PLANO DIRETOR PAGRISA.cdr

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PLANO DIRETOR
DE FLORESTAS
EMPRESA PAGRISA PARÁ PASTORIL E
AGRÍCOLA S/A
2013 / 2014
SOLUÇÕES TÉCNICAS AMBIENTAIS
DESENVOLVIDO POR: STA - Soluções Técnicas Ambientais l Rua 28 de setembro,1226. Reduto, Belém – PA l www.stambiental.com
Índice
1. INFORMAÇÕES GERAIS
7
2. APRESENTAÇÃO
7
3. OBJETIVO GERAL
8
3.1 Objetivos Específicos
8
4. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
8
5. ACESSO
9
6. DESCRIÇÃO DO MEIO FÍSICO
6.1 Clima
6.2 Geologia
6.3 Relevo
6.4 Topografia
6.5 Solo
6.6 Hidrografia
9
9
9
9
9
9
10
7. DESCRIÇÃO DO MEIO BIOLÓGICO
7.1 Tipologias Florestais Predominantes na Região
7.2 Caracterização da Vida Silvestre
11
11
11
8. MEIO SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE ULIANÓPOLIS
8.1 Histórico
8.2 Caracterização demográfica
8.3 Infraestrutura urbana
8.4 Produto interno bruto
8.5 Educação
8.6 Uso atual da terra
8.7 Saúde
11
11
11
12
12
12
12
12
9. CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES
9.1 Aspectos ambientais e infraestrutura disponível
9.1.1 Fazenda Pagrisa
9.1.2 Fazenda Ipê
9.1.3 Fazenda Granada
9.1.4 Fazenda Elizabeth
9.1.5 Fazenda Sossego
9.1.6 Fazenda Inajá, Catolé e Capinzal
12
12
13
14
15
16
17
18
10. PASSIVOS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS
22
11. ATIVOS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS
22
12. ESTOQUE FLORESTAL POTENCIAL
23
13. PLANO DE PRODUÇÃO FLORESTAL
13.1 Florestas Nativas
13.2 Áreas degradas
13.3 Espécies indicadas para as áreas de reflorestamento
24
24
24
24
14. CENARIO DA ATIVIDADE FLORESTAL NA AMAZÔNIA
14.1 Características da Atividade Madeira no Município de Ulianópolis
14.2 Desempenho do Mercado Brasileiro entre 2003 a 2011
27
27
27
15. MERCADO INTERNACIONAL
31
16. MERCADO NACIONAL
33
17. MERCADO REGIONAL
34
18. CONTRIBUIÇÃO DO SETOR FLORESTAL NO PIB NACIONAL E REGIONAL
34
20. SEGMENTO DE MADEIRA PROCESSADA
35
21. CONSIDERAÇÕES FINAIS
36
16. REFERÊNCIAS
37
Lista de Figuras
Figura 1: Mapa de localização das Propriedades do Grupo Pagrisa.
8
Figura 26: Gráfico de Percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Catolé.
19
Figura 2: Gráfico do Percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Pagrisa.
13
Figura 27: Gráfico de Porcentagem da Cobertura Vegetal Fazenda Catolé.
19
Figura 3: Gráfico do Percentual por tipo de cobertura vegetal na Propriedade Fazenda Pagrisa.
13
Figura 28: Mapa do CAR, unidades de usos do solo da Fazenda Catolé.
19
Figura 4: Mapa do CAR, unidades de usos do solo da Fazenda Pagrisa.
13
Figura 29: Mapa da Cobertura Vegetal da Fazenda Catolé.
19
Figura 5: Mapa de Cobertura Vegetal da Fazenda Pagrisa.
13
Figura 30: Gráfico do Uso do Solo da Fazenda Capinzal.
20
Figura 6: Gráfico do percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Ipê
14
Figura 31: Gráfico da Cobertura Vegetal
20
Figura 7: Gráfico do percentual por tipo de cobertura vegetal na Propriedade Fazenda Ipê
14
Figura 32: Mapa do uso do solo da Fazenda Capinzal
20
Figura 8: Mapa do CAR, unidades de uso do solo da Fazenda Ipê.
