pano sobre a superfície do telefone, etc. 0 mesmo pode ser feito em relação ao terceiro componente. Qua_n to de cheiro seria considerado "sem cheiro"? (por exemplo). Ou quanto s£ ria considerado aceitãvel para considerã-lo sem põ ou sem gordura? 0 nTvel de especificação de qualquer um dos componentes pode va_ ri ar em função de diferentes aspectos. Pode ser mais amplo ou mais res­ trito de acordo com o tipo de objetivo: ê terminal ou intermediário, re fere-se ao objetivo de um curso, de uma disciplina, de uma unidade ou a_ tividade instrucional? Cada tipo de objetivo exige um grau de especifi­ cação apropriado. 0 nTvel de especificação também pode variar de acordo com o aprendiz e o tipo de situação para o qual se quer prepara-lo. Se o apre£ diz do exemplo usado fosse um funcionário da companhia telefônica, ou um serviçal encarregado da limpeza dos telefones em uma agencia telefônica, ou urna encarregada da limpeza de uma grande agência de Banco com muitos tipos de telefone, as especificações poderiam se alterar. Isto e comum quando, por exemplo, uma mesma disciplina ê desenvolvida em um curso de graduação, pos-graduação, especialização, extensão ou atualização. 0 grau de profundidade (especificação) do objetivo variara embora seja a mesma disciplina. Outras vezes o nTvel de especificação e dado pelo grau de co nhecimento das variáveis. Nem sempre se sabe o suficiente para caracteriza-las mais ou melhor do que se consegue. A pesquisa e o desenvolvi mento do conhecimento é que permitirão especificar mais ou melhor cada variãvel envolvida nos componentes de uma relação com o ambiente. Outras vezes, também, o nTvel de especificação pode ser maior ou menor em função da natureza das variaveis. Ha variáveis cuja quanti­ ficação pode chegar a níveis de mensuração intervalar ou de razão. Ha também variáveis que sõ podem chegar a um nTvel de especificação nomi 191 nal ou ordinal (Levine e E l z e y , 1976). Os níveis de mensuração adequados a natureza de cada variável ou situação (pode não ser necessário mais que um nível nominal de mensuração para o problema em foco) e que deter mina a especificidade da descrição. Enfim, nso se especifica cada componente só por especificar. 0 que importa e a adequação do nível de especificidade da descrição para a relação que se quer descrever. ~ Tipo de variáveis envolvidas em cada componente. Al em do nível de especificação das variáveis também se pode va riar a quantidade e o tipo das variáveis envolvidas na descrição de ca­ da um dos componentes de um "comportamento" ou "objetivo comportamen - tal”. Novamente, a relação que se quer descrever, as características do organismo que vai agir e a natureza do que esta tas e quais variaveis descrever . em jogo, determinamquaii Provavelmente, voltando ao exemplo analisado, serão diferentes as variáveis descí itas en um objetivo com portamental se o aprendiz for uma pessoa que trabalha com a limpeza um telefone domestico ou se for um funcionário da Companhia de telefônica que trabalha com a limpeza de telefones públicos. ■' Possibilidade de decomposição de cada um dos componentes, Um outro aspecto a considerar em relação a descrição de um ob_ jetivo comportamental e a possilidade de decompor .em varias sub-clas­ ses cada um dos componentes de um objetivo comportamental. Conforme a amplitude da descrição, pode-se decompor em unidades de comportamento ainda menores. No exemplo poderiamos ter unidades como: segurar o tele_ fone, umedecer o pano, fio do telefone, gancho do telefone, dobrar o pano, posição do telefone no movei, etc. Este problema, especificamen­ te, refere-se ã decomposição do objetivo e não será analisado neste tra_ balho. e * 0 que e um objetivo comportamental. Considerando as anali­ ses feitas pode-se propor alguns, aspectos que deve conter o conceito de um objetivo comportamental. Ate agora, pode-se dizer que um objetivo e comportamental quando especifica: a) as características da resposta(ou classe de,respostas) de um aprendiz, responsáveis pela obtenção de 192 um determinado e f e it o ou produto no ambiente "n a t u r a l" em que < ■ aprendiz v iv e ou vai v iv e r (fo ra da s itu a ç ã o de aprendizagem ou de e s c o la ); b) as c a r a c t e r ís t ic a s das c la s s e s de estím ulos antecedentes e x is te n te s nas situ açõ es onde a c la s s e de respostas deve o c o rre r e que estejam re la cio n ad as com e sta c la s s e de resp o stas e , c ) as c a r a c t e r ls t ic a s das cla sse s de estím u los conseqüentes que e sp e cifica m os e fe it o s ou produtos os (mudanças no am biente) r e s u lta n te s da c la s s e de resp o stas , d ian te da s itu a ç ã o c a ra c te riz a d a pelas c la s s e s de estím u lo s anteceden tos d e s c r it a s . A e s p e c ific id a d e das c la s s e s de respostas (e sua d e fin iç ã o £ p e ra c io n a l) não pode s e r confundida com a d e sc riç ã o comportamental.Um o b je tiv o comportamental - em qualquer n ív e l de abrangência - d e v e r ia , de acordo com o co n c e ito pro posto, co n ter uma d e s c riç ã o dos t r i s com­ ponentes e n vo lvid o s na re la ç ã o e n tre o que o organismo faz e o ambiejn te em que o fa z . 5. FONTES E PROCEDIMENTOS PARA SE OBTER DADOS PARA DESCREVER O B JE H VOS COMPORTAMENTAIS A obtenção'dos dados n e c e s sá rio s para d e s c re v e r os componen­ tes de um o b je tiv o comportamental pode s e r f e i t a de d ife r e n te s manei­ ras. Pode-se p a r t i r do exame das necessidades de uma comunidade e se fa z e r uma a n á lis e das c la s s e s de resp o stas e de estím u lo s e n v o lv i­ dos no atendimento dessas necessidades (Botome e o u tro s , 1979). Podese também p a r t i r de um levantam ento dos comportamentos que as pessoas en vo lvid as ou a tin g id a s pelo ensino consideram re le v a n te s i n s t a l a r (Duran, 1975; Popham e B ak er, 1976a; S h o rt, 1978). Também se pode par­ tir de documentos que e sp e cifica m carg o s, fu n çõ es, a t r ib u iç õ e s , e tc . (Kaufman, 1977) ou de a n a lis e de t a r e fa s j ã conhecidas e r e a liz a d a s de maneira adequada (Mechner, 1974). Também se pode e x t r a ir c la s s e s respostas e de estím ulos que d if in ir ia m o b je tiv o s comportamentais p a r t i r de estudo das pesquisas c i e n t i f i c a s d e a e das descobertas que po - dem i n t e r f e r i ) ' com o comportamento humano ( T y le r , 1978). Outras fon tes podem se r ex p lo rad as, descobertas ou in v e n ta d a s, além das tra d i - 193 cionais que ja se conhece (currTculo, por exemplo). 0 importante e chia gar a descrever comportamentalmente e avaliar sistematicamente o que foi levantado e descrito. Dessa forma poderemos ter. cumulativamente, mais e melhores objetivos com qualidade e relevância assegurados por procedimentos de pesquisa sistemáticos. Eles podem constituir um pa trimonio preciso sobre como devem se comportar as pessoas em diferen­ tes situações e atividades humanas. Estes aspectos (ponto de partida para obter os objetivos ■ , procedimentos, avaliação) não são, porem, alvo deste trabalho. Consti_ tuem por si sos novos estudos, tão ou mais extensos que o que ora é apresentado. 0 que importa destacar e que a adoção de objetivos comportamentais no ensino pode levar a termos que propor com c lareza quais os comportamentos (não as respostas) que consideramos significativos de valor em qualquer assunto, atividade, situação de vida e para ou a s diferentes pessoas envolvidas. Talvez, inclusive, seja promissor para o trabalho do psicõí_o go poder com maior precisão na promoção de melhores comportamentos (descobrí-Ios e, de certa forma, invente-los) onde tem sido tradicio­ nalmente mais difundido e frequente e remediar ou "curar” comportamen tos problema ou, quando muito, preveni-los eliminando ou minimizando os fatores que os determinam (Botome, 1977a). Remediar problemas comportamentais, prevenir comportamentos inadequados e promover comportamentos significativos compõem uma hie­ rarquia onde, parece, ser possível a programação de ensino - enquanto area de pesquisa e de tecnologia comportamental - dar uma contribui ção mais especificamente sua em relação a promover comportamentos sij£ ni.fi ca ti v o s . No centro dessa possibilidade parece estar localizado - e ser necessário - o conceito de objetivo comportamental. Não basta, para istò, definir ou descrever objetivos sob a forftia.comportamental a partir de conteúdos ou informações tradiciona­ is (Ribes, 1976). Ê necessário ir mais longe com a Analise Comporta mental tanto quanto com a pesquisa e tecnologia correspondentes. 194 Muitas vezes um objetivo e uma invenção de comportcn.&ntos (relações com o ambiente) ainda inexistentes, e, portanto, è uma pro­ posta para novos comportamentos. forma, desafio Este ê um dos problemas e, de certa de um programador de ensino: como inventar os comportji mentos que tem significado e valor para a vida humana. Não se trata de propor qualquer comportamento mas aqueles que, realmente, correspon dem ar> mais significativas aspirações em termos de valor e qualidade da vida humana. Também se pode considerar (ou chamar) de proposta porque e uma alternativa entre outras. Sempre pode haver outros comportamentos tanto ou mais adequados para a situação na qual o organismo vai se com portar. 6. COMPARAÇÃO ENTRE OS CONCEITOS DE OBJETIVO COMPORTAMENTAL PROPOS­ TO NA LITERATURA E NO PRESENTE TRABALHO Comparando o conceito apresentado neste trabalho com o de Ma_ ger (1976) e de Vargas (1974) pode-se destacar ainda mais alguns as­ pectos relevantes para se usar objetivos comportamentais no ensino. .Considerando o que Mager (1976 , 1977b) e ,;Whee1er. e (1973) definem como condição em um objetivo, temos apenas que deve Fox ser "aquilo que o aprendiz tera ou não terã para demonstrar” o desempenho esperado. A situação de verificação e uma situação de ensino e não da vida do aprendiz. Um objetivo deve descrever as situações para a s quais se quer preparar o aprendiz a lidar na vida que tera ( ou tem ) no seu ambiente natural (de vida) fora da escola e não os "elementos que terã a disposição ou de que será privado ao demonstrar domínio do objetivo" (Mager. 1976, p. 121). A situação descrita no objetivo e a queia em que o aprendiz vai ter que agir quando for usar o que apren­ deu na escola e não "aquele em que o professor vai verificar se ele sabe". Neste sentido e que o componente do objetivo e mais a "descri­ ção da situação diante da q u a l " do que a "descrição da condição dada". Da mesma forma se podem analisar os aspectos relacionados ao desempenho do aprendiz. A exigência nao deve ser apenas que seja "ob­ servável", "mensurável", "específico", e sim que seja a descrição das 195 características da classe de respostas do aprendiz capazes de obter g efeito desejado no ambiente. Se for necessário, pode-se escolher al­ guns aspectos que sejam mais econômicos (custo de resposta), mais efi cazes, etc. do que outros. 0 critério porem ê a re la çã o com o ambien­ te. 0 "mensurável", "observável" etc. sao consequências ou decorren cias da especificação que se pretender ou necessitar nos objetivos de ensino. Se for o caso, para fins de observação no ensino, escolhere­ mos indicadores para inferir a aprendizagem e a possível generaliza ção. 0 indicador, porem, e um problema das condições de ensino e do objetivo comportamental não (Mais adiante serã considerada a diferença entre objetivo comportamental, instrucional, geral, terminal, etc.) . As diferenças entre objetivo comportamental e analise comportamental de atividades e condições de ensino escapam ao objetivo deste traba lho. Os "critérios de desempenho" também mudam de função. Elesnao mais se referem aquilo que o professor aceitara como evidencia prendizagem de a- e sim as características e dimensões da classe de respos tas Que serão capazes de mudar o ambiente na d ireção desejada. Ò produto não é corno o concebem Popharn e Baker (1976a): uma evidência observável quando não se pode observar o comportamento. Tra_ ta-se agora, talvez, do aspecto mais importante - definidor ate comportamento. Nesse sentido que o resultado ultimo do ensino do ta lv e z não seja a mudança no desempenho do aluno como afirmam Vargas (1974), Mager (1976) e Short (1978) e sim o efeito ou resultado do desempenho aprendido, no ambiente onde o aprendiz vai apresentar este desem penho. E pouco provável que o que se queira como resultado final de educação seja apenas emissões de classes de respostas dos aprendizes independentemente dos efeitos que elas venham a ter sobre o ambiente onde serão apresentadas. 0 que os aprendizes vão conseguir, produzir ou alterar com estas classes de respostas e que parece ser o dado crucial para avaliar o que se fez em educação. 0 conceito de objetivo compor­ tamental como ê proposto neste trabalho inclui este aspecto na própria analise dos componentes de um objetivo de ensino. 196 Deve haver - trabalhando com o conceito proposto ■ im p lica­ ções para o planejamento de a tiv id a d e s , m a te ria is e situ a çõ e s de ensi_ no bem como para a a v a lia ç ã o do desempenho dos aprendizes e dos pro gramas de ensino, Estas im p lica çõ e s, porem, também não são o b jeto de a n a lis e do presente tra b a lh o . Ainda se poderia a n a lis a r outras d ife re n ç a s e n tre os c o n ce i­ tos de o b je tiv o propostos na li t e r a t u r a e neste estudo. Nem tod as, po rem, poderão se r desenvolvidas sem u ltra p a s s a r o que e s te tra b a lh o tem como proposição. 7. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E “ OUTROS TIPOS DE OBJETIVOS'* Uma dessas im plicações e quanto a re la ç ã o e n tre o b je tiv o s gje r a is , te rm in a is , e d u cacio n ais, in te rm e d iá rio s ou in s tr u c io n a is . unbora a li t e r a t u r a (De Cecco, 19(58; Vargas, 1974; Gronlund, 1975 e S h o rt, 1978) considere um o b je tiv o comportamental como um"ob» j e t i v o e s p e c T fic o “ , pelo ate agora exposto não se poderia a c e it a r f a ­ cilm ente esta id en tid ad e entre um e o u tro . Um o b je tiv o pode se r termi_ nal e se r comportamental; ser in te rm e d iá rio e também s e r comportament a l ; s e r j n s t r u c io n a l e se r comportamental, e tc . Também pode se r qua_l_ quer uma dessas trê s cate g o rias e não ser comportamental. Gonçalves e Botomê (1980) analisando os o b je tiv o s de um pro­ grama para e n sin a r estudantes de nTvel p r e - u n iv e r s itã r io e u n iv e rs itá . r io a r e d ig ir d is s e rta ç õ e s , descrevem o b je tiv o s comportamentais em d_i_ versos nTveis de g eneralidade. No Quadro 41 pode-se observar quatro nTveis de c la ss e s de res postas id e n tific a d o s pelos autores em re la çã o ã a tiv id a d e de e sc re ve r uma d is s e rta ç ã o . Os re tâ n g u lo s, no Quadro 41, contem apenas nomes ge­ nérico s de cla sse s de respostas em quatro d ife re n te s nTveis de compl£ xidade. Na coluna da esquerda temos a classe mais geral e ã d ir e i t a as classes mais especT ficas contidas nessas cla sse s g e r a is . Cada um ses nTveis pode ser d e s c rito sob a forma comportamental. 197 de_s CO m ^ vso a asffX isa sD vsfU B a sm sstaxx I l< MHUBIIIIIII l— i) i<> IM'HFjfJ Quadro 41. Classes de respostas de diferentes níveis, envolvidas na atividade "construir dissertações de diferentes formas e conteúdos", Os nTveis a__direita represen tam_especifi caçoes de classes de respostas envolvidas nos nTveis a esquerda a que estão ligados . No Quadro 42 podemos observar a descrição compu»’, = ' .ai do nível mais geral das classes de respostas do Quadro 41. A d a s s e ge ral "construir dissertações de diferentes formas e conteúdos" é des­ crita nos tres componentes, explicitando o que está envolvido na rela_ ção descrita pelo nome geral da classe. Na coluna chamada "classes de estímulos antecedentes" observa-se aquilo que a pessoa que vai "cons­ truir a dissertação" deve "levar em conta" (tomar contato) ao apresen tar a resposta descrita na coluna "classes de respostas". Nota-se que são classes gerais de estímulos e não dimensões específicas de estímiu 1o s . Na coluna "classe de respostas" do Quadro 42, observa-se que não ha uma especificação muito grande da classe de resposta envolvida. É proposital que esta classe esteja descrita de maneira ampla não importa muito as maneiras porque (topografia, quantidade, usando maquina de escrever.,.) específicas do escrever. Nesse nível se admite q u e qualquer maneira de escrever pode ser aceita, desde que obtenha os r£ sultados descritos na coluna ã direita dc Quadro 42. Na coluna "classes de estímulos conseqüentes" do Quadro 42 , observa-se os aspectos do produto e dos eveltos que são relevantes pa^ ra caracterizar o objetivo comportamental. As partes grifadas referemse a efeitos a observar a um prazo maior, enquanto as partes não gri­ fadas referem-se a características do produto imediato da resposta e_s crever. Também são características gerais necessitando, para fins ensino, de maiores analises. Neste nível de. (de objetivo geral), porem , e suficiente este grau de especificação. No conjunto dos tres compo nentes observa-se que e bastante claro o que se quer obter como "re sultado de um programa de ensino". Nenhum dos componentes do Quadro 42 refere-se a atividades de ensino, atendendo ãs características do que foi conceituado como obj_e tivo comportamental neste trabalho. 