RESISTORES E A LEI DE OHM - udesc

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE
LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I
Roteiro-Relatório da Experiência No 01
“RESISTORES E A LEI DE OHM”
COMPONENTES DA EQUIPE:
ALUNOS
NOTA
1 ___________________________________________
2 ___________________________________________
3 ___________________________________________
Data: ____/____/____ ___:___ hs
OBJETIVOS:
•
•
•
•
Ler o valor nominal de cada resistor através do código de cores.
Conhecer os tipos de potenciômetros.
Medir a variação da resistência do potenciômetro.
Verificar a Lei de Ohm para resistores.
1. MATRIZ DE PONTOS (PROTOBOARD)
A Matriz de Pontos (nome genérico) ou Protoboard (marca registrada), consiste de pontos
ligados internamente possibilitando a montagem de componentes e CIs (circuitos integrados)
sem que seja necessário usar solda.
Existem de diversos tipos e tamanhos, mas basicamente
todos têm o mesmo aspecto. A principal diferença são os números de pontos de conexão.
Os barramentos verticais, em geral, são usados para alimentação (+Vcc, GND e -Vcc).
Abaixo se pode verificar como é a configuração das trilhas do Protoboard e os bornes para
conexão da alimentação, Observando também que o borne de cor preta está conectado ao terra,
ou seja, possui ligação com a carcaça.
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Fig 1.1 Matriz de Pontos (Protoboard)
2.
MULTÍMETRO
Um multímetro é um instrumento que permite efetuar a medida de várias grandezas
elétricas (tensão, resistência, corrente, capacitância, indutância, freqüência e outras) além de
poder efetuar testes em diodos e transistores.
Fig 1.2 Multímetro e Pontas de Prova
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Chave seletora de função: Seleciona qual a grandeza (corrente tensão ou resistência)
que será medida.
Para usar um multímetro:
• Use a chave de seleção de função para escolher a escala e o tipo de grandeza (Tensão
CC ou AC, Corrente CC, Resistência) a ser medida tensão, corrente, resistência.
• Quando não estiver usando o multímetro deixe a chave na posição OFF (desligar).
• Em hipótese nenhuma ligue o instrumento a uma tensão quando a escala de corrente
estiver selecionada.
Bornes de Entrada: São os terminais através dos quais conectamos o instrumento ao circuito
ou componente. Existem 3 bornes no seu instrumento:
• COM: Terminal comum ou negativo (no caso de medida que tenha polaridade).
• V mA: Terminal para medir tensão, resistência, corrente . É o terminal positivo (no
caso de medida de corrente e tensão).
• X(A): Terminal para medir corrente CC até X(A). É o terminal positivo.
2.1. Ohmímetro
Para se efetuar medida com o ohmímetro, deve-se desconectar o elemento que se quer
medir do restante do circuito. Caso isto não seja feito, a resistência medida pode ser o resultado
de uma associação de resistores e não do resistor que se deseja medir.
Quando há interesse em fazer medida de resistência relacionada ao isolamento, existe um
ohmímetro especial chamado de Megômetro. Este instrumento é utilizado de forma semelhante
ao ohmímetro. A diferença básica é que o megômetro tem escala suficiente para alcançar valores
muito alto de resistência.
Figura 1
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2.2. Voltímetro
O voltímetro é conectado em paralelo com o elemento para o qual se pretende medir a
tensão (veja Figura 2), devendo o circuito deve estar ativo no ato da medida.
A resistência interna do voltímetro (ri) é um dos parâmetros que o caracteriza. Quanto
maior a resistência interna ri, mais próximo o voltímetro está do ideal. Logo, a corrente que será
desviada do circuito para dentro do voltímetro será mínima. Para efeitos práticos, a resistência
interna do voltímetro é considerada igual a infinito (ri ≈ ∞) caso ele seja corretamente utilizado.
