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Descrição
A árvores do neem são frondosas e podem alcançar 30 m de altura e 2,5 m de
circunferência. As distribuiçôes de seus galhos formam coroas de até 10 m de diâmetro
Os galhos quase sempre permanecem cheios de folhas, exceto durante uma forte seca,
quando as folhas podem cair. Seu tronco, geralmente reto e curto, tem uma casca grossa,
forte e enrrugada. As raízes penetram profundamente no solo, e quando lesadas,
produzem rebentos. Esses rebentos tendem a ser prolíficos em localidades secas. As
pequenas flores brancas e bissexuais nascem em cachos e seu aroma parecido com o do
mel atraem as abelhas. Seu fruto é macio e tem a forma elíptica e mede em torno de 2 cm
de comprimento. Quando maduro fica amarelado e contém uma polpa doce envolvendo a
semente. A semente é composta de uma concha e um miolo. As vezes 2 ou 3 miolos cada
um pesando a metade do peso da semente. É o miolo o mais usado como pesticida. A
árvore do neem normalmente começa a produzir frutos após 3 a 5 anos. Torna-se
completamente produtiva em 10 anos e, daí em diante pode produzir até 50 quilos de
frutas pôr ano. Esta árvore pode viver até 200 anos.
Distribuição
O neem é nativo em todo o subcontinente Indiano. É na India que a árvore é mais
amplamente explorada. Ela é cultivada desde a ponta do Kerala até o Himalaia, em
regiões tropicais e subtropicais, em regiões áridas até nas tropicais úmidas e desde o nível
do mar até 700 m de altitude. O neem foi introduzido na África no inicio do século.
Agora está sendo cultivado em pelo menos 30 países , principalmente naqueles ao longo
da costa sul do deserto do Saara, onde se tornou um importante fornecedor de
combustível e madeira. Foi introduzida em Fidji, Caribe, e em muitos países da América
central e da América do sul.
Propagação
A árvore é de fácil propagação, tanto sexual, quanto vegetativamente, pode ser plantada
usando-se sementes, mudas, rebentos, ou cultura de tecidos. No entanto é normalmente
cultivada a partir de sementes plantadas diretamente ou transplantadas como mudas de
um viveiro.
Problemas com o neem
Fogo mata as mudas de neem instantaneamente. Fortes ventos são problemas em
potencial. Árvores grandes frequentemente caem durante furacões, ciclones, ou tufões. A
regenerações das mudas do neem sob galpões são sensíveis à súbita exposição de intensa
luz solar. Em algumas localidades, ratos e porcos espinhos matam as árvores jovens
roendo sua casca ao redor da base.
Propriedades Fungicidas
O neem provou ser eficaz contra certos fungos que infectam o corpo humano tais fungos
são um problemas crescente e difíceis de serem controlados por fungicidas sintéticos. São
exemplos de alguns fungos combatidos pelo neemTrichophyto: Pé-de-atleta que infecta tanto a pele quanto a unhas.
Epidermophyton : Micose que infecta o cabelo, a pele e as unhas do pé.
Trichosporon : Um fungo do canal intestinal.
Microsporum : Uma micose que infecta o cabelo a pele e as unhas.
Geotrichum : Um fungo espumante que causa infecção nos brônquios, pulmões, e
membranas da mucosa.
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Cândida : Um fungo que é parte da mucosa normal da flora, mas que pode ficar fora de
controle e provocar lesões na boca, vagina e pulmões.
Propriedades Anti- Bacterianas
Óleo de Neem tem eliminado várias espécies de bactérias patogênicas, incluindo
STAPHYLOCOCCUS AUREUS, que é uma fonte comum de intoxicação alimentar, e
causadora de desarranjos. SALMONELLA TYPHOSA, esta bactéria muito temida que
vive na comida e na água causa o tifo, envenenamento alimentar e uma variedade de
infecções que incluem envenenamento sangüíneo e inflamação intestinal.
Propriedades Anti-Viróticas
A atividade anti-virótica do neem tem alta eficácia, particularmente contra doenças
caracterizadas por erupções. Varíola , catapora , e verrugas , têm sido tradicionalmente
tratados com pasta de neem, esfregando-se a mesma na área afetada. O neem é um
preventivo muito eficiente contra vírus , mas não é a cura.
Propriedade Inseticida Dermatológica
Neem é um remédio comum e popular contra piolho e vermes. No Haiti , por exemplo, as
folhas do neem são esmagadas e esfregadas nos ferimentos infectados por vermes, e na
Índia e Bangladesh, moradores de vilas aplicam o neem no cabelo para matar piolho,
fatos observados com grande sucesso.
Neem no Tratamento Dentário
Tanto na India como na África milhões de pessoas usam pequenos galhos de neem como
escovas de dentes todos os dias. Dentistas aprovam esta prática primitiva por acharem
que realmente previne doenças periodônticas. Não está claro se o beneficio é devido á
massagem regulares da gengiva, se por prevenir a formação de placas, se pelas
propriedades anti-sépticas do neem, ou se pelas três hipóteses juntas. Companhias alemãs
usam o neem como um ingrediente ativo em pastas dental. O neem se mostra muito
eficaz na preservação e cura de inflamações nas gengivas e nas doenças periódicas.
Neem como Preventivo da Doença de Chagas
O parasita Trypanosoma crusi causa esta grave doença. Ele vive e se reproduz dentro das
células nervosas e das células musculares, particularmente nas do coração, sugando toda
a energia de sua vitimas. Extratos do neem atuam sobre o mosquito que transmite a
Doença de Chagas. Os extratos não matam os insetos, ao invés, eles os imunizam contra
parasitas que vivem dentro do inseto por um ciclo de sua vidas. Uma pesquisa foi
realizada e mostrou que alimentando-se os mosquitos transmissores com neem, não só os
libertam do parasitas, como também o azadirachta impedem o jovem inseto de mudar de
pele e os adultos de se reproduzirem.
Neem como Preventivo da Malária
Profissionais indianos da medicina Ayurvedica tem preparado doses orais do neem e
administrado em paciente portadores de malária a séculos. A atividade anti-malárica do
neem está relatada nos livros de Ayurveda. Chá das folhas do neem é usado para tratar-la.
Certos extratos das folhas e das sementes do neem, provaram sua eficiência contra os
parasitas da malária. O neem reage tão bem quanto o quinino nas culturas de células
afetadas pela malária.
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Neem como Analgésico e Anti-Térmico
Neem é também muito eficaz como analgésico, antitérmico e antinflamatório, e um
produto de baixo custo. O neem é usado para estes propósitos onde quer que seja
cultivado.
Outras Propriedades Medicinais
Extratos de águas das folhas e do óleo do neem provaram reduzir significativamente o
açucar no sangue e impedir que a adrenalina produza hiperglicemia em animais de
laboratório. O neem demostrou uma propriedade significativa de infertilidade em ratos
machos sem interferir com os espermas atogenesis. Extratos alcoólicos das folhas
provaram curar doenças cutâneas como o eczemas, impigem, etc. Nimbidim , um
componente amargo extraído do óleo do neem provou possuir uma atividade analgésica e
antipirética eficaz no tratamento de sarna e úlcera gastroduodenal crônica Ninbatikta. Um
elemento completamente amargo do azadirachta indica também provou curar úlcera
crônicas com eficácia o uso do óleo do neem intravaginal provou ser eficaz na prevenção
da gravidez.
Neem no Controle de Insetos
Os indianos tem tradicionalmente esmagado as folhas do neem e esfregado as mesmas
nos ferimentos expostos do gado para eliminar os vermes. Mosca de chifre. O azadirachta
atravessa o canal digestivo do ruminante e lá permanece tempo suficiente para que as
moscas de chifre não se desenvolvam no estrume. O Óleo e o extrato da semente do NIM
impedem que a blow fly fêmea, Lucilia Sericata, de botar seus ovos em carneiros. No Sri
Lanka, o óleo do neem é esfregado no gado como um repelente de insetos como a moscade-chifre. O azadirachta também é capaz de exterminar os ovos da mosca stomoxys
calcitrans.
Neem no Controle de Bactérias
A bactéria do staphylococcus aureus causa mastite, inflamação das glândulas mamarias
em vacas. A aparente eficácia do neem em controlar certos tipos dessa bactérias pode,
portanto, ser de grande importância econômica para fabricas de laticínios nas nações que
cultivam o neem. A bactéria salmonella além de afetar a saúde humana, causa aborto em
animais, gado, e carneiros, como também vários tipos de infeções em aves domésticas e
gado, podendo, também, ser controlado pelo neem.
Produtos Industriais do Neem
Óleo do Neem - O óleo do neem é composto basicamente de triglicerideos de oleico,
steárico, linoleico, e palmitico. O óleo de neem é usado principalmente em lamparinas,
sabões, e outros produtos não comestíveis. É usado por fabricantes de sabão por ser
barato.
Cosméticos - o neem é tido na India como um produto de beleza. As folhas do
neem pulverizadas são um componente fundamental de pelo menos um creme facial
muito usado. O óleo do neem purificado é também usado em esmaltes e outros produtos.
Lubrificantes - O óleo do neem é lubrificante e resiste a degradação melhor que
a maioria dos óleos vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é usado com freqüência
para lubrificar rodas de carroças.
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Fertilizante - O neem demostrou um potencial considerável como fertilizante
1 - A pasta no neem - é amplamente usada na Índia para fertilizar plantações com
objetivos comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e hortaliças, pois contém
nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. Quando misturada na terra como adubo,
protege as raízes das plantas de nematóides e formigas brancas.
2 - As folhas do neem - em algumas áreas do estado de Karnataka na India as pessoas
cultivam a árvore especialmente por sua folhas verdes e galhos, os quais são jogados
dentro dos arrozais encharcados, antes das mudas serem transplantadas.
Madeira - As propriedades da madeira do neem se parecem com as do mogno.
É relativamente pesado e quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja
fácil de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secado com cuidado por que
geralmente se parte e empena. É uma madeira boa para construções e amplamentos
usados na fabricação de carroças, ferramentas manuseáveis e implementos agrícolas. É
também comum o seu uso nas fabricações de móveis. É raramente atacado por formigas
brancas e é resistente ao cupim.
Combustível - O neem produz diversos combustível úteis. Seu óleo é queimado
em lamparina, sua madeira usada como lenha. A casca da semente que não possui óleo e
é desperdiçada na fabricação de pesticidas é amplamente empregada como combustível.
O carvão produzido da madeira do neem é de excelente qualidade.
Outros Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do neem - Resina e um material que
contém muitas proteínas. É possível usa-lo como aditivo alimentar e é amplamente usado
como cola do neem. A casca do neem contém 14% de tanino. Ela produz fibras grossas e
fortes, que entrelaçadas transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel - apicultores
plantam árvores do neem para adquirirem o mel de sua flores. Há relatos de pessoas que
comem o neem. Dizem que Mahatma Gandhi, que possuía um grande respeito pelos
efeitos nutritivos das plantas, sempre preparava um molho picante com as folhas do neem
e comia com deleite, apesar de seu incrível gosto amargo. A polpa das frutas do neem é
uma base promissora para a geração do gás metano e também pode servir como uma rica
base de carboidratos para outras fermentações industriais.