199 --- i CL A SSt D f; RESPOSTAS des t; r i ç Ao D0 C 0M P 0 R rA M F N T 0 CLASSES DE f.SiIMWI.OS CLASSE LI ANTECimiNíFS Iimrr_u ^ ___ _ ____ . __ .. _ -- , respomas j D isse rtaçõ es de for< ma, extensão e oon •• ( teudos va ria d o s cori■ te-iJo: Tema t CONSTRUIR ! . io p ico ( e x p lic it o ; ovi íKva) apropriado | oós le it o r e s . lonico DISSERTAÇÕES t c r DF. DIFERENTES FORMAS REV ER C a r a c t e r ís t ic a s dos le it o r e s : gnipOS_Sl'r;ip]f}S (homogêneos) ou grupos comple xos (n etero yê neos) E CONTcOnoS 1 i fj ,V-;c;rc DE ESíTMIIí.OÓ | ; NJcNTES J l Regras br si ca $ do c..mk'' I ru •; to do «*i s-*o»* tacao D l S S ERTA ç 0 . Scníoiica -tose (ex ­ p l i c i t a ou nãojque a g lu tin e as id é ia s desenvolvidas pela tíi ss e rta ç a o . . P a r a g r a fo ($) in tr o d u to r io (s ) que introduza(m ) e enva'1 va(m) os le it o r e s no assunto. . Pa rag ra.fos i 11tcnne d ie r io c cada um em tom o de uma "id é ia n ú cleo " que atcn d cm ao ( s i o h je ti v o (s ) da d is s e r t a ­ ra o . Parof/m fo( s ) de co£ clu sao que reuna(m) as id é ia s dese-ivol vidas na d is s e r t a ­ ção em forma de conclusão Quadro 42. Uescrição comportaniental do objetivo terminal grama^de ensino para construir dissertações de diferentes conteúdos . éOü de um pro formas e Qualquer um dos nTveis do Quadro 40 pode ser d escrito dessa forma, Para completar a ilu stra çã o estão descritos no Quadro 43, as tres primeiras classes de respostas do ultimo n ível ã d ir e ita do Qua­ dro 41. Mesmo não acompanhando os nTveis interm ediarios pode-se n o ­ ta r que as descrições do Quadro 43 envolvem c a ra c te rís tic a s bem mais específicas que as do Quadro 42. Na coluna "classes de estímulos ante cedentes" is to ê bem v is ív e l. Na coluna "classes de respostas" pode- se observar que a primeira e sp e cifica " l i s t a r " . Fazer uma lis t a e uma classe de respostas bastante e s p e c ífic a . Também o te rc e iro exemplo,,e£ crever" é uma classe de respostas bastante e sp e cifica . Ja o segundo exemplo e uma classe de respostas nao observável. E s p e c ific a r admite muitas respostas a lte r n a tiv a s : escrever, f a la r , d a tilo g r a fa r , talvez até "p e n sa r"... Os autores consideraram desnecessária a especificação de qual resposta observável vai ser aceita no o b jetivo . Quando ha respostas ternativas o professor, ao planejar o ensino, pode escolher uma res­ posta (resposta de e le içã o ) para poder te r uma evidencia de que o _a prendiz é capaz de "e s p e c ific a r". A "resposta de e le içã o " do professor, no caso, seria o"indicador" na linguagem de Mager (1977b) e que tornaria o o b je tivo , alem de comportamental, in s tru c io n a l. No caso estamos chamando in stru cio nal quando o professor define uma resposta apropriada ao tipo de cur­ so que esta dando e que não p re cis a ria ser necessariamente aquela, po dendo ser diferente (Vargas chamaria is to de "atividades de en sin o "). Neste conjunto de exemplos ja se têm objetivos comportarnen ta is de t r is tipos: terminal (Quadro 42), interm ediários (Quadro 43) e instrucional (se houver uma resposta escolhida apropriada a uma ati_ vidade de ensino). Ainda poderiamos te r exemplos mais específicos de objetivos in stru cio n ais - típ ico s de atividades de ensino - e sob a forma portamental. No Quadro 44 hã um exemplo típ ic o deste tip o . 201 com­ DESCRIÇÃO CLASSE DE R E S P O S TA S CARACTERIZAR OS LEITORES A QUEM SE DESTINA A DISSERTAÇÃO ESPECIFICAR O "PONTO-DE-VISTA" DO QUAL SERà DE SENVOLVIDO 0. TEMA DA DISSER­ TAÇÃO DEFINIR 0 OBJETIVO DA DISSERTAÇÃO DO COMPORTAMENTO CLASSES DE ESTÍMULOS CLASSE DE RESPOSTAS ANTECEDENTES . tema da dissertação , tipo de pessoas que ira le r a dis sertaçao ("nome" do tipo de le it o r ) lis t a r as caracte r ís t ic a s dos leito res, relevantes para es p e cifica r d e qual "ponto de vista" o tema sera desenvolvi do. CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES J l i s t a das p rin cip ais c a ra c te rís tic a s dos le ito re s relevantes para espccifTcl1 T'r~~HÍ Qtiã r^ lpontt)"3e1vTs ta" o tema sera desenvolvido. . caracterT slicas tios le ito re s e s p e cifica r de que "ponto de v is ta " o tema deverá ser desenvolvido na d i s sertaçao "ponto de v is ta " d o qual deverá ser de senvolvidn o tema,es p e cifica d o , aproprio do ãs c a r a c te r is ti cas dos le ito re s . ca ra c te rís tic a s dos le ito re s .escrever o objetivo da dissertação o bjetivo a ser a t in ­ gido pela d isserta çao e s c rito de man e i­ ra a ser interessan­ t e e ut.il para os íeiFores . tema da d isse rta ­ ção . topico que sera desenvolvido na di.ssertação j Quadro 43. Exemplos de descrições comportamentais de tres classes ge­ rais de respostas de nTveis intermediários, caracterizando objetivos comportamentais intermediários em relação ao objetivo terminal descri­ to no Quadro 42 . 202 CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES . tema para disserta ção . lista de caracte rísticas de uma au diência CLASSE DE RESPOSTAS CLASSES DE ESTÍMULOS ' CONSEQUENTES. . escrever ci nco èxemplos de possí­ veis tõpicos a desenvolver sobre o tema e adequa dos a audiência . lista contendo ci£ co topicos relaci£ nados ao tema progosto e adequados a audiência indic£ da . solicitação do pro fessor . Quadro 44. Exemplo de urna descrição comportamental de um objetivo ins tnjcional. Observa-se a existência de classes de estTmulos anteceden­ tes (solicitação do professor), classes de respostas (escrever cinco exemglos) e classes de estTmulos consequentes (lista) típicos de si­ tuações de ensino e não "da vida do aprendiz". No Quadro 44 podemos observar que qualquer um dos três comp£ nentes e, evidentemente, uma etapa do caminho e não onde um professor quer chegar. Embora tenha a forma de um objetivo comportamental ele pode ser 'o objetivo de uma parte (atividade, momento..,) de um curso, mas nao de um programa, a não ser que se queira que alguém fique, na vida, a espera ou a procura de temas, listas e solicitações para es crever cinco possíveis topicos. Se este (do Quadro 44) fosse o objeti_ . vo terminal (o comportamento a instalar) no repertório do organismo , o ensino, realmente, seria pobre. E se este fosse o unico nível dos o^b jetivos comportamentais, sem duvida os objetivos comportamentals se­ riam os responsáveis por muita da trivial idade no ensino. Com estas considerações, pode-se ter claro que comportamen tal, no caso de objetivos,' nao* se define pela operacional idade ou es­ pecificidade. Talvez instrucional sim. Ate aqui consideramos uma das implicações do conceito: a sua relação com outros "tipos" de objetivos. Podemos ter vãrios tipos de objetivos comportamentais em diferentes níveis de especificidade e ob jetivos para diferentes momentos ou quantidades de um programa. A ana 203 li se, porem nao e completa ainda. Outra implicação que se pode analisar é relacionada a possi­ bilidade de se decompor um objetivo terminal quando ele esta descrito sob a forma comportamental. 8. DECOMPOSIÇÃO DE OBJETIVOS COMPORrAMF;N!A?S A descrição comportamental de um o b je tiv o de ensirio contem mais dados que uma simples definição operacional de uma classe de res postas e isto faz com que se possa identificar mais objetivos interme diários e aprendizagens envolvidas na consecução do objetivo d e s c r it o . A descrição das "classes de estímulos antecedentes" fornece informações sobre vários aspectos com os quais o aprendiz tem que a- prender a lidar ou, pelo menos, identificar antes que se exija um :ie sempenho complexo diante desse situação, No exemplo (limpar o telefo­ ne) do Quadro 40, poderia haver a necessidade de ensinar o aprendiz a "identificar sinais de sujeira", etc. antes de se exigir que apresen­ tasse o comportamento que o objetivo descreve. Da mesma forma, as c a r a c t e ri s t i c a s das c la sse s de respostas e das classes de estímulos consequentes dao elementos para identifi carmos objetivos ou aprendízagens in te rm e d ia ria s n e c e s sá ria s para aprendizagem do objetivo descrito. a E cada o b je tiv o intermediário des­ crito comportamentalmente também cria essas p o s s i h i 1 idades para novos intermediari o s . A recíproca também ocorre. Uma descrição comportamental bem feita de vários objetivos ou de aprendizagens envolvidas em um objeti vo terminal fornecem dados que podem alterar ou completar a descrição inicial do objetivo comportamental. 9. SEQÜENCIAMENTO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAJS Uma implicaçcào relacionada a esta ê a de, com d e s c r i ç õ e s com portamenta is , ficar mais fácil seqílenciar as aprendizagens de acordo com critérios comportamontais e não apenas l ogi cos ou impostos pelo rua teriâ.1 de ensino. As descrições dos três cfvnjionent.es permitem ident.i?0 4 f ic a r cadeias e seqiüencias mais nam r-ns em re la ça o ao ob.rT : * dè en sino que se quer a t in g ir . 10. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E GENERAL TZ/\ÇA0 DA APRENDIZAGEM Um Quarto tip o de im p licação do uso de o b je tiv o s comportameji t a is e re la cio n ad o ao problema da g e n e ra liz a çã o do que ê aprendido em um programa de ensino para as ''situ a ç õ e s de v id a " ou " n a tu r a is " onde o aprendiz deve usar o que aprendeu na e s c o la . A p ro b a b ilid a d e de g e n e ra liz a çã o de um comportamento (en ten ­ dido como uma re la ç ã o e n tre c la s s e s de respo stas de um o rganism o eseu ambiente) e função do grau de s im ila rid a d e e n tre os tr e s componentes d e s c rito s nos o b je tiv o s comportamentais com as situ a çõ e s que o apren­ d iz e n co n trara fo ra da e s c o la . Uma "s itu a ç ã o d ia n te da q u a l" (c la s s e s de estím u los an teced en tes) se exige o desempenho na e s c o la , que fo r di_ fe re n te daquela que o aprendiz vai e n c o n tra r fo ra dessa e s c o la , dim i­ n u ira a p ro b a b ilid a d e de o c o rrê n c ia da c la s s e de respostas (?) no ambiente fo ra daquele em que fo i "en sin ad a" "e n sin a d a ". 0 mesmo se d iz e r da s im ila rid a d e das "c la s s e s de re sp o sta s" e suas pode c a r a c te r í$ ti_ cas d e s c rita s nos' o b je tiv o s tan to quanto das "c la s s e s de estím ulos coji se q ü en te s". Os produtos e e fe it o s obtidos na e sco la também serão obti_ dos fo ra ? Esta pergunta e c r u c ia l e so uma a n a lis e das semelhanças eti tre as c a r a c t e r ís t ic a s dos componentes de um o b je tiv o comportamental e a s itu a ç ã o re a l na vid a do organismo fo ra da s itu a ç ã o de aprendizagem e que p e rm itirá se a v a l i a r a p ro b a b ilid a d e de g e n e ra liz a çã o . As semelhanças e d ife re n ç a s e n tre componentes de um o b je tiv o comportamental e os componentes dos comportamentos e n vo lvid o s nas s i ­ tuações de ensino (ou de aprendizagem) podem ser v is t o s no exemplo ilu strad o no Quadro 45 (Botorni, 1977b). 0 Quadro 45 contem a a n á lis e do plano de ensino de um o b je tiv o i n termed ia r io de um pequeno progra_ ma para e n sin a r atendentes de enfermagem a empregar té c n ic a s para r e ­ d u z ir a feb re de c ria n ç a s pequenas. 0 exemplo e apenas uma pequena p arte do que fo i ensinado e, por i s t o , não contém aspectos importan tes para o entendimento do conjunto. t 0 M P 0 0 R ^ T J ô £ M T E I T V A rvj o CTi ü A A 0 £ N CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES CLASSE DE RESPOSTAS (E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO) (condições necessárias) (classes de respostas naturais) . criança com CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES (produto ou efeitos das classes de respostas) - cor avermelhada - suor - pouca roupa . Molhar a criança aos poucos e devagar com um pano molha do em agua de temperatura um pouco inferior a do cor­ po humano. CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES CLASSE DE RESPOSTAS (E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO) (condições facilitadoras) (classes de respostas de apren dizagem) [conseqüências planejadas para as respostas de aprendizagem) 1. Dizer como deve fazer pa­ ra dar banho em uma crian ça para reduzir-lhe a fe ­ bre. 1. Comentário do professor sobre o desempenho do aprendiz. 2. Repetir^por partes, a de monstraçao de como dar ba nho a uma criança para re «luzir-lhe a febre. 2. Comentários de um colega sobre o que fez correto e/ou incorreto. 1. Instruções sobre co­ mo banhar uma crian­ ça para reduzir-lhe a febre. 2. Demonstração sobre como dar banho e m uma criança para re duzir-lhe a febre. 3. Treino pratico: mate 3. Dar ban.no a uma boneca co ri a1 necessário para mo se fosse uma criança dar banho a uma c r i ­ em quem se quisesse redu­ ança para reduzir zir a febre. lhe a febre e uma bo neca semelhante a i uma cri anca. . Criança banhada» com tempe­ ratura e cor normais e sem suar. CLASSES QE ESTÍMULOS CONSEQUENTES 3, 0 proprio aprendiz diz o que faz certo ou erra­ do e os sinai s que deve observar para id e n tifi­ car a redução de febre. ..•sagBHasBS3issa5aB8gB B «S « B E saei3eig Quadro 45. Exemplos de componentes de um o b je tiv o com portam entai_(in te r m e d iá r io ) de um programa de t r e in o de atendente de enfermagem para aprender té c n ic a s para re d u z ir a fe ore de c ria n ç a s e de componentes de tre s situ a ç õ e s de ensino com seus componentes gra dativam ente mais semelhantes ao o b je tiv o de ensino . Na parte su p erio r do Quadro 45 pode-se observar os componen­ tes de um o b je tiv o comportamental. Mele as cla sse s de estím ulos a n te ­ cedentes são "condições n e c e s s á ria s ", a c la sse de respostas e os c r i ­ té rio s de desempenho são "n a tu r a is " e as classe s de estím ulos conse qdentes são os "produtos ou e fe ito s da c la sse de re sp o stas" d e s c r ita (v e r a parte su p erio r do Quadro 45). Na parte in f e r io r do Quadro encontramos os componentes dos comportamentos envolvidos na situ a ç ã o de ensino . Observamos agora que os componentes dos comportamentos são "condições f a c ilit a d o r a s " , " c la s _ ses de respostas de aprendizagem" e "conseqüencias planejadas para as respostas de aprendizagem". Sõ estes nomes ja mostram que, embora as a tiv id a d e s de ensino envolvam componentes de comportamentos, e le s tem c a r a o t e r ís t i cas d ife re n te s dos componentes des o b je tiv o s comportament vi s . Na parte in fe r io r do Quadro ainda encontramos trê s situ açõ es (1 , 2 e 5) que progressivamente (na ordem numérica) se assemelham o b je tiv o comportniiieri ta 1. A semelhança õ p ro g ressiva para cada um ao dos componentes dos comportamentos envolvidos na situ ação de ensino (Lxaminar a parte in f e r io r do Quadro 45). Quanto mais cada componente dos comportamentos envo lvid o s se assemelha ao correspondente componente do o b je tiv o comportamental, p() demos "e sp e ra r" maior p ro babilidade de que aconteça g en eraliz ação pa­ ra alom das situ açõ es de ensino. 0 exemplo do Quadro 45 embora incompleto e im p e rfe ito permi_ to uma íd e ia das relações que se pode a n a h s a r entre o b je tiv o s e con­ dições de ensino em termos comportamontais . A a n á lis e , sem dúvida, ê complexa, mas também não faz doo o b je tiv o s deste 1 aui •* trabalho parte oprosonta-la em d e ta lh e s. 0 mais impor- s a iie n t a r , em lin h as g e ra i' , que uma der cri.;ào comportamental •/'••'.o a que 5 p ro p o rá neste tra h a le o t.raz a p o s s ib ilid a d e de se pres­ ta r atenção na p robabilidade de apresentação de uma resposta numa s i ­ tuação d e fin id a com a obtenção de dot/u mi nados ''f e it o s como e vid ê n cia de aprendizagem c nao apenas considco tr que a omissão do uma p a r tic u ­ la r resposta diante das exigências e co n tro les exercidos pelo p ro fes­ sor e pelas situações de ensino "evidenciem aprendizagem" que depois se vai " v e r i f i c a r se fo i g e n e raliz ad a" através de "seguim ento", "ob servaçoes p e rió d ica s" e tc . 0 importante r.a evid en cia da aprendizagem e se observar e i d e n t if ic a r a r e la ç ã o _d_o__que_or$anjsmo f az com o am biente em que o faz e não, simplesmente, in s t a la r classes de respos tas sob controle de estím ulos s o c ia is e acadêmicos a r t i f i c i a i s e ir r e levantes e esperar que elas ocorram sob co n tro le de outros estím ulos fo ra da esco la. 0 contentamento de professores com padrões de verb aliz ação dos alunos correspondentes ou semelhantes aos seus e vid e n cia um pou­ co deste problema. A adesão verbal parece ser a grande e vid ê n cia d e aprendizagem em muitas de nossas a tiv id a d e s de ensino. Is to pode ape­ nas i l u s t r a r uma m agnífica demonstração de como se torna uma popula ção r i t u a l í s t i c a e s u p e rs tic io s a (que tip o de resultado s controlam as ve rb a liz a çõ e s dos alunos de nossas e s c o la s ?) e não de como "nosso en­ sino ê e f i c a z " . 0 contraste entre estes dois tip o s de a n a lis e e as p o ssib ilj_ dades dos o b je tivo s comportamentais, da maneira como analisamos aq u i, nos parecem i r de encontro as considerações de Paulo F r e ir e sobre os problemas de educar para a liberdade (1974) e como p rá tic a da l i herda de (1976a), a relação entre c r ia r c u ltu ra e educar-se (1976b), a cons_ c ie n tiz a ç á o através do ensino (1979) e as oposiçòes entre humanização e domesticação (1975) e entre extensão e comunicação (1971) no ensino As p o ssib ilid a d e s de i r de encontro aos nossos v a lo re s e an­ seios - expressos nos v á rio s e s c rito s de Paulo F r e ire - dependem sermos d e capazes de tra d u z í- lo s em gestos e ações humanas que aconte - çam na vid a real das pessoas e não apenas sejam apresentados (ou re presentados) em situações, esco lares ou semelhantes. As considerações de R ib e iro (1969 e 1973) e Varsavsky (1974 e 1976) sobre "moderniza ção r e fle x a " e "crescim ento autônomo" em relação ás u n iv e rsid a d e s, en_ sino e produção c ie n t íf i c a e tecnológica na America La tin a também po­ dem se r analisados de maneira semelhante: que comportamentos estão e_n volvid o s em uma e .o u tra maneira de a g ir ? 0 ensino na Universidade responsável por estes fenômenos. Õ As p o s s ib ilid a d e s também sáa um d e sa fio a pesquise e r' produção de conhecimento adequado a is t o . Quais sao os e fe i tos e produtos que queremos dos gestos e ações humanas? Que c la s s e s de respostas serão capazes de produ zT-los?Que condições - ou c la s s e s de estím ulos - estão relacio n ad o s a e la s ? Quais existem ? Como c r ia - la s ? Sao perguntas que não responderemos senta do? , nem apenas lendo ou dentro da e s c o la . 0 ambiente fo ra da e sco la é um dos "la b o r a tõ r io s " onde os dados n ecessário s para buscar respostas a estas pe^r guntas podem se r obtidos . Com e le s teremos mais condições de descrever obj e t i vos comportamentais que sejam também re le v a n te s e s ig n if ic a t iv o s . 