Figura 2
2.3. Amperímetro
Além de analógico ou digital, um amperímetro pode ser também classificado como
convencional ou de alicate. O amperímetro de alicate normalmente é fabricado para medir
correntes mais altas. É geralmente utilizado em redes elétricas de alta tensão e em circuitos onde
não é possível a interrupção da passagem de corrente elétrica.
Para se efetuar uma medida de corrente com um amperímetro convencional é necessário
interromper o circuito para se intercalar o amperímetro, fazendo com que toda a corrente passe
através do mesmo (veja Figura 3). Obviamente o circuito deve estar ativo no ato da medição.
A resistência interna de um amperímetro (ri) deve ser o mais próxima possível de zero.
Para efeitos práticos, a resistência interna do amperímetro é considerada igual a zero (ri ≈ 0),
caso ele seja corretamente utilizado. Portanto deve-se sempre fazer a ligação em série, pois se
ligado em paralelo introduzirá um curto-circuito, podendo danificar componentes e o próprio
amperímetro.
Figura 3
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3.
FONTES
O laboratório é equipado com fontes de tensão com saídas reguláveis conforme ilustrado
pela Figura 4:
12345-
Botão liga/desliga
Modo de operação
Controles da fonte da direita
Controles da fonte da esquerda
Controle para fonte fixa 5V
1-Terminais de saída
2- Controle de tensão
3-Controle de corrente
4-
C.V. – Corrente constante
C.C – Tensão Constante
(b)
Figura 4
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4. RESISTORES
4.1. Resitores Fixos
Os resistores fixos são geralmente especificados por três parâmetros: o valor nominal da
resistência elétrica; a tolerância, ou seja, a máxima variação em porcentagem do valor nominal, e
a máxima potência elétrica dissipada. Dentre os tipos de resistores fixos, destacamos os de fio,
de filme de carbono e de filme metálico.
Figura 5 Símbolo para resistores
•
Resistor de fio: Consiste basicamente de um tubo cerâmico que serve de suporte para o
enrolamento de um determinado comprimento de fio de liga especial, para obter-se o valor
de resistência desejado. Os terminais desse fio são conectados às braçadeiras presas ao tubo.
Além desse, existem outros tipos construtivos esquematizados, conforme mostra a Figura 6.
Figura 6 Resistores de Fio
Os resistores de fio são encontrados com valores de resistência de alguns ohms até alguns
kilo-Ohms, e são aplicados onde se exige altos valores de potência, acima de 5W, sendo suas
especificações impressas no próprio corpo do resistor.
•
Resistor de filme carbono: Consiste de um cilindro de porcelana recoberto por um filme
(película) de carbono. O valor da resistência é obtido mediante a formação de um sulco,
transformando a película em uma fita helicoidal. Este valor pode variar conforme a espessura
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do filme ou a largura da fita. Como revestimento, encontramos uma resina protetora sobre a
qual será impresso um código de cores identificando seu valor nominal e sua tolerância.
Figura 7 Resistor de Filme de Carbono
Os resistores de filme de carbono são destinados ao uso geral e suas dimensões físicas
determinam a máxima potência que pode dissipar.
•
Resistor de filme metálico: Sua estrutura é idêntica ao do de filme de carbono, exceto que
utiliza uma liga metálica (níquel-cromo) para formar a película, obtendo valores mais
precisos de resistência, com tolerância de 1% e 2%.
O código de cores, utilizado nos resistores de película, é ilustrado pela Figura 8, que está
associada com a Tabela 1.
1o Algarismo
2o Algarismo
Fator
Multiplicativo
Tolerância
Figura 8 Código de Cores para Resistores
Observações:
1- A ausência da faixa de tolerância indica que esta é de ± 20%.
2- Os resistores de precisão apresentam cinco faixas, onde as três
primeiras representam o primeiro, segundo e terceiro algarismos
significativos e as demais, respectivamente, o fator multiplicativo e a
tolerância.
