tcc- pneumonia associada à ventilação mecânica em - TCC On-line

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
MICHAEL JACKSON NEVES
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI
CURITIBA
2012
MICHAEL JACKSON NEVES
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI
Trabalho de Conclusão de Curso sob forma de
monografia apresentado como requisito para
obtenção
do
certificado
de
conclusão
da
Especialização em Terapia Intensiva: Uma Visão
Interdisciplinar Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientadora: Prof Dra Ana Maria Dyniewicz
CURITIBA
2012
TERMO DE APROVAÇÃO
Michael Jackson Neves
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Especialista no
Curso de Pós-graduação em Terapia Intensiva: Uma Visão Interdisciplinar da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 23 de abril de 2013
_________________________________
Terapia Intensiva: Uma Visão Interdisciplinar
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador: Profª Dra Ana Maria Dyniewicz
Universidade Tuiuti do Paraná /Programa de Pós-graduação
Profº
Universidade Tuiuti do Paraná /Programa de Pós-graduação
Profº
Universidade Tuiuti do Paraná /Programa de Pós-graduação
RESUMO
Este trabalho de revisão de literatura realizou uma investigação sobre a pneumonia
associada à ventilação mecânica (PAVM) e seus principais aspectos. A PAVM é
uma das principais formas de infecção adquirida no âmbito hospitalar. Ela se
manifesta entre 48-72 horas após o paciente ser submetido à intubação orotraqueal
e instituição de ventilação mecânica (VM) invasiva. Sua taxa de incidência é de 10%
a 70% dependendo do método de diagnóstico utilizado e da população estudada. Os
fatores de risco para a PAVM são classificados como modificáveis, nas quais estão
as medidas de prevenção, e os não modificáveis, que são aqueles inerentes ao
hospedeiro e a presença das comorbidades. São várias as complicações que
apresenta esta patologia, que inclui maior tempo de permanência e de VM, aumento
dos custos gerado por este paciente e aumento da taxa de mortalidade. O
diagnóstico clínico é de difícil realização, devido às dificuldades que apresenta em
realizar diagnóstico diferencial com as infecções de vias aéreas inferiores. Aplicação
de estratégias preventivas demonstra ser um modo eficaz de controle e para limitar
as consequências negativas da PAVM. Podemos citar entre as estratégias: a higiene
da cavidade oral, a aspiração de secreções, a desinfecção prévia dos equipamentos
utilizados, higienização das mãos, monitorização do cuff entre outros. O tratamento
da PAVM é de difícil escolha devido o atraso na administração ou um tratamento
inadequado, estão associados ao aumento da mortalidade e no surgimento de
bactérias multirresistentes. Devido a estes fatores conclui-se que a prevenção ainda
é a melhor escolha para lidar com esta patologia, fazendo-se necessário que os
profissionais da área de saúde que trabalham dentro de uma unidade de terapia
intensiva (UTI), adotem medidas preventivas contra a PAVM a fim de reduzir os
riscos para sua ocorrência e surgimento, contribuindo assim para um melhor
prognóstico do cliente.
Palavras-chave: Pneumonia; Ventilação mecânica; Unidade de Terapia Intensiva;
higiene oral.
ABSTRACT
This work of literature review conducted an investigation ventilator associated
pneumonia (VAP) and its main aspects. VAP is one of the main forms of infection
acquired in the hospital. It manifests between 48 - 72 hours after the patient is
subjected to intubation and invasive MV institution. Its incidence rate is 10% to 70%
depending on the diagnostic method used and the population studied. Risk factors
for VAP are classified as modifiable, in which are preventive measures, and not
modifiable, which are those inherent in the host and the presence of co-morbidities.
There are several complications that presents this pathology, which includes
increased residence time and VM, increased costs generated by this patient and
increased mortality rate. Clinical diagnosis is difficult to achieve due to the difficulty in
presenting performs differential diagnosis of infections of the lower airways.
Implementation of preventive strategies proves to be an effective way to control and
limit the negative consequences of VAP. We can mention among the strategies: oral
hygiene, aspiration of secretions, disinfection of equipment provided ultilizados, hand
hygiene, monitoring cuff among others. The treatment of VAP is difficult to choose
because the delay in the administration or inadequate treatment, are associated with
increased mortality and the emergence of multiresistant bacteria. Due to these
factors it is concluded that prevention is still the best choice to deal with this disease,
making up necesario that health professionals who work in the ICU, adopt preventive
measures against VAP in order to reduce risks to their occurrence and appearance,
thus
contributing
to
a
better
prognosis,client.
Keywords: Pneumonia; mechanical ventilation, intensive care unit; oral hygiene
LISTA DE TABELAS
TABELA I - Fatores de risco independentes para PAVM..............
16
TABELA II – Recomendação para prevenção de pneumonia
hospitalar ................................................................................
21
TABELA III - Correspondência entre o grau de recomendação e a
força de evidencia científica......................................................
25
ABREVIATURAS E SIGLAS
CCIH
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CDC
Central of Disease Control
IH
Infecção Hospitalar
PAVM
Pneumonia associada à ventilação mecânica
UTI
Unidade de terapia intensiva
NNISS
National Nosocomial Infections Survillance System
Cm
H2O
Centímetros
Água
HI
Infecções hospitalares
PaCO2
Pressão parcial de dióxido de carbono
PAH
Pneumonia adquirida no hospital
PAM
Pressão arterial média
PaO2
Pressão parcial de oxigênio
SpO2
Saturação periférica de oxigênio
VM
Ventilação mecânica
VNI
Ventilação não invasiva
MRSA
Methicillin-resistant Staphylococcus aureus
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ..........................................................................................
9
1.1 JUSTIFICATIVA .....................................................................................
10
1.2 OBJETIVO .............................................................................................
11
2
12
METODOLOGIA .......................................................................................
3 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA ......................
13
3.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................
13
3.2 PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA ...................................................
14
3.3 FATORES DE RISCO ......................................................................
16
3.4 COMPLICAÇÕES ............................................................................
18
3.5 DIAGNÓSTICO …………………………………………………………
19
3.6 PREVENÇÃO ..................................................................................
20
3.7 HIGIENIZAÇÃO ORAL ....................................................................
22
3.8 ASPIRAÇÃO POR SISTEMA ABERTO E FECHADO.....................
24
3.9 CONTROLE DA PRESSÃO DO CUFF ...........................................
26
3.10 NUTRIÇÃO ENTERAL .................................................................
27
3.11 FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ..................................................
27
3.12 PROCEDIMENTOS INVASIVOS E NÃO INVASIVOS ..................
27
3.13 TRATAMENTO ..............................................................................
28
4
CONCLUSÃO ....................................................................................
