NE UROCIÊ NCIA DA APRE NDIZAGE M Prof.ª Daniele Galvão NEUROCIÊNCIA Estuda: O SNC ü Aspectos neuroquímicos ü Biológicos celulares ü Anatômicos ü Fisiológicos ü Psicológicos ü Emocionais ü Sociais ( chave para compreensão do comportamento humano) ü Comportamento ( perceber a si e o outro nas relações) ü NEUROCIÊNCIA e EDUCAÇÃO Promove um diálogo com a Educação ü O caminho para o Professor tornar-se um Mediador ü Instrumentaliza para escolha de recursos que estimulem a pensar sobre o pensar ü Gerar estímulos corretos para : integrar, associar, reconhecer, relacionar, analisar, identificar os conteúdos propostos ü Torna a aprendizagem significativa e prazerosa ü Fornece embasamento para o Educador ü Contribui para uma educação mais justa e menos excludente. ü Teia Complexa COGNIÇÃO MEMÓRIA HABILIDADES APRENDIZAGEM COMPORTAMENTO INTELIGÊNCIA APRENDIZAGEM DO PONTO DE VISTA NEUROCIENTÍFICO Compreender os processos neurológicos ü Conhecer e identificar cada área funcional ü Promover o desenvolvimento dos diversos estímulos neurais que se expõe ü Estabelecer rotas alternativas para aquisição da aprendizagem ü Utilizar dos recursos sensoriais como instrumentos do “pensar “ e “ fazer” ü É possível ressignificar o conceito de aprendizagem ü APRENDIZAGEM SNC PROCESSOS MODIFICAÇÕES TRADUÇÃO/ MODIFICAÇÃO FUNCIONAL OU COMPORTAMENTAL ADAPTAÇÃO COMO RESPOSTA À SOLICITAÇÃO INTERNA OU EXTERNA APRENDIZAGEM ESTÍMULOS CAMPO DE ESTUDO DA NEUROCIÊNCIA ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü BIOLOGIA ANATOMIA FISIOLOGIA FARMACOLOGIA GENÉTICA PATOLOGIA NEUROLOGIA PSICOLOGIA PSIQUIATRIA QUÍMICA RADIOLOGIA EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM HUMANA “ Aprendizagem e Comportamento começam no cérebro e são mediados por processos neuroquímicos” ( Roberte Metring) ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO O NEURÔNIO O NEURÔNIO ü ü ü ü ü ü Unidade básica do SN Aproximadamente 100 bilhões São células com atividade nervosa Recebem e emitem informações à outros neurônios e órgãos Localizados como a massa cinzenta em quase todo o córtex Pode se organizar em gânglios ESTRUTURA NEURONAL CÉLULAS DA GLIA OU GLIÓCITOS Responsáveis por : ü ü ü ü ü Nutrição Sustentação Regeneração Controle do metabolismo neural Encontramos 10 a 15 x mais células da glia que neurônios GLIÓCITOS FISIOLOGIA NEURONAL CORPO CELULAR: Centro metabólico do neurônio ü Síntese de Proteínas neurais ü Junto com os dendritos também é local de recepção de estímulos através de contatos sinápticos ü FISIOLOGIA NEURONAL DENDRITOS: ü ü ü Especializados na recepção de estímulos nervosos Estímulos podem vir do meio ou de outros neurônios Podemos encontrar 100 mil dendritos em um único neurônio FISIOLOGIA NEURONAL AXÔNIO: ü ü ü ü ü Apenas 1 por neurônio Conduz os impulsos elétricos para regiões mais distantes Podem chegar até 1 m de comprimento Revestido por bainha de mielina ( cels de Schwann) Formam os nervos SINAPSES “Fenômeno o qual ocorre transmissão de informações entre as terminações dos axônios de um neurônio e os dendritos de outro” Podem ser: ü ü Elétricas Químicas SINAPSE ELÉTRICA São menos comuns ü Acontecem em sistemas mais especializados como coração e músculos ü Não podem ser interrompidos ü Informações passam diretamente de um neurônio a outro ü É super rápida ü Não precisa de mediadores. ü SINAPSE QUIMICA ü ü ü São mais comuns É mais lenta Dependem de mediadores químicos NEUROTRANSMISSOR • • • Os neurotransmissores são substâncias químicas liberadas pelos neurônios e utilizadas para a transferência de informações entre eles. É uma substância química que carrega mensagens entre diferentes células. Essas substâncias são necessárias não somente para as funções do cérebro e do corpo, mas também a falta ou excesso delas pode produzir problemas de comportamento. Neurotransmissores A atuação de neurotransmissores reflete a grosso modo o estado emocional (sensações, pensamentos...), comportamental e de aprendizado e memória do indivíduo. Funções específicas de alguns neurotransmissores. Endorfinas e Encefalinas Bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésicos. Dopamina • Dopamina Neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de satisfação e prazer. Esta área do córtex está envolvida em várias funções cognitivas, memória, planejamento de comportamento e pensamento abstrato, assim como em aspectos emocionais, especialmente relacionados com o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas SEROTONINA • Regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados GABA (ácido gama-aminobutirico) Principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele está presente em quase todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie conforme a região. Está envolvido com os processos de ansiedade. Hormônio e neurotransmissores O sistema endócrino , bem como os neurotransmissores, , atua como sinalizador do que esta acontecendo no meio externo e transmite mensagens adaptativas de respostas para o meio interno e para o sistema emocional. CURIOSIDADES O cérebro consome cerca de 5g de glicose/h e aproximadamente 20% do Oxigênio de respiramos. ü Temos aproximadamente 100.000 dendritos e cada dendrito faz 10.000 sinapses ü O SISTEMA NERVOSO ü ü ü ü ü ü Recebe estímulos Analisa Processa informações Executa ações em prol do organismo Controla as funções orgânicas Possui funções: Ø Ø Ø Sensitivas Integradoras Motoras DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO DIVISÕES DO SNC DIVISÕES DO DIENCÉFALO DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO DIVISÕES DO SNP O SISTEMA NERVOSO CENTRAL Associado as questões: ü ü ü ü ü ü ü ü ü Do processamento de dados e informações Geração de soluções Comportamentos Memória Julgamentos Planejamentos Organização Nele chegam as informações relacionadas aos sentidos Dele partem as ordens destinadas aos músculos, órgãos e glândulas A MEDULA ESPINHAL ü ü ü ü ü ü ü Porção alongada do SNC Alojada no interior da coluna vertebral Tem aproximadamente 44 a 46 cm no adulto Dela surgem os gânglios nervosos Papel principal de levar informações eletroquímicas dos terminais nervosos para o encéfalo e deste para os terminais nervosos Podem dar conta de comportamentos mais simples como os reflexos Nos comportamentos mais complexos ( envolvendo áreas diferentes do sistema sensorial e motor) o cérebro é acionado. ENCÉFALO ü ü Constituído do córtex cerebral Localizado na caixa craniana CÉREBRO HIPOTÁLAMO E NCÉ FAL O TÁLAMO CEREBELO PONTE BULBO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO ü ü Associado ao trânsito de informação eletroquímica elaborada pelo SNC para as partes do organismo Constituído de : Ø Ø Ø Fibras nervosas Gânglios nervosos Órgãos terminais SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO O SNP está associado ao trânsito da informação eletroquímica elaborada no SNC às várias partes do organismo e destas ao SNC. O SNP pode ser divido em Somático (SNS) eAutônomo (SNA). SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO ü ü Tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. Ele é constituído por fibras motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos esqueléticos. Está encarregado de controlar todos os movimentos voluntários e intencionais. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Regula o ambiente interno do corpo ü Controla as ü SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ü O Sistema Nervoso Autônomo ainda pode ser dividido em Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (SNAp), Simpático (SNAs) e Entérico ou Visceral. Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAs) ü ü Responsável pela estimulação de ações orgânicas que permitem a esse organismo responder adequadamente às situações de estresse. Exemplo: aceleração dos batimentos cardíacos e a dilatação da pupila Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (SNAp), ü ü Responsável pela estimulação de ações orgânicas que coloquem esse organismo em situação de repouso e calma. Exemplo: desaceleração dos batimentos cardíacos e a contração da pupila SISTEMA NERVOSO VISCERAL ü É constituído de uma rede de neurônios que integram o sistema digestivo – trato gastrointestinal, pâncreas e vesícula biliar. Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático RESUMO EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü ü ü ü ü Evolutivamente permite rápidas modificações de comportamento em relação ao meio. Função de aprender a modificar o meio e adapta-se Postura bípede foi possível através da reestruturação do encéfalo. Aumento do córtex visual em função da perda de agilidade com a evolução quadrúpede. Aprimoramento da função visomotora para controle motor da mão Desenvolvimento da orofaringe para facilitar para facilitar a ingestão de frutas e animais. O cérebro criou uma área para essa nova aprendizagem e controle de movimentos EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü ü ü ü ü Vocalização começa a ser aprimorada para garantir as relações sociais, sobrevivência do grupo. Sons guturais, grunhidos, gemidos evoluem para símbolos que se tornam palavras. A essa altura a cabeça está mais acima do corpo A energia solar pode aumentar a temperatura intracraniana Para atender as necessidades das células nervosas, com o aumento energético do consumo de glicose e aumento da temperatura, criouse um serviço de irrigação para resfriar, o líquor. Com isso foi possível aumentar a quantidade de circuitos neuronais EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü ü ü ü Com isso, favoreceu o processamento de informações Melhora a resolução de tarefas Diminuiu a possibilidade de morte neuronal Com a postura bípede foi preciso estreitamento da bacia . Dessa forma o cérebro não poderia crescer muito para o feto poder atravessar o canal de parto. O nascimento de um cérebro imaturo tem a vantagem de poder ser moldado ao meio, desenvolver plasticidade, garantir condições de sobrevivência. EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü ü ü ü ü Passou a ter necessidade de maior proteção e cuidados por parte de seus pais. Necessidade de criação de uma estrutura familiar Tornou-se fundamental a socialização, laços mais favorecidos Nessa altura o cérebro já depende uma cultura que o alimente de normas e regras Quanto mais complexa a cultura, maior a rede neuronal necessária para lidar com os problemas dessa cultura A aprendizagem relacional e cultural parece ser uma das primeiras formas de enriquecimento cerebral EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü ü ü Deixamos a força bruta e passamos a depender da inteligência para sobreviver. O cérebro precisou ser moldado. A comunicação eficiente para transmitir soluções adaptativas Protegidas pelos mais velhos, as crianças poderiam brincar, jogar ... EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO Um processo que levou aproximadamente 4 milhões de anos.... EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü ü ü ü ü Desde o início da evolução os mecanismos de luta e fuga norteiam a vida ( SNAs e SNAp) Primitivamente estamos aptos a identificar ambientes hostis Identificamos se é preciso fugir, enfrentar... Também identificamos ambientes favoráveis ao desenvolvimento, aprendizado ao prazer e desencadeamos comportamento de aproximação. Dor, medo, agressividade, luta, prazer são mecanismos criados pela Natureza para dar conta nessas circunstâncias O SN é um canal de comunicação entre a vida mental e orgânica. EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü Informações transitam pelo cérebro gerando comportamentos Foi criado para processar informações e gerar respostas comportamentais visando adaptação. Tudo começou pelo ARQUIPÁLIO Conserva os instintos de: Ø Ø Ø Autopreservação Acasalamento luta – agressividade EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü A Natureza foi aumentando a complexidade e colocando o animal em condição de sentir e expressar emoções, o PALEOPÁLIO Devemos tomar cuidados para não virarmos vítimas do PALEOPÁLIO reagindo emocionalmente sem controle da razão. EVOLUÇÃO DO ENCÉFALO ü ü Até que surgiu o NEOPÁLIO ou NEOCÓRTEX. Veio da necessidade de planos mais elaborados de sobrevivência e em manipular o meio em que vive E NCÉ FAL O X CÉ RE BRO E ncéfalo: tudo que está dentro da caixa craniana Cérebro: é um componente do E ncéfalo E NCÉ FAL O • • O encéfalo é constituído do córtex cerebral -popularmente conhecido por cérebro, ponte, hipotálamo, tálamo, bulbo e cerebelo. É o centro nervoso de todos os animais vertebrados e de alguns invertebrados. TRONCO CE RE BRAL ü ü É a parte que fica entre a medula espinhal e o cérebro, e onde encontra-se fixado o cerebelo. É composto do bulbo, ponte e mesencéfalo. BUL BO ü ü Órgão condutor de impulsos nervosos, região que está mais próximo da medula espinhal. As informações genéticas adaptativas que dizem respeito a sobrevivência e a procriação da espécie estão aqui armazenados. BUL BO ü ü ü Pressão sanguínea, ritmo cardíaco, respiração e dor são alguns dos sistemas vitais aqui controlados. Possui núcleos que presidem mecanismos homeostáticos Lesões no bulbo podem interromper a sinais neurológicos para manutenção de sinais vitais PONTE ü ü Intermediária entre o cérebro e o cerebelo para um adequado controle de movimentos voluntários pretendidos. Na ponte ocorre a inversão de lateralidade. ME SE NCÉ FAL O Controla algumas funções importantes como: ü ü ü Regulação dos estados de sono ou vigília; Transforma os impulsos do nervo ótico nas imagens que enxergamos; Recepção e coordenação de informações posturais CE RE BE L O ü ü ü O cerebelo é responsável pela manutenção do equilíbrio e pelo controle do tônus muscular. Parece armazenar um conjunto de procedimentos repetitivos, sequencia de atividades motoras, tudo o que faz sem pensar. Importante o treino regular SISTE MA L ÍMBICO É constituído principalmente por: ü Amigdala ü Hipocampo ü Tálamo ü Hipotálamo SISTE MA L ÍMBICO ü ü Centro das funções afetivas Permite decidir o que agrada e não agrada propiciando afastamento e aproximação ü Comanda comportamentos ligados a sobrevivência ü Possui massa neuronal que forma os estados emocionais ü ü Seu funcionamento interfere positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulação metabólica No ventre o feto já faz registros emocionais Amigdala ü ü São duas, uma para cada hemisfério cerebral. É o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o homem em sinal de alerta ou em estado de relaxamento. HIPOCAMPO ü ü ü As memórias de longa duração estão diretamente envolvidas com esse centro É uma espécie de fixador de dados a serem lembrados. Permite que possamos comparar experiências anteriores com atuais. TÁL AMO ü ü ü Principal receptor de toda a informação sensorial. Passam pelo tálamo antes de seguir seu caminho à outras áreas Traumas emocionais podem interferir nessa retransmissão HIPOTÁL AMO ü ü ü Considerada a parte mais importante do sistema límbico. Controla os comportamentos envolvidos com prazer ou raiva, permitindo o sentimento de aversão ou não Principal centro integrador das funções viscerais e um dos responsáveis pela homeostase corporal. CÉ RE BRO ü ü ü ü O cérebro é o órgão mais precioso, o mais evoluído no organismo humano. No adulto tem 1,3 a 1,6 Kg O tamanho não interfere na sua funcionalidade. O que importa é a quantidade de sinapses que os neurônios são capazes de realizar CÉ RE BRO ü As sinapses vão determinar o funcionamento das funções complexas: Ø Memória Ø Atenção e concentração Ø linguagem Ø Percepção Ø Pensamento Ø Representações Simbólicas CÉ RE BRO ü ü ü ü É a sede do entendimento Sem ele não haveria funções complexas Está dividido em dois hemisférios: direito e esquerdo E também em lobos: frontal, temporais, parietal e occipital. CÉ RE BRO ü ü ü O CORTE X CE RE BRAL é a camada que recobre o cérebro. Com a evolução o cérebro desenvolveu-se e sua superfície cresceu de maneira surpreendente. Para caber dentro do crânio o córtex teve que se dobrar formando pregas e originando os diferentes lobos que são Áreas associativas do CÓrtex Cerebral ü ü O córtex cerebral é organizado em áreas funcionais que assumem tarefas receptivas, integrativas ou motoras no comportamento. São responsáveis por todos os nossos atos conscientes. L OBO OCCIPTAL ü ü O lobo occipital recebe e processa informações visuais. Desde o nascimento deve estimular a criança a usar o Sist. Visual L OBO TE MPORAL ü ü Neurônios dessa area estão preparados para decodificarem e reconhecerem de tons específicos e intensidade