14
Figura 33: Mapa da cobertura Vegetal da Fazenda Capinzal.
20
Figura 9: Mapa de cobertura vegetal da Fazenda Ipê.
14
Figura 34 : Gráfico de resumo áreas por unidade de uso do Solo.
21
Figura 10: Gráfico do percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Granada.
15
Figura 35: Gráfico do % de cobertura vegetal por tipologia em cada propriedade.
21
Figura 11: Gráfico Percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Granada.
15
Figura 36: Usos da madeira nativa amazônica pelo setor madeireiro em
Figura 12: Mapa do CAR, Unidades de Uso do Solo da Fazenda Granada.
15
2009 (em milhões de m³ de tora).
Figura 13: Mapa de cobertura vegetal da Fazenda Granada.
15
Figura 37: Quantidade volumétrica (m³) de 20 produtos madeireiros,
Figura 14: Gráfico do percentual das unidades de uso do solo da Fazenda Elizabeth.
16
em 2009. Fonte: SISFLORA (2012).
27
Figura 15: Gráfico do Percentual das unidades de uso do solo Fazenda Elizabeth.
16
Figura 38: Quantidade volumétrica (m³) de 20 produtos, em 2010.
29
Figura 16: Mapa do CAR, Unidades de uso do Solo da Fazenda Elizabeth.
16
Figura 39: Quantidade volumétrica (m³) de 20 produtos, em 2011.
29
Figura 17: Mapa de cobertura Vegetal da Fazenda Elizabeth.
16
Figura 40: Quantidade volumétrica (m³) de 20 produtos em diferentes nos últimos anos.
30
Figura 18: Gráfico de Percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Sossego.
17
Figura 41: Maiores produtores de madeira tropical em tora 2010-2012.
31
Figura 19: Gráfico do Percentual das unidades de uso do solo Fazenda Sossego.
17
Figura 42: Principais importadores de log tropicais 2010-2012.
31
Figura 20: Mapa do CAR, unidades de usos do Solo Fazenda Sossego.
17
Figura 43: Principais países consumidores de madeira tropical serrada.
32
Figura 21: Mapa de cobertura Vegetal da Fazenda Sossego.
17
Figura 44: Principais países exportadores de madeira tropical.
32
Figura 22 - Gráfico de Percentual das unidades de uso do solo na Propriedade Fazenda Inajá.
18
Figura 45: Maiores exportadores de madeira tropical serrada.
32
Figura 23 – Gráfico Porcentagem da Cobertura Vegetal da Fazenda Inajá.
18
Figura 46: Maiores exportadores de madeira tropical compensada.
33
Figura 24 - Mapa do CAR, unidades de usos do solo da Fazenda Inajá.
18
Figura 47: Exportações Brasileiras de Madeira Processada Mecanicamente – 2000 a 2012.
33
Figura 25: Mapa da Cobertura Vegetal da Fazenda Inajá.
18
Figura 48: Exportações Paraenses de Madeira Processada Mecanicamente no
período de 2000 a 2012.
27
34
Lista de Quadros
Quadro 1: Coordenadas de localização das propriedades da Pagrisa.
8
Quadro 2: Acesso as propriedades do grupo Pagrisa.
9
Quadro 3: Área em hectare por tiopoligia vegetal em cada propriedade.
23
Quadro 4: Quantidade Volumétrica de acordo com o destino (vendas internas, vendas para exportação e
vendas para outros Estados), no ano de 2009.
28
Quadro 5: Valor (R$) Volumétrico de acordo com o destino (vendas internas, vendas para exportação e
vendas para outros Estados), no ano de 2009.
28
Quadro 6: Quantidade Volumétrica de acordo com o destino (vendas internas, vendas para exportação e
vendas para outros Estados) no ano de 2010.
29
Quadro 7: Valor (R$) Volumétrico de acordo com o destino (vendas internas, vendas para exportação e
vendas para outros Estados), no ano de 2010.
29
Quadro 8: Quantidade Volumétrica de acordo com o destino (vendas internas, vendas para exportação e
vendas para outros Estados) no ano de 2011.