31
REFERÊNCIAS ....................................................................................
32
9
1 INTRODUÇÃO
Todas as infecções originadas em âmbito hospitalar são consideradas
infecções adquiridas ou transmitida após a admissão do cliente, onde ocorrem
manifestações clinicas durante o período de estadia ou após a alta hospitalar,
podendo estar relacionada com procedimentos hospitalares ou internação (BRASIL,
1998).
Elas geram o aumento da taxa de mortalidade, tempo de internação, custos
e surgimento de bactérias resistentes. O setor responsável pela prevenção dessas
infecções fica sob a responsabilidade da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH).
O controle das infecções hospitalares (IH) apresenta como problema
desafiador o surgimento de micro-organismos resistentes, de infecções ocasionadas
por fungos, pacientes imunodeprimidos, e de procedimentos e dispositivos invasivos
(CARNEIRO, 2008).
A pneumonia adquirida no ambiente hospitalar, e a pneumonia associada à
ventilação mecânica (PAVM), representa um desafio diagnostico e terapêutico. As
taxas de longevidade da população, a utilização de imunossupressores e fármacos,
modificaram a interação entre o agente infeccioso e o hospedeiro, favorecendo o
aparecimento de novos micro-organismos e o desenvolvimento de patógenos
resistentes. O uso indiscriminado de antimicrobianos, e o tratamento inadequado são
fatores que contribuem para este desafio permanente.
Quando ocorre a evolução desfavorável do paciente, ele é encaminhado
para unidade de terapia intensiva, com indicação de intubação orotraqueal e
instituições da ventilação mecânica invasiva poderão surgir indícios de infecção
entre 48 a 72 horas após o inicio da ventilação mecânica, sendo considerada
pneumonia nosocomial (SBPT, 2007).
A pneumonia adquirida no hospital é uma infecção geralmente de origem
bacteriana que atinge as vias aéreas inferiores (FERNANDES, FERNANDES,
RIBEIRO-FILHO, 2000; FEIJÓ e COUTINHO, 2005).
A PAVM é em geral a maior complicação que os pacientes conectados a VM
enfrentam, considerando a infecção de maior índice de prevalência nas unidades de
terapia intensiva (UTI) e a principal causa de óbitos por infecção intra-hospitalar, nos
10
quais os pacientes ventilados por um período maior de que 48 horas são de 20 a
25% com aumento de 1% ao dia de VM. O risco de adquirir pneumonia é 21 vezes
maior em pacientes que estão em VM, comparados com os pacientes não
submetidos a este procedimento. A mortalidade decorrente da PAVM varia entre 30
a 70% dependendo do estudo realizado, e também os pacientes que sobrevivem,
tem um prolongamento de sua estadia entre 20 a 45 dias (IRIBARREN et al.,2009).
As infecções hospitalares representam grande problema de saúde publica
por elevarem as taxas de morbidade e mortalidade. A pneumonia é em geral uma
das mais importantes taxa de mortalidade com 30 a 60%. Estratégias preventivas
são apontadas como uma das formas de controlar e limitar as consequências das
infecções hospitalares (FLECK, 2009).
1.1 JUSTIFICATIVA
Conforme dados da vigilância do National Nosocomial Infection Surveillance
(NNIS) do CDC, a pneumonia e considerada a segunda infecção mais comum em
unidade de terapia intensiva (UTI). Nos pacientes intubados, a incidência é de 7 a 21
vezes maior do que aqueles que não necessitam de ventilador (BERALD e
ANDRADE, 2008).
Tem se observado que a pneumonia associada à ventilação mecânica
(PAVM) apresenta um impacto variável, em termos de mortalidade, custos, aumento
da permanência do paciente nas unidades hospitalares e tempo de ventilação
mecânica.
Conhecendo as causas que levam a esta afecção, as medidas de prevenção
para as pneumonias são essenciais, devendo ser implantadas estratégias de
controle centrando suas ações no treinamento de condutas para a assistência ao
paciente critico. Os bons resultados dependem do envolvimento de toda a equipe,
sendo de suma importância a educação continuada de todos os profissionais que
trabalham com pacientes com predisposição a desenvolver PAVM.
Diante destas considerações entendemos que as medidas preventivas
dessas infecções deve-se a equipe de enfermagem que assiste o paciente de forma
direta e que responde por vários mecanismos de prevenção.
11
Portanto, deve se preservar o bem estar físico, mental e emocional do
paciente numa visão holística, buscando a excelência no atendimento, competência
profissional e minimizar consequentemente a ocorrência de PAVM.
Evidencia-se que a utilização por parte da equipe multiprofissional das
diretrizes para a prevenção das infecções nosocomiais podem prevenir a PAVM em
pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva.
1.2 OBJETIVO
Analisar pesquisas que estudaram sobre a pneumonia associada à
ventilação mecânica, e descrever os resultados encontrados pelos autores sobre
este tema.
12
2 METODOLOGIA
O método utilizado para atingir os objetivos foi uma pesquisa bibliográfica
sobre o assunto. Para Dyniewicz (2007), a pesquisa bibliográfica utiliza vasta
literatura para estudar e analisar aspectos diversos de um tema, contribuindo para
uma pesquisa futura mais estruturada.
Realizou-se um levantamento bibliográfico retrospectivo, dos últimos sete
anos (2005–2012), por meio do banco de dados LILACS (Literatura LatinoAmericana do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Libray
Oline), foram utilizados como descritores: pneumonia, ventilação mecânica, unidade
de terapia intensiva. Foram encontradas 37 publicações sendo analisadas 30. Foram
excluídos os artigos que não se apresentavam na integra, ou ano inferior ao
levantamento bibliográfico.
13
3 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA
3.1 DEFINIÇÃO
A pneumonia é uma infecção no parênquima pulmonar causada uma vasta
variedade de agentes infecciosos, nos quais são as bactérias, microplasmas, fungos,
parasitas e vírus, sendo que a pneumonia bacteriana é a forma mais comum da
doença. È uma infecção aguda dos pulmões, que pode manifestar sinais e sintomas
respiratórios, sendo eles a tosse produtiva, respiração curta ou longa e dores no
peito, alem de sintomas não especifico como febre, fadiga, dores musculares e falta
de apetite. As bactérias são as causas mais comum e frequente da doença e
também as mais fáceis de prevenir e tratar. São elas classificadas em pneumonia
adquirida na comunidade ou pneumonia nosocomial (PN). (LODE et al., 2000;
CARVALHO, 2004; AMARAL, 2009; OLAECHEA., 2010).