Efeitos do Neem em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.
Insetos Afetados por Produtos do Neem
Mosca do Chifre - Mosca Branca - Mosca Caseira - Piolhos - Grilos - Formigas de Fogo Gorgulho do Arroz - Barata, etc...
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Uso do Neem
Casca - é amarga adstringente, acre, refrescante, lombrigueiro, inseticida, tônico
para o fígado, expectorante e retentor da urina, É útil em condições anormais de lepra,
doenças da pele, eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos, úlceras, azia,
tumores, glândulas, aminorreias, reumatismo, sífilis, e fadiga.
Folhas - são amargas adstringentes, acres. Depurativas, anti-sépticas, oftálmicas,
lombrigueiras, abrem o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes. São úteis em azias,
lepra, leucoderma, doenças de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras, tuberculoses,
bolhas, eczema, e febres de malária. Tônicas, são úteis em cólicas e debilidades gerais.
Sementes - são amargas, acres, termogênicas, purgantes, lombrigueiras,
retentores de urina, emolientes, calmantes, depurativas. São úteis em condições anormais
de tumores, lepra, da pele, lombrigas, hemorróidas, tuberculoses, ferimentos, constipação
e diabetes.
Óleo - é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e depurativo. É útil em doenças
crônicas da pele, impigem, sarna, lombrigas, febre de malária, sífilis e lepra.
Neem e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na Índia. A produção de grãos comestíveis
gira em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se que no ano 2000 a India
necessitaria em torno de 210 milhões de tonelada de grãos comestíveis, tendo em vista o
fato de que anualmente 6 milhões de toneladas são perdidos devido a pragas nas lavouras,
ervas daninhas, roedores, pássaros e más condições do tempo e de estocagem. O uso de
pesticidas, tornou-se essencial. O uso de pyretroides sinteticos nos últimos anos causou a
propagação da mosca branca, no algodão em Gujarat, Andhra pradesh e em localidades
do Tamil Nadu. Constantes resíduos de pesticidas altamente tóxicos DDT HCH e o
Chorinated Hydrocarbon foram encontrado em hortaliças frutas, leites, óleos, manteiga, e
carne, tanto quanto em leite materno. A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas
químicos que deveriam ser usados para o controle de pestes. Os biopesticidas produzidos
do neem são de grande eficácia e comercialmente viáveis. Baratos, possuem efeitos a
longo prazo, não poluem e não são nocivos à saúde humana.
Bactérias: Biopesticida de mais sucesso até o momento é op Bacillus
Thuringiensis *(B.T) existem 25 tipos de B.T. sendo usados contra pragas. Eles
produzem várias toxinas inseticidas tais como exoand Endotoxins, que são responsáveis
pela morte de insetos tão logo penetrem em seus corpos. Aproximadamente 525 insetos
de vários tipos foram encontrados infectados pelo B.T. muitos produtos comerciais do
B.T. foram fabricados por aproximadamente 12 empresas em 5 países e são denominados
Thuricide, Bakthne, Bacttodpein, etc. essas formulas são excelentes no controle de peste
da couve, tais como diamond heliothis do algodão e do milho, brocas européias do milho.
Larva do Chifre do tabaco e largarta, do Castanheiro da Índia, foram relatada nos últimos
anos.
Fungos: Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que incluem mais de 500
espécies de parasitas e fungos predatório eficazes contra inúmeros insetos fungos e
nematoides.
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Nim: Um Biopesticida
Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz
Controle da bacteria que faz secar as folhas
Controle do caruncho que afeta o coqueiro
Controle das doeças de hortaliças
Controle do caruncho do gengibre
Controle patogênico de bacterias em plantas
Controle de doenças viróticas em plantações de hortaliças
Controle do vírus mosaico da pimenta usando produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é usado no controle do bullwowrm do
algodão. neem é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a vagem, o arroz, etc... o
óleo do neem preserva as folhas do algodão.
Apesar de cientistas se empenharem em descobrir plantas com características
medicinais nos cantos mais remotos do mundo, o neem cresce nos jardins de casas e
universidades da Ásia e da África sem chamar a atenção. A familiaridade com a planta
fez com que cientistas não estudassem as propriendades do neem. Mas hoje em dia
pesquisadores de todo o mundo estão empenhados em entender como funcionam os
princípios ativos do neem para compreender como uma planta pode ter tantas utilizações.
Atualmente a utilização do neem na agricultura é o que mais chama a atenção.
Neem como inseticida:
A maior parte das pesquisas sobre o neem é dedicada ao uso da planta na agricultura.
Depois de estudar cerca de 250 espécies de plantas com características que podem
contribuir para o controle de insetos e pragas, o consenso geral foi de que o neem é a
plante de maior eficiência e de menos impacto ambiental. Inseticidas feitos à base de
neem já estão sendo oferecido ao público. Ao que tudo indica o neem será uma
alternativa natural aos inseticidas sintéticos.
Em 1990, mais de 15 milhões de toneladas de insticidas sintéticos foram aplicados a
jardins e gramados nos Estados Unidos. Normalmente estes inseticidas são toxidas que
atacam o sistema nervoso dos insetos de forma rápida e letal. Apesar de serem realmente
efetivos, esses inseticidas matam insetos de forma indiscriminada, incluindo insetos
benéficos como abelhas e borboletas, e também são uma ameaça real para outros animais
que cruzem a área onde a substância está sendo aplicada (como minhocas, passarinhos,
esquilos, cachorros, gatos e até mesmo pesssoas). A maior parte dos fabricantes de
inseticidas recomendam que não se ande descalço sobre a superfície que recebeu a
substância por três dias.
Pessoas que vivem a até 300 metros de onde o inseticida foi aplicada podem ser afetadas
pela evaporação do produto. Inseticidas podem causar desde dores de cabeça até perda de
sensibilidade nos membros.
As propriedades naturais do neem não causam qualquer reação tóxica. O neem serve
como inseticida porque a maioria dos insetos e pragas não se alimenta de plantas cobertas
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com neem, mesmo que a opção seja morrer de fome. O neem ainda como repelente e
reduz a capacidade dos insetos em se reproduzir.
O neem não é tóxico para pessoas ou animais de grande porte e, por isso, não precisam
evitar áreas tratadas com neem. O neem também é um produto natural e portanto
biodegradável. Só insetos que alimentam de plantas são afetados pelo neem, o que
impede qualquer dano para insetos como abelhas e outros insetos benéficos.
Neen como fungicida agrícola:
O neem protege plantas e animais de uma variedade de fungos (Murthy and Sirsi,,
1958b); (Bhowmick, 1982); (Schmutterer & Ascher, 1986). Nesse caso, testes provaram
que os melhores resultados foram obtidos quando o neem foi utilizado como um agente
preventivo.
Neen no tratamento de vírus de plantas:
Infecções em plantas causadas por outras plantas são difíceis de curar ou prevenir.
Entretanto testes realizados por pesquisadores na Índia e nos Estados Unidos
comprovaram que extratos de neem são muito eficazes na prevenção de infecções virais
ou na redução do dano causado, uma vez que a infecção seja diagnosticada (Saxena, et al,
1985); (Simons, 1981).
Neem no armazenamento de alimentos:
Fazendeiros mais ricos pode, se dar ao luxo de utilizar pesticidas químicos para impedir
que pragas destruam alimentos (como grãos e cereais) armazenados por longos períodos.
O neem é uma opção natural mais acessível. Alimentos tratados com óleo de neem ficam
protegidos de qualquer tipo de infestação por até 20 meses sem qualquer alteração.
(Dunkel et al, 1995)
Neem na correção do solo:
Depois que o óleo foi extraído das sementes do neem, o bagaço pode ser utilizado na
correção do solo - uma prática secular na Índia. Estudos mostram que misturar no solo o
bagaço da semente que teve o óleo retirado mostram oferece resultados melhores do que
a utilização de estrume ou outros adubos. O bagaço do neen ajuda a fixar o nitrogênio no
solo, estimula a proliferação de minhocas e oferece proteção contra insetos (Khan, 1974);
(Vizayalakshmi, et al, 1985).
· Diabetes - Doses orais de extratos da folha do neem reduzem a quantidade de
insulina necessária entre 30% e 50% em certos tipos de diabetes.
· Doenças coronárias - O neem retarda a coagulação do sangue, normaliza
batimentos cardíacos arrítmicos e ajuda a controlar a pressão arterial.
· Herpes - Testes realizados recentemente na Alemana mostraram que extratos
de neem são tóxicos para o vírus da herpes.
· Dermatologia - Neem é muito efetivo no combate a problemas de pele como
acne, eczema, coceiras, caspa e verrugas.
· Úlceras - Extratos de neem protegem o estômago do desconforto causado pelas
úlceras e acelera a cicatrização de feridas gástricas e intestinais.
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· Controle de natalidade masculino - O neem vem sendo testado na Índia e nos
Estados Unidos para se conhecer seus efeitos sobre a fertilidade. Testes mostram que
macacos tiveram sua fertilidade reduzida apesar da produção de esperma e hormônios
permanecer inalterada.
· Controle de natalidade feminino - Aplicado internamente na vagina, o óleo de
neem teve 100% de sucesso em impedir a gravidez.
IAPAR :
O Neem - Azadirachta indica - um Inseticida Natural
Sueli Souza Martinez - Pesquisadora
Lançamento de livro:O NIM - Azadirachta indica Natureza, Usos Múltiplos,
Produção
Atualizado em 31 de outubro de 2002
(Foto: Neem proveniente das Filipinas, plantada no IAPAR em 1987)
Mais sobre Neem
O neem pertence à família Meliaceae, que apresenta diversas espécies de árvores
conhecidas pela madeira de grande utilidade, como o mogno, o cedro, a santa-bárbara, ou
cinamomo, o cedrilho, a canjerana, a triquília, etc. É originário do Sudeste da Ásia e é
cultivado em diversos países da Ásia, em todos os países da África, na Austrália, América
do Sul e Central. É usado há séculos na Ásia, principalmente na Índia, como planta
medicinal. Tem diversos usos, em especial anti-séptico, curativo ou vermífugo; é
utilizado no preparo de sabões medicinais, cremes e pastas dentais. A árvore é usada para
sombra e possui madeira de qualidade para a produção de móveis, construção, batentes e
portas, caixas e caixotes, lenha, carvão,etc.
Seu uso como inseticida se tornou bem conhecido nos últimos 30 anos, quando
seu principal composto, a azadiractina, foi isolado. A molécula da azadiractina é muito
complexa e ainda não pôde ser sintetizada; assim, todos os produtos que contêm
azadiractina são produzidos por extração da planta. Os inseticidas naturais de neem são
biodegradáveis, portanto não deixam resíduos tóxicos nem contaminam o ambiente.
Possuem ação repelente, anti-alimentar, reguladora de crescimento e inseticida, além de
acaricida, fungicida e nematicida. Por sua natureza, os extratos de neem são
mundialmente aprovados para uso em cultivos orgânicos.
A planta possui mais de 50 compostos terpenóides, a maioria com ação sobre os
insetos. Todas as partes da planta possuem esses compostos tóxicos, porém é no fruto que
se encontra a maior concentração. Esses compostos são solúveis em água e podem ser
preparados de maneira simples e barata, por pequenos e médios produtores.