11. ANÁLISE DE CONDIÇÕES DE ENSINO A PARTIR DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS Um quinto conjunto de im plicações p re v is ta s quanto ao uso de o b je tiv o s comportamentais como proposto neste tra b a lh o , e em re i ação a a n a lis e das condições de ensino. Ja fo i s a lie n ta d o que a d e scriçã o comportamentai perm ite mais fa ei 1i dade na i d e n tif icação de interm edi á r io s . El a também serve de um guia mais c la ro e p re c iso para professores e alunos trabalharem no sentido de d e ix ar c la ro não apenas o que se deve fa z e r, mas também com o que se lid a ra e o que se devera o b ter. Estas inform ações, em s i , ja lit a r ia m f a c i­ bastante o ensino e a aprendizagem. _ _ a C Tambéme p o ssíve l a n a lis a r que componentes(Ô -R-S ) existem em a- tic id a d e s e técnicas de ensino conhecidas o v e r i f i c a r a correspondência de soda componente dos o b je tiv o s cornos componentes que caracterizam uma ativi^ dado de ensino. S itu a ç õ e s , re sp o stas, c r it é r i o s de desempenho, consequen- • i -u; e produtos típ ic o s das a ti v i dados de ensi no nem sempre são tTpi cos - ou ‘ -melhantes - aos dos o b je tiv o s de ensino. A possibi lid ad e dessa a n a lis e parece ser promissora uara a programação de melhores condições de ensino {'•n» Qu idro IS ) . 0 quadro ilu s t r a uma a n a lis e deste tip o . As relaçõ es que rodem cor e stab e le cid a s entre componentes de um o b je tiv o comportamen! i ’ e •ic - omportamentos envolvido^ em situ açõ es de ensino foram des í ‘ r- uso i nj,n:irni nas pnqirin? an t<,'r"i or<'S. l,,;M nua i i se como a qu * e erms i df>rada nest.c trabalho e mais especilí ] ioamenf:. d e s c rita no a rtig o "Questões de estudo: uma condição para in s t a e d ' sn-imi nação-P-. aspectos importantes dm-m texto" (8otome, 1979b).- 12. O B JE T IV O S CO MPORTAMENTAIS F A V A U A C A ü NO E N S IN O Um sexto conjunto de im plicações que pode haver sobre um pro grania de ensino quando se u tiliz a m o b je tiv o s d e s c rito s comportamental mente ê re la cio n ad o ao problema da a v a lia ç ã o do desempenho do apren­ d iz e do programa de ensino. 0 que a v a li a r ? De que forma a v a li a r ? Quando e quanto fa z e - lo ? Em re la ç ã o ao desempenho do aprendiz estas perguntas se concretizam ainda m ais. Quais os comportamentos a a v a li a r : os dos o b je tiv o s ou os das a tiv id a d e s de ensino ? Todos devem se r a v a lia d o s ? 0 que é a v a li a r comportamento? Basta a v a li a r as c la s s e s de respostas ou deve-se ava­ l i a r a sua re la ç ã o com o am biente? Que instrum entos ou procedimentos empregar? Pode-se a v a l i a r comportamentos a tra v é s de p ro vas? Como fa ­ zer uma "a v a lia ç ã o comportamental"? Com re ia ç a o ã a v a lia ç ã o do programa de ensino., basicam ente , as perguntas seriam sem elhantes. Ambas as n v a lia ç õ e s , -exigirão que se pense em procedimentos novos e que envolvam pesquisa com as v a r ia v e is e n vo lvid a s nos programas de en sin o , tanto v a r ia v e is dependentes (o com portam ento) quanto as independentes ( v a r ia v e is a m b ie n ta is ). Também não i in ten ção deste tra b a lh o a n a lis a r o problema da a v a lia ç ã o . A nalisarem os, porem, um pouco o problema da pesqui ^ com en sino quando se usa o b je tiv o s comportamentais. 13. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS E PESQUISA COM ENSINO Um sétimo conjunto de im p licaco es do se u t i l i z a r d e sc riç õ e s de o b je tiv o s comportamentais conforme o co n ce ito proposto neste trabn lho e re la cio n a d o ã p o s s ib ilid a d e de e x p l i c i t a r alguns tip o s de pes q u isas que podem se r f e i t a s mente f e it a s em re ia ç a o a ensino e que não são usual - com o ensino . Um p rim e iro conjunto de estudos o pesquisas são relacio n ad o :, a perguntas sobre a ob tenção de dados sobre os o b je tiv o s comportamen­ t a i s . Quais são os o b je tiv o s n e c e s s á rio s ? Quais os e f e it o s que se quer o b ter no am biente, na v id a , na re g iã o ? Quo propriedades têm e stes f e it o s e- re le v a n te s para c a r a c t e r iz á - lo s ? A ovo prazo importam os e f e i ­ 210 tos? Quais são os im ediatos? A médio prazo? A longo prazeV Ou-'is a s classes de respostas que os produzem? Quais das suas c a r a c t e r ís t ic a s sao responsáveis por estes e f e it o s ? Que aspectos ou propriedac.es d o ambiente estão relacionad as com estas classes de respo stas? Quais sao necessários? Quais ja existem? Quais precisam ser c ria d o s? Quais d i­ mensões são re le v a n te s ? e tc . São questões que precisam de pesquisas siste m á tica s e de c r í tic a s da comunidade sobre se são as melhores respostas as que forem produzidas por cada pesquisa p a r t ic u la r . A re p lic a ç á o e cum ulatividade de dados a re sp e ito dessas questões podem tra z e r s e ria s a lte ra çõ e s sobre o que se ensina ou sobre quais o b je tiv o s comportamentais usamos nas esco las. Um segundo conjunto de perguntas pode nos le v a r a pesquisa SjO bre as fontes e procedimentos para obter os dados p e rtin e n tes as ques_ toes acima. Onde obter cada uma dessas inform ações? Como proceder pa­ ra ob ter cada uma dessas informações? São questões que também merecem in vestig ação . Mechner ( 1974), Duran (1 9 7 5 ),Popham e Baker (1976a, be c) Fylor (1978 ), Shori (1978) e Botome e outros (1979) sugerem fontes procedimentos desse e tip o. De certa forma este caminho pode também re_s ponder, cm grande p a rte , as c r it ic a s de Parra (1978), as s o lic ita ç õ e s do N id elco fi (1974) e a n á lise s do Postman (1974) sobre r e le v â n c ia , ou as considerações de V.irsavsky (1974 e 1976) sobre o problema de pes quisa e tecnologia nos países subdesenvolvidos. Também a a n a lis e Ribes (1976) sobro d e que nao b a sta " compor!o-mentalizar" conteúdos t r a ­ d ic io n a is para se re s o lv e r o problema de o b je tivo s comportamentais no ensino poderia ser atendida com pesquisas voltadas para responder as questões acima. Ainda s e ria p o ssível le va n ta r questões sobre a a v a lia ç ã o dos programas com o b je tivo s d e s c rito s sob a forma comportamentai. As rela_ Çt-es entre cs três componentes sao um d s aspectos a aval i a r , entre ou t m s . hão basta perguntar se as condições de onnno fazem os alunos a_ p> esentarem as cla sse s de respostas nas situações de ensino. É p r e c i­ so lambem .'^ r iíi- a r se o p^n-ama a lte r a a p»'f»hahi 1idacle de ocorren - c ia destas classes de resin- fas nas < •i 1 uaco-s - E s c rita s nos o b je tiv o s , se as c la s s e s de re s p o s ta s , quando apresentadas nestas s itu a ç õ e s , pro duzem os e fe it o s d e s c r it o s , e tc . As questões parecem t e r a p o s s ib ilid a d e de tr a z e r d if e r e n te s tip o s de pesquisas comportamentais para a área de te c n o lo g ia no e n s i­ no. T a lv e z , dessa form a, preenchendo alguns dos pontos do e n tre pesquisa b a s ic a e a p lic a d a conforme a a n á lis e de continuam S n e lb e ck e r (1974) ou de Baer (1978) em re la ç ã o a necessidade de haver uma tran sj_ ção e n tre o la b o r a t ó r io e a a p lic a ç ã o , su sten tad a por uma extensa ana l i s e das v a r i a v e is e n v o lv id a s nessas a p lic a ç õ e s e dos procedimentos de tra b a lh o ap rop riad os a cada ponto do continuwn . V oltando as questões form uladas pelos p a r tic ip a n te s (Quadro 1 7 ), embora não estejam re sp o n d id a s, foram c o n s id e ra d o s, p ra tic a m e n te , todos os aspectos e n v o lv id o s em suas re s p o s ta s . Além d is t o , parece - nos, ha que s e r f e i t o um tra b a lh o de pesquisa d if e r e n t e daquele que é proposto n este tra b a lh o se houver a in te n çã o de responder adequadamen te a cada uma d e la s . 14. RELEVÂNCIA E AVALIAÇÃO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS 0 Quadro 18 contem questões r e fe r e n te s a aspectos de re le v ã n c ia e de a v a lia ç ã o dos o b je tiv o s com portam entais. A m aior p a rte d e la s j a f o i , de uma forma ou de o u tr a , atin g j_ da p elas a n a lis e s a n t e r io r e s . B asta c o n s id e ra r que a p ró p ria concep - ção de o b je tiv o comportamental a que se re fe ria m não e a que é c o n s i­ derada na proposição d este tra b a lh o . As a n a lis e s d e s e n v o lv id a s j ã e x p lic ita r a m que o o b je t iv o com­ portam ental é uma r e la ç ã o e n tre o que um organismo faz e o am biente em que o fa z . Os e f e it o s (r e s u lt a d o s ) das c la s s e s de re sp o stas do ap ren ­ d iz devem fa z e r p a rte da d e s c riç ã o do o b je tiv o e , obviamente., é possT_ v e l v e r i f i c a r - s e que e f e it o s são e s s e s , a quem e quanto b e n e ficia m a c u r t o , médio ou longo prazo. Em re la ç ã o ao problema de se os o b je tiv o s comportamentais são tudo o quê-sé- quer e n s in a r , a pergunta po deria se r mais a n a lis a d a an­ tes de se te n t a r resp o n d é-la. Se existem o u tras c o is a s que se quer co 212 mo re s u lta d o do e n sin o , autom aticam ente são in te n çõ e s e n' .to,- ob­ j e t iv o s de e n sin o . Se sao ou não comportamentos humanos e um o u tro pro blema que, nos parece depender mais de conhecimento e d.a m aneira d e ver os fa to s de um programador e s p e c if ic o , , do que de im p o s s ib ilid a d e ' re al de d e s c riç ã o ou in c lu s ã o em o b je t iv o s com portam entais. P esq u isa s para atender a e s ta questão p ro p ria m e n te , porem, escapam ao o b je t iv o deste tra b a lh o . As co n sid era çõ e s que nos parecem p e r t in e n t e s , ao n ív e l de còn sid eraçõ es s u p e r f i c i a i s , porem, j a nos parecem t e r sido f e i t a s . 15. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS: ASPECTOS ÉTICO S, IDEOLÕGICOS E SO C IA IS No Quadro 19 ha uma s e r ie de perguntas envolvendo os oniprc? sentes problemas de é t i c a , id e o lo g ia e re s p o n s a b ilid a d e s o c ia l. 0 p rim e iro conju nto das perguntas e n v o lv e v á r io s asp ecto s _ a re s p e ito das (a ) fo n te s e (b ) procedim entos para o b te r o b je t iv o s , (c ) id e o lo g ia e v a lo re s do p ro fe s s o r in t e r f e r in d o na e sco lh a e d e f in iç ã o dos o b je tiv o s e (d ) os c r i t é r i o s de r e le v â n c ia j e t iv o s de forma a não se r a r b i t r a r i a para a e sco lh a dos ob­ (hã d iv e r s o s c r i t é r i o s para es- c o lh e - lo s ). Sem duvida o problema das fo n tes e procedim entos para o b te r os o b je tiv o s de um programa de ensino ê um problema de p e sq u isa . Quais as fon tes a u s a r? Quais as m elhores? P o s s ív e is ? V iá v e is ? Podemos i r d o velho e t r a d ic io n a l l i v r o , ate os levantam entos que envolvam toda a co munidade na d e fin iç ã o dos o b je tiv o s de um programa. bém nossas pesquisas te rã o que se r f e i t a s te r a r Sem duvida para i n t e r f e r i r , tam­ p ro p o r, aj_ (e de forma p u b lic a e r e p l i c a v e i ) de m aneira que os d e sv io s (i- d e o lõ g ico s ou de qu alq uer outro t ip o ) possam se r conhecidos e c o r r i g í dos p ela in t e r f e r ê n c ia de m-fs pessoas no pro cesso. Se o problema é t ic o ou id e o ló g ic o e ; : is t e , e le também depende de fo n tes novas e de melhores procedim entos para o b te r e d e s c re v e r o que v a le a pena (s e ja s i g n i f i c a t i v o e r e le v a n t e ) para o ap rend iz e p_a ra a comunidade. Os d o is aspectos se referem ao comportamento de quem programa oií propõe o b je t iv o s . A e s te s comportamentos também valem as p ergu ntas: q u a is os e stím u lo s que os c o n tro la m ? que c a r a c t e r í s t i c a s têm? que e f e it o s produzem? que c a r a c t e r í s t i c a s têm e s te s e f e i t o s ? e t c . £ ti ca e id e o lo g ia fambem existem a tra v é s de - ou sao os p ro p rio s - com portamentos humanos e como t a l são p a s s ív e is de a n a lis e e de m o d ific a ção (Yamamoto, 1980). Temos que sab er mais a r e s p e ito desses com portam entos. 0 que se conhece sobre os comportamentos e n v o lv id o s na r e la ç ã o ensino~apren dizagem ainda é in s u f ic i e n t e para o que pretendemos com o e n sin o . Mui_ tos de nossos c o n c e ito s referem apenas c a r a c t e r í s t i c a s a p a re n te s . Ra­ ros são os c o n c e ito s que apreendem r e la ç õ e s e mais ra ro s ain d a os que referem re la ç õ e s com portam entais no e n sin o . Usamos termos como "educação s o c i a l " quando devíamos de "propaganda de s o c ia b ilid a d e " . fa z apenas fa la r : Ou "educação para a saude" quando se "d iv u lg a ç ã o de inform ações s a n i t a r i a s " . R eferim o s apenas o que as pessoas fazem , encobrindo os r e s u lta d o s r e a is do que e f e i t o Na e s c o la chamamos de ensino e passa de d is c u rs o aprendizagem ao que, m uitas vez es,n ao (ou te x to ) e de adesão ao d is c u rs o (ou ao t e x t o ) . T a lve z se pudesse d iz e r que hã uma preocupação com a em issão de c l a s ­ ses de re s p o s ta s em s a la de a u la em vez de h a ve r uma oreocupação rom a p ro b a b ilid a d e de o c o rrê n c ia dessas c la s s e s de re sp o sta s sob c o n tro ­ le das v a r i á v e i s n a tu r a is no am biente onde o ap rend iz v a i v i v e r , e n ta n to , p io r do que i s t o : f.n o o que se faz nem parece m o strar preocupa - ção com a mera em issão de re s p o s ta s . Um c o n c e ito conhecido tem a l t a p ro b a b ilid a d e de passar a s e r uma c la s s e de e s tím u lo s a c o n t r o la r uma ampla c la s s e de r e s p o s ta s . As conseqüencias s o c ia is a t r ib u íd a s ao uso de alguns c o n c e ito s geralm en­ te o levam a a d q u ir ir um grande poder de c o n tr o le de uma ampla v a r i e ­ dade de r e s p o s t a s . Os c o n c e ito s de é t i c a , id e o lo g ia e r e le v â n c ia também uos pa­ recem m erecer um exame mais demorado em termos de com portam entosecon t r o l e de e s tím u lo s (Yamamoto, 1980). o caminho mais adequado nos pano ce s e r o de a n a li s a r o comportamento do p r o fe s s o r . Os p ro p rio s concei ' * tos do que se entende por e n s in a r , aprender e de d e f i n i r o b je t iv o s com 21 4 portainentais estão neste contexto. desse ser melhor Talvez e problema da ,• •■pa pu­ entendido se o analisássem os sob o pcnLu v is t a dos tip o s de classe s de estím ulos que controlam c la s s e s de comporta mentos. Da mesma forma poderiamos tra b a lh a r com é t ic a : que comporta mentos e que co n tro le s do estím ulos estão en vo lvid o s no.que consid era mos é tic o ? Um segundo conjunto de perguntas do Quadro 19 se r e la c io n a a o problema do dl re i to que o p ro fe sso r tem de propor como o aprendiz de­ ve se comportar e de ex ercer c o n tro le sobre o aprendiz (ou sobre o s comportamentos do a p re n d iz ? ), de forma a conseguir que e le passe a se comportar de acordo com os o b je tiv o s » Nao e p o ssíve l responder a essas perguntas se e la s não forern respondidas para todos os fenômenos e re la çõ e s s o c ia is . Exercemos con t r o le contínuo uns sobre os o u tro s. A unica d ife re n ç a re s id e no grau do e x p lic ita ç ã o que se da a este c o n tro le . Quem constrange com pergim tas de v a lo r ou c a r a c t e r ís t ic a s emocionais c o n tro la tanto quanto quem da uma ordem. No p rim eiro caso não ha d e fe sa s, nem se e x p lic it a o c.on t r o le . A segunda situ a ç ã o perm ite recu sa, exame, d e fe sa , denuncia. No plano do " d i r e i t o " , a segunda e p r e f e r ív e l. Os o b jetivo s; cem o mesmo .-batus: e x p lic ita m o que se pretende e, por is s o , permitem a v a lia ç ã o o r í t i c a , denuneia , exame, defesa (ato ! ) . J ã se s a be que é mui t o d i f í c i l pe r gunt a r sem ser' sob c on t r o- i o do c onhe c i men t o j ã e x is te n te . As qu os r.o<: s nos pare c em o c or re r sob de_ t e rmina ç á o dr*1 c e r to s c o n c e ito s , usos c : ra dí e oes de nossa c omu níd ad e , que ta lv e z não valham a pena permanecer. 0 problema, porém, nao e apenas negar ou riáo a c e it a - lo s . l de pro duzir conhecimentos para uimi uhos melhores e mais s i g n i f i c a t i v o s , próxirmo; daquilo que, em conjun­ to, adiamos v a le r a pena para a pessoa humana e para o que queremos que e la faça em re la çã o aos o u tro s, ao seu ambiente - físico , a sua v i ­ da , e t c . *’ A própria A n a lis e Experimenta: do fumportamonto #tem estudado os problemas re i acionados aos complexos do v o - la v e is en vo lvid as na de terminação do comportamento em ambientes n a tu ra is e suas d ife re n ç a s em ro lacao ãs v a r iá v e is que ja vo conseguiram i w l n r e estu dar em labora ••'jrio. i' n '!!!>•' r '■ ' I'' f j jj i : grama ç ('-in - •' n ecessário coub'"'1'e r o í | ’ . »> !» i;ii< io • h u v u .u ^: c ■;I : • \i \ -1 qu;'- <1 . f.arito ou/tiifn o do quem quer in o fn la r usi-» oAnpori ^mvii.o. 0 probl uma da a r t i f i c i al i dadc rtíj y - ) -v: í onp.monto '\V.ro ;>roi c > sor e aluno também d i z r e s p e ilo n or, i:ofi coim>o>-t:nr->ir>n !■ •r?•=.. A redução da progrownçao du ensino a té c n ic a s ou a prut --vi i nmi !;ns <y. tereo1 i pauSus que pode re d u z ir a re la çã o pro fesso r-uiuno a um r i t u a l a r t if ic ia l, n conhecimento e a a n a lis e dns comportamentos envo lvid o s nessa re la çã o podem, por outro 1ado, d e s m is t if ic a r e esc 1a re c e r o fjue tem s ic jn if ica do e im portância e o que não tem v a lo r . Podem, in c lu s iv e , apontar me­ lhores re la ç õ e s , melhores in te r a ç õ e s , mais r ic a s , mais p ro d u tiv a s , e tc . Se as re la çõ e s forem a r t i f i c i a i s e , provavelm ente, porque não se aprendeu ainda os comportamentos re le v a n te s para uma re la çã o de melhor q u a lid a d e , n atu ral e espontânea. De c e rta forma, n a tu ra l idade e es - poritaneidade nao podem se r m itos ou qualidades de seres ou c irc u n s tã n c ia s e s p e c ia is . E le s precisam se r conhecidos de forma a se tornarem a c essT veis a quem os considera v a lo re s de forma a poder aprende-ios o u s a - lo s . £ frequente que se consid ere o "humano" como c o n tra ri o ao pre v is t o e ao planejado - ou programado. Talvez a d is ta n c ia s e ja apenas a que e x is te en tre a nossa maneira de f a l a r e a natureza ta l como e la e. Se o programado fo r a v isso e c o n trá rio a n atu rez a, podemos e s ta r apenas desconhecendo o: que v a le a pena ser programado. A natureza tem l e i s e se comporta de acordo com e la s . jã Por que nossas re la ç õ e s não seguem o mesmo modelo? Podemos, por exemplo, le v a r uma população a u sar ônibus com maior fre q ü ê n cia oferecendo b rin d e s , bônus ou comida - e is t o tem s i ­ do f e i t o - mas também se pode fa z e r uma a n a lis e das condições an te ce ­ dentes e conseqíientes què normalmente estão e n vo lvid as na c la s s e d e respostas "u sa r ô n ib u s". Talvez se descubra que c o n fo rto , preço , hora ■rios dos Ônibus, ra p id e z , lin h a s a p ro p ria d a s, e tc . sejam v a r iá v e is quê devidamente a n a lis a d a s , consideradas e manipuladas podem s e r mais e f e ­ t iv a s que as conseqdincias a r t i f i c i a i s . Talvez na~o s e ja a programação ruim em s i , mas o comportamento de quem programa que ainda e inadequa 216 do eam o tip o de ambiente - compor’ amorto dos outros ■ o:. • deve a 1le r a r , De c e rta forma, as condiçoes da natureza já' são programadas: nos 5 que não as conhecemos su ficie n tem en te e in te rfe rim o s mal nessa "proqrarnaçao". Programar ensino e também usar as l e i s e condições exis_ tentes e im portantes para a vid a humana e is t o in c lu i a qualidade des sas re la ç õ e s . 