Na Tabela 2 têm-se os valores os resistores encontrados comercialmente. Existe uma
padronização baseada nos níveis de tolerância dos mesmos. Os padrões de tolerância são: 1%,
5%, 10% e 20%.
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Cor
Fator
1o
2o
Multiplicat Tolerância
Algarismo Algarismo
ivo
Preto
⎯
0
x1
⎯
Marrom 1
1
x 10
± 1%
Vermel
ho
2
2
x 102
± 2%
Laranja 3
3
x 103
⎯
Amarel
o
4
4
x 104
⎯
Verde
5
5
x 105
⎯
Azul
6
6
x 106
⎯
Violeta
7
7
⎯
⎯
Cinza
8
8
⎯
⎯
Branco
9
9
⎯
⎯
Ouro
⎯
⎯
x 10-1
± 5%
Prata
x 10-2
⎯
⎯
± 10%
Tabela 1 Código de Cores para Resistores
1 – Série: 5%, 10% e 20% de Tolerância
10
12
15
18
47
56
68
72
22
27
33
39
(a)
2 – Série: 2% e 5% de Tolerância
10
11
12
13
15
16
18
20
22
24
27
30
33
36
39
43
47
51
56
62
68
75
82
91
(b)
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3 – Série: 1% de Tolerância
100 102 105 107 110 113 115 118
121 124 127 130 133 137 140 143
147 150 154 158 162 165 169 174
178 182 187 191 196 200 205 210
215 221 226 232 237 243 249 255
261 267 274 280 287 294 301 309
316 324 332 340 348 357 365 374
383 392 402 412 422 432 442 453
464 475 487 499 511 523 536 549
562 576 590 604 619 634 649 665
681 698 715 732 750 768 787 806
825 845 866 887 909 931 953 976
(c)
Tabela 2 Valores padronizados para Resistores de Película
4.2. Potenciômetros
Um potenciômetro, conforme a Figura 9, consiste basicamente de uma película de carbono
ou de um fio, que ao ser percorrido por um cursor móvel, através de um sistema rotativo ou
deslizante, altera o valor da resistência entre seus terminais. Comercialmente, os potenciômetros
são especificados pelo valor nominal da resistência máxima impresso em seu corpo.
Figura 9 Estrutura interna básica de um Potenciômetro
Na prática, encontramos vários modelos de potenciômetros, que, em função do tipo de
aplicação, possuem características mecânicas diversas. A Figura 10 mostra um potenciômetro de
fio e a Figura 11, alguns tipos de potenciômetros de película de carbono.
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Figura 10 Potenciômetro de Fio
Os potenciômetros de fio são aplicados em situações onde é maior a sua dissipação de
potência, possuindo uma faixa de baixos valores de resistência (até Kilo-Ohm). Os
potenciômetros de película são aplicados em situações de menor dissipação de potência,
possuindo ampla faixa de valores de resistência (até Mega-Ohm).
Quanto à variação de resistência, os potenciômetros de película de carbono podem ser
lineares ou logarítmicos, isto é, conforme a rotação do seu eixo, sua resistência varia obedecendo
a uma característica linear ou logarítmica. Estas características são vistas nas Figuras 12 e Figura
13. O potenciômetro logarítmico é muito utilizado para controlar o volume de saída do som em
amplificadores de sinais de áudio.
Figura 11 Potenciômetro de Película de Carbono
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Resistência
R Nominal
Máx
Ângulo de rotação do eixo
Figura 12 Característica de variação da resistência de um potenciômetro linear (LIN)
Resistência
R Nominal
Máx
Ângulo de rotação do eixo
Figura 13 Característica de variação da resistência de um potenciômetro logarítmico
(LOG)
Para medirmos a variação da resistência de um potenciômetro utilizamos um ohmímetro,
devendo este ser conectado entre o terminal central e um dos extremos, como ilustra a Figura 14.
Figura 14 Medida da resistência de um potenciômetro
Ao girarmos o eixo no sentido horário, como mostra a Figura 14, teremos uma
diminuição da resistência entre os terminais B e C e um aumento entre os terminais A e C, sendo
que a soma destes dois valores será sempre igual à resistência nominal.