30
Quadro 9: Valor (R$) Volumétrico de acordo com o destino (vendas internas, vendas para exportação e vendas
para outros Estados), no ano de 2011.
30
Quadro 10: Taxa de Crescimento das Exportações de Madeira Processada Mecanicamente no Brasil, no período de
2000 e 2012.
33
Quadro 11:Informações do Setor Madeireiro do Estado Pará.
34
Quadro 13: Número de empresas, consumo de toras, produção processada, empregos e receita bruta da atividade
madeireira, na Amazônia em 2009.
35
Índice de Siglas e Acrônimos
AIMEX - ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE MADEIRAS DO ESTADO DO PARÁ
PRO-ALCOOL – PROGRAMA NACIONAL DO ÁLCOOL
APP – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
SEMA -PA – SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE
ARL – ÁREA DE RESERVA LEGAL
LAR – LICENCIAMENTO AMBIENTAL RURAL
AUAS – ÁREA DE USO ALTERNATIVO DO SOLO
ARL – ÁREA DE RESERVA LEGAL
CAR – CADASTRO AMBIENTAL RURAL
AUA – ÁREA DE USO ALTERNATIVO DO SOLO
FIEPA – FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ
APP – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANTENTE
IMAZON – INSTITUTO DO HOMEM E MEIO AMBIENTE DA AMAZÔNIA
CRA – COTAS DE RESERVA AMBIENTAL, PMFS - PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL
PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO
PRODES – PROJETO PRODES MONITORAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA BRASILEIRA
PMFS – PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL
SISFLORA – SISTEMA DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE DE PRODUTOS FLORESTAIS
SEMA (PA) – SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE
ITTO – INTERNATIONAL TROPICAL TIMBER ORGANIZATION
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
SFB – SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO
MMA – MONASTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
PLANO DIRETOR DE FLORESTAS
EMPRESA PAGRISA PARÁ PASTORIL E AGRÍCOLA S/A
2013 / 2014
1. Informações Gerais
2. Apresentação
Cliente:
PAGRISA PARÁ PASTORIAL E AGRÍCOLA S/A
Município:
Ulianópolis
Propriedades:
Fazenda Pagrisa; Fazenda Copaíba; Fazenda Granada; Fazenda Ipê;
Fazenda Elisabeth; Fazenda Sossego; Fazenda Inajá, Capinzal e
Catolé.
Responsável Técnico:
STA - SOLUÇÕES TÉCNICAS AMBIENTAIS
Equipe de elaboração:
Raniery Branco
Lívia Teixeira
Vivian Almeida
Deryck Martins
Projeto Gráfico:
Emanoel Pinheiro
A empresa Pagrisa Pará Pastoril S.A. foi fundada em 1967 no município de Ulianópolis, Estado do Pará, tendo como
atividade comercial exclusivamente a pecuária de corte de bovinos. Em 1979 com o advento do Programa Nacional do
Álcool - Pro Álcool iniciou-se o cultivo de cana de açúcar e seu processamento para produção de álcool hidratado. A partir
dos investimentos realizados em tecnologia, a empresa obteve melhoria nos índices de produtividade, estimulando a
expansão do cultivo da lavoura de cana e diversificando sua produção. Este fato estimulou a inauguração em 2006 de
nova unidade industrial destinada a produção de açúcar.
Em seus projetos a PAGRISA busca como premissa a gestão ambiental, através de ações de reaproveitamento de resíduos
orgânicos na fertilização do solo, na proteção dos mananciais de água, na definição de corredores ecológicos e na
manutenção de grandes áreas de reserva florestal. Estas atividades já eram realizadas mesmos antes de serem instituídas
por lei, fato este, que demonstra o compromisso da empresa na adoção de práticas sustentáveis.
Atualmente, o grupo PAGRISA detém oito propriedades sob sua gestão, onde são desenvolvidas atividades como:
pecuária de corte, cultivo de cana-de-açúcar, processamento industrial e manejo florestal.
