Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: uma emergência para a

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Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: uma emergência para a enfermagem 1
Ischemic Stroke: an emergency for nursing
Ictus isquémico: una emergencia para la enfermería
Moreira Joane Alves, Silva Sofhia de Paulo Miguel da, Batista Tatiana Cunha2, Brasileiro
Marislei
Spindola3.
Acidente
Vascular
Cerebral
Isquêmico:
uma
emergência
para
a
enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e
Nutrição
[serial
on-line]
2013
jan-jul
4(4)
1-15.
Availablefrom:
<http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>.
Resumo
Objetivo: identificar e descrever o que o enfermeiro pode fazer em um atendimento de
acidente vascular cerebral isquêmico na emergência e urgência. Materiais e Método: estudo do
tipo exploratório, bibligráfico com análise integrativa, qualitativa da literatura disponível em
bibliotecas convencionais e virtuais. Resultados:
compreendeu-se que o trombolítico mais
eficaz e usado para AVCi é alteplase (rt-PA). E que com a educação da população sobre os
primeiros sinais e sintomas do AVC, sendo necessário o atendimento com emergência, de
preferência centro de referência, para haver a diminuição das sequelas. Conclusão: identificouse que a população não está sendo bem informada em relação aos sinais e sintomas, e
também ao atendimento de emergência no acidente vascular cerebral isquêmico.
Descritores: Enfermagem, Acidente Vascular Cerebral, Isquemia, Diagnóstico
Resume
Objective: To identify and describe what nurses can do in an attendance of ischemic stroke in
the emergency and urgent. Materials and Methods: an exploratory study, bibligráfico with
integrative analysis, qualitative literature available in conventional and virtual libraries.
Results: it was understood that the most effective thrombolytic agent for ischemic stroke is
used and alteplase (rt-PA). And that with the education of the population about the early signs
and symptoms of stroke, requiring compliance with emergency preferably referral center, to be
the reduction of sequels. Conclusion: we identified that the population is not well informed
about the signs and symptoms, and also to emergency care in acute ischemic stroke.
Keywords: Nursing, Stroke, Ischemia, Diagnosis
1
Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Urgência e Emergência, turma nº 15, do Centro
de Estudos de Enfermagem e Nutrição/Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
2
Enfermeiras, especialistas em urgência e Emergência, e-mail:[email protected], [email protected],
[email protected]
3
Doutora em Ciências da Saúde – FM-UFG, Doutora – PUC-Go, Mestre em Enfermagem - UFMG, Enfermeira, Docente
do CEEN, e-mail: [email protected]
Resumen
Objetivo: Identificar y describir lo que las enfermeras pueden hacer en una asistencia de ictus
isquémico en la emergencia y urgencia. Materiales y métodos: un estudio exploratorio,
bibligráfico con análisis integrador, la literatura cualitativa disponible en las bibliotecas
convencionales y virtuales. Resultados: se entiende que se utiliza el agente más eficaz
trombolítica para el accidente cerebrovascular isquémico y alteplasa (rt-PA). Y que con la
educación de la población acerca de los primeros signos y síntomas de un derrame cerebral, lo
que requiere el cumplimiento de preferencia centro de derivación de emergencia, como la
reducción de las secuelas. Conclusión: se identificó que la población no está bien informada
acerca de los signos y síntomas, así como para la atención de emergencia en el accidente
cerebrovascular isquémico agudo.
Palabras clave: Enfermería, Stroke, isquemia, Diagnóstico
1 Introdução
Para requisito deste projeto monográfico, foi observado durante a graduação e a pósgraduação, através de leituras e estágios, o grande número de pessoas que sofrem Acidente
Vascular Cerebral (AVC), e que em sua grande maioria o tipo do AVC é isquêmico. O Acidente
Vascular Cerebral, em geral, precisa de atendimento com urgência ou emergência.
O interesse ou motivação deste artigo é poder trazer maior conhecimento do que deve
ser realizado após os sinais e sintomas do AVC para minimizar as sequelas, e a importância no
conhecimento dos sinais e sintomas precocemente.
O Acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral conhecido popularmente, ocorre
quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro
provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada1.
Há dois tipos de AVC, o isquêmico (AVCi) e o hemorrágico (ACVh), sendo o primeiro
tipo com maior número de incidência. O tipo isquêmico é um déficit do fluxo sanguíneo para
uma determinada área cerebral devido à obstrução de uma artéria2. Por isso o AVC deve ser
atendido em caso de urgência ou emergência.
Ao contrário do que se pensa a população, emergência e urgência não possuem o
mesmo significado, vejamos a denominação de cada um: emergência é qualquer condição que
necessite de intervenção imediata3; urgência são todas as situações clínicas de instalação
súbita, desde as não graves até as graves, com risco de estabelecimento de falência de
funções vitais4.