0 problema c e n tra l ta lv e z s e ja ser capaz de d escrever com c la re z a o que im porta, realm ente, ser f e i t o para obter is t o . 16. OBJETIVOS-COMPORTAMENTAIS E CARACTERIZAÇAO DA PROGRAMAÇAO D E CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO NO ENSINO No Quadro 20, os quatro exemplos de d e scriçõ e s,d o que os par tic ip a rrte s consideravam c a r a c t e r iz a r programação, r e fle te m , em v á rio s aspectos, o c o n c e ito d e o b je tiv o d isp o n ív e l na l i t e r a t u r a . Ha, porém, a noção de co n tin g ê n cia de reforçam ento in flu e n c ia n d o o c o n c e ito co ~ nhccido. Em todos os exemplos se encontra a noção de consequências o que não a p a re cia nos exemplos de o b je tiv o s apresentados - embora se jam d e s c rita s como "dadas ao comportamento" (exemplos 1 e 3 ), jad as" (exemplo 2) ou “ o fe r e c id a s " Também é n otável "p la n e ­ (exemplo 4 ). o aspecto de c o lo c a r em plano d is c r e to o que ta lv e z fosse fundamental na c a ra c te r!z a ç ã o de programação de co n tin gências de reforçam ento: d e s c o b r ir , d e screve r ou até propor o compor­ tamento (o o b je tiv o com portam ental). Este nos parece se r um çeritra l no comportamento de um programador de co n tin g ê n cia s aspecto (oudecon_ d iço es) de reforçamento no en sino . No exemplo 3, escolhendo um como ilu s t r a ç ã o , se d iz que "se a aprendizagem nao ocorre as condições dadas ao comportamento scí r e v is t a s " . devem 0 p róprio comportamento proposto e sua d e sc riç ã o devem ser r e v is to s tambéir e p r in c ip a l mente. T alvez a p rim e ira pesquisa o u a v a lia ç ã o a fazer fosse para d e s c o b rir os comportamentos de in te re s se /• que- fossem s i g n if ic a t iv o s para in s t a la r com o programa de ensino. Depois in t e r e s s a r ia a pesquisa sobre as cond ições, té c n ica s e procedi 217 m en to s p a ra in s t a la - lo s . Neste sentido, não se pode conceber programação sem um sirio estudo e debate de quais compértjamentos instalar com a programação . Nao se pode considerar os objetivos corno sendo dados, jã existentes nos livros, ou que alguém sabe ou pode dizer o que deve ser feito- A descoberta e descrição do que instalar também e fazer programação e precisam ser submetidas ao crivo da pesquisa e do debate publico. As próprias expressões usadas "definir os objetivos", "colo­ car os objetivos sob a forma comportamental", "descrever comportamentalmente os objetivos de ensino", etc. supõem jã existirem os necessários e que sõ falta adequar a linguagem ou a forma. dados Isto não e verdadeiro. As fontes e os procedimentos tanto quanto as pesquisas que demonstrem quais e se os componentes do comportamento e as relações de interesse são realmente as das descrições dos objetivos, estão por ser feitas. A critica de Ribes (1976) a respeito do que se está fazendo sob o rotulo de "comportamental" em relação aos objetivos de ensino e a analise de Baer (1978) sobre o que falta preencher no continuam da pesquisa básica ã aplicação nos levam a crer que estes pontos sobre os objetivos comportamentals precisam ser equacionados através de proce­ dimentos de pesquisa. Estamos diante de um problema talvez difícil de resolver: co mo fazer para transformar a imensa quantidade de conhecimento do ho­ mem em comportamento humano apresentado pela maior quantidade possT vel de homens, no menor tempo viável? Trata-se não apenas de remediar ou prevenir os problemas hu­ manos através de comportamentos, mas, inclusive de descobrir e inven­ tar comportamentos de melhor qualidade para o homem, promovendo veis mais significativos nas relações sociais. n í- Talvez descobrir o que esta erradoe o que deve ser evitado seja fácil. Também é fácil se pen sar em comportamentos, jã existentes, incompatíveis com os que são ou criam problemas e sofrimentos. A perspectiva, porem, é pobre - ou, pe lo menos, insuficiente. Temos que promover melhores comportamentos 218 e t-Sfo exige invenção com dois sus tentadores indispensáveis qirlsa e exame pela comunidade. Os tres níveis de atuação (remediar, prevenir e p r o m o v e r )sem duvida são pontos de uma infinita gama de variações. 0 desafio nos pa_ rece ser que a programação de contingências de reforçamento elucide , tanibêru nos níveis mais difíceis e complexos, quais os comportamentos que concretizam os nossos ideais e quais os aspectos do ambiente - an tecedentes e conseqüentes - que estão relacionados com eles. Essas exigências se apresentam mesmo nas tradicionais d i sci­ plinas escolares de nossas instituições de ensino. Os objetos de p e s ­ quisa em uma disciplina acadêmica - tal como existe hoje - podem ser vários e exigem que se elaborem trabalhos a altura de suas exigências. Podemos, por exemplo, ter como assunto de pesquisa: a ) o conteúdo da discip l i n a : 0 que importa ser ensinado? O n ­ de e como saber isto? Como avaliar se e isto mesmo o que importa? De que forma deve ser organizado o que se propoe que deva ser ensinado , de forma a permitir crítica e avaliação? b) a função do conhecimento - e de seu uso - da d i s c iplina : Quem precisa do conhecimento? 0 que e como, exatamente, esse alguém vai fazer com o conhecimento dessa disciplina? Que tipos de problemas, aspectos, ãreas da comunidade são atingidos por esta disciplina? D e que forma são atingidos? etc. c) a u tilização do conhecimento aprendido nas e s c o l as, fora das e scolas: como e quanto e usado do que se ensina nas e s c o l a s ? 0 que tem significado e utilidade real após a escola? 0 que falta para s e usar adequada e responsavelmente o conhecimento que se esta ensinan do? etc. d ) os efeitos da utilização do conhecinento: Ouais os efei da apresentação e uso do que foi - aprendido na escola, na vida re­ ' i nas pessoas? Efeitos a curto, médio e longo prazo? Efeitos físicos í ( riais? Quais os tipos de efeitos que se quer obter com o compor ta_ to ensinado nas escolas? Quanto dele se es fã" obtendo? 219 e ) o que importa ensinar: 0 conteúdo? Os procedimentos d e trabalho na disciplina? As leis descobertas? As teorias construídas ? As pesquisas feitas? As controvérsias existentes? As técnicas desen volvidas? Quanto de cada uma dessas coisas? Como saber e decidir is to? f) a forma de ensinar: Quais as melhores condições, técnicas, procedimentos e materiais para ensinar cada objetivo de cada disciplj_ na? Quanto e como de cada uma dessas coisas determina o que da apren­ dizagem? etc. A enumeração poderia continuar.. A perspectiva da Analise Ex­ perimental do Comportamento produzir conhecimentos sobre tudo isto ainda ê grande e há muito por explorar. 0 caminho para se chegar a produzir conhecimento sistemático e seguro parece grande mas, também, parece possível de ser planejado e percorrido. Sem duvida as concepções descritas no Quadro 20 não retratam o que e real mente programação de contingências de reforçamento no en­ sino. £ necessário caracteriza-1a melhor e também de acordo com o que nos propomos fazer e não apenas de acordo com o que foi feito por al­ guns, alhures ou no passado. 17. ASPECTOS ENVOLVIDOS NA APRENDIZAGEM DO USO DE OBJETIVOS COMPOR TAMENTAIS NO ENSINO Nos Quadros 21 e 22 temos uma percepção conjunta dos proble­ mas notados e destacados tanto nas caracteristicas dos objetivos des­ critos pelos participantes quanto nas perguntas que - em diferentes mo mentos ou quantidades - surgiram em relação a objetivos comportanen- tais no ensino. A maior parte desses problemas ja foi considerada neste tra­ balho. 0 mais importanté, ao olhar estes dois Quadros, e detectar o que seria necessário incluir como objetivos de ensino para um programa que visasse ensinar.a alguém a usar objetivos comportamentais para ensinar. 0 exame desses dados nos deve levar a identificar, pelo me 220 nos, algumas '•lasses de resposta.- i n d uir romo pariu' .• ce ensino para e ~ i n a r alguém a usar objetivos comporta?;:-..-;! ivos no en- s in o . Antes disso, porém ainda existem algumas críticas que, embo­ ra sejam conhecidas e até tratadas na literatura, a sua ocorrência nos trabalhos dos participantes e suficiente como razão para retnmã-las iz.esnio que apenas superficialmente. 18. ALGUMAS CRITICAS AOS OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS 0 Quadro 23 ilustra seis desses tipos de críticas. A maior parte de possíveis respostas a elas jã foi analisada nas paginas pre­ cedentes. Talvez sua existência seja oportunidade para enfatizar al­ guns aspectos que, ao aparecerem sob a forma de críticas, realçam as­ pectos interessar,tes do debate em torno dos objetivos comportarnentais no ensino. As “acusações" de triviais, inócuos, parciais e anfi-democra ticos são cabíveis não aos objetivos mas a quem os propõe. Em si pró­ prios eles ate podem ser estas coisas, mas elas não são intrínsecas a natureza dos objetivos comportamentais, mas ao que se sabe e se e caP 'z de fazer nas áreas, assuntos ou disciplina'; em que se usam - bem ou mal -- e em que não se usam objetivos comuor Lamentai s como um ins lrumonto pa r a ensinar. 0 contexto em que se faz isso - o uso dos objetivos comporta mentais - determina, em grande parte, o que e Feito nele e com ele. A formação acadêmica tradicional não leva o aluno a comportar-se diante das situações reais. Quando muito o leva a emitir classes de respos tas de acordo com regras ou sob controle de estímulos irrelevantes. to caracteriza uma educação que não faz mais do que instalar comporta montas supersticiosos (Skinner, ]:J72) ou, na-. ■a1 avras de Paulo Frei­ re (1976a), ensina a “reagir aos fatos em --'c? d» responder aos des a Fios da realidade". A ênfase na yorba 1 izm.. o , nas ^tividades dp ensi­ no e a escassa verif icação do valor ou verda le do que ê ensinado for­ talecem estes aspectos, deixando que n mndeS-. de alguém (o pru essor f'u auto-- de uni texto) seja o c r i t é r i o de a u r :rid ixagom. Ê a enfiviniza f çao da autoridade como fonte de conhecimento, em lugar de ser a ati vi dade do homem (sua percepção, procedimento, linguagem e raciocínio)es ta fonte. Nideicoff (1979) salienta esta ultima possibilidade quando tenta sugerir procedimentos para ensinar crianças a lidarem com a rea 1 idade. Nao e diferente do "ensinar para a vida" ou do que foi sugeri do neste trabalho, a respeito do que caracteriza e de corno se pode ob ter um objetivo comportamental. Embora não use uma nomenclatura "comportamenta1", o trabalho de Minicucci (1980) sobre "Redação Vivencía- da" ensinando jovens a escrever sob controle de fatos e outro exemplo destas possibilidades, Não e para surpreender que se produzam - em nosso contexto e ducacional - objetivos pobres, inocuos, parciais ou triviais. .Um exem pio simples do tipo "ter um conceito" (qualquer que seja) (,ode signi­ ficar varias coisas para diferentes professores de nossas escolas: di zer uma definição tal como está escrita; escrever corretamente o con­ ceito; distinguir entre afirmações verbais que estejam de acordo o u não com o conceito; identificar situações em que se usa adequadamento, erroneamente ou não se usa o conceito; agir sob controle do conceito nas situações em que ele estiver envolvido; verificar a validade d o i conceito-em diferentes situações, etc. Qualquer uma dessas possibilidades pode ser e s c o lhida e ser descrita como um "objetivo compor tameu ta I". 0 que determina a i.rivta1 idade, no caso, e a escolha (o comportamento) do programador e não o fato de este ou aquele "objetivo" poder ser transformado em "compor tamental". Poderiamos, por exemplo, falar cxaustivamente sobre objeti vos comportamentals ou dar exemplos de classes de respostas e nunoç u s a - 1os sistematicamente em nossos cursos. Se quiséssemos ensinar a l ­ guém a lidar com ensino o que seria relevante ter como objetivo: fa~ lar sobre, dar exemplos ou usar? Se quiséssemos analisar um exemplo menos acadêmico podería mos examinar "fazer carinho" como um objetivo de ensino. Poderiamos ir desde "tocar de qualquer forma e com qualquer parte do corpo em ou ira pessoa de forma a produzir-lhe sensações agradaveis" ate "dizer n uno 222 s car-nho” ou "assinalar em um? lista de descrições de gestos quais s_e riam consideradas carinho” . Trivialid^de, artificialidado ou p? rc ia1 ida d e , ma i s uma vez, parece não ser uma propriedade dos ubjciivos cuiiipur cQiiiüií ta is mas sim do comportamento de quem os formula. fstes exemplos todos, ainda ilustram apenas diferentes tipos de classes de respostas e não a relação entre a classe de respostas e 0 ^i^iente no qual ela é a p r e s e n t a d a . Paulo Freire ilustra este aspecto com um exemplo que utili zou em uma palestra proferida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, quando retornou ao Brasil em 1979. Paulo Freire comentava a sua percepção de cultura e a ilustrava com um exemplo de vivência de gestos de carinho em duas culturas diferentes. A primeira quando, no Chile, colocou afetuosamente a mão no ombro de um chileno enquanto ca_ nrinhavam e foi surpreendido com a reação de recusa e constrangimento da outra pessoa. No Chile este gesto ê considerado algo “sexual ou erotico" e dois homens fazendo isto dão a idéia de atração ho m o s s e x u a l . Obviamente, Paulo Freire surpreendeu-se com isto e lastimou que u m a "cultura pudesse fazer com que um homem recusasse um gesto de carinho de um irmão". Alguns anos depois, Paulo Freire estava na África e, conver­ sando no pãtio de uma universidade com um colega africano, surpreen deu-se quando este, afetuosamente, segurou sua mão e passou a de maos dadas com Paulo Freire que, constrangido, tratou-de andar colocar as mãos nos bolsos, na primeira oportunidade. Logo depois do incidente Paulo Freire lastimou que sua "cul­ tura pudesse faze-lo recusar um gesto de carinho de um irmão” . 0 exemplo ilustra que não basta olhar para a topografia uma classe de respostas. 0 que importa e o efeito sobre o outro ou d e o que determinou a resposta ocorrer com aquela topografia. 0 que define um gosto de carinho ser realmente um gesto de carinho e o efeito so­ bre a outra pessoa e não a topografia ou a intenção de alguém. Talvez o comportamento relevante envolvesse prestar atenção e identificar 223 o . que acontece com o outro e com a realidade e não apenas nas próprias intenções, palavras ou classificações verbais. E mais provável que mu demos as características de nossas classes de respostas se estivermos sob controle da (ou formos capazes de perceber a) relação entre o que fazemos e os efeitos que nossas ações obtem ou produzem. 0 comportamento e uma relação com o ambiente e esta relação pode ser rica e ampla, como propõe um educador corno Paulo Freire, pa­ ra o conceito de cultura ou de educação. A utilização, fora da escola, do que foi ensinado dentro de­ la depende das relações instaladas e não das classes de respostas enn_ tidas nas situações escolares. Enquanto os procedimentos de ensino en_ fatizam classes de respostas, consumo de técnicas e não a relação com o ambiente e a produção de conhecimento que a exploração e analise de_s sas relações permite, as criticas descritas rio Quadro 23 terão senti­ do. Talvez o alvo dessas criticas, porem, não seja propriamente o s objetivos comportamentais no ensino mas sim o proprio comportamento de quem diz que ensina. 19. PROCEDIMENTO DE TRABALHO: CARACTERÍSTICAS E POTENCIALIDADES. Em relação ao procedimento deste trabalho parece oportuno re alçar algumas de suas características e analisar aspectos potencial ou efetivamente decorrente delas. Talvez o procedimento deste trabalho não ilustre propriamen­ te o que Ribeiro (1969 e 1973) e Varsavsky (1974 e 1976) entendem por envolver os estudantes em pesquisa ducativas ou explorar as potencial idades e- do pesquisar. Ê, porem, uma tentativa de: a) fazer com que os estudantes trabalhem com problemas reais; b) estudando para ampli­ ar seus recursos e melhorar seus comportamentos em relação aos proble mas com que lidam; e c) extrair das dificuldades, verbalizações, cri­ ticas, perguntas, dos efeitos do trabalho e das próprias característi^ cas do que e feito, dados para rever, reformular ou refazer os propri os objetivos e não apenas as condições de ensino de uma disciplina ou curso. 