Fundamentos de Física

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Fundamentos de Física
José Cunha
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Cinemática de um Ponto Material
Movimento Unidimensional
Cinemática – é a descrição do movimento sem considerar as suas causas
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Cinemática
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Cinemática
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Cinemática
Para descrever o movimento de um corpo é necessário conhecer
a posição do corpo em cada instante.
Mas, atenção!
Quando falamos na posição estamos a considerar a localização
do corpo em relação a um outro objecto, ou seja em relação a
uma referência.
Começamos por simplificar: tartaruga = partícula
to
t
uma partícula é um
objecto cuja posição
pode ser descrita por
um ponto
O estudo do movimento rectilíneo simplifica-se ao fazer coincidir um dos
eixos do referencial com a direcção do movimento
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Cinemática
Vector Posição: Deslocamento
Traduz a mudança de posição de um objecto
É
Caracterizado
por:
direcção - da recta suporte
do vector
sentido - aponta da posição
inicial para a posição final
módulo - menor distância
entre a posição inicial e final
to
t
orige
m
xo
x
x
 x - vector deslocamento = (x -xo)
unidade S.I.: metro (m)
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Cinemática
Velocidade Média
A velocidade média de uma partícula define-se, no intervalo [t1; t2], como o
quociente do espaço percorrido pelo tempo que o levou a percorrer:
vmédia 
deslocamento
intervalo de tempo
vmédia 
s

t
x2  x1
t2  t1
Admitindo que t1 < t2 teremos:
Se vmédia > 0  x(t2) > x(t1)
O movimento tem o sentido positivo do eixo XX
Se vmédia < 0  x(t2) < x(t1)
O movimento tem o sentido negativo do eixo XX
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Exercicios
1: Numa prova um atleta corre 50m com uma velocidade de
10m/s e os 50m seguintes com uma velocidade média de 8m/s.
Qual foi a velocidade média nos 100m?
2: Um carro viaja 80km em linha recta. Se nos primeiros 40km
a velocidade média é de 80km/h e a viagem demora 1.2 horas,
qual foi a velocidade média na segunda parte da viagem?
3: Depois de dirigir um carro numa estrada rectilínea por 8.4km
a 70km/h, o carro para por falta de gasolina. Nos 30 minutos
seguintes o condutor caminha por mais 2 km ao longo da
estrada até chegar ao posto de combustível mais próximo.
a) Qual o deslocamento total, desde o inicio da viagem até ao
posto de combustível?
b) Qual o intervalo de tempo ∆𝑡 entre o início da viagem e o
instante em que o condutor chega ao posto de combustível?
c) Qual a velocidade média total da viagem? Determine a
solução numérica e graficamente.
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Cinemática
Velocidade Instantânea
Quanto menores forem os intervalos de tempo considerados, mais
detalhada é a informação sobre a velocidade
A velocidade instantânea v
indica
a
velocidade,
a
direcção e o sentido do
movimento de um objecto em
cada instante. É igual ao valor
limite da velocidade média,
quando o intervalo de tempo
se torna muito pequeno.


s ds


v  lim v  lim

t 0
t 0 t dt
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x4
x3
x2
x1
t (s)
0
t1
t2
t3
t4
t5
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Cinemática
Aceleração Instantânea e média
Aceleração: taxa de mudança da velocidade no intervalo [t1 ; t2]:
𝒂𝒎é𝒅𝒊𝒂
Aceleração instantânea
igual ao declive da
linha tangente à
função v(t) no instante
considerado
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∆𝒗 𝒗𝟐 − 𝒗𝟏
=
=
∆𝒕
𝒕𝟐 − 𝒕𝟏
é o valor limite da velocidade média,
quando o intervalo de tempo tende para
zero.
a = lim
t  0
então:
v
t
dv
d(dx/dt) d2x
a=
=
= 2
dt
dt
dt
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Cinemática
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Cinemática
100
y = 4.84t2 + 0.21t
80
60
y (m)
Exemplo:
Deixa-se cair uma pedra
do cimo de uma torre. Ao
longo da parede são
colocados
vários
detectores que permitem
registar em que instante
a pedra passa por cada
detector.
40
20
0
0
1
2
3
4
5
t(s)
a) Com os resultados obtidos construiu-se o gráfico da figura.
Calcule a velocidade para qualquer instante t.
b) Calcule a aceleração instantânea para qualquer instante t.