Segundo a ANVISA (2005) a infecção hospitalar é um agravo da origem
infecciosa que acomete o paciente em sua admissão, estadia e após a alta e que
pode ser relacionada com os procedimentos hospitalares, e estas infecções são
considerada fatores importante de complicação no tratamento de pacientes, pois
pode causar tanto sofrimento para si como para os familiares, e contribuem para a
taxa de morbidade, mortalidade, tempo de permanência hospitalar e elevados custos
no tratamento pós-infecção.
As infecções que acometem os pacientes são frequentes nas UTI, pois neste
ambiente o paciente esta mais exposta ao vários riscos de adquirir uma infecção,
levando se em conta a sua condição clinica e as rotinas de procedimentos invasivos
que esta sendo submetido (GUSMAO, DOURADO e FIACCONE, 2004).
O procedimento de intubação traqueal consiste na introdução de um tubo na
luz da traquéia, mas consequentemente este procedimento reduz a eficácia das
defesas pulmonares, sendo assim é possível afirmar que os pacientes criticamente
doentes tem maior risco de desenvolver pneumonia nosocomial. (CARNEIRO e
SARIDASKI, 2008).
Conforme apontado pelas Diretrizes Brasileiras para Tratamento das
Pneumonias Adquiridas no Hospital e Associada à Ventilação mecânica de 2007, as
pneumonias são definidas em:
14
a)
Pneumonia adquirida no hospital (PHA): é a que tem ocorrência após
48 horas da admissão hospitalar, geralmente tratada na unidade de internação
(enfermarias\apartamentos), não tendo relação à intubação orotraqueal ou a VM,
podendo no entre tanto ser encaminhada para tratamento em UTI, quando há
indícios ou evolução para a forma grave. Devido a implicação etiológicas,
prognosticas e terapêuticas, a PHA tem sido classificada decorrente ao tempo de
internação podendo ser precoce ( se apresenta ate 96 horas de internação) ou tardia
( a qual se inicia após o período de 96 horas de internação).
b)
Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM): aquela que se
manifesta entre o período de 48- 72 h após a intubação orotraqueal e instituição da
VM invasiva. Da mesma forma a PAVM também é classificada em precoce (que se
manifesta até 96 horas de intubação e inicio da VM) e tardia (a que se inicia após 96
horas da intubação e VM) (TEIXEIRA et al., 2007).
A
PAVM
com
inicio
precoce
apresenta
melhores
prognósticos
e
normalmente é causada por bactéria com baixa resistência a antibióticos, em contra
partida a PAVM tardia tem maior probabilidade de ser originada por germes
multirresistentes, levando a maior tempo de permanência no hospital, a morbidade e
mortalidade (KOLLER, 2005).
A pneumonia é geralmente de origem aspirativa, sendo a sua principal fonte,
as secreções das vias aéreas superiores. Estas aspirações são mais comumente em
microaspirações silenciosas do que em macroaspiração, pois quando acontecem
trazem um quadro de insuficiência respiratória grave progressiva (LOPES e LOPES,
2009).
Beraldo (2008) em seus ensinamentos diz que a presença do tubo
endotraqueal é um fator de grande risco para a pneumonia, pois prejudica também a
eficácia do reflexo da tosse, pois o fechamento da glote esta impossibilitado pela
presença do tubo, contribuindo para formação e acumulo de secreções.
3.2 PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA
A pneumonia nosocomial ou hospitalar é geralmente causada por bactérias,
sendo considerada a segunda causa mais comum de infecção hospitalar, onde a
primeira causa é a infecção do trato urinário. Estudos mostram que a pneumonia
15
hospitalar aumenta o tempo de estadia dos pacientes em torno de sete a 10 dias.
Acometem cerca de 250 mil pacientes todos os anos e representa um impacto em
termos de custos hospitalares (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 2008). As taxas
de pneumonia são altas nas UTI, em particular nos pacientes com ventilação
mecânica, sendo assim considerada a complicação mais comum em pacientes
hospitalizados (MYRIANTHEFS et al., 2006).
Realizado um estudo descritivo que teve como objetivo descrever o perfil
epidemiológico das infecções hospitalares, realizado no Hospital Universitário João
de Barros Barreto, em Belém-Pará-Brasil, onde constatou que das 365 infecções
ocorridas no período de janeiro a dezembro de 200, a causa de maior incidência foi
a pneumonia com 19,5%. (RIBEIRO et al., 2006).
Estudos realizados por Seligman (2006) no Hospital de Clinicas de Porto
Alegre apresentam que pacientes internados na UTI, tem uma letalidade de 38,7%
no período de até 28 dias após sua alta da UTI.
Para determina a relevância de infecções adquirida em UTI, e os principais
fatores para esta infecção e identificar os organismos infectantes de maior incidência
e avaliar a relação entre mortalidade x infecção adquirida na UTI com base em 16
UTI do estado do Rio Grande do Sul, excluindo as unidades coronarianas e
pediátricas, com uma população de 174 pacientes com faixa etária maior que 12
anos, que ocuparam um leito da UTI, padrões de resistência dos patógenos isolados
e fatores de risco para infecção adquirida. Foram um total de 122 pacientes que
representa (71%) estava infectado, (29%) adquiriram na UTI. A pneumonia
apresenta (58,2%), infecção do trato urinário (18%) foram os tipos que mais se
apresentaram com maior frequência de infecção. Os microorganismos como
stafilococos aures (42%) co resistência a oxacilina, pseudômonas aeruginosa (31%).
Os fatores de riscos que mais foram identificados na UTI são: acesso venoso
central, cateter urinário, intubação orotraqueal por tempo prolongado e tempo de
permanência na UTI (maior que 30 dias).
Os autores relatam que os fatores de risco associado à morte foram idade
falência orgânicos, prótese em vias aéreas com ou sem ventilação mecânica
(LISBOA et al., 2007).
Estudos de Boots et al. (2005), realizado em 14 UTI, na Austrália e Nova
Zelândia, mostrou a pratica clinica em pacientes submetidos a ventilação mecânica,
16
que 476 episódios de pneumonia foram relatados, observando que 48% foram
adquiridas na comunidade; 24% no ambiente hospitalar, e 28% foram associada a
VM.