dos sons. Também exibe um papel na organização da memória. L OBO PARIE TAL Seus neurônios são especializados em decodificar impulsos táteis e proprioceptivos. ü Também responsáveis em decodificar impulsos do Sist. Gustativo. ü Relacionado a compreensão da linguagem ( porção inferior unida a porção superior do lobo temporal). ü O Estímulo envolve sensibilização do corpo. ü ÁRE A DE WE RNICKE Localizada na convergência entre os lobos occipital, temporal e parietal. ü Papel importante no discurso ü Por meio dela compreendemos o que os outros dizem ü Nos permite organizar palavras que devem ser ditas. ü L OBO FRONTAL ü ü Acima da testa está o lobo pré frontal mais comprometido com a recepção de estímulos, decodificação e armazenamento da informação. O lobo frontal está envolvido com planejamento e execução de comportamentos, julgamentos e solução de problemas L OBO FRONTAL ü ü ü Última área que se completa no desenvolvimento, demora mais a ser mielinizada e terminar a arquitetura funcional. Seu funcionamento demanda de informações armazenadas em outras áreas cerebrais Regula, coleta, organiza informações codificadas e armazenadas pelos outros lobos, produz respostas, comportamentos DIVISÕE S FUNCIONAIS DO L OBO FRONTAL ü CENTRO MOTOR PRIMÁRIO ü CENTRO PRÉ MOTOR ü CORTÉX PRÉ FRONTAL Córtex pré frontal ü ü Ø Ø Ø Possui neurônios especializados em funções nobres Local onde as funções mentais superiores são realizadas: Planejamento Julgamento Controle Córtex pré frontal funções mais específicas Criação de estratégias ü Elaboração de pensamento abstrato ü Organização da fluência da linguagem, pensamento, julgamento, censura moral e social, controle e exercício da vontade, da determinação, atenção e concentração, controle de reações emocionais e respostas afetivas, avaliação de resultados, reorganização de estratégias e planejamentos para cumprimento de um objetivo ü Soluções do cérebro são baseadas em aprendizados anteriores armazenadas e acessadas ü “ Se quiser realmente que uma criança aprenda, desafie ela.” ( Jean Piaget) CÓRTE X PRÉ MOTOR e motor primário Recebe os planejamentos do córtex pré frontal e determina as áreas motoras que deverão ser acionadas ü O córtex motor primário é acionado para que as instruções cheguem aos terminais nervosos relacionados ao movimento ou comportamentos. ü O córtex motor primário cuidará da ação concreta em parceria com o cerebelo e o tronco cerebral para distribuição de informações, regulação do tônus e organização endócrina necessária ü A Área de Broca está localizada no córtex motor primário ü CÓRTE X PRÉ MOTOR e motor primário ÁRE A DE BROCA Localizada no córtex motor primário ü Responsável pela organização dos movimentos necessários à produção da escrita e da linguagem falada. ü Organiza-se geralmente no hemisfério esquerdo. ü Funciona em um circuito integrado a Área de Wernicke ü E SPE CIAL IZAÇÃO CE RE BRAL O cérebro possui dois hemisférios: o direito e o esquerdo. Cada um, com sua especialização. • • Hemisfério esquerdo: É o hemisfério da lógica Hemisfério direito: É o hemisfério intuitivo Hemisfério esquerdo Hemisfério direito Verbal: usa palavras para nomear, descrever e definir; Não-verbal: percepção das coisas com uma relação mínima com palavras; Analítico: decifra as coisas de maneira seqüencial e por partes; Sintético: unir coisas para formar totalidades; Utiliza um símbolo que está no lugar de outra coisa. Por exemplo o sinal + representa a soma; Relaciona as coisas tais como estão nesse momento; Abstrato: extrai uma porção pequena de informação e a utiliza para representar a totalidade do assunto; Analógico: encontra um símil entre diferentes ordens; compreensão das relações metefóficas; Temporal: se mantem uma noção de tempo, uma seqüência dos fatos. Fazer uma coisa e logo outra, etc.; Atemporal: sem sentido de tempo; Racional: extrai conclusões baseadas na razão e nos dados; Não-racional: não requer uma base de informações e fatos reais; aceita a suspensão do juízo; Digital: utiliza números; Espacial: ver as coisas relacionadas a outras e como as partes se unem para formar um todo; Lógico: extrai conclusões