O Plano Diretor de Florestas da PAGRISA visa identificar o potencial florestal de suas propriedades apresentando um
panorama de oportunidades de mercado disponíveis.
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Quadro 1: Coordenadas de localização das propriedades da Pagrisa.
3. Objetivo Geral
PROPRIEDADE
COORDENADAS
PAGRISA
03°41'22,5'' S ; 47°46'56,4''W
ELIZABETH
03° 26' 49,96”S; 48°01'2,45” W
GRANADA
03° 47' 42,46” S; 47° 07' 48,21”W
INA JÁ
03º 40' 30'' S ; 47º 53' 0'' W
CATOLÉ
03º 38' 30" S ; 47º 53' 30'' W
CAPINZAL
03º 40" 30" S ; 47º 53" 30" W
SOSSEGO
03° 47' 09,45” S; 47° 40' 28,58” W
IpÊ
03° 32' 54,59” S; 47° 49' 51,15” W
Promover o diagnóstico ambiental e apresentar alternativas de uso racional
dos ativos florestais existentes nas propriedades do grupo Pagrisa, visando
produzir sustentavelmente, agregando valor e benefícios sociais.
TOMÉ-AÇU
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
IPIXUNA DO PARÁ
Ÿ Diagnosticar ambientalmente as propriedades;
Ÿ Classificar as florestas quanto ao potencial de estoque;
Ÿ Identificar os ativos florestais e;
Ÿ Apresentar oportunidades de negócios.
PARÁ
TAILÂNDIA
PARAGOMINAS
ELIZABETH
4. Localização Geográfica
As propriedades localizam-se nos municípios de Ulianópolis e Paragominas,
CATOLÉ
INA JÁ
ambos inseridos na mesorregião Sudeste Paraense e na microrregião de
Paragominas, limitando-se ao Norte com o município de Paragominas, ao Sul
IPÊ
CAPINZAL III
MARANHÃO
PAGRISA
com o município de Dom Eliseu, ao Leste com o Estado do Maranhão e a Oeste
novamente com os municípios de Dom Eliseu e Paragominas (Quadro 1 e
SOSSEGO
Figura 1).
ULIONÓPOLIS
Figura 1: Mapa de localização das Propriedades do Grupo Pagrisa (ver mapa detalhado em ANEXO).
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GRANADA
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6.2 Geologia
A estrutura geológica é representada pela formação Itapecuru, do cretáceo, com predominância de arenitos vermelhos, finos, caulícos,
5. Acesso
argilitos e calcário margoso fossilífero. Existe, ainda, a presença de sedimentos do terciário Mioceno (5,3 a 23,7 milhões de anos), com
destaque a cobertura Detrítica-Laterítica e formação Ipixuna-Arenitos caulizados.
O acesso aos empreendimentos é feito através da Rodovia BR 010 no sentido Belém-Brasília, a partir do Km 1565 dobra-se a direita na
vicinal Estrada da Cauaxi, a partir de então conforme distâncias indicadas no Quadro 2 a seguir é possível acessar as propriedades. Excetua-
6.3 Relevo
se a essa rota a Fazenda Elizabeth, localizada no município de Paragominas.
Localiza-se no dessecamento do relevo montanhoso e planalto de solos profundos, com latitude de 4ºN e longitude 16 ºS e altitudes
variando de 100 m a 600m acima do nível do mar. O relevo apresenta tabuleiros relativamente elevados e aplainados, formas colinosas
dissecadas, baixos tabuleiros, terraços e várzea. Morfoestruturalmente faz parte da unidade que se convencionou chamar de planalto
Quadro 2: Acesso a propriedades do grupo Pagrisa.
setentrional do Pará/Maranhão. IBGE (1996).
PROPRIEDADE
ACESSO
6.4 Topografia
PAGRISA
Estradas da Cauaxi, km 22, S/N Ulianópolis – PA.
Topograficamente, o território desse município apresenta quase uma constante em seu nível altimétrico, estando em torno de 130 metros.
ELIZABETH
Rod. BR 010, Km 187, S/N, Paragominas – PA.
A propriedade possui um relevo que vai de praticamente plano a suavemente ondulado.