Considerado uma emergência, o acidente vascular cerebral (AVC) é, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a terceira maior causa de morte natural na população
adulta no mundo (atrás do câncer e do infarto)5. Essa doença cerebrovascular atinge 16
milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano, sendo que 6 milhões morrem5.
No Brasil, Segundo o Ministério da Saúde (MS), somente em 2008, mais de 70 mil
brasileiros morreram em decorrência do problema6, aumentando este número no ano de 2010
para 99.159 brasileiros7. Ano passado, foram realizadas 179.185 internações por AVC
(isquêmico e hemorrágico), que custaram R$ 197,9 milhões para o Sistema Único de Saúde8.
No Estado de Goiás, no ano de 2008, de acordo com Instituto Brasileiro Geográfico e
Estatístico (IBGE), obteve-se um total de 5.844.996 como população residente9. Quanto às
internações devido ao AVC, no período de 2005 a 2007, a taxa foi decrescente em Goiás9. O
número de óbitos em Goiás por doenças cerebrovasculares é de 38,9 a cada 100.000
habitantes10. Assim, a estimativa no ano de 2008 é que houve 2.274 mortes de origem
cerebrovasculares no estado de Goiás.
No ano de 2008, de acordo com os dados do IBGE, a população total da cidade Goiânia,
do estado de Goiás, havia 1.265.394 pessoas11. A taxa de mortalidade devido a doenças
cerebrovasculares é de 42,8 por 100.000 habitantes11; então calcula-se que no ano de 2008 o
número de óbitos por patologias de origem cerebrovasculares foi aproximadamente 542
pessoas.
Estudos científicos foram realizados para haver a melhoria no atendimento do paciente
que sofreu um AVC. Embora esses estudos mostram que o uso do trombolítico alteplase (rtPA) no tratamento do AVCi agudo não trouxeram benefícios na diminuição da taxa de
mortalidade, há uma brusca diminuição dos casos de seqüelas por AVCi agudo. Um dos
maiores estudos que obtiveram sobre o AVCi agudo para minimizar as seqüelas foi a
descoberta do ativador de plasminogênio tissular recombinante (rt-PA). Em 1995, o estudo
NINDS acarretou nova perspectiva para o tratamento dos pacientes vítimas de AVCi na fase
aguda2,12.
Também foi criada aqui no Brasil, em 12 de abril de 2012, a Portaria nº 664,
considerando que os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são resultados de
consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade,
nesta portaria contém os tipos de tratamentos por meios de trombolíticos, inclusive consta os
trombolíticos recomendados e os não recomendáveis13.
Como foi dito anteriormente, toda a equipe de saúde do hospital deve ser treinada,
especializada, em AVC. Nesse contexto o Enfermeiro possui um papel importante tanto na
prevenção, quanto no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico agudo. Alguns
destes papéis são: administração de medicamentos14; avaliação para uso da terapia
trombolítica com rt-PA, através da escala de AVC dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA
(NationalInstitutesof Health StrokeScale - NIHSS)2,14; triagem na emergência14; avaliação de
elementos clínicos e neurológicos14; administração de oxigênio nasal14; cuidados para
prevenção da aspiração14; documentar o horário do início dos sintomas14.
Estão dentro dos fatores de risco do AVC a idade, o sexo, o grupo étnico, predisposição
genética,
hipertensão
dislipidemia,
arterial,
tabagismo,
patologias
aumento
da
cardíacas,
homocisteína
sedentarismo, anticoncepcionais, drogas ilícitas
15,16
hemopatias,
diabettes
plasmática,
bebidas
mellitus,
alcoólicas,
. Cabe ao enfermeiro educar a sociedade na
prevenção destes fatores de risco que são modificáveis, ou seja, os fatores de risco que podem
ser evitados.
Há no código de ética da enfermagem alguns artigos, relacionados a toda equipe de
enfermagem, que cabe no atendimento de urgência e emergência de paciente com AVC, e os
que mais cabem ao assunto deste artigo são: o Art. 5º, que cita ser dever do enfermeiro
exercer
a
profissão
com
justiça,
compromisso,
equidade,
resolutividade,
dignidade,
competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.17 Também o enfermeiro deve,
conforme o Art. 14º - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em
benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão17. Isso para que
ele possa, segundo o Art. 17º - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade
a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da Assistência de
Enfermagem. 17
Diante dessas responsabilidades questiona-se: o que o enfermeiro pode fazer em um
atendimento de acidente vascular cerebral isquêmico na emergência e urgência? Em que
concordam os estudos publicados nos últimos dez anos, a respeito do atendimento ao acidente
vascular cerebral isquêmico em emergência e urgência?
