Qualidade do ambiente interno QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Definição LEED Melhoria da qualidade do ar através da redução da criação e da exposição a poluentes. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Qualidade do ar interno Conjunto de propriedades físicas (temperatura, umidade e velocidade do ar adequadas), químicas e biológicas (como a ausência de poluentes e microorganismos é impraticável, entende-se como a manutenção dessas concentrações abaixo dos níveis considerados seguros); Uma série de poluentes é produzida dentro do edifício por compostos orgânicos voláteis, produtos de limpeza, pesticidas, copiadoras, impressoras, mofo, poeira, metabolismo humano, animais de estimação e pelas próprias atividades do homem, como fumar, cozinhar, lavar e secar roupas. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Qualidade do ar interno As condições de conforto (higrotérmico, olfativo, acústico, visual) também devem ser levadas em consideração quando se refere à qualidade do ar interno, já que calor ou frio excessivos, correntes de ar e umidade inadequadas, vibrações, ruídos e luminosidade afetam os usuários. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Qualidade do ar interno: Fator de risco global Em 2000, a poluição em ambientes fechados vinda de combustíveis sólidos matou 1,6 milhão de pessoas e foi responsável por 2,7% dos encargos mundiais com doenças. Este fator de risco é o segundo maior contribuinte ambiental para doenças, atrás somente de água insalubre e falta de saneamento básico. Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/ QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Qualidade do ar interno: Fator de risco global A importância da poluição em ambientes fechados como uma ameaça à saúde pública varia drasticamente de acordo com o nível de desenvolvimento. Ameaça à saúde pública Encargo dasdoenças Em países com alto índice de mortalidade, a poluição em ambientes fechados é responsável por até 3,7% dos encargos com doenças, enquanto o mesmo fator de risco não figura na lista dos 10 mais dos países industrializados, de acordo com dados de 2002 da Organização Mundial da Saúde. 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 países com alto índice de mortabilidade países com baixo índice de mortabilidade homens países industrilizados mundo mulheres Fonte: OMS (Organização Mundial de Saúde, 2002) www.who.int QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO • Em 1982, o Comitê Técnico da Organização Mundial da Saúde definiu a síndrome do edifício doente (SED) como o conjunto dos seguintes sintomas: dor de cabeça; fadiga; letargia; prurido e ardor nos olhos, irritação de nariz e garganta; anormalidades na pele e falta de concentração, em trabalhadores de escritórios. Revista SuperInteressante 01/02/1992 QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Controle ambiental da fumaça de cigarro Objetivo Minimizar a exposição dos não-fumantes à fumaça de cigarro. Recomendação Áreas com fumantes devam ser separadamente ventiladas, pressurizadas negativamente em relação às áreas vizinhas e alimentadas com maior quantidade de ar externo do que as áreas sem fumo. Recomenda-se também que o ar originário de áreas com fumantes não recircule e seja diretamente direcionado para fora. Somado a isso, políticas anti-fumo dentro dos ambientes devem ser desenvolvidas. Todas as metodologias pontuam medidas de redução dos poluentes internos e no LEED, LEED o controle ambiental da fumaça de cigarro é um dos pré-requisitos exigidos. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Plano de gestão da qualidade do ar interno Objetivo Prevenir o desenvolvimento de problemas relacionados à qualidade do ar interno e contribuir para o conforto e bem-estar dos ocupantes, preocupação presente em todas as metodologias. o planejamento de manutenção preventiva e a criação de procedimentos para operação de equipamentos do sistema de ventilação e refrigeração; a limpeza do ambientes. Se por um lado é necessária para a remoção de sujeiras, por outro pode piorar a qualidade do ar caso sejam utilizados produtos inadequados. Os funcionários responsáveis pela limpeza devem ser educados quanto à qualidade dos produtos usados, seu armazenamento e correta manipulação; o controle de pragas que requer o uso de pesticidas. Da mesma forma que para a limpeza, deve ser desenvolvido cuidado especial na manipulação e estocagem desses materiais; e fumo. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Controle e monitoramento de CO2 Objetivo Monitorar e controlar os níveis de CO2, durante a operação do edifício, para prover feedback sobre o desempenho do espaço ventilado, de forma que proporcione ajustes operacionais. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Compostos orgânicos voláteis Objetivo Reduzir o impacto na saúde dos ocupantes proveniente de poluentes emitidos por materiais de acabamentos. Todas as metodologias analisadas fazem referência à utilização de materiais com baixo conteúdo de VOCs. Compostos de carbono que participam de reações fotoquímicas, com exceção de CO2, CO, ácido carbônico, carbetos ou carbonatos metálicos e carbonatos de amônio. As tintas, principalmente as de base solvente, e os produtos usados durante a pintura emitem à atmosfera hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, hidrocarbonetos contendo halogênio, cetonas, ésteres e álcoois, os quais contribuem para a formação de ozônio, prejudicando o meio ambiente. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Minimização do formaldeído Objetivo Reduzir o uso de produtos de madeira composta que contenham formaldeído para promover um ambiente interno saudável e evitar a exposição dos usuários a problemas de saúde. O formol ou formaldeído é um composto com diversas aplicações na construção civil: é utilizado na confecção de celulose, tintas e corantes, resinas melamínicas, vidros, espelhos e explosivos. Exposições de longa duração a baixas concentrações de formaldeído podem causar dificuldade respiratória e enfisema. Além disso, o composto possui comprovado potencial carcinogênico em humanos. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Controle de fontes químicas e poluentes internos Objetivo Evitar a exposição dos ocupantes do edifício a potenciais fontes químicas perigosas que impactam na qualidade do ar, evitando a contaminação cruzada das áreas de ocupação prolongada. o controle dos poluentes é uma maneira efetiva de manter limpo o ar no interior dos ambientes. Entretanto, acrescentam que o controle de todas as fontes e a mitigação de suas emissões nem sempre é possível ou praticável. A ventilação, natural ou mecânica, é então identificada como a segunda maneira mais efetiva de proporcionar condições aceitáveis de ar interno. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Asbestos Objetivo Reduzir riscos à saúde dos ocupantes pela presença de materiais perigosos. O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural que, por suas propriedades físicoquímicas, abundante na natureza e, principalmente, baixo custo, tem sido largamente utilizado na indústria. Na construção civil é empregado principalmente em telhas e caixas d.água de cimento-amianto, tecidos para isolamento térmico, pisos vinílicos, papelões hidráulicos, tintas e massas retardadoras de fogo e plásticos reforçados. O amianto é uma fibra comprovadamente cancerígena . QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Prevenção de mofo Objetivo Reduzir o risco de surgimento de mofo e seus impactos associados à saúde dos ocupantes. O Green Star requer a prevenção de mofo pelo controle da umidade do sistema de ventilação mecânica. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Eficiência das trocas de ar Objetivo O objetivo do requisito é promover a troca eficiente de ar, introduzindo ar limpo no ambiente e eliminando ou diluindo os poluentes internos. O BREEAM requer o controle das taxas de ventilação em edifícios condicionados (12 l/s/pessoa ≅ 43 m3/hora/pessoa) e naturalmente ventilados e o LEED e o GBTool utilizam a ASHRAE Standard 62-200180 como referência para fixar os valores das taxas de ventilação. A Resolução 09 da ANVISA (BRASIL, 2003) faz recomendações sobre padrões referenciais de qualidade do ar interno em ambientes climatizados de uso público e coletivo. A taxa recomendada de renovação do ar é de, no mínimo, 27 m3/hora/pessoa. No caso de ambientes com alta rotatividade de pessoas, a taxa de renovação mínima do ar é de 17 m3/hora/pessoa. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Taxas de ventilação Objetivo O objetivo do requisito é aumentar as taxas de ar externas para promover um ambiente interno saudável. A ventilação é uma combinação de processos que resultam não só no fornecimento de ar externo, mas também na retirada do ar viciado de dentro de um edifício. QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Conforto acústico Objetivo Manter níveis de desempenhadas. ruído interno aceitáveis para as atividades A localização da edificação e os componentes estruturais definidos no projeto determinarão o nível de exposição sonora a que o ambiente construído estará submetido. Os ocupantes dos edifícios não podem ser prejudicados ou perturbados em suas atividades cotidianas por ruídos aéreos (provenientes de ambientes vizinhos), por ruídos de impacto ou de equipamentos (provenientes de diferentes partes do edifício) e por ruídos do espaço exterior (meios de transporte, transeuntes, canteiro). HQE, HQE na categoria conforto acústico: adoção de dispositivos arquitetônicos espaciais favorecendo bom isolamento acústico: garantia de correção acústica de ambientes quando necessário proteção da vizinhança e dos usuários de edifícios circunvizinhos quanto ao ruído. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO BREEAM (Building Research Estabilishment Environmental Assessment Method,1998 – UK) Categorias Pontos (máximo de 1062 pontos) Gestão (14,1%) 150 Saúde/conforto (14,1%) Ambiente interno e externo ao edifício 150 Uso de energia (19,6%) 208 Transporte(11,3%) 120 Uso de água (4,5%) 48 Uso de materiais (9,8%) 104 Uso de solo (3%) 32 Ecologia local (9%) 96 Poluição (14,5%) 154 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO BEPAC (Building Enviornmental Performance Assessment Criteria , 1993 – Canadá) Proteção da camada de ozônio; Impacto ambiental do uso de energia; Qualidade do ambiental interno; interno Conservação de recursos; e Contexto de implantação e transporte. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO GBC (Green Building Challenge, 1996 – GBTool – Canadá) Categorias Peso (total 100%) Uso de recursos 20% Cargas ambientais 25% Qualidade do ambiente interno (qualidade do ar, 20% ventilação, conforto e poluição eletromagnética) Qualidade dos serviços 15% Aspectos econômicos 10% Gestão pré-ocupação 10% Transporte 0% SISTEMAS DE AVALIAÇÃO LEED (Leadership in Energy and Environmetal Design, 1999 – EUA) Categorias Pré-requisitos Qualidade do ambiente interno (22%) Pontos (máximo 69 pontos – todo o LEED) Até 15 pontos do LEED Monitoramento de CO2 01 Aumento da eficiência de ventilação 01 Plano de gestão de qualidade do ar durante o processo de construção Materiais com baixa liberação de VOCs* Controle de poluição interna por origem química Controlabilidade dos sistemas pelos usuários Até 02 •Qualidade do ar interno mínima •Controle ambienta de fumaça de cigarros Até 04 01 Até 02 Conforto térmico Até 02 Luz natural e vista para o exterior Até 02 *VOCs (Volatile Organic Compounds) – Compostos Orgânicos Voláteis. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO CASBEE (Japan Sustainability Building Consortium, 2002 – Japão) Aspectos avaliados Consumo de energia Uso de recursos críticos Ambiente local Ambiente interno + 80 subitens Categorias para derivar o BEE Pontos Qualidade ambiental 115 Um dos aspectos: Ambiente interno (0,5): ruído e acústica; conforto térmico; iluminação; qualidade do ar) 65 Cargas ambientais 105 18 categorias BEE Numerador BEE 220 Denominador BEE SISTEMAS DE AVALIAÇÃO 100% 90% 80% 1.7 2.9 12.4 18.8 33.6 desempenho econômico 12 qualidade dos serviços 23 gestão da qualidade do ambiente interno 14.1 10.1 70% 60% 10 24.6 gestão ambiental (do processo) 18.8 22.4 10 50% 40% 30% 1.2 9.8 21.7 8.3 18.3 21.1 4.6 12 8.8 24.7 20.3 9.1 3 0% BREEAM LEED gestão de materiais e (redução de) resíduos gestão do uso de energia 7.3 20% 10% prevenção de poluição CASBEE 4 4 8.8 gestão do uso de água qualidade da implatanção GBTool Distribuição dos créditos ambientais (%) após normalização