RESPOSTAS SELECIONADAS! X O L I M P Í A D A S D E B I O T E C N O L O G I A 2 0 1 4 / 2 0 1 5 ! Comente a afirmação abaixo «You are more bacteria than you are you, according to the latest body census.» In Scientific American 2007/11/30 [Pergunta de desenvolvimento do teste das X Olimpíadas de Biotecnologia, dirigidas a alunos do ensino secundário.] Desde os primeiros sinais de existência de vida na terra as bactérias estiveram sempre presentes. Estas representaram um papel importantíssimo quer a nível do desenvolvimento de novas estirpes (mutações), quer a nível da organização celular e, também, do material genético. Apesar de serem organismos com baixa complexidade têm capacidades de sobrevivência e adaptação excecionais sendo, por isso, capazes de sobreviver em ambientes onde não seria pensável existir vida. A existência de bactérias no nosso corpo é, há muito, conhecida na ciência, dado isto, e a evolução continua dos organismos, o facto de sermos constituídos mais por bactérias do que por “nós próprios” não me surpreende. Para além de todas as que se encontram dentro do nosso corpo, com o perigo de nos prejudicarem a saúde, são bastantes as que vivem em simbiose dentro e fora de nós. Apesar de serem células procariotas (e as nossas serem eucariotas) o código genético que nos define é universal, podendo ocorrer complementaridade das bases levando à influência e à evolução mútuas. Existem bactérias na nossa pele, no nosso estômago, nos nossos intestinos, e em muitos outros locais do nosso corpo. Estes organismos são de dimensões microscópicas e multiplicam-se exponencialmente. Dadas as dimensões dos nossos órgãos existe uma grande área de proliferação para essas bactérias, permitindo a existência de mais bactérias do que células do nosso corpo. No entanto, visto que estes organismos se desenvolvem em nós próprios e sofrem mutações, como nós também podemos ter sofrido, por influência mútua, é de pensar se essas bactérias não são também parte de “nós”. ANA RITA GONÇALVES! Escola secundária vergílio ferreira! Lisboa! Hoje em dia, a simples menção do nome “bactérias” provoca a corrida desenfreada das pessoas à casa de banho para lavar as mão e se desinfetarem. Na verdade, este ser procarionte está há muito conotado com sujidade e contaminação, porque na realidade existem muitas bactérias patogénicas, originadoras de infeções e doenças, da qual a tuberculose é um caso muito conhecido, originado em ambientes extremamente degradados e sujos. O que a maioria das pessoas não sabe é que elas se encontram em todo o lado, muito mais dentro do nosso corpo. As bactérias do intestino, por exemplo, ajudam no processo da digestão e muitas outras permitem o bom funcionamento desta grande máquina que é o organismo. Elas até conseguem “tratar” de doenças, tais como os diabetes, através da produção de insulina. Muitos cientistas também utilizam estes seres par, através da modificação dos seus genes, serem utilizados para produção de antibióticos, no combate a infeções (por vezes até causadas por agentes patogénicos…). Existem bactérias que são, apesar de tudo, evitáveis a todo o custo, como é o caso das salmonelas, mas existem outras sem as quais não teríamos os alimentos que temos, provavelmente no nosso frigorífico, sendo o iogurte o melhor exemplo deste alimento. Já para não referir que foi graças a estes seres vivos que a vida eucarionte se pode desenvolver, mais especificamente às cianobactérias. Foram estas quem permitiram a emissão de O2 para a atmosfera primitiva que, ao tornar-se mais abundante em O2, formou a protetora camada de ozono (O3). Com estas condições muitos seres procariontes transformaram-se em organismos mais complexos, com organelos membranares. Estes posteriormente formaram colónias (tornando-se organismos multicelulares) e foram evoluindo e aumentando o seu grau de complexidade, formando, vários milhões de anos mais tarde, o Homem. Os factos acima referidos enfatizam realmente a importância