Como já se sabe, o AVCi é a obstrução de algum(s) vaso(s) cerebral(is), e essa
obstrução gera alguns danos ao organismo. Assim este estudo pode trazer à ciência
comprovações e ajuda de que o paciente que sofreu um AVC deve ser atendido em caso de
emergência e, de preferência, em local de referência, para que haja um atendimento correto e
com profissionais especializados.
Espera-se que este estudo possa contribuir na enfermagem no âmbito da importância
da prevenção de tal patologia falada, dos cuidados de enfermagem, bem como a educação dos
familiares do paciente que sofreu um AVC. E em especial o papel fundamental do enfermeiro
para efetuar as intervenções.
O conhecimento dos sinais e sintomas de um Acidente Vascular Cerebral é muito
importante para conseguir minimizar as sequelas com o tratamento precoce; isso se deve a
educação corretamente dos profissionais de saúde para com a população quanto sua
importância.
2 Objetivo
Identificar e descrever o que o enfermeiro pode fazer em um atendimento de acidente
vascular cerebral isquêmico na emergência e urgência.
2.2 Objetivos Específicos
Como prevenir o AVC, com os fatores de risco modificáveis;
Identificar corretamente os sinais e sintomas de um AVC;
Compreender por que o AVC deve ser atendido em caso de emergência, de
preferência em centros especializados.
3 Materiais e Método
Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, descritivo com análise integrativa.
O estudo bibliográfico se baseia em literaturas estruturadas, obtidas de livros e artigos
científicos, tais como a LILACS, MEDLINE e SCIELO, (ou outras revistas tais como ARQ
NEUROPSIQUIATR, VER ESC ENFERM USP, etc) utilizando-se as palavras-chave: acidente
vascular cerebral, trombolíticos, encontrou-se 09 artigos publicados entre 2000 e 2013.
Optou-se pela pesquisa em relação à discussão bibliográfica, de acordo com a
metodologia qualitativa, pois este método permite explorar as discussões acerca do tema
importância e leva à reflexão da enorme contribuição da classe como ciência e profissão.
Foram levantados dados sobre os tipos de decisões referentes ao tema utilizadas, através de
análise da ocorrência de casos demonstrados na bibliografia consultada18.
A revisão integrativa é um método de revisão mais amplo, pois permite incluir literatura
teórica e empírica bem como estudos com diferentes abordagens metodológicas (quantitativas
e qualitativas)18. Possui como objetivo, apresentar as fases constituintes de uma revisão
integrativa e os aspectos relevantes a serem considerados para a utilização desse recurso
metodológico19.
Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde,
como exemplo a Biblioteca Virtual de Saúde (Bireme), Google Acadêmico, Sistema LatinoAmericano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde (LILACS), ScientificElectronic
Library online (Scielo), também houve uma busca em biblioteca convencional da Pontifícia
Universidade Católica de Goiás - Goiânia (PUC) sobre o tema escolhido.
Foram utilizados os descritores: enfermagem, acidente vascular cerebral, isquemia,
diagnóstico. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações encontradas. Os
critérios de inclusão foram: serem publicados nos últimos dez anos, porém houve um artigo
que conteve muitas informações que foi publicado em 2000, e responderem aos objetivos do
estudo. Foram excluídos os que não respondiam aos objetivos do trabalho, não continham
informações adequadas.
Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por
meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de
importância e a sintetização destas que visou à fixação das ideias essenciais para a solução do
problema da pesquisa.
Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito
pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios.
Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o
problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de
apontamentos que se referiram a anotações que consideravam o problema da pesquisa,
ressalvando as ideias principais e dados mais importantes.
4 Resultados e Discussão
Pesquisar a respeito da patologia acidente vascular cerebral não é uma prática recente,
porém ainda são poucos os trabalhos e estudos a respeito.
Na medicina chinesa, o AVC é conhecido como ZhongFeng (lesão pelo vento). A
Primeira descrição a respeito do tema foi realizada no Tratado de Medicina Interna do
Imperador Amarelo (Huang Di Nei Jing), há 2.200 anos. A denominação do vento deriva-se da
análise dos sintomas do AVC, pois a mesma caracteriza por seu aparecimento súbito e
características e evolução imprevisíveis; tendo em vista que o vento possui as mesmas
características.
Tendo ainda, o quadro clínico conhecido e suas manifestações prodrômicas: como
tontura, sensação de dormência nos membros, lassidão, alteração de consciência e inquietude
mental. De acordo com o quadro clínico e o grau da gravidade, a lesão pode ser classificada
em:1. ataque aos órgãos internos (Zang Fu): são mais graves, comprometendo o nível de
consciência, e podem ser classificadas em coma ou tipo colapso;2. ataque aos meridianos e
colaterais (JingLuo): são mais leves, representadas pela hemiplegia e paralisia facial20.
O Acidente Vascular Cerebral possui dois tipos: isquêmico e hemorrágico, sendo o
primeiro o tipo mais frequente, atingindo uma taxa de aproximadamente entre 80% e 85%
dos casos.