baseadas na ordem lógica. Por exemplo: um teorema matemático ou uma argumentação; Intuitivo: realiza saltos de reconhecimento, em geral sob padrões incompletos, intuições, sentimentos e imagens visuais; Linear: pensar em termos vinculados a ideias, um pensamento que segue o outro e que em geral convergem em uma conclusão; Holístico: perceber al mesmo tempo, concebendo padrões gerais e as estruturas que muitas vezes levam a conclusões divergentes. PL ASTICIDADE CE RE BRAL • É a denominação das capacidades adaptativas do SNC – sua habilidade para modificar sua organização estrutural própria e funcionamento. É a propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta à experiências. Cérebro também precisa de exercício O cérebro necessita de • estímulos. As células nervosas quando excitadas produzem neurotrofinas, moléculas que estimulam seu crescimento e reação. Plasticidade cerebral • Todo ser vivo dotado de um sistema nervoso é capaz de modificar o seu comportamento, que é chamado de APRENDIZADO, e ocorre no sistema nervoso através da propriedade chamada PLASTICIDADE CEREBRAL. PL ASTICIDADE CE RE BRAL • A relação que o ser humano estabelece com o meio produz grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a vida. PL ASTICIDADE CE RE BRAL • A cada nova experiência do indivíduo, portanto, redes de neurônios são rearranjadas, outras tantas sinapses são reforçadas e múltiplas possibilidades de respostas ao ambiente tornam-se possíveis. PL ASTICIDADE CE RE BRAL A Aprendizagem é plasticidade! Plasticidade Sináptica • Consiste na capacidade de rearranjo por parte das redes neuronais, ou seja, perante cada experiência do indivíduo, as sinapses são reforçadas, permitindo a aquisição de novas respostas ao meio ambiente. PL ASTICIDADE • A plasticidade neural é a capacidade do cérebro em desenvolver novas conexões sinápticas entre os neurônios a partir da experiência e do comportamento do indivíduo. A partir de determinados estímulos, mudanças na organização e na localização dos processos de informação podem ocorrer. NE UROPL ASTICIDADE E OS PROCE SSOS DE APRE NDIZAGE M • Importante refletir sobre a relação entre a neuroplasticidade e os processos de aprendizado, instigando os professores do a compreender e utilizar as conexões neurais e a plasticidade cerebral como ferramenta para a formação de seus alunos. COMO O CÉREBRO APRENDE? FUNÇÕES COGNITIVAS Funções cerebrais básicas que permitem a recepção e o processamento de estímulos e as respostas aos mesmos. PENSAMENTO • • Possibilita a elaboração do raciocínio e da emoção, atributos que encontram sua máxima expressão na espécie humana. É definido como a capacidade psicocognitiva para a resolução de problemas novos utilizando a experiência que a pessoa O QUE É APRENDER? • O aprendizado integra o cerebral, o psíquico, o cognitivo e o social. Portanto, é um processo neuropsicocognitivo que ocorrerá num determinado momento histórico, numa determinada sociedade, dentro de uma cultura particular. APRENDIZAGEM • A aprendizagem supõe uma construção que ocorre por meio de um processo mental que implica na aquisição de um conhecimento novo. É sempre uma reconstrução interna e subjetiva, processada e construída Plasticidade cerebral Aprender: muda o nosso cérebro até o último momento da nossa vida! A aprendizagem provoca uma atividade cerebral, ou seja uma troca de estímulos entre NE URÔNIOS através das SINAPSE S que transmitem impulsos elétricos. 1 neurônio = 1.000 a 10.000 sinapses ETAPAS COGNITIVAS • É realizado 4 grandes etapas cognitivas durante qualquer processo de aprendizagem. ETAPAS COGNITIVAS • • • 1 – PERCEPÇÃO: recebe a informação, dando-lhe um significado 2 – MEMÓRIA: registra essa informação, pelo menos de forma temporária 3 – FUNÇÕES EXECUTIVAS: processa os elementos dessa informação, correlacionando-os com mudanças previamente SENSAÇÃO Fenômeno fisiológico de ligação do organismo com o meio através dos órgãos sensoriais 1-PERCEPÇÃO ü ü ü Constitui-se na tomada de consciência relativa a sensações em progresso. A eficiência da percepção depende de que o aparato neurológico seja capaz de converter, adequadamente, as