Figura 15 Símbolo de um potenciômetro
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5. LEI DE OHM
“Em um bipolo ôhmico, a tensão aplicada aos seus terminais é diretamente proporcional à
intensidade de corrente que o atravessa”. Assim sendo, podemos escrever:
onde : v(t) = tensão aplicada (V)
v(t ) = R i (t )
R = Resistência Elétrica (Ω)
i(t) = intensidade de corrente (A)
Levantando-se, experimentalmente, a curva da tensão em função da corrente para um
bipolo ôhmico, tem-se uma característica linear, conforme mostra Figura .
Δv
v(t)
α
Δi
0
i(t)
Figura 16 – Curva característica de um bipolo ôhmico.
Pela Figura nota-se que: tg α = Δv
, onde concluímos que tgα = R (resistência Ω).
Δi
Um bipolo ôhmico é aquele que segue esta característica linear.
6. MATERIAL UTILIZADO
Fonte de tensão variável (DC Power Suply).
Transferidor.
Resistores: 560Ω, 1kΩ, 12kΩ e 56kΩ. (1/4W ou 1/2W)
Potenciômetro: 4,7KΩ/LIN.
Multímetro (Voltímetro, Amperímetro e Ohmímetro).
7. PRÉ-RELATÓRIO
Ler o item 8 (Parte Experimental) e resolver teoricamente os circuitos propostos com os
valores nominais para os resistores, preenchendo as tabelas nas linhas que se referem aos valores
calculados .
8. PARTE EXPERIMENTAL:
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8.1 Resistores.
8.1.1 Identifique e meça os resistores (diversos) preenchendo a Tabela 3 abaixo.
R1
R2
R3
R4
Resistência Nominal [kΩ]
Resistência Medida [kΩ]
Tolerância[%]
Erro [%]
Tabela 3 – Leitura das resistências.
8.2 Potenciômetros.
8.2.1
Medir a resistência entre o terminal central e um dos terminais externos do potenciômetro
P1 (4,7 kΩ/LIN) de maneira a preencher a Tabela 4.
Resistência (kΩ)
Ângulo (°)
Valor Calculado
Valor Medido
0
Máx 1/4
Máx 1/2
Máx 3/4
Máx
Tabela 4 – Leitura da resistência entre os terminais do potenciômetro.
8.3 Lei de Ohm
8.3.1 Para levantar a curva característica de um bipolo ôhmico (Resistência), precisa-se medir
a intensidade de corrente que o percorre e a tensão aplicada aos seus terminais, para isso, montase o circuito da Figura 17, de tal maneira a preencher os dados requisitados na Tabela 5.
mA
E
R
V
Figura 17 – Circuito para comprovação da lei de Ohm.
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Tensão Aplicada[V]
2,00 5,00 10,00
Medida
Calculada
Medida
1kΩ
Calculada
Medida
12kΩ
Calculada
Medida
56kΩ
Calculada
Tabela 5 - Tensão X Corrente
Corrente [mA]
560Ω
8.3.2 Baseado nos valores práticos de tensão e corrente da Tabela 5, calcule o valor médio de
cada resistência e preencha a Tabela 6.
Resistência Nominal [Ω]
Valor Determinado [Ω]
560
1k
12k
56k
Tabela 6 – Cálculo das resistências a partir da Tabela 5.
9. QUESTIONÁRIO
9.1 Determine a seqüência de cores para os resistores abaixo:
______________________________________________________
a) 2,2kΩ ±5%
b) 33kΩ ±10% ______________________________________________________
______________________________________________________
c) 4,7Ω ±5%
d) 118Ω ±1%
______________________________________________________
e) 0,56Ω ±2%
______________________________________________________
9.2 Os experimentos se mostraram válidos? Explique por quê?
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9.3 Comente os resultados, erros encontrados e possíveis fontes de erros.
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