GRANADA
Estrada da Cauaxi km 60 S/N, Ulianópolis – PA.
6.5 Solo
INA JÁ, CATOLÉ E CAPINZAL
Estrada da Cauaxi, km 40 S/N, Ulianópolis - PA.
Os solos existentes no Município de Ulianópolis incluem o Latossolo Amarelo, textura muito argilosa; o Latossolo Amarelo, textura argilosa.
SOSSEGO
Estrada da Cauaxi , Km 23, S/N, Ulianópolis - PA.
IPÊ
Estrada da Cauaxi Km 52, S/N, Ulianópolis - PA.
Em menores proporções ocorrem os Latossolos Amarelos Distróficos Concessionário Laterítico, Latossolo Amarelo, com textura argilosa,
Latossolo amarelo de textura média e areia quartzosa, em associação. Há presença de solos aluviais e solos hidromórficos indiscriminados
nas áreas de várzea.
6. Descrição do Meio Físico
6.1 Clima
O clima do município de Ulianópolis, onde estão inseridas as propriedades pertencentes ao Grupo Pagrisa, é classificado como do tipo Ami
segundo Köppen (Diniz, 1986). Este tipo é caracterizado por uma precipitação anual média a 2.000 mm. Existe uma curta estação seca,
onde o total de chuvas é inferior a 60 mm. Durante o ano existem dois períodos bem definidos, um nitidamente marcado por fortes chuvas
que inicia em janeiro e prolonga-se até o final de maio e outro caracterizado por uma estação mais quente e menos chuvosa, indo de
junho a dezembro. A umidade relativa é sempre alta, em média 80%. As temperaturas médias mensais apresentam pouca variação durante
o ano, ficando na faixa de 25° a 26 oC).
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6.6 Hidrografia
A malha hidrográfica do município e composta por três bacias principais: a do rio Gurupi, do rio Bananal e rio Bonito. O rio Gurupi possui como principais tributários o igarapé da Prata e rio Gurupizinho,
que tem como afluente o igarapé do Cabeludo. O rio Bananal possui como principais tributários o igarapé do Muturi, o igarapé Pingo de ouro e Igarapé Faiscão. Finalmente o Rio Bonito, que tem como
tributário o rio Anajá.
Uma pequena parte da Fazenda Pagrisa se encontra sob o regime hídrico desta bacia. Porém, a maior parte da propriedade, inclusive a localização da sede e da usina está às proximidades do Rio Inajá,
precisamente em sua margem esquerda, o qual possui nascente dentro da propriedade, e que por sua vez, é fronteira natural dos municípios Ulianópolis-Paragominas, onde percorre em seu leito até
desemborcar no Rio Surubijú, sendo este afluente do Rio capim, principal rio que dá nome a Bacia hidrográfica do Rio capim.
O aquífero Itapecurú, o mais importante na Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental é litologicamente formado por arenitos finos a muito finos, predominantemente argilosos, esbranquiçados,
avermelhados e cremes, com níveis sílticos e argilosos, e grosseiros na base.
A recarga desse aquífero é realizada, principalmente, através de infiltração direta das precipitações pluviométricas e pelos rios que drenam. Apesar da grande área de ocorrência, essa alimentação é, em
parte, prejudicada pelo desenvolvimento de horizontes plínticos, que constituem verdadeiras barreiras hidrogeológicas, fazendo com que o movimento descendente das águas infiltradas seja inibido.
É um dos aquíferos mais explorados da região NE do Pará e NW do maranhão, onde se capta as águas subterrâneas com poços de profundidades que variam, em média, entre 30 e 100 m e vazões de 5 a 12
m³, chegando, excepcionalmente, a atingir mais de 40 m³/h.
Quanto ao que se refere às águas superficiais, a área do empreendimento pertence à Região Hidrográfica Costa Atlântica Nordeste Ocidental, a qual é formada pelas sub-regiões do Atlântico, Gurupi e MojuCapim. As fazendas se encontram na sub-região Hidrográfica Moju-capim, que se destaca pela presença de três importantes bacias que compõe o cenário urbano do norte - nordeste paraense: Guamá, Moju
e Acará.