sensações em impulsos elétricos. Apesar de ser um 2-MEMÓRIA • • È a capacidade de reter informações recebidas do meio externo e acessar informações previamente armazenadas. É a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio de movimentos e dos sentidos. Essas representações são FORMAÇÃO DAS MEMÓRIAS O início da formação das • memórias se dá na fase conhecida por aquisição e que consiste na chegada das informações aos sistemas sensoriais na forma de estímulos. • Os dados que chegam ao cérebro são, então processados em diferentes regiões e resultam em memórias. MEMÓRIA • • A memória nos possibilita recordar nosso passado. Sem ela cada experiência seria vivenciada como algo novo. É imprescindível no processo de aprendizagem. MEMÓRIA E APRENDIZAGEM • A memória não está localizada em uma estrutura isolada no cérebro; ela é um fenômeno biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas cerebrais que funcionam juntos TIPOS DE MEMÓRIA: Memória de Trabalho : “Aqui eAgora” Durante o processamento de informações, como ocorre durante uma conversa ou leitura, a memória de trabalho encarrega-se de focalizar as informações que estão sendo utilizadas, automática e eventualmente e, além disso, ela poderá ou não utilizar lembranças evocadas de outras memórias já armazenadas TIPOS DE MEMÓRIA: Memória Recente ou Memória de curta Duração • É aquela em que a retenção de informação dura pouco tempo e pode ser comprometida em vários processos patológicos. A memória recente depende do sistema límbico envolvido nos processos de retenção e consolidação de informações novas . TIPOS DE MEMÓRIA: Memória Permanente ou De Longa Duração É aquela em que os fatos podem permanecer por anos. Ela é estável e mantém-se inalterada. 3 – FUNÇÕES EXECUTIVAS • São o conjunto de habilidades que permitem o desempenho de ações voluntárias orientadas para metas (intelectuais e emocionais). FUNÇÕES EXECUTIVAS • As funções executivas compreendem um conceito neuropsicológico que se aplica às atividades cognitivas responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas. Elas incluem o raciocínio, a lógica, a estratégias, a tomada de decisões e a resolução de problemas. FUNÇÕES EXECUTIVAS • São os mecanismos utilizados pelo cérebro para “orquestrar” o funcionamento das diversas habilidades mentais, otimizando seu desempenho. FUNÇÕES EXECUTIVAS • São um conjunto de habilidades cognitivas que permitem ao indivíduo iniciar e desenvolver uma atividade com o objetivo final determinado. FUNÇÕES EXECUTIVAS • As funções executivas são, portanto, determinantes da capacidade de aprendizagem. Embora haja relação entre o nível intelectual e a capacidade de aprendizagem, é possível que a criança portadoras de inteligência normal e problemas com função executiva, tenham baixo rendimento acadêmico. 4 – FUNÇÕES EXPRESSIVAS • A linguagem é colocada como uma função expressiva, pois todos os processos cognitivos acabam sendo mediados por uma linguagem, uma vez que o pensamento humano é simbólico. FUNÇÕES EXPRESSIVAS • O cérebro transforma sentimentos, desejos e palavras, a fim de falar de si para si e para outrem, bem como receber informações. LINGUAGEM • A aquisição da linguagem exige a coordenação de várias funções e aptidões, como também a intervenção de diferentes órgãos. LINGUAGEM • • Por um lado está ligada a evolução e maturação cerebral e ocorre com base na coordenação dos órgãos bucofonatórios. Por outro lado esta aquisição não ocorre como um fato isolado: ocorre intimamente relacionada FUNCIOMENTO COGNIIVO • Elementos importantes: - Curiosidade - Criatividade - Autonomia O Aprendente é o “sujeito cerebral” ATENÇÃO • É a capacidade de selecionar e manter controle sobre a entrada de informações externas necessárias em um dado momento para a realização de um processo mental. ATENÇÃO • • É uma condição básica para o funcionamento dos processos cognitivos, já que envolve a disposição neurológica do cérebro para a recepção dos estímulos. Refere-se à maneira na qual a pessoa coloca em funcionamento uma sequencia de processos frente ATENÇÃO O processo atencional segue um desenvolvimento progressivo