224 comportamento humano, os poci nlmente o que o diante tuac-íer* problemáticas concreta:; e* uma importante font-, ■ conhe- Sem ouvida os alunos ensinam muito mais do que imaginam e ai ersinar muito mais do que os professores são capazes de perce ~ lista nos parece ser uma ãren de pesquisa rica porque permanente, r "vel, nova a cada ano, com a perspectiva do futuro e sem estar m n t r o l o nos conhecimentos - quando não preconceitos - ja consa g rã cios. Os conflitos, dificuldades e diferenças deviam se transfor mar ou dedos públicos que, analisados, permitiríam descobrir e propor novos comportamentos de professores e aprendizes. Talvez com isso cuejasse a um dialogo mais do que verbal capaz, realmente, de se proou- /.ir alterações nos mais significativos de nossos c o m p o r t a m e n to s , ges srnt íük nt.ns ou quaisquer outros nomes que se deem para as comple A>r; i nt.et r e (ações que estabelecemos com o nosso meio. Uma das condições para isto, nos parece,ê garantir que, ensino, se trabalhe com uma cada vez maior consciência (percepção no e p ) i!. ;tacao) do que se quer e se faz. Fazer com que objetivos compor ■ ;' M U is nr ensino deixem de ser um mito ou um ant i-mi to (Goldberq , 19/f) i' a tareia imediata que nos parece contribuir para que tal acon CONCLUSÕES Os concei tos de comportamento - entendido como uma rei ação en tre o que o organismo faz 2 0 ambiente em que 0 faz - e de detemrinis mo probabiiTsti co - apoiado u\ mui ti detoniii nação do comportamento estão bastante rei acionados. Para cada dimensão (ou valor de uma dimensão) de uma classe de respostas hã uma infinidade de dimensões, ou valores dessas dimen­ sões, de eventos antecedentes e conseqdentes rei acionados,-Cada um in flui ou afeta de maneira peculiar- e variada as dimensões, ou mesmo va_ lores dessas dimensões, da ciasse de respostas com a qual se relacio­ na. Os graus de influencia de cada valor do cada uma das dimensões dos eventos antecedentes e conseqdentes a uma ciasse de respostas são, e parece que ainda serão durante muito tempo, problemas de pesquisa. Va riaveis ainda desconhecidas, ou pouco conhecidas, podem estar afetan­ do de maneiras variadas as classes de respostas que observamos.. Iden­ tifica-] as e descreve-1as ajudara no conhecimento de como e quanto in fluenciam determinadas características da classe de respostas em erame. Por mais conhecidas que sejam, porem, a sensibiIidade d a s classes de respostas a aspectos - e variações desses aspectos - sutis do ambiente sõ permitirão uma previsão pronabi1jstica de ocorrência dessas classes de respostas. 0 conhecimento trará um aumento na proba bilidade de acerto da previsão - um estreitamento da margem de erro mas a possibilidade de determinar com precisão 0 comportamento serã sempre apenas provável. A própria possibilidade de colocar sob contro le todas as variáveis que interferem e bastante longínqua. Para fins práticos, porem, já temos um grande avanço ao sermos capazes de dis~ pormos eventos antecedentes e conseqdentes que aumentam grandemente a probabilidade de ocorrência de classes de respostas definidas, de or­ ganismos que se exponham a essas condições. <-it/ As pesquisas por fazer em relação ao conhecimento que ainda nos falta são de uma quantidade muito grande. Variaveis biologicas,fi siolõgicas, sociais, econômicas, ambientais, históricas, fTsicas, quT mi cas etc. podem, de diferentes maneiras, afetar ou influir na proba­ bilidade de ocorrência de uma determinada classe de respostas ou e m alguma outra de suas dimensões (além da freqüência de ocorrência) e não sabemos o quanto desconhecemos em relação a elas. Não so em relação a estas diferentes ãreas que afetam o com­ portamento, mas em relação, também, a própria variãvel dependente as ações dos organismos - ha muito por descobrir. Quais são as condu­ tas humanas que produzi riam al terações no ambiente capazes de atender a qualquer um de nossos valores e anseios? Sem duvida esta e uma ques tão que ainda precisa de bastante investigação. Poderiamos lentar, inuefinidamente, ficar preenchendo com questões de pesquisa cada um dos pontos do extenso - e talvez em grande parte desconhecido - conhinuuw dos diferentes tipos de pesqui_ sa necessários para preencher as lacunas do nosso conhecimento. Nes­ te estudo, porem, o alvo de interesse foram os comportamentos huma nos envolvidos no ensino e na aprendizagem desses comportamentos. Em relação ã eles - como, talvez, em relação a quaisquer outros - cabe, taifibêm, um conjunto de perguntas: * . quais são as classes ae respostas envolvidas nesses com por Lamentos? . quais as classes de estTmu1os-antecedentes e conseqüentesque se relacionam com a probabilidade de ocorrência des - tas classes de respostas? . quais as dimensões e valores que são crTticos para estes componentes do comportamento? . que procedimentos são eficazes e adequados para obter es tes três componentes e para analisar as relações entre e ~ les? Ainda se especificou mais o "alvo" deste trabalho orientando as perguntas anteriores para os comportamentos relacionados ao uso de 228 objetivos comportamentais no ensino. ü comportamento do aprendiz é a variável central do processo ensino-aprendizagem e das relações professor-aluno. E o que o aluno faz e passa a fazer apos os episodios de "ensino" o que, efetivamente, demonstra se houve "ensino" e se houve "aprendizagem". A noção de com portamento como uma relação entre o que o organismo faz e o ambiente em que o faz, porem, trouxe um esclarecimento a mais para se entender o ensino e a aprendizagem. 0 que o aluno faz e apenas parte da eviden cia relevante para se verificar ensino e aprendizagem. A situação que o faz e os efeitos que o que o aluno faz produzem são mais em dois componentes importantes para se demonstrar,se não o ensino e a apren­ dizagem, pelo menos, a extensão em que elas ocorreram. Ao '‘ensinarmos” alguém, obviamento queremos que ela !) passo a agir de determinada forma, mas também queremos que 2) ela o faça em determinadas situações e que 3) produza determinados resultados svjni_ ficativos para sua vida e para a vida da comunidade onde passara a õ_ gir dessa nova forma. Se a pessoa passar n anir em"qualquer situacao" ou "mesmo não obtendo os efeitos que se quer" diremos que sua "apren­ dizagem foi inadequada" e que sua maneira de agir } "ri tua 1fstira" e "inconseqdenba". 0 problema, porém, não é da "aprendi/agem" e sim de ensino . Ê necessário especificar tanto quanto as c 1.esses de respostas, as cias ses de estímulos antecedentes e conseqüentes que se relacionam a _ela e gue d evem pa s sa r__a con t ro 1a r a p ro bab i1 ida d e de o c o tt ene ia classes de respostas. Se nos contentarmo- so com d o ss a s as emissões classes de respostas em situações de ensino talvez estejamos d e apenas instalando comportamentos super", t ie ios os ••.of controle de va ri ave is so ciais e acadêmicas (nota, influencia social, tonstranqimonto, submissao a normas, aprovação social , etc) e não s* •o controle das vari ãvei s amb ie n ta is {so c jais o n r:à o ) re levantes jim-3 <■■■■<)f"0 1a r o comportamento alvo das condições de ensino. É no cessar io que o e m sino 1ove ‘'m cr*,uía a relaçao completa entre o que o organismo deve f;i fri (-: o amPicu fe em que deve fa z é - Io. \ - ouando souber jos descrever sob controle do que alguém passara a gir de d~termi fida forma, poderemos dizer que "ensinamos". A ocorrên -*a de classes de respostas sob controles irrelevantes (sociais ou a- Crdemicos apenas) esta mais próxima de coação, adesão ou constrangí i.ento, do que de ensino. A decorrência disto, mais direta o imediata para o ensino nos parece ser sobre o conceito de objetivo de , ensino. 1. OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS PARA ENSINO: CONCEITO F PROCEDIMENTO PARA DESCREVÊ-LOS. Um professor deve ser capaz de descrever com clareza onde quey’ chegar com as atividades de ensino. Quando menos, deve fazê-lo pa ra na o perder tempo ou para possi bi 1 i tar aos alunos que avaliem intenções e propostas e possam - ate) - defender-se delas. suas Acreditar que a interação entre professor e aluno e, por si so, relevante ê ne­ gar que o professor e cs alunos têm intenções e aspirações e que gos­ tariam de conseguí-las. Também i criar o mito da"espontaneidade" c! a aprendizagem e minimizar a grande aprendizagem que deveriamos adqui rir: definir o que vale a pena para nos e passar a agir de forma a ob ter isto intencionalmente e com o maior grau possível de percepção e consciência que conseguirmos. Um objetivo de ensino comportamental não Õ mais .ou diferente disto. Ele e uma maneira de dizer com clareza: !) o que õ relevante que o aprendiz produza como resultado de sua ação; 2) que características precisa ter a sua ação para, e f eti­ vamente., conseguir obter este resultado; R) quais as características da situação onde esta ação de­ ve ser realizada para obter este efeito. Neste sentido consideramos insuficiente o conceito de ob.jet_p vo comportarnental que enfatiza apenas as características da ação ( ou da classe de respostas) indeponuenteniente das situações que devem con fcrolar a probabilidade de ocorrência dessas classes de respostas. 230 Se um objetivo de ensino não explicitar as classes de estímulos antece dentes e de estímulos conseqüentes relacionados a uma classe de re$ postas não pode ser considerado um objetivo compor Lamenta!, s elo me- nos de acordo com a analise desenvolvida ao--.i-c í r C n e - o P o d emcs, então, dizer que um objetivo ê comporlamentai quan­ do especifica: 1} as características da resposta (ou classe de respers tas) de um aprendiz, responsáveis pela obtenção cie um determinado feito ou produto no ambiente fora da situação de aprendizagem ou ed e escola; 2) as características das classes de estímulos antecedentes e_ xistentes nas situações onde a resposta (ou cl_as_se de respostas) deve ocorrer e que es te j am relaciona das c om _es ta resposta (ou classe d eres postas) e; 3) as características das classes de estímulos conseqüen tes que especificam os efeitos ou os produtos (mudanças no ambiente ) resultantes da classe de respostas apresentada diante da si tuacao caracterizada pelas classes de estímulos antecedo ntes descritas. Para descrever com facilidade estes tres componentes de u m objetivo comportamental parece ser útil usar o seguinte procedimento: 1) nomear a classe de respostas de maneira geral ou da maneira usual: 2) descrever as características relevantes das classes de estímulos an tecedentes relacionadas a esta classe de respostas; 3) descrever a s características das classes de estímulos conseqOentes relacionadas à classe de respostas; 4) descrever as características da classe de res­ postas que q pertinente para obter as classes de estímulos descritos como consequentes, na situação caracterizada pela descrição das clas­ ses de estímulos antecedentes e; 5) completar ou corrigir as descri - ções dos tres componentes do objetivo comportamental de acordo com o que se pretendia com o objetivo inicial, se for o caso. Este procedimento parece permitir uma progressiva percepção do que esta em jogo com o objetivo. Cada etapa parece facilitar a des crição do que esta envolvido na seguinte, quando se usa a sugeri da. 231 seqdencia 2. CRITÉRIOS PARA A ESPECIFICAÇÃO DE CADA UM DOS COMPONENTES DE UM OBJETIVO COMPORTAMENTAL NOS VÁRIOS "TIPOS" DE OBJETIVOS DE ENSINO. Um outro aspecto relacionado ao conceito de objetivo compcrtamental como foi proposto, ê o cada um dos seus componentes. de critérios para a especificação de Importa descrever, para cada componente, as dimensões e valores, ou faixas de vantes oara o objetivo em questão. valores, dessas dimensões, rele_ Conforme a generalidade do objeti­ vo,as dimensões e valores serão descritos em termos mais gerais ou mais específicos. Estes diferentes graus de generalidade nas descrições dos componentes dos objetivos comportamentais trazem a necessidade de ana lisar, também, os diferentes níveis de generalidade em que se pode usar objetivos comportamentais no ensino. A terminologia que se costuma ter adjetivando a palavra"obj_e - tivo" no ensino e bastante grande: terminal, geral, educacional, in termediãrio, de pré-requisi t o , instrucional , específico etc. Parafins práticos, e salvo analises mais sofisticadas, consideraremos terminal como sinônimo de geral e educacional; objetivo intermediário como si­ nônimo de objetivos de pré-requisito e objetivos específicos como si­ nônimos de ins truri onai s Dessa forma, temos tris tipos de objetivos (terminais; in - termediarios e instrucionais) para analisar em suas relações com o conceito de objetivo comportamentai. Um objetivo terminal, refere-se ao que um aprendiz deve ser capaz de fazer apos uma unidade de ensino que pode ser um curso, uma disciplin? ou uma parte de uma disciplina acadêmica. A expressão "te_r minai" refere o que o aprendiz devera estar apto a fazer apõs conclu­ ir (ou ao terminar) uma unidade de ensino. A expressão e sempre usada em relação a alguma unidade de ensino que pode variar em tamanho o u complexidade. Conforme for o caso, a descrição comportamentai de um objetivo terminal sera mais ou menos geral ou poderemos ter mais de um objetivo terminal. As classes de respostas, de estímulos anteceder^ tes o conseqtientes serão descritas de acordo com o grau de abrangência do objetivo. Um objetivo intermediário e, de certa forma, uma parte d o objetivo terminal. Para cada objetivo terminal pode-se ter vários obje_ tivos intermediários. Sua caracteristi ca fundamental e que ele é “par te" ou "caminho" de outro objetivo que o engloba. S jo general idade (t conseqdente generalidade de classes de estímulos e de classes de res_ postas) também varia conforme a posição em relação ao objetivo termi­ nal do qual ê intermediário ou conforme a general idade maior ou menor do próprio objetivo terminal. Um terceiro tipo de objetivo, que também pode ser cies cri to sob forma comportamental, e o chamado objetivo instrucional. Este uma "tradução" de um objetivo intermediário ou e terminal apropriado pa ra desenvolver uma atividade de ensino. Suas características fundameri tais são: ser especifico, observável, mensurável e ocorrer em uma si tuação de ensino que o professor utilizará. Confunde-se, de certa fojr ma, com o que chamamos de "atividades de ensino" ou "c’e instrução".As classes de estímulos (antecedentes e conseqüentes) e as classes de respostas deste tipo de objetivo não são, necessariamente, aquelas que existem, existirão ou serão apresentadas ou produzidas pelo aprendiz apos o término do ensino. Elas são usadas como "evidências de aprend^ zagem durante o ensino". Quando muito, os três componentes de um obje tivo comportamental instrucional tem alguma semelhança ou analogia com as situações, estímulos conseqüentes e classes de respostas que serão solicitadas ou apresentadas pelo aprendiz fora e apos o término da con_ dição de ensino (ver Quadro 44). Os tres tipos podem ser descritos comportamental mente. 0 que ê diferente e sua função e as características dos três componentes. Desde a possível generalidade dos terminais até a especificidade dos instrucionais, podemos ter classes de estímulos o classes de respos tas descritas de maneira coerente com o conceito de comportamento. Talvez seja importante, também, destacar a "artificialidade" dos componentes de objetivos instrucionais. Eles se prestam, geralmen te, a determinado curso, técnica de ensino ou professor e não são fa cilmente generalizáveis. Ao contrário dos demais tipos de objetivos , onde a característica fundamental ê descrever a situação para a 233 qual $e quer preparar o aluno sua ênfase e na situação em que se vai veri­ ficar ou observar a aprendizagem (emissão da classe de respostas d o objetivo). Talvez, mais apropriadamente, coubesse o nome de objetivo a- penas ao que chamamos de "terminal" ou, com certa reserva, aos "inter mediarios", desde que acompanhados deste adjetivo. Os "instrucionais" são mais "atividades de ensino" que "objetivos de ensino". 3. DADOS, FONTES DE DADOS E PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DA DADOS NECESSÁRIOS A DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS Para se fazer estas distinções com mais clareza ha uma série de perguntas que precisam ser respondidas. E, sem dúvida, elas apon tam para pesquisas necessárias a obbenção de dados adequados para se poder respondê-las. Uma primeira questão diz respeito à__fcnte onde se obterão os componentes dos objetivos comportamentais. Onde obter os dados para se chegar a decisão de quais devem ser os objetivos de um curso? A s necessidades e problemas da comunidade onde vivera o aprendiz, o co­ nhecimento disponível sobre o assunto relacionado ao curso (pesquisas, filosofia, debates, jornais, artigos etc.), legislação pertinente tipo de curso currículo, tarefas para as quais se quer preparar ao o a prendiz, os interesses e necessidades do prõprio aprendiz etc. são exemplos de algumas dessas fontes. Quais outras existem? Quais devem ser consultadas? Qual o grau de relevância ou pertinência de cada uma para cada tipo de curso que se pretenda? No conjunto, hã diversas questões que talvez nos façam colo­ car em duvida a tradicional ênfase em uns poucos livros ou revistas científicas. Talvez fosse mais adequado considerarmos os livros como hnstrumentos de ensino a serem usados apos a explicitação dos objeti­ vos. No todo, porem, são problemas que precisam ainda ser resolvidos. Um segundo conjunto de perguntas que podem tornar-se proble­ mas de pesquisa em relação aos objetivos de ensino e no que diz res peito aos procedimentos para obtê-los. Resolvido o problema de 234 onde (fonte) conseguí-"1o s , ainda l[ o problema do como (procedimento) ob­ tê-los. E, novamente, o problema da relevância e da pertinência e uma exigência a ser atendida. Das questões referentes a fontes e procedimentos para se ob­ ter objetivos de ensino, derivam algumas questões mais específ icas que também nos parecem ser problemas ainda não resolvidos. Tem sido habitual pensarmos em objetivos sempre enfatizando a classe de respostas que o aprendiz deve apresentar. 0 "objetivo" real, porém, parece ser o efeito ou produto dessas classes de respostas no ambiente. 0 que as classes de respostas conseguirão e o objetivo fi •* nal do ensino. As classes de respostas, de certa forma, são uma parte - ou intermediário - do que se quer obter como resultado do ensino.Os resultados finais do ensino referem-se ao que o organismo que apren deu irã produzir no ambiente em que vivera apos o ensino. Supõe-se que as classes de respostas descritas nos objetivos terminais sej.arn as que produzirão este efeito. 0 importante, porem, e que a relaçao entre a classe de efeitos e a classe de respostas que a produzira êj-ima sujposiçao. E, por isto, a relaçao ê um problema de demonstração que, nos parece, sõ poderá ^er feita para cada situação com procedimentos cui­ dadosos e sistemáticos. As questões, nesse sentido,poderíam ser: Quais os efeitos (produtos ou resultados) que queremos obter no ambiente ou comunidade de vida onde viverão os aprendizes? Quais deles são significativos pa ra esta própria comunidade? Onde e como obtê-los ou verificar sua im­ portância ou necessidade? Ouais as classes de respostas (ou ações hu­ manas) que os produziríam? Que características devem ter estas cias ses de respostas para produzí-1os? S ã o , efetivamonto, estas as d a s - ses de respostas pertinentes para a produção dos resultados que se pre tende? 