Outras espécies de meliáceas têm propriedades semelhantes. Entretanto, seus
extratos são mais tóxicos aos vertebrados e são menos eficazes contra os insetos. Os
extratos de neem são praticamente inócuos aos vertebrados e ao homem.
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A Árvore
Originária de clima tropical, a planta se desenvolve bem em temperaturas acima
de 20oC, em solos bem drenados, não ácidos e altitudes abaixo de 700 m. Nessas
condições, pode iniciar a produção de frutos em cerca de dois anos, podendo atingir 10 kg
de semente seca/planta, sendo que cada quilograma de sementes secas contém
aproximadamente 3000 sementes.
No Brasil, as primeiras introduções realizadas para pesquisa do neem como
inseticida foram realizadas pelo IAPAR, em Londrina PR, em 1986 com sementes
originárias das Filipinas. Em continuidade ao projeto, em 1989 e 1990, material oriundo
da Índia, Nicarágua e República Dominicana foi plantado em Londrina, Paranavaí PR
(região mais quente e arenosa), Jaboticabal SP e Brasília DF, para avaliação de
desenvolvimento.
Nos anos noventa, principalmente nos últimos cinco anos, as propriedades da
planta se tornaram mais conhecidas no País, dando-se início ao plantio de áreas
comerciais em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Pará e outros. Esses estados apresentam
clima favorável seu cultivo, esperando-se portanto produções próximas ao obtido nos
países de origem. Em condições menos adequadas, como as do Norte do Paraná, com
clima subtropical, as plantas se desenvolvem mais lentamente, iniciando a produção de
frutos após cerca de seis anos, atingindo a produção máxima de 3 a 4 kg de semente
seca/planta após 10 anos do plantio (dados obtidos no IAPAR).
O IAPAR está trabalhando para conseguir plantas mais adaptadas às condições
subtropicais. Em 1998, foi realizada a enxertia de neem sobre o cinamomo, Melia
azedarach, que tem excelente desenvolvimento e alta produção de frutos no Sul do Brasil.
O pegamento do enxerto foi muito bom e há hoje 150 plantas enxertadas em duas
estações experimentais do IAPAR para avaliação, com florescimento já no primeiro ano.
Plantio e Condução
As sementes devem ser plantadas o mais rápido possível, dado que o poder
germinativo, de cerca de 80%, se reduz em cerca de dois meses a praticamente zero.
Sementes mantidas em geladeira podem manter o poder germinativo por mais tempo.
As mudas podem ser feitas em sacos plásticos, mantendo-se boa irrigação
durante seu desenvolvimento. As sementes germinam após duas semanas. Ao atingir 50
cm, após cerca de três meses, a planta pode ser transplantada para o campo.
O espaçamento recomendado para o plantio do neem é variável, já que o
desenvolvimento da planta depende das condições de solo e clima, sendo necessário que
toda a copa receba a luz do sol. Assim o espaçamento deve permitir boa insolação. No
Brasil recomenda-se de 5 a 8 m entre árvores, com o maior espaçamento nas regiões mais
quentes. Deve-se conduzir o tronco sem ramos até 1,5 m de altura e os ramos devem ser
podados regularmente. O ponteiro apical pode ser cortado quando a planta alcançar 4 a 6
m, de modo que a árvore não atinja um tamanho muito grande e apresente uma copa bem
desenvolvida. Desse modo a produção de frutos é maior e a colheita é facilitada.
Modo de Ação
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A ação dos extratos de neem sobre insetos é bastante variável de espécie para
espécie. Há registro de ação sobre mais de 300 espécies. A maior parte das investigações
foi feita em laboratório, sendo necessários mais estudos para poder se determinar com
maior segurança quais as pragas pode controlar, as doses, freqüência de aplicação, etc.
De modo geral a azadiractina afeta o desenvolvimento dos insetos de diferentes
modos. Pela sua semelhança com o hormônio da ecdise (processo que possibilita ao
inseto trocar o esqueleto externo e, assim poder crescer), perturba essa transformação e, e
m altas concentrações pode impedí-la, causando a morte do inseto. Por essa razão, as
formas jovens de insetos são mais fáceis de controlar. Não causa a morte do inseto
imediatamente, dado o seu efeito fisiológico, porém, além de afetar a ecdise, reduz o
consumo de alimento, retarda o desenvolvimento, repele os adultos e reduz a postura nas
áreas tratadas. Também tem maior ação por ingestão, de modo que os insetos
mastigadores são mais facilmente afetados.
As espécies mais facilmente controladas são as lagartas, pulgões, cigarrinhas,
besouros mastigadores. Resultados de pesquisa do IAPAR mostraram efeitos letais e
deformidades em larvas e pupas de lagarta-do-cartucho do milho, curuquerê do
algodoeiro, ácaros e bicho-mineiro, cochonilhas e redução de postura em bicho-mineiro,
broca-do-café e mosca branca. Em testes com a joaninha, inimigo natural de pulgões,
extratos de neem não causaram morte dos adultos e sua ação sobre as larvas foi mediana
para uma espécie e inócua para outra, não reduzindo sua voracidade, o que comprova seu
potencial para uso em associação com inimigos naturais contra as pragas.
O uso de folhas misturadas ao alimento do gado ou a aplicação de extratos das
folhas ou sementes no dorso dos animais tem sido indicado para controle de carrapato e
mosca do chifre. No Brasil se usam 5l de solução a 2% do óleo emulsionável ou 2,5-5%
do extrato da folha, por animal. O óleo também pode ser encontrado na forma pour-on,
indicando-se 10 ml/100kg peso vivo de animal.
Nos países onde o óleo é extraído também se prepara a pomada, feita com os
resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizada no controle de sarna em animais e
outras infecções da pele.
Preparo de Extratos
Os extratos podem ser preparados com a simples trituração das sementes ou
frutos frescos, em água, deixando-se a mistura descansar por 12 horas e filtrando-se o
líquido e pulverizando-se sobre as áreas infestadas. O mesmo procedimento pode ser
usado para folhas, frescas ou secas, embora a azadiractina aí ocorra em menor
concentração.
O óleo inseticida é extraído pela prensagem das sementes, obtendo-se no
máximo 47% de óleo, que contém cerca de 10% da azadiractina existente no fruto. A
torta restante é, pois, muito rica em azadiractina, tem efeito nematicida e serve como
adubo orgânico. Pode, também, ser secada e utilizada posteriormente para preparo de
extratos inseticidas, em mistura com água e filtração.
Para se armazenar sementes para preparar o extrato posteriormente, os frutos
devem ser colhidos, secos ao sol por dois a três dias, e mais uns dois dias à sombra por
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dois dias e despolpados manualmente em água ou utilizando-se despolpadeira com café.
Deixa secar bem e armazena, de preferência a baixa temperatura. As sementes que serão
plantadas podem ser preparadas da mesma forma.
Doses
Ainda não há informações detalhadas sobre doses específicas para cada inseto.
Entretanto, de modo geral, as seguintes doses têm apresentado eficácia no controle
principalmente de pragas de hortaliças:
· Óleo emulsionável: 5 ml/litro água
· Sementes secas: 30 a 40 g /litro água
· Folhas secas: 40 g a 50 g / litro água
O Neem e a AIDS
A Aids uma doença letal, que tem vitimado milhões de pessoas em todo o
mundo. Só no Brasil mais de 500.000 pessoas foram contaminadas desde seu surgimento
em 80 e com tratamento que tem consumido cifras bilionárias. Ao encontrar um Site com
matéria que associava seu tratamento às propriedades do Neem, achei por bem divulgalo. Quem sabe, algum médico que não conhece as possibilidades desta árvore se
interesse, e passa a desenvolver experiências ou testes, visando alcançar a cura ou a
melhora de pacientes portadores deste vírus. É uma fonte a mais. Portanto, eis o material.
O Neem possui propriedades imuno estimulantes não só para o sistema linfótico,
como para o sistema de imunização das células. Quando células humanas infectadas pelo
HIV foram cultivadas com extratos do Neem, a produção de proteínas virais caíram
dramaticamente. O Dr. Upadhyay e o Dr. Berre'Sinousi (um dos cientistas que
identificaram o vírus da AIDS) acreditaram que extratos do Neem bloqueiam a produção
de proteínas virais, desse modo, param a reprodução do vírus.
Estudo dos efeitos do extrato da casca e de folhas do Neem mostraram que
eles reduziram significativamente a proteínaa viral P-24 e induziram, in vitro, a produção
do interferon IL-1. O Instituto Nacional de Saúde, em estudos prelinamres, registrou
resultados animadores de testes in vitro onde extratos da casca do Neem mataram o vírus
da AIDS.
Outro efeito possível que o Neem pode ter no combate ao vírus da AIDS
está na sua aparente habilidade de intensificar a reação imunológica de células
mediadoras à infecção. Usando extratos da casca do Neem encharcados em água, o Dr.
Van Der Nat(Holanda) determinou que o extrato produz uma forte reação imunológica
estimulante. O extrato da casca do Neem estimulou a função linfolítica, a qual aumentou
a produção de MIF, um lymphokine que une macrophages e monocytes aos agentes
infecciosos. Considerando como a primeira linha de defesa contra a infecção do HIV, a
capacidade do Neem de aumentar a reação imunológica das células mediadoras pode
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oferecer proteção quanto ao perigo de se contrair o vírus pela vagina, isto, se o Neem for
usado como um lubrificante antes da relação sexual.
Se apenas parcialmente eficaz na prevenção da AIDS, até que cientistas
descubram a cura, o Neem poderia salvar inúmeras vidas.
Nos casos em que o HIV não tenha evoluído para um estado em que a
AIDS seja incontrolável, em alguns pacientes verificou-se a intensificação da reação
imunológica das células mediadoras que o Neem pode ajudar a produzir. No entanto, uma
vez contraída, a AIDS pode ser tratada com a ingestão de extratos de folhas do Neem, de
toda a folha, ou pela ingestão do chá do Neem.
Muitas das complicações associadas à AIDS podem também ser tratadas
com folhas, casca e cremes do Neem. Lesões de pele ou sensações de queimaduras tem
sido tratadas com sucesso com folhas do Neem, misturadas na água do banho e com
loções contendo o óleo do Neem.
O Neem e o Sistema Imunológico
O Neem, e em especial a sua casca, é conhecido por seus componentes
polysaccharide immunomodulatory. Estes componentes parecem aumentar a produção de
anticorpos. Outros componentes no Neem intensificam o sistema imunológico através da
reação imunológica das células mediadoras, que são a primeira forma de defesa do
organismo. Somente quando este sistema de defesa parece incapaz de deter um processo
infeccioso, é que o sistema imunológico como um todo entra em ação.
O óleo do Neem age como um estimulante imunológico não específico que
ativa a reação imunológica das células mediadoras. Isto, aliás, cria uma significativa
reação a quaisquer desafios futuros pelos organismos infecciosos. Quando o Neem foi
injetado na pele, houve um aumento significativo nos glóbulos brancos (leucócitos) e o
perioneal macrophages (fagócitos) mostraram intensa atividade patológica e manifestação
dos antígenos MHC class II. A produção do interferon gama também foi induzida pela
injeção. As células do Baço apresentam uma reação mais alta do lymphocyte a infecçÕes,
mas não aumentaram a reação aos anticorpos ..