até converter-se num processo complexo que abrange o neurológico, psicológico e cognitivo. Sem a atenção a memória e a aprendizagem não poderia acontecer. ATENÇÃO • É uma habilidade cognitiva indissociável de um conjunto mais amplo de funções denominadas executivas. VIGILÂNCIA • É um estado de prontidão para detectar e responder a certas alterações específicas na situação de estímulo. Essas situações não exigem um raciocínio do que deve ser feito diante do estímulo, apenas uma execução eficiente de atos ATENÇÃO PASSIVA • Se refere a atividades mentais ou psicomotoras que estejam sendo desenvolvida de forma automatizada, sem nos darmos conta ativamente das mesmas, mas, ao mesmo tempo, estando conscientes de sua ATENÇÃO ATIVA • Para o desempenho de uma atenção propriamente dita (ativa), é essencial que o indivíduo esteja alerta e consciente. Entende-se como o estado de ativação de um indivíduo prestar atenção. ATENÇÃO SUSTENTADA • • É mantida durante um longo período e direcionada a um foco. É o mesmo que concentração. ATENÇÃO SELETIVA • É a capacidade de direcionar a atenção para determinado foco do ambiente enquanto outros estímulos à sua volta são ignorados ATENÇÃO DIVIDIDA OU ALTERNÂNCIA • A capacidade de atender a duas ou mais fontes de informações simultaneamente. Fatores que podem interferir na atenção: • Interesse • • • • Complexidade da tarefa Número de estímulos simultâneos Método pedagógico utilizado INTELIGÊNCIA E AFETIVIDADE NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM • As emoções são conjuntos de reações químicas e neurais que ocorrem no cérebro emocional e usam o corpo como “teatro” ocasionando até as reações viscerais, que afetam os órgãos internos. EMOÇÕES São fontes valiosas de informações e ajudamnos a tomar decisões. INTELIGÊNCIA • É a habilidade de se adaptar efetivamente ao ambiente, seja fazendo uma mudança em nós mesmos ou mudando o ambiente ou achando um novo ambiente. INTELIGÊNCIA • Inteligência não é um processo mental único, mas sim uma combinação de muitos processos mentais dirigidos a adaptação efetiva do ambiente. RAZÃO E EMOÇÃO Três pontos fundamentais: - - - A emoção exerce influência nos processos de raciocínio; Os sistemas cerebrais destinados à emoção estão intrinsecamente enredados aos sistemas destinados à “razão”; A mente não pode ser RAZÃO E EMOÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM • • O grande desafio da sociedade da informação é estimular uma saudável relação emocional tanto quanto racional com as informações. Sentir com a cabeça e pensar com o coração é colocar-se em ação diante das informações. O PAPEL DA EMOÇÃO NAS FUNÇÕES CEREBRAIS Temos duas memórias, uma que se emociona, sente, comove..., outra que compreende, analisa, pondera, reflete. Essa dualidade se articula através de um mecanismo dinâmico, uma impulsionando a outra com grande rapidez nas tomadas de decisões. O EDUCADOR • O papel do professor é provocar desafios, promover ações reflexivas e permitir o diálogo entre emoções e afetos em um corpo orgânico e mental que é o “palco” destas emoções. APRENDIZAGEM • A aprendizagem supõe uma construção que ocorre por meio de um processo mental que implica na aquisição de um conhecimento novo. É sempre uma reconstrução interna e subjetiva, processada e construída interativamente. Dificuldades deAprendizagem • • Dificuldades para a aprendizagem são resultados de algumas falhas intrínsecas ou extrínsecas desse processo. Abrangem um grupo heterogêneo de problemas capazes de alterar as possibilidades de a criança aprender, independentemente de suas condições neurológicas O que são Transtornos de Aprendizagem? • Compreende uma inabilidade específica, como de leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para Fatores Envolvidos nas Dificuldades para Aprendizagem: • • • Fatores relacionados com a escola; Fatores relacionados com a família; Fatores relacionados a criança. PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU Disciplina: Bases Neurológicas do Desenvolvimento Prof. ª Daniele Galvão Psicopedagoga Clínica e Institucional Esp. Distúrbios e Transtornos de Aprendizagem