3.3 FATORES DE RISCO
Os fatores de risco para o surgimento da pneumonia são diferenciados como
modificáveis e não modificáveis. Os fatores modificáveis podem ser realizados por
medidas simples, as quais são lavagem das mãos, protocolos que visam à redução
de uso incontrolado de antimicrobianos e a informação periódica aos profissionais,
quanto à prevalência e resistência da microbiota. Os riscos muitas vezes estão
relacionados ao sexo, doenças pulmonares preexistentes, falência múltipla de
órgãos, ou a fatores relacionados ao tratamento como a intubação e a nutrição
enteral (SBPT, 2007).
São vários os fatores para o desenvolvimento da pneumonia ou colonização
da orofaringe, conforme descrito no quadro I. Os fatores de risco para o
desenvolvimento de infecção respiratória são os fatores como a idade, desnutrição,
insuficiência renal, neoplasia, tabagismo, uso de medicamentos intravenoso, uso
prolongado de antimicrobianos ou cirurgias que necessitem de terapia respiratória
com presença de tubos endotraqueal (TET) e ventilação mecânica. São todos esses
fatores que podem causar a colonização da orofaringe e estomago, podendo
contribui para o surgimento de pneumonia nosocomial, como condições que
aumentem o índice de aspiração ou refluxo (uso de sondagastrica ou nasoenteral e
posição supino) e também nas condições que necessitem de uso prolongado de
suporte ventila tório com risco potencial a exposição de equipamentos colonizados
ou as mãos dos profissionais que manipulam o paciente.
TABELA I - Fatores de risco independentes para PAVM.
FATORES
FATOR DE RISCO
Fatores Maiores
•
•
•
•
•
Trauma
Queimadura
Doença neurológica
Tempo de ventilação mecânica > 10 dias
Bronco-aspiração presenciada
17
•
•
•
Colonização do trato respiratório Por bacilos Gram-negativos
Ausência de antibioticoterapia
Uso de PEEP> a 7,5 cmH2O
Fatores menores
•
•
•
•
•
•
•
Doença Cardiovascular
Doença respiratória
Doença gastrointestinal
Cirurgia torácica ou abdominal
Administração de Bloqueadores neuromusculares
Tabagismo
Hipoalbumonemia na admissão (alb < 2,2 g/dL)
Outros fatores
•
•
•
•
•
•
•
•
Idade (> 60 anos)
Sexo masculino
Piora do SOFA ( avaliação de falência sequencia de órgãos
Paciente proveniente da emergência
Nutrição enteral por qualquer via
Insuficiência renal
Bacteremia
Dreno de torax
Fonte: SBPT (2007)
Todos esses fatores associados no ambiente hospitalar, ainda existe o fato
dos pacientes estarem imunologicamente comprometidos devido a sua patologia ou
a medicamentos, ocorrendo a diminuição do fluxo salivar devido a procedimentos,
tais como a desidratação terapêutica (com o objetivo de aumentar sobre tudo a
função cardíaca e respiratória), alem da diminuição do reflexo da tosse e da
capacidade de higiene oral diminuída, que fazem com que esses grupos de
pacientes tenha um risco ainda maior de desenvolver outras patologias. Conforme
estudos realizados evidência se a associação à colonização microbiana da
orofaringe e da placa de biofilme dental à PAVM. Grande parte dos adultos em bom
estado de saúde apresenta aspiração da secreção da orofaringe durante o sono, e
esses números aumentam quase 70 % quando se trata de paciente com
rebaixamento de nível de consciência. Quando a respiração do paciente fica ineficaz
a ponto de ser necessária a intubação podem ocasionar um risco de microaspiração
de patógenos até o trato respiratório inferior. O tubo orotraqueal por siso proporciona
um ambiente inerte na qual as bactérias podem se aderir, colonizar e crescer, assim
formando o biofilme ou placa, de onde poderá ser broncoaspiradas (AMARAL,
CORTEZ e PIRES, 2009).
18
3.4 COMPLICAÇÕES
A pneumonia nosocomial é uma complicação comum entre os pacientes
hospitalizados, estando em associação com o grande risco de morte e maior tempo
de internação, também com o aumento dos custos hospitalares, e de uso frequente
de antibióticos e tempo de estadia hospitalar, alem de constituir reservatórios para
bactérias multirresistentes (MYRIANTHEFS et al., 2006).
A infecção hospitalar, em geral acarreta um tempo maior de permanência de
um paciente, trazendo custos adicionais, gerando um grande impacto clinico e
financeiro, estando diretamente associada à alta mortalidade. O desenvolvimento da
PAVM é também associado a um adicional de 9.6 dias de ventilação mecânica, 6.1
dias em UTI, e 11.5 dias no hospital que gira em torno de mais de 40.000 dólares
para hospital custo por paciente (KONKEWICS, HOEFEL, 1996).
Segundo Jarvis (1996), estudos realizados na Infection Control and Hospital
Epidemiology por descreve que, por ano, nesse país, existem 2 milhões de infecções
hospitalares, Observou-se o tempo de permanência, a taxa de mortalidade e o custo
das infecções hospitalares, sendo a pneumonia a infecção mais encontrada,
seguidas da infecção da corrente sanguínea, infecção de sítio cirúrgico e a infecção
do trato urinário. Os resultados mostraram que a pneumonia teve um aumento no
tempo de internação de 7 a 30 dias, uma mortalidade de 14 a 71% e um custo
adicional por paciente com a infecção nosocomial de $ 4.974,00 dólares.
Um índice de 10 a 20% de pacientes que necessitam de ventilação
mecânica por um período maior que 48 horas, desenvolve PAVM, com uma taxa de
mortalidade que varia de 15 a 50%. PAVM parece ser um fator importante para o
risco de morte (PORZECANSKI e BOWTON, 2006).