Extratos de folhas do Neem na água solúvel, quando administradas
oralmente, produziram um aumento na quantidade de limphomatics, em que se contam
células vermelhas e brancas tanto quanto os linfócitos. Em estudos sobre os efeitos do
Neem no controle da natalidade, o fator principal neste efeito parece ser o aumento na
reação imunológica, em que o Neem foi tido como a causa de o corpo rejeitar o feto
como um corpo estranho.
AUmentando a reação imunológica celular, a maioria dos patógenos podem ser
eliminados antes de causarem a sensação de mal estar associada a doença. Este
mecanismo também poderia ajudar em doenças que envolvem o sistema imunológico,
como a AIDS. Ingerindo pequenas quantidades do pó da folha ou da casca do Neem dia
sim dia não, ou bebendo um chá suave do Neem aumentará a produção de anticorpos e a
reação imunológica de células mediadoras, ajudando a previnir infecções.
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O NIM INDIANO
O Bioprotetor Natural
Junho de 2000
Engº Agrº José Luiz M. Garcia
M. Sc. Horticultura – Michigan State University
Consultor em Agricultura Alternativa
Membro da O.T.A ( Organic Trade Associaton )
Membro da I.F.O.A.M
Produtor Orgânico certificado pelo I.B.D.
Associado a A.A.O.
NIM INDIANO
O Bioprotetor Natural
Essa publicação destina-se a fornecer informações sobre a utilização do Óleo de
Nim (Azadirachta indica) na Agricultura e Pecuária no controle de insetos, pragas e
parasitas. Informações mais detalhadas poderão ser obtidas nas referências listadas ao
final do trabalho.
Por que Bioprotetor Natural e não Inseticida Natural ?
O sufixo cida significa aniquilador, matador, assassino. O Óleo de Neem não é
um produto com o tradicional efeito inseticida aniquilador característico das substancias
petro-químicas largamente utilizadas na agricultura vez que não mata os insetos
instantaneamente. Essa aparente desvantagem é, na verdade, uma grande vantagem
conforme será devidamente explicado posteriormente. O Óleo de Neem não possui efeito
nocauteador ( efeito “knock-down”) sobre os insetos e larvas. Também não funciona a
longo prazo como os inseticidas biológicos tipo Bacillus turingensis (Dipel) dando
margem a que os insetos continuem devastando a lavoura antes de morrerem. O seu efeito
é imediato, porem, de outra forma, ou seja, ele atua imediatamente repelindo e/ou
fazendo com que os insetos e larvas parem de se alimentar via efeito anti-alimentar
(efeito “ anti-feeding”). Atua também via outros mecanismos a médio e longo prazo
conforme será amplamente explicado adiante. Isso torna o Óleo de Neem um excelente
aliado do agricultor no controle efetivo de insetos e pragas e o coloca em posição de
destaque como uma nova categoria de produtos ecologicamente corretos para a utilização
na agricultura do próximo milênio. O planeta Terra não tem mais condições de absorver
as milhares e milhares de toneladas de produtos petro-químicos venenosissimos usados
atualmente na agricultura convencional que todos nós sabemos irão gerar uma série de
problemas de saúde. O Óleo de Nem demonstrou ser totalmente isento de efeitos nocivos
a todos os animais de sangue quente, peixes e a 6 espécies diferentes de minhocas e
demais organismos de solo. Ou seja, o óleo de Neem é um novo conceito em termos de
controle de insetos e pragas que tem auxiliado milhares e milhares de agricultores
conscientes em diversos países.
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Os inseticidas sintéticos originários da petro-quimica matam
indiscriminadamente os insetos e larvas, poluem o ambiente, intoxicam operadores, seus
familiares, e até mesmo os consumidores e portanto, e por isso mesmo, tem sido
repudiados a nível mundial. Não obstante serem extremamente tóxicos, esses produtos
não conseguem de forma alguma controlar os insetos pois são formulados utilizando-se
de apenas uma única molécula a qual é invariavelmente protegida por uma patente que dá
direito ao seu detentor de comercializá-la a preços muitas vezes exorbitantes amparados
que estão por registro efetuados junto a órgãos oficiais do governo. Isto é, o governo não
só colabora como também oficializa e o que é pior monopoliza a venda desses produtos
altamente tóxicos e portanto é fator determinante da intoxicação generalizada da
população. Ocorre que os insetos , dotados de um maravilhoso mecanismo de defesa,
desenvolvem resistência a esses venenos em apenas 3 gerações em alguns casos. Por isso
é que em 1988 no E.P.A. ( Environment Protection Agency) já haviam cerca de 50.000
produtos químicos registrados para uso na agricultura porque a cada 3 gerações surgem
novas variedades de insetos resistentes a essas moléculas isoladas e portanto novas
moléculas tem que ser produzidas e patenteadas e colocadas no mercado.
Esse processo não tem fim. A cada ano surgem venenos mais e mais poderosos.
Inseticidas e fungicidas que antes controlavam os problemas na ordem de 1 a 2 kg por
hectare agora estão sendo fabricados para serem utilizados em doses de apenas 200
gramas por hectare. Esses tipos de moléculas são por assim dizer cerca de 10 vezes mais
venenosas que as anteriormente utilizadas, porem as multinacionais as apresentam como
mais “seguras” ao meio ambiente pelo simples fato de que se usa menos produto. Menos
produto para um mesmo efeito significa maior toxicidade e não menor toxicidade. Isso é
um escárnio e uma afronta a inteligência humana e cabe a você agricultor dar um grande
e rotundo “Basta !” a toda essa situação. Isso agora é possível com a utilização do Óleo
de Neem.
Vejam por exemplo um resumo dos efeitos nocivos dos inseticidas sintéticos:
1. Poluição ambiental.
2. Danos a saúde devido a níveis elevados ( ou mesmo baixos) de resíduos.
3. Destruição indiscriminada de insetos sem nenhuma consideração sobre o seu papel no
meio ambiente muitas vezes benéfico, como no caso dos inimigos naturais.
4. Envenenamento de animais de sangue quente como pássaros, gado, criação em geral e
pessoas que tenham contacto com os mesmos.
5. Desenvolvimento de resistência em insetos.
6. Ressurgimentos de certas pragas secundarias e/ou principais que estavam sendo
anteriormente controlada por insetos que foram destruídos pelo agrotóxico. Com o seu
desaparecimento houve menos concorrência e novas pragas, então, surgiram.
Qual o principal (ou principais) ingrediente ativo do Óleo de Neem ?
O Óleo de Neem exibe o seu poder controlador de insetos devido a uma série de
ingredientes com características pesticidas ( 7 ).O seu principal grupo de ingredientes
ativos é uma mistura de 3 ou 4 compostos bastante assemelhados porem conta , também,
com 20 outros ingredientes menores mas que são bastante ativos de uma maneira ou de
outra. Os principais ingredientes pertencem a uma classe de produtos naturais conhecidos
como triterpenos mais especificamente limonoides ( 7 ). Até o momento,, pelo menos 9
limonoides extraídos do Neem demonstraram habilidade para inibir o crescimento e
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desenvolvimento dos insetos.
Novos limonoides estão sendo descobertos porem a azadirachtina, salanina, meliantriol, e
a nimbina são os mais conhecidos ( 9 ).
A Azadirachtina foi um dos primeiros princípios ativos a serem isolados do Neem e já
provou ser o principal ingrediente no combate aos insetos. Atribui-se a Azadarachtina
cerca de 90% dos efeitos causados nos insetos e é, por isso mesmo, utilizada como padrão
de qualidade quando da utilização de óleos de Neem de diversas procedências .
A Mercosur só utiliza óleos de Neem cuja concentração estejam acima de 1.500
ppm de Azadarachtina para a preparação de emulsionados.
A Azadarachtina não mata instantaneamente os insetos porem os impede de
continuarem se alimentando. Alem disso, interfere no seu desenvolvimento e já
demonstrou ser um dos mais potentes reguladores de crescimento de insetos pesquisados
nos últimos 20 anos ( 9 ).
Essa substancia repele ou reduz a ingestão de alimentos de varias espécies de
insetos prejudiciais as lavouras bem como de alguns nematóides ( 9 ). Na verdade ela é
tão potente que um simples traço da sua presença impede que alguns insetos cheguem até
a tocar as plantas.
A Azadarachtina é estruturalmente similar ao hormônio chamado “ecdysona”
que controla o processo de metamorfose das diversas fases da vida do inseto ( larva, pupa
e inseto adulto).
Ela afeta o Corpus cardiacus, um órgão semelhante a glândula pituitária na
espécie humana, que controla a secreção de hormônios. A metamorfose requer uma
sincronia perfeita de vários hormônios e outras mudanças fisiológicas para ser bem
sucedida e a Azadarachtina é um bloqueador de “ecdysona”. Ela bloqueia a produção e a
liberação desse hormônio vital para os insetos. Os insetos então não fazem a “muda” ou
mudança de uma fase para outra, interferindo no seu ciclo de vida.
O melantriol é um outro inibidor alimentar que em concentrações extremamente
baixas tem o efeito de paralisar a alimentação dos insetos. Esse seu efeito foi pela
primeira vez demonstrado nos gafanhotos. A salanina foi o terceiro terpenoide a ser
isolado do Neem.
Estudos indicaram que a salanina é também extremamente poderosa na sua ação
anti-alimentar porem não interfere na metamorfose. O gafanhoto migrador, besouro
listrado do pepino, moscas domésticas e o besouro japonês foram bastante afetados tanto
em testes de laboratório quanto em testes de campo. A Nimbina e Nimbidina tiveram o
seu efeito anti-viral demonstrado. Elas afetaram o vírus X da batata, vírus da vaccinia e
vírus fowl pox. Existe a possibilidade desses dois ingredientes serem usados no controle
dessas viroses em lavouras e animais.
Certos ingredientes menores também possuem efeito anti-hormonal. A pesquisa também
demonstrou que alguns desses ingredientes menores conseguem até paralisar o
mecanismo de deglutição, desta forma impedindo os insetos de se alimentarem. Dentre
esses limonoides secundários foram isolados o deacetylazadarachtinol que demonstrou
ser eficaz contra a lagarta do broto do tabaco.
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Qual o mecanismo de ação do Óleo de Neem nos insetos ?
Até o momento já foram descritos na literatura científica os seguintes efeitos :
- Repelente de larvas e adultos.
- Inibindo ou impedindo o desenvolvimento de ovos, larvas ou pupas.
- Bloqueio da “muda” de larvas ou ninfas.
- Impedindo a comunicação sexual e o acasalamento.
- Impedindo que fêmeas depositem os ovos.
- Esterilizando insetos adultos.
- Envenenando larvas e insetos adultos.
- Inibindo a alimentação.
- Bloqueio da habilidade de deglutir, isto é redução da motilidade intestinal.
- Perturbação da metamorfose nas várias etapas.
- Inibindo a formação de quitina
Qual o mecanismo de ação da Azarachtina ?