Os artigos que concordam com essa taxa são oito. Apenas um diz ser 69% do
total. Cinco dos estudos selecionados não colocou a taxa e não abordou qual dos tipos é mais
acometido.
4.1 A prevenção frente aos fatores de risco
Dos vinte e três estudos, treze concordam que a maioria dos casos de AVC é isquêmica,
e pode ser prevenido como descrito a seguir:
Muitos fatores de risco do AVCi contribuem para seu aparecimento. Esses fatores
podem ser divididos em dois tipos modificáveis que são aqueles que pode ter o controle, e os
não modificáveis, não se tem o controle.1
Conforme os artigos, protocolos e cadernos da saúde selecionados se destacam como
fatores de risco modificáveis: seis apontam diabetes mellitus (DM), sete apontam Hipertensão
Arterial (HAS), cinco dislipidemia, três obesidade, três sedentarismo, um dieta pobre em frutas
e vegetais, cinco uso de álcool, quatro tabagismo, três drogas ilícitas, um aumento de
homocisteína plasmática, um nível econômico, um estresse emocional, quatro uso de
contraceptivos orais, cinco cardiopatas, dois hemopatias, dois ocorrência de AIT previamente.
Fatores de risco não modificáveis: quatro idade (mais de 55 anos), três sexo (homens), quatro
raça (afro-americanos), quatro hereditariedade. Tendo como principais fatores de risco a HAS,
as cardiopatias e o diabetes mellitus (DM)16.
A prevenção é a melhor forma que se tem para diminuir o número da incidência, assim
a identificação e o controle dos fatores de risco são essenciais, porém a vida corrida das
cidades grandes, a violência, a deficiência em lazer por parte das cidades, o stress do dia a dia
e a deficiência em medidas educativas à conscientização da população sobre a importância de
manter uma vida saudável com alimentação adequada, eliminação dos fatores de risco
modificáveis e prática regular de exercícios físicos dificulta a redução dos casos de AVCi.
Conclui-se assim que uma boa gerência por parte dos PSF, que é onde se tem um maior
convívio com a população, diminua a incidência da doença, pois educará a sociedade de quais
são os fatores de risco que podem ser extintos de seu cotidiano. Entende-se, portanto, que o
enfermeiro tem um papel importante na prevenção ao AVCi.
Por outro lado, no atendimento de emergência não há tempo suficiente para orientar o
paciente com sintomas de AVC, embora o enfermeiro possa prevenir agravos.
4.2 Os sinais e sintomas devem ser esclarecidos à população
Dentre dos vinte e três estudos observados, são considerados sinais e sintomas,
lembrando que esses variam de acordo com a gravidade:
Inclui como déficits neurológicos do acidente vascular cerebral: dormência ou fraqueza
da face, braço ou perna, principalmente em um lado do corpo; confusão ou alteração no
estado mental; afasia; diplopia, perda da visão periférica, perda de metade do campo visual;
déficits motores (hemiparesia, hemiplegia, ataxia, disartria, disfagia)21.
O acidente vascular cerebral isquêmico pode causar uma ampla variedade de déficits
neurológicos, dependendo da localização da lesão (quais vasos estão obstruídos), tamanho da
área de perfusão inadequada e quantidade de fluxo sanguíneo colateral (secundário ou
acessório)21.
Apesar da importância de detectar os primeiros sinais de AVC, a população de modo
geral desconhece ou confunde-os com um mal estar passageiro e tem dúvidas sobre qual
conduta a ser tomada, demorando o atendimento e com isso dificultando o tratamento correto
que leva a diminuição das sequelas.
Conclui-se que os sinais e sintomas devem ser esclarecidos a população para
identificação imediata da doença e o socorro o mais breve possível, isso irá ajudar a minimizar
as sequelas. Porém as sequelas variam pelo tamanho da lesão, pela área afetada e pela
quantidade de fluxo sanguíneo colateral.
Assim a população também pode contribuir com a redução de agravos se o AVC for
identificado precocemente.
4.3 O acidente vascular cerebral isquêmico deve ser tratado como emergência
Dos vinte e três estudos realizados, treze constatam cerca de 80 a 85% dos casos
apresentam os sintomas e sinais de AVCI. A avaliação inicial do paciente na emergência é
realizada pelo enfermeiro e deve enfocar a avaliação das vias aéreas, circulação, respiração e
sinais vitais a cada 30 minutos e exame neurológico14.
Devem ser tratados como demonstrado a seguir:
Manutenção das vias aéreas: Pacientes com rebaixamento do nível de consciência
(Escala de Coma de Glasgow menor que 8) ou com sinais de comprometimento de tronco
cerebral a intubação orotraqueal deve ser considerada. A manutenção da oxigenação
adequada é importante nos casos de AVC isquêmico, prevenindo a hipóxia22.