O rio capim nasce no município de Rondon do Pará, atravessa os municípios de Goianésia e Aurora do Pará. Faz limite natural entre os municípios de Ipixuna e Paragominas e antes de desaguar no rio
Guamá, banha a sede municipal de São Domingos do Capim. Os afluentes do Rio Capim São: Surubijú, Arurandeua e Camaoi, além do Igarapé Grande.
O corpo hídrico mais importante que passa pelo interior da propriedade possui regime hídrico natural anual entre 6,115 e 7,171 m³/s. Transformando estes valores, o rio Inajá possui vazão natural de
22.015,584 e 25.815,744 m³/h ou 528.374,016 e 619.577,856 m³/dia. As demais propriedades pertencentes ao grupo Pagrisa utilizam poços artesianos para o consumo diário pelos funcionários.
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7. Descrição do Meio Biológico
7.1 Tipologias florestais predominantes na região
Este estudo apontou que a maior parte da região do município é formada pelo ambiente
fitoecológico Floresta Ombrófila Densa Submontana, de elevada ocorrência na região amazônica,
que tem como característica ombrotérmica clima de elevadas temperaturas (média variando de 250 a
300C) e de alta precipitação pluviométrica. Apresenta uma vegetação sempre-verde, com árvores de
folhas perenes e raramente caducifólias, um dossel fechado, elevada biomassa e algumas árvores
emergentes, com altura variando de 30 a 50 metros.
Entre as espécies comerciais mais importantes observadas neste ambiente, destacam-se: Maçaranduba (Manilkara
huberi (Ducke) Standl.), Maparajuba (Manilkara paraensis (Huber) Standl.), Angelim vermelho (Dinizia excelsa
Ducke), Ipê (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols), Cupiúba (Goupia glabra Aubl.), Pequiá (Caryocar villosum (Aubl.)
Pers), Tauari (Couratari sp), Acapú (Vouacapoua americana Aubl.), Jatobá (Hymenea courbaril L.) Timborana
(Piptadenia suaveolens) e Faveiras (Parkia spp).
7.2 Caracterização da vida Silvestre
A fauna encontrada nas propriedades é abundante. É possível e fácil encontrar animais como répteis (cobras, lagartos e jabutis,
principalmente), peixes, aves (galinha, peito azul, entre outros), mamíferos (onças, pacas e capivaras, principalmente), anfíbios
(poucas espécies, do grupo dos batráquios, principalmente os anuros), peixes (grupo dos cilídeos, caraídeos, siluformes), insetos
(grupo dos efeméridas, odonatas, ortópteros, isópteros, homópteros, coleópteros, hymenopteros, dípteros, lepdópteros).
Dentro da propriedade, a fauna, assim como a flora, tem atenção especial. Boa parte das áreas de reserva legal mantém as
características da biodiversidade florística e faunística de florestas primárias. Da mesma forma, as áreas de preservação permanente
(matas ciliares) são respeitadas por se tratar da garantia de longevidade de rios, córregos, igarapés, nascentes e, de forma geral, da
garantia de vida local digna aos seres vivos (flora, fauna e homem).
8. Meio Socioeconômico do Município de Ulianópolis
8.1 Histórico
A colonização da área que em 1991 foi transformada no município de Ulianópolis, começou em 1958, quando os pioneiros montaram um
pequeno acampamento sob um pé de Cumarú, próximo a um riacho. O encarregado do acampamento, o engenheiro Bernardo Sayão, ao
ver o pequeno curso d'água pensou tratar-se do Gurupí, rio que estabelece a divisa dos Estados do Pará e Maranhão. Ao saber que era
apenas um afluente do Gurupí, ele chamou o rio de Gurupizinho.
8.2 Caracterização demográfica
O maior crescimento demográfico registrado neste município deu-se no período de 1996 a 2010, passando de 9.699 habitantes para
43.341 habitantes, sendo 28.525 desse total, residente na área urbana e 14.816 residentes na área rural. A densidade demográfica é de
8,52 hab/Km², no censo de 2010, realizado pelo IBGE, sendo 22.209 a população residente de homens e 21.132 residentes mulheres. A
população residente alfabetizada corresponde ao total de 32.137.