Os vários estudos demonstraram que o mecanismo de ação da Azadarachtina pode ser
conforme abaixo relacionados ( 9 ) :
1. Efeito Anti-alimentar via oral.
a) Principal : Inibe a atividade dos receptores de sensibilidade gustativa da cavidade oral,
modifica a ingestão normal de alimentos e a capacidade alimentar prospectiva dos
Insetos.
b) A ingestão de princípios ativos junto com o alimento conduz a inanição e morte.
2. Ação Dermal. Penetra através da cutícula dos insetos e inibe a síntese de quitina,
provocando, então desidratação e morte.
3. Efeito Repelente . Devido a mudanças no comportamento locomotor e estacionário dos
insetos, em alguns casos o acasalamento, assim como a comunicação sexual é afetada.
4. Efeito Destruidor do Crescimento . Pela inibição do crescimento normal do inseto por
meio da interferência nos ciclos de mudança . Suprime a atividade da ecdysona e a larva
não efetua a mudança de fase, mas fica na fase jovem para sempre até que eventualmente
morre.
5. Efeito na sobrevivência e reprodução pela ação inibidora da ovoposição. Quando a
fêmea atinge o período de postura do seu ciclo de vida, a ovoposição é suprimida ou
inibida.
6. Efeito no Sistema Endócrino. Os extratos de Neem são acumulados no sistema
neurosecretório do inseto, e por cruzarem a barreira cerebral , são concentrados no corpus
cardiacus , resultando em uma menor utilização das proteínas neuro-secretórias.
Há quanto tempo já se utiliza o Óleo de Neem na agricultura ?
Embora a utilização do Neem na medicina Ayurveda esteja mencionada em escritos
sanscritos de milhares de anos de idade a sua utilização na agricultura é de certa forma
recente. A habilidade do Neem em repelir insetos foi pela primeira vez descrita na
literatura cientifica em 1928 e 1929. Dois cientistas Indianos, Dr. R.N. Chopra e Dr.M.A.
Husain usaram uma solução aquosa contendo 0,001% de frutos secos moídos para repelir
gafanhotos do deserto ( 9 ).
Porem a sua real importância somente foi demonstrada em 1962. Naquele ano, em testes
de campo efetuados em Nova Delhi, S. Pradhan pulverizou diversas espécies de plantas
com uma solução de frutos de Neem . Ele observou que embora os gafanhotos pousassem
sobre as plantas tratadas eles se recusavam a come-las e que esse efeito durava até 3
semanas após o tratamento. Alem do mais ele observou que o extrato do fruto de Neem
era ainda mais eficiente do que os inseticidas químicos convencionais utilizados naquela
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ocasião e que o seu efeito repelente era tão forte quanto o seu efeito pesticida. Nos
campos tratados com inseticidas químicos adjacentes os insetos morreram mas não sem
antes terem devorado as plantas.
Os efeitos reguladores do crescimento foram independentemente observados na Inglaterra
e no Kenia em 1972. Na Inglaterra, L.N.E. Ruscoe, na época um funcionário da I.C.I. ,
testou Azadarachtina em insetos prejudiciais a lavouras como Borboleta branca do
repolho ( Pieris brassicae) e besouro manchador do algodão ( Dysdercus fasciatus) e
notou efeitos de regulação de crescimento em todos os casos. Naquele mesmo ano, no
Kenia, um estudante de pós graduação alemão , K. Leuschner trabalhando na Estação
Experimental de Café ( Coffee Research Station) de Upper Kiamu observou que um
extrato metanolico da folha do Neem controlava o bezouro do café (Antestiopsis orbitalis
bechuana) por meio de efeito regulador de crescimento. A maioria das ninfas tratadas no
estágio quinto instar morriam nas mudas subsequentes e as poucas que sobreviveram
tiveram mal formação de tórax e asa na fase adulta.
Os efeitos de redução da fecundidade dos insetos foi demonstrado por R. Steets, outro
estudante de pós graduação, e H. Schmutterer na Alemanha. Eles observaram e eficiência
do Neem em bezouro mexicano do feijão ( Epilachta varivestis) e bezouro da batata
Colorado ( Leptinotarsa decemlineata) cuja ovoposição foi reduzida quase que a zero.
Algumas fêmeas foram quase que esterelizadas e esse efeito era irreversível ( 9 ).
Em que parte da arvore do Neem concentra-se a maioria dos ingredientes ativos ?
Os ingredientes ativos da arvore do Neem encontram-se presentes em quase toda a planta.
Entretanto, é no fruto que eles se encontram em maior concentração e notadamente no
óleo que é extraído desses frutos.
Quais os principais insetos ou classes de insetos controlados pelo Óleo de Neem ?
Em 1990, pesquisadores relataram que os extratos de Neem afetavam quase 200 espécies
de insetos (7). Outros autores relatam até 400 espécies de insetos ( 9 ) nas ultimas duas
décadas como sendo afetados pêlos ingredientes ativos do Neem.
Classe Orthoptera:
Compreende gafanhotos, grilos, esperanças, etc.... Nessa classe de insetos o efeito antialimentar é bem marcante. Varias espécies se recusam a comer plantas tratadas com neem
por vários dias e algumas vezes até varias semanas.
Classe Homoptera:
Afídeos (pulgões), moscas brancas, psyllids, cochonilhas, e outros insetos dessa classe
são sensíveis ao neem em diversos graus de eficiência. É interessante ressaltar que os
ingredientes ativos do Neem podem influenciar a habilidade dos homopteros de serem
portadores e de transmitirem certas viroses. Esse efeito já foi observado em arroz com o
virus “tungro” transmitido por homopteros.
Classe Thysanoptera:
O Neem tem demonstrado ser muito eficiente em larvas de trips que ocorrem no solo.
Entretanto, uma vez que os insetos adultos tenham se estabelecido nas plantas eles
passam a ser menos suscetíveis aos extratos de Neem. As formulações oleosas
mostraram-se mais eficientes em alguns ensaios talvez devido ao fato de que o óleo cobre
e sufoca esse tipo de insetos.
Classe Coleóptera:
As larvas de todos os tipos de besouros, especialmente os fitófagos coccinelideos, e
crisomelideos, são bastante afetados pelo óleo de Neem. Eles se recusam a comer plantas
tratadas, crescem devagar, e alguns são mortos ao contato com os princípios ativos.
Classe Lepdoptera:
Resultados de inúmeros ensaios de campo, notadamente com traças, demonstraram que as
larvas de diversos lepidópteros são altamente suscetíveis ao Neem . Tudo indica que
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pragas como lagartas militares, brocas de fruto, broca do milho, e pragas afins serão os
principais alvos do óleo e dos extratos de Neem no futuro. O Neem os impede de se
alimentarem porem esse efeito é menos marcante do que os danos ao crescimento e
desenvolvimento que ele causa. Até o momento todos os resultados de campo, em São
Paulo, com o nosso produto tem sido bastante animadores. Todos os produtores relatam
uma diminuição sensível no ataque de lagartas e traças.
Classe Diptera:
Varias espécies de dipteros como mosca de frutas, mosca dos chifres, e moscas
domesticas são também um bom alvo para Óleo de Neem. Em São Paulo, já temos
resultados de campo que comprovam a eficiência do nosso emulsionado de óleo de neem
em moscas de frutas em maracujá. Foi observado, que a mosca dos chifres não se
desenvolve em esterco tratado com pulverizações de Óleo de Neem.
Classe Himenoptera Efeitos anti-alimentar e desregulando a crescimento. Suscetível.
Classe Heteroptera Insetos sugadores que atacam diversas lavouras como café, arroz, hortaliças. São
afetados. As propriedades sistêmicas do Neem afetam o seu habito alimentar e
desregulam o seu crescimento e desenvolvimento.
Insetos Domésticos Baratas são bastante afetadas pelo Óleo de Neem. Ele mata os insetos jovens e inibe os
adultos de efetuarem a ovoposição. Larvas impregnadas com óleo de Neem funcionaram
em diversas espécies de barata incluindo a B. germânica
Pragas e Insetos de Produtos Armazenados O Neem tem demonstrado um potencial excelente para a utilização em produtos
armazenados.
Aliás, esse é uma das suas utilizações mais antigas na Ásia e a literatura está repleta de
ensaios bem sucedidos. Houve controle de 3 a 6 meses em produtos armazenados tanto
com o óleo quanto com o pó da folha. Espécies de Sitophilus e Tribolium são controladas
com sucesso por preparações contendo ingredientes ativos da planta do Neem.
Há quanto tempo se utiliza o Óleo de Neem no Brasil ?
No Brasil o fomento ao Neem começou com a ajuda prestada pela GTZ, empresa estatal
alemã, destinada a promover a redução de produtos tóxicos na agricultura, que injetou
recursos na CATI criando o projeto “ Solo Vivo”. Nessa época o Eng. Agr. Helcio de
Abreu Jr., o grande e incansável divulgador dessa arvore no Brasil, teve o seu primeiro
contato com o Neem, embora essa planta já tivesse sido introduzida pelo I.A.C. ( Instituto
Agronômico de Campinas) há 28 anos atrás pela seção de Plantas Medicinais que ainda
possui a arvore de Neem mais antiga do Brasil nos fundos da referida seção.
Posteriormente, e de forma tímida, foram feitas algumas importações do óleo de Neem da
América Central porem o preço era exorbitante e dificultava o acesso dos produtores a
esse importante insumo ecológico.
Será que os insetos irão desenvolver resistência ao Óleo de Neem ?
Todos os autores consultados são da opinião que será extremamente difícil aos insetos
desenvolverem resistência aos ingredientes ativos do Óleo de Neem devido ao fato de
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serem inúmeros ( cerca de 40 ingredientes ativos) e da forma como os mesmos atuam.
Alguns dos ingredientes ativos são bloqueadores da ecdysona que é um hormônio natural.
Fica extremamente difícil aos insetos desenvolverem qualquer tipo de resistência quando
inúmeros mecanismos são afetados ao mesmo tempo. Em ensaios conduzidos com o fim
específico de desenvolver resistência nos insetos demonstrou-se ser essa possibilidade
muito remota. Traças do repolho após 35 gerações consecutivas expostas ao Neem
continuaram a exibir a mesma suscetibilidade aos princípios ativos.
O que pensam as organizações mundais como a F.A.O. sobre o Óleo de Neem ?
Diversas organizações internacionais como a GTZ da Alemanha tem promovido
a pesquisa cultura e difusão do Neem como uma forma de reduzir a utilização de
inseticidas sintéticos na agricultura principalmente no países do terceiro mundo, já que no
primeiro mundo eles contam com mecanismos eficientes que coíbem a utilização desses
produtos venenosos. Um exemplo disso é o Baysiston , da Bayer, que está proibido na
Alemanha, sede daquela empresa, mas que continua sendo vendido no Brasil matando
agricultores em todo o pais todos os anos. O Conselho Nacional de Pesquisas ( National
Research Council) de Washington, USA, chamou o Neem de “a arvore para resolver os
problemas globais”.
A FAO ( Food and Agriculture Organization ) chamou o Neem de “ uma das
maiores dádivas para a humanidade”. Recentemente, a Inglaterra rejeitou um pedido de
uma empresa americana que pretendia “patentear” a planta do Neem para poder auferir
lucros exclusivos sobre essa fonte inesgotável de recursos e verdadeira dádiva a
humanidade.
O Óleo de Neem é tóxico ao homem e a vida silvestre ?