Conforme um estudo realizado por Teixeira et al.,( 2004) no período de 40
meses para determina o impacto da multirresistência bacteriana na morbidade e
mortalidade de paciente com PAVM, encontrou 91 pacientes submetido a ventilação
mecânica com diagnostico confirmado de pneumonia. Os estudos foram
classificados
por
micro-organismo
multirresistente
e
por
sensíveis
a
antibioticoterapia. A pneumonia foi causada por micro-organismo multirresistente em
75 casos o que representa (82%) e por micro-organismo sensível a antibioticoterapia
16 com (17,6%) deles. O staphylococcus aureus foi responsável por 27,5% dos
19
casos de pneumonia associada a ventilação mecânica e a Pseudomonas aeruginosa
por 17,6%. A doença foi apresentada nos primeiros períodos em 33 pacientes
representando (36,3%) e período tardio em 58 deles com (63,7%). O tratamento
empírico foi considerado inadequado em 42 pacientes com pneumonia por bactéria
multirresistente com (56%) e em 4 com pneumonia por microorganismo sensível
(25%). A taxa de óbito ocorreu em 46 pacientes que apresentavam pneumonia por
bactéria
multirresistente
(61%),
e
em
4
daqueles
com
pneumonia
por
microorganismo sensível (25%). Os autores puderam concluir que a multirresistencia
bacteriana não apresentou impacto na morbidade, mas esteve relacionada à maior
taxa de mortalidade.
Foi realizado um estudo em 233 pacientes submetidos à VM, utilizou como
parâmetros primários: tempo de VM, tempo de estadia na UTI, tempo de estadia
hospitalar e mortalidade. Os parâmetros secundários foram: mortalidade hospitalar,
perfil microbiológico, uso de antibióticos e fatores de risco para PAVM, Os resultados
apontaram que a ocorrência de PAVM se apresentou positivamente ao maior tempo
de permanência sob suporte ventilatório invasivo (com 15 dias a mais), e prolongou
a estadia na UTI (15 dias adicionais) e no hospital (13 dias) de maneira significativa.
Da mesma forma houve aumento na mortalidade na UTI, no entanto a mortalidade
hospitalar não foi afetada pela incidência da infecção. Conclui-se que os resultados
deste estudo mostram a PAVM como um fator de risco independente para
mortalidade na UTI. A mortalidade hospitalar, não foi significativamente diferente em
relação ao grupo controle. A PAVM esta diretamente relacionada ao maior tempo de
permanência da VM, e da estadia prolongada na UTI. A etiologia da PAVM neste
grupo esteve associada a germes com resistência a antimicrobianos. A
antibioticoterapia inicial revelou-se inadequada em uma porção substancial dos
casos, e o tempo da VM e o uso inicial de antibióticos foram fatores de risco para
PAVM (RODRIGUES et al., 2006).
3.5 DIAGNÓSTICO
A PAVM uma resposta inflamatória do hospedeiro na qual ocorre a
multiplicação incontrolada de microoganismos que invadem as vias aéreas distais.
20
Os estudos histológicos mostram que a pneumonia é caracterizada pelo acumulo de
neutrófilos na região dos bronquíolos e alvéolos (MARTINS et al.,2010).
Uma dificuldade para realização desse tipo de diagnostico reside na falta de
um critério preciso como diferencial com as infecções de vias aéreas inferiores. No
entanto, outras doenças podem apresentar sintomas semelhantes tais como:
atelectasia, dano alveolar difuso, edema pulmonar, toxicidade decorrente de
fármacos e hemorragia alveolar (ENCORI e HUGHES, 2006).
A suspeita clinica se baseia no surgimento de infiltrado pulmonar com
aparecimento na radiografia de tórax que pode mostra a presença de liquido pleural,
associado com a presença de alterações de exames laboratoriais, temperatura
corpórea acima de 38°C ou menos que 36°C e aspiraçã o com secreção purulenta,
leucocitose > 10 mil, ou leucopenia < 4 mil (ROSENTHAL, GUZMAN e CRNICH,
2006).
3.6 PREVENÇÃO
Com a finalidade de diminuir a pneumonia hospitalar e também sobre a
qualidade assistencial oferecida aos pacientes, o CDC desenvolveu um guia
contendo recomendações e técnicas profiláticas para pneumonia nosocomial.
As recomendações classificadas pelo guia segue 4 recomendações
definidas abaixo de acordo com a indicação atual para cada uma delas:
Categoria IA – altamente recomendada para todos os hospitais e fortemente
embasada por estudos experimentais ou epidemiológicos bem conduzidos.
Categoria IB – medida altamente recomendada para todos hospitais, bem
efetiva segundo especialistas devido a forte evidencia sugestiva, no entanto não
apresenta estudos científicos definitivos.
Categoria II – medidas recomendadas para ser implantada em muitos
hospitais devido a fortes evidenciam clinico-epidemiologicos, porem não pode ser
aplicada em todos os hospitais.
Questão não resolvida ou não recomendada, não apresenta evidencias
suficientes para o seu uso diário (GUIDELINES, CDC 1997).
O quadro II a seguir trás as diretrizes para prevenção de pneumonia
hospitalar.
21
TABELA II – Recomendação para prevenção de pneumonia hospitalar
TÓPICO
Educação em saúde
MEDIDA DE CONTROLE
Treinamento
dos
Profissionais
Vigilância de infecção
Indicadores epidemiológicos
Microbiologia
Monitorizarão microbiológica
Prevenção
transmissão
microorganismo
de
de
Reprocessamento
equipamentos
de
Artigos semi-críticos
Ventiladores Mecânicos
Circuitos Respiratórios
Umidificadores
Nebulização de medicação
de pequeno volume
Transmissão cruzada
Higiene das mãos
Traqueostomia
Prevenção
da
broncoaspiração
associada a nutrição
Paciente com VM ou com
Nutrição Enteral
RECOMENDAÇÃO
Em
relação
à
epidemiologia
e
prevenção
Medir
risco
do
procedimento
para
identificar tendências,
calcular
taxas
e
divulgar dados.
Não realizar culturas
rotineiras
em
pacientes
e
equipamentos
Limpeza previa
Esterilização
ou
desinfecção de alto
nível
Não esterelizar ou
desinfetar maquinaria
interna
Não
trocar
rotineiramente
somente
quando
estiver
sujo
ou
danificado
Drenar e descartar
qualquer circuito com
presença
de
condensado
nos
circuitos
Usar
luvas
para
manipular condensado
dos circuitos
Filtro
no
circuito
respiratório
Água
estéril
para
umidificadores
Limpar,
desinfetar,
enxaguar com água
estéril e secar
Fluido estéril para
nebulização
Contato
com
membranas mucosas,
secreções
respiratórias
Técnica asséptica
Cânula submetida a
esterilização
ou
desinfecção
Elevar a cabeceira do
leito entre 30 a 45
graus
CATEGORIA
IA
IB
II
IA
IA
II
IA
IB
IB
Sem
recomendação
II
IB
IA
IA
II
IB
II
22
enteral
Precaução
para
prevenção da aspiração
Prevenção
da
modulação
da
colonização orofaringea
Prevenção
pneumonia
operatória
da
pós-
Prevenção da aspiração
associada a intubação
Colonização orofaringea
Fisioterapia
Preferência
por
intubação orotraqueal
Limpeza
e
descontaminação da
cavidade
orfaringea
com
antiséptico
e
realizar higiene oral
Bochecho
com
clorexidina
0,012%
para pacientes em
pré-operatório
de
cirurgia cardíaca
Bochecho
com
clorexidina para todos
pacientes em pósoperatório de cirurgia
cardíaca ou de alto
risco.