deste ser tão pequeno mas tão valioso para o Homem. Porém, o argumento mais óbvio para justificar a sua importância é que só somos feitos de bactérias. É verdade que somos feitos de células, mas segundo a hipótese endossimbiótica, as células eucarióticas surgiram também da endocitose de bactérias, tais como as mitocôndrias e os cloroplastos (nas células vegetais). Quer queiramos quer não, o número de mitocôndrias do nosso corpo supera largamente o número de células que temos, visto cada uma possuir várias mitocôndrias. Não esquecendo que são elas que permitem a transformação de glucose em ATP, energia necessária para qualquer nossa atividade vital. Esta é, assim, a verdade pura e dura: somos grandemente formados por bactérias. Mas será que essa quantidade supera o que eu sou? Afinal, o que sou eu, senão células e bactérias? Daí não poder dizer que sou mais bactérias do que eu mesma… Porque eu sou bactérias… FILIPA PORFÍRIO! escola secundária de miraflores! algés! Esta frase indica-nos uma realidade que muitos de nós desconhecemos, o facto de habitarem milhares de milhões de bactérias dentro dos nossos corpos e elas desempenharem funções importantíssimas para o nosso bem-estar. Por exemplo, as bactérias que atuam no trato gastrointestinal são aquelas que permitem que o nosso sistema digestivo absorva os nutrientes dos alimentos. São as bactérias que previnem que outros bactérias (patogénicas) cresçam, e algumas produzem toxinas químicas para prevenir o crescimento microbiano. Algumas das bactérias que nós ingerimos em alguns produtos próbióticos aliviam cólicas, amenizam sintomas de intestino sensível e podem prevenir algumas alergias. Resumindo, o nosso corpo tem bactérias por todo o lado, que nos ajudam a poder viver bem. FILIPE CAPELA! escola secundária de miraflores! algés! Esta afirmação refere-se às bacterias presentes no corpo humano. Traduzindo: “Tu és mais bactérias do que tu próprio…”. No nosso quotidiano estamos em contacto com todo o tipo de bactérias e agentes patogénicos estando estes não só presentes no exterior do nosso corpo (como por exemplo nas mãos ) como também no nosso interior. Na nossa alimentação, ou melhor , durante a nossa alimentação, nós ingerimos inúmeros tipos de bactérias sendo a nossa boca “um ninho” no que diz respeito à sua proliferação. Em anos anteriores, nesta mesma escola, já analisamos ao microscópio a existência de bactérias na saliva, o que deixou certos alunos bastante chocados visto serem só do sétimo ou oitavo ano, que não sabiam da sua existência. Sabemos que o nosso organismo nos tenta defender destes organismos (ou a maior parte deles) sendo os órgãos de defesa a pele e a saliva. Mas, sabemos também, que o nosso organismo vive em simbiose com muitas bactérias por exemplo as bactérias existentes a nível intestinal que nos ajudam a digerir os alimentos ao mesmo tempo que contribuem para o seu bem estar. Assim, o nosso organismo não somos só nós pois estas bactérias já são algo que faz parte de nós mas que muitos não sabem sequer da sua existência. Manuel Teixeira! Escola S/3 S. Pedro! Vila Real! Realmente, grande parte de nós é bactéria. Isto é, no nosso corpo, existe uma quantidade enorme de bactérias, milhões delas. Ao contrário do que possamos pensar à primeira vista, esta situação não é negativa. Pelo contrário, estes milhões de bactérias são positivos para a nossa vida, saúde e sobrevivência. Podemos dizer que existem entre nós e elas uma relação simbiótica de que ambos retiramos proveito: oferecemoslhe alimento fácil e protecção e elas ajudam-nos a realizar certas funções das quais dependem, como disse, a nossa vida, saúde e sobrevivência. É uma relação proveitosa e ocorre por grande parte do corpo: boca, intestino (flora intestinal), etc., daí de dizer que somos, em grande parte, bactéria. Add your question here NÉLIA FERREIRA! Instituto educativo do juncal! juncal! Não é difícil compreender que a afirmação acima enunciada é verdade. Nem todas as