A glicemia também deve ser monitorizada. A hiperglicemia pode ser um aumento
transitório na fase aguda do AVC, é comprovadamente prejudicial e deve ser mantida abaixo
de 160 mg%, podendo-se recorrer à utilização de insulina15.
A temperatura axilar também deve ser foco de monitorização, devendo ser tratada se
maior ou igual a 37,5º C13. A hipertemia é outro sinal de mau prognóstico e deve ser
combatida por meios físicos e/ou medicação adequada. Hipotermia leve a moderada tem sido
preconizada como elemento protetor contra a isquemia cerebral. A Monitorização e vigilância
cardiovascular são desejáveis em todos os pacientes, mesmo aqueles com quadro clínico
aparentemente discreto
15
.
A hipertensão entra como sinais e sintomas de um acidente vascular cerebral
isquêmico. A pressão arterial deve manter-se elevada em infartos isquêmicos para otimizar a
perfusão de vasos estenosados e colaterais e assim favorecer um fluxo adequado na área
crítica da penumbra, onde a autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral está alterada. Em
caso de valores extremamente elevados (>200-220 mmHg sistólica ou 120 mmHg diastólica
no AVC isquêmico). Porém, em caso de tratamento trombolítico, deve evitar-se uma PA
sistólica acima dos 180 mmHg
22
.
O acidente vascular cerebral isquêmico deve ser tratado como emergência médica.
Existe uma “janela terapêutica” para o tratamento do AVC, ou seja, um momento ótimo para
intervir nos processos patológico desencadeados pela isquemia cerebral no sentido de
minimizar o dano ao sistema nervoso central23.
Dos estudos observados, todos estão em consenso quanto ao fato de que o AVCi agudo
é uma emergência médica, devendo ser identificado pelos sinais e sintomas, informados pelos
profissionais dos Programa Saúde da Família (PSF). O paciente tem de ser levado
imediatamente, de preferência, ao centro especializado o mais rápido possível pelo socorro que
deve ser acionado, SAMU pelo telefone 192; assim o SAMU fará os atendimentos préhospitalares
para
agilizar
as
ações
do
tratamento
com
o
trombolítico
ativador
do
plasminogênio tissular recombinante (rt-PA), caso seja necessário.
Esse tratamento minimiza as sequelas, porém a “janela terapêutica” é aceita até as três
primeiras horas do início dos sinais e sintomas, conforme é possível verificar nas falas dos
autores abaixo:
A campanha de educação da população é “baseada no reconhecimento do AVC como
uma emergência médica, na importância do controle de fatores de risco (prevenção primária),
identificação dos sintomas iniciais e conduta adequada quando os sinais agudos forem
observados”24.
Em acordo com essa ideia, percebe-se que o atendimento do paciente com AVCi agudo
pelo SAMU “deve se configurar como principal direcionador do fluxo (regulador) logo após o
início dos sintomas”24. Trazendo então maior agilidade no atendimento, pois serão realizados
durante o atendimento pré-hospitalar móvel as ações possíveis e cabíveis até a chegada à
unidade de saúde, havendo no transporte uma “adequada comunicação com as unidades de
emergência para preparar o atendimento aos pacientes”2.
O AVCi agudo é uma patologia onde há obstrução de um vaso no cérebro causando uma
isquemia, e essa isquemia gera uma área de penumbra. A área de penumbra pode ser
revertida, mas “existe uma “janela terapêutica” para o tratamento do AVC, ou seja, um
momento ótimo para intervir nos processos patológicos desencadeados pela isquemia cerebral
no sentido de minimizar o dano ao sistema nervoso central”22. Nessa janela terapêutica “o
tratamento deve ser iniciado em até 3 horas após o início dos sintomas do AVCi, com a
verificação da exclusão da hemorragia intracraniana”25.
Por se tratar de uma doença de emergência médica e ter uma “janela terapêutica” com
um período curto, alguns hospitais não possuem o suporte adequado para receber pessoas que
sofreram AVC, assim a vítima “deve ser admitida em uma unidade de cuidados especializados
em infarto cerebral”26.
O tratamento com trombolíticos são apenas para o AVC do tipo isquêmico agudo, pois
os trombolíticos servem para “dissolverem o coágulo sanguíneo que está bloqueando o fluxo
de sangue para o cérebro”21.
Passando o período máximo da administração do tratamento, que são três horas após o
início dos sintomas do AVCi, não é recomendado o uso do trombolítico pois “os retardos
tornam o paciente inelegível para a terapia trombolítica porque a revascularização do tecido
necrótico (que se desenvolve depois de 3 horas) aumenta o risco de edema e hemorragia
cerebrais”21.
O trombolítico mais efetivo se chama alteplase, porém é importante lembrar que
“alteplase, embora efetiva, não reduz a mortalidade de forma direta; no entanto, atua
eficazmente na funcionalidade dos pacientes pela redução de sequelas”27.