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Cinemática
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Cinemática de
uma partícula:
- posição
- velocidade
- aceleração
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Cinemática
𝒂=
𝒅𝒗
𝒅𝒕
𝒅𝒗 = 𝒂𝒅𝒕
Poderemos então escrever que:
Esta relação pode ser integrada. Para isso é necessário o conhecimento de um
valor de velocidade (v0, por exemplo) para um dado instante t0. Teremos então:
𝒗
𝒅𝒗 =
𝒗𝟎
𝒕
𝒕
𝒗 − 𝒗𝟎 = 𝒂
𝒂𝒅𝒕
𝟎
𝒅𝒕
𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂𝒕
𝟎
De forma análoga, a equação do movimento pode ser obtido por integração,
uma vez conhecida a lei das velocidades:
𝒅𝒙
𝒗=
𝒅𝒕
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𝒙
𝒕
𝒅𝒙 =
𝒙𝟎
𝒗𝒅𝒕
𝟎
𝒙 = 𝒙𝟎 + 𝒗𝒕
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Cinemática
Equações do movimento com Aceleração Constante
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Exercícios
1 a) Um carro viaja ao longo de uma estrada a uma velocidade de 71km/h.
Observando mais à frente um congestionamento, o condutor trava o carro
durante 2,3s e reduz a velocidade para 47km/h. Supondo que a aceleração é
constante durante esse tempo, calcule o seu valor.
b) Se o condutor continua-se a travar até parar o carro, e mantendo a
aceleração constante, que distancia percorreria o carro até parar, desde a
velocidade de 47km/h.
2 – O núcleo de um átomo de hélio passa através de um tubo recto e oco, de
2.0 m de comprimento, que faz parte de um acelerador de partículas.
a) Supondo que a aceleração seja constante, quanto tempo leva a partícula a
atravessar o tubo, se a sua velocidade à entrada for de 1.0*104 m/s e à
saída for de 5.0*106 m/s
b) Qual a aceleração da partícula nesse intervalo?
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Movimento em Queda Livre
É um movimento rectilíneo com uma aceleração constante, igual à aceleração da
gravidade, g, dirigida de cima para baixo. Seja h a altura da qual a partícula cai, o
sentido do movimento é descendente. Escolhamos o eixo Oy com a direcção do
movimento.
A escolha da origem do eixo e do seu sentido é arbitraria. Admitamos que foram
as da figura.
𝒂 = −𝒈
Temos assim:
Partícula libertada da altura h:
𝒗
t = 0; v0 = 0
𝒕
𝒅𝒗 =
𝒗𝟎
−𝒈𝒅𝒕
𝟎
𝒗 = 𝒗𝟎 − 𝒈𝒕
Conhecendo a velocidade, poderemos obter a equação de
movimento:
𝒚
𝒕
𝒅𝒚 = −
𝒉
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𝒈𝒕𝒅𝒕
𝟎
𝒚 − 𝒉 = − 𝟏 𝟐 𝒈𝒕𝟐
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Movimentos Curvilíneos no Plano
A posição de uma partícula que se move numa trajectória plana fica definida se
for conhecido, a cada instante, o seu vector posição:
𝒓 = 𝒓(𝒕)
Se o plano XOY é coincidente com p plano do
movimento, isto corresponde a conhecer as leis de
variação no tempo das suas coordenadas cartesianas, e
teremos duas equações de movimento:
𝒙 = 𝒙(𝒕)
𝒚 = 𝒚(𝒕)
𝒓 = 𝒙 𝒕 𝒊 + 𝒚(𝒕)𝒋
Velocidade média
𝒗𝒎é𝒅𝒊𝒂
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𝒓 𝒕𝟐 − 𝒓 𝒕𝟏
=
𝒕𝟐 − 𝒕𝟏
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Movimentos Curvilíneos no Plano
Velocidade instantânea:
𝒓 𝒕 + ∆𝒕 − 𝒓(𝒕) 𝒅𝒓
𝒗 = 𝐥𝐢𝐦
=
∆𝒕→𝟎
∆𝒕
𝒅𝒕
𝒅𝒙
𝒅𝒚
𝒗=
𝒊+
𝒋
𝒅𝒕
𝒅𝒕
Aceleração média:
Aceleração instantânea:
𝒂𝒎é𝒅𝒊𝒂
𝒗 𝒕𝟐 − 𝒗 𝒕𝟏
=
𝒕𝟐 − 𝒕𝟏
𝒗 𝒕 + ∆𝒕 − 𝒗(𝒕) 𝒅𝒗
𝒂 = 𝐥𝐢𝐦
=
∆𝒕→𝟎
∆𝒕
𝒅𝒕
𝒅𝒗𝒚
𝒅𝒗𝒙
𝒅𝟐 𝒙
𝒅𝟐 𝒚
𝒂=
𝒊+
𝒋= 𝟐𝒊+ 𝟐 𝒋
𝒅𝒕
𝒅𝒕
𝒅𝒕
𝒅 𝒕
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Exercício
Um coelho atravessa um estacionamento, no qual, por alguma razão, um
conjunto de eixos coordenados foi desenhado. As coordenadas da posição do
coelho, em metros, em função do tempo t, em segundo, são dadas por:
a) No instante t = 15s, qual é o vector posição 𝑟 do coelho na notação de
vectores unitários?