Até o momento não foram encontrados nenhum efeito tóxico a animais de
sangue quente incluindo pássaros, a peixes, a minhocas e demais organismos de solo. Em
1985 o E.P.A. (Environment Protection Agency) aprovou o produto comercial MargosanA para controle de trips, moscas brancas, minadores de folha, lagartas em geral, pulgas,
traças, broca de chifre, baratas, lagartas militares em estufas, viveiros, florestas e
residências com base em estudo de toxicidade realizado com essa finalidade. Esse
produto é um extrato dos frutos do Neem.
Os dados sobre toxicidade são inúmeros. Par ilustrar podemos citar que em testes com
abelhas o Neem demonstrou não afetar nem esses insetos benéficos quando em
aplicações diretas.
As doses letais LD 50 em diversos animais sempre ficavam acima das maiores dosagens
aplicadas e portanto nunca eram determinadas pois os animais não morriam. Os extratos
também demonstraram não ser mutagenicos em testes de mutagenecidade.
O Óleo de Neem destrói os Inimigos Naturais ?
Insetos que se alimentam de pólen como borboletas adultas e abelhas recebem
uma dosagem diminuta de Neem que parece não os afetar. Alem do mais, em teste
voluntário para registro do produto Margosan-A, ficou demonstrado que nem aplicações
diretas contra as abelhas causou nenhum problema para esses insetos.
Estudos com minhocas demonstrou que o Neem pode até ter efeitos positivos sobre esses
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animais de solo. A taxa de crescimento da minhocas foi maior quando se usou folhas de
neem ou torta da semente de neem misturados ao solo. No Hawaii, os cientistas
descobriram um exemplo maravilhoso da sutileza dos efeitos do óleo de neem. As
moscas de fruta, que anualmente causam grandes prejuízos aos agricultores, foram
testadas para se determinar a sua suscetibilidade aos ingredientes ativos do Neem .
Enquanto, as frutas amadureciam nas arvores, os insetos jovens no interior dos casulos
desenvolviam-se no solo. Pulverizando-se o solo com uma solução de Óleo de Neem o
desenvolvimento das larvas era totalmente paralisado. Porem , um parasita natural da
mosca de frutas, um certo tipo de ichneumon que parasita os casulos e é utilizado no
controle biológico, não era afetado provando ser resistente ao neem. Os predadores que
são utilizadas como controle biológico , ao que tudo indica, são resistentes ao Neem ( 6 ).
Com o somatório de informações que dispomos até o momento permite-nos
afirmar que o Óleo de Neem não representa um perigo iminente aos inimigos naturais e
aos insetos benéficos demonstrando, mais uma vez, o extraordinário potencial dessa
planta para toda a humanidade.
Qual a melhor dosagem do Óleo de Neem ?
O Neem é extremamente ativo como regulador hormonal mesmo a
concentrações baixissimas.
Em alguns estudos, concentrações menores que um décimo de ppm ( parte por milhão)
nas soluções foi suficiente para proteger eficientemente as plantas tratadas ( 9 ). Essa
concentração é equivalente a 0,00001 por cento ou aproximadamente uma colher de chá
de neem para 4.000 litros de água. Alguns insetos começam e se desinteressar por
algumas plantas mesmo a essas concentrações baixíssimas.
Nesse particular o produtor deve testar o Neem e descobrir por si mesmo a dosagem mais
econômica. São centenas de culturas e milhares de insetos nas mais diversas condições de
cultivo. Isso propicia milhões de diferentes situações e a pesquisa jamais irá responder a
sua questão especifica a menos que a sua lavoura tenha uma importância econômica
muito grande e a menos que o governo decida que já chega de intoxicar a população e
começe a pesquisar formas menos tóxicas de controle de insetos.
Na prática recomenda-se concentrações de Óleo emulsionado que variam de 0,5 até 1%.
Entretanto, fica o lembrete de que o Óleo de Neem emulsionado poderá apresentar
resultados em concentrações bem inferiores.
O Óleo de Neem tem efeito por contacto ou é um produto sistêmico
As duas coisas.
Os ingredientes ativos ficam depositados na superfície das plantas mas também são
absorvidos pelas plantas. O fato dos extratos de plantas poderem ser absorvidos e
consequentemente conferir uma defesa de dentro para fora é talvez uma das
características do Neem mais interessantes. O nível da atividade sistêmica difere de
planta para planta e de uma formulação para outra. Extratos que não contenham óleo,
com pouco óleo e com muito óleo exibem diferentes níveis de ação sistêmica.
Quais as formas de aplicação do Óleo de Neem ?
O Óleo emulsionado é geralmente pulverizado sobre as plantas com pulverizadores
costais, ou motorizados. Pode-se usar também atomizadores e recentemente foram feitos
testes com maquinas geradorasde fumaça ou “fog” na qual o produto é usado na forma
pura sem diluição.
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No caso de moscas é comum a preparação de iscas atrativas com açúcar.
É iqualmente relatada a aplicação via injeções em troncos de arvores ( 6 ) para controle
de lagartas minadoras de folha. Também utiliza-se a pulverização do solo ao redor de
arvores e plantas para controle de traças que completam o seu ciclo no solo no interior de
casulos.
Deve-se usar espalhante adesivo junto com o Óleo Emulsionado de Neem ?
Não há necessidade alguma de se usar espalhante adesivo com a emulsão de
Óleo de Neem pois os emulsionantes possuem características químicas semelhantes aos
espalhantes adesivos exercendo o mesmo papel que estes na superfície das folhas.
De quanto em quanto tempo se aplica o Óleo de Neem ?
Aqui também estamos diante de uma situação que irá requerer a participação ativa do
produtor. A pesquisa ainda não respondeu a essa pergunta. Algumas experiências
demonstraram que o efeito anti-alimentar persiste por até três semanas após a aplicação.
Alguns produtores aplicam pulverizações semanais e acham que essa frequencia
é a ideal. Cada caso irá requerer um estudo individualizado. A regra geral é quanto menos
aplicações melhor. Também existem diferenças básicas entre cultivos protegidos em
estufas e à campo, de formas que não é possível ter-se uma recomendação geral para
todas as culturas e em todas as situações de cultivo.
O Óleo de Neem é compatível com outros produtos ?
O Óleo emulsionado de Neem para fins agrícolas é compatível com a maioria
dos insumos aplicados na Agricultura Orgânica. Entre os produtos compatíveis podemos
citar o
Biofertilizante, o acido pirolenhoso, alguns fertilizantes foliares à base de Cálcio e Boro
como o CaB2. Entretanto, não recomendamos a sua aplicação nem com a Calda
Bordaleza e nem com a Calda Sulfocalcica devido a sua reação alcalina. Entretanto, esta
recomendação não está amparada em pesquisas cientificas sendo necessário e urgente
pesquisar-se esse aspecto para posterior analise.
A combinação do óleo de Neem com inseticidas biológicos à base de Bacillus
thuringensis ( Dipel) tornam o controle ainda mais eficiente.
Como escolher qual o produto a ser comprado já que não existe produto registrado no
mercado?
Embora já existam produtos a base de Neem registrados em outros países , o que prova a
eficiência desse produto, no Brasil o processo é bastante demorado e caro. Estima-se que
o custo de registro de um produto no Ministério da Agricultura esteja entre US$
75.000,00 a US$ 250.000,00. Além do mais é amplamente conhecido o fato de que
apenas umas poucas firmas multinacionais tem acesso a esses registros. Diversas firmas
brasileiras do ramo de Agrotóxicos tem movido repetidos processos judiciais contra o
Ministério da Agricultura por se sentirem prejudicadas com esse sistema injusto. Alem do
mais os custos de registro terão que ser fatalmente repassados ao consumidor final. E
pergunta-se: Para quê ? Para provar o que todo o mundo já sabe ? Que o Óleo de Neem é
um eficiente protetor natural contra os insetos ? Para corroborar mais de duas décadas de
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pesquisas científicas ? Para corroborar o que milhares de usuários satisfeitos em todo o
mundo estão dizendo sobre o Óleo de Neem ? Para redescobrir a pólvora ?
A maioria do produtores que se preocupam com o meio ambiente são
reconhecidamente inteligentes ao ponto de reconhecerem que esse sistema
institucionalizado de registros de produtos para a lavoura é mais um escândalo nacional e
falar-se em registro para produtos naturais é mais outra grande hipocrisia, sem
mencionar-mos o aspecto estritamente ditatorial que esses registros impõe ao seu direito
de optar. Ou seja, não se pode usar o que se bem deseja, mas sim o que eles querem que
você use ou permitem ( por meio de registros). Isso tem um só nome : Ditadura!.
Infelizmente, não podemos concordar com esse tipo de procedimento.
Multinacionais ávidas por lucro irão tentar monopolizar mais essa fonte natural para o
controle de insetos tentando nos escravizar mais e mais ( 6 ). Porem cabe a todos nós
repudiar mais essa tentativa.
Entretanto, o consumidor consciente tem que saber como proceder pois haverão muito em
breve os aproveitadores que tentarão tirar proveito da boa reputação do óleo de Neem e
tentarão vender produtos de inferior qualidade e com baixo teor de Azadarachtina.
Por isso adquira sempre esse produto de pessoas que já tenham uma reputação
comprovada no meio da agricultura orgânica. No final desse trabalho existe uma lista de
revendedores nos quais o Óleo de Neem poderá ser adquirido.
O Óleo de Neem é um produto permitido pelas organizações certificadoras de Agricultura
Orgânica no Brasil ?
Sim, o Óleo de Neem é autorizado por todas as certificadoras orgânicas a nível mundial
sem nenhuma exceção.
Que cuidados devemos ter para a melhor utilização do Óleo de Neem ?
Os princípios ativos do Óleo de Neem são sensíveis a luz e ao calor . Portanto, mantenha
as embalagens e locais frescos e ao abrigo da luz. Durante o inverno, em locais frios, o
Óleo de Neem se solidifica e por isso temos que nos certificar que a emulsão esteja
dissolvida antes de formular a pulverização. A Azadarachtina tende a se concentrar no
fundo do frasco e pro isso deve-se sempre agitar o frasco de emulsão muito bem agitado
antes de utiliza-lo.
A pulverização deve cobrir bem a folha pois o produto só funcionará onde os princípios
ativos atingirem de fato a superfície da folha.
Devo usar o Óleo de Neem da mesma forma que antes utilizava os inseticidas
agrotóxicos ?
Não. Em hipótese alguma. Nada irá substituir o cuidado com o solo que é base
de tudo.
Nada irá substituir uma nutrição adequada à planta bem como os demais cuidados a
serem observados tanto numa produção orgânica como em uma convencional como
rotação de culturas, preparo mínimo de solo, correção de acidez de forma adequada
(evitando-se o excesso de magnésio e uma boa relação entre Ca:Mg), irrigação adequada,
equilíbrio entre os diversos nutrientes, seleção adequada de variedades, adaptação da
cultura à região, etc.
Que outras medidas devo adotar para melhorar o controle de insetos na minha
lavoura ?