Para o uso do trombolítico há algumas contra indicações incluídas em risco de
hemorragias, e deverá ser excluído do tratamento o paciente que tiver pelo menos uma das
contra indicações seguintes “distúrbios hemorrágicos no momento ou nos últimos seis meses;
pacientes recebendo anticoagulantes orais; história de lesões no sistema nervoso central;
histórico ou suspeita de hemorragia intracraniana e subaracnóidea; hipertensão arterial grave
não controlada; cirurgia de grande porte ou traumatismo grave nos últimos 10 dias;
reanimação cardiopulmonar grave prolongada (2minutos), parto dentro dos últimos 10 dias,
punção recente de vasos não compressíveis (jugular ou subclávia); hepatopatias graves;
endocardite bacteriana, pericardite; pancreatite aguda; doença ulcerativa gastrointestinal nos
últimos três meses; malformações artério/venosas; neoplasia com alto risco de sangramento;
hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula; acidente vascular cerebral grave
demonstrado clinicamente (p. ex. NIHSS > 25) e/ou por técnicas de imagem apropriadas, pois
apresentam alto risco de hemorragia intracraniana e morte; crise convulsiva no início do AVCi;
histórico de acidente vascular cerebral prévio ou traumatismo craniano grave nos últimos três
meses; combinação de acidente vascular cerebral anterior e diabetes mellitus; contagem de
plaquetas menor que 1000.000/mm3; pressão sistólica maior 185 mmHg e pressão diastólica
maior que 110mmHg ou necessidade de terapêutica agressiva para redução da pressão
arterial a esses limites; glicose sanguínea menor que 50 ou maior que 400 mg/dl; pacientes
com idade menor que 18 anos e maior que 80 anos”25.
Ao ser instituído na unidade de saúde especializada ao AVC, o paciente deve receber
alguns cuidados como “monitorar o paciente” (PA não invasiva, monitoração cardíaca contínua,
oximetria, temperatura axilar); glicemia capilar à admissão, monitoração de 4/4h no caso de
glicemia normal à admissão, monitorar de 1/1h se glicemia alterada à admissão; puncionar
acesso venoso calibroso; eletrocardiograma em 12 derivações; coletar hemograma, glicemia,
atividade de protombina, tempo parcial de tromboplastina ativada, plaquetas, sódio, potássio,
creatinina, uréia; solicitar TC crânio sem contraste; aplicar escala do NationalInstitutesof
Health: neurologista, clínico ou enfermeiro; manejo dos parâmetros fisiológicos no AVC
isquêmico” 27.
A escala internacional de acidente vascular cerebral (AVC) do NationalInstituteof Health
(NIHSS Internacional) é uma iniciativa de entidades nacionais e internacionais públicas, assim
como privadas e acadêmicas.
A escala de NIHSS é um instrumento de uso sistemático, o qual possibilita uma
avaliação do déficit neurológico relacionado com o AVC. A mesma foi construída para medição
do estado neurológico inicial nos ensaios clínicos da fase aguda do AVC. Com a evolução da
necessidade na valorização do caráter agudo do AVC busca - se assim, a definição do o
tratamento adequado ao prognóstico do doente21.
Quadro 1 - Escala de AVC do NationalInstituteof Health StrokeScale (NIH)
1.a. Nível de consciência.
1.b. Orientação (realizar pergunta sobre a idade e o mês
que se encontra).
1.c. Comandos (pedir que abra e fecha os olhos, apertar
e soltar a mão).
2.
Motricidade ocular (voluntário ou olhos de boneca).
3.
Campos visuais (estímulo visual, ameaça visual).
4.
Paresia facial (pedir o doente para cerrar os
dentes, fechar os olhos com vigor).
5.
Motor membro superior (força muscular).
6.
Motor membro inferior (força muscular).
7.
Ataxia apendicular.
8.
Sensibilidade dolorosa (use alfinete para testar na
face, tronco e membros, ver assimetria).
9.
Linguagem (descrever figuras, nomear objetos).
10.
Disartria (lendo palavras).
11.