b) Qual o valor do ângulo com o eixo Ox?
c) Determine a velocidade 𝑣 do coelho para o instante t = 15s e o modulo do
vector.
d) Determine a aceleração para o mesmo instante de tempo.
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Movimento de um Projéctil
O movimento de um projéctil constitui um bom exemplo de um movimento no
plano. Normalmente, é conhecido a sua velocidade inicial (v0) e fazendo um
angulo a com a horizontal, para alem da aceleração (g). Temos assim:
𝒂𝒙 = 𝟎
𝒂𝒚 = −𝒈
𝒗𝒙
Integrando:
𝒕
𝒅𝒗𝒙 =
𝒗𝟎𝒙
𝒗𝒚
𝒂𝒙 𝒅𝒕 = 𝟎
𝟎
𝒕
𝒅𝒚𝒚 =
𝒗 𝟎𝒚
(−𝒈)𝒅𝒕 = 𝟎
𝟎
A partir da figura vemos que as componentes da velocidade inicial são:
𝒗𝒐𝒙 = 𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜶
𝒗𝒐𝒚 = 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶
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𝒗𝒙 = 𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒏𝒔𝜶
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶 − 𝒈𝒕
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Movimento de um Projéctil
Para obter as leis de movimento, volta-se a integrar:
Obtendo:
Leis do Movimento
Resolvendo em ordem a t as equações anteriores, obtém-se a equação cartesiana da
trajectória.
Equação da parábola
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Movimento de um Projéctil
O vértice da parábola é o ponto B, que satisfaz a condição 𝑑𝑦
função).
𝑑𝑥
= 0 (máximo da
Assim:
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Movimento de um Projéctil
Outra forma de chegar a este resultado seria, notando que para t = tB, a
componente vertical da velocidade anula-se, isto é: 𝑣𝑦 = 𝑣𝑜 𝑠𝑒𝑛𝛼 − 𝑔𝑡𝐵 , obtendo-se
o resultado da equação anterior.
A altura máxima atingida pelo projéctil, yB, será também neste ponto. Assim,
substituindo o tempo na equação de y, obtém-se:
𝒉𝒎𝒂𝒙
𝟏
= 𝒚𝑩 = 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶(𝒕𝑩 ) − 𝒈 𝒕𝑩
𝟐
𝒉𝒎𝒂𝒙
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𝟐
𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶 𝟏 (𝒗𝟎 )𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶
= 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶
− 𝒈
𝒈
𝟐
𝒈𝟐
𝟏 (𝒗𝟎 )𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶
= 𝒈
𝟐
𝒈𝟐
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Movimento de um Projéctil
A distância percorrida na horizontal é xA. Note que para x = xA, temos que yA = 0,
𝟏
𝒚𝑨 = 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶(𝒕𝑨 ) − 𝒈 𝒕𝑨
𝟐
isto é:
𝟐
=𝟎
em que tA, o tempo em que o projéctil está no ar, é o tempo de voo e é a solução
não nula desta equação. Temos então:
𝒕𝑨
𝟏
𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶 − 𝒈 𝒕𝑨
𝟐
Assim:
𝒙𝒎𝒂𝒙
𝟐
=𝟎
𝑡𝐴 = 0
2𝑣0 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑡𝐴 =
𝑔
𝟐𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶 (𝒗𝟎 )𝟐 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)
= 𝒙𝑨 = 𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜶
=
𝒈
𝒈
Max. Para  = 45º
As grandezas hmax, xmax, e tA são importantes no estudo de projecteis. Note-se que
as equações aqui enunciadas apenas são válidas para as condições iniciais
consideradas, isto é, quando temos: x0 = y0 = 0.