0 mesmo se pode analisar em jolaçao ao outro componente um objetivo comportamental (as d : classes de estímulos antecedentes). As questões - e os dados a obter - em relação aos tres componentes mos tram que quando se os descrevem em um .ob.ie f iv o . de certa forma, 235 ela.; sao h i pòt e s e s . Ale una ve r i r j cação e f i c a z , nao sabemos se as relaçoe.s on t r e os três componen 1:e 5 s ao ve rd nde i r a s . Não sabemos•também, se são apenas as características des crí fa.s para cada componente as que s a n a s mais relevantes na re1 ação que se propõe estabelecer entre o que o or ganismo faz e o ambiente em que o faz. As perguntas re 1a c i on a d a s a f o n t e s p r o c.ed imen tos, re 1a coe s supostas entre classe s de estTnui 1 os antecedent e s e conseq ü entss com classes de respostas e resultado do ensino explicitam probleinas que precisam ser equacionados e resolvidos através de pesquisa s temãt ca. d. COMPORTAMENTO DE UM PROGRAMADOR DE ENSINO EM REI.AC AO Oqd l IÍV0S COMPORTAMENTAÍ S . Dessas questões e da m-c 'es ponde - 1 dados ob fidos através de procedimentos de pesquisa s i s torna t i c os hã uma cons o ~ • qüêne i a a anal i s a r : qua 1 e , ■foí. 1vamente, o comportamento de um pro • q'ramador (ou planejador) do condições dc ensino em relaçao ao uso de objetivos terminais comportamenfai >. ;o s c orno de f i n ir , de s c re ve r e f o rmu É comum encontrarmos v o r !■ lar junto a expressão "objetivo s co m p o rtain en tais". E la s parecem con ter a pressuposição de que os "o b je tiv o s do ensino j a ex istem " e basta "dar-lhes uma forma comportumental11 para que termos resolvido o pro bloma do uso de objetivos compor lamentais no ensino. Talvez os verbos acima possam identificar o que faz um professor ao usar objetivos ins trucíonais (específicos) no ensino. Nestes casos , basta descreveu, de finir ou formular objetivos, .ia existentes, de maneira especTfica observável. e Não é o caso, po^ém, quando se quer obter os objetivos ter minais comportamentais de um proorama d e e n s i r o . As caracter!sticas das classes de respostas e das classes de estímulos componentes de um objetivo comnortamental terminal são ape nas uma proposta do programador uara chegar a obter um determinado re sul tudo que vai mais longe que o comportamento ou que decorre deste Ds tres componentes são, de"certa forma, uma hipótese de que resolverão algum problema de comunidade mais ou menos restrita. 0 com portamento do aprendiz - especificado nas características dos Ires com ponentes do objetivo comportamento! terminal - e o que devera produ - zir a alteração - talvez solução de problema - no ambiente, que e ne­ cessária. 0 resultado obtido pelo organismo através da classe de res­ postas do objetivo e que definira a efetividade do ensino. Ate se veri ficar este resultado e se ele i obtido pelo que o aluno aprendeu no curso, temos apenas uma hipótese ou proposta, t mais uma proposta que uma hipótese, porque vai-se instalar a classe de respostas e do não apenas verificar as suas relações com o efeito. Por isso o termo propor parece ser o mais adequado para no­ mear o comportamento do programador ao usar objetivos comportamentais porque são extraídos de dados que poderão mudar através de novas pes­ quisas ou descobertas e o programador deve ter isto claro: seus obje­ tivos comportamentais são uma proposta a verificar e demonstrar. l a m ­ bem porque pode haver objetivos comportamentais alternativos o objeti_ vo comportamentai explicitado pode ser considerado uma proposta ape nas. Neste sentido e que, em lugar de descrever, definir ou formu lar objetivos comportamentais, devíamos usar a expressão: propor obje­ tivos comportamentais terminais. Este nos parece ser um nome mais ade_ quado para o comportamento de um programador de ensino quando obtemos objetivos terminais comportamentais de um programa de ensino. Se quisermos examinar os três componentes desse comportamen­ to, podemos fazer as mesmas questões e utilizar o mesmo procedimento descritos anteriormente quando analisavamos o exemplo "LIMPAR 0 TELE­ FONE1'. 0 resultado serã algo aproximado com o que se pode observar no Quadro 46. No Quadro 46 pode-se observar as características dos tris com ponentes dó comportamento que chamamos propor objetivos comportamen tais terminais para um programa de ensino. As expressões que descre vem as classes de estímulos e de respostas são amplas porque se apli­ cam a uma grande amplitude de programas. 0 verbo descrever, por exem237 1 CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES CLASSES DE RESPOSTAS CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES . Descrição do pro - . Descrever as clas­ . Descrição de clas­ ses de respostas , classes de estímu­ los antecedentes e classes de estímu­ los conseqílentes com as seguintes caracterIsticas: blema a ser resol­ ses de respostas vido através do classes de estímu­ programa de ensino los antecedentes relacionados a , e~ las e classes de estímulos conse qdentes - produzi - dos por estas cl a_s ses de respostas - serem classes de estímulos e de respostas que a~ * tendam aos dados levantados na descrição do pro blema a ser re­ solvido através do programa de eris in o ; -• deve destacar os aspectos re levantes da re­ . lação $A -R- sc em questão; ' - possam ser con­ sideradas liipote ses altamente prováveis de se­ rem os comporta­ mentos que aten­ derão as exigên­ cias dos dados levantados e que resolverão o pro blema descrito . Quadro 46, Descrição dos três componentes do comportamento de PROPOR OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS TERMINAIS para um programa de ensino, Acla_s se de estímulos antecedentes esta descrita genericamente porque sua descrição mais detalhada depende de uma analise do comportamento"Des crever o problema a ser^resolvido através de um programa de ensino", que produzira a descrição a ser utilizada para a proposta dos o b j e U vns comportamentais terminais do programa. 238 * p i o , não e um :'desempenho obs ervável ". 0 programador (ou o professor que f or ensinar programação) poderá e s col her qual a r e s p ) s U ,!!,e Mie f o r mais u t i ! (ou p r a t i c a) para "descrever" ( f a l a r , e s c r e v e r , g r a v o r , esquemati z a r . . . ) . A c l a s s e de estímulos antecedentes e amola também porque de­ pende de uma anal i se do que ceve conter. Conforme o problema poderi a­ mos t e r , nessa des cri ção: problema(s) ou l i p o ( s ) de problema'- a se - rem re s ol vi dos pelo aprendiz a p a r t i r do que va i aprender no curso ;s i tuaçoes ou t i po ( s ) de s i t uações em que o aprendiz poderá ou devora u~ sar o que aprendeu no curso; c a r a c t e r T s t i c a s dos aprendizes; informa­ ções de pesqui sas, estudos e conhecimentos na área; informações de do cumentos o f i c i a i s rel acionadas ao curso ( l e i s , c u r r í c u l o s e t c . ) ; da­ dos sobre apl i cações an t e r i a r e s do programa do curso, e t c . A a n a l i s e do comportamento que produz esta descri ção ( c l a s s e de estímulos ante­ cedentes no Quadro 46) sera f e i t a em outro t rabal ho, escapando aos o_b j e t i v o s deste. 5. SEQUÊNCIA DOS COMPORTAMENTOS DE UM PROGRAMADOR DE ENSINO EM TOR NO DO COMPORTAMENTO DE PROPOR OBJETIVOS TERMINAIS COMPORTAMENTAIS. "Em geral se supõe que os o b j e t i v o s terminais são a primeira coi sa a s er def i ni da em um curso. A a n á l i s e acima, porém, traz uma no va evi denci a: é n e c e s s á r i o , antes de propor os ob j e t i v o s terminais com portamentais, descrever o problema que deve ser r e s o l v i d o pelos objet i vo s (e, de c er t a forma, pelo programa) termina is no ambiente em que vi vera o aprendiz. A seqdencia proposta ir.icialmente para ensino de PROGRAMAR CONDIÇÕES DE ENSINO (Ver Quadro 3) f i c a , desta forma, al terada pelo-ae nos nas duas primeiras c l a s s e s de comportamentos envolvidos na seqden c i a . 0 Quadro 47 i l u s t r a es t a mudança em rel ação ao Quadro 3. Há, também, implicações que alteram outras c l a s s e s de compor tamentos da seqüência d e s c r i t a no Quadro 3; e l a s , porém, não são obje to deste trabalho. 239 Quadro 47. Proposta de c l a s s e s g e r a i s de r e s p o s t a s e n v ol v i das ^n a c l a s s e "CONSTRUIR UM PROGRAMA DE ENSINO". Pode-se o b s e r v a r a a l t e r a ç a o das duas p r i me i r a s c l a s s e s em r e l a ç a o ao Quadro 3. Os r e t â n g u l o s r i s c a d o s ^ c o r r e s pendem â f ormul ação o r i g i n a l s u b s t i t u í d o s p e l o s doi^s r e t â n g u l o s a sua dT r e i t a . Os r e t â n g u l o s i n f e r i o r e s (mais compridos) sao os demais e l o s da s e q ü i n c i a d e s c r i t a no Quadro 3 e que nao foram a l t e r a d o s n e s t e t r a b a l h o . 240 A supos ição de que "basta tema ou assunto o -i ■! i n : ,■ .-.r:-; crever ou formular obj et i vos toroi na i s" e sub'; ti tu ida par o u t r a : a de que os objetivos terminais compor tamentai s de um programa d-: ensino devem ser propostos pelo programador para re-,nlvpr um problema e a oo — ti r de uma descrição deste problema. A solução do prol) lema a trave; da inst al ação dos objetivos comportanentais no repertóri o dos alunos e que evidenciara a e f e t i v i d a d e do programa e não apenas a emissão ■ n , mesmo, i ns t al ação das cl ass es de respostas especi fi cadas pelo progra­ mador. 0 próprio comportamento responsável pela obtenção da d e s c r i ­ ção do problema devera ser objeto de a n a l i s e , descrevendo-se as carne t e rTst i cas dos seus tres componentes. Isto será - como já foi s a l i e n ­ tado - objeto de um outro trabalho. 6. CLASSES DE RESPOSTAS ENVOLVIDAS NO COMPORTAMENTO DE PROPOR ORdE TIVOS TERMINAIS COMPORTAMENTAI$. Um outro aspecto a considerar decorrente do roncei to de onje ti vo coinportamenl.nl proposto ê sobre o ensino de pr o?-mutação de e n s i ­ no. Os dados desse trabalho mostram a necessidade dm se a l t e r a r , s i g n i f i c a t i v a m e n t e , as cl ass es de- respostas que, i n i c i a 1 mente , se supu nha adequadas e s u f i c i e n t e s para ensinar a descrever ob.jet.iyos rompor tamentais termina is de um progr ama de ens i no. No Quadro 48 podemos observar quatro cl asses nora i s uo res postas que "compõem" a c l as s e geral (mais geral ainda "PROPOR OBUETI VOS COMPORTAMENTAIS TERMINAIS PARA UM PROGRAMA Dl. ENSINO", a p a r t i r do que f o i , ate agora, apresentado neste trabalho. Comparando os Quadros 4 e 48, pode-se ter uma noção be.stan te c l a r a das modificações int roduzi das, em remuçao a proposta o r i g i ­ nal com que es t e trabalho, se i n i c i o u , nas cl ass es de respostas envol vidas na aprendizagem para ser rapaz de "propor obj et i vos comporta mentais terminais para um programa cie ensino". As diferenças entre es tes dois quadros obvlamente refletem a mudança no conceito de o b j e t i ­ vo comportamental f e i t a ao longo deste trabalho. ?A 1 • r ■<!*?**»s?iw*»n»< jrtKrr-y-wy - T t T c y ? ^ < •-»*** v iv t y iíil* •1m W f y r •/.'»?^>»y * f ’:tvn *tpvr D esrvrvo r 0 (3 ) c la s s o ( s ) giM-,11{ i $) tio rc s ■ • posltis e n v o lv id a ( s ) no programa de ensino cUacordo co”: 00 dados d e s c r ito s que c a r a c t e r i iam 0 u ro M e ra a s e r re s o lv id o p elo p ro g ra­ ma tíe ensino D escrever los / as c la s s e s antecedentes s o (s ) de qiomn M g e r a is de re la c io n a d a s respo >t.a o n v o 1v ida (s) e stím u ­ í(s ) no c ia s pro ensino r • .;:or o h jo t iv o (s } onmport.unon- 11i ( í :;) ori t.f.Tnina 1( i s } para um pro • > r|n e n *, 1no qur aten d a' :ij -vt o.r ac le r rr»t; i cas ■.{•) 1n o nvi 1v i do p m ljlrn .i a af.rovéo do p au ir.i otr. inn !)<".<.f.'.ypi- as I entes roi .la s s e s •fr-rais <|n estím u lo s cnn icicriados iis c la s s e s de estim o | ins anl.-rM ontes n. i ( s ) c la s s e ( s ) de resptv ! 1ar, e n v o lv id a {•<) no prnn**ama de ensino \ | ! vpeci f ic a r a-, rar ;>c t e r i s t i cas im portan' es \ i nas d-: re s p o s ta s , dc estím u lo s an\l tecMc-it.es e d>> estím u lo s consequentes que j impor por ', a ( s ) re i -ir•'o (ò e s } comporta 1 . -ontal í i s ) qi<r: <Jevc(in) c a r a c t e r iz a r o (s ) 1 •»;>ie t I v n f s ) term ino! f i ; ) do programa de en ■ iuadro 48. Propostas de alounrs c l asses de respostas como as cl asses en /o lvid as na classe geral de respostas de "PROPOR OBJETIVO(S) TERMIMAL(lS) CW-:PORTAMtNTAL(IS) PARA UM PROGRAMA OR ENSINO" '•A, Deta ’hoiido> ainda, em sul) -c lar ser, de vosuosias envolvidas nu cl.asses gerais descritas no Quadro 48, obteremos as classes de respos' descritas nos Quadros 49, 50, 51 e 52. No Quadro 49 pode-se observar tres sub-classes de respostas et i volvidas na aprendizagem para "descrever a(s) c!asse(s) geral(is) de res postas envolvida(s) no programa de ensino". Descrever a sequencia | de passos para descre I ver os componentes de um objetivo comportamental. Descrever a(s) classe(s) ge ral(is) de res postas envoVT da(s) no prc^ grania de ensi­ no de acordo com os dados descritos que caracterizam o problema a ser resolvido peloj programa de j ensino 3 K P Descrever classes ge-] j Transformar diferen- j j | tipos de i n fo r - j ] rais de respostas en-j maçoes em ob je t i j j volvidas em diferen ~— 1 vos terminais 'j| | sob a forma de cias , j tes situações, probl ses de respostas . mas, e t c . _________ Quadro 49. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral de respostas "DESCREVER A(S) CLASSE(S) GERAL(IS) DE RESPOSTAS ENVOLVI­ D A ^ ) NO PROGRAMA DE ENSINO". 243 No Quadro 50, pode-se observar as diversas (14) sub-classes de respostas envolvidas na aprendizagem para "descrever as classes ge cais de estímulos antecedentes relacionadas a(s) classes(s) de respos_ tas envolvida(s) no programa de ensino". Caracter!o QLm> é uma s i tuação antece­ dente necessá­ r ia " natural* Caracterizar o que e uma s i tuaçao antece­ dente relevan­ te ou necessá­ ria OflSCrCVrr <IS situações dl ante das gua í$ <lt?vf*ni s r r ap re m ia d a s classes gr r o h de »*/»spostas pis» pnslat O**» objetivo'terminais de i? rog d« ivtis i r' r> ti r. Id e n t ific a r * _ situações íin lecedeules pr õ p r! ]'A ra um ob.íeVO tín n l * 11 C a ra cteriz a r o que s umà s i ­ tuação antece­ dente necessá­ r ia " a r t i f i c i ­ al C aracterizar o v Id e n tific a r tis dlferontes ínt rnvolvl iloi em st Tijaçr»r>s drttecedontes de d ! orent»*s classes de respos “ , tAS — -----— “ ™ H e scre ve r q ü r e Im por taritC t « una d o s c r i - I u a ÇIO *n Lt) t í d t n l í p ró 1 que C uma s tuaçao antecedente I irrrlovantn ( um o b j e t i v a tic ç n í i no ipn o Caracterizar qu® e uma situ a çãu antecedente J facilitadora *> situação «ntece dente dificulta C-c^Cr e v rr dora * '• c lasiíj ra*s esti_ rnraçtoriziv* rfiyloS a n £«■£«= deot rs rela­ cionadas a(*) fj.je í» Üfni situa çao antecedente ifwdiata'" o uir.j yo lvi da(s )no dnnte Hnão- ime­ diata c\àM{*) ** respostas en $ituaçao ontecr prtvjratM de ensino Id e n t lf ic a r 1 « s s ç s Idcnti fic a r as caracte­ r ís t ic a s de oslfímjlos de í;1tua - çào antece­ dente que interessam píra a des­ crição d^ um gb j t i yn terminal com t> portamen r.òF Quadro 50. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na ciasse geral "DESCREVER AS CLASSES GERAIS DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES RELACIONADOS A (5) CLASSE(S) DE RESPOSTAS ENVOLVÍDA(S) NO PROGRAMA DE ENSINO". No Quadro 51, pode-se observar as 11 sub-rlasses de respos tas consideradas como n ecessárias para a aprendizaqen de "d e sc re v e ra s classes g erais de estím ulos conseqtlentes relacion ad as ás cla sse s est'imulos antecedentes e a ( s ) c la s s e s (s ) M programa de ensino. d e de respostas e n v o lv id a (s ) no SCtJíOri < ■ pro&i: )r:■.* d- : D escrever 43 clas-,n;. g e ra is de estím ulos conseouentes r e la c io fiedjs as c la s s e - de aitTuhilos tes e - á ( 5 ) c l a s s í ( 5 ) de resp ostas en vo lví das <i« um programa Jè ensino anteceden­ Quadro 51. Algumas sub-classes de respostas envolvid as na c la s s e geral "DESCREVER AS CLASSES GERAIS DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES RELACIONADAS AS CLASSES DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES E A(.S) CLASSEfS) DE RESPOSTAS ^ V O L­ VIDAS EM UM PROGRAMA DE ENSINO". 245 No Quadro 52 pode-se ver as 17 sub-classes de respostas envol_ vidas na aprendizagem da classe de respostas "e sp e c ifica ra s c a r a c t e r ís t i­ cas importantes da(s) cla sse(s) de respostas, de estímulos antecedentes e do estímulos conseqüentes que importam para a descrição do comportamento que caracteriza o(s) o b jetivo (s) te rm in a l(is) de um programa de ensino? identificardl fercntujdlmen soes deuma classedercsposUs 1 CaraacrlJir cada omadas diferentes dimcníões de uma classe de respostas "W*’ ..i"aspos SÍvcli s tron­ SOI",quepode c U ’<; postas<■de res 1 Cspeclficar­ esvaleresre levantes dé cadadlnen540de uma clissederes p cni»u|m M no es nt ta esde comportamento Besciívcr um procedimento paraobtersr. c as rar cetleervías ti­ ca rt tesdcum-' classedçr« postascou;«nentedeuri comportamento Ittrclí""r ■sc>-> ■" r ii •.s1". po!rst1a1 r1.f af1)«1»S::stas. d! <-!PWC,lns -• * trStdrr-. tíe-.il.i-. ;.-n le-.dr-.te'. •Ht tjfTd’ r:c.pu-. n.scriçio daCO-p-:rta » tc otprq1u c« in ra raê1 o(l)Ot-Jeti vqjs) 1'rmT ( ' de eipreqri-a deensino CtpeciHcar ascaracte­ rísticas í^’ tantes” das classes derstiroulos ^nfree<tanti?s íjuc ímr-irt.viifM rt - drscrT ÇiTo o(i) Comportamen to(S)fluc~ caracteriza (a) ()ob Jetivo(s) terminal(Is) (1 1 ídr.nlff(car os diferentes ní­ veis tm que se ed revee r 1 cPi ae ssedsesc do s; •"‘wlos antece 1 0 i 1 ! I i i 4 5 5 üeror.por ciasses de estímu­ los anteceden­ t msp celr. asís s P>eslsee fe ií 4 »5 041 15 ! j 1 3 i Espoclficar ajraracteríst.Iras lm p o ftcJlialt Sses d ar*t•p de stírrsti \\ qlfol;Mnctoínss<q?uetrono►,tompa r« ti descrf ÇâOdo{S}” tn(s)qij* ~~ caracteriza (mlOhjetlYOfs) UmM ra1{I*) Identificar o, dl'«rentes ní­ veis em que se pode descrever ■ C\á»Çt»S d? CS" tiroufos conse­ quentes 3 / / i \ / i \ !'ecempor clas­ ses -le estímulos i ca ii Cl ss se eqsuefnnt je(sj em P'i:ificas -—’•i« vmnaU.i.r r.nadro 52. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral E s p e c if ic a r as c a r a c t er íst ic a s importantes da( s ) c l a s s e ( s ) de r e sp o s ­ tas , de estím u lo s antecedentes e de estím u lo s consequentes que impor - TAM PARA A DESCRICflO DO COMPORTAMENTO QUE CARACTERIZA 0(S) OBJETIVO(S) ÍERMINALÍIS ) DE UM PROGRAMA DE ENSINO". As lassas d o respostas descri {. ;s inc; O ímí Iv o -; á;}., ú Q jc ?. sao p r o p ô s i . o n t o decorronein dos dado-. em; ouLrauos no pro ;enu.‘ trabalho. Outros procedimentos e outras populações poder iam lavar outras classes de respostas, principa1mente ss formos a ainda ii?a is lon ge na analise da classes de respostas mais osporTficas neces s á ria s pa ra a aprendízanom do "objetivo terminal" dosrr-i \f} }-,0 Quadro A população com quem se trabalhou deferpii nuu vã ri as -dessas classes de respostas como envolvidas na aprendizagem fiara ser capaz de "propor objetivos terminais comportameritai s para um programa de ensi­ no", ern função das perguntas e desempenho demonstrados ao "descrever os objetivos compor Lamenta is" dos programas que foram desenvolvidos . 0 material usado, o repertório existente e o procedimento determina ram, em parte, o tipo de dado que apareceu. Também sao essas as classes de respos as propostas porque se propoe um certo conceito de comportamento e de objetivo comportamen tal, conforme foi descrito nas páginas antecod Má, ai rida , que se considerar que foram descritas somente es classes gerais de respostas e que falta uma descrição comportamenta1 envolvendo também os outros dois componentes dos comoortamentos rela cionados a essas classes de respostas. 0 no;m- do cada um.!, inclusi­ ve, pode não estar dizendo com clareza suficiente o que se espera ou o que caracteriza a aprendizagem em jogo. Cens ide ramos esta maior preci_ são como algo que depende de novos dados c de outros procedimentos, a lêm das que caracterizaram o presente trabalho. A própria conseqüência para o ensino rir-ssns classes de res postas depende de analises mais profundas e especificas, com uma ne cessaria descrição mais completa e precisa do que e como se quer ensi nar. 7. CLASSES Uh4 RESPOSTAS CONSIDERADAS COMO APRENDIZAGENS DP PRE-RE OUI$ JTOS ENVOLVIDAS N O .COMPORTAMENTO DE PROPOR W k U T I V O S TERMINAIS COMPORTAMF.MTAIS. Há, no entanto, ainda, mais algumas classes de respostas que ,?47 ?e podein deduzir como necessárias para aprender (ou ensinari) a "pro­ por objetivos terminais comportamento Is". A essas classes denominamos de "aprendizagens de pre-requisitos" que nos parecem devam ser inciui das no ensino do comportamento de "propor objetivos terminais comportamentais para um programa cie ensino. No Quadro 53, lia nove ciasses gerais de respostas que considêramos, a partir dos dados deste trabalho, como aprendizagens "pre requisitos" envolvidas no aprende*- a "propor objetivos terminais comportamentais para urn programa, de ensino". São aprendizagens que envcl_ vem, basicamente, um repertório instrumental para chegar a especifi - car, com facilidade, um objetivo comportarnental. Cada uma das ciasses de respostas descritas no Quadro 53 , ainda foi analisada em nTveis mais específicos de sub-classes de res­ postas envolvidas na aprendizagem das nove classes gerais. Essas sub- cl asses nos parecem "decorròncias" das classes mais gerais e sua ex plicitação serve para, inclusive, precisar a abrangência de cada uma das classes descritas no Quadro 53. I . Descrever classes d- respostas, o classes de estímulos em diferen i:es graus de generalidade. Definir termos de direi erres formas. pontos de vista e com diferen -tes finalidades. j . Caracterizar o oue o compor m.mr; to o perante. | . Dest rever classes do avessos -u;.e- ^dentes e conseqüentes mais prova| velmonfo relac ion id tom • ;!..»■ 11 idade de ocorrência de uma (las i se de resnostas. I I . identificar os di :er>:n< o•. íipu?. » alaçoes en re uma classe de res! postas de umorganismo e o ambiente em que ele apresenta esta classe | de respostas. j . Especificar o tipo de evento relacionado a expressões ) vas de desempenhos de um organismo. descriti- | . Caracterizar o que e anã'! is..1 experimental do comportamento. ! . Caracterizar as diferenças e n tre um objetivo comportarnental e ou í tros "tipos" de objetivos. | . Descrever as relações entre ensinar', aprender e objetivos comporta mentais. Quadro 53. Algumas classes gerais de respostas consideradas como apren dizaqens pre-requisito para a ciasse geral de respostas "PROPOR OBJETI V0(S) TERMINAIS COMPÜRTAM l NTAIS PARA ÜM PROGRAMA DE ENSINO". \ Esta especificação pode ser vista nos Quadros 54 G2. No Quadro 54 estão explicitadas nove sub-classes de respos tas envolvidas na aprendizagem de "descrever classes de respostas e classes de estímulos em diferentes graus de generalidade". Quadro 54. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral (considerada pre-requisi to para propor objetivos terminais comportamen tais) "DESCREVER CLASSES DE RESPOSTAS E DE ESTÍMULOS EM DIFERENTES NfVEIS DE GENERALIDADE". 249 No Quadro 55 acontece o mesmo em relaçao a classe de respos­ tas "definir termos de diferentes formas, pontos :le vista e com dife­ rentes final idades". As oito sub-classes explicitadas nos parecem ser "aprendizagens necessárias" para o desempenho da classe mais geral de respostas deste quadro. rn r um termo de di fe re n te s t pontos d e v is t a e f i ­ ! nal i dades Definir termos do rJi ferontes formas, pontos de vista e com diferentes fi­ nal idados \ r j Quantificar Definir um termo de 1 eventos {___________ ___ C a ra c te riz a r j os d ife re n te s ! nTveis de men suraçao de um evento Identi f i cai’ qual a forN ma de definiçío de um termo C a ra c te riz a r cada uma das formas de de f i n i r um te r mo diferentes formas Quadro 55. Algumas sub-classcs de respostas envolvidas na classe gerai (considerada pre-requisi to para propor objetivos terminais cornportamen tais) "DEFINIR TERMOS DE DIFERENTES FORMAS, PONTOS DE VISTA E COM DIFE RENTES FINALIDADES". O 50 No Quadro 56 pode-se observar seis sub-classes de respostas envolvidas na aprendizagem da classe mais geral "caracterizar o que é comportamento operante". Quadro 56. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral (considerada pre-requisi to para propor objetivos terminais comportame_n tais) "CARACTERIZAR 0 QUE E COMPORTAMENTO OPERANTE”. 251 '•<o Quadro 57, pode-so no 1.rir oito sub-classes de respostas pro postas como "aprendizagens pro-requisito’1 para o desempenho relaciona­ do i classe mais geral rio respostas descritas neste Quadro, D e f in ir o que õ uma re la ç ã o Ca r ; i. te r i •• zar tiete’' nn ni í»nio p rob abi! ís tic o cm rõ ^ laçtio a õ mento huno no - ____ —-__ Pi st.i nr;d ir enlrr- de tet min i Sino *• detenninismo pro!>abi 1ís t i - LO L— .......- . C a rn c te r izar a d iíe rençá entre re la ção de cau s a - e - e fe ito " o re la çao funcio nal de causae - e fe ito D e f in ir n que Õ uma relação f ur.c iona 1 Der. (.rever c 1•’í ses rio event* •> antecedentes o conr.rqrientes mais provável mento r e l a c io ­ nados com a prohalií 1 i ri.uii’ rie o co rrên cia de uir.a tla s s e de respostas ai Ulrní. ií I eventos •i > • j eedrnt.es > ■ CCin-rqOí.ni que alteram a probabi I i- riarif A- rt?rs» i a r< uma i la se r rir rei'pestes V X í lA la c iu n a r os d ife re n te s j r't-‘e,i:n'r,.-,o tos do compor--Nj i.tmo-iid r.ocn as r.orrespnri Ante!» d is c ip lin a '- cirnlif ir .t r . rios quais são o A v e lo íl«: estudo j Kir ra rq u iz a r p ro p rierade? !i> ambionte em termos do |i -’.u d'- rie terminação d n il-i 1iriade de rvtorrcnr-i da <lasse de r.-spos ■v, ;jiir- se re 1ac i i-nam Quadro 57. Algumas sub-d a s sos de respostas envolvidas na classe geral (considerada pre-requisito para propor objetivos terminais comportamen tais) "DESCREVER CLASSES DF. EVENTOS ANTECEDENTES (.. CONSEQUENTES MAIS PROVAVELMENTE RELACIONADOS COM A PRORABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE UMA CLASSE DE RESPOSTAS". eV rlas-u: u• : í> Sp;r:, ; *1 :r.> :i:•x 1*■ *.• >s e s r M- ■ o ra l . Pi.)<’u ri amos, o i i id a , em r oí a■ s e r ia nr c r ", sai" i o aoren-i c r em re:oes e n tre uiiid c • e le npres enta e sta :-õ de espi.ratas c í a s s e de res em dano' iüa i s nre i s o s ap roiuiio- ; íjuai a nau. s o b re Dei XoiTlOS o problema em ab erto n este tra b a lh o . -“*".rlfr•f"*>*•ui*#r. 1 Id e n tif ic a r os d ife r e n te s ^ v C a r a c t e r iz a r cada um dos di tip o s de re la ç õ e s e n tre uma fe re n te s c la s s e cie re sp o sta s de um e n tro uma c la s s e de respos - (organismo e o am biente e m ta s de um organismo e o ambi Ique e le ap re sen ta e s ta c ia s í; ipos de re 1ações I ite em çre ap re sen t a çs ta se de resp o stas c 1a s s e de re s po s ta s Quadro 58. Uma su b - c la s s e de re sp o sta s e n v o lv id a na c la s s e (c o n s id e r a ­ da p r é - r e q u is it o para propor o b je tiv o s te rm in a is com portam entais) *'IDEN T IFIC A R OS DIFERENTES TIPOS DE RELAÇÕES EN1R.F UMA CLASSE DE RESPOSTAS DE UM ORGANISMO E 0 AMBI E M E EM QUE ELE APRESf: NTA FSTA CEASSE DF R E S ­ POSTAS". 253 No Quadro 59 ha oito snu-classes de respostas envolvidas na aorenaizagem de "especificar o tino cie evento relacionado a expressões descritivas de desempenhos de um organismo11. Irr-M- .f i f "i !'vrpi i um ' :íi-. i j Ví}‘,"!?OS *ç?e$ ü> jO n i an o i«;i; í f i car verbos que ■ -1 *ff ren; .çdes ob « 1 Servavei s. de um orga r. i sir.o nipres- h !” -t i ( . -.vr;s iv.:. í i 1 íi referem d.- respostas Espcci f i c a r o tipo rio even- ! í!.*n1i f i r ir i.o re la c io n a ­ r,õoc; '|Uf referem se- do a expres - r|íl.‘n- i ' S o-j scíos descri t i de ■• um orga- vas cio desem­ L . penhos do **xpre>“ cadeias { í 11:0 um td-vií •i : u oxpr«s ■ organismo íivi i >' pós has )es j 1pí>r íi ir s dn um orga n i sn*ii \ l 1I ; n <■ '! en tre e:< r: r , • í'wp. referem «i prend i ■ ■aoens ou deseinornln "prç-requi s it o s " f n” interm edia píc> ° rs re la ç a o a o u tr* ‘is •mií.Periho D is tin g u ir en tre expressoe; gu” referem um "dn-, r suponho prinr. i pn 1" ! f‘Xf'rr?r»r.0iT5 que r e fi rum "in d ic a dores" •-e í t e d:;se:npe ____ nho C a ra c te riz a r o que e uma c la s se de respos • Ias "de e le iç ã o " em re lação a ic desempenho Quadro 59. Algumas sub-classes de resnostas envolvidas na classe (considerada pré-requi si to para propor ohietivos terminais comportamentai s) "ESPECIFICAR Q TIPO DE EVENTO ! FLAO! ONADO A EXPRESSÕES DESCRITIVAS DE DESEMPENHOS UE UM ORGANISMO". No Quadro 60 ha quatro sub-classoo do respostas envolvidas n-i aprendizagem do que caracteriza a analise experimental do comportamen to. A classe mais geral e as demais nos parecem importantes como apren dizagens de pre-requisi to pela prõpria noção de objetivo comportamental que exige veri ficação das relações especificadas. 0 fato de se propor classes de estTmulos e de respostas como reiacionadas exige que haja uma demonstração ou verificação desta relação. As classes de res postas descritas no Quadro 60 procuram atender a uma aprendizagem considerada pre-requisi to necessãria para a percepção do que e como fazer em relação a essa necessidade de demonstração. Quadro 60.Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe (consi derada pre-requi si to para propor Objetivos terminais comportamentai s } "CARACTERIZAR 0 QUE É ANALISE EXPERIMENTAL í‘ü COMPORTAMENTO11. No Quadro 61, ha uma analise das sub-classes de respostas eji volvidas na aprendizagem de "caracteri zar as diferenças entre um obje_ ti vo comportamental e outros 'tipos' de objetivos". As oito sub-olas- ses encontradas nos parecem atender as necessidades identifiçadas nas perguntas e dados de desempenho dos participantes desse trabalho, sentido de melhorar a discriminação quanto a objetivos comportamen no - tais e "outros tipos de objetivos" r Caracterizar o que e um obje­ tivo terminal Caracterizar o que e um obje­ Caracteri zar as diferen ~ ças entre um objetivo com portamental e outros "ti_ pos" de obje ti vos tivo interme Id e n f iP ic a r diário (ou pre- os d ifcrentes requi si to) ni ve is em que se pode des­ crever obje­ tivos compor Caracterizar o que e um obje­ tivo instrucio nal ía is uara ;ter 1zar a diferença entre um ob­ Caracterizar o que e um obje­ tivo geral jetivo com | portamental o uma ativi­ dade de ensi Caracterizar o yque e um obje­ tivo específi­ co Quadro 61. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe (considerada pre-requisito para propor objetivos terminais comportamentais) "CARACTERIZAR AS DIFERENÇAS ENTRE UM OBJETIVO COMPORTAMENTAL E OUTROS -TIPOS' DF OBJETIVOS". No Quadro 62 há sete.1 sub-classes de respostas que c o n s id e ra ­ mos en vo lvid as na c la s s e gera! "d e sc re v e r as re laçõ e s e n tre e n s in a r, aprender e o b je tiv o s comportamentaisn. Também estas aprendizagens nos parecem n e ce ssá ria s para .0 ensino do comportamento "propor o b je tiv o s comportamentais para um programa de e n s in o ", considerando as questões e c r ít ic a s apresentadas pelos p a r tic ip a n te s em re la çã o ao uso de obje tiv o s comportamentais no ensino. Quadro 62. Algumas sub-classes de resp o stas e n vo lvid as na c la s s e (con­ sid erad a p re - re q u is ito para propor o b je tiv o s te rm in a is comportamentais) "DESCREVER AS RELAÇÜES ENTRE ENSINAR, APRENDER E OBJETIVOS COMPORTAMEN T A IS ". 257 iodas estas ciasses do respostas descritas nos Quadros 4;; a í2 y nos padecem envolvidas na ap r euu.liz agem do comportamento-al vo des- re tiabilno: propor objetivos terminais comportamentais para um pro cr ama do ensino. Nestes quadros somam-se 118 classes de respostas con^ sideradas envolvidas na aprendizagem deste comportamento. Todas essas classes, porem ainda precisam ser descritas sob a forma comportamental e orna mzadas em seqüências para aprendi?agem. Conforme, também, a população que for alvo do ensino, poder-se-ã ter outras e ate diferentes classes rio respostas. As classes descritas nos parecem relevantes para o ensino ■ "propor objetivos comportamentai s“ para estudantes de psicologia, 'too as populações exigirão, provável mente, alterações nessas c a s s e s ;•!<.> respostas, (• próprio repertório dessas populações determi na rã em orando pa~te o que sera necessário en í s in a r p a ra o ob j e t iv o <:e n ra 1 d o s s o nsino. A analise feita ainda deixa diversos problemas em aberto:ava li ação da relevância dos objetivos terminais, analise de intermedia rios e pré-requisi tos, seqíienci emento, atividades e condições de ensi no. Esses problemas nos parecem, porem, pertencer a outros pontos da sequência descrita no Quadro 8 o seria melhor analisê-los separadamen te, em relação a este traíaalhn, Cada um dos itens desse quadro merece rã um estudo especial e uma anai is extensa do que esta implicado nos comportamento1' envolvidos em ca■t ‘ .m m . lima ultima consideração qu;> ainda nos parece pertinente o a relação entro objetivo comportanu.-ntal e contingência de reforçamento. A noção de contingência de "crorçamento dix respeito ao efei_ to de conseqüências que se sequem u uma classe de respostas sobre a probabilidade de ocorrência dessa classe de respostas e sobre o con trole exercido pela classe de estímulos antecedentes em relação a cias se de respostas. A noção de comportamento d i r e s p e i t o aos tres compo nentes de uma relaçao entre o ambiente e o organismo'.. Nem sempre o s três componentes (est ímulos antecedentes, respostas e conseqdent.es)de um comportamento bastam para se I o uma contingência de reforçamento. As caracterTsticas de estímulos (.->n .oqflentss nem sempre tem proprieda t des reforçadoras ptèra o organismo. Nem sempre, também, os estímulos antecedentes têm propriedades de sinalizar que uma classe dn respos tas tera consequências de determinado tipo, para o organismo que apre sentar esta classe de respostas. Descrever os componentes de interesse em um comportamento ê criar uma primeira etapa para poder planejar contingências de r e f o r ç a mento que instalem as relações entre os três componentes. Esta é, exa tamente, uma das principais tarefas do ensino e dos que pretendem pro — I ^ grama-lo com cuidado. Nao basta olharmos para as classes de respostas de um organismo, se quisermos obter do ensino melhores r e s u l t a d o s .Tam bem não basta que nos contentemos com a apresentação (emissão) declas_ ses de respostas em situações de ensino. 0 aspecto crítico parece ser mais a probabilidade de emissão dessas classes de respostas diante das situações em que elas são relevantes e que deveríam controlar (deter­ minar) uma probabilidade de ocorrência. As conseqdencias dessas clas­ ses de respostas e o controle que exercem sobre as próprias respostas são fundamentais para isto. 0 que se pretende com o ensino e» fundamental mente instalar­ as relações do que o organismo faz com o ambiente em que o faz, mais do que instalar classes de respostas sob controle de estímulos arbitra rios e artificiais. Talvez possamos ir mais longe se observarmos com mais aten - ção, cuidado e p r o f u n d i d a d e , os controles de estímulos que se exercem sobre as classes de respostas de um organismo - aprendiz e não apenas olharmos para estas classes de respostas. As noções de contingência de reforçamente, de comportamento operante e de objetivo comporfamental nos parecem instrumentos básicos para se fazer isto. As implicações sobre avaliação e pesquisa com ensino poderio , provavelmente receber uma significativa influencia se usarmos e de­ senvolvermos melhor estes conceitos em educação. Ê esta a nossa - sem dúvida pretensiosa - expectativa com este trabalho. 259 3 E Baer, r E - * c : i s v ; r E : n.sre w a s t h e r e s p o n s e . Em: Parnp, E. Sem:;, G. .Ores.) Behavio r A n a l y s i s : Areas of Research and Appl i ca ti on. New Jersey: P re n tic e - H a l T , I n c . i9 7 3, pp. 16-30. Baer, D.M. On the relation Letween basic end a p p lie d research. Em Catani?, A.C. Brigham, T.A. 