Extinção / negligência (use estimulo visual ou
sensorial duplo)
0 = alerta;
1 = desperta com estímulo verbal;
2 = desperta somente com estímulo dolorosos;
3= respostas reflexas ou ausência de resposta aos estímulos dolorosos;
0 = ambas corretas;
1 = uma questão correta;
2 = ambas incorretas;
0 = ambas corretas;
1 = uma tarefa correta;
2 = ambas incorretas;
0 = normal;
1 = paresia do olhar conjugado;
2 = desvio conjugado do olhar;
0 = normal;
1 = hemianopsia parcial, quadrantanopsia, extinção;
2 = hemianopsia completa;
3 = cegueira cortical;
0 = normal;
1 = paresia mínima (aspecto normal em repouso, sorriso assimétrico);
2 = paresia/segmento inferior da face;
3 = paresia/segmentos superior e inferior da face;
0 = sem queda;
1 = queda, mas não atinge o leito;
2 = força contra gravidade, mas não sustenta;
3 = sem força contra gravidade, mas qualquer movimento mínimo conta;
4 = sem movimentos;
0 = sem queda;
1 = queda, mas não atinge o leito;
2 = força contra gravidade, mas não sustenta;
3 = sem força contra gravidade, mas qualquer movimento mínimo conta;
4 = sem movimento;
0 = sem ataxia (ou afasia, hemiplégico);
1 = ataxia presente em um membro ;
2 = ataxia presente em dois membros;
0 = normal;
1 = déficit unilateral, mas reconhece o estímulo (ou afásico, confuso);
2 = paciente não reconhece o estímulo ou coma;
0
1
2
3
0
1
2
9
0
1
2
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
normal;
afasia leve-moderada (compreensível);
afasia severa (quase sem troca de informações);
mudo, afasia global, coma;
normal;
leve e moderada;
severa ininteligível ou mudo ;
intubado / não estável;
normal;
negligência ou extinção em uma modalidade sensorial;
negligência em mais de uma modalidade sensorial;
(Ministério da Saúde)
Déficit
Déficit
Déficit
Déficit
28
ligeiro
moderado
grave
muito grave
NIHSS
NIHSS
NIHSS
NIHSS
<5
5 – 17
> 17 – 22
> 22
Após ter realizado todos os procedimentos, ter o diagnóstico definitivo de ser um
acidente vascular cerebral isquêmico agudo e estar ainda dentro da janela terapêutica, o
próximo passo é a administração do trombolítico (lembrando ser preferencialmente alteplase)
“0,9 mg/kg (máximo de 90 mg), por via intravenosa, com 10% da dose aplicada em bolus e o
restante, continuadamente, ao longo de 60 minutos”13 (Portaria GM/MS nº 664)
O enfermeiro é o responsável pela triagem dos pacientes para o uso da terapia
trombolítica, administração da medicação, monitorização contínua para a prevenção de
complicações e encaminhamento ao serviço médico, caso necessário29.
Percebe-se, nos estudos acima que o enfermeiro tem um papel importante na
manutenção das vias aéreas, glicemia, temperatura axilar, pressão arterial também devem ser
monitorizadas, ações possíveis e cabíveis até a chegada à unidade de saúde, minimizar o dano
ao sistema nervoso central, comunicação eficaz com a unidade especializada, uso de
trombolíticos, usar o NIHSS Internacional, prevenir complicações e encaminhar ao serviço
médico.
Por outro lado o atraso no atendimento do AVC, pelo atraso do reconhecimento dos
sintomas e até menos por falhas nas unidades de saúde leva a perda da janela terapêutica,
que é fundamental para a mudança da história natural da doença, pois a rapidez na procura
por auxílio médico é diretamente proporcional à gravidade do AVC.
Considerando que o enfermeiro tem um papel importante, tanto na prevenção, quanto
no primeiro atendimento, há que se considerar o AVCi uma emergência de enfermagem.
4.4
Os
principais
exames
complementares
são
eletrocardiograma,
tomografia
computadorizada de crânio e ressonância magnética.
Dentre os vinte e três estudos, todos concordam sobre os exames complementares a
serem realizados nos casos de AVC isquêmico, conforme se verifica a seguir:
Exames Gerais: hemograma, glicemia, uréia, creatinina, sódio, cálcio, níveis séricos de
potássio, coagulograma, ECG, Rx tórax, TC Crânio (em AVCI - Área hipoatenuante, em 50%
dos casos não é visível nas primeiras 24 horas), RM vê mais precocemente.
O eletrocardiograma visa a identificar arritmias causadoras de AVC, enquanto os
exames de sangue avaliarão o grau de coagulabilidade e situações que possam mimetizar ou
agravar um AVC em curso 13.
Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado, mais
disponível e de menor custo para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando
sinais precoces de isquemia em até 67% dos casos nas primeiras 3 horas do início dos
sintomas, e em até 82% dos casos nas primeiras 6 horas do icto13.
Ressonância magnética é bem mais sensível e precisa na identificação e localização da
lesão vascular, especialmente quando são utilizadas técnicas de difusão/perfusão (11), no
entanto, consome um tempo de realização maior que pode ser decisivo para a indicação do
tratamento com trombolítico13.
Imagem hiperatenuante e homogênea dentro do parênquima. Observar extensão para
aparelho ventricular e presença de hidrocefalia; A fase contrastada pode ajudar na etiologia
(más formações, aneurismas, etc). Repetir se houver piora do quadro neurológico, pois pode
haver aumento do volume do hematoma; Realizar angiografia quando suspeita de aneurismas
e más formações artério-venosas(inclusive presença de estenoses e dilatações pode sugerir
vasculite)21.