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Exercícios
Um avião de salvamento voa a 198 km/h a uma altitude de 500m, rumo a um ponto
directamente acima da vitima de um naufrágio, para deixar cair uma balsa de
salvamento.
a)Qual deve de ser o angulo a da linha de visão do piloto para a vitima no instante
em que o piloto deixa cair a balsa?
b) No momento que a balsa atinge a água, qual é a sua velocidade 𝑣 em termos de
vectores unitários.
c) Calcule o modulo da velocidade.
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Exercícios
Um navio pirata encontra-se a 560 m de um forte que protege a entrada
de um porto. Um canhão de defesa, situado ao nível do mar, dispara
balas com uma velocidade inicial de 82 m/s.
a) Calcule o angulo 𝛼 em relação à horizontal que levam as balas a
serem disparadas para acertar no navio?
b) Calcule o alcance máximo das balas do canhão?
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Coordenadas intrínsecas
As coordenadas cartesianas são um modo útil de estudar movimentos planos, mas
fisicamente são pouco informativas no que diz respeito aos vectores velocidade e
aceleração.
Velocidade média
𝒗𝒎é𝒅𝒊𝒂
∆𝒓
=
∆𝒕
Velocidade instantânea
𝒓 𝒕 + ∆𝒕 − 𝒓(𝒕) 𝒅𝒓
𝒗 = 𝐥𝐢𝐦
=
∆𝒕→𝟎
∆𝒕
𝒅𝒕
Quando ∆𝑡 → 0 o modulo do
deslocamento tende para ∆𝑆,
∆𝒓 → ∆𝑺
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Coordenadas intrínsecas
Se multiplicarmos e dividirmos ∆𝑆 no calculo da velocidade, poderemos escrever:
𝒗 = 𝒗. 𝒖𝑻
Velocidade instantânea
A partir do modulo da velocidade poderemos determinar a lei horaria do movimento: s = s(t)
𝒔
𝒅𝒔 = 𝒗𝒅𝒕
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𝒕
𝒅𝒔 =
𝒔𝟎
𝒗𝒅𝒕
𝟎
𝒕
𝒔 − 𝒔𝟎 =
𝒗𝒅𝒕
𝟎
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Coordenadas intrínsecas
Aceleração média
𝒂𝒎é𝒅𝒊𝒂
𝒗 𝒕𝟐 − 𝒗 𝒕𝟏
=
𝒕𝟐 − 𝒕𝟏
A aceleração é um vector que tem a
direcção e o sentido da concavidade da
curva mas que, em geral, não será
tangente nem perpendicular à trajectória
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Coordenadas intrínsecas
Aceleração instantânea:
𝑎=
𝑑𝑣
𝑑𝑡
𝑎=
𝑑(𝑣𝑢 𝑇 ) 𝑑𝑣
𝑑𝑢 𝑇
=
𝑢𝑇 + 𝑣
𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑢 𝑇 = 𝑢 𝑇 (𝑡)
No sistema de eixos considerado poderemos
escrever directamente:
𝑢 𝑇 = cos ∅ 𝑖 + 𝑠𝑒𝑛(∅)𝑗
𝑢𝑁 = cos ∅ +
𝜋
𝜋
𝑖 + 𝑠𝑒𝑛 ∅ + 𝑗 = −sen(∅)𝑖 + 𝑐𝑜𝑠(∅)𝑗
2
2
Assim, e uma vez que o angulo ∅ varia de ponto
para ponto, poderemos escrever:
𝑑𝑢 𝑇
𝑑∅
𝑑∅
𝑑∅
= −sen ∅
𝑖 + 𝑐𝑜𝑠 ∅
𝑗 = −sen(∅)𝑖 + 𝑐𝑜𝑠(∅)𝑗
𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑑𝑡
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Coordenadas intrínsecas
Isto é:
𝑑𝑢 𝑇 𝑑∅
=
𝑢
𝑑𝑡
𝑑𝑡 𝑁
Se R for o raio da curvatura da trajectória em A, sabemos que 𝑑𝑠 = 𝑅𝑑∅, e
poderemos então escrever:
𝑑∅ 𝑑∅ 𝑑𝑠 1
=
∗
= 𝑣
𝑑𝑡 𝑑𝑠 𝑑𝑡 𝑅
Desta forma, obtemos a aceleração:
𝑑𝑣
𝑣2
𝑎=
𝑢 + 𝑢 = 𝑎 𝑇 + 𝑎𝑁
𝑑𝑡 𝑇 𝑅 𝑁
Vemos assim que a aceleração se pode decompor em
duas componentes, que têm um significado físico
imediato:
 A componente tangencial, 𝒂𝑻 = 𝒅𝒗 𝒅𝒕 , que está
relacionado com a direcção do modulo de velocidade
𝟐
 A componente normal, 𝒂𝑻 = 𝒗 𝑹, está relacionada
com a variação do vector velocidade.