bactérias são prejudiciais: a maioria é, inclusive, boa para nós. Bastaria que fosse possível observarmo-nos através de um microscópio de alta resolução para vermos que na nossa pele vivem milhões de bactérias; nos nossos intestinos, outras tantas; e por todo o nosso corpo o cenário repete-se. Não esqueçamos também que, segundo a teoria endossimbiótica, as nossas mitocôndrias teriam sido bactérias autónomas antes de fazerem parte do nosso organismo. Assim sendo, teremos, no mínimo, uma bactéria por cada célula corporal. Somando este já enormíssimo número, perceberíamos que somos mais bactérias do que somos nós mesmos. PEDRO AMARO! didáxis - cooperativa de ensino! riba de ave! Esta afirmação retrata, de facto, uma realidade que é, ainda por muitos, ignorada no nosso país. De facto, para a maioria dos portugueses, as bactérias são vistas como algo negativo, como potencial de provocar doenças mortais. E isso não é, de todo, verdade. Existem bactérias patogénicas para o Homem e bactérias não patogénicas. Estas últimas têm grande utilidade para o Homem, por exemplo auxiliam na produção de inúmeros alimentos e medicamentos que até poderão revelar-se fundamentais no combate a uma outra doença qualquer. Sem contar, claro, com as bactérias que compõem a nossa flora intestinal, sem as quais seria impossível viver. Antagonicamente, ao que se acredita ser “senso comum” entre as massas menos instruídas, as bactérias que “tanto nos tiram saúde” são também as que nos permitem viver. E no futuro talvez nos permitam ainda mais soluções que só agora estão a ser desvendadas. De facto, somos mais bactérias do que somos nós próprios. Rúben Santos! COLÉGIO INTERNATO DOS CARVALHOS! VILA NOVA DE GAIA! A frase acima realça um facto que é, muitas vezes, esquecido pelas pessoas, na sua generalidade, que é o seguinte: existem bactérias patogénicas que são, de facto, prejudiciais ao ser humano. No entanto, também existem, e não em número reduzido, bactérias que nos são favoráveis e sem as quais não poderíamos sobreviver. Ou seja, é importante realçar que estes seres vivos, as bactérias, são benéficos em inúmeras situações, desde a nossa alimentação (dado que o fabrico e diversos produtos, como, por exemplo, o queijo, só é possível devido à “colaboração” e, no fundo, ação de bactérias), à nossa saúde (muitas bactérias vivem no interior do organismo humano, como a E. colli, ajudando o ser humano a realizar ações vitais à sua saúde), entre muitos outros exemplos que poderiam ser referidos. Concluindo, tal como afirmado na revista científica americana, somos mais “bactérias” do que nós mesmos e está na altura de lhes começarmos a dar o devido valor, isto é, a reconhecermos efetivamente o papel tão importante que estes seres vivos desempenham na nossa vida e, ao invés de os considerarmos malignos ou perigosos, sabendo que na realidade alguns o são, tenhamos consciência de que outros também nos são bastante essenciais e, no fundo, parte de nós! TERESA SANTANA! escola secundária de miraflores! algés! O organismo humano vive em simbiose com milhões de bactérias. Aliás, de acordo com o estudo, podemos dizer que, em proporção, temos mais bactérias do que “tecido humano”. No entanto, estes dados não são tão assustadores como parecem! Normalmente, a presença de bactérias no nosso organismo tem uma certa conotação negativa, estando ligado à contaminação e contágio de várias doenças. Porém, a maior parte das bactérias não nos são malignas - pelo contrário! No nosso corpo existem milhões de bactérias que são indispensáveis para o bom funcionamento do nosso organismo. Por exemplo, as bactérias que se encontram no estômago e no intestino. Assim, concluímos que a presença de bactérias no nosso corpo não deve ser motivo de alarme, mas sim sinal de saúde (excetuando, diariamente, os casos de bactérias patogénicas). Inês Coelho! Colégio Valsassina! lisboa! www.esb.ucp.pt X O L I M P Í A D A S D E B I O T E C N O L O G I A www.spbt.pt 2 0 1 4 / 2 0 1 5 !