Feito o diagnóstico, é preciso proceder com a investigação da causa do AVC:
Ecodoppler (cardioembolia); ECG de 24h – Holter (arritmia); Ecodoppler de artérias carótidas,
vertebrais / Doppler intracraniano e angioressonância (estenoses arteriais? êmbolos passando
nas arterias). Angiografia cerebral digital (se HSA) ou angio TC ou angio RM – na mesma
internação. Perfil de auto anticorpos, anticorpo antifosfolípide, pesquisa de trombofilias30.
Diagnóstico Diferencial como Crises epiléticas; Alterações metabólicas (hipoglicemia ou
hiperglicemia, hiponatremia, hipóxia, encefalopatia hepática). Num paciente que tem AVC
antigo e começa com piora dos mesmos déficits é mais provável causa metabólica do que um
novo AVC.Infecções sistêmicas (principalmente em idosos); Neoplasias e infecções do SNC
(primárias ou metastáticas); diferenciar trauma crânio-encefálico de AVCh30.
Por outro lado, nem sempre as unidades possuem equipamentos suficientes para
realizar esses exames e permitir um diagnóstico preciso.
Paradoxalmente, na atualidade, os primeiros socorros ao paciente com suspeita de AVC
não são feitos corretamente, fato este que demonstra a importância do treinamento e correto
preparo dos profissionais de saúde que trabalham em emergência e urgência e a
conscientização da população, sobre a importância de reconhecer os sintomas, levando os
assim, a procurar por um atendimento rápido.
A respeito dessa realidade, apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento do AVC,
alguns pacientes não recebem o tratamento adequado, pois são excluídos do protocolo por
causa da perda de tempo. Esse atendimento pode ser melhorado através do esclarecimento da
população sobre o reconhecimento dos sintomas, necessidade de um atendimento rápido pela
equipe de saúde para que os riscos sejam minimizados e as sequelas diminuídas, reduzindo
assim o índice de mortalidade31.
O profissional tem que estar apto a situações de emergência e identificar os problemas
de saúde do paciente em situação de risco, através de uma reavaliação no quadro do paciente,
com sincronismo e rapidez. Embora, esse profissional de enfermagem estando treinado, pode
fazer esse procedimento em situações emergenciais com muita eficiência e com bastante
agilidade32.
Conclui-se que a população deve estar ciente das limitações das unidades de saúde e
reivindicar melhores condições para enfermeiros e médicos prestarem uma assistência de
qualidade.
5 Considerações finais
O objetivo deste estudo foi mostrar a população o porquê ela deve saber, conhecer e
identificar os primeiros sinais e sintomas. E trazer aos profissionais e a população o que deve
ser realizado no atendimento de urgência e emergência em caso de uma AVCi.
Após a análise dos estudos foi possível concluir que há um consenso dos autores nos
estudos em que a população deve saber os sinais e sintomas iniciais do AVCi, e não só saber
como também que os minutos nesta patologia é fundamental.
Essa educação social é feita em sua grande maioria pelos Postos de Saúde, e que pelo
número da incidência só aumentado isso não está sendo um trabalho bem realizado. O familiar
ou responsável ou a pessoa que está vendo uma pessoa sofrer um AVCi deve chamar socorro
adequado imediatamente, de preferência o SAMU, pois dentro da ambulância o responsável
entra em contato com a unidade de saúde especializada em AVC e também faz os
atendimentos que agilizem as ações na unidade especializada.
No atendimento deve ser feito um diagnóstico imediato com os profissionais
(neurologista, neurorradiologista, departamento de radiologia, equipe de enfermagem e
técnico em eletrocardiograma) já avisados pelo SAMU e que devem estar esperando o
paciente.
Para ter o diagnóstico definitivo deve-se fazer radiografia, tomografia computadorizada
(TC) de crânio, o paciente deve estar dentro da “janela terapêutica”, avaliar o doente com a
escala NationalInstitutesof HealthStrokeScale (NIHSS) se a pontuação for
menor que 22 o
paciente é elegível ao uso do rt-PA. (responder ao objetivo com as categorias que encontrou).
Este estudo possibilitou maior esclarecimento quanto à importância da promoção da
saúde da população, o conhecimento dos primeiros sinais e sintomas do AVCi, marcar o
horário desses sinais, atendimento rápido do acidente vascular cerebral isquêmico agudo, deve
ser atendido pelo SAMU e posteriormente em centros especializados em AVC, quando e como o
trombolítico deve ser usado.
Percebe-se, portanto, a necessidade de mais informações à população quanto essa
patologia, mais centros especializados em AVC, mais profissionais informados e treinados.
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M.
Interação
cuidador
familiar
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pessoa
com
AVC:
autonomia
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