Paciente
em
préoperatório com alto
risco
Espirometria
em
pacientes
pósoperatório com alto
risco
IB
II
II
Sem
recomendação
IB
IB
Fonte: Protocolo da AMB e CFM
Para a prevenção o alvo principal são as fontes ambientais de contaminação
as quais são a infecção cruzada que esta diretamente relacionada com a equipe de
enfermagem que tem o contato direto com o paciente, medicações e fatores
mecânicos como a sonda nasogastrica que leva a colonização orofaríngea e refluxo
gástrico. O uso indiscriminado de antibiótico também acarreta a colonização com
patógenos nosocomiais e aumento da resistência aos antibióticos (CRAVEN, 2006).
A técnica de lavagem das mãos continua sendo uma das medidas de maior
resultado na prevenção da infecção hospitalar (FEIJO e COUTINHO, 2005).
3.7 HIGIENIZAÇÃO ORAL
A microbiota da cavidade bucal normal é composta por mais de 300
espécies de bactérias que se mantém em harmonia e equilíbrio em condições
normais, mas podem também sofrer interferência de fatores relacionados ao
hospedeiro tais como interação entre enzima e microorganismo, diminuição da
produção salivar e níveis elevado de enzimas protease e neuromidases, a qual
23
remove das superfícies dos dentes uma substancia denominada fibronectina que
esta diretamente associada a uma higiene oral precária e surgimento das gengivites,
promovendo dessa maneira o surgimento de bactérias Gram-negativas (MEDEIROS,
MENEZES e VALLE, 2005).
A higiene bucal é uma pratica tradicional na assistência ao paciente, nos
últimos anos começaram a surgir mais evidencias científicas para a prevenção das
HI. As atuais diretrizes para o controle de infecção respiratória (CDC), no entanto
recomenda a implantação de programas de educação continuada sobre higiene
bucal para pacientes em (UTI), não as categoriza como recomendação baseadas em
fortes evidencias (BERALDO e ANDRADE, 2008).
Tem se realizado estudos de medidas e estratégias para prevenir a
colonização oral aplicado antibiótico tópicos não absorvíveis, porem o uso continuo
de profilático eleva o risco da indução e seleção de microoganismos resistentes
devido a isto não se tem recomendado (FEIJÓ e COUTINHO, 2005).
A clorexidina é um agente antimicrobiano com amplo espectro de atividade
contra os bacilos gram-positivos nos quais esta S. Aureus que apresenta grande
resistência a oxaciclina e Enterococcus SP. Resistente à vancomicina, e com baixa
eficácia contra gram-negativos. A absorção ocorrida pelos tecidos permite uma ação
de tempo residual de 5 horas após a aplicação (CAROLINA e DENISE, 2008).
A presença local de imunoglobulinas atua como barreira de defesa ao
ataque das bactérias, alem dos fatores já citado anteriormente podemos constatar
que pacientes que são tabagistas, etilista uso de antibioticoterapia, permanência
hospitalar, deficiência do estado nutricional e higiene bucal deficientes são
agravantes que contribuem para o aumento ou diminuição da flora microbiana oral,
facilitando o estabelecimento do biofilme oral que anteriormente se denominava
placa (RAGHAVENDRAN, MYLOTTE e SCANNAPIECO, 2007).
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2007)
recomenda a descontaminação da cavidade oral com clorexidina ou clorexidina
associada à colistina, na prevenção de PAVM em pacientes submetidos à VM.
Estudos realizados por Beraldo e Andrade (2008) concluíram que a
clorexidina diminui a colonização da orofaringe, assim reduz a PAVM.
24
Uma recente pesquisa realizada em 59 UTIs europeias mostra que 60%
delas utiliza-se a descontaminação oral com clorexidina como rotina (CHAN, RUEST
e COOK, 2007).
Embora não se tenha ainda estabelecido um protocolo mais efetivo para o
controle do biofilme oral na prevenção da PAVM, é consenso entre os estudos que
sua utilização é de grande valia e que a equipe responsável pelos cuidados orais
são essencial para o êxito das manobras preventivas, além do beneficio direto na
qualidade de vida deste paciente e sua recuperação, ainda contribui para diminuição
dos custos se fosse investido no manejo do paciente com pneumonia nosocomial
confirmada (SONA et al., 2009).
3.8 ASPIRAÇÃO POR SISTEMA ABERTO E FECHADO
A aspiração de secreção respiratória é um procedimento muito frequente na
UTI. O objetivo principal é manter as vias aéreas permeáveis, garantindo uma
ventilação e oxigenação adequada e também é se considera importante na
prevenção da PAVM, pois a presença do tubo endotraqueal favorece o crescimento
de microoganismos que podem migrar para as vias aéreas através do tubo
ocasionando agravos respiratória tais como a pneumonia (ZEITON, BARROS e
DICCINIA, 2003).
Na atualidade podemos verificar a existência de dois tipos de sistema de
aspiração endotraqueal, sistema aberto no qual necessita a desconexão do paciente
do ventilador mecânico, seguido da introdução, de forma asséptica, de um cateter de
aspiração no interior do tubo. O sistema fechado de aspiração é de múltiplo uso e
permite a aspiração sem desconexão, ele se apresenta coberto por uma envoltura
transparente, flexível e estéril contribuindo para a prevenção de contaminação por
manuseio e o mesmo fica posicionado entre o tubo traqueal e o circuito do ventilador
mecânico com tempo de permanência de 24 horas reduzindo custos (ZEITON,
BARROS e DICCINIA, 2003).