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8.3 Infraestrutura urbana
8.6 Uso atual da terra
O fornecimento de energia é realizado pela CELPA, funcionando 24 horas. O abastecimento de água é feito pela COSANPA. Em 2008 foi
As principais atividades em Ulianópolis são: i) a agricultura com produtos de lavouras temporárias; ii) a pecuária e dos derivados dessa
registrada apenas uma unidade gestora para o manejo de águas pluviais, e 1 unidade de manejo de resíduos sólidos para cem mil
atividade e, iii) o extrativismo vegetal.
habitantes. E no abastecimento de água, 1.455 unidades residenciais recebem abastecimento, sendo o volume de água tratada distribuída
Na lavoura temporária, a cana-de-açúcar destacou-se com a maior quantidade produzida, em 2010, com 635.576 toneladas, arrecadando
por dia igual a 520 m³.
um valor total da produção de R$ 25.423. Além deste, a soja (em grão) apresentou quantidade total de 31.312 toneladas e valor total de R$
A demanda residencial é de 6.425,238 Kw/h, distribuídos à 3.858 consumidores. Já a demanda comercial 2.412,018 Kw/h, atende 429
17.222. Além destes, outros produtos como o arroz, o feijão, milho são plantados.
consumidores, enquanto a demanda industrial é de 6.862,370 Kw/h, para 39
Em lavouras permanentes, o coco da baia destaca-se com produção total de 480 toneladas, seguida pela produção de goiaba, com 210
consumidores.
toneladas, produção de banana, com 180 toneladas e pimenta do reino, com 140, esta apresenta o maior valor arrecadado da produção,
A principal rodovia que dá acesso ao município é a PA 125, no trecho da BR-010. Para o
totalizando R$ 840.000.
transporte, o veículo mais utilizado é a motocicleta, crescendo de 790, em 2009 para 1.069,
Na pecuária, os principais rebanhos registrados até o período de 2010 foram os bovinos, com 76.489 cabeças, aves, com 17.043 cabeças,
em 2011, seguido por automóveis com 341e caminhonetes com 203.
suínos, 3.794 cabeças e equinos, com 1.229 cabeças. Já para os produtos de origem animal, os principais produtos comercializados são o
leite de vaca e ovos de galinha. Do período de 2008 a 2010 diminuiu a quantidade produzida de leite de vaca, passando de 3.423 litros
8.4 Produto interno bruto
para 3.265 litros. Entretanto, o valor deste produto foi superior em
2010, correspondendo a R$ 4.766.
Em 2009, este município ocupou a 48ª posição no ranking estadual, com valor de R$
172,815. No setor agropecuário o valor adicionado bruto diminuiu de R$ 51.567 para R$
34.129 no período de 2002 a 2009.
8.5 Educação
8.7 Saúde
Em Ulianópolis existem 30 unidades escolares municipais destinadas para o ensino fundamental sendo registrados 5.494 alunos
No período de 2006 a 2011 foram registrados dois hospitais e três unidades básicas de saúde, apenas uma clínica/ambulatório
matriculados em 2010, 23 unidades para a pré-escola, com 872 matrículas e na esfera estadual e apenas 1 unidade escolar para o ensino
especializados e quatro postos de saúde. Em 2011 foram verificados 176 profissionais na administração direta da saúde, e na esfera de
médio. E para o cargo de docência 151 atuam no nível fundamental e 18 no nível médio. São disponibilizados como suporte ao ensino
empresa privada, o total foi 22. O número de leitos hospitalares foi igual a 71, enquanto para os ambulatórios foi de 6. O total de
fundamental, três bibliotecas e sete laboratórios de informática, enquanto para o ensino médio há uma biblioteca e um laboratório (ODM,
internações cresceu de 1987, em 1997, para 3.648 em 2010.
2012).
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PLANO DIRETOR DE FLORESTAS
EMPRESA PAGRISA PARÁ PASTORIL E AGRÍCOLA S/A
2013
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