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As qu atro c la s s e s nao esgotam o que se entende por e n s in a r e nem excluem, por exemplo, s itu a ç õ e s como "in t e r a ç ã o p r o fe s s o r - a lu n o ", e n v o lv id a s na c la s s e de re sp o stas " a p l ic a r programas de e n s in o "_ QUADRO 3. Representação esquem ãtica das m ú ltip la s re la çõ e s e n vo j vid as na complexa re la ç ã o das c la s s e s de resp o stas de um organismo com as c la s s e s de estím u lo s do seu amoien C lasses g e ra is de c la s s e "CONSTRUIR i n i c i a l de ensino ção em P s ic o lo g ia resp o stas consideradas e n v o lv id a s na UM PROGRAMA DE ENSINO" na t e n t a t iv a desta c la s s e a estu dan tes de gradua­ ____________________________________ _ QUADRO 4. Algumas c la s s e s de respo stas e n v o lv id a s na c la s s e ge­ r a l "ESPEC IFIC A R 0 ($ ) O BJET IV O (S) TERM IM AL(IS) DE U M PROGRAMA DE ENSINO, SOB UMA FORMA COMPORTAMENTAL". As c la s s e s d e s c r ita s foram e x tra íd a s da l it e r a t u r a c ita d a no te x to e propostas como ponto de p a r tid a para a ana­ l i s e o b je tiv o deste tra b a lb o _______________________85 QUADRO 5. Exemplos de p a rte s de o b je tiv o s destacando "c la s s e s de re sp o sta s" que ilu s tr a m d ife r e n te s formas de d e sc riç ã o de respostas o b se rv á v e is conforme propuseram os p a r t i ­ c ip a n te s _______________________________________ ______________ QUADRO 6 . Exemplos de p a rte s de o b je tiv o s destacando "c la s s e s de re s p o s ta s " que ilu s tr a m c la s s e s que serão apresentadas apenas em s itu a ç ã o e s c o la r . Os exem plos, ás ve^zes, coni tem aspe ctos 'jã*' ana 1i sados no Quadro 5 ___________________ QUADRO 7. Exemplos de p a rte s de o b je tiv o s destacando "c la s s e s de re s p o s ta s " com d ife r e n te s n ív e is de abrangência (gene' ra l i dade) ___________ • _____________ 369 g, 63 QUADRO Exemplos de partes de o b je tiv o s que envolvem d ife r e n ­ tes classes de re sp o sta s, destacando junção dessas d i ­ fere n tes cla sse s de respostas com o co n ectivo "e " QUADRO Exemplos de p artes de o b je tiv o s destacando "c la s s e s de respostas" que referem to p o g ra fia de uma resposta e que referem um a"relaçao com o ambiente _____ QUADRO 1 Exemplos de partes de o b je tiv o s destacando "s itu a ç õ e s d iante das quais o aprendiz d evia ap resen tar a c la s s e de re sp o stas" nos quais se observa que as "s itu a ç õ e s " serviam para o p ro fe s s or " v e r i f i c a r " o desempenho QUADRO 11 Exemplos de partes de o b je tiv o s destacando "situ a ç õ e s dian te das quais o aprendiz devia ap resen tar a c la s s e de resp o stas" nos quais se o b serva, apesar de s u t i l , acenas o que o p ro fe s s o r v ai usar para v e r i f i c a r ou va quTdadés que sõ "serao' íj to HT porque o p ro fesso r usará" umãrorma de v e n r i caçao em que e le d e f in ir a mais e s Tas situ açfles _____ "___________ _ _ _ _ _ _ _ _ ________________ QUADRO Vi Exemplos de partes de o b je tiv o s destacando aspectos de "situ a ç õ e s diante* das quais o aprendiz devia apresen ta r a c la sse de resp o stas" nos quais se observa q u e "p re-req u i s i t o s " fo ram consi derados "situ açõ e s diante cias'''quai s . . . __’_______ _______________________________________ QUADRO 1■ Exemplos de partes de o b je tiv o s destacando o que fo i apresentado como " c r i t é r i o de desempenho" t íp ic o d a cla sse de respostas dos o b je tiv o s apresentados, n o s quais se pode n o tar uma ê nfase em d ife re n te s aspectos de to p o g ra fia da c la s s e de respostas _____________________ QUADRO 1 Exemplos de p artes de o b je tiv o s destacando o que fo i apresentado como " c r i f e r io de desempenho" t íp ic o d a cla sse de respostas dos o b je tiv o s apresentados onde se pode n otar enfase em aspectos d ife re n te s dos aspectos top ográficos das "claiTs e scfe r e s p o s t a s ________________ QUADRO 1 Perguntas dos p a rtic ip a n te s relacio n ad as a PRÊ-REQU1SI TOS PARA A DESCRIÇÃO DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAIS, feT tas ao coordenador e/ou colegas durante o processo de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s cios seus programas de ensino QUADRO 16. Perguntas dos p a r tic ip a n te s sobre ENSINO E APRENDIZA­ GEM f e it a s aos colegas e/ou ao coordenador durante o processo de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s dos seus programas de ensino QUADRO 17. Perguntas OBJETIVOS durante o programas 110 dos p a rtic ip a n te s sobre as CARACTERÍSTICAS DE DE ENSINO f e it a s aos colegas e/ou coordenador processo de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s dos seus de ensino QUADRO 18. Perguntas dos p a rtic ip a n te s sobre VALOR OU REL.EVANCÍA HUMANA E SOCIAL DOS OBJETIVOS e sobre AVALIAÇAO DO EN­ SINO ATRAVÉS DE OBJETIVOS COMPORTAMENTAÍS, f e it a s a o coordenador e/ou colegas durante o processo de d e f i n i ­ ção dos o b je tiv o s dos seus programas de ensino QUADRO 19. Perguntas dos p a rtic ip a n te s sobre ASPECTOS ÉTICOS, IDEO LÕGICOS E SOCIAIS ENVOLVIDOS NO USO DE OBJETIVOS NO Eli SINO, f e it a s aos colegas e/ou coordenador durante o p ro cesso de d e fin iç ã o dos o b je tiv o s dos seus programas de e n s in o _____________________________________ _____________________ 1 2 3 QUADRO 20. Exemplos de d escriçõ es que os p a r tic ip a n te s c o n sid e ra ­ vam c a r a c t e r iz a r a programação de co ntin gências de reforçamento no en sino . As partes g rifa d a s são destaques . nossos para exame ______________ QUADRO 21. Resumo das observações sobre o b je tiv o s de ensino pro postos pelos p a r tic ip a n te s durante o tra b a lh o de elab q ração dos^objetivos do programa de ensin o , com re la çã o a: condiçoes d ian te c!as quais d e ve ria o c o rre r o desem­ penho, o desempenho propriam ente e os c r it é r i o s de de­ sempenho a c e it á v e is como e v id e n c ia de aprendi zagem__ QUADRO 22. Resumo dos aspectos en vo lvid o s nas perguntas f e it a s pe los p a r tic ip a n te s ao e la b o ra r os o b je tiv o s ______ ______ ~ QUADRO 23. C r ít ic a s levantadas pelos p a r tic ip a n te s ao uso de obje tiv o s comportamentais no ensino . Algumas dessas c r í t i ­ cas eram e x tra íd a s da l i t e r a t u r a e assumidas pelos par t ic ip a n t e s , como "a lg o a se r capaz de responder" 271 QUADRO 24. Esquematizaçáo da rs la ç a o e n tre pro pried ad es de uma c la s s e de estím u lo s antecedentes (S ) e p ro pried ad es de uma c la s s e de resp ostas ( R) subsequentes a e s te s e s t í ­ mulos. A fle c h a re p re se n ta a re la ç à o com ênfase em uma d ire çã o de in flu e n c ia d e f i n i d a _____ __ _________ _ QUADRO 25. Esquema t ixaçao da re la ç ã o e n tre p ro pried ad es de uma c la s s e de respostas (R) e as pro pried ad es de uma c l a s ­ se de estímulos (5^) que se seguem como consequência desta classe. A flech a re p re se n ta a re la ç ã o com ênfase _______ ___ _________ ] 34 em uma d i re cão de f 1 n i da _______ _ QUADRO 26. Esquematização das re la ç õ e s e n tre p ro pried ad es de c la £ ses de estím u lo s antecedentes ( S ^ ) , p ro pried ad es d e c la sse s de re sp o stas (R ) e p ro p ried ad es de c la s s e s de estím u los consequentes ( S ^ ) , conforme a n a iis e de Cata n ia (1973). As se ta s ■'indicam as m ú ltip la s d ire çõ e s de in f lu e n c ia dos componentes destas re la ç õ e s _______ ___ _ 135 QUADRO 27. Esquematização das re la ç õ e s e n tre pro pried ad es de c ia s QUADRO 28. ses de estím u lo s antecedentes ( S ^ ) , p ro pried ad es d é c la sse s de re sp o stas (R ) e pro priedades de c la s s e s de estím ulos consequeu l.cs { ':S -) , ilu s tra n d o 3 noçao d e co n tin g ê n cia de reforçainentf: (S k in n e r , 19 6 9 ) _____ 136 Esquematização de ume der. re la ç õ e s e x is te n te s e n tre pro priedades de classes ->•? '■>i.ímulos subsequentes (S ^ ) e propriedades de classes lc: respostas an teced en tes (R ) a e 1GS 143 QUADRO 29. Representação esquem atica da re la ç ã o que d e fin e 0 ensg_ no: 0 que 0 p ro fe s s o r faz 6 responsável p e la apreridiza. gem do aluno __ __________ _________ ________ ___________ ]51 QUADRO 30. D escriçã o dos componentes do comportamento de e n s in a r . No esquema da fig u r a , somente se a re la ç ã o e n tre 0 com ponente "c la s s e s de respostas do p r o fe s s o r " fo i 0 r e s ­ ponsável p ela o c o rrê n c ia do componente "s itu a ç ã o subse q u e n te "»pode-se f a l a r que houve e n sin o . No Quadro e s ­ tão e x p l ic it a d0 s t ambêm a jguu.s comp ori entes da s itu a ç ã o (a n te c e d e n te ) com os quais o p ro fe s s o r "toma c o n ta to " quando apresenta as 0 lasso; de resp o stas e n v o lv id a s no "e n s in a r " _ _ ______ _____________________ _ 152 QUADRO 31. D escrição dos componentes do comportamento de aprender. No esquema do quadro podemos d iz e r que houve aprendiza gem somente se v e rific a rm o s a re la çã o (mudança) do com ponente "SITUAÇAO ANTECEDENTE" para o componente " S I TUAÇAO SUBSEQUENTE". A e vid ê n cia da aprendizagem tam bem nao e dada pelas c a r a c t e r ís t ic a s da c la s s e de r e s ­ postas do aluno, mas pela mudança no seu desempenho em re la ça o a algum aspecto do seu ambiente QUADRO 32. In te ra çã o en tre os componentes dos comportamentos de en s in a r e aprender. Nos esquemas do quadro - s im p lif ic a ­ dos - pode-se observar que o "re s u lta d o " das cla sse s de respostas do p ro fesso r (e que defin e se e le ensinou ou não) e o comportamento (ap ren d er) do aluno. Este comportamento, por sua vez, também pode se r a n a lisad o nos seus trê s componentes como se pode observar na par te i n f e r io r do quadro. Em ambos o s . comportamentos o s o b je tiv o s de ensino s io p arte im portante _____________ QUADRO 33, Modelo proposto por Duran e outros (1976) para d e s c r i­ ção de o b je tiv o s com portam entais__________ ______ u_________ 157 QUADRO 34. Exemplo de uma d e scriçã o dos componentes de um o b j e t i ­ vo comportamentai a p a r t i r das informações elaboradas por Duran e colaboradores (1976). ü exemplo nao re p re ­ senta a versão f in a l do tra b a lh o , sendo apenas um a - ilu s t r a ç ã o de p o s s ív e is problemas decorrentes do con c e ito que estamos examinando_______________________________1 / 7 QUADRO 35. Componentes para a d e scriçã o de um o b je tiv o comporta mental para e n s in o ________________________ ___________________ 1 7 9 QUADRO 36. P a rte de uma p o s s ib ilid a d e de d e scriçã o comportamentai da c la s s e "lim p a r 0 te le fo n e " QUADRO 37. P a rte de uma d e scriçã o comportamentai da c la sse de r e ­ lações comportamentais "lim p a r 0 te le fo n e " QUADRO 38. P a rte de uma d e scriçã o comportamentai da c la s s e de r e ­ lações comportamentais "lim p a r o te le fo n e " QUADRO 39. P arte de uma descriçãc: comportamentai da c la s s e de r e ­ lações comportamentais "lim p a r 0 te le fo n e " 273 QUADRO 40. D escriçã o dos tre s componentes da r e la ç ã o e n tr e o que um organismo faz e o am biente em que o fa z , que se po­ d e ría chamar deMlim p a r o t e le f o n e 11_______________________ '__ QUADRO 41. C lasses de re sp o stas de d if e r e n t e s n ív e is e n v o lv id a s ha a t iv id a d e " c o n s t r u ir d is s e r ta ç õ e s de d if e r e n t e s form as, e conteú dos". Os n ív e is ã d i r e i t a representam e s p e c ifi_ caçoes de c la s s e s e n v o lv id a s nos n ív e is a esquerda a __________ ________ _____________________ que e stã o ligados; QUADRO 42. D escrição comportamerital do o b je t iv o te rm in a l de u m programa de en sin o para c o n s t r u ir d is s e r t a ç õ e s __________ QUADRO 43. Exemplos de d e s c riç õ e s comportamental s^de tr e s c la s s e s g e ra is de re sp o sta de n ív e is in te r m e d iá r io s c a r a c t e r i ­ zando o b je tiv o s com portam entais in te r m e d iã r io s em rela. ção ao o b je tiv o te rm in a l d e s c r it o no Quadro 4 2 ________ _ 200 202 QUADRO 44. Exemplo de uma d e s c r iç ã o comportamental de um o b je t iv o in s t r u c io n a l . Observa-se a e x is t ê n c ia de c la s s e s de es_ tím ulos antecedentes ( s o l i c i t a ç ã o do p r o f e s s o r ) , c l a s ­ ses de re sp o stas (e s c r e v e r c in c o exem plos) e c la s s e s de estím u lo s consequentes ( l i s t a ) t íp i c o s de s itu a ç õ e s de ensino e não "d a 'v id a rio a p re n d iz "__ ________________________ 203 QUADRO 45.' Exemplo de componentes de um a b je t iv o comportamental (in t e r m e d iá r io ) de um programa de trein o de atendente de enfermagem para aprender t e c n i cas ' para red uzir a fe bre de c ria n ç a s e d" componentes de tres situações de ensino grada ti vamen i.e com seus componentes mais seme lhantes ao o b je t iv o de e n s in o ______________________________ ~~ 206 QUADRO 46. Descrição dos tr ê s componentes do comportamento de PR0 POR OBJETIVOS C0MP0RTAMENTAISJERMINAIS para um p ro g rã ma de ensino. A classe de estímulos antecedentes estiT d e scrita genericamente porque sua. descrição mais deta­ lhada depende de uma a n á lise do comportamento "Descre ver o problema a s e r reso lvid o através de um programa’ de ensino ", que produzi rã a descrição a ser u tiliz a d a para a proposta dos objetivos comportamentals termi nais do programa 23 8 QUADRO 47. Proposta de classes gerais de respostas envolvidas na ■ classe "CONSTRUIR UM PROGRAMA DE ENSINO". Pode-se ob­ servar ã alteraçao das duas prim eiras classes em r e la ­ ção ao QUADRO 3. Os retângulos riscados correspondem a formulação o rig in a l substituídos pelos dois retângulos a sua d ir e it a . Os retângulos in fe rio re s (mais compri dos) são os demais elos da sequência d e scrita no Qua­ dro 3 e que não foram alterados neste tra b a lh o ________ 240 QUADRO 48. Propostas de algumas classes de respostas como as cias ses envolvidas na classe geral de respostas de "PROPOR OBJETIVO(S) TERMINAL(ÍS) COMPORTAMENTAL(IS) PARA IJ M PROGRAMA DE ENSINO'1__________________________ 242 QUADRO 49. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral de respostas de "DESCREVER A (S) CLASSE(S) GERAL ( I S ) DE RESPOSTAS ENVOLVIDA(S) NO PROGRAMA DE EN SiN Ü _ QUADRO 50. Algumas sub-classes geral "DESCREVER AS DENTES RELACIONADOS VIDA(S) NO PROGRAMA 243 de respostas envolvidas na classe CLASSES GERAIS DE ESTÍMULOS ANTECE à (S) CLASSE(S) DE RESPOSTAS ENVOLDE ENSINO"___________________________ 244 QUADRO 51. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral "DESCREVER AS CLASSES GERAIS DE ESTÍMULOS CONSE. QUENTES RELACIONADAS AS CLASSES DE ESTÍMULOS CONSEQUEN -TES E A (S) CLASSE(S) DE RESPOSTAS ENVQLVIDA(S) EM UM PROGRAMA DE ENSINO" 245 QUADRO 52. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral "ESPECIFICAR AS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DA(S) CLASSE(S) DE RESPOSTAS, DE ESTÍMULOS ANTECEDENTES E DE ESTÍMULOS CONSEQUENTES QUE IMPORTAM PARA A DESCRIÇÃO DO COMPORTAMENTO QUE CARACTERIZA 0 (S) OBJETIVO(S) TERMÍ NAL ( I S ) DE UM PROGRAMA DE ENSINO ____________ ___ 246 QUADRO 53. Algumas classes gerais de respostas consideradas como aprendizagens pre-requisi to para a classe geral de res postas "PROPOR OBJETIVO(S) TERMINAL(IS) COMPORTAMENTAÜ ( I S ) PARA UM PROGRAMA DE ENSINO" _ ______________ QUADRO 54. Algumas sub-classes de respostas envolvidas na classe geral (considerada pre-requisi to para propor ob jetivos term inais comportamentais) "DESCREVER CLASSES DE RES POSTAS E DE ESTÍMULOS EM DIFERENTES NlVEIS DE GENERALI DADE" ; 275 Í n d ic e de auto res B F Baer, D.M. 43, 44, 48, 65, 139, 144, 173, 2 1 2 , 218 . Baker, E .L . 6 8 , 70, 71, 76, 77, 78, 155, 156, 165,167, 168, 169, 170, 171,175, 193, 196, 211 . 3en-david, 0 . 25. F e r s t e r , C.B. 31, 34. Fox, W.L. 72, 156, 168, 172,175, 195. F r e ir e , P. 208, 221, 223. F r e it a s , L.C. 53, 54, 55, 56, 57, 59, 60, 64, 65, 82, 176. B ijo u , S. W. 139, 144. G Bloom, B .S . 74, 75. B o lle s , R.C. 28 . G lase r, R. Botome * S .P . 50 >59, 193, 194,197, 205, 209, 2 1 1 . Goldberg, M.A.A. Brigham, T.A. 45, 46, 65. Bunge, M. 62. Gonçalves, C.M.C. Grunbaum, A. B u s h e ll, D. 150, 151. 19. c K C atan ia, A.C. 29, 30, 45, 46, 65, 132, 134, 135. 54. H a ll, R.V. 54. H anley, E.M. 54. Copi, I.M . 132, 175. Cunha, W.H. 197. Gronlund, N.E. 6 8 , 69, 70, 148, 149, 156, 163, 175, 197. 20, 21. Copeland, R. 225. Hayakawa, S . I . 133. Hegenberg, L. 175. 132. Heisenberg, W. 22. D H errn ste in , R . J . De Cecco, O.P. 6 8 , 156, 165, 175. 197. Holland, J.G . 44. 49, 50. Deno, S .L . 72. i Duran, A. P. 157, 167, 168, 176, . 177., 178, 193, 211. ' Immergluck, L. Y;,/,' E lz e y , F .F . e 192. 277 19. Parra, 6i, 5 1, 211 • kõu nnan, K e ls e r. R. A . P a v l o v , I.P . 74, 75, 193. 26. Pessottí • I . 26. F . S . 23, 32, 6 o, 62, 65 145 3 152. Pi n s k y , J . 43. Pinto, f-\. V , 25, r ’ípcí ♦ \}* 69 . L L e it e Lopes, J . L e v in e , S. Popham, W .J . 68, 70, 71, 76., 77 167 73, 1 55, 156, 165, 175 170, 171, 168 > 169, 193 , 196, 211. 25. 192. Posner, G. J . 81 . P n s t m a n ., N. 58, 211. M / R . 56 , 66 , 67, 58. 69, 70, 71, 72, 73, 75.76, 156, 77, 78, 79. 155, 158, 164 , 165, 166,16 7 jo 8, 169, 170, 171, 176 178, 195 , 196, 201. M cB rid e, 5, 25 Mechner, F. 56, 80, 81, 193, 211. M ic h a e l, 0. Ri boi ro . D, 208, 224. !’ibes , E . 56 , 57, 58, 65 , 194, 21 i , 218.t R i s l e y , T .R . 65 . R u skin , R .S . 56, 64, 65. 141. M ille n s o n , J . R . M in ic u c c i, A. 133 S 222. Salmon, W.C. 132. S c h a e fo r, H.H. 62. N S c h ic k , K„ 27, 30,132, 134. Selig m an . M .E .P . N ic.holson, G .E . 25. Sherman, J . G . N id e lc o f f , M.T. 81, 211, 222. 278 28, 29. 56, 65. 1 S h o rt, 0. 77, 78, 79, 50, 159,165. 167, 169, 175, 193, 196, 197, 211. Sidrnan, M. 'n■! 133. Sk in n er, B .F . 19, 20, 22, 24,25, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 33, 34, 35, 38, 46, 48, 56, 57, 59, 82,132,133, 135, 136, 139, 175,221. W alker, E . L . Weingart.oer, C. 58, 211. W heeler, A. H. 72, 156, 168.172, 175, 195. W in e tt, R.A. Sn elb ecker, G .E. 41, 42, 212. 19, 21, 23 . 50. W in k le r, R.C. 50. Sommer, R. 4o. S ta a ts , A.W. 133, 175. S t a a ts , C.K. 133, 175. W oolf, M.M. 65. Staddon, J . E . R . 27, 30, 35, 132, 134, 138. S te v e s , O.P. Y 6 8 , 71, 165, 175. S t r ik e , K,A. 81. YamaT.oto, M.E. la b e r , J . f . Todorov, 6?. 19. 38. f y l e r , R.W. i V Vargas, J . S . 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 81, 155,156, 159, 165, 168. 169, 175, 176, 195, 196, 197, 201. V arsavsky, 0 . 46, 48, 50, 208,211, 224 . 279 214.