O uso do sistema fechado resulta na menor incidência de casos de
pneumonia em comparação com o sistema aberto, no entanto uma diferença
significativa não se foi observada, estes resultados estão de acordo com vários
outros estudos realizados (LORENTE et al.,2006).
25
Estudos realizados por Pagotto et al.,(2008) de caráter de revisão
sistemática, concluirão que ao compararem sistema aberto x sistema fechado de
aspiração que não houve variáveis nas comparações entre incidência de PAVM,
mortalidade, tempo de permanência na UTI, tempo de VM, PacO2, PaO2, pressão
arterial média (PAM), frequência cardíaca e remoção das secreções no uso dos
sistemas aberto e fechado. No entanto houve uma diminuição de SpO2 e dos
volumes pulmonares no uso do sistema aberto e custos elevados nos estudos que
refere-se a sistema fechado. No entanto, o uso do sistema fechado de aspiração
pode aumenta o risco de colonização, mas em contra partida apresenta vantagem
de não diminuir os volumes pulmonares consequentemente não acarreta queda de
saturação em especial nos pacientes com insuficiência respiratória grave e em uso
de níveis maiores de pressão expiratória final positiva (PEEP).
Conforme aponta as Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias
adquiras no hospital e Associada à Ventilação Mecânica (2007), nas quais devem
ser respeitadas algumas técnicas e recomendações básicas de aspiração das
secreções de acordo com o grau de evidencia (Quadro III), o que resulta diretamente
na
diminuição
da
incidência
das
pneumonias
adquiridas
no
hospital,
e
consequentemente, na morbimortalidade:
TABELA III - Correspondência entre o grau de recomendação e a força de evidencia
científica.
GRAU
DE
RECOMENDAÇÃO
A
B
C
D
TIPOS DE ESTUDOS
Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência
Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência
Relatos de casos estudos não controlados
Opinião desprovida de avaliação critica baseada em consensos,
estudos fisiológicos ou modelos animais.
Fonte: Protocolo da AMB e CFM
Deve ser realizada por demanda, ou seja, quando necessário, e não em
horários pré-estabelecidos. (Grau C)
•
Lavagem das mãos na técnica ante da aspiração dos pacientes.
•
Não há recomendação para o uso de luvas estéreis para realizar o
procedimento. (Grau A)
26
•
Quando a opção recai sobre o sistema de aspiração aberto, as sondas
utilizadas devem ser estéreis. (Grau A)
•
O liquido utilizado para a remoção das secreções deve ser estéril.
(Grau A)
•
Não há preferência sobre sistema fechado de multiuso ou o sistema
aberto de aspiração. Apesar de o sistema fechado apresentar facilidade de
manuseio para a equipe assistência, não há evidencias de que seu uso diminua a
incidência de PAH, quando comparado com o sistema aberto de aspiração. (Grau B)
•
O frasco de colheita do aspirador deve ser trocado entre pacientes
distintos. (Grau A)
•
O uso de cânulas endotraqueais com dispositivo de aspiração continua
de secreção acumulada em região infra-glotica (Sistema de Sucção infra-glotica
continua) mostrou diminuição na incidência de PAVM e, portanto, o seu uso deve ser
recomendado. (Grau B)
•
Descontaminação orofaringeana com clorexidine ou clorexidine e
colistina reduz e retarda o desenvolvimento de PAVM nos pacientes sob VM. (Grau
B)
3.9 CONTROLE DA PRESSÃO DO CUFF
Na prevenção PAVM um cuidado importante consiste na manutenção e
verificação adequada da insuflação do balonete. Se for insuflado em excesso, o
balonete pode provocar estenose, traqueo malácia e fistula traqueoesofagica. Em
contra partida se estiver pouco insuflado, pode ocorrer à passagem das secreções
acumuladas na cavidade oral ao trato respiratório inferior (DIAS, RODRIGUEZ e
RELLO, 2005).
Para oferecer um suporte ventilatório adequado para o paciente sem que
ocorra escape de ar, as próteses endotraqueais e de traqueostomia possuem na sua
porção final um balonete com a função de selar as vias aéreas. (JULIANO et al.,
2007).
Vários autores recomendam que a pressão do cuff considerada em nível
adequado deve estar entre 25 a 34 cmH20 para que ocorra uma perfusão adequada
na mucosa traqueal (PENÃ et al., 2006).
27
3.10 NUTRIÇÃO ENTERAL
A nutrição enteral em pacientes críticos, quando comparada com a nutrição
parenteral, mostra-se uma redução significativa da incidência de complicações
infecciosas. Alem disso também se deve evitar distensão gástrica como meio de
reduzir a aspiração, pois a sonda intestinal esta diretamente associada a menor
causa de regurgitação gastresofágica, quando comparada com o uso de sonda
gástrica (SBTP, 2007).
Quando o paciente apresenta refluxo gástrico, este resulta por sua vez da
intolerância alimentar, e da diminuição ou ausência do peristaltismo intestinal. Para
fazer uma prevenção do refluxo gástrico deve-se manter a cabeceira do doente
elevada, se no haver nenhuma contra indicação clinica As bibliografia que apresenta
estas indicações fazem a recomendação de que a cabeceira deve se encontrar
elevada no ângulo d e30° a 45° graus (CRAVEN, 2006) .
3.11 FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Conforme recomendação do CDC aconselha-se instruir os pacientes em
pós-operatório, para realizarem exercícios de respiração profunda e deambulação
(CDC 204).
Segundo cita (TABLAN et al., 2010) com o crescimento do uso da
fisioterapia respiratória nos pacientes em VM, mesmo que ainda não exista um
consenso na literatura atual da fisioterapia respiratória como rotina na prevenção de
PAVM. Ainda necessitamos de mais estudos sobre esta temática para comprovação
cientifica.
3.12 PROCEDIMENTOS INVASIVOS E NÃO INVASIVOS
O suporte respiratório com ventilação mecânica não invasiva por com
pressão positiva (VMNIPP) é um método de suporte ventilatório na qual a pressão
positiva é aplicada nas vias aéreas do paciente, por intermédio de mascaras sem a
necessidade de realizar a intubação traqueal, sendo esta medida indicada em
pacientes com insulficiencia respiratória aguda (IRA), ou com risco alto para
28
desenvolver a hipercapnia, ou na ira hipoximica de diferentes etiologias (ROCHA e
CARNEIRO, 2008).
