Campo Magnético estacionário Lei de Biot-Savart A fonte de um campo magnético estacionário pode ser: Um íman permanente Um campo eléctrico variando linearmente com o tempo Uma corrente contínua Vamos começar por estudar o campo criado por um elemento de corrente contínua. Paulo Moisés - 2002 Podemos pensar num elemento diferencial de corrente como sendo a pequena secção de um condutor filamentar, sendo que este condutor é obtido a partir de um condutor com secção recta circular com raio a tender para zero. Considerando uma corrente I a fluir num elemento diferencial de comprimento do filamento, dL . A Lei de Biot-Savart estabelece que em qualquer ponto P, a intensidade de campo magnético produzido por um elemento diferencial é proporcional ao produto da corrente pelo módulo do comprimento diferencial e pelo seno do ângulo que liga o filamento e a linha que liga o filamento ao ponto P onde o campo é desejado. O valor da intensidade do campo magnético é ainda inversamente proporcional ao quadrado da distância do elemento diferencial ao ponto P. A direcção da intensidade do campo magnético é normal no plano que contém o filamento diferencial e a linha traçada do filamento ao ponto P. Paulo Moisés - 2002 Das duas normais possíveis, deve ser escolhida aquela estiver no sentido definido pela regra da mão direita aplicada de dL para a linha que liga com o filamento. A lei de Biot_Savart será portanto: IdL × u R dH = 4πR 2 (A/m) Um exemplo: I1dL1 × u R12 dH 2 = 4πR122 Neste caso a direcção é para dentro da página Paulo Moisés - 2002 Se considerarmos correntes constantes, tal que a densidade de carga não é função do tempo, podemos escrever que: ∂ρ ∇.J = − =0 ∂t Aplicando o teorema da divergência teremos que: s J .dS = 0 Ou seja, a corrente que atravessa qualquer superfície fechada é zero. Esta condição só pode ser satisfeita pela consideração de um fluxo de corrente num percurso fechado. Podemos então escrever a Lei de BioSavart na forma integral: H= IdL × uR 4π R 2 Paulo Moisés - 2002 A lei de Biot-Savart pode também ser expressa em termos de fontes distribuídas. Considerando que a corrente é uma corrente superficial, fluindo numa camada de espessura infinitesimal, temos a densidade de corrente superficial k . A densidade de corrente superficial é medida em ampéres por metro (A/m). Se a densidade de corrente superficial for uniforme, a corrente total I, numa determinada largura b, será: I = kb Paulo Moisés - 2002 Sendo a largura b medida perpendicularmente à direcção na qual flui a corrente Quando a densidade de corrente superficial não é uniforme, torna-se necessário efectuar uma integração: I = kdn Sendo dn o elemento diferencial de caminho atravessado pela corrente. O elemento diferencial de corrente IdL onde dL está na direcção da corrente, pode ser expresso em termos de densidade superficial de corrente k ou densidade de corrente J : IdL = k dS = Jdv Paulo Moisés - 2002 Com base nas igualdades anteriores, podemos escrever a lei de Biot-Savart em duas formas alternativas: k × u R dS H= s 4πR 2 H= vol J × u R dv 2 4πR Paulo Moisés - 2002