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Hoje é sabido que os insetos só se sentem atraídos por aquelas plantas que
sinalizam a eles de alguma forma que precisam ser eliminadas. Essa é a lei inexorável da
natureza. Os mais fracos tem e devem ser eliminados. Pesquisas recentes ( 1, 2, 5 )
demonstraram que algumas plantas exalam quantidades mínimas de álcool e amônia
sinalizando, então, aos insetos a sua agonia e como que “pedindo” para serem eliminadas.
Por outro lado, especula-se também que o nível de proteína na planta é fator
desencorajador ao ataque de insetos e que os micro nutrientes teriam um papel decisivo
na conversão dos amino-ácidos livres à proteínas. Dessa forma, reveste-se de grande
importância o papel dos micro nutrientes ou elementos traço na nutrição vegetal. É
amplamente reconhecida a importância e o valor dos biofertilizantes na nutrição vegetal,
como uma das formas de se conferir ao mesmo uma maior resistência ao ataque de
insetos devido a uma boa suplementação nutricional. Entretanto, mesmo o melhor dos
biofertilizantes não irá conter todos os elementos traços requeridos para uma nutrição
vegetal perfeita, razão pela qual se preconiza a aplicação de fontes fósseis de
microelementos como carvões fósseis ( xisto, linhito, turfas ) bem como de rochas de
reconhecido valor nutricional para as plantas com forma de repor ao solo os elementos
traços perdidos ao longo de milhares de anos de intemperização dos nossos solos
tropicais.
Literatura Citada
1.Andersen, A.B. Ph.D. Science in Agriculture.Acres U.S.A. ,376 pp, 2.000.
2. Callahan, P. S. Ph.D. Paramagnetism. Rediscovering Nature´s Secret Force of Growth
Acres U.S.A. , 128 pp, 1995
3. GTZ. Neem. A Natural Insecticide.”Gewinnung naturlicher Insektizide aus tropischen
Pflanzen”, Deutsche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ), 34 pp.,
Eschborn, sem data.
4.KONPHALINDO. National Consortium for Nature and Forest Conservation in
Indonesia.National Conference on Biopesticides with emphasis on Neem., GTZ Deutche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, 132 pp., Eschborn,
1998.
5. Lisle, Harvey. The Enlivened Rock Powders. Acres U.S.A. , 194 pp, 1994.
6.Norten, Ellen. NEEM. India´s Miraculous Healing Plant. Healing Arts Press., 92 pp.,
2.000.
7.Puri, H.S. NEEM. The Divine Tree. . Medicinal and Aromatic Plants - Industrial
Profile, Harwood Academic Publishers, 182pp., 1999.
8.Proceedings of a Seminar held in Dodowa.The Potentials of the Neem Tree in Ghana.
GTZ - Deutche Gesellschfat fur Zusammenarbeit (GTZ) GmbH., Division 45, Rural
Development, Working Field : “Non-synthetic Pesticides “,129 pp., Eschborn, 1988.
9.Report of an Ad Hoc Panel of the Board of Science and Technology for International
Development. NEEM. A Tree For Solving Global Problems. National Research Council,
National Academy Press, Washington, D.C. 139 pp., 1992.
10..Schmutterer, H & K.R.S. Ascher. Natural Pesticides From The Neem Tree and Other
Tropical Plants.,Proceedings of the Third International Neem Conference, Nairobi,
Kenia, GTZ - Deutche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH., 703
pp.,Eschborn 1987.
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Algumas pragas que o Dalneem controla
Agrotis ipsilon (Lagarta rosca)
Algodoeiro, soja, cana-de-açucar, milho, fumo, mamona, batatinha,
melancia, melão, pepino, abóbora, couve, couve-flor, brócolis, cravo, crisântemo,
gerânio, margarida, violeta, samambaia, avenca, cóleo, alface, alcachofra, almeirão,
chicória, serralha, agrião, acelga, cebola, alho, maranguinho, tomate, berinjela, pimentão,
eucalipto, pinheiro-do-paraná.
Aleurothixus floccosus (Mosca branca)
-
Citrus
Aphis gossypii (pulgão)
- Algodoeiro, cacaueiro, quiabeiro, batatinha, flores e folhagens
Brevicorne brassicae (Pulgão)
-
Couve, couve-flor, brócolis
Callosobruchus maculatus (caruncho)
-
Grãos
Conotrachelus (Broca dos frutos)
-
Cacaueiro, gorgulho da goiaba, gorgulho da jaboticaba
Diabrótica (Vaquinha)
Cana-de-açucar, soja, banana, batatinha, melancia, melão, pepino,
abóbora, tomate, berinjela, pimentão
Dysdercus spp (Manchadores)
-
Algodoeiro
Ephestia elutella (lagarta)
-
Soja, fumo, cacau
Heliothis virescens (Lagarta das Maças)
-
Maçã, erva-mate
Hypsipyla grandella (Broca do Cedro)
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-
Cedro, mogno
Lasioderma serricorne (Besouro)
-
fumo, soja (faz galeria nos fardos)
Panonychus citri (Ácaro purpúreo)
-
Citrus
Planococcus Citri (Cochonilha Branca)
-
Citrus, cacau, cereja
Plutella xylostella (Traça das crucíferas)
-
Couve, couve-flor, brócolis
Rhyzopertha dominica (Besourinho
-
Arroz, trigo, sorgo
Rhopalosiphum maidis, padi (Pulgão do café)
-
Milho, trigo, aveia, cevada
Saissetia coffeae (Cochonilha parda
-
Café, citrus, flores e folhagens
Schitocerca sp (Gafanhoto)
-
Pastagens
Sitophilus oryzae (Gorgulho)
-
Arroz, milho, sorgo, trigo
Sitotroga cerealella (Traça dos cereais)
-
Arroz, trigo, sorgo, milho
Spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho do milho, lagarta do solo)
Milho, arroz, cana-de-açucar, soja, trigo, aveia, cevada, batatinha, alface,
alcachofra, almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga, cenoura, etc...
Stegobium paniceum (Besouro)
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-
Cereais e sub-produtos, farinhas, farelos, fubá, etc...
Tribolium cataneum, confusum (Besourinho)
-
Cereais moído, trigo, rações, farinha
Outros
-
Traça do tomateiro
-
Berne, carrapato, mosca-do-chifre
-
Larva de trips
-
Aphids – Endoparasita de pulgões
Obs- Até o momento foram cadastrados mais de 200 pragas que o nim controla,
porém muitas não ocorrem no Brasil. Portanto o conhecimento do controle de novas
pragas acontecerá somente a medida que o agricultor adotar o uso do Nim no seu dia a
dia.
Madeira
As propriedades da madeira do NEEM se parecem com as do mogno. É
relativamente pesada. Quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja fácil
de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secada. É uma madeira boa para
construções e amplamente usada na fabricação de ferramentas manuseáveis e
implementos agrícolas. É também comum o seu uso na fabricação de móveis. É
raramente atacada pôr formigas brancas e é resistente ao cupim.
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O Nim, ou Amargosa (Azadirachia indica A. Juss), syn Antelara azadirachta,
Melia
azadirachta L., é uma árvore frondosa que pertence á família Meliaceae, a mesma da
Santa
É uma planta muito resistente e de crescimento rápido, que alcança, normalmente, de 10 a
15 m de altura e, dependendo do tipo de solo e das condições climáticas favoráveis ao
desenvolvimento da planta, pode atingir até 25 m. Com um ano, a planta chega a 1,5 m e
com 5 anos, a 8 m. O sistema radicular atinge 15 m de profundidade. Sua madeira é
avermelhada, dura e resistente.valor por metro cúbico de 200 dólar no mercado interno
.com crescimento mais rápido que o eucalipto e com o preço da madeira muito mais caro
tem produtores que esta investido muito nesta espécie devido o alto valor da sua madeira
.
Neem - Uma Alternativa para o Controle de Pragas
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O Nim ou Amargosa (Azadirachta indica A. Juss) é uma planta que
pertence à família Meliaceae, de origem asiática, muito resistente e de rápido
crescimento, alcançando normalmente de 10 a 15 m de altura e produzindo uma
madeira avermelhada, dura e resistente.
Contudo, não são as suas características botânicas as que mais despertam
o interesse de agricultores em todo o mundo. O que chama a atenção desses
agricultores é o conteúdo de azadirachtina da planta, um princípio ativo que vem
demonstrando alta eficácia no combate a diversas pragas e doenças que atacam
plantas e animais.
Segundo o pesquisador Hélcio Abreu Jr., o alto poder inseticida da planta
permite alcançar até 90% de sucesso no controle agroecológico com os extratos de
Nim, com a vantagem de não se afetar os inimigos naturais (predadores, parasitas e
entomopatógenos). Desta forma, é possível manter a população de pragas em níveis
baixos, fora do nível de dano econômico.
Através do cultivo do NIM em sua propriedade, o produtor pode reduzir
muitos dos seus custos e ainda garantir uma renda extra através da extração do seu
óleo a partir dos seus frutos e do seu extrato através das suas folhas. Com 10 anos o
NIM já atinge o ponto de corte e o valor da sua madeira é bem elevado.
No quadro a seguir, são apresentados alguns exemplos do potencial de
controle do Nim:
Produto do
Nim
Cultura/Criação
Acerola
Café
Feijão
Gado Leiteiro
Milho
Pepino
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Pragas Controladas
óleo
óleo /
extrato da folha
pulgão, cochonilha, ácaro
broca, bicho mineiro,
ferrugem
extrato da
ferrugem
folha
extrato da
folha
carrapato, berne e mosca do
chifre
extrato da
folha
óleo
lagarta do cartucho
trips, pulgões
Plantas
Medicinais
Tomate
óleo
brasileirinho
óleo /
extrato da folha
mosca branca, pulgões,
ácaros
mosca branca, trips, pulgão,
broca
pequena, fungos do gênero Phytophtora
Por fim, é preciso ressaltar que embora não haja período de carência para
esses produtos, e os produtos à base do Nim tenham baixa toxicidade para
mamíferos, foi comprovada a toxicidade dos mesmos para os peixes, devendo ser
utilizados com bastante cuidado em propriedades que pratiquem a piscicultura. Em
outras palavras, nenhum insumo agroecológico por mais inofensivo que seja, deve
ser utilizado sem o acompanhamento criterioso de um profissional (agrônomo,
veterinário ou zootecnista capacitado).
Fontes: "Cultivo e Utilização do Nim Indiano (Azadirachta indica A. Juss)",
Belmiro P. das Neves; João Carlos M. Nogueira; Goiânia: Embrapa CNPAF; 1996.
"Boletim Agroecológico", ano3, n.12, julho/1999. Botucatu: Ed.Agroecológica.
"Práticas Alternativas de Controle de Pragas e Doenças na Agricultura", Hélio de
A. Jr.; Campinas-SP: MOPI, 1998
Solução apresentada
Árvore da família das meliáceas, sua madeira apresenta características
semelhantes às do
mogno: é de cor avermelhada, moderadamente pesada, dura e com boa
resistência mecânica.
Madeira repelente de insetos é usada na construção civil e para mobiliário em
geral.
De acordo com a informação extraída do PORTAL da Sociedade Nacional de
Agricultura –
SNA, o NIM é indicado para ser utilizado como MOURÃO “... por ser uma
madeira muito
resistente e imune ao ataque dos cupins. Como fonte calorífica tem grande
utilidade para a
siderurgia, por isso é bastante procurada por este tipo de indústria”.