Carneiro, (2008) em um estudo relatou que uma paciente com provável
diagnostico de pneumonia por Pneumocystis jirovecii na qual recebeu um suporte
respiratório não invasivo e com pressão positiva teve uma melhora no seu quadro de
insuficiência respiratória aguda, sendo revertida e encurtando seu tempo de
permanência no hospital alem de evita a intubação traqueal.
A traqueostomia precoce reduz significativamente o tempo de ventilação
mecânica, e o tempo de permanência na UTI e foi observado que os pacientes
traqueostomizado apresenta uma menor taxa de mortalidade (DAMASCENO et al.,
2006).
A justificativa da realização da traqueostomia parece se encontra nas causas
de indicações de ventilação mecânica entre as causas a IRA foi a mais frequente,
com predominância da pneumonia, visto que os pacientes com pneumonia
apresentam frequentemente maior necessidade de aspiração de vias aéreas, alem
de terem que iniciar o uso de antibioticoterapia para que se possa controla o
processo infeccioso, e por fim se inicia o desmame da ventilação mecânica. A
realização de um procedimento mais precoce como a traqueostomia contribui para a
descontinuação da ventilação mecânica destes pacientes (BARACAT, 2009).
As diretrizes Brasileiras para tratamento das pneumonias Adquiridas no
hospital e Associadas à Ventilação Mecânica (2007) atribuem o uso da ventilação
não invasiva (VNI), sempre esta indicado principalmente em pacientes com
exacerbação da DPOC, edema agudo de pulmão cardiogenico e pacientes
imunosuprimidos com infiltrados pulmonares, pois pode contribuir para um desmame
ventilatório mais rápido em pacientes com DPOC. Métodos que contribuem para
acelerar a retirada do tubo e da sedação se utilizam protocolos específicos para o
desmame e extubação e resulta na diminuição do risco de PAVM.
3.13 TRATAMENTO
A principal meta da terapia antimicrobiana é eliminar de forma efetiva os
patógenos que causam a infecção. A decisão de iniciar com os antimicrobianos
29
apresenta certa limitação inerente à técnica diagnostica, portanto é uma decisão que
se baseia nos prováveis patógenos que cada paciente apresenta (ROMMES, 2008).
No entanto o inicio imediato do tratamento é de suma importância, pois o
tempo prolongado ao inicio de medidas tratáveis esta associado ao aumento da
mortalidade e as implicações de organismo multirresistentes.
Segundo estudos realizados por Rocha et al. (2008), demonstrou as
características clinicas etiológica e resistência ao uso de antimicrobianos, em
pacientes com PAVM. Os pacientes que estavam sob ventilação mecânica por um
período maior que 48 horas foram agregadas nos estudos, também inclui 84 com
diagnostico confirmado de PAVM, e 191 que não havia desenvolvido a pneumonia
(grupo controle). O diagnostico laboratorial foi executado através da avaliação
microbiológica de secreção traqueal. A media de duração da VM antes do
diagnostico de PAVM foi de 23,2 ao dia. Os fatores de risco para pav foram: tempo
submetido a ventilação mecânica, traqueostomia e utilização de antibióticos. A taxa
de mortalidade foi em media de (32,1%), sendo inferior ao do grupo controle que
apresentou (46,5%). Os patógenos encontrados foram: Pseudomonas aeruginosa
(30%), Staphylococcus aures (27%), Enterobacter Klebsiella / Serratia (19%) e
Acinetobacter spp.
Ruiz, Guerreiro e Romero (2007), em seus estudos sobre a etiologia da
PAVM, descrevem a co-morbidades, o uso indiscriminado de antibiótico e a taxa de
mortalidade, e relata que o tratamento inadequado é um fator de risco para a
mortalidade, e que pode ser melhorada com conhecimentos sobre a etiologia da
PAVM. Foram realizados estudos em 48 pacientes com pneumonia, dos quais 19
era do sexo feminino, a faixa etária foi de 59 anos, doze era de inicio precoce de
PAVM, com resistência a meticiclina. O principal microorganismo isolado foi a
Staphylococcus aureus (MRSA), seguido pela etiologia polimicrobiana, nos quais
está os Acinetobacter e Sp P. aeroginosa. O uso inicial com antimicrobianos teve
relação com a MRSA, a mortalidade foi de 35% com associação a P. aeruginosa.
Um estudo realizado no Brasil apresentou que 81% das PAVM foram
causada por bactérias multirresistentes, na qual o S. aureus foi o que apareceu com
maior prevalência, a bactéria P. aeruginosa é a mais frequente causadora de
PAH/PAVM. Os dados demonstra a variabilidade entre os hospitais e as unidades, e
os riscos de tratamento de forma inadequada ao se basear de dados de prevalência
30
de outras localidades, como base para elaboração de protocolos de tratamento
impirico. O esquema de tratamento deve incluir agente anti-pseudomonas. As
diretrizes ainda não estabeleceram um consenso sobre qual o correto tempo de
tratamento preconizado, mas afirma que se for iniciado corretamente estima-se um
prazo de 8 dias, ou prolongando para 15 dias, caso a PAVM seja por outros germes
resistentes (CARVALHO, 2007).
31
4 CONCLUSÃO
O trabalho nos demonstra que a PAVM é uma patologia bastante incidente e
apresenta taxas elevadas de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos à
intubação orotraqueal em unidades de terapia intensiva, alem de gerar aumentos
nos custos hospitalares e representar um problema de saúde publica. O devido
conhecimento de sua epidemiologia, fatores de riscos e medidas de prevenção e
tratamentos adequados é fundamental para evitar as complicações decorrentes
desta doença.
As medidas consideradas simples e de baixo custo como a higienização da
cavidade oral e a técnica de lavagem das mãos são de grande eficiência para a
prevenção dessa doença e assim evitar posteriores custos com tratamentos que se
não forem aplicados de forma correta poderá favorecer ao surgimento de bactérias
multirresistentes complicando ainda mais o quadro do paciente em VM.
O conhecimento de todos os profissionais da área de saúde ou que
trabalham diretamente no ambiente hospitalar principalmente nas UTIs adotem
medidas de prevenção da PAVM a fim de reduzirem os riscos para sua ocorrência
contribuindo para um melhor prognostico do paciente.
Esperam-se novos estudos acerca das praticas de prevenção da PAVM e
seu correto tratamento, pois é necessário para que possamos auxiliar nas tomadas
de decisões, apoia a implantação de novas técnicas e tecnologias repercutindo na
qualidade da assistência prestada ao paciente que se encontra submetido à
ventilação mecânica.
32
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