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Coordenadas intrínsecas
A classificação dos movimentos curvilíneos quanto à sua aceleração faz-se em
termos da variação da grandeza velocidade e portanto, à custa de 𝑣 e de
𝒂𝑻 = 𝒅𝒗
𝒅𝒕.
Analogamente ao movimento rectilíneo temos:
𝑑𝑣
 𝑣𝑎 𝑇 = 𝑣 𝑑𝑡 > 0
𝑑𝑣
 𝑣𝑎 𝑇 = 𝑣 𝑑𝑡 = 0
𝑑𝑣
 𝑣𝑎 𝑇 = 𝑣 𝑑𝑡 < 0
Se 𝑎 𝑇 =
𝑑𝑣
𝑑𝑡
Movimento Acelerado
Movimento Uniforme
Movimento retardado
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡, o movimento denomina-se de uniformemente variado
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Movimento circular
Um caso típico para este tipo de coordenadas é o movimento circular. O estudo do
movimento circular torna-se mais simples se tomarmos como origem do sistema
de eixos o centro da circunferência. O arco s, percorrido pelo objecto, está
relacionado com o angulo 𝜽 por:
𝒔 = 𝑹𝜽
Assim, a velocidade é:
𝒅𝒔
𝒅𝜽
𝒗 = 𝒗𝒖𝑻 =
𝒖 =𝐑
𝒖
𝒅𝒕 𝑻
𝒅𝒕 𝑻
Uma vez que neste caso o raio, R, é constante:
𝝎 = 𝒅𝜽 𝒅𝒕
Também designada por velocidade angular; é igual à taxa de variação do
ângulo. Assim:
𝒗 = 𝒗𝒖𝑻 = 𝝎𝑹𝒖𝑻
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𝒗 = 𝝎𝑹
37
Movimento circular
Por vezes, é necessário definir um vector velocidade angular, 𝝎, como sendo um
vector com a direcção do eixo de rotação, a grandeza 𝑑𝜃 𝑑𝑡 possui o sentido que
verifique:
𝒗= 𝝎∗𝑹
Olhando para a figura, observamos neste
caso, que o vector posição pode ser
descrito na forma genérica por:
𝒓 = 𝑹 𝐜𝐨𝐬 𝜽 𝒊 + 𝒔𝒆𝒏 𝜽
+ 𝐳𝒌
Neste caso, as duas componentes da
aceleração são dadas por:
𝒅𝒗
𝒅𝝎
𝒂𝑻 =
=𝑹
𝒅𝒕
𝒅𝒕
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𝒗𝟐 𝑹𝟐 𝝎𝟐
𝒂𝑵 =
=
= 𝑹𝝎𝟐
𝑹
𝑹
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Movimento circular
A quantidade 𝜶 = 𝒅𝝎 𝒅𝒕 designa-se por aceleração angular do objecto.
Então, a aceleração total é:
𝒂 = 𝜶𝑹𝒖𝑻 + 𝑹𝝎𝟐 𝒖𝑵
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Movimento circular Uniforme
 Se o movimento se faz com velocidade angular constante (𝜔 = 𝑑𝜃
𝑑𝑡
=
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡), diz-se então que o movimento é uniforme.