A árvore do NIM pode viver até 200 anos.
Conclusão e recomendações
De acordo com as fontes pesquisadas o NIM INDIANO é uma árvore com
inúmeras
propriedades. Quanto à utilização do mesmo como MOURÃO e seu tempo de
durabilidade,
pode-se relacionar ao tempo de vida da árvore. Porém sugerimos contatar a
EPAMIG
pois a instituição lançou uma publicação especifica sobre o cultivo,
propriedades e uso do NIM INDIANO.
Referências
1 Nim Indiano. Disponível em:. Acesso em 25/04/2006
2 SNA. Nim: um novo bioinseticida. Disponível em:
Acesso em: 25/04/2006
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3 Floraliz. Óleo de NIM. Disponível em: Acesso em
25/04/2006.
Nome do técnico responsável
Nelma Camêlo de Araujo
Secretaria quer investir no Nim
Fortaleza (CE) - Madeira da família do mogno com alto
valor comercial, defensivo agrícola, vermífugo e matéria-prima da
indústria de cosméticos. Estas são apenas algumas potencialidades
do Nim indiano, uma planta da família Meliaceae, que tem
excelente adaptação ao Semi-árido. Os usos do Nim foram
discutidos ontem no seminário ''O Nim no estado do Ceará'',
promovido pela Secretaria da Agricultura Irrigada (Seagri), no
Cambeba.
Como explicou o gestor de tecnologia da Seagri, João Pratagil
Pereira, o Nim já é usado em algumas regiões do Ceará. A ONG
Centro de Pesquisa e Assessoria (Esplar) produz kinseticida para combate de 200 tipos de
pragas. Na região do Cariri, o óleo é usado no combate à mosca do chifre e em Santana do
Acaraú, a árvore é amplamente utilizada na arborização urbana.
Já existem alguns produtores interessados em explorar os potenciais do Nim. O empresário
Américo Picanço é um entusiasta da cultura e procura parceiros para desenvolver um projeto
no estado. Segundo ele, 300 hectares plantados com Nim, em 10 anos, rendem só na madeira,
R$ 20 milhões. Antes disso, contudo, a planta já pode ser aproveitada com a venda das folhas
e sementes. Um quilo de sementes custa, segundo Picanço, R$ 150,00 e um litro de óleo US$
6,00. Picanço explica que a árvore a partir de dois anos começa a dar 1 kg de sementes e em
10 anos chega a dar 30 kg. Com 6 kg de semente se faz um litro de óleo.
Américo Picanço diz que o Nim é ideal para o semi-árido porque se adapta ao solo fraco e
pouca água. Uma das únicas exigências é que o terreno seja profundo. Como informou, uma
das mais novas descobertas do potencial do Nim é sua aplicação no combate ao mosquito
Aedes aegypti, transmissor da dengue. Picanço diz que há 45 dias uma equipe da
Universidade Federal do Ceará em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa)
está testando o Nim no combate às larvas e constatou uma mortalidade de 92%.
Algumas Propriedades do Nim (Neem)
Defensivo Natural - As folhas e sementes podem ser usadas na defesa natural contra muitas
pragas e doenças de plantas e também animais. Controla lagartas, gafanhotos, besouros,
pulgões, ácaros, mosca branca, bicudo do algodoeiro e pragas de grãos armazenados.
Também controla nematóides e algumas doenças de fungos. No tratamento de animais é
usado como carrapaticida e como vermífugo. Não é tóxico ao ser humano, mamíferos em
geral, pássaros e peixes.
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Produção de Madeira - As plantas de Nim, quando adultas, dão sombra, fornecem madeira
de grande valor para a produção de móveis, mourões e estacas, por serem resistentes ao
cupim. Também são usadas na recuperação de solos degradados.
Industrialização - Das sementes extrai-se um óleo que atualmente é muito procurado pelas
indústrias, para fabricação de defensivos de plantas e diversos medicamentos de uso humano
e animal. É também utilizado para produção de cremes para a pele, xampus, sabonetes e
creme dental.
Preparação caseira de defensivos - Os defensivos à base de Nim podem ser obtidos tanto
das folhas como das sementes. As folhas devem ser secadas à sombra e depois trituradas
numa máquina forrageira, para obtenção do pó. O pó, colocado de molho de um dia para o
outro, depois de coado em um pano, resulta numa calda que pode ser aplicada contra pragas
de plantas e animais. As sementes devem ser pisadas num pilão para retirada da casca. Em
seguida, deve-se acrescentar um pouco d'água e continuar pisando até obter uma pasta.
Continuando-se a pisar começa a escorrer um azeite. É este azeite que, misturado com água,
é usado no controle de pragas de plantas e animais.
O Povo/Esplar - Centro de Pesquisas e Assessoria
01/Junho/2002
Nim Indiano vem ai!
Macaúbas terá área de 10 hectares de Nim Indiano plantados em 2009
Com a parceira entre a secretaria municipal de agricultura, EBDA e Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de Macaúbas, foram escolhidos 10 produtores rurais e
pecuaristas para disponibilizar áreas para o plantio do "Nim Indiano", onde cada
produtor poderá plantar 01 hectare da espécie. O nim é uma planta originária da Índia que
já é usada a vários séculos e vem ganhando cada vez mais espaço no cenário mundial
pela vasta aplicação de sua madeira, folhas e frutos em diversos setores produtivos
agrícolas e industriais. Com 10 hectares plantados, o município poderá dentro de 05 anos
ter uma grande produção de sementes pra disseminação de outras áreas com a planta no
futuro
Conheça mais do nim indiano abaixo e veja a grande variedade de aplicações da
espécie
Nome Científico: Azadirachta Indica A. Juss
Planta medicinal com o extraordinário poder para curar muitas doenças e defensivo
agrícola excepcional para o controle das pragas na produção dos alimentos orgânicos.
A árvore do nim indiano (em português, ou "Neem" em inglês) é uma planta exótica de
origem asiática, introduzida recentemente no Brasil, mas ainda pouco conhecida. Em
Macaúbas já existem alguns exemplares plantados, como por exemplo, no campus da
FAMAC, próximo ao SAAE.
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Propriedades: Poucas plantas apresentam tantos usos potenciais como na construção
civil ou na medicina como o nim. Devido às suas propriedades bactericidas e fungicidas,
é usada em muitos países como eficiente remédio no tratamento de inúmeras doenças.
Mais Propriedades:
Propriedades Inseticidas e fungicida ecológico: protege as plantações das
pragas e preserva o meio ambiente.
Repelente de insetos: estudos demonstram que o nim indiano é mais eficaz como
repelente de insetos do que muitos outros produtos químicos sintéticos.
Madeira: Árvore da família das meliáceas, sua madeira apresenta características
semelhantes às do mogno: é de cor avermelhada, moderadamente pesada, dura e com
boa resistência mecânica. Madeira repelente de insetos é usada na construção civil e
para mobiliário em geral.
Agricultura: As folhas e o óleo de nim, resultado do processamento de seus frutos a
partir do 4º ano, são muito utilizadas para o controle de aproximadamente 200 pragas
na agricultura, como: pulgões, cochonilhas, moscas das frutas, lagartas, tris, besouros,
vaquinhas, caramujos, traças, cupins, brocas, nematóides entre muitas outras.
Nim: a árvore de mil e uma utilidades
O Nim é considerada uma planta milagrosa porque suas
composição apresenta substâncias capazes de servir como defensivo natural
contra insetos e outras que são aproveitadas pela indústria farmacêutica e de
cosméticos. Ela é originada da Índia, e chegou ao Brasil em 1992. O nim é
uma árvore e pode atingir até 10 metros de altura, em poucos anos. Começa
a produzir frutos entre os 3 e 5 anos depois de plantada.
Para o agricultor pode trazer grande benefícios. Segundo estudos
técnicos, as folhas do nim e as sementes podem ser usadas na defesa natural
contra muitas pragas e doenças de plantas, bem como de animais. Dela pode
ser extraído um óleo que tem uma substância que é usada para controlar
lagartas, gafanhoto, besouros, pulgões, ácaros, mosca branca, bicudo do
algodoeiro e pragas de grãos armazenados. Depois de prensada, a semente
produz uma torta que é empregada no combate de nematóides e ajuda no
controle de endoparasitas e dos ectoparasitas nos animais domésticos, como
os bovinos, caprinos e ovinos.
Uma outra característica do Nim é que ele é atóxico aos pássaros,
peixes e aos animais de sangue quente , principalmente ao homem. As
plantas, quando adultas, dão sombra e fornecem madeira de grande
qualidade para móveis, mourões e estacas, por serem resistentes ao cupim,
além de serem utilizados na recuperação de solos degradados. Seu potencial
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de investimento, tanto para o mercado interno quanto o externo é grande: das
sementes do Nim se extrai um óleo, atualmente muito procurado pelas
indústrias, para a fabricação de defensivos naturais e de diversos
medicamentos de uso humano e animal.
A indústria de cosméticos, por exemplo, tem o Nim como um
grande aliado na produção de cremes para pele, xampus, sabonetes e creme
dental. "Por todos estes aspectos, o Nim é tido como uma espécie silvícola
valiosa que vem se tornando popular na América Central e América Latina",
informa Belmiro Pereira das Neves, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão.
A planta prefere climas tropicais e subtropicais, com precipitação
pluvial anual entre 400 a 800 mm, sendo a faixa ideal de temperatura, de 21
a 32ºC. É tolerante a altas temperaturas, inclusive acima de 40ºC por curtos
períodos e resiste a longos períodos secos mas, por outro lado, não tolera
geadas e, caso ocorram temperaturas abaixo de 8ºC, o seu crescimento é
interrompido.
A Embrapa em parceria com outras instituições vem pesquisando as
diversas possibilidades de utilização do Nim. Estudos recentes, têm indicado
que derivados do Nim podem ser valiosos contraceptivos. "O óleo do Nim
apresenta ação espermaticida, onde é extraído o 'Sensal', um econômico
produto que está sendo produzido em larga escala na Índia.
A produção de uma planta saudável requer cuidados e técnicas que
envolvem a seleção de sementes, portadoras de boa origem genética e
nutricionalmente equilibradas, de bom poder germinativo a fim de
proporcionar as condições ideais para o seu bom desenvolvimento nos
primeiros anos de vida. Quando algumas dessas qualidades requeridas estão
ausentes, a muda produzida, ao ser colocada em campo, tem seu crescimento
prejudicado.
Dentre as diversas espécies florestais exóticas em fase de adaptação
no Brasil, o Nim indiano é a que apresenta maior qualidade adaptativa das
plantas e de grande retorno econômico devido às suas propriedades químicas
úteis à produção de remédios produtos farmacêuticos e odontológicos,
bioinseticida, produção de madeira além de não agredir o meio ambiente.
Por ser uma árvore robusta, é ideal para programas de reflorestamento e para
recuperação de áreas degradadas, áridas ou costeiras.
Em sistemas agroflorestais, o Nim é usado como quebra-ventos,
protegendo as culturas da ação dos ventos e do ressecamento, e em
consórcio com outras espécies fornece matéria orgânica via folhas que caem
no solo, além de contribuir na reserva de madeira para o futuro.
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