 Neste caso, o intervalo de tempo necessário para o objecto efectuar uma
volta completa designa-se por período do movimento, T, e corresponde a
uma rotação de 𝜃 = 2𝜋 radianos (rad). A sua relação com 𝜔 é:
𝑑𝜃
𝜔=
𝑑𝑡
Período do movimento
𝟏
𝑻=
𝒇
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𝜃+2𝜋
𝑡+𝑇
𝑑𝜃 =
𝜃
𝟐𝝅
𝝎=
𝑻
𝜔𝑑𝑡
𝑡
Frequência do movimento
𝝎 = 𝟐𝝅𝒇
40
Movimento circular Uniforme
A variação temporal do ângulo é:
𝒅𝜽
𝝎 𝒕 =
⟺ 𝒅𝜽 = 𝝎𝒅𝒕 ⟺
𝒅𝒕
𝜽
𝒕
𝒅𝜽 =
𝜽𝟎
𝒕𝟎
𝒕
𝝎𝒅𝒕 ⟺ 𝜽 − 𝜽𝟎 =
𝝎𝒅𝒕
𝒕𝟎
Finalmente:
𝜽 = 𝜽𝟎 + 𝝎(𝒕 − 𝒕𝟎 )
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Movimento circular Uniforme
Em coordenadas cartesianas, a posição do objecto é dada por:
𝑥 𝑡 = 𝑅𝑐𝑜𝑠(𝜃0 + 𝜔𝑡)
𝑦 𝑡 = 𝑅𝑠𝑒𝑛(𝜃0 + 𝜔𝑡)
𝑣′ ≠ 𝑣
𝑣2
𝑎 =
𝑅
ou
𝑎 = 𝜔2 𝑅
Movimento radial e aponta para o centro da trajectória
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Movimento circular Não Uniforme
Existe aceleração angular (𝜶)
Caso geral, 𝛼 é diferente de zero e variável no tempo:
𝛼(𝑡) = 𝑑𝜔 𝑑𝑡
𝑡
𝜔 − 𝜔0 =
𝛼𝑑𝑡
𝑡0
𝑡
𝜔(𝑡) = 𝑑𝜃 𝑑𝑡
𝜃 − 𝜃0 =
𝜔𝑑𝑡
𝑡0
Se 𝛼 é constante:
𝜔 = 𝜔0 + 𝛼𝑡
1 2
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔0 𝑡 + 𝛼𝑡
2
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Movimento circular Não Uniforme
Componentes normal e tangencial da aceleração
𝑣2
𝑎𝑁 =
𝑅
𝑑𝑣
𝑑𝜔
𝑎𝑇 =
=𝑅
𝑑𝑡
𝑑𝑡
ou
𝑑𝜃 2
𝑎𝑇 = 𝑅 2
𝑑𝑡
𝑎 = 𝑎𝑁 + 𝑎 𝑇
𝑣2
𝑑𝜃 2
𝑎=
𝑢 + 𝑅 2 𝑢𝑇
𝑅 𝑁
𝑑𝑡
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Exercícios
1) Um corpo parte do repouso e desloca-se sobre um plano
horizontal com trajectória circular de 5,0 metros de raio com
aceleração angular constante. Em 10 segundos o ponto material
percorreu 100 metros.
a) Calcule a velocidade angular do corpo.
b) Calcule a variação temporal do ângulo
c) Calcule a aceleração angular do corpo.
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Movimento Relativo – Sistemas de Referência
Problema
O homem que está por baixo da arvore e o condutor do carro, que se move
com velocidade constante 𝑣, observam uma bola vermelha. O movimento da
bola, descrito pelos dois observadores é diferente. Como poderemos comparar
as duas observações?
Árvore = Sistema S
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Carro = Sistema S’
Bola = Objecto
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Movimento Relativo – Sistemas de Referência
Velocidade Relativa
Um observador no ponto O (Terra) vê:
(𝑣𝑎𝑣𝑖ã𝑜 )𝑟𝑒𝑓.𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 = 𝑣𝑂𝐴
(𝑣𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 )𝑟𝑒𝑓.𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 = 𝑣𝑂𝐵
Um observador no Barco vê o Avião a mover-se
com uma velocidade :
𝑣𝐴𝐵 ≠ 𝑣𝐵𝑂
Temos assim, relativamente a O:
𝑣𝑂𝐴
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𝑑𝑟𝐴
=
= 𝑣𝐴
𝑑𝑡
𝑣𝑂𝐵
𝑑𝑟𝐵
=
= 𝑣𝐵
𝑑𝑡
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Movimento Relativo – Sistemas de Referência
De igual forma, poderemos definir as velocidades relativas:
Então:
𝑣𝐴𝐵
𝑑𝑟𝐴𝐵
=
𝑑𝑡
Velocidade de A relativamente a B
𝑣𝐵𝐴
𝑑𝑟𝐵𝐴
=
𝑑𝑡
Velocidade de B relativamente a A
𝑟𝐵𝐴 = 𝑟𝐵 − 𝑟𝐴
Portanto:
𝑟𝐴𝐵 = 𝑟𝐴 − 𝑟𝐵
𝑟𝐴𝐵 = −𝑟𝐵𝐴
𝑣𝐴𝐵 = −𝑣𝐵𝐴
derivando:
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Movimento Relativo – Sistemas de Referência
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Movimento Relativo – Sistemas de Referência
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50
Movimento Relativo – Sistemas de Referência
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Movimento Relativo – Sistemas de Referência
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